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EDITORIAL

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

DIRETORIA DA ACIL – GESTÃO 2012/2014

Fundada em 5 de junho de 1937

Rua Minas Gerais 297 – 1º andarEd. Palácio do ComércioLondrina (PR) – CEP 86010-905Telefone (43) 3374-3000Fax (43) 3374-3060E-mail [email protected]

Flávio Montenegro BalanPresidenteLuiz Carlos I. AdatiVice-PresidenteAry SudanDiretor SecretárioFabricio Massi Salla2º Diretor SecretárioRogério Pena ChinezeDiretor FinanceiroRodolfo Tramontini Zanluchi2º Diretor Financeiro

Marcelo Paganucci OntiveroDiretor ComercialHerson R. Figueiredo JúniorDiretor IndustrialMarcelo Bisatto CardosoDiretor de ServiçosBrasilio Armando FonsecaDiretor de Comércio InternacionalLuigi Carrer FilhoDiretor de ProdutosFernando Lopes KireeffDiretor Institucional

Rosangela KhaterPresidente do Conselho da Mulher Empresária

CONSELHO DELIBERATIVOCarlos Alberto De Souza FariaDavid Dequêch NetoEduardo Yoshimura AjitaEnio Luiz Sehn JúniorFábio Aurélio Mansano MelaréJosé Guidugli Júnior

Marcelo Massayuki CassaNivaldo BenvenhoOswaldo PitolRubens Benedito AugustoSilvana Martins CavicchioliValter Luiz OrsiWellington Moreira

CONSELHO FISCAL

TitularesJaime Celeste PonceMichel Menegazzo GouvêaRonaldo Pena Chineze

SuplentesMarcus Vinícius Bossa GrassanoMarcus Vinicius GimenesRafael Andrade Lopes

Paulo BriguetCoordenaçãoFernanda BressanEdiçãoSusan NaimeReportagemJosoé de CarvalhoFotografiaThiago MazzeiProjeto gráfico

Diego Rigon MenãoSuperintendenteClaudia Motta PechinCoord. Comercial e SPCBarbara Della LiberaAnalista de MarketingColaboradoresFelipe BrandãoGisele RechGuto Rocha

Kalinka AmorinMarcia BoroskiRafael MachadoRenato Oliveira

ImpressãoMidiografTiragem8 mil exemplares

13º salário, consciência evita enganosO último mês do ano traz com ele uma movimentação aguardada e diferente na cidade. Começam as férias escolares, o comércio se prepara de forma especial para as vendas de natal, muitas famílias recebem um reforço extra e esperado no orçamento com a entrada do 13º salário – este ano a estimativa é de que R$ 333 milhões estão circulando a mais em Londrina por conta dessa parcela adicional.Mas o que enche os olhos (e também os bolsos) num primeiro momento, pode se transformar em transtorno se não houver consciência. O brasileiro assalariado já se acostumou a receber essa verba extra – que existe desde a década de 60 – e a incorporou no seu orçamento. De fato, ter um salário a mais traz fôlego e ajuda a presentear pessoas queridas. Mas não devemos comprometer essa bonificação por completo.A edição de dezembro da Mercado em Foco traz uma matéria com dicas de como começar o ano com as contas no azul. Não é de hoje que muitos

economistas pregam que o 13º deve ser usado para quitar dívidas quando estas existem – e se livrar dos juros que consomem ainda mais a renda. A ACIL prega o consumo consciente ao longo de todo o ano, que implica em nunca comprometer mais de 30% da renda mensal com parcelas e dívidas. É preciso ter dinheiro para encarar surpresas e até impostos que chegam no começo do ano. IPTU, IPVA, pagamento de anuidades para algumas categorias; muitas são as despesas conhecidas em janeiro. Para quem tem filhos na escola isso é ainda mais significativo com a compra do material para o ano letivo.Endividamento é uma palavra que não traz desenvolvimento para ninguém – nem para a cidade. O mais importante é manter o equilíbrio. Para quem tem dívidas, a orientação vai continuar sendo a de quitar essas parcelas. Quem está livre desse incômodo, pode aproveitar para dar uma força às economias, guardando parte do 13º. Novos projetos podem surgir em 2014 e ter um reforço

financeiro ajuda a concretizá-los.É claro que o Natal não precisa e nem deve passar em branco. A tradição de trocar presentes eleva o astral, encanta as crianças, une as famílias na presença certa de Jesus nascendo a cada ano nos nossos corações. Não podemos perder essa harmonia, essa magia que nos faz mais fraternos e espirituosos com nosso semelhante. Com consciência e contas feitas na ponta do lápis, dá para viver a alegria desse momento sem ter como consequência os problemas das contas que não fecham. De vermelho, neste mês, só a roupa do Papai Noel.

Que Jesus renasça nos nossos corações e encha de bênçãos nossas famílias e a de nossos irmãos !

Deus nos abençoe, Iluminado Natal e que venha 2014 melhor ainda...

Flávio Montenegro BalanPresidente da ACIL

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 5

TURISMOLondrina de braços abertos ............................................... 8

IMÓVEISMercado Consistente .......................................................... 11

FOCO NO PODERGaeco investiga propina em doações de terrenos .............. 17

COMPORTAMENTOAnote na agenda: Férias ..................................................... 18

NATAL DO AMORFesta segue até o dia 29 .................................................... 25

PING PONGGestão Técnica .................................................................. 26

VOLUNTÁRIOTrabalho transformador ..................................................... 30

ARTIGOSalário Mínimo Regional – Rumos para 2014 ................... 33

CRÉDITO E CONFIANÇA2014, o ano da garantia ................................................... 34

PERFILO construtor de milagres ................................................... 36

NOTAS DA ACILConvenção Faciap tem participação da ACIL .................... 39

ÍNDICE

14

NECESSIDADES ESPECIAIS Tecnologia Acessível

6

EQUILÍBRIO2014 no Azul

20

EMPREENDEDORISMORealizando Sonhos

CRIATIVIDADEVersão Natalina

22

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EQUILÍBRIO

Por Susan Naime

Organizar as despesas, gastar apenas o necessário e não assumir dívidas com parcelas exorbitantes. Fim de ano é sempre tempo de promessas, principalmente no que diz respeito ao setor financeiro. Apesar de muita gente não conseguir cumprir as metas estipuladas, entrar o ano novo com as contas no azul – e se manter assim nos meses seguintes – não é tão difícil quanto parece. O tema é, na verdade, uma verdadeira aula prática de economia. E a primeira dica dessa cartilha é simples: fazer um bom planejamento mensal de ganhos e gastos.

Além das dívidas do ano velho, assim que o novo começa surgem as preocupações com diversas contas, como IPTU, IPVA, matrícula escolar, entre outras. O professor de economia da UEL e consultor da ACIL, Renato Pianowski, explica que o consumidor precisa estar sempre atento às receitas que tem para receber e também às suas despesas. “Você precisa saber se o dinheiro está sobrando ou se já está endividado. Baseado nisso, você traça o que vai fazer no próximo ano. Se sobrou, será possível planejar novas aquisições, por exemplo. Agora, se falta dinheiro, a regra número um é acertar a vida”. Esse planejamento pode ser organizado através de uma

dezembro de 2013 | www.acil.com.br6

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“SE FALTA DINHEIRO, A REGRA NÚMERO UM É ACERTAR A VIDA”

Renda extraSe é verdade o velho ditado onde diz que dinheiro não traz felicidade, pelo menos ele garante tranquilidade. Ainda mais quando se trata de algum imprevisto que exija reserva extra. Além disso, todos nós temos objetivos na vida, e é preciso se dedicar a eles. Mas para que sobre alguma renda no final do mês, é importante promover uma reeducação financeira. Anotar na planilha o que é ou não supérfluo é um excelente primeiro passo. Até mesmo o cafezinho ou o sorvete que você comprou na padaria. Dessa forma será impossível esquecer para onde o seu dinheiro foi. Outra dica é evitar andar com os bolsos e a carteira cheios de dinheiro. Além de se prevenir da tentação das compras, você também estará menos susceptível a assaltos. Que tal também pagar o dízimo para você mesmo? Se possível, separe 10% do salário assim que ele cair na conta para não ter tempo de gastar. Ensinar os filhos sobre a importância da economia doméstica e o valor de cada brinquedo adquirido também conta ponto. Se o tão esperado extra chegou, é hora de poupar. Os conhecidos cofrinhos podem parecer piada, mas todos os anos muita gente deposita neles os seus “trocados” e se surpreende com a quantia acumulada no final. Para valores maiores, o consultor da ACIL Renato Pianowski recomenda guardar o dinheiro na poupança. “O melhor e mais garantido é a poupança. Paga pouco, mas não tem imposto de renda, não tem taxas de corretagem, não tem valor mínimo e é garantido até R$ 250 mil por CPF”.Já a aplicação em bolsa de valores é recomendada para quem é profissional no assunto. “Se quiser arriscar, é fundamental pegar um corretor de sua confiança e dizer qual é o seu perfil. Vai ganhar dinheiro em bolsa quem não é imediatista. Mas se quiser comprar hoje para vender amanhã, é grande a chance de você perder dinheiro. Se acertar a mão, você pode ganhar um bom dinheiro. Se errar, pode perder um grande capital”, orienta Pianowski.

Renato Pianowski: “Se você já começar de forma embaralhada, não

vai dar certo. Aproveite o 13º para resolver a vida. Quem deve, pague as

contas e elimine os juros caros”

planilha, elencando os gastos feitos no mês, as despesas fixas e possíveis “extras”. Vários modelos de planilhas podem ser encontrados na internet, mas também é possível alcançar o equilíbrio financeiro através de métodos bem convencionais. “O planejamento pode ser uma coisa simples. Sempre digo que o melhor lugar para se pendurar uma coisa é na porta da geladeira ou no espelho do banheiro, onde vamos várias vezes. A base é planejamento e organização. O que você plantar em 2013 irá colher em 2014”, ensina Pianowski. Para quem tem dívida ou depende de financiamento, o primeiro passo é “arrumar a casa”. As parcelas do 13º salário podem ser fundamentais neste momento. E apesar de muitas pessoas se sentirem seduzidas pelas ofertas de fim de ano e com as facilidades do mercado, esquecer dos débitos antigos pode ser perigoso. “Se você já começar de forma embaralhada, não vai dar certo. Aproveite o 13º para resolver a vida. Quem deve, pague as contas e elimine os juros caros. Agora, se o 13º já está comprometido e não tem de onde tirar o dinheiro, às vezes compensa fazer um empréstimo consignado com juros mais baratos e eliminar os juros altos do cartão de crédito e cheque especial, por exemplo. É preciso preencher os buracos e lacunas que você pode ter no orçamento”, explica o economista.

Olho nos jurosNão existe uma regra específica que define se é melhor comprar à vista ou a prazo. Na aquisição do produto a prazo, você terá a opção de dividir o valor da compra, com ou sem juros, dependendo do número de prestações; além de não ter que esperar juntar todo o dinheiro para levar a mercadoria para a casa. Por outro lado, a compra à vista sempre te dará a chance de pechinchar um desconto no valor do bem adquirido. Sem falar que você não acumula parcelas para os meses seguintes. “A rigor, você teria que ter dinheiro em caixa para comprar tudo a vista e pagar mais barato. A maioria das pessoas usa mal o cartão de crédito. As taxas, normalmente, são dobradas de qualquer outra taxa racional. Mas já que tem o instrumento para usar, deve fazer e pagar tudo corretamente na data de vencimento. A palavra rotativo deve ser proibida”, alerta Pianowski. O professor de economia também ressalta que as prestações boas e ruins podem fazer toda a diferença no momento da compra. “Prestação ruim é aquela que a pessoa acha que cabe no orçamento, mas nem sabe quanto está pagando de juros. Algumas pessoas têm mania de comprar, mas nem sequer utilizam o produto. Mas também existem as dívidas boas, como comprar um apartamento, complementar o valor de um carro com juros baixos. Você estará adquirindo um bem. O que não pode é comprar tudo em 3, 4, 5 vezes, amontoar vários carnês e perder o controle.”

