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SEQUÊNCIA DIDÁTICA Plano de Ensino – Nível Médio Identificação: O desenvolvimento das nossas atividades foi realizado na Escola Estadual Berilo Wanderley, localizada na rua Governador Valadares, bairro Neópolis, Zona Sul de Natal- RN. Estamos atuando na turma do 3º ano B, composta por, aproximadamente, 50 alunos. Esses alunos estão sob a responsabilidade da professora-tutora Francisca das Chagas Nobre de Lima (Chaguinha). Justificativa: Para andar em consonância com as propostas que norteiam os PCN de Língua Portuguesa no Brasil, decidimos trabalhar com a linguagem como prática incentivadora para a formação de sujeitos críticos e atuantes no meio social em que estão inseridos. Na Escola Estadual Berilo Wanderley, o trabalho dos docentes com as turmas da 3ª série é voltado para a sequência textual argumentativa. Dessa forma, escolhemos trabalhar com o gênero discursivo resenha crítica. Nessa resenha, o aluno deverá fazer uma breve análise apreciativa de um objeto cultural (filme, peça de teatro, livro), portanto, o trabalho com tal gênero propicia o desenvolvimento de um ponto de vista por meio da argumentação. Além disso, a produção de uma resenha crítica é essencial para que haja a participação desses sujeitos em

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Plano de Ensino – Nível Médio

Identificação:

O desenvolvimento das nossas atividades foi realizado na Escola Estadual Berilo

Wanderley, localizada na rua Governador Valadares, bairro Neópolis, Zona Sul de

Natal- RN. Estamos atuando na turma do 3º ano B, composta por, aproximadamente, 50

alunos. Esses alunos estão sob a responsabilidade da professora-tutora Francisca das

Chagas Nobre de Lima (Chaguinha).

Justificativa:

Para andar em consonância com as propostas que norteiam os PCN de Língua

Portuguesa no Brasil, decidimos trabalhar com a linguagem como prática incentivadora

para a formação de sujeitos críticos e atuantes no meio social em que estão inseridos. Na

Escola Estadual Berilo Wanderley, o trabalho dos docentes com as turmas da 3ª série é

voltado para a sequência textual argumentativa. Dessa forma, escolhemos trabalhar com

o gênero discursivo resenha crítica. Nessa resenha, o aluno deverá fazer uma breve

análise apreciativa de um objeto cultural (filme, peça de teatro, livro), portanto, o

trabalho com tal gênero propicia o desenvolvimento de um ponto de vista por meio da

argumentação. Além disso, a produção de uma resenha crítica é essencial para que haja

a participação desses sujeitos em uma sociedade repleta de produtos culturais. É dever

da escola transmitir aos estudantes o que a humanidade produziu de mais significativo

culturalmente. É preciso valorizar e reconhecer a importância da esfera cultural na vida

cotidiana dos alunos. Saber se posicionar em relação ao que vemos é de suma

importância no contexto social no qual estamos inseridos.

Objetivos Gerais:

- Compreender a resenha crítica como gênero discursivo da esfera jornalística.

Objetivos Específicos:

- Compreender os componentes da sequência textual argumentativa a partir das resenhas

críticas;

- Desenvolver a capacidade argumentativa por meio das resenhas críticas;

- Ampliar a competência comunicativa em atividades de leitura e escrita de resenhas

críticas.

Conteúdos:

- Conceito do gênero discursivo resenha crítica;

- Elementos estruturais que compõem o gênero resenha crítica;

- Mecanismos de coesão e coerência;

- Mecanismos de argumentação;

- Discussão acerca do tema gravidez na adolescência;

- Reflexão a partir do material didático utilizado sobre sexualidade e juventude;

- Leitura e escrita de resenhas críticas.

Suporte teórico-metodológico:

Concepção sociodiscursiva de gênero segundo Bakhtin (2011);

Os Gêneros discursivos no ensino de leitura e produção de textos segundo

Lopes- Rossi (2002).

Desenvolvimento metodológico:

- Exposição teórica em sala de aula com auxílio de projeção (slides);

- Exposição do filme Juno (2007) na sala de vídeo da escola;

- Debate acerca do tema “gravidez na adolescência” por meio de textos de apoio;

- Leitura de resenhas críticas retiradas de sites e revistas;

- Pesquisas acerca do filme e do tema por meio de ferramentas de busca na internet;

- Utilização de recursos de mídias na Web (blog) para divulgação das resenhas.

Critérios de avaliação:

- Assiduidade nas aulas;

- Participação nos debates propostos em sala de aula;

- Produções textuais e reescritas que visam avaliar se os alunos atingiram os objetivos e

se melhoram a cada escrita.

Cronograma de atividades:

Dia 08/05:

1º encontro (02 aulas)

Apresentação e definição do gênero

discursivo.

- Nessa etapa serão feitos comentários

acerca da resenha crítica (gênero

discursivo argumentativo da esfera

jornalística) e de sua estrutura (a resenha

deve conter identificação da obra,

descrição, comentários avaliativos e

recomendação).

Dia 09/05:

2º encontro (04 aulas)

Exibição do filme Juno (2007)

- Os alunos irão à sala de vídeo da escola

assistir ao filme proposto para a escrita da

resenha.

Dia 15/05: Comentários acerca do filme e leitura de

3º encontro (02 aulas) resenhas críticas sobre o filme.

Dia 16/05:

4º encontro (02 aulas)

Primeira escrita da resenha crítica.

Dia 22/05:

5º encontro (02 aulas)

Comentários sobre a primeira escrita e

correção das inadequações.

