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Sociologia da Comunicação 2º Semestre – 2009/2010 2 - A produção social da comunicação: Comunicação, informação e media no trajecto da modernidade; Enquadramentos para uma abordagem sociológica da Comunicação; Os múltiplos suportes da comunicação; Sociologia da Comunicação - IPCA

2º capítulo

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Sociologia da Comunicação 2º Semestre – 2009/2010

2 - A produção social da comunicação:

Comunicação, informação e media no trajecto da modernidade;

Enquadramentos para uma abordagem sociológica da Comunicação;

Os múltiplos suportes da comunicação;

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No passado, comunicar era entendido como um processo técnico, actualmente, está associado ao transporte de objectos físicos, mas em geral, é entendido como o transporte de ideias e emoções expressas através de um código.

Comunicar significa, essencialmente, transmitir sentimentos, casuais ou intencionais, de um ponto para o outro.

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anos 20 30 ...passado
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a comunicaçao resume se aos sentimentos etc
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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Primeiros actos de comunicação - gestos e

expressões, só posteriormente surgiu a língua.

• Durante anos o processo de comunicação limitou-se aos sinais sonoros, visuais e sensoriais pelo corpo humano.

• Entendeu-se que era um meio limitado para comunicar, sendo necessária a criação de alternativas.

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o individuo comunica atraves do corpo humano prolongar os sentidos do homem comunicam para alem de nos, impressa etc
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Surgiu aquilo a que se chamou

1- A comunicação omnipotente

A omnipotência significa que o homem consegue sempre aquilo que quer, que não se colocam quaisquer limites ou que nunca “esbarra” com qualquer necessidade ou vontade alheia.

A omnipotência significa que o homem tem liberdade absoluta.

Marshall McLuhan “extensão dos sentidos”

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comunicação omni presente liverdade e poder criar novos meios de comunicaçao o homem é capaz de ciar novos meios
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ir para alem do corpo humano primitivos para eles tambor é propria fala fumo " " gestos subjacente aos meios de comunicaçao encontrar novos meios de comunicaçao
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Comunicação de massas

Os meios de comunicação de massas nasceram para libertar, mas continham o gérmen da opressão, e esta ambivalência assustou os que pararam para pensar no assunto.

O receio cresceu paralelamente ao aumento do poder de cada meio, e parece ter-se transformado numa obsessão incontrolada.

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podem ser opressores pk podem nos enganar.... a ideia de manipulaçao
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Há três etapas distintas que dão uma resposta aos efeitos dos meios de comunicação de massa (mass media):

1920-1940: considera-se que os meios de massa têm uma forte repercussão nos receptores (teoria das balas mágicas ou agulha hipodérmica – teorias dos efeitos ilimitados).

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teoria defende k a um efeito ilimitado na sociedade
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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação 1940-1970: São postos em dúvida os pressupostos

anteriores, que defendiam os meios de massa como entidades omnipresentes. Neste espaço temporal, de 40 a 70 não se considera o espectador como um ser passivo (teorias dos efeitos limitados).

1970-2007: Destacam-se os efeitos dos meios a um nível cognitivo (e não ao nível de atitudes, valores e comportamentos) Por outro lado, passou-se dos efeitos entendidos como mudanças a curto prazo para os efeitos entendidos como consequências de longo prazo.

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os efeitos na sao tao ilimitados sao limitados os individuos nao sao seres passivos
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os efeitos sao de nivel cognitivos, e de curto prazo
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Teoria Hipodérmica ou das Balas Mágicas

A teoria hipodérmica surge num contexto particular da História Universal, o período que medeia entre as Duas Grandes Guerras. Designada de “bullet theory”, aparece numa época em que os Meios de Comunicação Social ganham uma importância internacional incontestável.

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balas magicas cresse k a comunicaçao tem um impacto na sociedade a comunicaçao é capax de alterar comportamentos...as pessoas sou passivas nasce num contexto particular...as 2guerras surge numa epoca no qual a comunicaçao tem outro visao das coisas
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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação São dois os “ingredientes” da teoria hipodérmica:

1.) A novidade que suscitou o surgimento dos Mass Media;

2.) O usufruto do poder dos Mass Media pelos regimes totalitários, que então vigoravam.