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TURISMO

QUEM DECIDE pASSAR AS FÉRIAS NA CIDADE pODE DESCANSAR, SAbOREAR pRATOS DIVERSIFICADOS E CONHECER UM pOUCO MAIS DA HISTóRIA DA FILHA DE LONDRES, FUNDADA pELOS INGLESES

Por Gisele Rech

Com pouco mais de 500 mil habitantes, Londrina é considerada o segundo maior município do Paraná, ficando atrás apenas da capital, Curitiba. Este status traz aspectos positivos, como vasta oferta do setor do comércio e serviços, que inclui nada menos que três shoppings de grande porte, filiais de grandes marcas e uma infinidade de opções de comércio de rua. Some-se a isso uma diversificada rede de gastronomia em restaurantes espalhados por toda a cidade e belas paisagens como o Lago Igapó. Após esse leque de atrativos, é possível se ter uma ideia do potencial da Filha de Londres, fundada pelos ingleses nos anos 30.No entanto, a cidade costuma esvaziar entre dezembro e fevereiro. Conhecida como cidade universitária e polo do

turismo de negócios, o êxodo neste período é considerado algo natural. O lado positivo, para quem fica ou para quem vem a passeio, é que Londrina fica com o tráfego menos intenso, o tempo de espera nos restaurantes e bares reduz e a hospedagem pode ficar mais em conta.Pelo menos é o que garante o vice-presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Londrina (Sindhotéis), Alzir Bocchi. “Vários hotéis fazem promoções nos finais de semana, o que atrai muita gente de cidades da região e do interior de São Paulo”, explica. O público-alvo acaba sendo os casais, disposto a aproveitar os cinemas, as compras e os restaurantes. “Londrina é uma cidade com preços interessantes e programação diversificada. Vale a pena visitar.”Um dos setores mais fortes da

“A Rota do Café é ideal para se conhecer a história e as raízes do norte do Paraná,

unindo entretenimento e lazer”, Sergio Ozorio, consultor do Sebrae

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 9

GASTRONOMIA É UM DOS pONTOS FORTES DO TURISMO NA CIDADE

cidade quando o assunto é turismo é a gastronomia. De acordo como diretor-executivo da Abrasel Norte do Paraná, Arnaldo Falanca, Londrina é hoje a cidade com maior número de etnias e variedades em um raio de 200 quilômetros. “Temos comida portuguesa, grega, alemã, japonesa, coreana, hindu, italiana, tailandesa, espanhola, argentina, mexicana, árabe e chinesa, só para citar algumas”. Destaque para as churrascarias, já que a região é conhecida pela produção de gado de corte. “Estima-se que a cidade tenha em torno de 250 bons restaurantes, incluindo pizzarias, churrascarias e self-services”, lembra Falanca.Outro filão que atrai cada vez mais frequentadores é o dos restaurantes rurais, geralmente situados nos distritos no entorno da cidade, como o Vó Tatau, Recanto Dá Licença, Toca do Cateto, entre outros. Hoje são 20 estabelecimentos do gênero, com capacidade para atender até 5 mil pessoas. Nestes locais, além de saborear a chamada comida com o autêntico sabor de fazenda, os visitantes podem ter contato com a natureza e toda a tranquilidade que o ambiente bucólico proporciona. “Muitos oferecem espaço para crianças (incluindo contato com animais), hortas e áreas para descanso”, assegura.Para Falanca, os bares de Londrina são uma atração à parte. “A noite londrinense é um dos cartões-postais da nossa cidade”, garante. Aliás, a vocação para a vida noturna – a certa medida um reflexo do perfil universitário da cidade – fez com que algumas agências de turismo, inclusive, passassem a oferecer pacotes como o By Night, que pode ser solicitado também nos meses de dezembro e janeiro. “Uma van ou um micro-ônibus, dependendo da escolha, buscam os turistas no hotel e levam o grupo para um bar, lanchonete ou restaurante e, na hora marcada, leva o grupo de lá para as casas noturnas da cidade”, explica o agente de viagens Ricardo Valente, da Bella Vista Turismo.

City tourPara quem deseja conhecer um pouco mais da história de Londrina, incluindo a origem da cidade e a influência dos estrangeiros no seu desenvolvimento, pode optar pelo city tour, oferecido pelas agências Bella VistaTurismo, Valentin Turismo e Portal Turismo e Viagens Culturais. O programa vale tanto para quem vai passar as férias por aqui como para quem vive na cidade e, na correria do dia a dia, não tem tempo de olhar Londrina com atenção.Há duas opções: uma que vai das 8h ao meio-dia e outra que dura o dia todo, com direito a descida nos principais pontos turísticos da cidade. “Quem opta pelo passeio mais curto, só desce do transporte no Museu Histórico”, explica Ricardo Valente. O ponto de partida é o hotel ou o local onde o visitante está hospedado. O roteiro inclui o Museu Histórico de Londrina, o Museu de Arte de Londrina, a Biblioteca Pública, as Praças Tomi Nakagawa e Rocha Pombo, a Catedral, o Bosque, a Concha Acústica, a Praça Primeiro de Maio e o Lago Igapó, um dos símbolos mais marcantes da cidade, que fica ainda mais inspirador nos longos dias de verão.

Descanso e natureza Quem prefere uma programação junto à natureza tem duas opções diferentes partindo de Londrina. A primeira é a Rota do Café, premiada pelo Ministério do Turismo em 2011 como Melhor Roteiro Turístico. Trata-se de um roteiro idealizado pelo Sebrae, que percorre fazendas históricas, produtivas, museus, memoriais, restaurantes, cafeterias e

Museu Histórico de Londrina: construção preservada atrai turistas e moradores da cidade

Arnaldo Falanca: “A noite londrinense é um dos cartões-postais da nossa cidade”

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pousadas, todos vinculados de alguma maneira ao tema café, tão marcante na cultura do Norte do Paraná.Segundo o consultor do Sebrae, Sergio Garcia Ozorio, o passeio é uma excelente

pedida, com ótimo custo-benefício. “A Rota do Café é ideal para se conhecer a história e as raízes do norte do Paraná, unindo entretenimento e lazer”, garante. A rota é oferecida pelas agências Companhia de Viagens, Bella Vista Turismo, Navega Tur e Terra Nova Turismo. “É possível fechar grupos com número variado de pessoas e perfis”, diz Ozorio. A duração do passeio também pode ser escolhida conforme o interesse de cada grupo. Já na divisa com São Paulo, a 160 quilômetros de Londrina, fica a chamada Rota das Águas, na região dos municípios de Carlópolis e Ribeirão Claro, nas proximidades da represa de Chavantes. “A região é lindíssima com águas muito limpas”, diz o consultor do Sebrae Roberto Janz, à frente da articulação que movimenta o turismo na região.A área, que inclui as atrações como a Torre de Pedra e o Morro do Gavião, é ideal para caminhadas pela mata nativa, mergulho em rios e toda a sorte de esportes de aventura.

“Há diversos empreendimentos na região para atender os turistas, que vão de resorts a restaurantes”, explica. Na lista das atrações estão o Resort Tayayá, a Pousada Ruvina, a Fazenda Monte Belo, a Pousada Victor, Recanto da Cascata, o Park Golf, o Balneário da Cachoeira, a Chácara Princesa dos Campos e a Ponte Pensil.

Serviço Mais informações sobre os passeios nos endereços: www.rotadocafe.tur.br. www.carlopolis.pr.gov.br www.ribeiraoclaro.pr.gov.brAlzir Bocchi: “Londrina é uma cidade

com preços interessantes e programação diversificada. Vale a pena visitar”

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IMÓVEIS

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dezembro de 2013 | www.acil.com.br12

Por Renato Oliveira

Existe uma bolha em formação no mercado imobiliário brasileiro? O crescimento paulatino do setor nos últimos anos está levantando tal hipótese que assusta quem não conhece o assunto a fundo. Mas, diante de dados que servem para fazer uma radiografia do setor, qualquer rumor não passa de alarde. Diferente de mercados como o americano e espanhol, que viveram a tal crise da bolha, o Brasil possui um panorama completamente diferente que deixa qualquer possibilidade na esfera da especulação.Há dois fatores cruciais que definem se há ou não uma bolha no mercado imobiliário: índice de inadimplência e regulação dos formatos de concessão de crédito disponíveis. Segundo os dados de financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal, detentora de 70% de todo o recurso liberado em instituições financeiras para compra de casas e apartamentos no Brasil, a inadimplência desde 2006 - quando o setor começou a ganhar corpo - oscila no patamar dos 2%, índice considerado tolerável.Em esfera regional, o volume de crédito disponibilizado via financiamentos nos municípios da regional Norte do Estado, em valores, cresceu 30,45% no comparativo de 2010 ante 2011. O montante saltou de R$ 661,4 milhões para R$ 862,8 milhões. Na relação de 2011 com o ano passado, o aumento foi ainda maior – 46%. Em dinheiro, a variação foi de R$ 862,8 milhões para R$ 1,26 bilhão e diz respeito à aquisição de imóveis novos e usados. Embora estejam em escala regional, em percentual, a Caixa informa que os números em âmbito nacional são parecidos.Para quem acredita que tal escala de crescimento pode evidenciar uma bolha imobiliária, o formato de administração de crédito para compra de moradia no Brasil possui peculiaridades distintas de países que quebraram por causa da concessão de créditos de alto risco. Segundo o diretor da Plaenge Empreendimentos, Alexandre Fabian, os processos macroeconômicos – como controle da inflação, estabilidade da moeda, queda de juros e o marco regulatório – trazem segurança para quem financia e para quem libera o crédito.

SubprimeFabian cita Estados Unidos e Espanha como exemplos clássicos de quem sentiu na pele o estourar da bolha. Em ambos os países, a concessão de crédito para compra de imóveis variava entre 110% e 130% do valor do bem. Isso desencadeou a chamada crise do subprime, ato de liberar dinheiro a clientes sem comprovação de renda ou mesmo negativados (com dívidas pendentes) para fomentar o setor. Segundo ele, na hora em que o desemprego aparecia, quem não conseguia arcar com a dívida abandonava o imóvel, pois “não tinha nada a perder”.“É diferente do Brasil, onde o trabalhador acaba investindo do próprio bolso cerca de 30%, 40% do total do empreendimento. E ele não vai querer perder o que empatou. A bolha está relacionada à oferta de crédito fácil para quem não tem o que perder. No Brasil é outro panorama”, argumenta.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon), Gerson Guariente, “não há nenhum número que evidencie ou comprove a existência da bolha”. Ele conta que participou recentemente de um seminário sobre macroeconomia brasileira onde apenas uma evidência de bolha foi apontada, de um total de dez elementos que podem desencadear uma crise desta monta.Segundo Guariente, o único fator é a “relação entre velocidade de elevação de preço dos imóveis em comparação com a velocidade de aumento do ganho salarial”. Mas ele diz que este é um índice que deve ser analisado com calma, pois é calculado sobre mercado de usados e não de novos. E isso ocorreu por causa da valorização que acelerou nos últimos cinco anos e que, segundo ele, deve ser atribuída a uma recomposição de preços do período de estagnação vivido nos anos 90 e metade da década passada, e não uma “inflação propriamente dita”.“Quando fazemos esse cálculo é possível constatar que (a elevação de preços dos imóveis) passa à frente (da elevação salarial). Mas todos os outros indicadores são contrários a isso. E o principal item é a inadimplência, que faz criar a situação de bolha onde as pessoas estão comprando uma coisa que não podem pagar. E isso está controlado”, afirma.

Nicho promissorGerson Guariente destaca que a demanda é crescente e o mercado ainda lança produtos para tentar atender um público da faixa dos 35 anos, formado por novos casais, ávidos pela aquisição do primeiro imóvel. Segundo a Caixa, a faixa etária responde por 57,6% do total de novos contratos. “Não tem estoque de produtos prontos sem comprador. Nossa situação não é essa. As empresas estão, sim, tomando cuidado extra na análise de mercado futuro para lançar produtos compatíveis com a capacidade de compra. Mas não há preocupação com bolha”, reitera.A quantidade de metros quadrados liberados pelo município para a construção de novos edifícios e casas é outro dado que aponta para uma demanda crescente. Desde 2008 registros da Secretaria de Obras de Londrina mostram que mais de um milhão de metros quadrados estão sendo liberados para construção – número até então inédito. Na comparação de 2011 com 2012, o aumento foi de surpreendentes 73% - saltou de 1,53 milhão para 2,66 milhões

“As empresas estão tomando cuidado extra na análise de mercado futuro

para lançar produtos compatíveis com a capacidade de compra”, Gerson Guariente, presidente Sinduscon

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 13

“NÃO HÁ NENHUM NÚMERO QUE EVIDENCIE OU COMpROVE A EXISTÊNCIA DA bOLHA”

de metros quadrados.No entanto, é importante ressaltar que a previsão para este ano é de 1,26 milhão de metros quadrados liberados, número 50% inferior ao registrado em 2012, ocasionado pelo esfriamento do programa Minha Casa, Minha Vida. Mesmo diante deste ajuste, Guariente diz que o setor está confiante para a demanda dos próximos cinco anos que vai segurar o cenário atual de crescimento.“Temos a ocupação do que falta na Gleba Palhano e intensificação de novos imóveis na área central. E eu ainda apostaria em regiões como partes mais antigas do Centro, que começam a ser olhadas com novos olhos, como o Marco Zero, que é uma área que pode atrair grandes investimentos”, comenta.

Segundo imóvelPara o proprietário da Raul Fulgêncio Negócios Imobiliários, a valorização se deve ao fato do mercado ter passado por um período aquecido além do normal por dois ou três anos. “Estão confundindo isso com bolha”, diz. Fulgêncio acredita que o aumento de preços em Londrina e região não pode ser comparado com o que ocorreu no Rio de Janeiro e São Paulo - que tiveram aumentos acima da média nacional. “No mercado londrinense a variação é tolerável”, diz.Ele afirma que a elevação ocorreu em função do repasse no aumento do custo de produção, ligado principalmente ao preço da mão de obra e alguns materiais de construção como, por exemplo, artigos de acabamento. “A média de lucro das construtoras ainda é de 15%, que não é nada absurdo. Então, que bolha é essa?”, questiona.Na visão do empresário, a finalidade da compra do imóvel ajuda

a afastar o rumor da bolha. O perfil de consumidor que ainda predomina é a aquisição para moradia. “Poucos compram para investir, apesar da prática existir. Mas esse porcentual ainda é muito pequeno se comparado com a demanda para utilização, no caso morar”, diz Fulgêncio.O nicho de mercado chamado “segundo imóvel” também é considerado para o imobiliarista como fator de consolidação do setor. Num primeiro momento, diz ele, a família compra um modelo de entrada, standard, que é simples e de valores mais baixos. Conforme vai quitando as prestações, melhorando a renda e a família vai aumentando, a pessoa opta por modelos mais caros.“E tem ainda aquele segundo imóvel que é a chácara de lazer ou a casa de praia. Outro ponto é uma demanda de investidores do sul de São Paulo ou Mato Grosso, que locava imóvel para o filho estudar que está aproveitando para adquirir como forma de investimento. Ele opta por modelos de dois dormitórios que servem para hospedar a família quando vem visitar os filhos. E isso não é especulação. É a dinâmica do mercado.”