- Nessa etapa será verificado se os alunos

atenderam à situação comunicativa e ao

gênero proposto

Dia 23/05:

6º encontro (02 aulas)

Segunda escrita da resenha a partir da

correção das inadequações.

Dia 29/05:

7º encontro (02 aulas)

Correção das resenhas considerando os

aspectos gramaticais (pontuação,

ortografia, coesão e coerência).

Dia 05/ 06:

8º encontro (02 aulas)

Última escrita das resenhas.

.

Referências:

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra, 6. ed. São Paulo:

Martins Fontes: 2011. p. 261-306.

BALTAR, M. Competência discursiva e gêneros textuais. Caxias do Sul: ABDR,

2004.

BRASIL, MEC. 2000. Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Médio.

Brasília: INEP, 2000.

JUNO. Direção: Jason Reitman. Produção: John Malkovich, Lianne Halfon, Mason

Novick e Russell Smith. Paris Filmes, 2007.

KOCHE Vanilda Salton; BOFF, Odete Maria Benetti; PAVANI, Cinara Ferreira.

Pratica textual: atividades de leitura e escrita. Petrópolis, RJ: 2006.

LOPES-ROSSI, Maria A. G. Gêneros discursivos no ensino de leitura e produção de

textos. In: Karwoski, Acir; Gaydeczka, Beatriz; Brito, Karin S. (Org.). Gêneros

textuais: reflexões e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.

Planos de aula

1º encontro: Dia 08/05/13

ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Apresentação e definição do gênero discursivo resenha críticaNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia

PLANO DE AULA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

Etapas da Aula e sequencia de atividades

Tempo Materiais didáticos

Instrumentos Critérios

Reconhecer os componentes estruturais do gênero discursivo resenha crítica

Observar os elementos gramaticais que compõem o gênero discursivo resenha crítica

Elementos característicos da esfera jornalística

- Definição de resumo- Definição de argumentação- Diferença entre linguagem formal e informal-Aspectos globais que identificam um texto como resenha crítica (síntese do objeto avaliado, julgamento valorativo da obra, recomendação do autor acerca do produto resenhado).

Aula expositiva 60 minutos

Material de apoio preparado pelas estagiárias

Participação em sala de aula

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra, 6. ed. São Paulo: Martins Fontes: 2011. p. 261-306.

BALTAR, M. Competência discursiva e gêneros textuais. Caxias do Sul: ABDR, 2004.

KOCHE Vanilda Salton; BOFF, Odete Maria Benetti; PAVANI, Cinara Ferreira. Pratica textual: atividades de leitura e escrita. Petrópolis, RJ: 2006.

2º encontro: Dia 09/05/13

ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Exibição do filme Juno (2007)Nº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia

PLANO DE AULA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

Etapas da Aula e sequencia de atividades

Tempo Materiais didáticos

Instrumentos Critérios

Apresentar o objeto cultural a ser resenhado pelos alunos (Filme Juno)

- Gravidez na adolescência Exibição do filme Juno 120 minutos

DVD do filme JunoData-showNotebook

Atenção durante a exibição do filme

REFERENCIAS

JUNO. Direção: Jason Reitman. Produção: John Malkovich, Lianne Halfon, Mason Novick e Russell Smith. Paris Filmes, 2007.

3º encontro: Dia 15/05/13

ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Comentários acerca do filme e leitura de resenhas críticas sobre o filmeNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia

PLANO DE AULA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

Etapas da Aula e sequencia de atividades

Tempo Materiais didáticos

Instrumentos Critérios

Refletir sobre a iniciação da vida sexual

Discutir o conhecimento acerca dos diversos tipos de prevenção a gravidez na adolescência

Identificar a diferença cultural entre o contexto no qual Juno está inserida e a realidade brasileira.

Perceber as diferentes temáticas abordadas no filme

Gravidez na adolescência

Aborto

Adoção

Métodos de prevenção de DST’s e gravidez

Expressão oral

Aula expositiva dialogada 60 minutos

Questionário preparado pelas estagiárias acerca do filme Juno

Participação em sala de aula

Articulação oral de ideias visando avaliar se o aluno:

constrói uma sequência lógica de pensamentos

entendeu o roteiro do filme e as temáticas que ele aborda.

REFERENCIAS

4º encontro: Dia 16/05/13

ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Primeira escrita da resenha críticaNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia

PLANO DE AULA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

Etapas da Aula e sequencia de atividades

Tempo Materiais didáticos

Instrumentos Critérios

Escrever uma resenha critica acerca do filme Juno atendendo a proposta de redação

Apresentar detalhes da ficha técnica do filme

Fazer uma síntese do filme

Opinar acerca do objeto cultural visto criando um juízo de valor sobre a obra

Recomendar ou não o filme

Resenha critica Aula prática 60 minutos

Papel A4

Material de apoio preparado pelas estagiárias

Produção textual observando se os alunos atingiram os objetivos esperados

REFERENCIAS

5º encontro: Dia 22/05/13

ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Comentários sobre a primeira escrita e correção das inadequaçõesNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia

PLANO DE AULA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

Etapas da Aula e sequencia de atividades

Tempo Materiais didáticos

Instrumentos Critérios

Diferenciar resumo de resenha crítica

Revisar os elementos que compõe a resenha crítica

Síntese/Resumo

Aspectos globais que compreendem uma resenha crítica

Aula expositiva

Atendimento individual

60 minutos

Material de apoio preparado pelas estagiárias

Participação em sala de aula

REFERENCIAS

6º encontro: 23/05/13

ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Segunda escrita da resenha a partir da correção das inadequaçõesNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia

