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1 CARTILHA SOBRE GEORREFERENCIAMENTO http://www.georreferenciamento.net/index.php?option=com_content&task=view&id=13&Itemid=13 APRESENTAÇÃO Esta cartilha tem a finalidade de compilar os textos legais em vigência sobre o georreferenciamento. Isto para permitir a aplicação pelos produtores rurais, atentando-os para os prazos e para as demais exigências contidas na legislação. Trata-se das primeiras linhas sobre o georreferenciamento, com as quais se ingressa no tema. Por ser tema inovador e recente, em verdade, comporta maior discussão e atenção, sobretudo em razão da dinâmica dos textos legais. QUESTIONAMENTOS 1.- O que é o georreferenciamento? http://www.srural.agr.br/service2.aspx O chamado georreferenciamento consiste na obrigatoriedade da descrição do imóvel rural, em seus limites, características e confrontações, através de memorial descritivo firmado por profissional habilitado, com a devida ART, "contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional a ser fixada pelo INCRA" (art. 176, § 4º, da Lei 6.015/75, com redação dada pela Lei Federal 10.267/01 que estabelece novas normas para o Cadastro Nacional de Imóveis, o georreferenciamento dos imóveis rurais passou a ser obrigatório ). 2.- Quem está obrigado a fazer o georreferenciamento? Em regra, todos os proprietários de imóvel rural. Será também exigido das seguintes pessoas, em razão de serem obrigadas a prestar a declaração para o cadastro de imóveis rurais (CCIR), junto ao INCRA, observados os prazos do art. 10 do Decreto nº 4.449/02: I - dos usufrutuários e dos nu-proprietários; II - dos posseiros; III - dos enfiteutas e dos foreiros. O georreferenciamento é obrigatório apenas para os casos de: I - transferência (ex.: compra e venda, doação, dação em pagamento, sucessão – inventários e arrolamentos - etc.); II - desmembramento (ex.: desmembramento puro);

Cartilha georreferenciamento

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CARTILHA SOBRE GEORREFERENCIAMENTO http://www.georreferenciamento.net/index.php?option=com_content&task=view&id=13&Itemid=13

APRESENTAÇÃO Esta cartilha tem a finalidade de compilar os textos legais em vigência sobre o georreferenciamento. Isto para permitir a aplicação pelos produtores rurais, atentando-os para os prazos e para as demais exigências contidas na legislação. Trata-se das primeiras linhas sobre o georreferenciamento, com as quais se ingressa no tema. Por ser tema inovador e recente, em verdade, comporta maior discussão e atenção, sobretudo em razão da dinâmica dos textos legais.

QUESTIONAMENTOS 1.- O que é o georreferenciamento?

http://www.srural.agr.br/service2.aspx O chamado georreferenciamento consiste na obrigatoriedade da descrição do imóvel rural, em seus limites, características e confrontações, através de memorial descritivo firmado por profissional habilitado, com a devida ART, "contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional a ser fixada pelo INCRA" (art. 176, § 4º, da Lei 6.015/75, com redação dada pela Lei Federal 10.267/01 que estabelece novas normas para o Cadastro Nacional de Imóveis, o georreferenciamento dos imóveis rurais passou a ser obrigatório).

2.- Quem está obrigado a fazer o georreferenciamento? Em regra, todos os proprietários de imóvel rural. Será também exigido das seguintes pessoas, em razão de serem obrigadas a prestar a declaração para o cadastro de imóveis rurais (CCIR), junto ao INCRA, observados os prazos do art. 10 do Decreto nº 4.449/02:

I - dos usufrutuários e dos nu-proprietários; II - dos posseiros; III - dos enfiteutas e dos foreiros.

O georreferenciamento é obrigatório apenas para os casos de: I - transferência (ex.: compra e venda, doação, dação em pagamento, sucessão – inventários e arrolamentos - etc.); II - desmembramento (ex.: desmembramento puro);

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III - remembramento; IV - parcelamento (ex.: divisão).

3.- Quem pode executar os trabalhos de georreferenciamento? Apenas poderão realizar os trabalhos de georreferenciamento, para fins da Lei 10.267/01, os profissionais habilitados e com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica (art. 176, § 4º, da Lei 6.015/75, com redação dada pela Lei 10.267/01). O pedido de credenciamento e a documentação deverá atender ao contido na Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais.

Normas técnicas e credenciamento do profissional O incra disponibilizou os atos necessários para o pleno funcionamento da Lei 10.276/2001, conforme publicado no Diário Oficial da União do dia 20 de novembro de 2003 (edição 226, p.98-101). Já está disponível no site do Incra (www.incra.gov.br) todos os atos (portarias, instruções normativas e norma técnica para georeferenciamento de imóveis rurais), bem como o serviço de credenciamento de profissionais, que somente é feito via internet. Na página http://200.252.80.5/credencia/opcao1.asp indica o e-mail [email protected].

A documentação necessária para o credenciamento é a seguinte: I - Carteira de Registro no CREA (Cópia autenticada); II - Documento hábil fornecido pelo CREA, reconhecendo a habilitação do profissional para assumir responsabilidade técnica

sobre os serviços de georreferenciamento de imóveis rurais em atendimento à Lei 10.267/01 (original); III - Cartão de inscrição no CPF (cópia autenticada); IV - Formulário de credenciamento preenchido adequadamente.

Se o pedido de credenciamento se der via INTERNET, a documentação deverá ser encaminhada ao INCRA (Sala do Cidadão) ou via postal, para o seguinte endereço: Comitê Nacional de Certificação e Credenciamento - INCRA Ed. Palácio do Desenvolvimento, 12º, sala 1.207 Setor Bancário Norte - SBN - Brasília/DF CEP 70057.900

3.1.- Onde obter a listagem dos profissionais habilitados? A listagem dos profissionais habilitados para a execução dos trabalhos pode ser obtida nos sites: I - www.incra.gov.br, clicando em Sistema Público de Registro de Terras; II - www.faemg.org.br

4.- Quais os prazos? O art. 10 do Decreto 4.449/02 decreto 5.579/05 de 31 de outubro de 2005 fixou os prazos legais para o georreferenciamento de imóveis rurais: • Áreas iguais ou superiores a 5.000 ha o prazo entrou em vigor em 29-01-2003; • Áreas entre 1.000 e 5.000 ha o prazo entrou em vigor em 31-10-2003; • Áreas entre 500 e 1.000 ha o prazo vencerá em 21-11-2008; • Áreas inferiores a 500 ha o prazo vencerá em 21-11-2011; • Em caso de processos judiciais todas as áreas devem ser georreferenciadas.

* OBS: O Incra publicou três novas Instruções Normativas e duas Portarias que tratam dos novos prazos do georreferenciamento de imóveis rurais. Agora, o produtor rural com propriedade de 500 a 1000 hectares (414 alqueires), poderá entregar planta e memorial descritivo georreferenciado ao Incra a partir de novembro de 2008. Se a propriedade tiver menos de 500 hectares, o prazo começa a contar a

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partir de 20 de novembro de 2011. Para imóveis com área total igual ou superior a 1000 hectares, a exigência do georreferenciamento vale a partir de já para obter a certificação e atualização de cadastro junto ao Incra.

5.- Quais procedimentos devem ser obedecidos para o georreferenciamento do imóvel rural? Os procedimentos devem se dar em etapas: 1,- a primeira delas se dá com o profissional habilitado/credenciado para a execução dos serviços de campos e de elaboração do

material; 2.- a segunda se dá junto ao INCRA com a apresentação do material, anuência dos confinantes e demais materiais; e 3.- a terceira se dá junto ao Cartório de Registro de Imóveis.

5.1.- Pelo Profissional Habilitado Ao profissional compete: a.- Possuir a anotação de responsabilidade técnica - ART, emitida pelo CREA, da região onde for realizado o serviço; b.- a realização do trabalho de campo, levantando as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais,

georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro, observada a precisão posicional pelo INCRA; c.- elaborar:

c.1.- relatório técnico, conforme descrito no item 5.4 da Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR);

c.2.- a planta e memorial descritivo, em três vias; c.3.- gerando:

c.3.1.- arquivo digital georreferenciado, nos formatos DWG, DGN ou DXF, conforme item 5.2.2 da NTGIR; c.3.2.- arquivo digital contendo dados brutos (sem correção diferencial) das observações do GPS, quando utilizada esta

tecnologia, nos formatos nativos do equipamento e Rinex; c.3.3.- arquivo digital contendo dados corrigidos das observações do GPS, quando utilizada esta tecnologia; c.3.4.- arquivo digital contendo arquivos de campos gerados pela estação total, teodolito eletrônico ou distanciômetro, quando

utilizada esta tecnologia; d.- relatório resultante do processo de correção diferencial das observações GPS, quando utilizada esta tecnologia; e.- relatório do cálculo e ajustamento da poligonal de demarcação do imóvel quando utilizada esta tecnologia; f.- planilhas de cálculo com os dados do levantamento, quando utilizado teodolito ótico mecânico g.- cadernetas de campo contendo os registros das observações de campo, quando utilizado teodolito ótico mecânico; h.- a faculdade de colher declaração expressa dos confinantes de que os limites divisórios foram respeitados (art. 9º, § 6º, do

Decreto 4449/02).

5.2.- Para a certificação pelo INCRA Após os trabalhos realizados pelo profissional habilitado, para a certificação do INCRA, nos termos da Instrução Normativa nº 13, de 17 de novembro de 2003, o interessado legítimo deverá apresentar: a.- Requerimento, solicitando a Certificação, conforme modelo Anexo XI (original); b.- Relatório técnico, conforme descrito no item 5.4 da Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR), no original; c.- Matrícula(s) ou transcrição do imóvel (cópia autenticada); d.- Planta e memorial descritivo assinado pelo profissional que realizou os serviços (original);

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e.- Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, emitida pelo CREA da região onde foi realizado o serviço (original); f.- Arquivo digital georreferenciado, nos formatos DWG, DGN ou DXF, conforme item 5.2.2 da NTGIR; g.- Arquivo digital contendo dados brutos (sem correção diferencial) das observações do GPS, quando utilizada esta tecnologia, nos

formatos nativos do equipamento e Rinex; h.- arquivo digital contendo dados corrigidos das observações do GPS, quando utilizada esta tecnologia; i.- arquivo digital contendo arquivos de campos gerados pela estação total, teodolito eletrônico ou distanciômetro, quando utilizada esta

tecnologia; j.- relatório resultante do processo de correção diferencial das observações GPS, quando utilizada esta tecnologia (cópia); k.- relatório do cálculo e ajustamento da poligonal de demarcação do imóvel quando utilizada esta tecnologia (cópia); l.- planilhas de cálculo com os dados do levantamento, quando utilizado teodolito ótico mecânico (cópia); m.- cadernetas de campo contendo os registros das observações de campo, quando utilizado teodolito ótico mecânico (cópia); n.- declaração dos confrontantes de acordo com o art. 9º do Decreto nº 4.449/02, conforme modelo descrito no anexo X da NTGIR

(original). Todas as páginas da documentação deverão estar assinadas pelo credenciado responsável pelo levantamento, com a sua respectiva codificação obtida junto ao INCRA e ao CREA. Apresentada a documentação, compete ao INCRA, através do Comitê Regional de Certificação da Superintendência Regional, aferir se a poligonal objeto do memorial não se sobrepõe a outra e se o memorial atende às exigências técnicas (art. 9º, § 1º, do Decreto 4449/02). Quando a documentação não estiver de acordo com a NTGIR, o interessado será notificado para proceder às devidas correções. Estando nos termos da NTGIR, será emitido parecer conclusivo através de certificação, sendo aposto carimbo nas três vias da planta e do memorial descritivo do imóvel. O INCRA restituirá ao interessado a certidão, uma via da planta e do memorial.