“A média de lucro das

construtoras ainda é de 15%, que

não é nada absurdo”,

Raul Fulgêncio,

empresário

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Por Felipe Brandão

O mundo passa por transformações rápidas no que se refere a métodos e técnicas para realização das atividades humanas. Mas nada tem sido mais gratificante que ver os olhos da ciência voltarem-se para aqueles cujas habilidades são limitadas. Nada mais propício que ver a tecnologia a serviço daqueles que mais precisam dela.A expressão tecnologia assistiva surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 e posteriormente foi difundida ao redor

NECESSIDADES ESPECIAIS

TECNOLOGIA ACESSÍVELMercado de tecnologia assistiva vem crescendo aos poucos no Brasil e prova que é possível unir capital e acessibilidade

do mundo, chegando também ao Brasil. O texto da legislação norte-americana de 1998, onde o termo foi usado pela primeira vez, define-o como “todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, (...) utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência”.Este conceito remonta automaticamente a um dos grandes focos de debate na sociedade pós-moderna: a acessibilidade. De que forma é realmente possível unir o ganho de capital visado pelas empresas e indústrias às necessidades da população

com algum tipo de deficiência? Segundo dados do Censo Demográfico 2010 do IBGE, esta população atinge a marca de 45 milhões de brasileiros. Mais maduro no exterior, o mercado da tecnologia assistiva ainda se desenvolve de forma tímida no Brasil. “Existem pouquíssimos fabricantes nacionais dedicados a esse segmento. Os existentes oferecem tecnologia e técnica bastante inferior à importada, sem inovação, apenas imitando, pobremente, o que existe no exterior”, explica Robert Mortimer, engenheiro eletrônico e coordenador

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TERMO ‘TECNOLOGIA ASSISTIDA’ SURGIU NOS EUA, NOS ANOS 80

técnico do LaraTec, centro de tecnologia assistiva localizado na cidade de São Paulo. A LaraTec, uma unidade de autossustentação da LaraMara – Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, surgiu há dez anos, em resposta à demanda que procurava por uma tecnologia até então ausente no Brasil. Seu catálogo hoje consta de mais de 100 produtos e serviços voltados aos deficientes visuais, que incluem desde bengalas até peças de informática, como softwares “leitores de tela”, impressoras Braille e leitores de livros eletrônicos.“Começamos devagar, avaliando tanto a demanda dos usuários quanto as tecnologias existentes pelo mundo inteiro. Tudo isso nos ajudou a encontrar os produtos mais aptos a serem introduzidos, com adaptação para o idioma português e condizente com as realidades socioeconômicas do país”, conta Mortimer. A empresa mantém ainda convênio com centros de pesquisa e ensino para colaborar no

Bebedouro adaptado possui um sensor e dispositivo sonoro para avisar a pessoa deficiente quando o copo já estiver cheio d’água

desenvolvimento de novas tecnologias, como a Univale, de Santa Catarina, e o Laboratório de Sistemas Integráveis da USP.Embora com bem menos tempo de mercado, a empresa paulista TecAssistiva, fundada em 2008, já se destaca como única distribuidora nacional de itens renomados, como as impressoras em Braille da Index e o software leitor de tela JAWS for Windows. Os produtos do grupo são direcionados para todo o tipo de deficiência, seja visual, auditiva, intelectual ou mobilidade reduzida.Além do lado comercial, a TecAssistiva tem feito parceiras para levar adiante um projeto de inclusão social de alunos deficientes visuais nas escolas, desenvolvido pela própria empresa com base nos equipamentos que a mesma oferece. O carro-chefe desse trabalho é o “scanner com voz”, produto capaz de reconhecer imediatamente o conteúdo de um livro didático impresso e converter o texto em arquivo de áudio. “Várias secretarias municipais de Educação do

país já aderiram ao projeto, e estamos encaminhando para oferecê-lo também às secretarias estaduais”, conta o diretor comercial da empresa, Alessandro Augusto.Robert Mortimer acredita que o empresariado nacional precisa passar a olhar para o mercado de tecnologia assistiva com outros olhos, a fim de que esse segmento possa crescer no país. “Existe uma demanda grande por tecnologia, que tem crescido nos últimos anos. Mas está longe de conseguir uma penetração no mercado e na consciência do consumidor semelhante ao existente há muitos anos no exterior, onde há canais de distribuição, treinamento e suporte muito mais extensos”, analisa o engenheiro.O presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Londrina – Adefil, Paulo Lima, aponta ainda para a importância da esfera pública na questão. “A tecnologia assistiva tem contribuído muito para que a pessoa com deficiência consiga atingir o máximo possível da sua plenitude no cidadão, o que é muito importante. O governo deve intervir com a criação de uma política que gere atrativos para esse nicho de mercado, talvez através de isenção tributária”, considera Lima.

JOVENS SANTOS DE CASAApesar das dificuldades citadas, o ramo da tecnologia assistiva já desperta o interesse das próximas gerações de profissionais. Isso acontece inclusive em Londrina, onde os estudantes universitários André Sérgio da Silva, Josiel Machado, Paulo Henrique Ranutti e Éder Goularte Ferreira, do curso de Engenharia Elétrica da Unopar, uniram-se para confeccionar um bebedouro adaptado para deficientes visuais.O projeto partiu de uma experiência pessoal de Josiel Machado, que, certa noite em sua casa, acordou com sede e foi caminhando no escuro até a cozinha. Essa experiência o levou a questionar sobre a

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dificuldade que uma pessoa cega teria para realizar uma tarefa simples, como beber um copo d’água. O rapaz levou suas inquietações aos colegas de faculdade, que acharam interessante e concordaram em desenvolver o projeto de bebedouro adaptado dentro de um trabalho sobre cálculos integrais, solicitado pelo professor de uma das disciplinas.Tirar o empreendimento do papel, porém, não foi fácil. Após dois meses de pesquisa para esboçar adequadamente o modelo desejado, foi a vez de os alunos saírem atrás de patrocínio para custear o projeto – mas nenhuma proposta apareceu. O jeito foi bancar tudo do próprio bolso. A principal adaptação feita no modelo tradicional é a existência de um sensor e dispositivo sonoro para avisar à pessoa deficiente quando o copo já estiver cheio d’água.“O sensor emite primeiramente um som para avisar que o copo está posicionado no local correto. Depois, quando já estiver cheio, ouve-se mais três bips indicando

que o usuário já pode retirá-lo”, explica Éder Goularte. O advento inclui ainda um piso tátil com símbolo específico para facilitar o reconhecimento dos deficientes visuais à sua presença.O modelo do bebedouro custa ao todo R$ 600 reais por peça, incluindo um novo purificador de água. Os rapazes agora planejam divulgar sua invenção e esperam vê-la futuramente instalada em escolas, bancos, shoppings e até praças. Eles enaltecem a chance de produzir algo construtivo em termos de acessibilidade, mas lamentam a falta de interesse do empresariado nacional e das próprias autoridades públicas na questão. “Percebemos que existe uma má vontade geral quando se fala de acessibilidade. Mesmo quando existe uma lei que obrigue uma mudança nesse sentido, ela é obedecida apenas superficialmente e não atinge a eficácia desejada”, observa Paulo Henrique.

Paulo Lima, presidente da Adefil: “A tecnologia assistiva tem contribuído muito para que a pessoa com deficiência consiga

atingir o máximo possível da sua plenitude”

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NA CODEL: GAECO INVESTIGA PROPINA EM DOAÇÕES DE TERRENOS PÚBLICOSTrês pessoas foram presas em Londrina em uma operação que apura o pagamento e recebimento de propina em troca de doações de terrenos por parte da Prefeitura Municipal

Por Susan Naime

O Gaeco investiga um esquema de pagamento e recebimento de propina em troca de doações de terrenos por parte da Prefeitura de Londrina, através do Instituto de Desenvolvimento (Codel). No dia 6 de dezembro foram presos o gerente da Codel, Eduardo Ivan Reale, servidor de carreira há 29 anos; o empresário Dorival Pereira, e a corretora Eliana Teixeira Gonzaga. As áreas fazem parte da política de incentivo ao desenvolvimento econômico da cidade. Segundo o MP, Reale é acusado de receber o dinheiro, que variava entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, para facilitar o trâmite. Dorival seria o interlocutor para alcançar outros empresários, e Eliana Gonzaga é investigada como responsável de fazer a ponte entre Pereira e o servidor. A investigação teve início através da denúncia de um empresário que teria recebido a oferta de facilitação. Em entrevista coletiva, o presidente da Codel, Bruno Veronesi, informou que a Câmara de Vereadores já aprovou a doação de oito terrenos. Cerca de 25 estariam nos trâmites finais da Codel e 12 tramitam no Legislativo e seriam votados ainda nesse ano. Todos devem ser investigados. Veronesi ainda ressaltou que todo empresário que se sentir pressionado deve denunciar. Atualmente, a Codel acumula cerca de 73 pedidos de empresas solicitando terrenos para ampliar as suas atividades em Londrina. O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) lamentou o episódio e informou que as prisões tiram a credibilidade da política de doações de terrenos. O chefe do

Executivo também anunciou a abertura de um procedimento pela Corregedoria para investigar o caso.

Passe LivreOs vereadores aprovaram o projeto do Executivo que concede o benefício do passe livre aos estudantes do primeiro ao quinto ano da rede municipal de ensino durante o período letivo, exclusivamente para o processo educacional curricular obrigatório. A matéria precisava ser apreciada ainda nesse ano para que a medida fosse implantada já a partir de 2014. O projeto também concede 50% de desconto no valor da tarifa para os alunos matriculados em estabelecimentos de regular no 6° ao 9° ano do ensino fundamental ou médio, regular ou supletivo, de pré-vestibular ou de ensino superior e de pós-graduação, durante o período letivo, exclusivamente para o processo educacional curricular obrigatório. Para que os benefícios possam ser usufruídos os estudantes deverão estar credenciados conforme regulamentação da CMTU.

Impacto financeiroO impacto financeiro mensal aos cofres públicos com a implantação do passe livre será de R$ 80 mil, valor que representa cerca de R$ 821 mil ao ano para a Prefeitura de Londrina. “Não é um valor grande, considerando que não é gasto e sim um investimento na educação, nas pessoas que têm o direito garantido constitucionalmente de estudar. Minimiza uma situação, principalmente dos estudantes mais pobres, que não

tem dinheiro para o ônibus, e dá uma cobertura, embora tenha ficado de fora, neste momento, os cursos técnicos, que na minha avaliação são alunos com mais dificuldades de ingressar em uma universidade. No passo seguinte a discussão será essa”, ressalta a líder do Executivo, Elza Correia (PMDB).

Vício de iniciativaO vereador Gutavo Richa (PHS) chegou a apresentar o projeto de lei 03/2013, que visava garantir a isenção total da tarifa do transporte coletivo a todos os alunos de ensino regular de Londrina, mas a matéria foi arquivada pelo autor por vício de iniciativa, e por fugir da realidade financeira do Executivo.

Sinuca de bicoA credibilidade da Câmara de Vereadores ficou abalada no segundo semestre desse ano. O vereador Gaucho Tamarrado (PDT) ficou afastado de seus trabalhos devido a uma cirurgia nos olhos, e mesmo assim resolveu participar de um torneio de sunica bilhar. As rodadas aconteciam em um bar da cidade às terças-feiras, a partir das 19h. Normalmente, nesse horário, as sessões parlamentares ainda estavam em andamento. Tamarrado não venceu a competição e teve o desconto de R$ 400 em sua folha de pagamento devido a ausência.