PLANO DE AULA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

Etapas da Aula e sequencia de atividades

Tempo Materiais didáticos

Instrumentos Critérios

Reescrever a resenha critica acerca do filme Juno atendendo a proposta de redação

Apresentar detalhes da ficha técnica do filme

Fazer uma síntese do filme

Opinar acerca do objeto cultural visto criando um juízo de valor sobre a obra

Recomendar ou não o filme

Adequar o texto a situação comunicativa

Utilizar linguagem clara e

Resenha crítica

Resumo

Resenha crítica

Cosão textual

Coerência textual

Paragrafação

Aula prática 60 minutos

Papel A4 Produção textual visando perceber se os alunos atingiram os objetivos específicos dessa aula e da aula anterior.

objetiva

Aplicar os conhecimentos acerca de coerência e coesão textual para construir um texto que apresente uma sequência lógica de pensamento.REFERENCIAS

7º encontro: Dia 29/05/13

ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Correção das resenhas considerando os aspectos gramaticaisNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia

PLANO DE AULA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

Etapas da Aula e sequencia de atividades

Tempo Materiais didáticos

Instrumentos Critérios

Identificar a ausência de pontuação ou a pontuação exagerada no texto

Compreender que o texto é uma unidade de sentido e necessita seguir uma sequência lógica de ideias.

Perceber como os elementos gramaticais influenciam na construção de sentido do texto.

Diferença entre resenha crítica e resumo

Coerência textual

Coesão textual

Paragrafação

Pontuação

Aula expositiva

Atendimento individual

60 minutos

Material de apoio preparado pelas estagiárias

Apresentação de slides no power point

Data show

Notebook

Participação em sala de aula

REFERENCIAS

8º encontro: Dia 05/06/13

ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45UNIDADE DIDÁTICA:TÓPICO DE AULA: Última escrita das resenhasNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia

PLANO DE AULA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

Etapas da Aula e sequencia de atividades

Tempo Materiais didáticos

Instrumentos Critérios

- Reescrever a resenha critica acerca do filme Juno atendendo a proposta de redação

- Apresentar detalhes da ficha técnica do filme

- Fazer uma síntese do filme

- Opinar acerca do objeto cultural visto criando um juízo de valor sobre a obra

- Recomendar ou não o filme

Adequar o texto a situação comunicativa

- Utilizar linguagem clara e objetiva

Resenha crítica

Diferença entre resenha crítica e resumo

Coerência textual

Coesão textual

Paragrafação

Pontuação

Aula prática 60 minutos

Papel A4 Produção textual visando perceber se os alunos atingiram os objetivos específicos dessa aula e das aulas anteriores.

- Aplicar os conhecimentos acerca de coerência e coesão textual para construir um texto que apresente uma sequência lógica de pensamento.

Identificar a ausência de pontuação ou a pontuação exagerada no texto

- Compreender que o texto é uma unidade de sentido e necessita seguir uma sequência lógica de ideias.

- Perceber como os elementos gramaticais influenciam na construção de sentido do texto.

REFERENCIAS

6.3 Apêndice C: Material de apoio utilizado na aulas

Escola Estadual Berilo WanderleyPIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a DocênciaAluno(a):____________________________________________________________Disciplina: Língua Portuguesa Série: Data:____/____/____Professores: Chaguinha, Kívia, e Vanessa.

RESENHA CRÍTICA DE FILME

Consumir ou não os últimos lançamentos de livros, filmes, cds, e estréias de espetáculos musicais e teatrais, exposições artísticas, etc? Quem nunca esteve diante das dúvidas: que livro ler? A que filme assistir? Que cd escutar? A que peça de teatro assistir?

A sociedade contemporânea está imersa na oferta de uma inumerável quantidade de produtos culturais que estão aí para serem consumidos. Fazer escolhas baseadas nas leituras de opiniões de críticos respeitados da imprensa - as resenhas críticas - pode ser uma boa alternativa. Assim como saber emitir um ponto de vista sobre os objetos culturais contemporâneos e argumentar em seu favor podem auxiliar outros nas suas escolhas. Portanto, compreender e produzir uma resenha crítica são ferramentas importantes para participar do mundo cultural de hoje.

Resenha é uma síntese! É uma análise resumida de uma produção científica (ou não) que pode (ou não) ser acompanhada de uma apreciação. A resenha crítica – a que nos interessa neste momento - envolve exposição de julgamento.

Baltar (2004) define a resenha crítica como um gênero jornalístico e opinativo, escrito normalmente em primeira pessoa e assinado, no qual o autor emite sua opinião sobre uma manifestação artística qualquer: livro, CD, espetáculo de dança, teatro, exposição de um artista plástico, etc. Em geral, as resenhas críticas são publicadas em revistas, jornais e blogs.

Quando resumimos e avaliamos um produto cultural específico, devemos apresentar aspectos positivos e negativos por meio de um texto de opinião. Portanto, ao produzi-lo é importante equilibrar estes dois pontos apresentando os principais aspectos do produto cultural em questão. Para isso devemos conhecer bem o produto e apresentá-lo de forma clara e coerente avaliando a obra.

Resumindo grosseiramente: Na resenha crítica você deve elaborar um julgamento sobre determinada obra. No nosso caso, elaboraremos uma resenha critica sobre o filme “Juno”.

