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Em 19 de dezembro de 1853, o Paraná conquistou sua emancipação política de São Paulo, passando a ser a Província do Paraná, tornando-se estado somente após a proclamação da República, ocorrida em 15 de novembro de 1889. A área do Paraná é de 199 323 km², correspondendo a 2,3% do território brasileiro, estando localizado na região Sul do país. Os limites do estado são os seguintes: -Norte e Nordeste – São Paulo. -Sul e Sudeste – Santa Catarina. -Leste – Oceano Atlântico. -Oeste – Paraguai. -Noroeste – Mato Grosso do Sul. -Sudoeste – Argentina. RELEVO O relevo paranaense é dividido em cinco regiões: *Planície litorânea – é a estreita região do litoral, variando entre 10 a 20 km de largura, entre o oceano atlântico e a Serra do Mar. Sendo formada por terrenos Pré- Cambrianos recobertos por sedimentos recentes do Cenozoico. São destaques dessa região as cidades de Paranaguá, Antonina, Morretes, Guaratuba e Matinhos. Ainda no litoral encontramos as ilhas de do Mel, Superagui, Das Peças, Cotinga, Laranjeiras, Cobras, Teixeira, Rasa, Rasa da Cotinga, Pedras e Jererê. *Serra do mar – forma o conjunto montanhoso próximo ao litoral. As montanhas são formadas por rochas cristalinas do Pré- Cambriano, muito desgastadas pelo intemperismo e, cobertas pela Mata Atlântica. Os pontos mais alto do estado, Pico do Paraná e Pico Caratuva, estão localizados na Serra do Mar, na área conhecida como Serra dos Órgãos, ambos com cerca de 1900 metros de altura. *Primeiro Planalto ou Planalto de Curitiba é o mais alto dos planaltos paranaenses, com altitudes entorno de 1300 metros e o menor em extensão dos planaltos. O relevo é ondulado e formado por rochas do Pré- Cambriano, do Paleozoico e sedimentos do Cenozoico. A vegetação predominante é a Mata das Araucárias. Curitiba e as cidades da região metropolitana, bem como, Castro e Piraí do Sul se localizam nessa região. *Segundo Planalto ou Planalto de Ponta Grossa – as maiores altitudes chegam a 1200 metros. Limita-se a leste pela escarpa Devoniana (Serrinha de São Luiz do Purunã) e a oeste pela Serra Geral. O relevo é ondulado e composto principalmente por rochas sedimentares e metamórficas do Paleozoico. A vegetação é composta por Araucárias e Campos. Na região se destacam as cidades de Ponta Grossa, com grandes reservas de talco, Telêmaco Borba com reservas de carvão mineral e São Mateus do Sul, onde encontramos xisto. *Terceiro Planalto ou Planalto de Guarapuava – é o maior dos planaltos em extensão. As maiores altitudes não ultrapassam 1200 metros. Limita-se a leste pela Serra Geral e a oeste pelo rio Paraná. O planalto é formado por rochas eruptivas do Mesozoico que recobrem os sedimentos mais antigos. As rochas eruptivas, chamadas de basalto, deram origem à terra roxa, solo de grande fertilidade. A vegetação original era formada pela Floresta Tropical e Mata das Araucárias. Importantes cidades são encontradas nesse planalto, como Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Umuarama e Cianorte. Professor Eleandro Página 1 Geografia do Paran Paran á á

 · Web viewse observa o início de uma melhor distribuição da população pelo território estadual. O grande aumento populacional foi decorrente das migrações e das altas taxas

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Em 19 de dezembro de 1853, o Paraná conquistou sua emancipação política de São Paulo, passando a ser a Província do Paraná, tornando-se estado somente após a proclamação da República, ocorrida em 15 de novembro de 1889.

A área do Paraná é de 199 323 km², correspondendo a 2,3% do território brasileiro, estando localizado na região Sul do país.

Os limites do estado são os seguintes:-Norte e Nordeste – São Paulo.-Sul e Sudeste – Santa Catarina.-Leste – Oceano Atlântico.-Oeste – Paraguai.-Noroeste – Mato Grosso do Sul.-Sudoeste – Argentina.