5.3.- Para a averbação no Cartório de Registro de Imóveis Para a averbação no Cartório de Registro de Imóveis, o interessado legítimo deverá apresentar: a - a certidão do INCRA de que a poligonal não se sobrepõe a outra (item 6.2.b); b - o CCIR (art. 9º, § 5º, do Decreto 4449/02);

O que é o CCIR? O Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), emitido pelo INCRA, foi instituído pela lei Federal 5.868 de 12 de dezembro de 1972 e regulamentado pelo decreto 72.106 de 18/04/1973, o qual obriga a todos os proprietário rurais, de domínio útil ou possuidores a qualquer titulo, bem como parceiros, arrendatários e comodatários a se cadastrarem no INCRA. Após os cadastro o proprietário obterá o respectivo certificado de Cadastro de Imóvel Rural, sem o qual não poderá, sob pena de nulidade, desmembrar, hipotecar, vender ou prometer em vendas os imóveis rurais. Em

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caso de sucessão causa mortis, nenhuma partilha amigável ou judicial, poderá ser homologada pela autoridade competente sem a apresentação do certificado, conforme prevê o artigo 22 da lei 4.947/66 - http://www.incra.gov.br/index.php?visualiza=6640,1833.

Como se emite o CCIR? A emissão ocorre com o pagamento da taxa triênio do CCIR, através da solicitação do proprietário junto a UMC (Unidade Municipal de Cadastro) ou recebimento via correio do CCIR. Todas as vezes que se emite o CCIR, com retificação ou atualização de dados cadastrais, será cobrada a taxa de cadastro, de acordo com a legislação em vigor. No momento da realização do georreferenciamento, é realizada concomitantemente a atualização cadastral da propriedade.

c - o ITR dos cinco últimos anos (art. 9º, § 5º, do Decreto 4449/02); d - o memorial descritivo (art. 9º, § 5º, do Decreto 4449/02); e - declaração expressa dos confinantes e com firma reconhecida de que os limites divisórios foram respeitados (art. 9º, § 6º, do

Decreto 4449/02).; f - declaração firmada sob pena de responsabilidade civil e criminal, com firma reconhecida, de que não houve alteração das

divisas do imóvel registrado e de que foram respeitados os direitos dos confrontantes (art. 9º, § 5º, do Decreto 4449/02).

FINALIDADE DO CCIR Os dados constantes do CCIR são exclusivamente cadastrais, não legitimando direito de domínio ou posse, conforme preceitua o parágrafo único do artigo 3º da Lei nº 5.868/72 - http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L5868.htm.

COMO RETIRAR O CCIR Nas emissões normais dos formulários, que são realizadas de dois em dois anos, o CCIR é enviado para o endereço do proprietário. Se o mesmo já é cadastrado no Sistema Nacional de Cadastro Rural e não recebeu o documento em casa, terá que procurar o Incra mais próximo para retirá-lo ou nas Unidades Municipais de Cadastramento - UMC, localizadas nas prefeituras. Onde deve ser feito o pedido de emissão do CCIR: Pode ser feito gratuitamente, nos seguintes locais:

� Sala do Cidadão e setores de Cadastro Rural, localizados nas Superintendências Regionais do Incra localizadas em todas as capitais dos Estados, no Distrito Federal, e também em Marabá e Santarém, no Pará e Petrolina, em Pernambuco. Em Minas Gerais o endereço da Superintendência do Incra, para emissão de CCIR é: Incra - Superintendência Regional de Minas Gerais - SR06 Sala do Cidadão - Telefone: (31) 3282.1653 Avenida Afonso Pena 3.500 - Bairro Serra Belo Horizonte - MG - CEP 30.130-009 Horário de atendimento: 8:00 às 16:00 horas.

� Nas Unidades Avançadas do Incra - UA, localizadas em determinados municípios. Em Minas Gerais não existem! � Nas Unidades Municipais de Cadastramento - UMC http://www.incra.gov.br/index.php?visualiza=6957,1858, localizadas nas

prefeituras municipais.

Informações para as UMCs - Grupos de discussão, capacitação, treinamento, reciclagem, mudança de perfil da UMC. Apostila de treinamento - http://www.incra.gov.br/minasgerais/arquivos/0695702349.pdf Modelo de Certificado Relatório de Ocorrência Comandos para análise de declaração

Anexos http://www.incra.gov.br/index.php?visualiza=6957,1858

Prefeituras: EMISSÃO DE CCIR E DIGITAÇÃO DE DECLARAÇÕES (.pdf)

PREFEITURAS INTERLIGADAS AO SNCR PARA EMISSÃO de 2a via (.pdf)

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DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA A EMISSÃO DO CCIR Comprovante de Entrega - CE (da declaração) ou Requerimento próprio devidamente preenchido e assinado, Cópia da Carteira de Identidade, CPF (se pessoa física) ou CNPJ (se pessoa jurídica), original ou cópia autenticada da procuração própria com firma(s) reconhecida(s), se for o caso e comprovante de endereço. A lista completa com a documentação está apresentada no Manual de Orientação - Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA CANCELAMENTO DO CCIR Requerimento próprio devidamente preenchido, assinado e fundamentado, acompanhado da prova que motive o pedido, Cópia da Carteira de Identidade, CPF (se pessoa física) ou CNPJ (se pessoa jurídica), original ou cópia autenticada da procuração própria com firma(s) reconhecida(s), se for o caso. Anexos

Requerimento para Emissão de 2ª Via do CCIR (.pdf) Requerimento para Cancelamento de CCIR (.pdf)

5.4.- Pelo proprietário Ao proprietário compete: a.- contratar e custear todo o trabalho do profissional habilitado, observada a hipótese de isenção; b.- colher a assinatura dos confrontantes na declaração, nos termos do art. 9º do Decreto nº 4.449/02, conforme modelo descrito no

anexo X da NTGIR - Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais Lei 10.267/01 (original) e Resolução INCRA 12 de 26/05/2008 http://www.iterpa.pa.gov.br/files/leis/Federal/Agraria_Federal/Legislacao_Agraria_Atual/IN_INCRA_46-2008_Regularizacao_Fundiaria_100_ha_ate_15_MF.doc;

c.- firmar o requerimento, solicitando a Certificação, conforme modelo Anexo XI (original); d.- após certificado pelo INCRA, em 30 dias (IN INCRA 13/03), protocolar no Cartório de Registro de Imóveis, sob pena de perda de

validade.

6.- Onde apresentar a documentação? A documentação constante do item 6.3 retro deverá ser apresentada na Sala do Cidadão, das Superintendências Regionais do INCRA.

7.- Qual a legislação aplicável ao georreferenciamento?

Lei nº 10.267/01 http://www.georreferenciamento.net/media/Lei_10267.pdf Altera dispositivos das Leis nos 4.947, de 6 de abril de 1966, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 6.739, de 5 de dezembro de 1979, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e dá outras providências.

Decreto nº 4.449/01 http://www.georreferenciamento.net/media/decreto_4449.pdf Regulamenta a lei 10.267

Lei 4.947 http://www.georreferenciamento.net/media/lei_4947.pdf Fixa Normas de Direito Agrário, Dispõe sobre o Sistema de Organização e Funcionamento do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, e dá outras Providências

Decreto nº 5.570/05 http://www.georreferenciamento.net/media/decreto_5570.pdf Dá nova redação a dispositivos do decreto 4.449

Portaria INCRA nº 954, de 13/11/02

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Instrução Normativa INCRA nº 08, de 13/11/02 Instrução Normativa INCRA nº 13, de 17/11/03

Norma Técnica http://www.georreferenciamento.net/media/georreferenciamento.pdf Norma Técnica de Georreferenciamento de Imóveis Rurais.

7.1.- Onde encontrá-las? Nos sites: a.- www.faemg.org.br, clicando em informações jurídicas, georreferenciamento

http://www.faemg.org.br/Search.aspx?textSearch=georreferenciamento; Ver Anexo II b.- www.incra.gov.br, clicando em serviços: Serviços Cadastro Rural Manual de Orientação - Declaração para Cadastro de

Imóveis Rurais (Ver anexo I); c.- www.planalto.gov.br clicando em Legislação Brasileira.

8.- Quem arca com os custos? E QUEM PAGA, COMO, QUANTO E QUANDO ? Via de regra, o proprietário do imóvel rural. A Lei 12.267/01 e o Decreto 4.449/02 concedem a isenção, entretanto aos proprietários de imóveis rurais cujo somatório das áreas não exceda quatro módulos fiscais, desde que requerido nos prazos do art. 10 do Decreto 4.449/02, modificado pelo Decreto 5.570/05. Outra hipótese de isenção contemplada é no caso de transmissão de domínio de área total cujo somatório também não exceda a quatro módulos fiscais, desde que requerido no prazo do item 4 retro (parágrafo único do art. 8 do Decreto 4.449/02).

9.- Não se fazendo georreferenciamento, o que implica? Após os prazos do art. 10 do Decreto 4.449/02, prevalece o § 4º do art. 176, da Lei 4.947/66, modificada pela Lei 10.267/01, que assim dispõe: "no impedimento da efetivação do registro, em qualquer situação de transferência do imóvel rural".

10.- Realizando os trabalhos de medição e caracterização do imóvel, sendo encontrada área divergente da área registrada no Cartório competente, como proceder para corrigir o registro do imóvel? Deve se dar a correção mediante o processo de retificação de área, que tanto pode ser administrativo como judicial. Com o advento da Lei 10.931, de 02 de agosto de 2004, que modificou a redação dos art. 212, 213 e 214 da Lei 6.015/73, a retificação de área pode se dar por via administrativa.