Alguns aspectos a serem observados:

Além da história do filme, devemos perceber outros elementos que o compõe. Muitos detalhes podem ser observados.

Por exemplo:

Qual é a temática do filme? Quem conta a história? Há um narrador? É detectável? A história é contada do ponto de vista de quem? De acordo com o perfil do personagem, os atores tiveram uma boa interpretação? Há elementos utilizados estrategicamente para construir uma verossimilhança?

Há músicas ou efeitos sonoros utilizados no trecho deste filme. Ele contribuiu para o enredo?

Em uma resenha crítica muitas informações importantes estão fora do filme. Para isso, é necessário pesquisar sobre o filme (elenco, direção, ano de lançamento) e sobre os diferentes assuntos referentes ao filme que vocês irão assistir. Organize a sua pesquisa com base nas questões abaixo:

O enredo agradou? O que mais chamou atenção no trecho assistido? Sobre a atuação dos atores, qual se destacou? Por quê? Este filme tem roteiro original ou adaptado? Quem produziu o roteiro? Quais outros

roteiros foram feitos por ele? Vocês conhecem algum?

E o diretor, vocês conhecem? Quais outros filmes ele dirigiu? Conseguem perceber o estilo de direção?

Qual é o contexto histórico em que se passa a história? Ou seja, em que época se passa?

Etapas de construção da resenha crítica de filme:

1º Apresentando o filme:

No primeiro momento, deve-se identificar o filme e indicar informações técnicas sobre o ano que foi lançando, quem é o diretor do filme, se recebeu premiações.

2º Descrevendo/analisando partes do filme:

No segundo momento, deve-se apresentar o conteúdo e a história do filme, identificando quais os personagens principais e secundários (indique o nome dos atores), com o objetivo de mostrar ao leitor da crítica o que irá encontrar no obra, qual a temática está sendo trabalhada e de que forma é trabalhada, por exemplo, se foi de forma leve ou pesada, se condiz com o seu público-alvo.

3º Opinando sobre o filme

Por fim, deve-se fazer uma apreciação valorativa do filme, podendo ser negativa ou positiva, informando sobre alguns aspectos relevantes e fazendo uma avaliação geral para os leitores da crítica. Ou seja, nessa etapa o autor do texto deve analisar os pontos principais do filme e fazer críticas do conteúdo exposto no filme.

Referências:

BALTAR, M. Competência discursiva e gêneros textuais. Caxias do Sul: ABDR, 2004.

Escola Estadual Berilo WanderleyPIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a DocênciaAluno(a):____________________________________________________________Disciplina: Língua Portuguesa Série: _____ Data:____/____/____Professores: Chaguinha, Kívia e Vanessa.

Trabalhado com o filme Juno

1 Sobre o filme

Juno é um filme canadense-americano de 2007 dirigido por Jason Reitman e escrito

pela iniciante Diablo Cody, lhe rendendo o Oscar de melhor roteiro original.

O filme desenvolve-se em torno de um enredo bastante sarcástico, abordando de forma

peculiar a problemática gravidez na adolescência. Apreciado pela crítica no geral, o filme foi

um êxito de bilheterias, com lucros dez vezes superiores aos custos. As indicações para

premiações deste filme incluíram o BAFTA, Screen Actors Guild Awards, Golden Globe e

Oscar.

No elenco estão os atores: Ellen Page (Juno MacGuff), Michael Cera (Paulie Bleeker),

Allison Janney (Bren MacGuff), J.K. Simmons (Mac MacGuff), Olivia Thirlby (Leah),

Jennifer Garner (Vanessa Loring), Jason Bateman (Mark Loring).

2 Para refletir acerca do filme Juno:

De acordo com a sua opinião, procure responder ao que é pedido a seguir.

1) O que leva um adolescente a iniciar a sua vida sexual?

2) Se muitos adolescentes conhecem os métodos contraceptivos para evitar a gravidez,

por que eles não tomam os cuidados necessários para evitá-la?

3) Por que, na maioria das vezes, as consequências de uma gravidez indesejada incide

apenas sobre a mãe?

3 Explorando o filme

1) Como Juno reagiu quando descobriu a gravidez?

2) Qual foi a reação da família quando Juno contou sobre a gravidez? O que você acha

da naturalidade com que eles aceitaram a gravidez da filha?

3) Qual foi a reação de Bleeker ao saber que a sua colega de sala estava grávida dele?

4) Como era a relação de Juno e Bleeker?

5) Qual ou quais motivos você acredita que fez Juno tomar a decisão de dar o seu filho

para adoção? Comente sua resposta.

6) Por estar grávida, Juno sofreu algum tipo de preconceito?

7) Qual foi o papel da família na decisão de Juno?

8) Se um caso similar ao de Juno acontecesse no Brasil, a reação seria a mesma? Por

quê?

4 Exemplos de resenhas críticas sobre o filme

Exemplo 1

Crítica: JunoJason Reitman, Diablo Cody e Ellen Page fazem o filme independente do ano

Por Érico Borgo - 21 de Fevereiro de 2008

A história de Juno (2007) é simples: uma menina esperta acidentalmente engravida de

seu melhor amigo, na única noite que passaram juntos. Ela decide entregar o bebê para adoção

- e inicia uma convivência com o casal que vai adotá-lo enquanto segue com sua vida

cotidiana, agora complicada pela barriga que cresce.

