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ESTUDO DAS CORES CURSO DE MODA – UDESC Projeto Eco Moda

Aula Harmonia de Cores

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aula sobre harmonia das cores

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Page 1: Aula Harmonia de Cores

ESTUDO DAS CORES

CURSO DE MODA – UDESCProjeto Eco Moda

Page 2: Aula Harmonia de Cores

D E F I N I Ç Ã O D A C O R

COR - fenômeno que se traduz pela percepção diferenciada dos estímulos sensoriais exercidos pela luz sobre o globo ocular humano.

• ASPECTOS: físicos (ligados a teoria das radiações, aspectos fisiológicos que dizem respeito ao funcionamento do globo ocular e do sistema nervoso central do homem); psicológicos (funções sensoriais e emotivas); culturais (multiplicidade de interpretações simbólicas, com incidências religiosas, geográficas, etnográficas, climatológicas e sociológicas).

• Não se pode dissociar a cor da sua FUNÇÃO ESTÉTICA, uma vez que é através de valores qualitativos de belo e de feio que a cor é primeiramente sentida e apreendida pelos homens, nos diversos suportes que ela pode ter.

Page 3: Aula Harmonia de Cores

MATIZ – É a propriedade que define a cor em si e depende diretamente do comprimento de onda da luz correspondente a essa cor. Característica que diferencia uma cor da outra. No círculo estão as 12 famílias de matizes.

Page 4: Aula Harmonia de Cores
Page 5: Aula Harmonia de Cores

Primárias

São as cores base: vermelho, amarelo e azul.

Secundárias

São as cores que se formam a partir da mistura de duas cores primárias: Vermelho + Amarelo = LaranjaVermelho + Azul = VioletaAmarelo + Azul = Verde

Terciárias

Resultam da mistura de duas cores secundárias.

Page 6: Aula Harmonia de Cores

A S C O R E S S Ã O I N F I N I T A S

Inúmeras condições ambientais nos mostram as cores de maneiras diferentes.

“As pesquisas sobre a percepção das cores deveriam ser feitas em ambientes totalmente neutros, com paredes, teto

e assoalho cinza-claros, iluminação de luz diurna (...) e até a decoração,

as mesas, as cadeiras e os móveis deveriam ser neutros. Desse modo, teríamos uma constante ambiental

para verificar efetivamente os valores cromáticos” (Bruno Munari – prefácio do livro

A interação da cor, de Josef Albers, 2009).

Através do reconhecimento da INTERAÇÃO DA COR pode-se observar efeitos cromáticos distintos, desenvolvendo-se a percepção da cor. Uma mesma cor evoca inúmeras leituras...

Page 7: Aula Harmonia de Cores

A R E L A T I V I D A D E D A C O R

“A cor é o meio mais relativo dentre os

utilizados na arte” (ALBERS, 2009, p.15)

Segundo o autor, procuramos encontrar as cores que tendem mais a exercer

influência e as diferenciamos daquelas que sofrem

influência. E que certas cores são difíceis de mudar, o que

não é o caso de outras. Basta observarmos alguns exemplos

instigantes de mudanças de cor surpreendentes para

compreendermos a importância da comparação, da observação e do “ato de

pensar em situações” no estudo das cores.

Page 8: Aula Harmonia de Cores

LUMINOSIDADE / DIFERENTES INTENSIDADES DA LUZ

É a capacidade de refletir mais ou menos luz. A luminosidade independe do matiz, mas o globo ocular humano é mais sensível ao

amarelo – que tenderá sempre a parecer mais luminoso do que qualquer outra cor, assim como o azul ou violeta parecerão menos luminosos. Albers reforça a dificuldade corrente em se distinguir o

mais claro do mais escuro, principalmente quando se trata de breves intervalos, obscurecidos por matizes contrastantes ou por diferentes

intensidades de cor. O tom refere-se à maior ou menor quantidade de luz presente na cor.

Numa escala de tons e valores, as cores degradam-se no sentido do branco e

rebaixam-se no sentido do preto.

PODE-SE OBSERVAR NO CÍRCULO:

As cores CLARAS turvam-se e descaracterizam-se ao serem rebaixadas

pelo preto.

As cores ESCURAS aniquilam-se e perdem consistência ao serem degradadas,

saturadas pelo branco.

Page 9: Aula Harmonia de Cores

GRADAÇÃO

Estudos de gradação desenvolvem uma sensibilidade mais discriminadora, fundamental para a distinção entre diferentes

luminosidades. Criam-se as chamadas escalas de cinza, que demonstram uma progressão gradual, para cima ou para baixo, entre o branco e o preto, entre o mais claro e o mais escuro.

Page 10: Aula Harmonia de Cores

INTENSIDADE DE COR / BRILHO

Quando se trata de intensidade de cor (brilho), muitas vezes não há um consenso comum. E isso também se aplica às combinações

de cores.

Page 11: Aula Harmonia de Cores

UMA COR PARECE DUAS – FUNDOS INVERTIDOS

Em geral, a cor escolhida faz, simultaneamente, os papéis das cores dos fundos. Estudos mostraram que, em geral, as cores escolhidas parecem mais próximas de um fundo do que de outro. Contudo, quando se tenta encontrar uma cor que esteja igualmente próxima ou distante de ambos os fundos, descobre-se que mesmo um grande sortimento de papéis coloridos pode não conter o tom adequado...