Esta teoria, assente nestes dois princípios genéricos, tem como objecto de estudo os efeitos dos Mass Media nas sociedades globais.

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estudar os efeitos da sociedade
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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Os indivíduos são isolados, do ponto de vista da direcção

das mensagens dos Mass Media, e são-lhes “injectadas” doses massivas de informação, das quais se pretendem alguns efeitos.

A teoria hipodérmica também se pode chamar, como aliás é feito por alguns autores, de “Teoria da propaganda sobre a propaganda”.

Existe uma manipulação dos sujeitos, e as suas reacções são premeditadas pelos Mass Media.

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os individuos sao isolados meramente passivos teoria da propaganda sobre a propaganda ~ atitude premiditada da comunicaçoes e pensada pelos meios de comunicaçao influenciar...mexe com as nossas mentes, dimonizaçao dos meios
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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Pode considerar-se esta uma teoria psicológica da acção,

ou seja, os indivíduos são induzidos de forma subtil, através das mensagens dos Meios de Comunicação, a adoptarem determinados comportamentos. Historicamente, esta teoria foi utilizada, consciente ou inconscientemente, pela larga maioria dos propagandistas dos regimes totalitários. O modelo transformou-se numa teoria da propaganda, concebendo a comunicação de massas como omnipotente, e criando um receio generalizado quanto à sua influência.

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e tbm uma teoria psico injecçao de informaçao ,,,efeito sobre as pessoas ...influencia
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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação A teoria hipodérmica foi posteriormente desenvolvida

por Lasswell. O modelo comunicativo deste teórico responde a cinco questões basilares, do processo comunicativo:

Quem - Comunicador

Diz o quê – Mensagem

Em que canal - Meio

A quem - Receptor

Com que efeito - Efeito

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estuda conteudo /comunicaçao efeitos na sociedade
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Com este modelo simples, de resposta às perguntas, Lasswell teoriza todo o processo de comunicação, destinado a “manipular” os destinatários dos Meios de Comunicação; recaindo a sua teoria em dois aspectos: análise de efeitos e análise de conteúdos.

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analise dos efeitos dos conteudos estudo ....impacto sobre as pessoas
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2. A Comunicação Impotente

A teoria do two-step flow of communication

A Teoria Hipodérmica passou por um processo de revisão, por volta dos anos 40, tentando esclarecer o insucesso, entretanto registado, dos mecanismos de persuasão. Os estudos realizados demonstraram que os meios de comunicação estão longe de ter um poder quase ilimitado sobre as pessoas. Com as teorias dos efeitos limitados, os sujeitos ganham uma maior autonomia.

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ultrapassar a teoria hipodermica teoria dos efeitos limitads da comunicaçao
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Um das teorias dos efeitos limitados mais relevante é a teoria do two-step flow of communication. De acordo com esta teoria, há que contar com a influência de agentes mediadores entre os media e as pessoas (fluxo de comunicação em duas etapas), os líderes de opinião, cuja acção se exerce ao nível da comunicação interpessoal. Há, assim, a considerar a existência de um patamar mediador entre o público em geral e os meios de comunicação social (two-step).

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lideres de opiniao sao crediveis
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As mensagens passam apenas a influenciar os sujeitos, depois de estas serem “absorvidas” pelos líderes de opinião. A lógica do two steps flow permite uma maior independência do sujeito em relação aos efeitos da mensagem. São secundarizados os canais de transmissão, desde que estes estejam ao alcance dos “opinion leaders”, que difundirão, numa segunda fase, a mensagem.

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as mensagem afetam... mas as mensagens afetam depor de ouvir as mensagens
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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação As audiências têm interesse na obtenção de

informação e não na passividade que se registava com a Teoria Hipodérmica. Os sujeitos são activos em todo o processo. Há que contar com vários fenómenos ligados ao receptor, ao emissor, ao canal de transmissão da mensagem e a própria mensagem.