O Oficial do Registro de Imóveis retificará o registro ou averbação de ofício ou a requerimento da parte, nos casos de: a.- omissão ou erro cometido na transposição de qualquer elemento do título; b.- indicação ou atualização de confrontação; c.- alteração de denominação de logradouro público, comprovada por documento oficial; d.- retificação que vise a indicação de rumos, ângulos de deflexão ou inserção de coordenadas georreferenciadas, em que não haja

alteração das medidas perimetrais; e.- alteração ou inserção que resulte de mero cálculo matemático feito a partir das medidas perimetrais constantes do registro; f.- reprodução de descrição de linha divisória de imóvel confrontante que já tenha sido objeto de retificação; g.- inserção ou modificação dos dados de qualificação pessoal das partes, comprovada por documentos oficiais, ou mediante despacho

judicial quando houver necessidade de produção de outras provas. O Oficial do Registro de Imóveis retificará o registro ou averbação a requerimento do interessado, no caso de inserção ou alteração de medida perimetral de que resulte, ou não, alteração de área, instruído com planta e memorial descritivo assinado por profissional

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legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no competente Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - CREA, bem assim pelos confrontantes.

CRÉDITO RURAL SECURITIZAÇÃO PESA / RECOOP RENEGOCIAÇÃO Foi publicada a Resolução BACEN 3.418, de 03 de novembro de 2006, revogando a Resolução BACEN 3.394. A norma regulamentou a linha de financiamento para quitação das parcelas das dívidas de Securitização, Pesa e Recoop vencidas em 2005 e vincendas e vencidas em 2006. Apenas poderão ser atendidos os mutuários adimplentes até dezembro de 2004. O prazo de contratação termina em 29 de dezembro de 2006. Os encargos financeiros foram fixados em 8,75%. Não são aplicados os encargos de inadimplemento. O prazo para o reembolso é de até cinco anos, incluídos dois anos de carência da primeira parcela. O mutuário poderá quitar com recursos próprios, até 29 dezembro de 2006, as parcelas vencidas em 2005 e 2006, com bônus de adimplência, incidindo sobre as parcelas a taxa selic da data de vencimento da parcela até o pagamento. No site da FAEMG está a íntegra da Resolução.

Resumo – Principais etapas do georreferenciamento 1. Emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica, conforme lei Federal 6.496 de 07/12/1977; 2. Pesquisa de documentos do imóvel; 3. Vistoria ao imóvel; 4. Pesquisa junto ao INCRA para verificação de possíveis áreas georreferenciadas confrontantes; 5. Identificação e cadastro dos confrontantes; 6. Obtenção das certidões de matrículas das áreas confrontantes; 7. Identificação e sinalização dos pontos de divisa, em comum acordo com os confrontantes 8. Implantação de marcos ou placas de identificação em cada ponto das divisas acordado entre o proprietário e os confrontantes; 9. Limpeza dos pontos ou abertura de picadas, quando necessário; 10. Identificação do vértice apoio geodésico oficial mais próximo; 11. Projeto do levantamento geodésico, que irá proporcionar o georreferenciamento ; 12. Determinação de base de apoio geodésico por tecnologia GPS na propriedade; 13. Levantamento geodésico, com precisão posicional de 0,50 m, dos pontos das divisas do imóvel;

Portaria 954 09/11/2002 - Art. 1° Estabelecer que o indicador da precisão posicional a ser atingido na determinação de cada par de coordenadas, relativas a cada vértice definidor do limite do imóvel, não deverá ultrapassar o valor de 0,50m, conforme o estabelecido nas Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos.

14. Cálculos de observações de campo e de coordenadas provisórias; 15. Ajustamento dos resultados dos cálculos para obtenção das coordenadas definitivas e comprovação da precisão posicional; 16. Elaboração da planta planimétrica na projeção UTM; 17. Interpretação e estudos sobre a planta realizada; 18. Elaboração do memorial descritivo do imóvel; 19. Elaboração das declarações de reconhecimento de limite e sua submissão aos confrontantes para assinatura; 20. Elaboração da documentação para Requerimento da Certificação dos Serviços de Georreferenciamento junto ao INCRA .

Anexo I - Manual de Orientação - Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais O Sistema Nacional de Cadastro Rural - SNCR, retornou ao funcionamento, já em sua versão modernizada, a partir de 18 de novembro de 2002. Os atos normativos necessários à efetiva implantação do sistema foram aprovados e publicados no Diário Oficial, nos dias 14 e 18 de novembro de 2002, entre os quais, o que aprova a nova sistemática de coleta dos dados relativos à Declaração para

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Cadastro de Imóveis Rurais, que passa a se constituir de 3 formulários: a.- Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais - Dados sobre Estrutura b.- Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais - Dados sobre Uso c.- Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais - Dados Pessoais e de Relacionamentos.

O INCRA elaborou novo Manual de Orientação adequado aos novos formulários, e disponibilizado nesta versão eletrônica, com o objetivo de fornecer aos declarantes, acesso ágil e moderno às informações necessárias ao fornecimento das informações constantes da Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais - http://www.incra.gov.br/index.php?visualiza=2754,615. Recomenda-se a leitura de todas as partes em que está subdividido o manual, para o correto preenchimento dos formulários, bem como ao atendimento às exigências de documentação comprobatória e entrega de planta e memorial descritivo, quando for o caso.

Anexos Esclarecimentos Gerais (.pdf) Dados sobre Estrutura (.pdf) Dados sobre Uso (.pdf) Dados Pessoais e de Relacionamento (.pdf) Anexos / Tabelas (.pdf) Documentação Comprobatória (.pdf) Apêndice (.pdf) Lei nº 4771/1965 (.pdf) Lei nº 9985/2000 (.pdf)

Anexo II Cartilha http://www.faemg.org.br/Content.aspx?Code=1300&ParentPath=None&ContentVersion=C

Esta cartilha tem a finalidade de compilar os textos legais em vigência sobre o georreferenciamento. Isto para permitir a aplicação pelos produtores rurais, atentando-os para os prazos e para as demais exigências contidas na legislação. Trata-se das primeiras linhas sobre o georreferenciamento, com(...) Publicado em: 17/11/2005

Georreferenciamento - Prorrogação http://www.faemg.org.br/Content.aspx?Code=3910&ParentPath=None&ContentVersion=C Na data de 1º de novembro de 2005, foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto 5570. Este Decreto prorrogou os prazos para a exigência da realização dos trabalhos de georreferenciamento dos imóveis rurais com área inferior a 1000 hectares - cinco anos, para os imóveis com área de quinhentos a menos de mil hectares e oito anos, para os imóveis com área inferior a quinhentos hectares. Assim, na forma d(...) Publicado em: 01/11/2005

Prorrogados prazos para georreferenciamento http://www.faemg.org.br/Content.aspx?Code=4140&ParentPath=None&ContentVersion=C Foram prorrogados os prazos para a realização dos trabalhos de georreferenciamento (medição de terras e identificação geodésica) dos imóveis rurais com área inferior a 1 mil hectares. De acordo com o Decreto 5.570, publicado no dia 1º de novembro último, no Diário Oficial da União, o georreferen(...) Publicado em: 01/01/2005

Notas Jurídicas Nº 29 - Georreferenciamento http://www.faemg.org.br/Content.aspx?Code=7890&fileDownload=True Publicado em: 09/06/2006

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Norma técnica para georreferenciamento de imóveis rurais ftp://200.252.80.5/Cartografia/download/Norma Técnica.pdf Publicado em: 08/04/2005

1.101, de 17/11/03 - Homologa a norma Técnica para georreferenciamento de imóveis rurais (42 páginas – Nov 2001 – 1ª edição) ftp://200.252.80.5/Cartografia/download/Portaria%20nº%201101%20-%20%20Norma%20Técnica.pdf Publicado em: 08/04/2005

Georreferenciamento http://www.faemg.org.br/Content.aspx?Code=934&ParentPath=None&ContentVersion=C Foram prorrogados os prazos para a realização dos trabalhos de georreferenciamento (medição de terras e identificação geodésica) dos imóveis rurais com área inferior a 1 mil hectares. De acordo com o Decreto 5.570, publicado no dia 1º de novembro último, no Diário Oficial da União, o georreferen(...) Publicado em: 19/11/2004

Anexo III http://www.iterpa.pa.gov.br/files/leis/Federal/Agraria_Federal/Legislacao_Agraria_Atual/IN_INCRA_46-2008_Regularizacao_Fundiaria_100_ha_ate_15_MF.doc RESOLUÇÃO CONSELHO DIRETOR INCRA Nº 12, DE 26 DE MAIO DE 2008 (DOU 27/05/2008)

O CONSELHO DIRETOR DO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA, autarquia federal criada pelo Decreto-lei no 1.110, de 9 de julho de 1970, alterado pela Lei nº 7.231, de 23 de outubro de 1984, por seu Presidente, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 8º, inciso IV da Estrutura Regimental, aprovada pelo Decreto nº 5.735, de 27 de março de 2006, com as alterações procedidas pelo Decreto nº- 5.928, de 13 de outubro de 2006, combinado com o art. 11, incisos IV e V do Regimento Interno, aprovado pela Portaria/MDA/nº 69, de 19 de outubro de 2006, e tendo em vista a decisão adotada em sua 596ª Reunião, realizada em 26 de maio de 2008; e

Considerando o disposto na MP nº 422 de 25 março de 2008, que possibilita a regularização de ocupantes de áreas com dimensões de até 15 módulos fiscais de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal e a ausência de dispositivos na Instrução Normativa/INCRA nº 32, de 17 de maio de 2006, que atenda a essa nova legislação;

Considerando-se as diretrizes do II Plano Nacional de Reforma Agrária, de promover, a regularização fundiária de forma sustentável, combater a grilagem de terras públicas, o desmatamento ilegal e a violência no campo;

Considerando-se, que segundo dados obtidos em Apuração Especial no SNCR em outubro de 2003, relativos a situação jurídica dos imóveis rurais com dimensões de 100 até menos de 15 módulos fiscais, poder-se-á atender nas unidades federativas da Amazônia Legal mais de 59.500 posseiros em mais de 10.000.000 ha, o que representa 19,7 % das posses e 23,8% da área total declarada como posse;

Considerando-se, por fim a grande demanda de Agricultores Familiares a ser atendida com a de regularização fundiária de suas ocupações em áreas rurais com dimensões de até 15 módulos fiscais ha, na Amazônia Legal, e cuja não titulação os impede de ter acesso a linhas de crédito e demais políticas de desenvolvimento, resolve:

Art. 1º - Aprovar a Instrução Normativa nº 46, de 26 de maio de 2008, que "Fixa os procedimentos para regularização fundiária de posses em áreas rurais de propriedade da União superiores a 100 hectares e até o limite de 15 módulos fiscais, localizadas na Amazônia Legal".

Art. 2º - Esta resolução entra em vigor na data da sua publicação.

ROLF HACKBART - Presidente do Conselho

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INSTRUÇÃO NORMATIVA INCRA nº 46, DE 26 DE MAIO DE 2008 (DOU 27/05/2008) Fixa os procedimentos para regularização fundiária de posses em áreas rurais de propriedade da União superiores a 100 (cem) hectares e até o limite de 15 (quinze) módulos fiscais, localizadas na Amazônia Legal.

