29

hoblicua.com.brhoblicua.com.br/docs/hob003_mimbo_short.pdf · 11 Entrevista e Desenhos da vida e fora do mundo. Eu fui muito mimado, quando menino. Mimado pelo meu pai, já se sabe,

Embed Size (px)

Citation preview

Vou pedir a meu paique me esqueça menino.

MURMÚRIO [Consoada, 1993]

NOSSOS AGRADECIMENTOS A GARDÊNIA CURY | JOSIENE SAIBROSA DA SILVA

LIA SAMPAIO | DAVID CURY | RAFAEL REIS | IDELZUITA RABELO DA PAIXÃO

LUIZ PEREIRA DA SILVA | COMUNIDADE MIMBÓ | ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

LUCAS M.A.C. | GRAX MEDINA | JAVÉ MONTUCHÔ | THIAGO FURTADO

MARDEN MACHADO | MARCIANO RIBEIRO | ROBERTO SCHMITT-PRYM

Direitos reservados à HOBLICUAAvenida Industrial Gil Martins, 510 - Sala 03 / Bairro Tabuleta

64019-630 | Teresina| Piauí | Brasil+55 [86] 32214984 | +55 [86] 995320816

[email protected] | [email protected]©2016 Copyright HOBLICUA e seus colaboradores

ISSN: 2358-5609

EDITORES

CONSELHO EDITORIAL

CONSULTORIA E VERBETE SOBRE O ESCRITOR

REVISÃO DE TEXTO

TRANSCRIÇÃO DE TEXTO

PROJETO GRÁFICO

DESENHOS

FOTOGRAFIAS DO ESCRITOR

FOTOGRAFIA CAPA

PORTA HOBLICUA

TRATAMENTO ICONOGRÁFICO

CHECAGEM

CAPA E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA

ADMINISTRATIVO

APOIO CULTURAL

DOUGLAS MACHADOJOÃO MARCELLO DE MACÊDO CLAUDINO

ANDRÉ SEFFRIN CARLOS NEWTON JÚNIOR LUIZ ANTONIO DE ASSIS BRASIL SYLVIE DEBS

ANDRÉ SEFFRIN

SILVANA SEFFRIN

ALANA YASMIM DOS SANTOS LÍVIO GALENO

JOFFRE RIO

ALBERTO DA COSTA E SILVA

GARDÊNIA CURY

DOUGLAS MACHADO

PAULO VASCONCELLOS

MARCÍLIO BENÍCIO

ALANA YASMIM DOS SANTOS LÍVIO GALENO

ALG PUBLICIDADE

JOYCE CARVALHO

CONSTRUTORA SUCESSOHALLEY GRÁFICA E EDITORA

10

Alberto da Costa e Silva

de praxe, na época em que se casava atravessando o rio, se namorava

atravessando o rio. Era uma senhora, que devia ser também acafuzada,

porque meu pai contava que ela fumava cachimbo com fumo de rolo,

aquele fumo embebido em melaço, o fumo predileto dos africanos. Pelo

lado de pai, eu sou também Castelo Branco. Pelo de mãe, descendo

de um casal de minhotos, Vasconcellos, que vieram para o Brasil nas

primeiras décadas do século XIX, e de um francês, Jean de Fontenelle,

que veio para o Brasil no fim do século XVIII, por mando de Dona

Maria, em busca das famosas minas de prata. Ele não encontrou as minas

de prata, mas estabeleceu-se em Viçosa, no Ceará. É essa, digamos assim,

a minha mitologia familiar. Quer dizer, as origens nas quais eu tendo a

reconhecer-me.

DOUGLAS MACHADO

Nesta entrevista, farei algumas abonações. Entre elas, cito a autobiografia

que o senhor escreveu no Jornal de Letras, Artes e Ideias:

“Repito Baudelaire: ‘meu berço ficava na biblioteca’. Cresci entre

livros, em Fortaleza, com meu pai a dizer-me versos de Whitman,

Mallarmé, Verhaeren e Nobre.”

Como foi a sua infância? Quem era o Alberto menino?