RELEVO

O relevo paranaense é dividido em cinco regiões:

*Planície litorânea – é a estreita região do litoral, variando entre 10 a 20 km de largura, entre o oceano atlântico e a Serra do Mar. Sendo formada por terrenos Pré-Cambrianos recobertos por sedimentos recentes do Cenozoico. São destaques dessa região as cidades de Paranaguá, Antonina, Morretes, Guaratuba e Matinhos. Ainda no litoral encontramos as ilhas de do Mel, Superagui, Das Peças, Cotinga, Laranjeiras, Cobras, Teixeira, Rasa, Rasa da Cotinga, Pedras e Jererê.

*Serra do mar – forma o conjunto montanhoso próximo ao litoral. As montanhas são formadas por rochas cristalinas do Pré-Cambriano, muito desgastadas pelo intemperismo e, cobertas pela Mata Atlântica.

Os pontos mais alto do estado, Pico do Paraná e Pico Caratuva, estão localizados na Serra do Mar, na área conhecida como Serra dos Órgãos, ambos com cerca de 1900 metros de altura.

*Primeiro Planalto ou Planalto de Curitiba – é o mais alto dos planaltos paranaenses, com altitudes entorno de 1300 metros e o menor em extensão dos planaltos. O relevo é

ondulado e formado por rochas do Pré-Cambriano, do Paleozoico e sedimentos do Cenozoico. A vegetação predominante é a Mata das Araucárias. Curitiba e as cidades da região metropolitana, bem como, Castro e Piraí do Sul se localizam nessa região.*Segundo Planalto ou Planalto de Ponta Grossa – as maiores altitudes chegam a 1200 metros. Limita-se a leste pela escarpa Devoniana (Serrinha de São Luiz do Purunã) e a oeste pela Serra Geral. O relevo é ondulado e composto principalmente por rochas sedimentares e metamórficas do Paleozoico. A vegetação é composta por Araucárias e Campos. Na região se destacam as cidades de Ponta Grossa, com grandes reservas de talco, Telêmaco Borba com reservas de carvão mineral e São Mateus do Sul, onde encontramos xisto.

*Terceiro Planalto ou Planalto de Guarapuava – é o maior dos planaltos em extensão. As maiores altitudes não ultrapassam 1200 metros. Limita-se a leste pela Serra Geral e a oeste pelo rio Paraná.

O planalto é formado por rochas eruptivas do Mesozoico que recobrem os sedimentos mais antigos. As rochas eruptivas, chamadas de basalto, deram origem à terra roxa, solo de grande fertilidade. A vegetação original era formada pela Floresta Tropical e Mata das Araucárias. Importantes cidades são encontradas nesse planalto, como Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Umuarama e Cianorte.

HIDROGRAFIAA hidrografia do Paraná pode ser dividida em duas

bacias: a Bacia do Rio Paraná e a Bacia do Atlântico. Dessas, a maior e de grande potencial energético é a Bacia do Rio Paraná.

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ParanParanáá

Geografia do Paraná

-Rio Paraná: rio formado pela confluência dos rios Grande e Paranaíba, na região do Triângulo Mineiro. Percorre, no Paraná, mais de 400 km, recebendo importantes afluentes na sua margem esquerda (lado paranaense), como os rios: Iguaçú, Ivaí, Piquiri e Paranapanema.

-Rio Paranapanema: juntamente com o rio Itararé, forma os limites entre os estados do Paraná e de São Paulo. O rio possui grande potencial energético.

-Rio Iguaçu: nasce na Serra do Mar e deságua no rio Paraná, percorrendo 1300 km, servindo como limite, em alguns trechos, entre Paraná e Santa Catarina. Apresenta um enorme potencial energético, tendo várias represas instaladas.

-Rio Ivaí: é o maior rio genuinamente paranaense, percorrendo 685 km de extensão, tendo grandes trechos navegáveis.

-Rio Piquiri: importante afluente do rio Paraná, com quase 450 km de extensão.

-Rio Tibagi: é o principal afluente do rio Paranapanema, com 550 km de extensão, percorre o estado no sentido de sul para norte.

*Bacia do Atlântico ou de SudesteFormada por rios curtos que nascem na Serra do

Mar e deságuam no Atlântico, como os rios: Ribeira, Nhundiaquara, Morato, Capivari, São João e Guaraguaçu.

CLIMAS

Pelo fato do Trópico de Capricórnio atravessar o território paranaense na sua porção norte, a maior parte das terras ficam na zona climática temperada sul.