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 20, inciso VII, da Estrutura Regimental aprovada pelo Decreto nº 5.735, de 27 de março de 2006; Decreto nº 5.928, de 13 de outubro de 2006 e o inciso V, do art. 110, do Regimento Interno da Autarquia; Portaria MDA/nº 69, de 19 de outubro de 2006; com fundamento no art. 17, § 2º B, inciso II, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (redação conferida pela Medida Provisória nº 422 de 25 de março de 2008), e, finalmente, tendo em vista o disposto na Resolução do Egrégio Conselho Diretor nº 12, de 26 de maio de 2008, resolve:

CAPÍTULO I DO OBJETIVO E DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Art. 1º - A presente instrução normativa fixa os procedimentos necessários à regularização fundiária de ocupações incidentes em áreas rurais de propriedade da União superiores a 100 (cem) hectares e até o limite de 15 (quinze) módulos fiscais, localizadas na Amazônia Legal. Parágrafo único. A presente instrução normativa tem como fundamentação legal as seguintes normas, entre outras: I - Constituição da República Federativa do Brasil de 1988; II - Leis n. 4.504, de 30 de novembro de 1964; III - art. 6º da Lei n. 4.947, de 6 de abril de 1966; IV - Lei n. 4.771, de 15 de setembro de 1965 e suas alterações; e Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000; V - Lei n. 10.267, de 28 de agosto de 2001 e Decreto n. 4.449, de 30 de outubro de 2002, com suas alterações; e VI - Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993 e suas alterações; CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS A AÇÃO DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA Seção I Das disposições gerais aplicáveis à ação de regularização fundiária

Art. 2º - Nas ações para a regularização de ocupações em áreas rurais de propriedade da União superiores a 100 (cem) hectares e até o limite de 15 (quinze) módulos fiscais, localizadas na Amazônia Legal, dever-se-á observar o seguinte: I - a ação de regularização fundiária de que trata a presente instrução normativa recairá em glebas rurais de propriedade da União, previamente definidas pelo Incra; II - poderá ser objeto de ação de regularização fundiária a totalidade ou apenas uma parcela da gleba de propriedade da União; III - a ação de regularização fundiária, quando necessário, deverá conter o levantamento ocupacional e a identificação da coordenada de localização geográfica dos imóveis inseridos na Gleba; e IV - de modo a facilitar o planejamento operacional, a ação de regularização fundiária deverá conter o diagnóstico preliminar da gleba da União conforme anexo III.

Art. 3º - Para regularização fundiária é indispensável à comprovação da posse agrária que se caracteriza, entre outros requisitos: I - pela morada habitual; II - pela cultura efetiva;

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III - pela exploração contínua e racional da área; e IV - pela ocupação pacífica.

Art. 4º - Não são passíveis de regularização as ocupações que recaiam: I - em áreas protegidas por lei; II - em áreas ocupadas ou pleiteadas por comunidades quilombolas; e III - em áreas ocupadas ou pleiteadas por populações tradicionais. Parágrafo único. Não será objeto de regularização a ocupação exercida por pessoa jurídica.

Art. 5º - Os processos administrativos individuais de regularização fundiária referentes à mesma gleba tramitarão em conjunto, sempre que possível. Seção II Do levantamento, cadastramento e georreferenciamento da ocupação

Art. 6º - O georreferenciamento do perímetro da gleba de que trata esta Instrução Normativa deverá ser realizado de acordo com a Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais - NTGIR, conforme estabelecido na lei 10.267/01, respeitando a sua descrição imobiliária nativa. § 1º - O georreferenciamento do perímetro da posse inserida na gleba também deverá ser feito de acordo com o estabelecido na Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais de forma a permitir a obtenção da certificação dessa posse. § 2º - Áreas já medidas e demarcadas em data anterior à lei 10.267/01 e que possuam peças técnicas produzidas em desacordo à Norma técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais poderão ser certificadas desde que suas peças técnicas - planta e memorial descritivo - possam sofrer adaptações que permitam a sua adequação ao que preconiza a NTGIR.

Art. 7º - Na impossibilidade do INCRA realizar o georreferenciamento do perímetro da posse é facultado ao ocupante a contratação de profissional regularmente credenciado pelo INCRA para que o mesmo realize esse serviço, observando o que estabelece a Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais. § 1º - A execução do georreferenciamento da posse com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais é de responsabilidade do ocupante. § 2º - Nos casos em que os serviços de georreferenciamento forem executados pelo detentor da posse, a documentação técnica produzida pelo profissional credenciado deverá ser submetida ao INCRA para que o Comitê Regional de Certificação, da jurisdição onde se localiza a posse, possa se pronunciar sobre a adequação dos trabalhos as exigências da NTGIR. § 3º - Caso o serviço de georreferenciamento não seja executado pelo detentor da posse, independentemente de sua dimensão, ele poderá ser realizado pelo INCRA, que incluirá o custo decorrente do mesmo, no valor do título a ser emitido.

Art. 8º - O levantamento, cadastramento e o georreferenciamento das ocupações na gleba em procedimento de regularização são de atribuição das Superintendências Regionais do Incra.

Art. 9º - A dimensão do imóvel a ser regularizado será a área georreferenciada, pelo Incra ou por profissional regularmente habilitado conforme disposto no art 7º da presente norma, identificada e ratificada no ato da vistoria realizada pelo Incra, e desde que não haja disputa possessória, não podendo em hipótese alguma superar o limite de 15 (quinze) módulos fiscais.

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§ 1º - É necessária à coleta das assinaturas de todos os confrontantes reconhecendo os limites do imóvel em processo de regularização. § 2º - Na impossibilidade da coleta das assinaturas dos confrontantes deverá ser apresentada justificativa, pelo vistoriador, e posteriormente deverá haver convocação dos confrontantes não localizados por meio de edital em jornal de grande circulação da região. Seção III Dos requisitos necessários à regularização das ocupações

Art. 10. Para regularização da posse nos termos desta IN a (o) ocupante e o (a) seu (sua) cônjuge ou companheiro deverão atender os seguintes requisitos: I - não ser proprietário de imóvel rural em qualquer parte do território nacional; II - não ter sido beneficiado pelo Programa de Reforma Agrária, ressalvadas as situações admitidas pelo Incra; III - comprovar morada habitual; cultura efetiva; exploração contínua, racional e ocupação pacífica da área; pelo prazo mínimo de 1 (um) ano; IV - comprovar a detenção da área em data anterior a 1º de dezembro de 2004, nos termos do art. 17, §2-A, inciso I, da Lei n. 8666, de 21 de junho de 1993; V - ter sua principal atividade concentrada em exploração agropecuária, agroindustrial, extrativa, florestal ou pesqueira; VI - manter a exploração da área de acordo com a legislação ambiental vigente; e VII - não exercer função pública.

Art. 11. Para a comprovação dos requisitos previstos no artigo anterior desta norma admite-se: I - realização de consultas aos sistemas informatizados e arquivos do Incra e a outros sistemas do poder público; II - declaração firmada pelo requerente sob as penas da lei, de que não é proprietário de outro imóvel rural em qualquer parte do território nacional; III - confecção de laudo de vistoria da ocupação, realizada por engenheiro agrônomo do Incra ou de entidade da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos municípios em razão de convênio, acordo ou instrumento similar firmado com o órgão, no qual conste, expressamente, o atendimento aos requisitos constantes nos incisos III, IV, V e VI, do art. 10, da presente Instrução Normativa; e IV - apresentação de documentos que comprovem a detenção da área em período anterior a 1º de dezembro de 2004. § 1º - O passivo ambiental identificado em laudo de vistoria será objeto de Termo de Compromisso Ambiental (TCA), conforme modelo do anexo II, a ser firmado entre o Incra e o ocupante, condicionando a titulação da área à sua assinatura. § 2º - Identificado passivo ambiental, o Incra cientificará o órgão ambiental responsável. § 3º O laudo de vistoria de que trata o inciso III deste artigo terá prazo de validade de 01 (um) ano, período em que deverá ser concluído o processo administrativo, podendo a validade ser prorrogada por igual período, mediante autorização expressa do Comitê de Decisão Regional (CDR), e desde que comprovada a manutenção da posse direta do interessado sobre a área em processo de regularização.

Art. 12. Para a comprovação da exploração de pastos naturais, aí incluídos os campos naturais, será indispensável a existência de área dotada de infra-estrutura física necessária ao manejo do rebanho.

Art. 13. As ocupações inseridas na gleba poderão ser objeto de criação de projetos de assentamentos especiais com vistas ao desenvolvimento socioeconômico e ambiental sustentáveis, tais como Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS), Florestais (PAF), Extrativista (PAE) e outras modalidades que visem o desenvolvimento sustentável, mediante proposta da Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária e aprovação do CDR.

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Parágrafo único. Para esses projetos serão observados os procedimentos dispostos em normas específicas. CAPÍTULO III DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 14. O processo administrativo de regularização da ocupação em terras públicas rurais federais superiores a 100 (cem) hectares e até o limite máximo de 15 (quinze) módulos fiscais, localizadas na Amazônia Legal, será iniciado mediante requerimento do interessado, dirigido ao Superintendente Regional e acompanhado da seguinte documentação: I - fotocópia da Carteira de Identidade (CI) ou da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); II - fotocópia do Cadastro de Pessoa Física (CPF); III - fotocópia da Certidão de Casamento ou de declaração de união estável, quando for o caso; IV - fotocópia de atestado de óbito do cônjuge quando o(a) interessado(a) for viúvo(a); V - fotocópia do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) ou comprovante de entrega da Declaração para Cadastro de Imóvel Rural (CE), caso exista. § 1º - É obrigatória a apresentação dos documentos constantes nos incisos I e II deste artigo pelo cônjuge ou companheiro(a) do(a) interessado(a). § 2º - Após a autorização do Chefe da Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária será formalizado o processo administrativo de regularização em nome do interessado.

Art. 15. Após a formalização do processo administrativo os autos serão encaminhados, para realização de vistoria; georreferenciamento; elaboração de planta e memorial descritivo; e parecer técnico conclusivo que aponte o atendimento dos requisitos constantes do art. 10 da presente Instrução Normativa. Parágrafo único. Após o parecer técnico elaborado pela Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária o processo administrativo será encaminhado ao Comitê de Decisão Regional (CDR) para deliberação.

Art. 16. Inexistindo Cadastro Rural da ocupação a ser regularizada, far-se-á de ofício a sua inclusão no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR).

Art. 17. Apurada a impossibilidade de regularização fundiária por descumprimento dos requisitos constantes na presente Instrução Normativa, o Incra deverá adotar de ofício as medidas administrativas e/ou judiciais cabíveis à retomada da área pública. CAPÍTULO IV DA TITULAÇÃO

Art. 18. Ao ocupante que atender os requisitos estabelecidos nesta instrução normativa será outorgado Título de Domínio, sob condição resolutiva (TD), conforme modelo do anexo I.