Diablo Cody, roteirista-sensação do momento, blogueira, ex-stripper, ex-operadora de

tele-sexo, é dona de um estilo invejável. Os diálogos da menina Juno (Ellen Page) são

espertíssimos, ácidos, com uma linguagem elaborada (que a legenda nacional destrói sem

qualquer dó) e ao mesmo tempo inocente. Material excepcionalmente bom, com um notável

equilíbrio entre drama e comédia - e perfeito para o estilo do cineasta Jason Reitman, que

havia mostrado as mesmas qualidades em sua estreia no cinema, no igualmente afiado

Obrigado Por Fumar.

Juno é um filme de personagens. A história não tem grandes emoções ou surpresas

(bom, tem uma) e nem tem a intenção de ser assim. A relação da personagem com o mundo é

o que torna o filme memorável.

Obviamente, esse tipo de estrutura, que deixa a responsabilidade nos ombros dos

protagonistas, exige um elenco à altura - e Reitman foi extremamente feliz na seleção do seu.

Começando por Ellen Page (a Kitty Pryde de X-Men 3). A menina está simplesmente perfeita

como Juno MacGuff, transformando aquelas linhas escritas por Cody em suas. E está em

ótima companhia: J.K. Simmons (o J.J. Jameson de Homem-Aranha), Allison Janney (The

West Wing), Michael Cera (Superbad), Jennifer Garner (Alias) e Jason Bateman (O Reino)...

não há um só elo fraco na corrente e todos parecem partilhar do particular senso de humor da

roteirista e do diretor. Sem falar em Olivia Thirlby, que vive a melhor amiga de Juno e dispara

as melhores frases do filme.

Particularmente, acredito que o longa só erra ao fazer um juízo errado do "nerd

moderno", representado ali por Mark (Bateman). Diablo Cody pode entender perfeitamente o

universo feminino, mas faltou uma certa paciência com o pobre Mark - uma coisa que só

entende quem, como ele, sofre com reclamações a respeito da pilha de gibis, o volume com

que escuta Sonic Youth e precisa assistir ao seu "gorezinho" querido tarde da noite (sim, tomei

as dores dele). Mas, novamente, é algo meramente particular, que não prejudica o todo.

Reitman acerta a mão também na trilha sonora - clássicos como Kinks e Buddy Holly

dividem espaço com nomes alternativos da cena atual, como Belle & Sebastian e Cat Power, e

tem até um Velvet Underground ali pro deleite dos fãs. Sinceramente, nunca imaginei que

ouviria a voz de Maureen Tucker, que canta "I'm Sticking with You", na tela grande. A

música, aliás, representa a direção da trilha. Tem um "quê" de canção de ninar – perfeito.

Sem exagero, Juno é o tipo de filme que eu gostaria de assistir toda semana. Sensível,

honesto, inteligente e bacana como poucos. Um filme sobre comunicação, entendimento e

escolhas. Uma nova pérola da cinematografia independente norte-americana, com uma pitada

de esquisitice, um jovem herdeiro de Wes Anderson - e esse é o melhor elogio em que eu

consigo pensar.

Disponível em: http://omelete.uol.com.br/cinema/critica-juno/. Acesso em: 09.04.13.

Exemplo 2

Filme "Juno" e a redescoberta de valoresAutor: Sérgio Fernandes

O filme que estreia hoje no Brasil é mais um caso de uma produção independente do

cinema (fora do amparo das principais empresas do setor) que consegue alcançar grandes

bilheterias, sucesso de crítica e entra no páreo do Oscar. Memorando aqui o que foi “Pequena

Miss Sunshine” em 2006.

Juno é um filme açucarado, cheio de humor, com gírias e palavrões, com produção e

roteiro simples, uma trilha sonora de bom gosto… Esta lista de características talvez não

seriam suficientes para motivar alguém a sair de casa, gastar com o ingresso e ainda ouvir

palavrões se não fosse a bela mensagem que é revelada no desenvolvimento desta história.

Uma garota chamada Juno, de 16 anos, fica grávida de um colega de escola. Esta

aventura adolescente tem um preço alto e a personagem vê-se dividida quanto à forma de

resolvê-lo. Opções não lhe faltam, principalmente por estar em um país onde o aborto é

legalizado e o caminho mais comum seria matar a criança e esquecer o que aconteceu.

Ellen Page é brilhante em sua atuação (está concorrendo ao Oscar de melhor atriz) e

expressa Juno como uma adolescente de personalidade forte, decidida e principalmente

honesta. Não que fosse tão sábia em suas outras escolhas, mas é capaz de arcar até o fim com

as consequências. Assim, Juno decide não abortar a criança.

O filme não tem objetivos religiosos e nem levanta algum tipo de bandeira anti-aborto.

Se fosse escrito desta forma, era de se esperar que ela não abortasse, ficasse com a criança e

vivesse feliz para sempre. Mas o objetivo desta obra é outro… E também pode ser muito útil a

reflexão.

Juno opta por ter o filho e já entrar num processo de adoção legal. O que é isso? Ela

escolhe um casal rico numa propaganda de jornal para adoção e lhes oferece a criança. O

compromisso deles é dar o apoio necessário nos meses de gestação.

A trama segue com os conflitos decorrentes nos meses de gestação. Juno inicialmente

chama o filho de “coisa” e aos poucos pega afinidade. O garoto que lhe engravidou é um

“nerd”, muito inseguro. Os dois são ingênuos perante a situação, não conseguem entender o

drama.

Seu pai é casado pela segunda vez e ela tem antipatia pela madrasta. A relação das

duas desenvolve-se e, de inimigas, tornam-se companheiras. Sua família se envolve com o

processo, mesmo que de forma estranha - pois têm comum acordo com a situação da adoção.