Classificação climática de Koppen no Paraná

-Clima tropical úmido - Af: aparece no litoral, sendo quente e com chuvas abundantes o ano todo.

-Clima temperado úmido- Cfb: abrange extensas áreas do primeiro e segundo planalto, além de pequenos trechos do terceiro planalto, como Guarapuava e Palmas. Nessas áreas os verões são brandos e os invernos mais rigorosos, com frequentes geadas.

-Clima temperado úmido- Cfa: predomina no terceiro planalto, apresentando verões quentes e invernos brandos.

VEGETAÇÃOHistoricamente, no Paraná existiam florestas ricas

e exuberantes, em particular o pinheiro, que é o símbolo do estado. Entretanto, a desflorestação desordenada para a extração da madeira e para a expansão das lavouras, fez com que fosse prejudicada irrecuperavelmente a floresta típica estadual.

A Vegetação do Paraná se classifica pelo revestimento de dois tipos distintos de formações: florestas e campos. As florestas são subdivididas em tropicais e subtropicais. Os campos, em limpos e cerrados.

*Mata de Araucária s ou Subtropical Ombrófila Mista : É composta pela mata subtropical de coníferas,

também chamada Mata dos Pinhais. Nela encontramos o Pinheiro do Paraná e com frequência à imbuia e à erva-mate.

O domínio geográfico da Mata de Araucária recobria as regiões de altitudes mais elevadas dos três planaltos, onde as temperaturas médias anuais são mais baixas. Atualmente, os principais remanescentes de importância da Mata de Araucária são encontrados no sudoeste do Paraná.

*Mata Atlântica ou   Mata Tropical   Úmida de Encosta : É uma floresta ombrófila densa, localizada

juntamente à Serra do Mar no Litoral. Faz parte do tipo de mata higrófila latifoliada, sendo estendida no decorrer da fachada oriental das Serras e planaltos do Leste e do Sudeste.

Na Mata Atlântica há uma grande quantidade de espécies de madeiras  e vegetais que podem ser citadas: cedro, ipê, figueira, peroba, palmito, entre outros.

No oeste, no Parque Nacional do Iguaçu, aparece uma floresta com as mesmas características da Mata Atlântica, chamada de Floresta Pluvial Subtropical Estacional.

*Campos: nos campos limpos são predominantes as gramíneas que com frequência se entremeiam com matas ciliares e capões de matos conhecidos pelo seu isolamento. Nos campos limpos os solos apresentam menor fertilidade. Os campos são visíveis numa variedade de lugares pelo estado: Campos Gerais, Campos de Guarapuava, Campos de Palmas, Campos de Curitiba, Campos de Castro, Campos de Campo Mourão, entre outros.

Os campos cerrados, também conhecidos como campos sujos, apesar de serem um pouco semelhantes aos campos limpos, se entremeiam com arbustos de maior densidade. Os campos cerrados são ocupados em lugares onde eram existentes matas primitivas como no Alto Rio das Cinzas, Jaguariaíva, Sengés e São Jerônimo da Serra.

*Vegetação Litorânea:  formações vegetais representadas pelos mangues nas baías de Paranaguá e Guaratuba, e as restingas, agrupamentos de vegetais dotados de maior

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espessura, na maioria das vezes com árvores medidas entre seis e oito metros de altura.

1- (UEPG) O Paraná tem mais de 2.400km de fronteiras terrestres, interestaduais e internacionais, e os rios cumprem um papel importante na delimitação de seu território. Sobre este assunto, assinale o que for correto.0l) O Rio Uruguai delimita territórios do Paraná e territórios da República Argentina.02) O Rio Paraná serve de divisa entre o Paraná e o Estado de Mato Grosso do Sul, a noroeste, e entre o Paraná e a República do Paraguai, a oeste.04) Trecho do Rio Iguaçu e de seu afluente Rio Negro serve como parte da divisa entre os Estados do Paraná e Santa Catarina.08) Grande parte da divisa entre os Estados do Paraná e São Paulo se faz pelos Rios Itararé e Paranapanema.16) O Rio Tietê serve como parte da divisa do nordeste do Estado do Paraná com o Estado de São Paulo.