Art. 19. O Título de Domínio, sob condição resolutiva, deverá conter, entre outras: I - cláusula expressa sobre a impossibilidade de negociação do título pelo prazo de 10 (dez) anos; II - cláusula prevendo a possibilidade de transmissão por sucessão legítima ou testamentária; III - cláusula que determine expressamente o aproveitamento racional e adequado da área titulada;

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IV - cláusula que determine a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a preservação do meio ambiente; V - cláusula que determine a observância das disposições que regulam as relações de trabalho;e VI - cláusula de condições e forma de pagamento. Parágrafo único. Decorridos 10 (dez) anos da emissão do Título de Domínio sob condição resolutiva, e certificado pelo Incra o cumprimento de todas as obrigações pactuadas, o título de domínio tornar-se-á definitivo, liberando-se as obrigações contratuais.

Art. 20. A qualquer tempo e independente de notificação o Incra poderá vistoriar o imóvel para verificar o cumprimento das cláusulas constantes do Título de Domínio, sob condição resolutiva. § 1º - Constatado o descumprimento de qualquer das disposições contratuais, o legitimado será notificado para apresentar defesa no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do recebimento da notificação. § 2º - Após decorrido o prazo de 15 dias para a apresentação da defesa de que trata o parágrafo anterior, a matéria será apreciada pela Divisão de Ordenamento com posterior submissão da matéria ao Comitê de Decisão Regional. § 3º - Após deliberação do Comitê de Decisão Regional, o Superintendente Regional determinará as providências cabíveis.

Art. 21. Os ocupantes de áreas com até 15 (quinze) módulos fiscais, portadores de documentação prévia expedida pelo INCRA, tais como Licença de Ocupação (LO) e Autorização de Ocupação (AO), farão jus à regularização fundiária mediante outorga de Título de Domínio, sob condição resolutiva, desde que seja verificado o cumprimento das obrigações contratuais constantes de referidos documentos e desde que a área esteja medida, demarcada, georreferenciada e livre de disputa possessória. Parágrafo único. O cumprimento das cláusulas contratuais será verificado através da análise técnica e jurídica, precedida de vistoria administrativa.

Art. 22. Existindo licença de ocupação - LO expedida pelo INCRA para uma área de até 100 (cem) hectares, mas constatado que a ocupação em terras públicas rurais na Amazônia Legal supera tal limite, o ocupante fará jus a um único Título de Domínio, sob condição resolutiva, aplicando-se a presente instrução normativa, desde que a área ocupada não ultrapasse o limite máximo de 15 (quinze) módulos fiscais e desde que haja requerimento do interessado nesse sentido. Parágrafo único. É defeso à Administração efetuar compensação entre os períodos de AO e/ou LO para fins de prazo de inegociabilidade de títulos.

Art. 23. A Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária - DF confeccionará os títulos de domínio, após a publicação em Boletim de Serviço da relação dos documentos autorizados pela Superintendência Regional. CAPÍTULO V DO VALOR E DO PAGAMENTO

Art. 24. No caso de regularização da ocupação, com expedição de Título de Domínio, sob condição resolutiva (TD), o valor da terra nua corresponderá ao valor de mercado do imóvel.

Art. 25. As pautas de valores para regularização fundiária serão elaboradas conforme critérios aprovados pelo Conselho Diretor (CD).

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Art. 26. Estabelecido o valor do imóvel rural, o pagamento será efetuado à vista ou a prazo, neste caso, em prestações anuais e sucessivas, amortizadas em até 07 (sete) anos, corrigidas monetariamente pela variação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas, ou outro índice que vier a substituí-lo, incidindo ainda juros de 6% (seis por cento) ao ano. Parágrafo único. O prazo de carência para o pagamento da primeira prestação é de 03 (três) anos contados a partir da data da expedição do título de domínio.

Art. 27. Aos portadores de Licenças de Ocupação, concedidas na forma da legislação anterior, será assegurada a preferência para aquisição de área até 100 (cem) hectares, pelo valor histórico da terra nua, e, o que exceder esse limite, pelo valor atual da terra nua, em observância ao disposto no art.29, § 2º, da Lei n° 6.383, de 1976 e conforme critérios aprovados pelo Conselho Diretor. CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 28. A regularização de imóveis localizados em faixa de fronteira, fica condicionada ao assentimento prévio do Conselho de Defesa Nacional (CDN). Parágrafo único. A consulta ao CDN será realizada mediante lista de beneficiários, sem a necessidade de se encaminhar o processo administrativo.

Art. 29. As terras públicas rurais de propriedade da União devem ser georreferenciadas e cadastradas no Sistema Nacional de Cadastro Rural - SNCR, adotando-se para tanto a nomenclatura padrão INCRA/UNIÃO no item referente ao Proprietário/Detentor do imóvel rural.

Art. 30. A outorga de Título de Domínio, sob condição resolutiva, far-se-á à mulher ou ao homem, quando solteiros, ou a ambos, quando casados ou conviventes sob regime de união estável.

Art. 31. Os procedimentos para a expedição dos instrumentos de titulação serão estabelecidos em norma ou manual próprio.

Art. 32. As áreas necessárias à edificação de interesse coletivo e urbanização, situadas nas áreas objeto de regularização, poderão ser cedidas ou doadas a órgãos e entidades da administração pública federal, estadual, municipal ou entidades educacionais, assistenciais e hospitalares, na forma das normas específicas.

Art. 33. As situações não previstas nesta Instrução Normativa serão submetidas à apreciação do Conselho Diretor (CD), após análise e manifestação conclusiva do Comitê de Decisão Regional (CDR).

Art. 34. Revoga-se a Instrução Normativa nº 32, de 17 de maio de 2006.

Art. 35. Os anexos da presente Instrução Normativa serão publicados na íntegra em Boletim Interno da Autarquia.

Art. 36. Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.

ROLF HACKBART

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Anexo IV – Leis http://www.iterpa.pa.gov.br/ListaTipoLeis.iterpa?buscar=0

LEGISLAÇÃO AGRO-AMBIENTAL FEDERAL ATUAL

o CONSTITUIÇÃO FEDERAL � Constituição 1988

o AGRÁRIA FEDERAL � Autorizações do Senado-Congresso � Legislação Agrária Atual � Legislação Patrimonial - SPU

o AMBIENTAL FEDERAL � Água � Ambiental Geral � Caça e Pesca � Floresta � Unidades de Conservação

o CONEXA FEDERAL � Conexa Geral Federal � Minerário � Urbanístico

o INDIGENAS � Populações Indigenas

o JURISPRUDÊNCIAS � Jurisprudências

LEGISLAÇÃO AGRO-AMBIENTAL ESTADUAL ATUAL o CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

� Constituição 1989

o AGRÁRIA ESTADUAL � Agrária Estadual � Áreas arrecadadas � Títulos Falsos

o AMBIENTAL ESTADUAL � Ambiental Estadual

o CONEXA ESTADUAL � Ciência e Tecnologia � Conexa Geral Estadual � Leis Urbanísticas � Minerário Estadual

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QUILOBOS o FEDERAL

� Legislação

o ESTADOS BRASILEIROS � Bahia - BA � Espirito Santo - ES � Goias - GO � Maranhão - MA � Mato Grosso do Sul - MS � Mato Grosso - MT � Pará - PA � Piaui - PI � Rio de Janeiro - RJ � Rio Grande do Sul - RS � Santa Catarina - SC � São Paulo - SP

Levantamento Realizado por: Professor Dr. Girolamo Domenico Treccani [email protected]

Anexo V – Abreviaturas ADA Ato Declaratório Ambiental ART Anotação de Responsabilidade Técnica BACEN Banco Central do Brasil CCIR Certificado de Cadastro de Imóvel Rural CPF Cadastro de Pessoa Física CREA Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia GPS Sistema de Posicionamento Global IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária ITR Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural NTGIR Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais PESA Programa de Saneamento de Ativos RECOOP Programa de Revitalização de Cooperativas de Produção Agropecuária

Anexo VI – Modelo de Declaração de Limites DECLARAÇÃO DE RECONHECIMENTO DE LIMITE Eu, MARIA NNNNN, Cédula de Identidade RG , CPF/CNPJ , casado, com XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, RG. Nº XXXXX, CPF Nº XXXXXXXX, proprietário (s) do imóvel rural denominado FAZENDA FFF, matrícula(s) , cadastrado no INCRA sob o código , (IMÓVEL 1), e eu, PEDRO, Cédula de Identidade RG , CPF/CNPJ , proprietário do imóvel rural denominado xxxxxxxxxxx, matrícula(s) , cadastrado no INCRA sob o código , (IMÓVEL 2).

Declaramos não existir nenhuma disputa ou discordancia entre os limites comuns existentes entre os citados imóveis.

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Declaramos ainda que o Profissional Credenciado Josafá Barreto Fontes, Cédula de Identidade RG 7.707.755 SSP PE, CPF 003.858.244-91, credenciado pelo INCRA sob o código AUL, com a emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica ART nº ., nos indicou as demarcações do limite entre as nossas propriedades, tanto no campo como na sua representação gráfica, consta confrontação com a FAZENDA FFF, a partir do vértice M1-P-0004, confrontando com a propriedade de PEDRO, com azimute de 69°47'41" e distância de 69,63m, até o vértice AUL-P-0005, confrontando com a propriedade de PAULO.

Concordamos com essa demarcação, expressa na planta e no memorial descritivo, ambos em anexo, e reconhecemos esta descrição como o limite legal entre as nossas propriedades.