A mensagem possui quatro características estudáveis, que influenciam, de forma decisiva, a absorção da mensagem. As características da mensagem são:

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Credibilidade do comunicador – Quem comunica a mensagem é importante, pois a audiência tende a aceitar melhor os argumentos emitidos por fontes consideradas credíveis. A aceitação da mensagem será tanto maior, quanto mais credível for a fonte. A credibilidade passa a ser um factor comunicacional por excelência, podendo adulterar ou inverter, em casos extremos, os significados da mensagem comunicada, dependendo de quem a comunica.

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Ordem de Argumentação – a forma como se deve comunicar a mensagem, pode ser vista de acordo com dois parâmetros:

• os argumentos iniciais, os mais eficazes (em destinatários que não possuem conhecimentos prévios do tema em questão);

• os argumentos finais, os mais influentes (quando a audiência conhece o tema, que se aborda).

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Integralidade da Argumentação – Apresenta-se um argumento sólido ou os dois argumentos de um tema controverso.

Explicação da conclusão – As conclusões devem ser simples, explícitas e atractivas, para que se consiga passar a “mensagem”.

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De qualquer maneira, o facto de as pessoas apresentarem mecanismos de defesa contra a persuasão não significa que os meios de comunicação social não possam ter uma influência persuasiva junto de determinados receptores, reunidas determinadas condições.

“A persuasão opera através de percursos complicados, mas as comunicações de massa exercem-na.”

( Wolf, 1987, 39)

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Two-step para Multi-step flow

A ideia de uma sociedade dividida entre líderes e seguidores mostrou-se algo inconsistente, pois os líderes de opinião não recebem necessariamente as suas informações directamente dos meios de comunicação, mas também de outros líderes de opinião.

Influentes e influenciados podem trocar reciprocamente de papéis.

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Em vez da comunicação a dois tempos (two-step), passamos para uma comunicação a vários tempos (multi-step).

Teoria das balas mágicas falava em “manipulação” dos meios de comunicação de massas, a partir daqui passou-se a falar em mera “influência”.

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Estudos de persuasão

• Importância da fonte (mais ou menos credível);

• Dois lados da questão (valorizado pelas pessoas mais instruídas);

• Mecanismo da atenção selectiva (campanha contra tabaco);

• Fenómeno do “efeito latente” (Sr. Preconceito);

• Conceito de dissonância cognitiva (processo de mudança de opinião).

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Os novos estudos derrubaram definitivamente o mito que transformava os meios de comunicação de massa em manipuladores supremos.

Comunicação social passou a ser encarada apenas como um dos factores que contribuem para a formação da opinião.

Estas ideias não convenceram todos os segmentos da sociedade que ainda viam os meios de comunicação de massas com intenção manipuladora.

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C´c3. Crcrítica Marxista Crítica marxista

Esta teoria emerge dos intelectuais marxistas, inspirados na tradição teórica e filosófica europeia.

Segundo Marx, as ideologias da classe dominante são as ideologias dominantes. A classe dominante subordina toda a sociedade e os seus interesses; os meios de comunicação de massas limitam-se a dar a visão do mundo segundo a ideologia dominante.

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Para os marxistas, as sociedades socialistas eram

sociedades sem classes, não havia luta entre classes e, por isso, não havia conflitos a relatar. À imprensa era vedado o relato de confrontos políticos pois, teoricamente, não existiam.

Para um melhor controlo, os meios de comunicação de massas passaram para alçada do Estado.

Concentraram os seus esforços em tentar perceber o funcionamento da comunicação social na sociedade capitalista.

Emergiu como teoria crítica.

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A manipulação económica

Economia como pilar da sociedade.

Função da comunicação social era a de perpetuar a lógica de mercado.

Meios de comunicação estão subordinados aos interesses económicos dos seus proprietários, tendo em vista o lucro.