Deve-se examinar a possibilidade de mudança da cor de 1 ou mesmo ambos os fundos. Albers coloca que depois de várias tentativas, pode-se concluir que a única cor apropriada é aquela situada topologicamente no meio das cores dos 2 fundos. A tarefa passa a ser então encontrar essa cor intermediária.

POSSIBILIDADE DE DAR A UMA COR A APARÊNCIA DE DUAS

Page 12: Aula Harmonia de Cores

CORES DIFERENTES PARECEM IGUAIS – SUBTRAÇÃO DA COR

Diferenças de cor são causadas por: tonalidade e/ou luminosidade. Podemos “expandir” tanto a

luminosidade quanto a tonalidade com o uso de contrastes,

afastando-a de seu aspecto original na direção das qualidades opostas.

Fica portanto implícita a possibilidade de obter efeitos

semelhantes por meio da subtração das qualidades indesejadas.

Um bom exemplo é utilizar fundos de qualidade semelhante à cor

escolhida. Exercícios nesse sentido podem comprovar que qualquer

diferença entre as cores (de tonalidade/luminosidade) pode ser

reduzida com essa operação. Qualquer fundo subtrai sua própria tonalidade das

cores que lhe são intrínsecas (e que por esse motivo ele influencia).

Page 13: Aula Harmonia de Cores

TEMPERATURA CROMÁTICA

Designa a capacidade que as cores têm de parecer quentes ou frias.

CORES QUENTES - cores estimulantes, ativas, salientes. Aumentam o tamanho aparente das coisas e tendem a unificar/integrar. Tendem para o amarelo e suas matizes com os alaranjados e avermelhados.

CORES FRIAS - cores tranqüilizantes, mas também tristes, melancólicas. Parecem estar mais distantes de nossos sentidos. Diminuem o tamanho aparente das coisas e tendem a desintegrar/separar. Tendem para o azul e suas matizes com o verde e o violeta.

Page 14: Aula Harmonia de Cores

TEMPERATURA CROMÁTICA

Segundo Albers, qualquer medição de qualidades de CLARO-ESCURO está relacionada com uma escala de relações LEVE-PESADO, além do contraste de temperaturas QUENTE-FRIO. Mas é importante a observação de que, por exemplo, o vermelho e o azul (que em geral representam o quente e o frio) podem estar colocados alternadamente dos lados esquerdo e direito para demonstrar que as duas cores podem parecer tanto altas quanto baixas em termos de temperatura.

Page 15: Aula Harmonia de Cores

O TRIÂNGULO DE GOETHE

Page 16: Aula Harmonia de Cores

HARMONIA – ESQUEMAS DE CORES

“Quando aplicada de modo prático, a cor não somente aparece em incontestáveis tons e meios-tons, como também se

caracteriza por forma e tamanho, por recorrência e posicionamento etc.” (Albers, 2009, p.53)

ACROMÁTICOSMONOCROMÁTICOS

COMPLEMETARESANÁLOGOSNEUTROS

PRIMÁRIOSSECUNDÁRIOSTERCIÁRIOS

DIVISÃO COMPLEMENTAR

Page 17: Aula Harmonia de Cores

ESQUEMA ACROMÁTICO

Utiliza apenas preto, branco e cinzas.

Page 18: Aula Harmonia de Cores

ESQUEMA MONOCROMÁTICO

Utiliza uma cor em combinação com uma ou todas as cores de seu próprio matiz.

Page 19: Aula Harmonia de Cores

ESQUEMA COMPLEMENTAR

Utiliza oposições diretas do círculo cromático.

Page 20: Aula Harmonia de Cores

ESQUEMA ANÁLOGO

Utiliza quaisquer cores consecutivas na combinação, incluindo-se seus complementos (provenientes de sua saturação ou rebaixamento) do círculo cromático.

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ESQUEMA NEUTRO

Utiliza uma cor em combinação com seus complementos - provenientes de sua saturação ou rebaixamento. E ainda com preto e cinzas.

Page 22: Aula Harmonia de Cores

ESQUEMA PRIMÁRIO

Utiliza a combinação das cores – vermelho, amarelo e azul.

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ESQUEMA SECUNDÁRIO

Utiliza a combinação de cores secundárias – verde, violeta e laranja.

Page 24: Aula Harmonia de Cores

ESQUEMA TERCIÁRIO

Utiliza a combinação de cores que estão sempre eqüidistantes umas das outras no círculo. Isso inclui combinações de primárias com secundárias ou terciárias e secundárias com terciárias.

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ESQUEMA DA DIVISÃO COMPLEMENTAR

Utiliza a combinação de uma cor com as outras duas que estão de cada lado de sua complementar no círculo cromático.

Page 26: Aula Harmonia de Cores

Referências Bibliográficas:

ALBERS,Josef. A interação da cor. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.COSTA, Maria Izabel. Apostilas para estudos sobre Cores (Cap.I, II e III). Disciplina de Desenho Têxtil I. Curso de Bacharelado em Moda – UDESC.PEDROSA, Israel. Da cor a cor inexistente. RJ:FENAME, Perspectiva, 1976.______________. O Universo da cor.Rio de Janeiro: Ed.Senac Nacional, 2004.WHELAN, Bride M. Color Harmony 2: a guide to creative color combinations. Massachusetts: Rockport publishers, 1997.