Foco no PoderA partir de agora O Monitor da Câmara está integrado ao site da ACIL através do Foco no Poder. Além de informações do Legislativo, os leitores estarão informados também sobre notícias do Poder Executivo. Basta acessar: www.acil.com.br

FOCO no PODER

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Por Guto Rocha

O coração deu sinais de cansaço. Com uma jornada diária de trabalho de 14 horas e sete anos sem tirar férias, o empresário André Paulino, levou um susto quando sofreu uma angina instável, aos 36 anos. “Foi um pré-infarto. Quase morri!”, relembra. À época, ele trabalhava como executivo de uma operadora de telefonia em Curitiba. “Ganhava muito bem, mas vivia para o trabalho, com um grande desgaste. Cheguei a pesar 112 quilos, dormia mal e não conseguia curtir meu filho”, afirma.Depois do susto, Paulino diz que tomou uma decisão radical e deixou emprego, onde tinha uma carreira consolidada, e também mudou-se para Londrina. Formado em Administração de Empresas, com MBAs em Marketing, pela Fundação Getúlio Varga, e em Administração, pela USC, em Columbia, Estados Unidos, Paulino resolveu abrir seu próprio negócio. “Comprei a franquia da Curves, uma

academia norte-americana especializada em atender mulheres”, diz.Cinco anos após o alerta cardíaco, Paulino revela que, ao mudar seu ritmo de trabalho, sacrificou o lado financeiro, mas passou a conceder mais tempo para si próprio. Conseguiu tirar férias, viajar para o exterior com a família, se dedicar ao filho e praticar esportes. Mas ele confessa que está tendo uma recaída por causa do trabalho. “A situação financeira apertou e precisei arrumar outro trabalho, além da academia”, afirma. Desde o começo deste ano, Paulino atua como gerente em uma imobiliária. Para conciliar as duas atividades, ele acaba tendo de trabalhar cerca de 14 horas novamente. “Mas agora estou mais consciente do que representa o excesso de trabalho e que tenho que cuidar da saúde”, comenta, observando que alguns sinais já voltaram: ganho de peso e cansaço. “Agora preciso encontrar o equilíbrio, entre o trabalho e o tempo para mim e minha família”, observa.Com uma agenda lotada de compromissos

COMPORTAMENTO

Icanor Ribeiro: “É preciso trabalhar. Mas também é necessário perceber que a vida é feita de vários outros fatores. Não fazer

nada também é importante para recarregar as energias, por isso as férias”

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TRAbALHO SEM pAUSAS FAZ MAL pARA A VIDA SOCIAL, A VIDA FAMILIAR E A SAÚDE

profissionais e familiares, a empresária Daniela de Andrade Lopes Gomes, diretora da concessionária PB Lopes, também não tem conseguido tirar férias longas. “Não posso dizer que não tiro férias. Mas faz tempo que não fico 30 dias sem trabalhar. Aproveito os feriados prolongados, e distribuo minhas férias ao longo do ano”, afirma.Mas a rotina de Daniela já foi bem mais pesada. “Antes, quando era dona de uma agência de viagens, chegava a trabalhar 14 horas por dia e não tirava férias”, afirma. Ela se considera uma “workaholic”, mas diz que agora consegue se desligar um pouco do trabalho para poder se dedicar aos dois filhos. “Não tenho mais uma rotina fixa. Às vezes trabalho 10 horas direto, e noutro dia posso ficar cinco horas apenas. Tudo depende da demanda na empresa”, observa.Para conseguir organizar o tempo e se permitir a ficar fora da empresa quando possível, Daniela diz que foi preciso muito “exercício”. “Nos primeiros anos aqui na empresa, não conseguia me desligar do trabalho. É uma busca constante. Mas, agora, quando tiro alguns dias de férias já consigo desligar o telefone e não checar e-mail”, comenta.O consultor empresarial Wellington Moreira, da Caput Consultoria, afirma que empresários também precisam se programar para as férias. “Da mesma forma que o empresário coloca na sua agenda compromissos profissionais, deve incluir entre seus compromissos agendados as férias”, recomenda. Moreira observa, no entanto, que não é possível padronizar um período ideal para que a pessoa entre em

recesso e consiga descansar. “Tem gente que não se desliga do trabalho nem com 30 dias de férias, assim como têm aqueles que com 10 dias conseguem não pensar no trabalho e se recarregar”, comenta.Moreira observa que as pessoas que não saem de férias e trabalham muitas horas já não são mais bem-vistas no ambiente corporativo. “Trabalhar muito não significa trabalhar bem, produzir mais. No Brasil, ócio está muito ligado à ideia de preguiça. Diferente da Europa, onde o tempo livre é visto como um momento criativo que reflete na produtividade do trabalho”, afirma.As novas tecnologias estão aí para auxiliar os empresários, inclusive para conseguir um equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. “A tecnologia facilita a vida das pessoas, ajuda a agilizar processos e contribui para que sobrem mais horas livres”, comenta o consultor. Por outro lado, a mesma tecnologia pode ampliar o tempo que a pessoa se dedica ao trabalho. “É preciso ter equilíbrio. E as pessoas da faixa dos 40, 50 anos têm mais dificuldades de se desligar do trabalho para se dedicar à família e ao lazer, como os mais novos”, comenta.

Férias e saúdeA dificuldade que algumas pessoas têm para se desligar do trabalho pode sim provocar doenças. O cardiologista Icanor Ribeiro afirma que “workaholics” podem ser atingidos por estresse crônico. “A pessoa fica irritada facilmente, é afetada por estafa física e mental, passa a ter palpitações perceptíveis, insônia, pesadelos e, mesmo

dormindo, acorda cansada. E caso tenha histórico na família, pode sofrer com hipertensão”, afirma o médico. Esses problemas podem evoluir para outras doenças, como aconteceu com o empresário André Paulino. O médico observa que, além do corpo, a pessoa que trabalha sem pausas também prejudica a vida social e familiar. “O profissional se distância de amigos e da família. Não acompanha os filhos, que poderão ter problemas no futuro. Enfim, pode desestruturar a família”, observa.O cardiologista afirma que o “vício no trabalho” tem cura. O primeiro passo é a pessoa fazer uma auto-reflexão e buscar o equilíbrio. “Uma religião pode ajudar, principalmente para a pessoa se voltar para o aspecto familiar de sua vida”, pontua. Outra recomendação médica é a prática de exercícios físicos. “A atividade deve começar de forma lenta, mas progressiva. Isso vai ajudar a aumentar o metabolismo e liberar substâncias, como hormônios, que provocam o estresse. O exercício também produz endorfinas, que dão sensação de prazer e acalmam”, diz. Icanor Ribeiro observa que as pessoas, em geral, têm dificuldades de mudar alguns hábitos. “É preciso trabalhar. Mas também é necessário perceber que a vida é feita de vários outros fatores. Não fazer nada também é importante para recarregar as energias, por isso as férias, mesmo que distribuídas ao longo do ano, são importantes”, afirma.

Wellington Moreira: “Da mesma forma que o empresário coloca na sua agenda compromissos

profissionais, deve incluir entre seus compromissos agendados as férias”

Andre Paulino: “Ganhava muito bem, mas vivia para o trabalho, com um grande

desgaste. Cheguei a pesar 112 quilos, dormia mal e não conseguia curtir meu filho”

Nos primeiros anos aqui na empresa, não conseguia me desligar do trabalho. É uma busca constante. Mas, agora, quando tiro alguns dias de férias já consigo desligar o telefone e não checar e-mail

Daniela Lopes Gomes,empresária

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COMPORTAMENTO

Por Rafael Machado

São poucos metros quadrados com capacidade de realizar grandes sonhos. Mesmo em um sentido figurativo, esta é a função da Sala do Empreendedor, em funcionamento desde setembro de 2010 no piso térreo do prédio da Prefeitura de Londrina. O feito foi conquistado após a articulação do Comitê Gestor da Micro e Pequena Empresa, formado por entidades como a ACIL, Sebrae, Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Paraná (Sescap), além do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), representante do poder público. O espaço oferece suporte técnico para pequenas e microempresas que possuam faturamento anual de até R$ 36 mil. Além disso, é uma oportunidade ímpar destes empresários sanarem dúvidas corriqueiras de quem vai

abrir o primeiro negócio, como a disponibilidade de capital financeiro e a explanação de como funciona a capacitação ofertada pelo Sebrae. Antes de ser inaugurada efetivamente, a Sala do Empreendedor já registrava uma movimentação grande: foram mais de 1.000 pessoas que procuraram o serviço. Histórias que se acumulam aos montes até hoje. Um exemplo é o destino traçado pelo administrador de empresas Ricardo Cardamone, que há pouco mais de seis meses abriu um pequeno comércio de produtos para confeitarias, panificadores e padarias na rua Paranaguá, no centro de Londrina. Experiente no ramo de alimentação, onde trabalha há mais de 18 anos, Ricardo conta que apostou nesse mercado devido ao alto custo para montar um negócio de médio ou grande porte. “Verifiquei que sairia no prejuízo caso optasse por seguir este caminho.

João José de Oliveira: “Me senti num beco sem saída. Foi aí que soube da Sala do Empreendedor e busquei a formalização”

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O ESpAÇO OFERECE SUpORTE TÉCNICO pARA pEQUENAS E MICROEMpRESAS QUE pOSSUAM FATURAMENTO ANUAL DE ATÉ R$ 36 MIL

Começaria do zero, arrumando clientes e divulgando minhas ofertas. Mudei de decisão depois que conversei com um amigo e percebi as facilidades da Sala do Empreendedor”, salienta. Ricardo Cardamone procurou o serviço depois de voltar dos Estados Unidos, onde ficou por mais de 18 anos. Chegou no Brasil e não esperou o período de adaptação, preferiu alimentar o antigo sonho de fornecer produtos para panificadoras e continuar trabalhando no ramo. “O contato foi altamente positivo. Logo depois, fui encaminhado para cursos da ACIL, onde pude aprofundar meus conhecimentos sobre a área. Hoje, trabalho com três celulares e praticamente passo o dia inteiro na rua, atrás dos clientes.”, comenta.

O primeiro negócioNa zona oeste da cidade, no Jardim Tókio, João José de Oliveira relembra a batalha de começar o primeiro negócio em um universo pouco explorado atualmente pelos comerciantes: a venda de livros. “Tinha uma certa prática quando comercializava Bíblias em Mandaguari, onde nasci. Retornei para Londrina depois que minha filha passou na UEL. Mesmo em uma cidade diferente, acabei optando por continuar no mesmo caminho. Porém, me senti num beco sem saída porque queria trabalhar certinho. Foi aí que soube da Sala do Empreendedor e busquei a formalização”, conta. A aposta deu certo e hoje ele é conhecido como “João do Livro”. “Tem que ter pulso firme para comercializar livros no Paraná, isso porque o mercado é muito instável. Já fui representante de várias editoras no estado, mas o foco da minha venda concentra-se nas cidades do interior de São Paulo, como Presidente Prudente, aqui perto mesmo. Percorro até 800 km para vender livros. A orientação dada pelos servidores que trabalham na Sala do Empreendedor foi essencial, porque resolveu algumas dúvidas de quem vai abrir o primeiro negócio. Não adianta só ter o sonho, é necessário alguma assessoria”, completa.

Arte e culturaJanete El Haouli também tem motivos para comemorar. No começo de 2013, inaugurou um espaço batizado como TOCA: arte, ação e criação, localizado no centro da cidade. Esta é uma extensão das atividades realizadas por ela mesma entre 1994 e 2008 no Departamento de Música e Teatro da UEL. A TOCA abre oportunidade para discussões culturais, e já possui uma lista de eventos realizados, como oficinas radiofônicas, cursos de capacitação musical e um encontro internacional de música e ecologia realizado no mês de novembro, evento que contou com o apoio da ACIL. Ela detalha como foi o processo de buscar informações sobre a abertura do primeiro negócio até a formalização na Sala do Empreendedor. “Inicialmente, participei de uma palestra no Sebrae sobre o assunto, e logo me interessei. Como queria estender o trabalho feito há mais de 10 anos na UEL, procurei mais informações e consegui transformar o sonho em realidade”.Janete explicita que o trabalho não corresponde somente a uma assessoria instantânea, mas todo o acompanhamento do processo. “Isso me surpreendeu. Pensei que iria andar com as próprias pernas, mas o micro e pequeno empresário necessita de uma ajuda no começo. Esse sistema de trabalho idealizado na Sala do Empreendedor é um fato raro nos dias atuais. Por isso, indico esta ferramenta para todos aqueles que desejam abrir o primeiro negócio”, finaliza.

Onde procurarA Sala do Empreendedor funciona de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h, no piso térreo da Prefeitura de Londrina, localizada na avenida Duque de Caxias. O local dispõe de três servidores municipais que foram cedidos para coordenar o volume de pedidos de novas microempresas que chegam diariamente. Quem deseja formalizar seu negócio, pode comparecer com documentos pessoais (RG, CPF e comprovante de endereço).

Ricardo Cardamone: “O contato foi altamente positivo. Fui encaminhado para cursos da ACIL, onde pude aprofundar meus

conhecimentos sobre a área”

Janete El Haouli: “Procurei mais informações e consegui transformar o sonho em

realidade”

A orientação dada pelos servidores que trabalham na Sala do Empreendedor foi essencial porque resolve algumas dúvidas de quem vai abrir o primeiro negócio. Não adianta só ter o sonho, é necessário alguma assessoria,

João José de Oliveira, empresário

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CRIATIVIDADE

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“AS pESSOAS NÃO TROCAM DE ÁRVORE. TROCAM DE DECORAÇÃO”

Por Marcia Boroski

Não tem como escapar. Andar pelas ruas do comércio no mês de dezembro é ter a certeza de respirar ar natalino. As lojas ganham uma identidade visual própria do Natal e os presentes, objetos decorativos e os preparativos para a ceia aquecem o comércio varejista, atacadista e a prestação de serviços. Para dar conta de todo esse movimento, os empresários têm que se preparar com muita antecedência. E, dependendo do serviço ou do produto que vendem, há um período específico antes do Natal em que há o pico de movimento e vendas.Para aqueles que fazem business to business, ou a venda indireta, o Natal começa muito antes. A Ativa Atacados começa a se preparar em meados de março para atender lojistas, autônomos e fazer vendas corporativas. A sócia-proprietária Paula Cristina Dias de Oliveira explica que é nesse mês que as primeiras importações são feitas. Toda essa preparação antecipada é necessária para garantir que em setembro o Natal seja inaugurado na Ativa. De setembro até o final do ano, o fluxo de mercadoria passa por vários ciclos de reposição, garantindo novidades. “Eu tenho que estimular o meu cliente a comprar decoração natalina e depois presentes e brinquedos. Porque o Natal não é apenas a decoração. Depois que as pessoas e as empresas decoram, eles vão atrás dos presentes”, explica.Quanto mais próximo do Natal, mais aumenta a venda de presentes e de objetos que dão suporte à ceia, como taças, talheres e jogos americanos que conferem a identidade da mesa de fim de ano. “O Natal para nós é uma das melhores épocas, perdendo apenas para o período escolar”, conta Paula de Oliveira. Desde agosto, a folha de pagamento da Ativa aumentou 15% para atender Londrina e região e cidades do interior de São Paulo.De acordo com a empresária, a decoração natalina estimula o fluxo de vendas porque o Natal é uma crescente. “As pessoas em geral não trocam de árvore, elas trocam a decoração”, comenta. Ou seja, num ano árvores e enfeites são comprados. No seguinte, renovam-se as

bolas. No próximo, compra-se uma nova iluminação, e assim por diante. Paula de Oliveira lembra que a decoração de Natal segue a tendência da moda de roupas e de decoração em geral. “Além do vermelho e do dourado, o Natal desse ano também tem cores como o azul claro e tons nude”, explica. Para estimular a criatividade e o reaproveitamento de decorações, a Ativa oferece cursos de decoração. O curso, comandado por um designer, acaba incentivando também uma nova geração de renda para lojistas, decoradores e pessoas que gostam de trabalhos manuais. “Eles começam a enxergar essa atividade como uma forma de ganhar dinheiro”, conta Paula de Oliveira. A aula-show é um estímulo para favorecer e viabilizar o aumento do faturamento de seus clientes e a descoberta do próprio negócio.