Município MMM, 19 de Setembro de 2008 __________________________________________________ MARIA NNNNN __________________________________________________ PEDRO __________________________________________________ JOSÉ

Anexo VII – Destaques da Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais Capítulo 1 Padrões de Precisão e Acurácia 05

1.1 Classificação quanto a finalidade 05 1.2 Classificação quanto a precisão 06 1.3 Classificação quanto a acurácia 06

Capítulo 2 Identificação e Reconhecimento dos Limites 07 2.2 Credenciamento de profissionais 07 2.2.1 Locais de Credenciamento 07 2 Documentação necessária ao credenciamento 07 3 Carteira do Credenciado 07 2.3 Documentação requerida pelo Credenciado ao proprietário 08 2.4 Identificação dos limites 08 2.4.1 Linha seca 08 2.4.2 Estrada de Rodagem 08 2.4.3 Estrada de Ferro 09 2.4.4 Linha de Transmissão, Oleoduto, Gasoduto, Cabo Ótico 09 2.4.5 Rio e Córrego 09 2.4.6 Vértice 09 2.4.7 Marco 09 2.4.8 Marco Testemunho (Alinhamento) 09 2.4.9 Ponto 09 2.4.10 Vértice Virtual 10 2.5 Codificação dos vértices (materializados) 10 2 Codificação dos pontos (não materializados) 11 3 Codificação dos vértices virtuais (não materializados) 11 4 Codificação de vértices, pontos e vért. virtuais de imóveis contíguos 11 5 Codificação do imóvel 12

Capítulo 3 Materialização dos Vértices 12 3.1.1 Características do marco 12

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Capítulo 4 Levantamento e Processamento. 13 4.2 O Sistema Cartográfico Nacional 13 4.3 Levantamentos de Apoio Básico 14 4.3.1 Por técnicas convencionais 14 4.3.1.1 Desenvolvimentos de poligonais 15 4.3.1.2 Poligonais Geodésicas de Precisão (Controle Básico) 15 4.3.1.3 Poligonais Geodésicas de Apoio à Demarcação (Controle Imediato) 16 4.3.2 Por GPS 17 4.3.2.2 Posicionamento isolado ou absoluto (GPS1) 18 4.3.2.3 Posicionamento relativo ou diferencial (GPS2, GPS3, GPS4) 18 4.3.2.4 Posicionamento diferencial estático (fase da portadora) 18 4.4 Determinações Altimétricas 19 4.4.2 Nivelamento diferencial com o GPS 20 4.4.3 Nivelamento Trigonométrico 20 4.4.4 Nivelamento Geométrico (diferencial) 21 4.5 Levantamento de Perímetro 22 4.5.1 Por técnicas convencionais 22 4.5.1.1 Poligonais para fins topográficos (demarcação) 22 4.5.1.1.1 Levantamentos por processos taqueométricos 22 4.5.1.1.2 Levantamentos eletrônicos 23 4.5.3 Por GPS. 24 4.5.3.1 Levantamentos por GPS1 24 4.5.3.2 Levantamentos por GPS2 24 4.5.3.3 Levantamentos por GPS3 25 4.5.3.4 Levantamentos por GPS4 25 4.5.3.5 Outros métodos 26 4.5.3.5.1 Posicionamento relativo rápido estático (fase da portadora) 27 4.5.3.5.2 Posicionamento relativo pseudo estático (fase da portadora) 27 4.6 Avaliação do Georreferenciamento 28 4.6.1 Considerações 28 4.6.2 Procedimento 28

Capítulo 5 Apresentação dos Trabalhos 29 5.1 Considerações 29 5.2 Planta 29 5.2.1 Convenções 30 5.2.2 Arquivos Digitais 30 5.3 Memorial Descritivo 30 5.3.1 Cabeçalho 30 5.3.2 Descrição do Perímetro 30 5.4 Relatório Técnico 31 5.5 Certificação 31

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Anexo VIII – Legislação “Especificações e Normas Gerais para Levantamentos Geodésicos”, aprovadas pela Resolução PR n.o 22, de 21.07.83, do Presidente do I BG E, e homologadas pela Resolução COCAR 02/83, de 14.07.83, publicada no D.O. de 27.07.83. “Parâmetros para Transformação entre Sistemas Geodésicos”, aprovadas pela Resolução N.º 23 de 21 de fevereiro de 1989 do Presidente do I B G E, e que altera os parâmetros de transformação definidos no Apêndice II da R. PR-22 de 21-07-83 em seus itens 2.3, 2.4, 2.5 e 2.6. “Especificações e Normas Gerais para Levantamentos GPS: Versão Preliminar”, aprovadas pela Resolução N.º 05 de 31 de março de 1993 da Presidência do I B G E, e que passaram a complementar o capítulo II das Especificações e Normas para Levantamentos Geodésicos da R. PR-22 de 21-07-83. “Padronização de Marcos Geodésicos: Instrução Técnica”, aprovadas através da Norma de Serviço N.º 29 do Diretor de Geociências do IBGE. Norma ABNT NBR 13.133 – “Execução de levantamento topográfico”, de 30-06-94. Norma ABNT NBR 14.166 - “Rede de Referência Cadastral Municipal - Procedimento”, aprovado pela Lei 14.166, de agosto de 1998. Instruções Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Nacional, estabelecidas pelo Decreto Nº 89.817 de 20 de junho de 1984, publicado no D.O. de 22 de junho de 1984 e alterações subsequentes. Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001, que estabelece a obrigatoriedade do georreferenciamento de imóveis rurais. Decreto nº 4.449, de 30 de outubro de 2002, que regulamenta a Lei Nº 10.267. Portaria INCRA/P/nº 954, de 13 de novembro de 2002, que estabelece o indicador da precisão posicional a ser atingida em cada par de coordenadas. Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, com as alterações das Leis nº 7.803/89 e 7.875/89, que institui o Código Florestal Brasileiro. Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispões sobre os registros públicos. Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997, que dispõe sobre a Política e Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Anexo IX - Anotações do Simeão Passei muitos anos fazendo levantamentos topográficos, usando teodolito, trena, nível e mira. Neles usei calculadoras e AutoCAD, com coordenadas locais. Ao ter que juntar muitos levantamentos num cadastro a nível de Brasil, somos obrigados a passar da topografia para a geodésia, e empregar técnicas cartográficas e coordenadas geográficas, UTM, etc. Um equipamento passou a ser insubstituível: o GPS. No caso do georreferenciamento de imóveis rurais, a utilização do plano topográfico local como referência para o desenvolvimento dos cálculos de coordenadas, área, azimute e distância não são adequados, independentes da dimensão do imóvel. Datum – SIRGAS2000. Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR e no Cadastro Nacional de Imóveis Rurais - CNIR ficaria prejudicada uma vez que toda a malha fundiária desses sistemas sofre redução ao elipsóide. A identificação e o reconhecimento dos limites do imóvel rural é uma tarefa que precede necessariamente a etapa de medição. Destina-se a assegurar que o profissional não cometerá erros no caminhamento a ser percorrido. Deverá ser iniciado por uma coleta e rigorosa avaliação da sua documentação, especialmente a descrição imobiliária do Registro de Imóveis e a documentação técnica existente no INCRA, sobretudo eventuais coordenadas já determinadas e certificadas por essa Autarquia, em atendimento à Lei 10.267/01. Essa avaliação deve se estender a todos os imóveis vizinhos. Vértices comuns a dois ou mais imóveis rurais devem manter, ao final dos serviços, as suas respectivas localizações descritas pelo mesmo par de coordenadas. Um detalhamento desse procedimento é encontrado no Capítulo 4 - Levantamento e Processamento.

Credenciamento do profissional Para que o profissional habilitado a realizar serviços de georreferenciamento de imóveis rurais possa requerer a certificação do seu trabalho é necessário promover o seu prévio credenciamento junto ao INCRA. 1.- Requerimento para Credenciamento encontra-se disponível na pagina do INCRA, no seguinte endereço: www.incra.gov.br a - Carteira de Registro no CREA (cópia autenticada); b – Documento hábil fornecido pelo CREA, reconhecendo a habilitação do profissional para assumir responsabilidade técnica sobre os serviços de

georreferenciamento de imóveis rurais ,em atendimento a Lei 10.267/01 (original); c - Cartão de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF (cópia autenticada);

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A documentação listada acima deverá ser entregue na Sala do Cidadão de cada Superintendência Regional do INCRA ou enviada para o seguinte endereço: Comitê Nacional de Certificação e Credenciamento - INCRA Ed. Palácio do Desenvolvimento, 12º andar, sala 1.207 Setor Bancário Norte-SBN, Brasília/DF CEP 70.057-900 Documentação requerida pelo Credenciado ao proprietário Para a perfeita identificação do perímetro do imóvel o Credenciado deverá solicitar ao proprietário toda a documentação existente, tais como:

certidões cartoriais, constando matrículas ou transcrições; escrituras públicas; plantas topográficas existentes; croquis de levantamentos anteriores; planilhas de cálculos de levantamentos topográficos anteriores; cadernetas de campo de levantamentos anteriores etc.

A execução dos serviços de identificação deverá ser sempre acompanhada pelos proprietários confinantes ou seus representantes legais, devidamente identificados, para que não paire qualquer dúvida quanto aos limites comuns levantados. Ao final dos serviços de identificação, o proprietário do imóvel objeto da medição deverá obter, de cada confrontante, uma declaração de que não há discordância quanto aos respectivos limites comuns percorridos pelo Credenciado encarregado do serviço de georreferenciamento. Esta declaração, sempre que possível, deverá ser de natureza pública e registrada em Cartório de Títulos e Documentos da mesma Comarca. Na impossibilidade deste atendimento a declaração poderá ser um documento particular contendo a identificação do declarante, com firma reconhecida. Independentemente da natureza da declaração (pública ou privada) seu texto deverá estar de acordo com o modelo descrito no Anexo X. ATENÇÃO - Os vértices virtuais localizados em serras inacessíveis, encostas de morro, áreas com cobertura vegetal protegidas por Lei e área alagadiças entre outras, poderão ter suas coordenadas determinadas a partir de cartas topográficas produzidas ou contratadas por Órgãos Públicos, condicionadas a prévia anuência da Superintendência Regional do INCRA, na região onde os trabalhos serão realizados. Todos os cálculos, visando atender a medição, demarcação e georreferenciamento de imóveis rurais deverão ser realizados neste plano de projeção UTM. A inexistência de infra-estrutura geodésica na região dos trabalhos implicará na determinação de coordenadas de uma base, preferencialmente por rastreamento de sinais de satélites do GPS com as convenientes técnicas de processamento e redução ao elipsóide, de modo a atender as necessidades de apoio geodésico do projeto. Quando do uso de transporte de coordenadas pelo método convencional, é indispensável a utilização de dois vértices distintos das redes supra citadas.

Nestas Norma os desenvolvimentos poligonais através de técnicas convencionais, visando o apoio geodésico, dividem-se em: Poligonais Geodésicas de Precisão (CONTROLE BÁSICO). Poligonais Geodésicas de apoio à Demarcação (CONTROLE IMEDIATO). Os levantamentos de controle, através de técnicas convencionais, deverão obedecer às seguintes fases:

Planejamento, seleção de equipamentos e métodos; Estabelecimento de pontos de controle/apoio; Levantamento de detalhes; Cálculos e ajustes; Geração de original topográfico; Desenho topográfico final; Relatório técnico

Relatórios de Levantamentos eletrônicos Deverão ser apresentados em relatório no mínimo os seguintes elementos:

a.- Número de estações que compõe a poligonal.

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b.- Número de pontos irradiados a partir da poligonal. c.- Perímetro do desenvolvimento da poligonal. d.- Erro Angular: Erro angular resultante na poligonal. e.- Erro Linear no eixo ESTE: (erro linear resultante nas projeções ESTE) f.- Erro Linear no eixo NORTE: ( erro linear resultante nas projeções NORTE) g.- Erro Linear Total: (diferença entre as coordenadas de chegada esperada e as coordenadas calculadas baseadas nas medidas de campo). h.- Erro de Nivelamento: diferença entre a altitude conhecida e a transportada. i.- Erro relativo. j.- Dados de entrada. k.- Pontos utilizados como referência. l.- Reduções efetuadas. m.- Elementos calculados (coordenadas e altitudes) após a compensação.