ALBERTO DA COSTA E SILVA

Era um menino como outro qualquer, com essa vantagem extraordinária

de um pai dedicado a ele vinte e quatro horas por dia. De um pai que

tinha muito o que dizer, ainda que em determinados momentos ficasse

absolutamente silencioso. Ele alternava o alheamento, o silêncio, com

uma participação muito intensa na vida do menino. Meu pai, a essa altura,

não trabalhava mais, não escrevia. Tinha sua memória intermitente, mas

continuava a fazer o resto da vida normalmente: era um homem que

mudava de roupa sozinho, comia civilizadamente na mesa, cuidava da sua

higiene pessoal, apenas tinha esse problema de estar, de certo modo, fora

11

Entrevista e Desenhos

da vida e fora do mundo. Eu fui muito mimado, quando menino. Mimado

pelo meu pai, já se sabe, e pela minha mãe, pela minha avó, pela minha tia

Lucimar e pelas minhas babás, Dirinha (Valdira) e Teté (ou Ester). Teté era

índia, absolutamente índia. A Valdira era filha de imigrantes portugueses.

Ambas também encheram a minha imaginação. Porque a Teté, que era

índia, me contou muitas histórias indígenas e histórias que eu frequentei

durante toda a minha vida – até fiz um livro, Lendas do índio brasileiro.

E ela contava aquelas lendas espantosas e extraordinárias. Por exemplo,

dos homens que viviam nas cavernas pendurados pelos pés, como os

morcegos. São histórias que, normalmente, nós não encontramos nos

livros. Não encontramos em contos do Magalhães, nem do Barbosa

Rodrigues. Ou a história daquele povo que passava o tempo cerrando

a viga que sustentava o céu, e quando eles estavam quase acabando de

cortar a viga, dormiam. E no dia seguinte, a viga estava íntegra e eles

tinham que começar, eternamente, a mesma tarefa. Era uma espécie de

conto de Sísifo, não é verdade? Mas com uma visão ameríndia. E foi com

Teté, também, que eu aprendi que, quando nós dormimos e sonhamos,

é porque a nossa alma saiu do corpo. Está cumprindo o que se diz no

sono, e precisamos ter cuidado para não acordar muito depressa para que

ela tenha tempo de voltar. São todas histórias que encheram a minha

infância. E a minha avó me lia. A minha avó sentava-se ao meu lado, ou

melhor, eu me sentava ao lado de minha avó. Ela abria aqueles livros de

criança, O urso com música na barriga, do Erico Verissimo, ou a história

dos Três porquinhos pobres. E quando lia, ela com o dedo ia mostrando

as palavras do que estava lendo e eu acompanhava o dedo. Um dia, sem

mais nem menos, descobri que sabia ler. Tinha aprendido a ler sem me

dar por isto. Quer dizer, que a minha avó tinha me ensinado a ler sem

que ela tivesse a mínima intenção de fazê-lo. O que me deu, sempre ao

longo da vida, a impressão de que grande parte do que aprendemos,

nós aprendemos simplesmente porque estamos juntos das coisas. Que as

coisas nos ensinam, mesmo se nós não fazemos esforço para captá-las na

sua inteireza e na sua autenticidade. Aos 8 anos, eu fui para o colégio. Só

que aconteceu uma coisa muito curiosa quando eu cheguei na escola.

12

Alberto da Costa e Silva

Eu lia com maior fluência do que os meus colegas, mas não sabia fazer

conta nenhuma, não sabia somar, não sabia diminuir. Então, eu tinha uma

defasagem de conhecimento. Eu sabia muito de história do Brasil, porque

minha avó me tinha lido muitos livros... Mário Sette, Viriato Corrêa,

História do Brasil para crianças... E eu sabia essas coisas muito bem. Mas

tinha uma debilidade que era preciso corrigir rapidamente. De qualquer

maneira, não comecei no 1.o ano primário. Comecei no 3.o ano.

DOUGLAS MACHADO

Começou bastante adiantado...