2- (UFPR) Sobre o estado do Paraná, situado na Região Sul, é INCORRETO afirmar:a) A localização geográfica, bem como as condições de relevo e vegetação, favoreceram a colonização regional com base na pecuária e na extração de madeira e mate.b) Faz parte da região do país em que se encontram áreas de clima subtropical com chuvas bem distribuídas ao longo do ano.c) Predomina na região o relevo de planalto, com suave inclinação de leste para oeste.d) A vegetação natural está adaptada às condições de clima e solo, destacando-se a floresta de Araucária, localizada nos planaltos paranaenses.e) A rede hidrográfica que compreende os rios de maior porte e mais extensos está orientada no sentido interior litoral.

3-  (UEPG) A respeito do clima no Paraná, assinale o que for correto.01) De acordo com a classificação climática de Köppen, o clima Cfb, que é um clima mesotérmico (clima subtropical úmido), aparece nas regiões serranas (Planaltos de Curitiba, de Guarapuava, dos Campos Gerais e de Palmas).02) O clima Cfb não tem estação seca; o verão é brando e o inverno é frio, com frequentes geadas. Também pode ocorrer queda de neve, como acontece em Palmas quase todos os anos.04) O clima Cfa, que aparece no centro, no norte, no oeste e no sudoeste do Estado, é um clima subtropical úmido. A temperatura média nos meses mais frios é superior a 17ºC, e nos meses mais quentes ela é inferior a 22ºC.08) O território paranaense sofre influência das seguintes

massas de ar: Massa Equatorial Continental, Massa Tropical Atlântica e Massa Polar Atlântica.16) No litoral paranaense aparece o clima Af, que é um clima tropical, com verão bastante chuvoso e quente e um inverno frio e seco.

4- Sobre o território paranaense, sua posição e pontos extremos, todas as afirmações abaixo são verdadeiras, EXCETO:

a) O Paraná localiza-se na Região Sul do Brasil e limita-se com os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, com as repúblicas argentina e paraguaia e com o Oceano Atlântico, possuindo parte de seu território na zona tropical e a maior parte na zona subtropical. b) O seu ponto extremo norte está a 22º 30' de longitude norte e o seu ponto extremo sul está a 26º 43' de longitude sul. c) O seu ponto extremo leste está no município de Guaraqueçaba e o seu ponto extremo oeste está no município de Foz do Iguaçu. d) Pela sua localização o Paraná está no segundo fuso horário brasileiro a contar de leste para oeste, estando na hora oficial de Brasília e três horas atrasado em relação a Londres.

5- Sobre as matas de Araucária, assinale a afirmaçõa correta.

a) No estado do Paraná, ainda ocupam extensas áreas de solos orgânicos e de terra roxa no planalto de Guarapuava. b) O pinheiro-do-Paraná é, atualmente, a principal matéria-prima da produção de papel, nos três estados do Sul do Brasil. c) Na porção norte do estado do Paraná, associam-se aos fundos de vale dos grandes rios, mais sombreados e frescos.d) O pinho é uma madeira muito resistente, sendo um dos principais produtos de exportação do Paraná. e) O pinhão é um produto extrativo natural dessa formação, sendo a gralha azul um elemento dispersor das sementes das araucárias.

6- Sobre o território paranaense e algumas de suas características físicas e geológicas, assinale o que for correto.

01) Carvão mineral, utilizado como combustível é explorado na região de Curiúva, sendo o Paraná o terceiro produtor brasileiro depois de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.02) Folhelho piro-betuminoso (xisto), utilizado na produção de óleo, gás e enxofre é explorado pela Petrobrás na região de São Mateus do Sul. 04) Calcário, um mineral não metálico, comum no primeiro planalto paranaense é utilizado na fabricação de cimento, cal, corretivos para a acidez do solo, dentre outras finalidades. 08) Mármore, uma rocha metamórfica ornamental encontrada com exclusividade no noroeste paranaense, embora não tem grande destaque na produção mineral do estado. 16) Talco e caulim, que são pouco explorados no estado devido à baixa qualidade, sendo o Paraná um importador desses minerais, principalmente do caulim, utilizado na

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Testes

produção de cerâmica branca em Campo Largo, a "Capital da Louça".