Documentos necessários para a Certificação Para solicitar a “CERTIFICAÇÃO” prevista no parágrafo 1º, do artigo 9º, do Decreto 4.449/02, o interessado deverá apresentar os seguintes documentos. 1.- Requerimento, solicitando a Certificação de acordo com o § 1º, artigo 9º Decreto Nº 4449/02, conforme modelo Anexo XI - original 2.- Relatório Técnico, conforme descrito no item 5.4- original 3.- Matricula(s) ou transcrição do imóvel - cópia autenticada 4.- Três vias da planta e memorial descritivo assinado pelo profissional que realizou os serviços - originais 5.- Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, emitida pelo CREA da Região onde foi realizado o serviço - original 6.- Arquivo digital conforme descrito no item 5.2.2 georreferenciado, nos formatos DWG, DGN ou DXF. 7.- Arquivo digital contendo dados brutos (sem correção diferencial) das observações do GPS, quando utilizada esta tecnologia, nos formatos

nativos do equipamento e Rinex; 8.- Arquivo digital contendo dados corrigidos das observações do GPS, quando utilizada esta tecnologia; 9.- Arquivo digital contendo arquivos de campo gerados pela estação total, teodolito eletrônico ou distanciômetros, quando utilizada esta

tecnologia; 10.- Relatório resultante do processo de correção diferencial das observações GPS, quando utilizada esta tecnologia - cópia 11.- Relatório do cálculo e ajustamento da poligonal de demarcação do imóvel quando utilizada esta tecnologia - cópia 12.- Planihas de Cálculo com os dados do levantamento, quando utilizado teodolito ótico mecânico - original; 13.- Cadernetas de campo contendo os registros das observações de campo, quando utilizado teodolito ótico mecânico – originais e cópia 14.- Declaração dos confrontantes de acordo o artigo 9º do decreto 4449/02, conforme modelo descrito no anexo X - original; OBS: Todas as páginas da documentação entregue deverão estar assinadas pelo Credenciado responsável pelo levantamento, com a sua respectiva codificação obtida junto ao INCRA e ao CREA.

Modelo de carimbo para certificação da planta e do memorial descritivo

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFÓRMA AGRÁRIA

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE ........................

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CERTIFICAÇÃO Nº.............../2003 Certificamos que a poligonal objeto deste memorial descritivo/planta não se sobrepõe, nesta data, a

nenhuma outra poligonal constante de nosso cadastro georreferenciado e que a sua execução foi efetuada em atendimento às especificações técnicas estabelecidas na Norma Técnica para Georreferenciamento de

Imóveis Rurais aprovada pelo INCRA através da Portaria INCRA/P/Nº...../03. Local, ....de..........de................

........................................................................... nome do membro do Comitê Regional de Certificação

Qualificação profissional, CREA nº............... Ordem de Serviço SR/....../ nº........

Norma Técnica – INCRA – (abaixo transcrevi alguns destaques) Qual tipo de GPS poderemos usar? A Norma do INCRA é bem clara – os Topográficos (L1) e/ou Geodésicos (L1/L2). GPS3 – Solução baseada nos códigos C-A e/ou Y e/ou fase da portadora com correção diferencial obtida em pós-processamento com utilização de técnicas baseadas em suavização do código através da portadora. Equipamentos incluídos nesta categoria são denominados, popularmente, como:

- GPS Topográfico; - GPS Geodésico de uma freqüência; - GPS Geodésico L1;

4.5.3.3.1 Características dos aparelhos a) Precisão após processamento off-line: 20mm a 1m + 3 ppm (68,7 %); b) Observável básica: Códigos C/A e/ou Y e/ou fase da portadora; c) Combinação entre observáveis: Duplas diferenças, suavização do código por portadora;

4.5.3.3.2 Fatores influentes na precisão · Proximidade da estação de referência (correlação espacial); · Condições atmosféricas nas proximidades da estação de referência e móvel e horário de rastreamento; · Geometria da configuração de satélites; · Magnitude do multicaminhamento na estação móvel; · Qualidade dos receptores;

4.5.3.3.3 Condições a serem observadas para alcançar a precisão acima: 1. Distância máxima tolerável da estação de referência: de acordo com as especificações do equipamento para atingir a precisão estabelecida; 2. PDOP máximo: < 6; 3. Razão Sinal/Ruído mínima do sinal GPS : > 6; 4. Horizonte mínimo de rastreamento: 15°; 5. Operar sempre no modo 3D, sendo recomendáveis 5 ou mais satélites rastreados simultaneamente; 6. Intervalo de gravação: 5 S 7. Pós-processamento com programa dotado de algoritmos de combinação de observáveis (fase da portadora e código), busca de ambigüidades e com capacidade de processar a(s) fase(s) da(s) portadora(s) no caso dessa observável ser utilizada;

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8. Receptores com um mínimo 6 canais independentes. 4.5.3.4 - Levantamento com GPS4 GPS4 – Soluções baseadas na fase da portadora com solução de ambigüidades e com correção diferencial pós-processada e alternativamente, link de comunicação para solução em tempo real (RTK). Equipamentos incluídos nesta categoria são denominados, popularmente, como:

- GPS Geodésico; - GPS Geodésico de dupla freqüência; - GPS Geodésico L1 L2; - GPS RTK

4.5.3.4.1 Características dos aparelhos a) Precisão em tempo real: 40mm + 2 ppm. (68,7 %); b) Precisão após processamento off-line: 20mm + 2 ppm. (68,7 %); c) Observável básica: Códigos C/A e/ou Y e fase da portadora; d) Combinação entre observáveis: Dupla diferença de fase da portadora com utilização dos códigos para aceleração da busca de ambigüidades; e) Para solução em tempo real (RTK) é necessário utilizar link de comunicação de alta velocidade entre a unidade de referencia e a(s) unidade(s) móvel(is).

4.5.3.4.2 Fatores influentes na precisão: a) Proximidade da estação de referência (correlação espacial); b) Condições atmosféricas nas proximidades da estação de referência e móvel e horário de rastreamento; c) Geometria da configuração de satélites; d) Magnitude do multicaminhamento na estação móvel; e) Qualidade dos receptores; f) Agilidade do algoritmo de busca de ambigüidades em tempo real (RTK); g) Velocidade de transmissão do link de comunicação (RTK).

4.5.3.4.3 Condições a serem observadas para alcançar a acurácia acima: 1. Distância máxima tolerável da estação de referência: 15 km para (RTK); 2. PDOP máximo: < 6; 3. Razão Sinal/Ruído mínima do sinal GPS : > 8; 4. Horizonte mínimo de rastreamento: 15°; 5. Operar sempre no modo 3D, sendo necessários no mínimo 5 satélites rastreados simultaneamente para a inicialização e manutenção de um mínimo e 4 durante a execução do levantamento; 6. Intervalo de gravação: 1 ou 2S ; 7. Tempos de permanência:10S a 20S , para levantamento de feições tipo ponto 8. Processamento off-line com programa dotado de algoritmos de combinação de observáveis (fase e portadora), busca de ambigüidades e com capacidade de processar a(s) fase(s) da(s) portadora(s); 9. Receptores com um mínimo de 8 canais; 10. A utilização de link para transmissão de correções em tempo real (RTK) através de rádios UHF implica em necessidade de “visibilidade” entre a unidade de referência e móvel(is). Na impossibilidade de visibilidade deverão ser utilizadas unidades repetidoras;

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4.5.3.5 – Outros Métodos Os métodos de levantamento e georreferenciamento, através do Sistema de Posicionamento Global – GPS, estão sendo permanentemente aprimorados. Os métodos mencionados a seguir descrevem apenas aqueles mais conhecidos e que foram adotados pelos fabricantes dos receptores de sinais do GPS como procedimentos aceitáveis e operacionais. As denominações aqui adotadas, entretanto, podem não coincidir com aquelas utilizadas pelos diversos fabricantes. Dessa forma o usuário deverá descrever detalhadamente, no Relatório Técnico, os procedimentos adotados na fase de coleta e registro das observações em campo. Os métodos descritos neste item podem ser executados por rastreadores de sinais do GPS de freqüência única (L1) ou de dupla freqüência (L1/L2) classificados respectivamente como GPS 3 ou GPS 4. 4.5.3.5.1 - Posicionamento relativo rápido estático (fase da portadora) Para a execução de levantamentos baseados na técnica rápido-estático, as seguintes orientações devem ser seguidas:

1. A linha de base deverá estar limitada ao comprimento máximo de 15 km 2. Devem ser seguidos os períodos de rastreamento indicados pelos fabricantes; 3. O tempo de permanência deverá ser no mínimo o que permita armazenar 5m de dados íntegros sem interferência de perdas de ciclos, sendo esse tempo uma decorrência do número de satélites rastreados e do comprimento da linha de base; 4. Preferencialmente 5 ou mais satélites deverão ser rastreados em ambas as unidades; 5. O intervalo de gravação deverá ser de 10S, podendo ser reduzido para 5S; 6. A solução final deverá garantir a resolução das ambiguidades inteiras.

4.5.3.5.2 - Posicionamento relativo pseudo-estático (fase da portadora) Para a execução de levantamentos baseados nesta técnica, também chamada “stop and go”, as seguintes orientações devem ser seguidas:

1. O rastreamento na estação de referência durante o período de ocupação e reocupação dos pontos deverá ser contínuo. 2. O mínimo período em cada ocupação deverá ser de 5m, sendo que o intervalo entre ocupações sucessivas deverá ser superior a 45m; 3. A altura da antena, no pontos ocupados, deverá ser mantida durante todo o percurso da unidade móvel; 4. O intervalo entre registros deverá ser de 1S, 5S ou 10S; 5. As observações devem ser feitas para cinco ou mais satélites de modo a garantir a solução das ambigüidades 6. Deverá ser considerada que a mudança de geometria dos satélites entre as ocupações é particularmente importante no posicionamento pseudo-cinemático. 7. Os receptores podem ser de uma ou duas freqüências

Em todos os levantamentos acima deverão ser observadas as recomendações para análise de resultados e fornecimento de relatórios e resultados; 4.6.2 - Procedimento

1 - O Credenciado deverá executar, obrigatoriamente, o levantamento de todos os vértices do imóvel rural, incluindo aqueles vértices comuns aos imóveis contíguos cujas coordenadas já foram certificadas pelo INCRA. 2 - Após a execução dos cálculos e ajustamento para a determinação do valor mais provável das coordenadas do seu trabalho, o Credenciado deverá ainda proceder a avaliação do mesmo a partir de duas análises:

a) A verificação da precisão atingida nas coordenadas de cada vértice do imóvel por ele medido. Esta precisão deverá ser sempre melhor que 0,50 m, conforme estabelecido no Capítulo 1, Item 271.2, Tabela 1 – P3, observando-se os dados contidos no relatório técnico ou seja: os procedimentos e parâmetros estatísticos das determinações em estrito acordo com esta norma.