ALBERTO DA COSTA E SILVA

É, e tive de fazer um esforço muito grande para me pôr em dia com a

aritmética, que meus colegas sabiam bem. E com outras disciplinas, como

ciências naturais, de que eles já tinham algumas noções, e eu não tinha

praticamente nenhuma. Aos 11 anos, eu estava no 1.o ano do ginásio e aos

12 anos ou 13 – já não me lembro – eu me mudei para o Rio de Janeiro

[ALBERTO NASCEU EM SÃO PAULO E PASSOU SUA INFÂNCIA EM

FORTALEZA].

DOUGLAS MACHADO

O senhor estava em Fortaleza e foi para o Rio.

ALBERTO DA COSTA E SILVA

Eu estava em Fortaleza e fomos para o Rio de Janeiro, porque mamãe

tinha grandes ambições ao meu respeito e de minhas irmãs. Ela achava

que eu precisava estudar no Rio, que minha formação tinha que ser no

Rio de Janeiro, e que o ambiente em Fortaleza era provinciano demais.

Não era! Naquela época, já não era. Mas esta era a visão dela, de uma

pessoa que tinha passado tantos anos no Rio de Janeiro, em São Paulo,

51

Entrevista e Desenhos

Um pouco mais adiante, na página 23, o senhor continua:

“De outro lado, havia quem defendesse a continuação, ainda

por algum tempo, do tráfico negreiro, por estar persuadido de

que o escravo africano representava, para o Brasil, um fator de

enriquecimento cultural, pela bagagem de experiências de vida nos

trópicos que trazia. Para os que assim pensavam, como Bernardo

Pereira de Vasconcelos, a África não só povoava, mas também

civilizava o Brasil.”

Em discurso no Senado no dia 25 de abril de 1843, Vasconcelos afirmou:

“A África civiliza a América.” Gostaria de entender melhor este

argumento do Bernardo Pereira de Vasconcelos, de que a “África não só

povoava, mas também civilizava o Brasil”.

ALBERTO DA COSTA E SILVA

Bernardo Pereira de Vasconcelos, que era um político conservador,

estava defendendo a continuidade do tráfico negreiro. Ele era defensor

da continuidade do tráfico negreiro, e usava como argumento este de

que os africanos eram os únicos elementos capazes de ocupar o Brasil,

de trabalhar efetivamente no Brasil, de construir a riqueza brasileira. Em

última análise, ao fazer uma defesa da continuidade do tráfico negreiro,

ao usar argumentos a favor da sua tese, ele estava nos revelando – aos

nossos olhos de hoje – o que era basicamente uma verdade. O número dos

portugueses era insuficiente para ocupar o Brasil e o Brasil foi povoado

em grande parte pelos africanos e por alguém que é muito descuidado

pela historiografia brasileira: a mulher índia. Em cada dez portugueses que

vinham para o Brasil, um ou dois traziam sua mulher, os outros vinham

sem mulheres. Entre os africanos, a boa norma era que fossem três homens

por uma mulher, mas digamos que viessem dois homens por uma mulher,

a descompensação de sexos era enorme. E a população, quando você vê

os pequenos recenseamentos feitos pela igreja, pelas autoridades, esteve

em constante crescimento. Ela cresceu graças a quê? Ela cresceu graças à

mulher indígena. A mulher indígena foi o grande ventre do Brasil, ao se

71

Poemas

ELEGIA SERENA

Desnudando o seu próprio segredo

o corpo adormeceu sob o sopro dos ventos

os tristes ventos que traziam as formas

frágeis da inocência.

A morte retorna as cousas da infância tangível

no velho corpo que repousa

tão tranquilo

o antigo perfil plácido e fixo

na fragilidade de um azul desolado.

Morto,

o que buscas agora se o mistério possuis?

Talvez a quietude sem fim anseie o grito

o murmúrio das vozes límpidas e claras

a longa queixa

o gemido do ser que se dobra

para completar-se em seus mortos antigos.

Alberto da Costa e Silva

7272

As cousas ajoelhadas sobre o trôpego dia

de ressequido pó recolhem os teus desejos

caminham ao meu encontro

vindas do teu repouso

tão perfeito

tão perto do silêncio

longe

lá onde a noite possuis

plena de mistério.