Segundo o censo demográfico de 2010, nesse ano o Paraná possuía 10 439 601 habitantes, sendo o sexto estado mais populoso do Brasil, com cerca de 5,5% da população brasileira. Os dados revelaram que eram 5 128 503 homens e 5 311 098 mulheres. Se tratando de distribuição dos paranaenses entre campo e cidade, ficou constatado que mais de 85% da população era urbana, correspondendo a cerca de 8 906 442 habitantes.

Em 2015 novos dados apresentados pelo IBGE revelam que de lá para cá, a população paranaense cresceu 6,9%, alcançando 11,2 milhões de habitantes. Foi um crescimento abaixo da média brasileira, que foi de 7,1%, e passou de 190,7 milhões em 2010, para 204,4 milhões de habitantes no mesmo período. Os novos dados também revelam que a densidade demográfica do Paraná é de 56hab/km², superior a média brasileira que é de aproximadamente 23hab/km².

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), afirma que o Paraná está em um processo de consolidação demográfica, tendo em vista que, o fluxo migratório no estado não é mais intenso como no passado, e as taxas de natalidade continuam caindo, o que leva a um crescimento populacional médio de 0,8% ao ano. A tendência é que dentro de alguns anos o crescimento entre em estagnação e, depois entre 2030 e 2040, comece uma redução do número de habitantes.

O Ipardes confirmou também a tendência do gradual envelhecimento da população. A expectativa de vida atual do paranaense é de aproximadamente 76,5 anos e, deve chegar a 80 anos em 2030. A população idosa atualmente corresponde a 7,9%, e deverá corresponder a quase 14% em uma década.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA POPULAÇÃO E DA URBANIZAÇÃO PARANAENSE

Em 1872, quando o Paraná ainda possuía uma economia centrada no extrativismo vegetal e no cultivo da erva mate, o estado era um dos três menos populosos da federação, com 126.722 habitantes, o que representava apenas 1,28% do total da população brasileira. No entanto, a chegada de grandes levas de imigrantes europeus, causaram um grande aumento da população, bem como, na quantidade de municípios, que saltou de 16 em 1872 para 399, atualmente.

No final do século XIX, a população majoritariamente se concentrava no litoral. Somente a partir de 1900 que a cidade de Curitiba começou a ter uma maior representação na população total paranaense, com aproximadamente 50 mil pessoas, 15% do total. Porcentagem que pouco se alterou até o último censo em 2010 (16,7%), considerando apenas Curitiba.

No interior apenas na década de 1920 que algumas cidades começaram a despontar em números populacionais, caso de Guarapuava com 42 mil habitantes e Tibagi com 36 mil habitantes. Enquanto Curitiba possuía uma população de 79 mil habitantes.

O fenômeno demográfico começou a ficar intenso a partir da década de 1940, quando a população de Curitiba praticamente dobra, alcançando 141 mil habitantes. Época que Londrina surge como a segunda maior concentração populacional do Paraná, com 75 mil habitantes, era o período áureo do café na região Norte. Dessa forma, se observa o início de uma melhor distribuição da população pelo território estadual.

O grande aumento populacional foi decorrente das migrações e das altas taxas de natalidade da época, que causaram uma explosão demográfica entre as décadas de 1940 e 1970, proporcionando um salto na população estadual de 2.106.425 habitantes para 4.277.763 habitantes. Entre 1950 e 1960, o incremento populacional médio foi ainda mais impressionante, chegando a 7,34% ao ano. Mantendo as regiões de Curitiba e Norte como as mais populosas.

A explosão urbana foi outro fenômeno ocorrido a partir de 1950, ano em que apenas quatro municípios tinham taxas de urbanização superior a 50%: Curitiba e Ponta Grossa (80%) – Porto Amazonas (75%) e Paranaguá (66%). Já, entre 1970 e 1980, o número de municípios predominantemente urbanos saltou para noventa e seis. Ademais, foi no final da década de 1970 que o Paraná passou a ser um estado com a maior parte de sua população habitando as cidades (60%).

Com relação ao número de municípios, a Região Norte foi a que proporcionou o maior salto registrado na criação de novos municípios no Paraná, que possuía até a década de 1960, 49 municípios e passou a ter 288, no final dos anos de 1970. Sendo que mais de 70% deles surgiu com desmembramentos da região Norte, principalmente aos arredores de Londrina e Maringá.