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Resultado: desaparecimento dos meios de comunicação de massas independentes, a concentração de mercados, a rejeição dos riscos e o esquecimento das minorias – poder de compra insignificante.

Para os marxistas, a comunicação de massas exerce a função de aceleração do movimento do capital e funciona em torno de um objectivo socioeconómico global.

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nao sao independentes sociedade em minoria, que nao tem poder de compra
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tornal a sociadade capitalista global
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A manipulação ideológica

Uma revisão da teoria marxista, privilegiando a componente ideológica.

Marx definiu a ideologia como uma falsa consciência; conceito útil pois permitia explicar os motivos pelos quais as populações da sociedade capitalista aceitavam um sistema económico desfavorável.

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critica a teoria classica maxsta max e infra-estrutura ideologia e
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Teoria marxista – base realidade económica – derrubava a burguesia – terminava com capitalismo

Terminar com excessiva influência da infra-estrutura económica no funcionamento da sociedade

Infra-estrutura influenciada pela economia/

super-estrutura influenciada pela ideologia

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super estrutura-ou seja a ideologia
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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Escola baptizada por Gramsci de “teoria da

hegemonia” – hegemonia (hegemonia é a supremacia de um povo sobre outros, seja através da introdução de sua cultura ou por meios militares) que a ideologia dominante exercia sobre a sociedade através de vários meios, incluindo a comunicação social.

Ideologia actua para modelar a consciência das diversas classes (nas formas de expressão, nos sistemas de significação e nos mecanismos); relega para segundo plano os determinantes económicos.

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A Escola de Frankfurt (1923) ou Teoria Crítica Principais figuras: Max Horkheimer, Theodore Adorno, Leo

Lowenthal. O grupo emergiu no Instituto para Pesquisa Social de Frankfurt, na Alemanha.

Fazem revisão sobre a cultura de massas.

Fazem uma constatação: “O Homem massa saído do pós-guerra está isolado e carente de relações sociais” – é esmagado pela pressão do trabalho e pela competitividade.

As grandes instituições não podem protegê-lo do universo público.

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veiculada pelos midea
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pos segunda guerra mundial
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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Os indivíduos tornam-se psicologicamente vulneráveis e

facilmente manipuláveis e sobretudo manipulados pelos Media.

Criaram o conceito de indústria cultural, ou seja, desaparece o antigo conceito de cultura.

No pós-guerra não se impõe a cultura, mas filmes, novelas, música – produtos de moral laxa para satisfação dos indivíduos.

Nasce uma nova cultura: Indústria Cultural (produtora de consumos massivos).

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industria cultural produzem a cultura, mas por de traz da cultura tem o interesse economico, ect
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sem conteudo objectivo, ter pessoas a assistir e nao tem k pensar.
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Adorno e Horkheimer substituíram a expressão “cultura de massas”(toda cultura produzida para a população em geral e veiculada pelos meios de comunicação de massa) por “indústrias culturais”(conversão da cultura em mercadoria. O conceito não se refere aos veículos (televisão, jornais, rádio...), mas ao uso dessas tecnologias por parte da classe dominante.)

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a musica e as novelas k tem mais popularidade passa mais pk os proprietarios encaram os meios ccomm mercadorias
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A produção cultural e intelectual passa a ser guiada pela possibilidade de consumo mercadológico.

Os Media são os eixos centrais desta indústria cultural.

Desenvolvem modelos de identificação passiva, de tal maneira que, através dos Media, a comunicação leva ao silêncio das Massas.

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as pessoas ouvem as sociedade maioria e calam. so obsorvem
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Esta teoria crítica projecta no mundo as ideias Marxistas:

“O pensamento dominante é o pensamento da classe dominante.”

“Os Media transformaram-se no novo ópio do povo, ou seja, os efeitos são ideológicos e não são condicionados.”

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os mais influentes sao aqueles mais poderosas ... retoma a ideia das bolas magicas, hipodermica -manipulaçao das media
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Os cultural studies (1957)

Nova corrente crítica influenciada pelo Marxismo, nascida no Centro para os Estudos Culturais Contemporâneos, Birmingham, Reino Unido.