Lavam o fugidio, purificam o teu semblante

estes ventos, estes úteis e frágeis, claros e abandonados ventos

que levam à consumação

ao tranquilo remanso

onde fomos e seremos sonhos puros

sono.

[O parque, 1953]

Alberto da Costa e Silva

90

PRECE DE 23 DE NOVEMBRO

Meu pai, que estás no céu,

no céu que vejo,

neste céu que respiro e que me veste

(e não naquele de derrota feito,

em que o eterno disfarça o sonho breve),

repara em mim,

em mim, que me envelhece

a tua falta

(a tua falta cresce

e desfaz o rancor desta certeza:

mesmo na morte o corpo dói), protege

o homem que fizeste e que, menino,

se agacha junto à quina das paredes,

o queixo nos joelhos,

o olhar cego

a outro tempo que não seja ainda

imóvel, puro, certo,

como tu,

como tu, que estou sendo

na carne que, em mim,

é teu degredo.

[As linhas da mão, 1978]

Poemas

9191

SONETO A VERA

Estavas sempre aqui, nesta paisagem.

E nela permaneces, neste assombro

do tempo que só é o que já fomos,

um céu parado sobre o mar do instante.

Vives subitamente em despedida,

calma de sonhos, simples visitante

daquilo que te cerca e do que fica

imóvel no que é breve, pouco e humano.

As regatas ao sol vêm da penumbra

onde abria as janelas. E de então,

vou ao campo de trevo, à tua espera.

O que passa persiste no que tenho:

a roupa no estendal, o muro, os pombos,

tudo é eterno quando nós o vemos.

[A roupa no estendal, o muro, os pombos, 1981]

103

ESPELHO DO PRÍNCIPE [1994]

Capítulo 19

FOI O PAI quem ensinou o menino a olhar os

insetos. Quem lhe pediu atenção para a alegria

dos grilos. E deu nome à joaninha, à lavandeira, ao

louva-a-deus, ao besouro, à vespa e ao comprido e

estranho bicho-de-pau, que mais parecia um graveto.

Pouco a pouco, mostrou-lhe quão numerosas eram as

espécies de formiga, tão diferentes entre si quanto o

zebu de um cabrito, um cabrito de um jumento ou

este de uma zebra. Umas, foscas; outras, translúcidas;

e também polidas ou quase oleosas. Estas aqui, do

tamanho do marimbondo; aquelas, minúsculas como

o ponto impresso num papel por lápis fino. Viam-se

negras, cinzentas, semiprateadas, amarelas, fulvas, ruivas,

a puxar ao cobre, de uma só cor, bicolores e com

malhas ou rajas, a moverem diferentes antenas, ferrões,

tenazes e chifres. De testa pequena ou cabeçorra maior

Ficções da memória

Alberto da Costa e Silva

104

que o corpo. De bunda enorme, alongada, redonda e em forma de pera,

ou de traseiro proporcional à estrutura do todo. Mas sempre rápidas e

com a aparência de vorazes. E em grupos. Quando uma surgia escoteira,

esperava-se um pouco e lá vinham as outras, em fila e a se ajuntarem

como bois à entrada do curral.

––––

Capítulo 50

VAI O MENINO, de mãos dadas com o amigo. Vai, guarda e pajem,

manhã afora e feliz, rente às cercas de arame farpado cobertas de melões-

de-são-caetano e de uma trepadeira de folhas pequeninas e pequeninas

flores azuladas. De um lado e outro da rua, que se desmancha numa

estrada de barro, os currais com o chão todo de esterco, e vacas e bezerros

a abanarem as moscas, e as roças de milho, as matas de mamona, as copas

balofas das mangueiras, os mamoeiros a se espicharem por detrás dos

mocambos e da desordem do verde.

O pai fala, e a paisagem chega perto. O pai fala como quem canta

e lhe explica o que é rima e metro. Metro e reto; certo e perto. Lamento

e lento; e remo e vento. As palavras também caminham passo a passo, e

podem ser ditas com os dedos no pulso. A voz do pai alonga-se: o nome

de uma flor, que colhe. E ao menino mostra as sépalas e os estames, o

pistilo e a corola.