Efervescência Já se sabe que o mês que antecede o Natal é marcado por lojas cheias. Quem vive isso é a empresária Heloise Mesquita, proprietária da Chocalataria. Ela direciona sua produção para oferecer caixas de bombons, trufas e biscoitos caseiros com embalagens que tem a cara do Natal. “Quando chega o Natal muda tudo, inclusive a embalagem. As caixas que são feitas em marrom o ano todo, passam a serem feitas em verde e vermelho, com enfeites de botinha e bolinhas”, conta. Ou

seja, entrar na Chocolataria é ser recebido por presentes com identidade bem natalina, com fitas vermelhas, douradas e verdes. Os biscoitos artesanais, que ganham roupa nova, têm a produção triplicada. Os motivos são alterados e eles são produzidos em forma de botinha ou casinha. “Os bolos também ganham novos formatos de sino e árvores de Natal”, conta a empresária. Os ingredientes-chave que não podem faltar para biscoitos, bombons e panetones são damasco, passas e nozes, produtos cujo

Heloise Mesquita: “Todos os anos tentamos trazer algo novo e esse ano lançamos a

casinha Papai Noel, que é feita de biscoitos e chocolates”

Paula Cristina Dias de Oliveira: “O Natal para nós é uma das melhores épocas, perdendo apenas para o período escolar”

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consumo é potencializado nessa época do ano. Mas quem pensa que Natal é só remodelar, está enganado. Como já disse Paula de Oliveira, o Natal é uma crescente. Heloise Mesquita também sabe disso. “Todos os anos tentamos trazer algo novo e esse ano lançamos a casinha Papai Noel, que é feita de biscoitos e chocolates”, conta. Além disso, todo o aconchego da Chocolataria recebe uma linda decoração, que combina com as embalagens dos produtos. Como o principal produto do negócio de Heloise é o chocolate, o Natal ocupa o segundo lugar no faturamento anual, perdendo apenas para a Páscoa. A empresária está se preparando para as festividades desde agosto e a expectativa para esse ano é positiva. “Esperamos que esse ano seja tão bom quanto os outros. Geralmente as vendas do mês de dezembro são o dobro dos meses sem datas comemorativas”, conta.

Às vésperasA ceia de Natal é a grande manifestação da gastronomia e decoração natalinas. Durante o ano todo, o Buffet Casa do Sabor serve coffee breaks, aniversários, casamentos e outras festas. Mas, em dezembro, o cardápio muda e o aumento do faturamento é consequência das confraternizações empresariais e das ceias de Natal. Já faz oito anos que o

buffet oferece o serviço de ceia. “Nós entregamos todo o cardápio natalino pronto, inclusive com decoração. Os clientes trazem vasilhas e travessas de casa para que a gente monte os pratos”, diz Pedro Nunes, proprietário do buffet. A esposa de Pedro, Mara Nunes, complementa dizendo que esse serviço é muito especial. “Nós não servimos apenas um jantar. Nós servimos um momento de confraternização familiar. E tudo que

envolve a ceia de Natal tem uma beleza e uma decoração específica, com enfeites de frutas da época. A intenção é colaborar com a confraternização”, diz Mara Nunes.Para esse tipo de negócio, o tempo de preparação é mais curto por dois motivos. O primeiro é que as encomendas são feitas com uma semana de antecedência. O segundo é que a comida tem que ser feita o mais próximo possível da hora do consumo. Por isso, o cardápio começa a ser preparado com dois dias de antecedência, quando as compras são realizadas. O cozimento e montagem dos pratos acontecem no dia 24 de dezembro. Para otimizar a produção, Mara Nunes explica que foi necessário reduzir o cardápio para dar conta de atender à demanda com qualidade e entregar os pratos poucas horas antes da ceia. “O cardápio continua completo, de entrada, aperitivos e carnes às sobremesas”, explica. O casal conta que já chegou a preparar 22 ceias em um dia. Os alimentos são cobrados por quilo, o que garante serviço personalizado. “Cada família tem preferências. Na hora do pedido elas podem solicitar maior quantidade de salpicão do que de arroz, ou optar por peru, em vez de lombo de porco”. Essa flexibilidade conquistou muitos clientes, que já contam com o serviço do Buffet Casa do Sabor para planejar o Natal em família.

Mara Nunes: “Nós não servimos apenas um jantar. Nós servimos um momento de

confraternização familiar”

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FESTA

Este ano o evento será realizado por meio de uma parceria entre a Prefeitura de Londrina/Codel e o

Londrina Convention & Visitors Bureau, com o apoio da ACIL e do Comitê Gestor Natal do Amor.

NATAL DO AMOR SEGUE ATÉ O DIA 29

Papai Noel chegou à praça Tomi Nakagawa no dia 5 de dezembro, anunciando a abertura do Natal

do Amor. A festa que colore e enche de luz o local terá várias atividades culturais, começando sempre

às 20 horas. Na abertura a festa teve a tradicional queima de fogos e apresentação especial das bandas marciais da Guarda Mirim e Marcelino Champagnat. A praça ficará com os enfeites até 29 de dezembro.

Alguns espetáculos

contam com a participação de

artistas de outras cidades, como a Cia de Ópera do ABC de São

Paulo, que se apresentará em

união ao regente Jan Szot, alunos

e convidados, um repertório especialmente

preparado para o evento. A

apresentação será no dia 15 de dezembro, às 22

horas.

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PING PONG

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Por Susan Naime

Mercado em Foco: O primeiro ano de Alexandre kireeff como prefeito de Londrina foi da forma que o senhor imaginou?Alexandre Kireeff: Sim, muito próximo daquilo que a gente tinha projetado. As dificuldades realmente existiam, o planejamento proposto foi executado, as dificuldades operacionais foram paulatinamente sendo superadas. Em especial, a busca pelo reequilíbrio econômico-financeiro da Prefeitura, a realidade orçamentária do município, o reinício da prestação de alguns serviços que haviam parado ou haviam sido negligenciados em função da crise política do último semestre do ano passado. Nós iniciamos o ano com uma previsão de deficit orçamentário de R$ 70 milhões, com uma Sercomtel que apresentou um prejuízo em 2012 de R$ 65 milhões, pedindo R$ 47 milhões de aporte logo na primeira semana. Também uma multa junto ao Ministério da Previdência de R$ 78 milhões, que corrigidos chegava a R$ 100 milhões. Então era um cenário de muita dificuldade. E é por isso que implementamos o plano de eficiência administrativa 1 e 2 para poder fazer frente a essas dificuldades.

Mercado em Foco: Como será o fechamento de 2013 para a saúde em Londrina?Alexandre Kireeff: A saúde do município avançou muito. Em Londrina, nós temos 71 médicos a mais do que no início do ano. Se iniciamos o ano com uma ambulância, hoje temos sete trabalhando. O tempo de espera em todos os horários de chegada no PAM diminuiu. Todos os nossos indicadores apontam que a rede municipal de saúde melhorou. Agora, há falta de médicos nos hospitais, eles não são administrados pelo Município. Ou são instâncias estaduais ou filantrópicas. Hoje são mais de 500 mil atendimentos ambulatoriais por mês. Em 2012 esse número era de 482 mil. O atendimento no PAM, em 2012, era de 38 mil em média mensal, e agora estamos trabalhando com 48,8 mil atendimentos. No PAI, eram 20 mil atendimentos por mês em 2012. Em 2013, 23,6 mil. Sobre o tempo de atendimento, quem chegava às 19h no PAM esperavam média sete horas para ser atendido. Esse tempo caiu para três horas. Em compensação, quem chega às 7h, tem trabalhado com 30, 40 minutos para ser atendido. A rede municipal tem conseguido avançar porque investiu, contratou mais pessoas e está gastando mais dinheiro, e ampliou a infraestrutura. Agora, até isso se transferir como uma percepção à população demora. Esse é um processo de mais longo prazo.

Mercado em Foco: Como está o seu planejamento para zerar o deficit de quatro mil vagas nas creches ao longo de quatro anos de mandato? Alexandre Kireeff: Já incluímos mais de 1,3 mil crianças nas creches. O total de crianças que incorporamos no sistema desde o começo do ano foi de 3,8 mil. E isso foi viabilizado com a contratação de 615 professores. Já assinamos contratos para a construção de mais sete Centros Municipais de Educação Infantil, o que vai incluir mais mil vagas em creches municipais. Ampliamos em 35% o valor do repasse para as creches filantrópicas ainda no início do ano. Então essa questão está muito bem encaminhada. Estou muito seguro com relação a isso.

Nós vamos pagar todas as contas e vamos iniciar o ano com muita dificuldade, mas sem expectativa de faltar R$ 70 milhões no final do ano

“A sequência de 2014 certamente será melhor que 2013 porque há uma continuidade do processo administrativo e, por consequência, de apresentação de projetos

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Mercado em Foco: E o setor de segurança?Alexandre Kireeff: A taxa de homicídios em Londrina caiu 35% ao longo do ano, a taxa de roubos caiu entre 30% a 40%. Tivemos 106 novos policiais militares incorporados em fevereiro, a renovação da frota, um excelente trabalho da inteligência, o que compensou a retirada da guarda municipal das ruas para assumir a vigilância dos prédios públicos. E agora no final do ano nós ampliamos em mais 200 guardas municipais. Aquele contingente inicial de 180 guardas agora será de 360, dobrando a oferta do serviço de segurança por parte do município. Mercado em Foco: A Guarda Municipal será armada?Alexandre Kireeff: Por lei, ela precisa ser armada. E nós temos que promover a capacitação dos profissionais para que eles possam utilizar a arma. Até porque parte dos serviços de vigilância em pontos onde se indicam utilização de armamento, hoje nós estamos terceirizando. Então nós temos hoje uma vigilância terceirizada armada mesmo tendo uma guarda municipal. Nosso projeto prevê a capacitação da utilização de armas em nosso efetivo e a utilização em circunstâncias quando forem necessárias. Mercado em Foco: Quando será essa capacitação?Alexandre Kireeff: Acredito que em 2014 isso seja atingido. Depende do curso, que foi objeto de ações na justiça na gestão anterior. Mas é algo que também será superado.

Mercado em Foco: A Sercomtel continua em Londrina?Alexandre Kireeff: A Sercomtel teve R$ 65 milhões de prejuízo. Então tivemos que tomar as medias para garantir a sobrevivência da empresa. Aquele pedido inicial de R$ 47 milhões reduziu-se para R$ 30 milhões e nesse momento nós definimos como aportar R$ 15 milhões – 55% por parte da Prefeitura através de dois terrenos, e

o restante por parte da Copel. Isso dá uma sanada nas finanças da empresa durante o primeiro trimestre do ano que vem para que nós possamos fazer uma nova avaliação e ver se é necessário ainda a complementação desses investimentos para poder mudar a curva da Sercomtel. Hoje temos algo em torno de seis mil proprietários de linhas que já agendaram a sua entrevista para poder recebê-las. Então pacificando a propriedade e titularidade da empresa nós podemos tomar a decisão do futuro dela.

Mercado em Foco: O diálogo foi adotado como peça fundamental para a boa relação entre Câmara e Prefeitura. Deu certo?Alexandre Kireeff: Deu muito certo. É importante registrar a maneira correta e republicana como tem sido as relações entre a Câmara de Vereadores e Prefeitura, sempre baseando as relações em torno do mérito das propostas e os projetos de lei, com muito respeito e rigor aos ritos, à legislação, o que gerou muita produtividade na Câmara.