Figuras de proa: Richard Hoggart, Stuart Hall, E. P. Thompson e Raymond Williams.

Meios de comunicação de massas como produtores e reprodutores de ideologias.

Conceito de cultura central.

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impirico diclinar desta teoria mt influenciado pelo Marxismo
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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Potencialidades dos meios de comunicação como

instrumentos para uma revolução cultural e social a usar em benefício de todos.

Propõe um tipo de investigação no qual o estudo dos meios de comunicação não pode ser dissociado do contexto.

A dinâmica cultural das sociedades contemporâneas promove uma mistura, uma integração, não no sentido de manipulação, mas na ideia de uma mesma cultura que envolve a todos.

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esta escola é teorica mas tem um proposito mudar a sociedade criar efeitos importantes na sociedade nao esquece o contexto social global, é de todas as teorias a mais completa
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4- A crítica não marxista

Modelo empírico experimental foi contestado por outras correntes

Privilegiam o conceito de qualidade em detrimento da quantidade de informação recolhida através de questionários e inquéritos.

Uma das principais críticas veio da análise cinematográfica, de Kracauer.

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a critica nao marxista sao criticas mas nao sao tao directas
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previligiam a qualidade e nao a quantidade
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Interesse pela popularidade dos temas narrativos dominantes no cinema (em detrimento da popularidade dos filmes).

Os filmes revelam estados profundos do inconsciente colectivo de uma sociedade ou período histórico.

O cinema como chave para descodificar o inconsciente colectivo.

Marca o início de um campo autónomo de análise no domínio das comunicações de massa.

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O ópio do infantário

Fredric Wertham (de origem alemã a viver em Nova Iorque) contesta a ideia de que os media exerciam pouco poder;

Estudo da banda desenhada como forma de preverter a mente das crianças (Superman, Batman e Tarzan, os comic books);

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Os comics books contribuíam para o analfabetismo e apresentavam às crianças uma visão distorcida e perigosa da realidade.

Autor do livro “Seduction of the Innocent” (muito popular junto da opinião pública).

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação 5- A escola canadiana

Década de 50 surgiram as primeiras teorias centradas nos efeitos dos próprios meios de comunicação enquanto tecnologia.

Os media tinham uma influência tremenda na sociedade e na história da humanidade, influência que era extremamente positiva.

As mudanças introduzidas pelos meios de comunicação electrónicos traduzem-se numa nova dinâmica da organização da sociedade.

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A Escola Canadiana

Espaço e o tempo de Innis

Conceitos de tempo e espaço têm que ser elásticos.

Os sistemas de comunicação constituem extensões tecnológicas da mente e da consciência e são a chave para a compreensão dos valores e das fontes de poder civilizacionais e ainda da organização do conhecimento – explicação da História pelas revoluções tecnológicas de comunicação.

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Os efeitos dessas revoluções são visíveis na capacidade

de cada meio de comunicação privilegiar o tempo ou o espaço na transmissão de conhecimentos.

Um meio de comunicação pode ser mais ajustado à disseminação do conhecimento pelo tempo em vez do espaço, se este meio é pesado, duradouro ou inadequado para o transporte (pedra), ou para a disseminação do conhecimento pelo espaço em vez do tempo, se o meio é leve e de fácil transporte (papel).

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A História como o confronto entre meios de comunicação orais (implica um contacto pessoal, um consenso social e uma maior intensidade na relação humana, de maior equilíbrio) e visuais (fazem da comunicação um acto solitário, frio e unidimensional, não requerem a presença humana nem a participação de outros sentidos).

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A imprensa intensificou o carácter espacial do papel e acelerou o aparecimento do nacionalismo e da burocracia política.

Principal legado: são os meios de comunicação que estão por detrás das grandes transformações da História, da organização das civilizações e das próprias relações humanas.

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O aparecimento de McLuhan

Inspirado por Innis.