Ao final do filme, ninguém fica do mesmo jeito. O “acidente” transforma a relação familiar. E

o final não posso contar…

Juno, a garota grávida de apenas 16 anos, transforma-se. Descobre neste período o

verdadeiro sentido:

- da AMIZADE: pois viu quem estava ao seu lado na escola, sem preconceitos quanto

à gravidez;

- da FAMÍLIA: pois percebeu que foram eles a presença essencial no processo;

- e, principalmente, do AMOR: a relação que gerara o filho aconteceu por aventura, os

dois jovens se redescobrem e assim se apaixonam de verdade. A sexualidade muda de valor.

Repito aqui que não se trata de um filme com objetivos religiosos, mas a forma como

Juno redescobre alguns VALORES deve nos questionar.

Ela vivia de aventuras como qualquer garota de sua idade. E pagou um preço! Foi

honesta ao querer seguir em frente com a gestação e, por tantas questões ao seu redor, optou

por entregar o filho a adoção. A sexualidade na relação muda de foco. É explícito nesta obra

que as coisas feitas na hora errada podem ter drásticas consequências.

O filme é ideal para trabalhar com grupos de adolescentes. Mesmo com os palavrões e

algumas insinuações, ninguém precisará fechar os olhos. Os temas para reflexão são: aborto,

gravidez na adolescência e sexo antes do casamento.

Disponível em: http://www.artigos.com/artigos/humanas/artes-e-literatura/filmes/filme-%22juno%22-e-a-redescoberta-de-valores-3246/artigo/#.UWRsOJPV8nc. Acesso em: 09.04.13.

Exemplo 3

Juno – resenhaPostado por André Leite em 27/02/2008

Diretor: Jason ReitmanAtores: Ellen Page, Michael Cera, Jennifer Garner, Jason Bateman, Allison Janney e J.K. Simmons.

Juno MacGuff é uma adolescente descolada, que ao transar pela primeira vez com seu

melhor amigo, engravida. Como poucas, a jovem Juno é uma garota determinada e de atitudes

independentes, decidindo entregar "a coisa" (como ela se refere no filme), ou melhor, o filho

para a adoção. Parte então, a procura de "pais perfeitos" para criar o seu filho e assim

continuar sua vida: entrar para a faculdade e tocar na banda da turma.

Com esta premissa simples e realista, Juno se tornou o filme sensação de público,

festivais e premiações, graças ao conjunto harmonioso que compõem o filme. O roteiro

moderninho, a direção acertada e as boas atuações do elenco tornam o projeto único.

Comprovando a máxima de que não é preciso de montanhas de dinheiro para se fazer um bom

filme, basta uma boa estória bem contada e profissionais competentes para tanto.

Mesmo que o filme passe a sensação ser "água com açúcar" (era só o que eu ouvia ao

término da sessão), basta um olhar mais crítico para perceber todas as qualidades citadas

acima. Jason Reitman (diretor de Obrigado por Fumar) trabalhou o roteiro com perfeição,

fugindo dos clichês do gênero, como pais desajustados que causam histeria com a situação ou

adolescentes idiotas, que depois de inúmeros desencontros, se transformam em princesas e

príncipes felizes no final.

Com suas roupas despojadas, o gosto musical apurado e a predileção por filmes de

terror, Juno não parece uma personagem, e sim, sua melhor amiga, graças a atuação realista e

inspirada de Ellen Page (a Kitty Pride, de X-Men 3). Paulie Bleeker (Michael Cera -

Superbad), o pai do bebê e seu melhor amigo, é um nerd magricela que treina corrida todos os

dias e admira Juno, pelo que ela é e representa.

Completam o elenco, o casal escolhido para a adoção, vividos por Jennifer Garner (De

repente 30) e Jason Bateman (Separados pelo Casamento). Estabilizados financeiramente e

inférteis, encontram na adoção, mais uma tentativa para se tornarem pais e completar o

casamento.

A entrada de Juno na vida do casal, desperta antigos hábitos no marido nerd, que tem

sua vida podada pela esposa e trancada num cômodo da casa.

Juno não é um filme de histórias emocionantes, mas de personagens honestas e

sinceras, com sensibilidade para lidar com dificuldades e escolhas de maneira inteligente.

Disponível em: http://www.leiteblog.com/2008/02/resenha-juno.html. Acesso em: 09.04.13.

Escola Estadual Berilo WanderleyPIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a DocênciaAluno(a):________________________________________________________________ Disciplina: Língua Portuguesa              Série:   3º B    Data:____/____/____ Professores: Chaguinha, Kívia e Vanessa.

ATENÇÃO! Se liga aí que é hora da revisão!

1. Resumo ≠ Resenha Crítica

O resumo é a apresentação concisa e frequentemente seletiva do texto, destacando-se os elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais ideias do autor da obra. Resumir um texto significa reduzi-lo ao seu esqueleto essencial.

A resenha crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste no resumo, na crítica e na formatação de um conceito de valor acerca do “objeto” resenhado.

Isso é um RESUMO do filme Juno!

“Juno Macguff é uma adolescente, que ao transar pela primeira vez com o seu melhor amigo, engrávida. Como poucas, a jovem Juno é uma garota determinada e de atitudes independentes. Decidindo entregar “a coisa” (como ela se refere no filme), ao melhor, o filho para adoção. Parte então a procura de “pais perfeitos” para criar o seu filho e assim continuar sua vida entrar para a faculdade e tocar na banda da turma.”