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b) Verificação da acurácia, ou erro, cometido na determinação das coordenadas dos vértices comuns aos imóveis contíguos e cujas coordenadas já tenham sido certificadas pelo INCRA. Essas coordenadas, quando comparadas com aquelas já certificadas pelo INCRA, não deverão apresentar discrepância superior aos valores estabelecidos no Capítulo 1, ìtem 1.3, Tabela 2 – P3, equivalente à 0,50 m.

3- Portanto, mesmo no caso em que o erro encontrado tenha sido melhor que o valor permitido ( menor que 0,50 m), o Credenciado deverá abandonar a sua determinação e adotar as coordenadas dos pontos comuns já certificadas pelo INCRA, em todos os cálculos de: área, distância e azimute - além da redação do memorial descritivo. 4- Os demais pontos serão avaliados através atendimento aos demais procedimentos descritos nesta norma e que deverão ser comprovados através do Relatório Técnico. 5- Caso o erro encontrado apresente discrepância maior do que o valor permitido ou a análise do relatório técnico demonstre-se em desacordo com os procedimentos desta norma o seu trabalho não será Certificado pelo INCRA, devendo ser reavaliado pelo profissional no sentido de corrigir os erros de suas determinações ou comprovar um eventual erro nas coordenadas já certificadas.

Manual de Orientação (abril 2002) para Preenchimento da Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais

Í n d i c e 1. Esclarecimentos Gerais ........................................................................................................................................ 03 2. Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais – Dados de Estrutura ................................................................... 08 Instruções de Preenchimento 3. Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais – Dados de Uso ........................................................................... 31 Instruções de Preenchimento 4. Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais – Dados Pessoais e de Relacionamentos ................................... 57 Instruções de Preenchimento 5. Anexos .................................................................................................................................................................. 64 5.1. Tabelas ................................................................................................................................................................. 65 5.2. Documentação Comprobatória ............................................................................................................................. 82 6. Apêndice ............................................................................................................................................................... 84 6.1. Lei no. 4.771, de 15 de setembro de 1965 (arts. 2o. e 3o.).......................................................................................................... 85

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6.2. Medida Provisória 2166-67, de 24 de agosto de 2001.......................................................................................... 87 6.3. Lei n o. 9.985, de 18 de julho de 2000 .................................................................................................................. 95

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Esclarecimentos Gerais Este manual tem como objetivo fornecer instruções necessárias ao preenchimento e entrega da Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais, que compõe-se de três formulários: Dados Sobre Estrutura, Dados Sobre Uso e Dados Pessoais e de Relacionamentos I - O QUE DEVE SER CADASTRADO • O imóvel rural - “prédio rústico de área contínua, qualquer que seja sua localização, que se destine ou possa se destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agro-industrial ”, nos termos da Lei n.º 8.629, de 25 de fevereiro de 1993. • Para as finalidades deste manual, considera-se como um único imóvel, uma ou mais áreas confinantes, registradas ou não, pertencentes ao mesmo proprietário ou posseiro, de forma individual ou em comum (condomínio ou composse), mesmo na ocorrência das hipóteses abaixo: I – estar situado total ou parcialmente em um ou mais municípios; II – estar situado total ou parcialmente em zona rural ou urbana; III – ter interrupções físicas tais como: cursos d’água e estradas, desde que seja mantida a unidade econômica, ativa ou potencial. • As pessoas que mantêm vinculação com o imóvel rural: proprietários, posseiros e detentores a qualquer título, bem como os parceiros, arrendatários e comodatários. II - QUEM DEVE CADASTRAR Todos os proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título de imóvel rural, de acordo com a Lei n.º 5.868, de 12 de dezembro de 1972, abaixo conceituados: • Proprietário - é a pessoa física ou jurídica que possui imóvel rural, válido e regularmente destacado do patrimônio publico, registrado em seu nome no Registro Imobiliário. O proprietário detém o domínio pleno (domínio direto e útil), abaixo conceituados: - Domínio direto: diz respeito ao direito de dispor do imóvel rural. - Domínio útil: diz respeito ao direito de utilizar ou usufruir do imóvel rural. • Enfiteuta ou Foreiro - é a pessoa que possui o domínio útil do imóvel rural, através de constituição de um titulo de domínio, caracterizado como “Carta de Aforamento ou Enfiteuse”. • Usufrutuário - é o titular do direito de usufruto de um bem imóvel rural, através de cessão ou reserva de usufruto, possuindo, usando, administrando e percebendo seus frutos, não podendo entretanto, dispor do imóvel rural

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• Nu-proprietário - é a pessoa que detém o direito de dispor do imóvel rural (domínio direto), não podendo entretanto, utilizá-lo ou usufruí-lo, visto que este direito ficou reservado ao usufrutuário (domínio útil). • Posseiro a Justo Título - é a pessoa que exerce o direito de posse, que configura por um ato translativo de domínio, cujo título não foi ainda levado a registro imobiliário. • Posseiro por simples ocupação – posseiros sem documentos de titulação, promitentes compradores que detém a posse e os titulares da posse oriunda de concessão de uso fornecida pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal. Quando o imóvel rural for explorado mediante arrendamento, parceria ou comodato caberá aos proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título, apresentar ao INCRA as declarações de cadastro de cada um dos arrendatários, parceiros ou comodatários, abaixo conceituados: • Arrendatário - É a pessoa que explora imóvel rural, no todo ou em parte, mediante contrato escrito ou verbal, remunerando o proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título com valor pré-determinado; • Parceiro - É a pessoa que explora o imóvel rural, no todo ou em parte, mediante contrato agrário escrito ou verbal, remunerando o proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título com um percentual da produção alcançada; • Comodatário - É a pessoa que explora imóvel rural, no todo ou em parte, cedido pelo proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título de forma gratuita.

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Atenção Com o cadastramento do imóvel rural, o proprietário obterá o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR, documento indispensável para desmembrar, arrendar, hipotecar, vender ou prometer em venda o imóvel rural e para homologação de partilha amigável ou judicial “sucessão causa mortis”, de acordo com a Lei n.º 4.947, de 06 de abril de 1966.

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III - COMO UTILIZAR OS FORMULÁRIOS Existem três formulários, sendo dois destinados à coleta de dados referentes ao imóvel rural e um destinado à coleta de informações sobre a(s) pessoa(s) e sua vinculação com o imóvel rural: a) Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais - Dados Pessoais e de Relacionamentos. A utilização da Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais - Dados Pessoais e de Relacionamentos destina-se à coleta de informações das pessoas físicas ou jurídicas, bem como dos dados de sua vinculação com o imóvel rural (propriedade, posse, arrendamento, parceria e comodato). b) Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais - Dados Sobre Estrutura; e c) Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais - Dados Sobre Uso. A utilização da Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais - Dados Sobre Estrutura e da Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais - Dados Sobre Uso está condicionada à dimensão do imóvel rural. Para efetuar sua declaração corretamente, verifique quais os formulários estão relacionados à dimensão do seu imóvel, observando se a atualização cadastral é uma inclusão ou uma alteração cadastral, seguindo as instruções abaixo, inclusive as contidas no quadro “Atenção”, na forma abaixo: a) Se você está efetuando uma inclusão de imóvel rural no SNCR ou esta é a primeira atualização em que você está utilizando os novos formulários: - Para os imóveis rurais com área total compreendida até 4 (quatro) módulos fiscais somente é obrigatório o preenchimento da Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais - Dados Sobre Estrutura e da Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais - Dados Pessoais e de Relacionamentos;

- Para os imóveis rurais com área total superior a 4 (quatro) módulos fiscais é obrigatório o preenchimento dos três formulários que compõem a declaração. b) Alteração Cadastral de imóvel já inscrito no SNCR

- Se o seu imóvel rural já se encontra inscrito no Sistema Nacional de Cadastro Rural - SNCR e você for efetuar Alteração Cadastral, não é necessário preencher todos os formulários relacionados à dimensão do seu imóvel, mas somente utilizar aqueles que contenham dados a serem atualizados, observando os procedimentos abaixo: Dados sobre Estrutura: O quadro que possua item a ser alterado deve ser completamente preenchido. Dados sobre Uso: Este formulário deve ser completamente preenchido. Dados Pessoais e de Relacionamentos: Preencher somente o(s) item(ns) em que tenha ocorrido alteração de dados.

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Atenção Como calcular o Número de Módulos Fiscais do Imóvel Rural O número de módulos fiscais de um imóvel rural é obtido dividindo-se a área total do imóvel pelo módulo fiscal do município de localização do imóvel rural. Exemplo do cálculo do número de módulos fiscais Um imóvel rural com área total de 124,0 ha, localizado no município de Graça/CE, cujo módulo fiscal é de 40,0 ha, terá o seu número de módulos fiscais calculado da seguinte forma:

Número de Módulos Fiscais = área total do imóvel rural ÷÷÷÷ modulo fiscal do município de localização do imóvel rural Portanto, para este exemplo, o Número de Módulos Fiscais é: 124,0 ÷÷÷÷ 40,0 = 3,1 ha

IV - QUANDO CADASTRAR Apresente sua declaração acompanhada da documentação comprobatória, sempre que ocorrer uma das seguintes situações:

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- Inclusão de um novo imóvel rural; - Inclusão de imóvel rural originário de desmembramento; - Recadastramento de imóvel rural não cadastrado a partir de 1992; - Alteração por aquisição de área total; - Alteração por mudança de condomínio; - Alteração de exploração; - Alteração por desmembramento; - Alteração por remembramento; - Alteração por anexação de área não cadastrada; - Alteração por retificação de área; - Alteração de dados pessoais; - Outras alterações V - DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA Verifique a documentação que lhe será exigida, relativa a cada tipo de atualização, consultando a Tabela 16 - Documentação Comprobatória, anexa a este Manual.

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VI - ONDE CADASTRAR • Nas Superintendências Regionais do INCRA localizadas em todas as capitais dos Estados, no Distrito Federal, e também em Marabá, no Pará e Petrolina, em Pernambuco; • Nas Unidades Avançadas do INCRA, localizadas em determinados municípios; e • Nas Unidades Municipais de Cadastramento - UMC, localizadas nas prefeituras municipais. Em caso de dúvida quanto ao preenchimento, bem como do tipo de formulário a ser utilizado, procure um desses órgãos de cadastro.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008 Eng Agr Simeão Dias Gomes CREA 14916

Jaguarão RS S32° 19' 19,8'" W53° 35' 32,0'' Pelotas RS S31° 46' 09.3" W52° 20' 27.1"

Fraiburgo SC S27° 00' 12.6" W50° 57' 45.8" www.simeaogomes.blogspot.com

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