Verdadeira cultura não é a apreciada pelas elites intelectuais, é antes produzida espontaneamente pela sociedade e veiculada pelos meios de comunicação de massas.

Proclamou o regresso à cultura do ouvido e da fala, através dos meios de comunicação electrónicos.

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A galáxia McLuhan

Rádio e a televisão permitiram a recuperação do paraíso perdido – cultura oral - , ao viabilizar a retribalização.

À cultura fonética e da impressão chamou Galáxia Gutenberg.

Ao regresso à cultura oral, viabilizada pela rádio e televisão, designou por Galáxia Reconfigurada.

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação O homem da galáxia Gutenberg fechou as portas à

imaginação, tornando-se literal, explícito e lógico. Tornou-se impessoal, frio, solitário, tecnocrata e burocrata.

O aparecimento dos meios de comunicação de massas electrónicos veio inverter esta tendência e reconstituir o tipo de relacionamento pré-Gutenberg.

A rádio e a televisão estão a fazer do planeta uma aldeia global.

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação “O meio é a mensagem” ( o que interessa não é o que a

rádio e a televisão dizem, é o facto de existirem, trazendo transformações à sociedade. Estas transformações são a sua mensagem).

Qualificou de “produção artística” o trabalho dos homens da televisão e da rádio.

Os meios de comunicação não são um factor de manipulação mas de progresso e não há razões para o legado do medo persistir.

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6- OS ESTUDOS PRODUTIVOS

Até anos 50 – estudou-se a questão dos efeitos dos meios de comunicação de massa;

Década de 50 – primeiras investigações sobre a forma como os operadores actuam na escolha das mensagens a difundir.

Concentram-se na questão dos efeitos a partir da análise do trabalho dos produtores e dos processos de comunicação.

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Os estudos produtivos: Os gatekeepers

Kurt Lewin, 1947, publica um estudo sociológico sobre as decisões domésticas para a aquisição de alimentos para a casa.

Observou que os produtos circulam por canais que contêm portões onde as decisões de aquisição são tomadas. Os guardiões dos portões autorizam ou não a passagem dos alimentos por esses portões em função de regras.

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Na lógica do trabalho da comunicação social, cabe a um

indivíduo ou a um grupo decidir se deixa passar a informação ou se a bloqueia.

David White (portão e gatekeeper – guardião de portão) publicou o primeiro trabalho sobre gatekeepers da informação.

Este trabalho não obteve resultados frutíferos mas abriu trilho para continuar estes estudos.

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Westley e MacLean (1957)

Gatekeeping passou a ser encarado como uma função institucional levada a cabo pelos meios de comunicação de massas.

Gatekeepers não seleccionavam as notícias que lhes importavam, mas as que presumiam ser do interesse do público.

Concluíram que há um critério de selecção (ao contrário de White).

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W. Gieber

Os elementos mais importantes na selecção de histórias são o número de notícias disponível, o seu tamanho e as pressões de tempo.

Ao gatekeeper é reservado um papel passivo.

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J. T. McNelly (1959)

Não há apenas um, mas vários gatekeepers.

O gatekeeping não se limita a seleccionar as notícias; filtra os pormenores da notícia a ser publicada.

O processo não se limita à selecção ou rejeição de notícias, implica a redução do seu conteúdo.

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação A. Z. Bass (1969)

Estudou as áreas onde o gatekeeping é mais importante:

a recolha noticiosa;

o processamento das notícias.

O ponto mais importante de filtragem é o do processamento das notícias porque os gatekeepers estão longe das influências das fontes de informação.

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O newsmaking

Lei de McLurg – a noticiabilidade de um acidente depende não apenas da sua gravidade, mas também da nacionalidade das pessoas envolvidas.

O processo de gatekeeping não é puramente arbitrário; na verdade, funciona segundo uma lógica própria e pragmática.

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Galtung e Ruge (1965)

Gatekeeping selectivo no estudo sobre a informação internacional.

Critérios para o gatekeeping

A selecção da notícia é sistemática e o seu resultado é previsível, há uma lógica no processo – newsmaking.