Lembrete!

Você está escrevendo o seu texto para pessoas que não conhecem o filme. Portanto, uma resenha crítica deve conter:

identificação (qual é o filme que está sendo indicado para o seu leitor); apresentação (ano de lançamento, dados técnicos do filme); descrição (breve resumo da história do filme); avaliação (a sua opinião sobre o filme); recomendação (você indicaria para ser assistido, ou não?);

2. Coerência textual

A coerência textual é o instrumento que o autor utiliza para dar um sentido completo ao texto. Um texto não é um monte de palavras ou frases juntas. Ele deve ter um significado, transmitir uma ideia, um conteúdo. Para ser coerente, o texto precisa construir sentido seguindo uma ordenação lógica de ideias.

Exemplo: João foi ao cinema. Ela brigou com o namorado, por isso não foi. Patrícia usa saias curtas. José gosta de futebol.

No exemplo acima, não existe uma unidade lógica, uma ordenação de ideias,

portanto, não pode ser considerado um texto. São apenas frases soltas, sem nenhuma conexão entre elas.

Os parágrafos também devem seguir uma ordenação lógica!

“Juno é uma adolescente que tem muito atitude em tudo que ia fazer, ela era bem descontraída. Para sobreviver a mas uma tarde de aborrecimento, Juno decide ter sexo com seu amigo de escola Blecker.

Juno é um filme canadense-americano de 2007 que teve por diretor Jason Reiman e escrito pela Diablo Cody.

Esse filme tem um bom tema, poré na vissão de muitos, pode até ser um pouco desgradavel que é a ‘gravidez na adolescência’.”

3. Coesão textual

A coesão textual é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. As palavras responsáveis pela coesão do texto são preposições, conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais.

Texto com coesão:

“Juno é uma garota de bastante atitude, ela decide abortar e como ela mora em um país onde o aborto é legalizado, inicialmente ela pensa em matar a criança. Com um tempo, Juno resolve ter o filho e entregar para adoção. Mas ela procura um casal ricos para arcar com suas despesa durante a gestação. No início Juno é

bastante insencível com a gravidez, tratando a criança de “coisa” e aos poucos pega afinidade”.

Os elementos em destaque são responsáveis por manter a coesão do texto e fazem uma conexão entre as frases.

Cuidado ao argumentar!!!

A resenha contém um BREVE resumo do filme, PORÉM a principal finalidade da resenha é fazer uma análise e emitir uma OPINIÃO. Por isso, é muito importante ter uma boa argumentação, o seu texto não pode ser vago, superficial. Para isso, você deve pesquisar sobre o tema do filme, para poder escrever o seu ponto de vista sobre o assunto abordado. Lembre-se de imaginar sempre os questionamentos, dúvidas e pensamentos contrários dos leitores quanto à sua argumentação, para que a partir deles se possa construir melhores argumentos, fundamentados em mais estudo e pesquisa.

Exemplo 1:

“Esse filme tem um bom tema, poré na vissão de muitos, pode até ser um pouco desgradavel que é a ‘gravidez na adolescência’.”

Por que na visão de muitos esse tema pode ser desagradável?

Exemplo 2:

“A história de Juno é normal uma menina esperta e ao mesmo tempo engenua, aconteceu dela engravidar no dia enque ela perde sua vingidade que atrapalhou ela em partes ela age normal no início e depois ela toma uma decisão que comove que nos chama atenção pra dentro do filme é o que acontece hoje em dia com as meninas nos dias de hoje. ”

Você afirma que a história de Juno é normal e que ela age “normal”. Mas, lembre-se o que é normal para você pode não ser para o seu leitor. Portanto, o que é uma história normal? O que é agir normal?

4. Pontuação

O ponto final é utilizado para indicar uma pausa total, um termino de raciocínio.

Exemplos:

Pontuação exagerada

“Juno era uma garota muito inesperiente que tinha apenas 16 anos. e então engravidol. do seu colega da escola, Juno apesar de uma garota inesperiente. Pensou no melhor. Pro seu filho. Pensou então num processo de doação. O garoto que lhe engravidou. E um E um nerde. Os dois são totalmente igenos.”

Ausência de pontuação:

“A história de Juno é normal uma menina esperta e ao mesmo tempo engenua, aconteceu dela engravidar no dia enque ela perde sua vingidade que atrapalhou ela em partes ela age normal no início e depois ela toma uma decisão que comove que nos chama atenção pra dentro do filme é o que acontece hoje em dia com as meninas nos dias de hoje.”

Exemplos de resenhas críticas de filme:

SOMOS TÃO JOVENS

Por Marcelo Molinari.

Fui enganado pelo trailer de Somos tão jovens. Não gostei muito do trailer e fui ver o filme com algum preconceito. Acabei surpreso com o resultado. Embora o filme não seja perfeito, ele apresenta uma narrativa sólida que obriga o espectador a pensar.

Somos tão jovens mostra a história de Renato Russo. O caminho mais fácil para contar a história seria realizar um filme biográfico padrão, contando o começo, meio e fim da vida do compositor. Flashes de sua infância, os conflitos do sucesso, ascensão e queda, problemas com drogas. O espectador comum esperava isto, um apanhado geral da carreira de Renato Russo e a Legião Urbana. Li muitas críticas negativas acerca do filme por parte dos espectadores. Muitas pessoas saíram do cinema com a sensação de não ter compreendido nada. De fato, para quem não conhece um pouco sobre a cena roqueira inicial de Brasília, vai acabar muito confuso. Não sei qual era o objetivo da produção do filme, mas de fato o filme não é didático.