Mercado em Foco: Mas os vereadores reclamaram do atraso do envio de alguns projetos ao Legislativo. Por que

isso acontece?Alexandre Kireeff: Não se trata de um atraso, se trata de um rompimento com a gestão anterior. No ano que vem nós vamos estar com uma sequência administrativa daquilo que se iniciou em janeiro desse ano. Foi um rompimento total com aquilo que estava sendo elaborado até o final do primeiro semestre e, na sequência, quase nada aconteceu internamente na Prefeitura em função dos quatro prefeitos que nós tivemos em seis meses: um cassado, um preso, um intermediário por alguns dias (o secretário de Governo) e depois o presidente da Câmara. Então esses processos administrativos estavam todos parados. E aí iniciou um governo que teve que reiniciar do zero todos os processos e programas. Agora, a sequência de 2014 certamente será melhor que 2013 porque há uma continuidade do processo administrativo e, por consequência, de apresentação de projetos.

Mercado em Foco: Mudando de pasta, o que acontece com a reforma do calçadão?Alexandre Kireeff: As empresas têm medo de participar da licitação, e isso foi uma informação do Sinduscon,

“Meu compromisso com a cidade é de quatro anos, e eu vou cumprir ele da melhor maneira possível. Eu vou ao limite das minhas capacidades”

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em função da superexposição que uma obra dessa gera. E é notório o patrulhamento da sociedade sobre qualquer ato e ali é um lugar de muita exposição. As empresas têm receio por ser também uma obra de R$ 400 mil ou R$ 500 mil. Eles não consideram isso atrativo nesse momento. Mas nós vamos licitar até que encontre uma empresa. O que não pode é, em função do desconforto que algo possa causar, abrir margem para flexibilizar regras porque essa flexibilização abre as portas para a corrupção. Nós tivemos no total 569 licitações, e apontamos duas com dificuldade. Nós conseguimos através das licitações de 2013 economizar R$ 23,7 milhões por rebaixamento de preços através de licitações bem-sucedidas.

Mercado em Foco: Sobre o horário estendido do comércio, esse assunto pode voltar a ser discutido?Alexandre Kireeff: Essa questão tem que ser antes conciliada entre patrões e funcionários. Não há possibilidade da Prefeitura partir para um posicionamento diferente desse porque esse tema já foi debatido. Ele foi inclusive encaminhado à Câmara de Vereadores, às instâncias judiciais. É necessário que haja primeiro entendimento entre as partes diretamente envolvidas. E eu tenho o maior interesse que isso ocorra.

Mercado em Foco: Como estão os seus projetos para industrializar Londrina?Alexandre Kireeff: Nós temos um planejamento de desenvolvimento

econômico industrial. Ele é baseado em duas vertentes: através da atração de investimentos públicos. Por outro lado, a atração de novos empreendimentos para Londrina. Esse ano nós já fizemos a sansão da lei de dez indústrias, temos mais 11 que estão tramitando na Câmara, e mais alguns projetos de lei ainda a serem encaminhados, totalizando 25 indústrias atraídas ou comprometidas a ampliar suas instalações em Londrina. E temos uma fila de espera de mais de 70 empresas que já optaram por Londrina.

Mercado em Foco: Quais são as suas prioridades para 2014?Alexandre Kireeff: A consolidação dos principais avanços na saúde, na educação e no desenvolvimento econômico. Na minha opinião ainda precisamos ganhar eficiência na utilização dos recursos. Para isso nós precisamos aprimorar os processos administrativos e encargos. Ao longo do ano nós contratamos mil novos servidores (600 para educação, 150 para a saúde e 200 para a segurança). E agora precisamos consolidar esses avanços na ampliação da oferta de serviço, aliado ao ganho de eficiência na gestão dos recursos já existentes, e também na arrecadação, e dar sequência no processo de desenvolvimento econômico.

Mercado em Foco: Você é adepto das redes sociais. Como você lida no dia a dia com elogios e críticas?Alexandre Kireeff: Eu sou usuário das redes sociais muito antes de ser candidato. Eu acho que é uma maneira

rápida de ouvir o que as pessoas têm a dizer, os problemas pontuais são identificados com muita velocidade, e oferece uma percepção geral para o prefeito. Todas essas demandas são encaminhadas a todos os secretários, e nós temos o monitoramento da quantidade de críticas e sugestões para cada secretaria.

Mercado em Foco: No final dos seus quatro anos de mandato, qual a marca ficará à população da gestão Alexandre Kireeff?Alexandre Kireeff: Uma cidade mais respeitosa aos cidadãos, que tem compromisso total com a transparência e governança responsável, absolutamente intolerante à corrupção, e motivada a entregar à população serviços públicos com qualidade melhor daquela que tinha há quatro anos. Isso eu garanto.

Mercado em Foco: É cedo para falar em reeleição?Alexandre Kireeff: Eu não tenho essa expectativa. Eu fui eleito para administrar Londrina por quatro anos e estou com esse compromisso assumido. Também não sou louco de falar que nada vai acontecer lá na frente porque a gente sabe que a vida reserva surpresas. Eu não programei ser prefeito de Londrina. As circunstâncias acabaram levando à candidatura e depois à eleição. Mas meu compromisso com a cidade é de quatro anos, e eu vou cumprir ele da melhor maneira possível. Eu vou ao limite das minhas capacidades.

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VOLUNTÁRIO

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“bOA pARTE DO QUE O HOSpITAL DO CâNCER É HOjE SE bASEIA NO VOLUNTARIADO”

Por Kalinka Amorim

Fazer o bem sem olhar a quem. Esse é um ditado antigo e tem feito diferença na vida de muitas pessoas que doam parte de seu tempo em entidades assistenciais, escolas, igrejas ou em outras áreas prestando serviços voluntários.Para a psicóloga Elsie Silva, mestre em psicologia social e personalidade, o trabalho voluntário não beneficia apenas quem recebe. Quem pratica também é agraciado com a melhora na saúde e maior aceitação dos problemas. “Através da prática, o voluntário desenvolve suas potencialidades, habilidades para trabalhar em equipe, aprendendo com as diferentes realidades. Isso proporciona sentimentos de tranquilidade e bem-estar”, afirma.De acordo com Elsie, o voluntariado é valorizado, incentivado e reconhecido pela sociedade. Sua postura serve de exemplo aos filhos, familiares e amigos. Para ela, quando uma pessoa decide se dedicar a trabalhos voluntários, está doando seu tempo, motivada por impulsos solidários, de compaixão, de cooperação e estará ciente de que não será remunerado. “Esta escolha pode emanar do seu caráter, da motivação individual, do livre arbítrio. Entretanto essa determinação para ajudar o próximo pode estar também relacionada com a sua história de vida, com embasamento religioso, cultural, político, entre outros”, considera.Altruísmo, empatia, solidariedade, compaixão, flexibilidade, tolerância, paciência e respeito ao outro. Essas são algumas das características intrínsecas nas pessoas que são voluntárias. “Seus valores não estão pautados somente no retorno financeiro como remuneração do seu trabalho e, sim, nas diversas formas de atividades que gerem bem-estar social”.A psicóloga explica que a prática do trabalho voluntário pode aparecer em diferentes momentos da vida de cada pessoa, como por exemplo, quando se sensibilizam com as desigualdades ou até mesmo quando sofrem perdas ou são expostas a sofrimentos. “Nesse momento, assumem uma postura de amparo, apoio, ajuda, entendendo que podem fazer a diferença”, diz. “Outras pessoas são sensíveis à dor do outro desde a infância porque esta característica faz parte do seu caráter”, salienta. Na opinião de Elsie, o voluntariado traz mudanças benéficas. “O trabalho voluntário é transformador e propicia a quem o pratica,

uma mudança interior. Beneficia a quem recebe e a quem pratica. As empresas que incentivam seus profissionais e são ativas nos trabalhos sociais favorecem uma ampla parcela da comunidade, o que contribui para um mundo melhor”, finaliza.

Na práticaRogério Jorge, 52 anos, contador do Sindicato da Indústria do Material Plástico do Norte do Paraná, é voluntário há três anos na área de finanças no programa Mini Empresa da Junior Achievement. A vontade de ensinar e continuar sempre aprendendo foi o que o levou a adentrar ao mundo do voluntariado. Toda semana, Rogério doa três horas de seu tempo e se diz muito contente. “Gosto de ser voluntário porque estabelece um compromisso. Fazemos contatos com jovens que têm vontade, garra e determinação”, diz. Para ele, existem muitas formas de ser voluntário. “Todos nós podemos fazer a nossa parte social e muitas pessoas pensam que só podem ajudar financeiramente, e não é só assim. Quando não temos condições financeiras, precisamos lembrar que dispomos de tempo e conhecimento para ajudar outras pessoas. É um compromisso muito sério e traz inúmeros benefícios a quem se doa. Sou uma pessoa melhor porque passei a fazer parte de outras vidas. Sem me doar isso nunca teria acontecido”, afirma.

Temperamento transformado

“Percebi que minhas irritações não chegam aos pés do que acontece no HCL todos os dias”, Rogério Lazarini, um dos voluntários do Hospital

O empresário Rogério Lazarini dedica seu tempo de voluntariado diretamente aos pacientes do Hospital do Câncer de Londrina há quatro anos. Ele participa da equipe da Acolhida, modalidade ligada ao serviço social da entidade. Às segundas, quartas e sextas-feiras, das 7h30 às 10 horas, ele ajuda a coordenar a recepção dos pacientes que vêm de cidades de fora para serem atendidos pelo SUS. Por dia, em média, são mais de 500 pacientes que chegam. Sua rotina é sempre a mesma: ajuda os pacientes a lerem o cartão de consulta, acompanha-os até a farmácia, entra no elevador auxiliando os que não conseguem realizar tal tarefa sozinho, dentre tantas

“O voluntário desenvolve habilidades para trabalhar em equipe, aprendendo com as diferentes realidades”, Elsie Silva, psicóloga

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outras atividades. A reclamação da vida foi o que levou Lazarini a se doar ao voluntariado. “Eu reclamava demais da vida. Era o carro que quebrava e me deixava irritado, problemas financeiros. Resolvi fazer algo para alguém que realmente precisava e isso funcionou muito bem. Percebi que minhas irritações corriqueiras não chegam aos pés do que acontece no HCL todos os dias. Hoje enxergo a vida de outra forma. Evito reclamar e até meu temperamento melhorou”, comemora.

União que salva vidasDilza Dequech atua há mais de oito anos como coordenadora do voluntariado do Hospital do Câncer. Ela é o exemplo que vem de cima. Ao lado do marido Nelson Dequech, presidente do HCL, a voluntária arregaçou as mangas quando a instituição passava por uma série de dificuldades. Atuante, carismática e determinada, Dilza está à frente da área de captação e promoção de eventos e mantém contato com voluntários de diversas cidades do Paraná que organizam shows, leilões, bazares dentre tantas outras atividades que angariam fundos para que o HCL. “Boa parte do que o Hospital do Câncer é hoje se baseia no voluntariado e suas doações”, afirma. Para ela, ser uma voluntária é um prazer. “É uma satisfação enorme poder ser útil ao próximo e colaborar com as pessoas. Hoje sou mais feliz”, admite. “Não existe trabalho que pague tão bem como o trabalho voluntário. Em espécie não se ganha nada, mas o coração fica cheio de alegria em poder ajudar o próximo e fazer o bem”.

Sopão SolidárioDesde 2003, Gervásio Euzébio Gonzales realiza às segundas-feiras um Sopão Solidário que alimenta os moradores de rua das imediações da Concha Acústica. Tudo começou em 2003 quando presenciou pessoas procurando restos de alimentos para poderem se alimentar após a feira livre que ocorre nas

proximidades do cemitério São Pedro. “Não havia mais restos da feira. O caminhão do lixo já havia passado. Foi quando avistei um senhor procurando alimentos numa caçamba de material de construção. No meio daquele monte de entulhos aquele homem encontrou um pedaço de mandioca com casca e tudo, e comeu. Aquilo mexeu demais comigo”, relembra.Perplexo com o episódio, ele tomou a decisão de angariar fundos e começou a fazer uma sopa em sua própria casa que alimentava 50 pessoas que moravam na rua. O trabalho foi crescendo e era preciso um local maior para que o

projeto continuasse. “Procurei ajuda na Igreja Metodista Central de Londrina, instituição que cede a cozinha. Hoje alguns membros também atuam como voluntários, mas esse é um trabalho que não visa religião, nem classe social e todas as pessoas que queiram, podem se voluntariar”, esclarece. Atualmente 100 pessoas são alimentadas semanalmente com essa ação de solidariedade.

O sopão solidário do Gervásio Euzébio Gonzales

e outros voluntários alimenta semanalmente

mais de 100 pessoas

O trabalho voluntário é transformador e propicia a quem o pratica uma mudançainterior. Beneficia a quem recebe e a quem pratica”,

Elsie Silva, psicóloga.

“ “

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Por Helder Eduardo Vicentini

Mais uma vez o Governo do Estado do Paraná tem em suas mãos a possibilidade de decidir qual caminho trilhará na escolha do salário mínimo regional que será reajustado a partir de maio de 2014. Para que se entenda como isso ocorre, por previsão legal, há uma comissão tripartite formada por representantes da classe dos trabalhadores, da classe dos empregadores e do Governo do Estado do Paraná. Juntos, decidirão o percentual de correção do salário mínimo regional.Contudo, por certo que os trabalhadores apoiarão a proposta que melhor atender seus interesses, ao passo que aos empregadores caberá uma decisão que evite forte impacto nas despesas. Cada um puxando a sardinha para sua brasa, caberá ao Governo do Estado o papel de fiel da balança para definir a questão.Nossa preocupação surge do fato de que 2014 será um ano de eleições, o que pode levar a uma decisão imediatista, e comprometer a atratividade de investimentos no Estado, bem como elevar excessivamente os custos do empresariado com sua folha de pagamento.Atualmente o piso salarial do Paraná está fixado nos seguintes patamares: R$ 882,59 para a agricultura, R$ 914,82 para serviços e comércio; R$ 949,53 para indústria; e R$ 1.018,54 para trabalhadores com qualificação técnica.São valores relativamente elevados se comparados com o salário mínimo nacional, que atualmente é de R$ 678,00, e cujo aumento proposto para o ano de 2014 foi de 6,6%.