Atualmente o Paraná conta com 399 municípios, e uma taxa de urbanização que já chega a 86%. Apenas uma cidade apresenta população superior a um milhão de habitantes – Curitiba, e somente quatro cidades apresentam população superior a 300.000 habitantes: Londrina – Maringá – Ponta Grossa – Cascavel. Entretanto, mais de ¾ das cidades paranaenses (312) não atingem sequer 20.000 habitantes, e 203 ficam abaixo de 10.000 habitantes, demonstrando que as maiores cidades são as que concentram a maioria dos habitantes do estado.

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DemograDemografiafia

ParanaenParanaensese

Outro fato de grande relevância que se nota, é que as cidades menores vêm cada vez mais perdendo habitantes para estas cidades de maior porte, principalmente os mais jovens que buscam novas oportunidades de estudos e trabalho.

Municípios mais populosos do Paraná -2015

Como vimos, a cidade mais populosa do Paraná continua sendo Curitiba, com mais de 1,8 milhão de moradores. A capital do estado registrou um crescimento populacional de 7%, comparando com o Censo de 2010 e segue no posto de 8.ª cidade mais populosa do Brasil. Já a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) que reúne 29 municípios, como um todo, é a nona mais populosa do país, com 3,5 milhões de pessoas. Dessa forma, a RMC é a maior concentração populacional do estado, com mais de 30% dos habitantes paranaenses.

Na outra ponta do ranking, as cinco cidades com menos habitantes ficam com a população abaixo de duas mil pessoas. A menor delas, Jardim Olinda, no noroeste, com apenas 1.424 habitantes. Ela é antecedida por Nova Aliança do Ivaí (1,5mil), Santa Inês (1.804), Miraselva (1.896),Esperança Nova (1.946).

DISTRIBUIÇÃO POPULACIONALOs maiores municípios do Paraná, estão de certa

forma, bem espalhados pelo território. No leste temos a Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde estão conurbados 29 municípios, contando com cerca de 3,5 milhões de habitantes. No norte, Londrina e Maringá polarizam outra região fortemente povoada, com mais de 550 mil e 400 mil habitantes, respectivamente. No oeste o município de Cascavel com mais de 300 mil habitantes, Foz do Iguaçu com mais de 250 mil e Toledo com aproximadamente 120 mil habitantes, criam outra zona fortemente povoada. E, por fim, na região centro-leste do Paraná temos as cidades de Guarapuava com cerca de 170 mil habitantes e Ponta Grossa, com aproximadamente 340 mil pessoas.

Os maiores vazios demográficos são vistos em algumas áreas da região central, sul e Vale do Ribeira.

IDHO Indíce de Desenvolvimento Humano (IDH) é o

parâmetro da ONU para avaliar o nível de desenvolvimento humano de determinada região ou país. Ele varia de zero a um, quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de um, melhor. O índice considera indicadores de longevidade (saúde), renda e educação.

O Paraná possui duas entre as 50 cidades com o melhor (IDHM) do país, Curitiba (0,823) e Maringá (0.808), ambas consideradas com IDHM muito alto. As cidades ocupam a décima e a vigésima terceira colocação, respectivamente. A cidade de São Caetano do Sul em São Paulo, com IDHM 0,862 possui a melhor qualidade de vida do país, segundo os parâmetros avaliados. Já o Paraná como um todo, possuí o sexto melhor IDH do país, contudo, o menor da Região Sul.

OS 10 ESTADOS BRASILEIROS COM MELHORES IDH

 

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AS 20 CIDADES CAMPEÃS NO RANKING DE IDHM DO PARANÁ

Composição Étnica ParanaenseEtnia Porcentagem

Brancos 77,24%

Negros 2,84%

Pardos 18,25%

Amarelos 0,92%

Indígenas 0,33%Apesar de termos uma população miscigenada

entre brancos, negros e indígenas, a grande predominância da população estadual são de brancos.

Os colonizadores espanhóis foram os primeiros a iniciar o povoamento no território paranaense, embora os portugueses e seus descendentes sejam a maioria da população do Estado. Existe também uma grande e diversificada população de descendentes de imigrantes italianos, alemães, poloneses, ucranianos,  japoneses, árabes, holandeses, coreanos, chineses, russos e muitos outros.