Depois, o amigo se foi para longe do passeio. O menino puxou-

lhe com força a manga do pijama, como a pedir que voltasse, que de

novo desfizesse a flor e lhe repetisse os versos sobre “aquele que partiu

no brigue Boa Nova”... Mas o pai também se havia ido e, durante todo o

dia, nunca mais voltou.

117

ALBERTO DA COSTA E SILVA[☆ São Paulo, 1931]

Poeta, ensaísta e historiador, Alberto da Costa e Silva nasceu em São

Paulo, em 12 de maio de 1931, filho do poeta Da Costa e Silva (Antônio

Francisco da Costa e Silva) e de Creusa Fontenelle de Vasconcellos da

Costa e Silva. Estudos primários e início do curso secundário no Colégio

Farias Brito, em Fortaleza. Em 1943, transferiu-se com a família para o

Rio de Janeiro, onde cursou o Externato São José e o Instituto Lafayette.

No início dos anos 1950, integrou o grupo da Revista Branca, de Saldanha

Coelho, quando se aproximou de Samuel Rawet, Fausto Cunha, Jones

Rocha, Renard Perez, Bráulio do Nascimento, Nataniel Dantas e Haroldo

Bruno, entre outros jovens escritores da sua geração. Diplomou-se pelo

Instituto Rio Branco em 1957 e, na carreira diplomática, foi secretário

na Embaixada do Brasil em Lisboa (1960-1963) e Caracas (1963-1964),

cônsul em Caracas (1964-1967), novamente secretário em Washington

(1969), ministro-conselheiro em Madri (1974-1976) e Roma (1977-

1979), embaixador em Lagos, Nigéria (1979-1983), cumulativamente em

Cotonu, República do Benim (1981-1983), e posteriormente em Lisboa

(1986-1990), Bogotá (1990-1993) e Assunção (1993-1995). Presidiu a

Sobre o escritor

118

Alberto da Costa e Silva

Academia Brasileira de Letras (2002-2003), para a qual foi eleito em

2000, e é Doutor Honoris Causa em Letras pela Universidade Obafemi

Awolowo (antiga Universidade de Ifé), da Nigéria (1986), e em História

pela Universidade Federal Fluminense e pela Universidade Federal da

Bahia. Publicou doze livros de poemas – O parque e outros poemas (Rio

de Janeiro: Revista Branca, 1953), O tecelão (Rio de Janeiro: Livros de

Portugal, 1962), Alberto da Costa e Silva carda, fia, doba e tece (Lisboa:

Manuel A. Pacheco, 1962), Livro de linhagem (Lisboa: Manuel A. Pacheco,

1966, 2.a edição, fac-similar, São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2010),

As linhas da mão (Rio de Janeiro: Difel/Instituto Nacional do Livro, 1978,

ensaio de Antônio Carlos Villaça, Prêmio Luísa Cláudio de Souza, do Pen

Clube do Brasil), A roupa no estendal, o muro, os pombos (Lisboa: Manuel A.

Pacheco, 1981), Le linee della mano (Milão: All’Insegna Del Pesce D’Oro,

1986, tradução para o italiano de Adelina Aletti e Giuliano Macchi,

ensaio de Luciana Stegagno Picchio), Poemas de Da Costa e Silva e Alberto

da Costa e Silva (Lima: Tierra Brasileña, 1986, tradução para o espanhol

de Carlos Gérman Belli), Consoada (Bogotá: Imperial, 1983), Ao lado de

Vera (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997, Prêmio Jabuti da Câmara

Brasileira do Livro, 2.a edição, 2011), Poemas reunidos (Rio de Janeiro:

Nova Fronteira/Fundação Biblioteca Nacional, 2000, Prêmio Jabuti da

Câmara Brasileira do Livro, 3.a edição, 2012), Alberto da Costa e Silva:

melhores poemas (São Paulo: Global, 2007) –, dois livros de memórias, na

série que definiu como “ficções da memória” – Espelho do príncipe (Rio

de Janeiro: Nova Fronteira, 1994, 2.a edição, 2012) e Invenção do desenho

(Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007) –, dois livros para o público

infantojuvenil – Um passeio pela África (Rio de Janeiro: Nova Fronteira;

Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais, 2006), A África explicada aos

meus filhos (Rio de Janeiro: Agir, 2008) –, doze livros de ensaios – O

vício da África e outros vícios (Lisboa: João Sá da Costa, 1989), Guimarães

Rosa, poeta (Bogotá: Centro Colombo Americano, 1992, tradução para

o espanhol de Nora Ronderos), A enxada e a lança: a África antes dos

portugueses (Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Edusp, 1992, 3.a

edição, revista e ampliada, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006), As

Verbete

119

relações entre o Brasil e a África negra, de 1822 à 2.a Guerra Mundial (Luanda:

Cadernos do Museu Nacional da Escravatura, 1996), Mestre Dezinho de

Valença do Piauí (Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 1998),

O pardal na janela (Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2002), A

manilha e o libambo: a África e a escravidão, de 1500 a 1700 (Rio de Janeiro:

Nova Fronteira/Fundação Biblioteca Nacional, 2002, Prêmio Jabuti da

Câmara Brasileira do Livro e Prêmio Sérgio Buarque de Holanda da

Biblioteca Nacional), Um rio chamado Atlântico: a África no Brasil e o Brasil

na África (Rio de Janeiro: Nova Fronteira/UFRJ, 2003), Francisco Félix

de Souza, mercador de escravos (Rio de Janeiro: Nova Fronteira/Eduerj,

2004), Das mãos do oleiro: aproximações (Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

2005), Castro Alves: um poeta sempre jovem (São Paulo: Companhia das

Letras, 2006), O quadrado amarelo (São Paulo: Imprensa Oficial do Estado,

2009) – e organizou várias antologias – Da Costa e Silva: poesias completas

(Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1950, 2.a edição, revista e anotada, Rio

de Janeiro: Cátedra/Instituto Nacional do Livro, 1976, 3.a e 4.a edições,

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985/2000), Antologia de lendas do índio

brasileiro (Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1957, 2.a edição,

com o título Lendas do índio brasileiro, Rio de Janeiro: Edições de Ouro,

1969, em sucessivas reedições), A nova poesia brasileira (Lisboa: Escritório

de Propaganda e Expansão Comercial do Brasil, 1960), Poesia concreta

(Lisboa: Escritório de Propaganda e Expansão Comercial do Brasil, 1962),

Focus – Enciclopédia Internacional (Lisboa: Sá da Costa, 1963-1968, redação

e organização da parte brasileira), A literatura piauiense em curso: Da Costa e

Silva (Teresina: Corisco, 1997), Poemas de amor de Luís Vaz de Camões (Rio

de Janeiro: Ediouro, 1998), Antologia da poesia portuguesa contemporânea: um

panorama (Rio de Janeiro: Lacerda, 1999, em parceria com Alexei Bueno),

O Itamaraty na cultura brasileira (Brasília: Instituto Rio Branco/Embratel,

2001; 2.a edição, Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2002), Augusto Meyer:

ensaios escolhidos (Rio de Janeiro: José Olympio, 2007), Essencial Jorge

Amado (São Paulo: Penguin/Companhia das Letras, 2010), Crise colonial e

Independência: 1808-1830 (Rio de Janeiro: Objetiva, 2011, v. 1) e Imagens

da África: da antiguidade ao século XIX (São Paulo: Penguin/Companhia

das Letras, 2012). Em 2004, conquistou o Prêmio Juca Pato/Intelectual

do Ano, da União Brasileira de Escritores, e em 2014 o Prêmio Camões,

o mais importante da língua portuguesa, instituído pelos governos do

Brasil e de Portugal.

120

Alberto da Costa e Silva

Formato: 18 x 27 cm Tipologia: BemboPapel: Pólen Bold 90 g/m2

Número de páginas: 124Impressão: HALLEY GRÁFICA E EDITORA

APOIO CULTURAL