ARTIGO

Recentemente, a Secretaria do Trabalho do Estado do Paraná apresentou três propostas de reajuste, uma de 9,19%, outra de 9,56% e uma terceira de 8,97%. A simples análise dos percentuais propostos já nos dá uma ideia de que são patamares extremamente elevados, especialmente se comparados com o percentual de 6,6 % proposto para o âmbito federal. Essa discrepância é acentuada se compararmos com o salário mínimo (agricultura) dos estados do Rio Grande do Sul (R$ 770,00), Rio de Janeiro (R$ 763,14), São Paulo (R$ 755,00) e Santa Catarina (R$ 678,00).Esses números afetam diretamente a atratividade de investimentos no Paraná, já que a folha de pagamento é fator primordial para a análise dos custos de implementação de uma nova empresa no Estado. Reduzida essa atratividade, reduz-se também a oferta de empregos, o aquecimento da economia regional e a geração de tributos em favor do próprio Estado.Merece ressaltar o fato de que o salário mínimo regional se aplica apenas para aquelas categorias de trabalhadores que não dispõem de piso salarial próprio, normalmente instituído por Convenção Coletiva de Trabalho. Essa assertiva poderia levar ao entendimento de que então o índice de reajuste do salário mínimo regional não teria todo o impacto que se alega, justamente em razão de que grande parte das categorias de trabalhadores já está protegida por seus próprios pisos salariais.Contudo, além de existirem alguns setores que não estão abrangidos por pisos salariais próprios, algumas das

categorias que possuem piso próprio passaram a adotar o índice de reajuste do salário mínimo regional como parâmetro de reajuste do piso de suas categorias, o que efetivamente causa um grande impacto na economia e, sobretudo, afasta a atratividade de novas empresas ao Estado.A classe empregadora, por outro lado, preocupada com os rumos que a negociação vem tomando, e com o intuito de não ser fortemente impactada em seus custos, tem falado em reajuste de 5,7%, equivalente à variação do INPC do último ano, o que corresponderia à reposição da perda do poder aquisitivo da moeda no período.Essa proposta certamente proporcionaria, senão o equilíbrio do mínimo regional com os salários mínimos dos demais estados, uma aproximação de valores, corrigindo a discrepância criada ao longo dos anos, e trazendo ao Estado do Paraná a competitividade na atração de novos investimentos.De qualquer sorte, nos cumpre acreditar que ainda é possível que o Governo do Estado do Paraná revise suas propostas iniciais de reajuste, e busque a melhor solução para o Estado, sem deixar que questões eleitorais ou populistas falem mais alto neste momento.

Helder Eduardo Vicentini é Advogado, sócio do escritório Motta Santos e

Vicentini Advogados Associados e assessor jurídico da FACIAP – Federação das

Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná

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CRÉDITO E CONFIANÇA

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Por Paulo Briguet 2014 não será apenas o ano da Copa do Mundo e das eleições. Para milhares de pequenos empresários espalhados pelo Brasil, será também o ano da garantia de crédito. Conhecidas pela sigla SGC, as sociedades garantidoras de crédito ganham força em diversas regiões do País. Em Londrina, entrará em operação a GarantiNorte PR, criada por iniciativa da ACIL.Em toda e qualquer história de sucesso empresarial, sempre existe a figura daquela pessoa que confiou no empreendedor, um amigo que acreditou na viabilidade de uma ideia. A SGC é esse amigo. Surgidas na Europa, no início do século 20, as sociedades garantidoras de crédito têm como objetivo facilitar a obtenção de recursos junto aos bancos para cobrir as necessidades dos pequenos empresários em capital de giro e investimento. A SGC oferece ao pequeno empreendedor aquela ajuda inicial que ele precisa para gerar empregos, renda, riqueza e desenvolvimento.O 5º Encontro Nacional de Garantia de Crédito realizou-se em 25 de novembro, em Caxias do Sul (RS). Ali estavam presentes representantes das cinco SGCs em funcionamento do Brasil e mais cinco sociedades de garantia que devem entrar em operação em 2014 – inclusive a nossa GarantiNorte PR. O motivo do encontro, promovido pelo Sebrae Nacional, era fazer um balanço das atividades do ano e projetar as realizações do futuro próximo. Mas também havia algo importante a comemorar: os dez anos de atividade da GarantiSerra, a SGC pioneira no Brasil. Nesta primeira década de funcionamento, a instituição sediada em Caxias do Sul ofereceu acesso ao crédito para centenas de empresários de 13 cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Com quase 500 associados, a SGC da Serra Gaúcha emitiu 632 garantias, que proporcionaram o investimento de R$ 26,2 milhões no setor produtivo local.

Confiança nas Serras Gaúchas e nos Vales MineirosNo momento em que o empresário Ângelo Mestriner, presidente da GarantiSerra, fazia seu discurso de agradecimento pelos dez anos da instituição, uma senhora de 82

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 35

UMA pALAVRA TRADUZ O IDEAL DAS SOCIEDADES GARANTIDORAS: CONFIANÇA

anos chorava copiosamente. Seu nome é Maria. Italiana da região de Treviso, ela veio para o Brasil em 1949 e fixou residência no Rio Grande do Sul. A emoção de dona Maria traduz a palavra em que se baseia todo o sistema das sociedades de garantia de crédito. Essa palavra é confiança.Empresário do setor metalúrgico, Mestriner gosta de recitar poemas gauchescos que mostram a força da união entre as pessoas. “O associativismo sempre esteve em meu sangue”, diz o presidente da GarantiSerra. Graças a esse espírito de união, empresários como Darci Nunes puderam realizar seus projetos de vida. Em 2009, ele criou uma empresa do setor gráfico, a DGraf, e contou com o apoio da SGC gaúcha para ter acesso a linhas de crédito. A GarantiSerra ofereceu-lhe uma carta de garantia e o resultado foi espetacular: “Em um ano e meio, meu faturamento aumentou 20%, a produtividade também cresceu, a qualidade dos produtos melhorou, contratei oito funcionários e consegui o cadastro de fornecedor para uma grande corporação”.O sistema que gerou frutos nas Serras Gaúchas também floresceu nos Vales Mineiros. Ruber Castro Barbosa, o Rubinho, vice-presidente da Garantia dos Vales, sediada em Governador Valadares (MG), afirma que a luta da SGC mineira tem sido extremante compensadora. “A semente que plantamos há alguns anos hoje se transformou em desenvolvimento no último ano”, diz Rubinho. “A garantia de crédito cria uma situação em que todos ganham: o pequeno empresário, a instituição financeira e a sociedade”, define Rubinho.

“Este é o nosso trabalho e queremos ajudar vocês”Funcionário do Banco do Brasil por 36 anos, Jorge Luiz Gomes da Silva é hoje executivo da GarantiNorte RJ, sediada em Campos, região petrolífera do Rio. “Depois que me aposentei do banco, fui convidado a conhecer o sistema de SGC. Quando me inteirei da grandeza dessa ferramenta, abracei a causa, me apaixonei por ela e estou lutando para que seja implantada”, conta o ex-bancário. Quando ainda trabalhava no banco, Jorge Luiz testemunhava as dificuldades dos pequenos empresários em obter recursos financeiros para investimentos: taxas de juros altas, burocracia, falta de organização. “Hoje eu posso colocar toda a minha experiência em benefício desses empreendedores. Quero chegar até eles e dizer: Este é o nosso trabalho e queremos ajudar vocês”.A SGC da região de Campos e Macaé deve entrar em operação em 2014. “Fizemos um convênio com a GERio, agência de fomento estadual, e desenhar um produto voltado para os pequenos negócios. Com o apoio das

associações comerciais da região, desenhamos um produto voltado para o fomento aos pequenos negócios, e de lá para cá temos realizado um trabalho junto às empresas”, observa Jorge Luiz. Segundo ele, 2014 tem tudo para ser o ano da grande virada – o ano da GarantiNorte.

GarantiNorte PR: SGC é mais uma “cria” da ACILE isso não apenas no Rio. A “xará” GarantiNorte PR, criada por iniciativa da ACIL, já está pronta para iniciar operações em 2014, beneficiando empresários de toda a nossa região. O presidente da ACIL, Flávio Montenegro Balan, acredita que a SGC será um grande legado para o desenvolvimento de Londrina e cidades próximas. “Desde 1937, a ACIL foi o lugar onde nasceram grandes instituições da nossa cidade: aqui foram assinadas as atas de criação da Santa Casa, da Sociedade Rural, da UEL, do Londrina Convention. E aqui também nasce a SGC GarantiNorte, uma ferramenta essencial para o futuro da comunidade londrinense”, disse Balan em Caxias do Sul, ao lado de outro grande entusiasta da SGC, o consultor executivo Wilson Battini.No encontro de Caxias, Balan assinalou a importância da parceria com o Sebrae para o sistema de SGC. “Precisamos agradecer sempre, porque o agradecimento é uma dívida que nunca se quita. Agradecemos ao Sebrae e aos amigos da GarantiSerra, pioneira entre as sociedades de garantia de crédito no Brasil”, afirmou Balan. Ele lembrou que ainda existem desafios a enfrentar para o pleno funcionamento do sistema de SGC no Brasil. “O maior dos desafios talvez seja a criação de um marco regulatório pelo Banco Central, para que as sociedades de garantia de crédito sejam vistas como um ente do sistema financeiro.” Entre as propostas discutidas em Caxias do Sul, está a de criar uma Associação Nacional das SGCs. Balan sugeriu um nome para a entidade: Garantia Brasil.

O paraná hoje é a grande referência nacional para o sistema de garantia de crédito. Temos três SGCs em funcionamento e duas em processo de implantação. Quem ganha com isso são as micro e pequenos empresários, que passam a ter acesso ao crédito em melhores condições, graças à parceria entre o Sebrae e entidades como a ACIL.

Flávio Locatelli, coordenador de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae PR

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PERFIL EMPRESARIAL

Por Paulo Briguet

A bondade faz bem. O que pode parecer uma afirmação óbvia transforma-se em receita de vida quando pensamos em Nelson Dequech e sua companheira de todos os momentos, Dilza. A simples aproximação física do casal gera um clima de simpatia e paz. Ao entrar no gabinete do presidente do Hospital do Câncer de Londrina, lembrei-me de uma reflexão do professor Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: “Poucas são as pessoas que experimentaram efetivamente que fazer o bem é um elemento de felicidade humana. (...) A grandeza moral expande o peito. De vez em quando, observe em torno quem está sofrendo e faça algo apenas para aliviar esse sofrimento. Numa determinada hora você perceberá que é como se houvesse um sol dentro do seu peito”.Nelson Dequech acredita em milagres. Não fosse assim, jamais aceitaria assumir a Presidência do HCL em 2005, quando a instituição passava por uma profunda crise

financeira. O milagre que salvou o hospital está diretamente relacionado à bondade. Nelson apelou aos bons sentimentos da comunidade londrinense e assim conseguiu recuperar um centro de referência para tratamento de câncer que atrai pacientes do Paraná, de outros estados e até outros países. “Depois que eu vi o que aconteceu com este hospital, eu só posso acreditar em milagres. Dentro de um raciocínio puramente lógico, econômico e administrativo, o HCL seria uma empresa inviável. Mas, contra todas as probabilidades, hoje está funcionando, melhorando, crescendo.”

Um desconhecido oferece 2.224 reaisHá sete anos, o Hospital do Câncer de Londrina estava atolado em dívidas, com mais de 900 títulos protestados. Seu principal cliente era – e continua sendo – o Sistema Único de Saúde (SUS). Engenheiro

civil e empresário do ramo imobiliário, Nelson Dequech decidiu que reconstruiria o HCL mesmo contra toda a lógica que havia aprendido na universidade e na vida profissional. “Hoje o hospital paga as contas em dia, graças ao apoio da comunidade. No dia em que as contribuições pararem, o hospital fecha.”Milagres nunca vêm sozinhos. Como todos sabem, não existe dor maior que a de perder um filho. Em 2005, seu Nelson e dona Nilza passavam por esse terrível sofrimento. O desafio de reerguer o Hospital do Câncer veio no momento em que eles já estavam quase desistindo. O milagre de salvar o HCL veio acompanhado pelo milagre de dar novo sentido à vida do casal.Seu Nelson havia acabado de assumir a Presidência quando recebeu uma péssima notícia: diversas cirurgias seriam desmarcadas por falta de óleo diesel para a caldeira do hospital. Telefonando a conhecidos, Dilza conseguiu uma doação de recursos para comprar o combustível,

Ser pioneiro não é chegar primeiro. Ser pioneiro é um estado de espírito. pioneiro é aquele que chega para fazer, empreender, construir. Ele faz a diferença sem reclamar. Ele resolve seus problemas sem esperar que os outros o façam. Ele sabe que só o trabalho gera prosperidade.