O diretor escolheu realizar um recorte e preferiu focar-se na juventude de Renato Russo. Um bom conceito, que permite compreender melhor uma face da vida do artista. Percebemos quem era Renato Russo através de cenas espalhadas de sua vida, cenas que deverão ser somadas pelo próprio espectador. O filme joga os dados e pede para que o espectador pense sobre Renato Russo e tire suas próprias conclusões. Não acho que exista mitificação do cantor neste filme, ele é apresentado de uma maneira livre e aberta. Gostei do ritmo leve da narrativa, que não joga na cara do espectador quem é Renato Russo. Seria muito fácil transformá-lo em um artista controverso e apaixonado, com conflitos com drogas ou homossexualidade. O diretor preferiu suavizar este lado e mostrar a vida de Renato Russo a partir da própria vida ao invés de somente focar em seus dramas. O cantor é mostrado como um ser humano, sem ser julgado.

Somos tão jovens apresenta um roteiro razoável. Um pouco exagerado em alguns momentos, mas que não prejudica o filme. Gostei muito da atuação de Thiago Mendonça. Conseguiu segurar muito bem um papel difícil e foi capaz de apresenta um Renato Russo plausível e comedido. Outros personagens como Dinho Ouro Preto, Fê Lemos e Herbert Vianna poderia

ter sido trabalhados um pouco melhor. Para quem for ver o filme, não seria uma má ideia ver o documentário Rock Brasília – Era de Ouro antes, acredito que muitas coisas mostradas em Somos tão jovens ficariam mais claras.

O filme dramatiza um bom momento do rock brasileiro. Mesmo para quem não gosta tanto de Legião Urbana, como é o meu caso, vai poder visualizar como o movimento punk e depois o pós-punk estavam muito vivos em Brasília do começo dos anos 80. Somos tão jovens é um bom convite para questionarmos o que é o rock brasileiro e a própria cultura brasileira. Vivemos em um universo cinematográfico dominado principalmente por filmes estrangeiros e por vezes ficamos presos a este mundo e suas questões. É bom ver um filme mais próximo de nós, Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude são bandas de peso que continuam a influenciar. Somos tão jovens pode não ser perfeito, mas apresenta uma narrativa bem feita e questionadora.

Disponível em: http://www.criticasdefilmes.com.br/somos-tao-jovens/. Acesso em: 13.05.203

MADAME SATÃ

Marcelo Hessel08 de Novembro de 2002

A unanimidade é burra, já dizia Nélson Rodrigues (1912-1980). Se a máxima do dramaturgo e jornalista estiver correta, o filme Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz, soma muitos pontos a seu favor.

Durante a exibição, em maio de 2002, no Festival de Cannes, muitos críticos abandonaram a sessão no meio, constrangidos com cenas fortes de sexo homossexual, com o tom provocativo da narrativa e com a variação exótica de foco, luz e sombras.

Já no Festival de Biarritz, também na França, Aïnouz recebeu o prêmio de melhor diretor. No Festival de Chicago, em Outubro, o filme levou o prêmio máximo, o Hugo de Ouro. E, na Mostra BR de São Paulo, a coroação em casa: Lázaro Ramos, o protagonista, teve o trabalho de interpretação lembrado com uma menção honrosa.

Cearense, de mãe brasileira e pai argelino, em seu primeiro longa, Aïnouz responde pela polêmica, mas, na verdade, o próprio mote já nasceu na controvérsia. Malandro, homossexual, transformista, capoeirista, cozinheiro e pai adotivo, João Francisco dos Santos (1900-1976) personificava o lado mais obscuro da Lapa carioca dos anos 30 e 40. No carnaval de 1942, libertado depois de cumprir dez anos de prisão por homicídio, João Francisco incorporou uma personagem num baile e vence o concurso de fantasias - o traje, de nome Madame Satã, saiu de um filme homônimo de 1930, de autoria de Cecil B. DeMille (1881-1959).

A fama de João Francisco cresceria a partir daí, mas Aïnouz opta, arriscada e inteligentemente, por retratar os acontecimentos de 1932, os primeiros anos de sua vida adulta, artística - e criminosa. Na época, a visão de uma boemia pacata, carnavalesca, perde força diante do visível preconceito. Fica prejudicada a pretensão biográfica, mas se enriquece o aspecto da criação psicológica do mito.

Avesso ao estigma do negro pobre, a personagem faz nascer uma resistência combativa. O trabalho de Lázaro Ramos, outro estreante, transmite perfeitamente o espírito indomável do protagonista. Além disso, a técnica do premiadíssimo Walter Carvalho (Central do Brasil, Abril despedaçado, Lavora arcaica), diretor de fotografia, merece nota. Com planos fechados, valoriza o trabalho do elenco e contorna a dificuldade da reconstituição da época - mesmo com as gravações na própria Lapa, aquele tempo arquitetônico não existe mais. E ainda, com a luminosidade certa e momentos conscientes de desfocalização, faz crescer ainda mais a aura do mito, mesmo que a cena transcorra na mais fechada penumbra.

Alguns críticos podem discordar, mas Madame Satã fica ao lado de Cidade de Deus(de Fernando Meirelles e Kátia Lund, 2002) como um dos melhores filmes brasileiros do ano. E aguarde: Lázaro Ramos protagoniza também Carandiru, a esperada película de Hector Babenco.

Disponível em: http://omelete.uol.com.br/cinema/imadame-satai/. Acesso em: 13.05.2013