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação 9 grandes critérios de selecção das notícias:

momento do acontecimento (última hora); intensidade (magnitude); clareza; proximidade (Lei de McLurg); consonância (em conformidade com as expectativas e preconceitos existentes); surpresa; continuidade; composição (um todo equilibrado) e valores socioculturais (valores que regem a sociedade e cultura).

São uma forma de rotinizar o trabalho e facilitar a escolha.

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação E. J. Epstein

Os jornalistas não são livres, mas meras peças integradas numa máquina muito mais vasta.

Na televisão, o processo de gatekeeping privilegia:

1. valor noticioso (história previsível com figuras públicas);

2. previsibilidade (pela possibilidade de ser coberto);

3. valor das imagens (imagens dramáticas prioritárias);

4. custos (notícia vs custos);

5. logística(poucas equipas);

A televisão não é um espelho da realidade, é uma hipérbole.

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Os pseudo-acontecimentos

Daniel Boorstin (1961)

Situações desenvolvidas por jornalistas, políticos, relações públicas para criar um evento que, em condições normais, não se produziria – pseudo-acontecimentos.

A informação jornalística não é um mero espelho da realidade, mas uma construção.

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7- AS TEORIAS DOS EFEITOS A PRAZO

W. Lippmann (1992), cronista americano, publicou o livro “Public Opinion” onde falava da possibilidade de os meios de comunicação de massas reproduzirem não a realidade, mas representações da realidade.

Esta teoria dominou a corrente moderna de pesquisa da comunicação de massas e apresentou a hipótese de os meios de comunicação social terem um poder não intencional até então subestimado.

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Andreia
Sticky Note
teorias dos efeitos a prazo
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O agenda-setting

M. McCombs e D. Shaw (1970)

Os meios de comunicação de massas produzem efeitos sobre as pessoas que os consomem pelo simples facto de seleccionarem os acontecimentos a noticiar.

Representa a introdução de temas que os meios de comunicação de massas consideram importante debater.

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Andreia
Sticky Note
agendar de temas
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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação O agenda-setting:

difere em função dos meios de comunicação, havendo diferenças entre a televisão e a imprensa escrita;

estabelece a hierarquia e a prioridade dos temas;

Fez regressar a ideia de que os meios de comunicação de massas exercem uma grande influência sobre a população.

Os efeitos provocados pelos media não são imediatos e controlados, mas algo imprevisíveis e a longo prazo.

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O modelo da dependência

Sandra Ball-Rokeach e Melvin De Fleur (1976)

O primeiro esforço para medir a previsibilidade dos efeitos a longo prazo.

Três tipos de efeitos:

cognitivos (percepção da mensagem por parte do público);

afectivos (sentimentos e emoções suscitados pelos m. c.);

comportamentais (acção, activação e desactivação).

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Exemplo: Massacre de Díli Impacto afectivo – provocaram uma onda de comoção em

todo o país;

Impacto cognitivo – suscitou dependência dos meios de comunicação social;

Impacto comportamental – os efeitos cognitivos e afectivos foram de tal forma profundos que levaram a que as pessoas mudassem os seus comportamentos; mobilizaram-se para a acção.

O tipo de efeitos e a sua intensidade varia em função dos sistemas sociais e das mudanças nas condições sociais.

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A espiral do silêncio

Elisabeth Noelle-Neumann (1974)

A opinião é fruto de valores sociais, da informação veiculada pelos media e do que os outros pensam.

A maior parte dos indivíduos tenta evitar o isolamento e procura manter-se nas correntes de pensamento maioritárias. Quando alguém pertence, ou julga pertencer, a um movimento de opinião minoritário tem tendência para ocultar o seu pensamento, para evitar o isolamento.

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação A espiral do silêncio é um círculo vicioso que distorce a

imagem da realidade e desacredita qualquer definição de opinião pública.