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A SALVAÇÃO DO HCL ESTÁ DIRETAMENTE LIGADA À bONDADE

“Depois que eu vi o que aconteceu com este hospital, eu só posso acreditar em milagres. Dentro de um raciocínio

puramente lógico, o HCL seria uma empresa inviável. Mas, contra todas as probabilidades, hoje está funcionando,

melhorando, crescendo.”

mas ainda faltava dinheiro: precisamente 2.224 reais. Ao desligar o telefone, ela notou a presença de um senhor ao seu lado. “Aqui está o dinheiro que falta para as cirurgias”, disse o desconhecido, oferecendo-lhe um maço de notas com o valor mencionado. “Nunca mais vi esse homem. Não sei quem era, como surgiu, como conseguiu entrar no hospital naquele momento. Foi arrepiante.”

O menino que brincava na casa de d. LucillaVárias vezes já quiseram dar a Nelson Dequech o título de Cidadão Honorário de Londrina. “Mas não preciso de título. Nasci em Londrina e sou cidadão londrinense. Isso me basta”, diz o filho de David Dequêch (1893-1973),

fundador e primeiro presidente da ACIL. “Tenho vaidade, mas quero dominá-la”, afirma o presidente do HCL. “Só não gosto quando falam que eu sou careca”, brinca, fechando as janelas de sua sala para que as fotos fiquem mais nítidas. Então eu me lembrei da frase do professor: “Numa determinada hora você perceberá que é como se houvesse um sol dentro do seu peito”.Durante a vida, Nelson Dequech teve vários modelos de conduta. Um deles foi Lucilla Ballalai, fundadora do Hospital do Câncer. “Quando criança, eu brincava na casa de dona Lucilla com seus filhos Nuno e Augusto”, recorda. “Era uma mulher empreendedora, decidida, incansável.” Outro exemplo foi o Zaqueu de Melo, diretor do Colégio Londrinense. “Quando terminei o ginásio, decidi não fazer o colegial científico e me

matriculei no curso de técnico em contabilidade. Mas o professor Zaqueu achava que eu deveria seguir carreira em ciências exatas. Ele me matriculou por conta própria no científico e ainda me concedeu bolsa de estudos”, conta Nelson, que se formou em engenharia civil no Mackenzie, em São Paulo.O maior paradigma de Nelson Dequech foi o pai. Em David, ele admirava o espírito aventureiro, a persistência, a disciplina, a fibra, a tolerância. Nascido em janeiro de 1940, Nelson não é considerado oficialmente um pioneiro – pois o título só é concedido aos que chegaram em Londrina até dezembro de 1939. “Mas ser pioneiro não é chegar primeiro. Ser pioneiro é um estado de espírito. Pioneiro é aquele que chega para fazer, empreender, construir. Ele faz a diferença sem reclamar. Ele

resolve seus problemas sem esperar que os outros o façam. Ele sabe que só o trabalho gera prosperidade.”

Não existe pioneirismo sem féPara Nelson Dequech, a maior qualidade do pioneirismo é ter fé – acreditar mesmo no impossível. “O Hospital do Câncer conseguiu se reerguer porque as pessoas acreditaram. Alguns disseram que era loucura, que eu estava dando injeção em defunto, mas eu provei o contrário.”Nelson lembra o orgulho do pai ao ver Londrina crescer. “Quando tudo começou, eram apenas um punhado de pioneiros, alguns ranchos de palmito e a floresta. Mas ele viu a cidade crescer no meio do sertão.” Quando viu a antiga sede da ACIL ser demolida, no início dos anos 70, David certamente ficou triste. Mas disse ao filho: “É o progresso, tem de ser assim”.No dia em que desmontaram a primeira casa de madeira feita por David Dequêch, o pioneiro fez questão de guardar um dos esteios da construção. Era um tronco de madeira de lei – que por muitos anos esteve guardado na casa do filho Nelson. “Um dia, Londrina terá um museu. E vocês vão levar esse esteio com luvas e fraque até lá”, previu o fundador da Associação Comercial. Dito e feito: hoje o tronco pode ser visto no Museu Histórico de Londrina.Aquele esteio simboliza o espírito empreendedor do qual Nelson Dequech é um autêntico herdeiro. Foi assim que ele lançou os fundamentos da nova ala do Hospital do Câncer, inaugurada no dia 13 de dezembro. O presidente do HCL mostra com orgulho as belas instalações que vão proporcionar um atendimento mais digno e humanizado aos pacientes do hospital e seus familiares. Ele abre a porta de vidro da nova ala e caminha até a calçada da Rua Lucilla Ballalai. É uma linda manhã de sol. A bondade faz bem.

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Debate focaliza cooperação entre empresas e universidades

Debate no campus da UTFPR proporcionou o diálogo sobre a produção científico-tecnológica entre líderes empresariais e acadêmicos

Raras vezes os empresários e pesquisadores universitários têm a chance de fazer um debate tão qualificado quanto o que se realizou no dia 4 de dezembro, no campus da UTFPR

COLUNA DA ACIL

(Universidade Tecnológica Federal do Paraná) em Londrina. A convite do professor Marcos Rambalducci, representantes do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial de Londrina participaram da mesa redonda com docentes daquela instituição. Foi um momento privilegiado para a aproximação colaborativa entre o setor empresarial e a área acadêmica. O encontro teve a participação do diretor geral da UTFPR em Londrina, Marcos Imamura, e dos líderes empresariais Ary Sudan (ACIL e FIEP), Cláudio Tedeschi (Fórum Desenvolve Londrina), Gerson Guariente (Sinduscon), Nivaldo Benvenho (ACIL) e Valter Orsi (Sindimetal).O debate focalizou a relação entre a produção científico-tecnológica dos cursos da UTFPR – especialmente as engenharias, tão necessárias para o desenvolvimento – e as demandas das empresas. “O problema no Brasil é que os empresários falam russo e os pesquisadores falam chinês. É preciso encontrar um ambiente comum e iniciar um diálogo verdadeiro, utilizando uma linguagem comum e dando prioridade a soluções para o setor produtivo”, disse Cláudio Tedeschi, presidente do Fórum Desenvolve Londrina. “Sentimos que a UTFPR tem o DNA da inovação, que nós tanto procuramos. Este debate pode ser o ponto de partida para a criação do Centro de Transferência Tecnológica de Londrina”, comentou Nivaldo Benvenho, ex-presidente e atual conselheiro da ACIL.

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dezembro de 2013 | www.acil.com.br40

Londrinenses festejam Dia da Sergipe

Londrinenses foram recepcionados com atividades diversas e preços atrativos para o consumidor

No dia 9 de novembro a Rua Sergipe teve atrações especiais. A programação do Dia da Sergipe incluiu apresentações artísticas, sorteios de brindes, oficinas culturais, brinquedos para a criançada, cortes de cabelo, exposições de arte, passeio guiado pelos pontos históricos da rua, orientação nutricional, avaliação de índice de massa corporal e maquiagem. Essa foi a segunda edição do evento, que integra o projeto Nova Sergipe. Desde o ano passado, a rua passa por revitalização. Várias quadras já estão com calçadas mais acessíveis e padronizadas, a via foi repavimentada e ganhou mais espaço para a circulação viária. Além dessa reestruturação, os empresários da rua se empenharam em promover um dia especial com atividades diversas e preços atrativos para o consumidor, assessorados pelo grupo do projeto Nova Sergipe. “Conhecemos os desafios que o varejo de rua londrinense precisa enfrentar e acreditamos que a melhor forma de vencer as dificuldades é trabalhar mais e com maior eficiência”, diz Flavio Balan, presidente da ACIL. Nesse contexto, oferecer diferenciais para o consumidor é um passo importante para não deixar a rua perder seu espaço como uma das principais do comércio londrinense.O Dia da Sergipe é realizado anualmente, promovido em parceria entre ACIL, Sebrae, Sincoval, Fecomércio Paraná, Sesc/Senac, Prefeitura de Londrina, Unifil, Massa FM e Rede Massa. As fotos mostram momentos do dia

Estado recebe proposta para “Nova Saul”

Revitalização prevê adequação de calçadas, sinalização, travessia elevada para pedestres, paisagismo, acessibilidade e iluminação

A Comissão de Revitalização da Avenida Saul Elkind entregou em mãos, no último dia 26), ao secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Junior, o projeto que promete dar cara nova ao local. O estudo foi elaborado pelo Ippul após constantes reuniões entre entidades de classe, comerciantes e empresários. Inicialmente, o projeto prevê as mudanças para o trecho que vai da Rua Angelina Ricci Vezozzo até a Rotatória da Rodovia João Carlos Strass, e será colocado em prática por etapa. Para a primeira, cerca de dois quilômetros, serão investidos cerca de R$ 4,5 mi. Entre os principais destaques que seriam adequados com recursos do governo estão arborização e paisagismo, criação de ciclovia, pista em três vias, sinalização, drenagem adequada, travessias elevadas para pedestres, acessibilidade e iluminação. A reforma das fachadas e calçadas ficará a cargo dos comerciantes. O eixo norte da cidade possui aproximadamente 126 mil habitantes. Só a Saul Elkind abriga cerca de 500 empresas no eixo comercial, sem contar com as ruas paralelas e adjacências. Os empresários da região esperam que a nova Saul seja apresentada em 2016. O presidente da ACIL, Flávio Montenegro Balan, lembrou que o momento é histórico para Londrina. “Unimos forças, sempre pensando no desenvolvimento da cidade como um todo. Essa revitalização é essencial para a continuidade do crescimento ordenado da região Norte”.

Convenção Faciap tem participação da ACILA Convenção Anual da Faciap foi realizada em Curitiba, nos dias 21 e 22 de novembro, e reuniu centenas de lideranças associativistas de todo o Paraná. O tema central do encontro

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“Só OS EMpRESÁRIOS pODEM SALVAR A ECONOMIA bRASILEIRA”

foi Associativismo de Resultados. O ponto alto do evento foi a palestra “Perspectivas da Economia Brasileira no Século XXI”, proferida pelo professor e economista Pascoal Rossetti. Ele lembrou os altos índices de crescimento da economia global nas últimas décadas. “O mundo hoje cresce um Brasil a cada ano. É algo inédito na história da humanidade”, afirmou. “Os últimos cem anos foram mais importantes que os últimos 400. E os últimos dez foram mais importantes que os últimos 100.”Mas tamanho crescimento contém riscos. “O que acontecerá se tudo isso parar? Estive na Europa Central há 20 anos, e sei que o comunismo ali não tem volta. Mas e em outros lugares?”Com baixas taxas de crescimento em comparação aos outros países emergentes, o Brasil hoje é o 7º país no tamanho da economia, mas o 53º em competitividade. “Temos também um crescimento imoderado da remuneração do trabalho e do crédito às pessoas físicas sem correspondência na produtividade”, observa Rossetti. Diante desse quadro, o professor Rossetti faz um alerta e um apelo: “Não é com consumo que se fundamenta o crescimento de um país. Nem com o endividamento. Só os empresários podem salvar a economia brasileira. Do contrário, com um Estado que só faz crescer e consumir, sustentado pela sociedade, podemos acabar sofrendo com o autoritarismo e o populismo que já tomam conta da Venezuela e da Argentina. É o ovo da serpente.”

PM orienta lojistas sobre segurança no trânsitoNo dia 4 de dezembro os comerciantes londrinenses tiveram a oportunidade de receber orientações sobre segurança no comércio. A palestra foi concedida gratuitamente pelo capitão Nelson Villa Junior, oficial de comunicação do 5º

BPM. Entre algumas ações que podem prevenir o delito, o oficial destacou a arquitetura contra o crime. A dica nada mais é do que proporcionar mudanças estruturais simples no estabelecimento. “Quanto maior a visibilidade do local, maior a segurança. As vitrines podem ter produtos expostos, contanto que não interfira na visão de uma viatura policial que pode passar pelo local durante o patrulhamento, por exemplo. Além das portas com vidro, deve haver janelas amplas permitindo a visibilidade da rua para o interior da loja e vice-versa. É importante ter janelas laterais se o estabelecimento for de esquina”, ensina.Durante a palestra, o capitão também distribuiu sugestões sobre o controle de acesso à loja. “Controlar o acesso e a saída de clientes é uma forma segura de evitar delitos no comércio. Isso pode até fazer com que o criminoso não se sinta atraído pelo seu estabelecimento. O sensor sonoro é uma boa opção para se atentar quando alguém adentrar na loja”. As gôndolas e prateleiras altas no interior da loja também podem ser prejudiciais. A recomendação é para que esses materiais tenham até 1,20 metros de altura para que a visão não seja afetada. Espelhos espalhados no ambiente também ajudam a visualizar os “pontos cegos” do local. Sobre o que entra e sai do caixa, o alerta é para que mantenha disponível apenas o suficiente para o troco, se possível. Gavetas com dinheiro ou caixas administradoras devem ser colocadas fora do alcance dos clientes. Também é fundamental evitar comentários sobre pagamentos e outras transições em dinheiro com terceiros. O monitoramento com câmeras e alarmes é um adicional à segurança do comerciante.

Pascoal Rossetti: “Não é com consumo que se fundamenta o crescimento de um país. Nem com o endividamento. Só os empresários podem salvar a economia brasileira.”

Evitar o uso de celular enquanto caminha por vias públicas, ter mais cuidado com bolsas e carteiras, e não reagir a assaltos foram apenas algumas das dicas ensinadas pelo capitão Villa

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