Opinião pública: Conjunto de opiniões expressas pelos meios de comunicação

de massas, uma vez que é através deles que a opinião se torna pública;

Conjunto de opiniões do público em geral,

independentemente do seu acesso à comunicação social para as expressar;

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Conceito vasto e amplo, incapaz de traduzir os pensamentos de um público fragmentado, onde proliferam demasiadas opiniões diferentes e contraditórias.

A comunicação social também contribuiu para o aparecimento da espiral, pois define o que é opinião dominante e transmite informações em relação às quais é necessário ter uma opinião. Quando um indivíduo omite as suas opiniões, as pessoas que o rodeiam podem adoptar a mesma postura, facilitando o domínio dos pontos de vista expressos na comunicação social.

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O hiato comunicativo

Inicialmente, a informação chegava a toda a população, pois era passada de forma oral; quando a informação passou a ser divulgada pelos meios de comunicação de massas, esta só chegava a uma parte da população, as classes mais favorecidas.

A circulação de notícias, em vez de diminuir, aumenta a distância cultural entre as diversas classes.

O fluxo informativo provoca não só hiatos culturais, como também hiatos comportamentais.

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8- O NEO-EMPIRISMO

Investigadores acreditam que a realidade é mensurável e optam pelo terreno e pelos inquéritos.

Objectivo: Obter dados do comportamento observável, de forma a conseguir uma base que sustentasse hipóteses, modelos e teorias.

No campo das comunicações, significou o retomar de alguns métodos utilizados na década de 40.

A questão dos efeitos voltou a ocupar o centro das atenções.

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Os usos e gratificações (1940)

Alguns estudos analisaram o que as pessoas faziam dos meios de comunicação, em vez daquilo que estes faziam às pessoas.

Os pesquisadores centraram o trabalho no uso que as pessoas faziam dos meios de comunicação para obter gratificações ou satisfazer necessidades.

Estratégia dos estudos: determinar as necessidades existentes, traçando a sua origem social e psicológica; as necessidades geram expectativas em torno dos meios de comunicação de massas, com as pessoas a consumirem a sua produção para conseguirem gratificações.

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Sociologia da Comunicação 2 – A produção social da Comunicação Premissa: o consumo da produção dos meios de

comunicação de massas não é passivo, mas activo. Os consumidores são selectivos e optam em função das suas necessidades.

Tipo de necessidades: busca de informação, contactos sociais, o desenvolvimento, a aprendizagem social e o entretenimento.

As necessidades, problemas e motivos variam em função dos indivíduos ou grupos.

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O diferencial semântico

Charles Osgood (1957)

A sua ideia era medir a noção de significado de forma científica e, para isso criou o conceito de diferencial semântico.

Pretendia determinar as reacções e sentimentos dos receptores a diversas situações envolvendo os emissores das mensagens.

Concentrou-se na eficácia do comunicador: quanto mais credível for o comunicador, mais credível será a notícia.

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As análises de conteúdos (1930)

Pesquisa que surgiu para estudar as mensagens.

Objectivo: apresentar um cálculo mensurável e verificável do conteúdo manifestado nas mensagens.

Servem para medir a intenção de um texto: se a intenção é atingir um público maioritariamente masculino, a mensagem terá mais mulheres do que homens. Contam-se as mulheres e os homens que aparecem na mensagem e confirma-se se a sua intenção foi ou não conseguida.

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Os estudos psicológicos de efeitos comportamentais

O que torna algumas pessoas particularmente susceptíveis de serem influenciadas por um meio de comunicação de massas?

Como se processa esse mecanismo de imitação?

Quanto mais realista o acto da TV e todo o ambiente que o rodeia, maior probabilidade há de imitação por parte do público.

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CONCLUSÃO

Talvez a comunicação se resuma à questão da percepção e não da realidade.

Comunicar é transmitir percepções subjectivas da realidade.

“Vivemos num pseudo-ambiente, um mundo formado pelas percepções dos meios de comunicação de massas que influi no próprio real. É na base desta dissonância entre percepção e realidade que se funda o legado do medo, e é nesse constante receio que se alimentaram os estudos sobre a comunicação.” (Lippmann, 1922)

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