Espanhóis: vieram principalmente durante o Brasil Colônia, especialmente no curto período em que Portugal pertenceu à Espanha. Contudo, se concentraram especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro. No estado do Paraná, se agruparam na região de Curitiba e de Jacarezinho. Já os descendentes de espanhóis, vindos da Argentina e do Paraguai são encontrados na fronteira com o Paraguai e a Argentina, na região de Foz do Iguaçu. Eles desenvolveram atividades comerciais, artesanais e relacionadas à indústria moveleira.

Italianos: começaram a chegar em maior número ao Brasil a partir de 1875, especialmente em São Paulo, onde se dedicam à cultura cafeeira e atividades industriais. São também numerosos no Rio Grande do Sul, onde se dedicaram ao cultivo e à fabricação do vinho. No Paraná, os imigrantes italianos se estabeleceram a princípio no litoral (Alexandra e Morretes), porém, por causa das condições adversas do lugar, não progrediram, vindo a maior parte a migrar para Curitiba, na região de  Santa Felicidade e Colombo, onde com a cultura da uva se dedicaram a fabricação de vinho. Na cidade de Palmeira fundaram a colônia anarquista de Santa Cecília.

Alemães: formam um dos mais importantes grupos da imigração brasileira, especialmente a partir de 1824,

quando começaram a se estabelecer na Região Sul. No Paraná, os primeiros imigrantes chegaram em 1829, estabelecendo-se em Rio Negro. A partir de 1878, os alemães se estabeleceram nos Campos Gerais, próximos à Ponta Grossa e Lapa. Em 1951, alemães vindos de Santa Catarina fundam a colônia Witmarsum, no município de Palmeira. Esse povo trouxe ao Paraná atividades como a olaria, agricultura, marcenaria, carpintaria, etc. E, à medida que as cidades prosperavam, os imigrantes passaram a exercer também atividades comerciais e industriais. Hoje, a maior colônia de alemães está no município de Marechal Cândido Rondon, que guarda na fachada das casas, na culinária e no rosto de seus habitantes a marca da colonização.Os alemães estão concentrados também em Rolândia, Cambé, Guarapuava e Rio Negro, além de Curitiba, onde também são numerosos.

Holandeses: chegaram a partir de 1911 nos Campos de Castro, Carambeí e Arapoti, introduzindo com êxito a pecuária leiteira e a agroindústria, dando origem à Cooperativa Agropecuária Batavo.

Eslavos: são povos vindos da parte centro-oriental da Europa, e se estabeleceram principalmente no Paraná no setor agrícola. São destaques os poloneses e os ucranianos.

Os poloneses formam o grupo mais numeroso, chegaram a partir de 1871, distribuindo-se pelos arredores de Curitiba (Pilarzinho, Abranches, Santa Cândida), Araucária, São José dos Pinhais, Contenda e Campo Largo. Além de áreas do Centro-Sul, como Castro, Mallet, Cruz Machado, São Mateus do Sul, Irati, Palmeira, União da Vitória, Prudentópolis e outros. Esse povo ajudou a difundir o uso do arado e da carroça de cabeçalho móvel, puxado a cavalo. Dedicados à agricultura, ajudaram a aumentar a produção do Estado.

Os ucranianos trouxeram com sua vinda a partir de 1891, o estilo bizantino de suas igrejas, seus trajes bordados e suas danças típicas.  Atualmente formam núcleos importantes em Mallet, Prudentópolis, Ponta Grossa, União da Vitória, Cruz Machado, Rio Azul, Ivaí, Apucarana, Campo Mourão e Curitiba. Hoje o Paraná abriga a grande maioria de ucranianos que vivem no Brasil: 350 mil dos 400 mil imigrantes e descendentes.Árabes: o primeiro lugar onde os árabes se instalaram no Paraná foi Paranaguá. Mais tarde eles foram para Curitiba, Araucária, Lapa, Ponta Grossa, Guarapuava, Cerro Azul, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu, que hoje tem a maior colônia árabe do Estado. Em Curitiba apareceram em maior número após a 2° Guerra Mundial, quando chegaram a constituir 10% da população.

Uma das maiores influências dos árabes no Estado está na gastronomia, onde os temperos e condimentos passaram a ser incorporados a culinária de modo geral, além dos kibes e esfihas que até hoje estão presente na mesa dos paranaenses. Os imigrantes árabes se dedicaram principalmente à produção literária, arquitetura, música e dança.

Japoneses: entraram no País a partir de  1908, acentuando-se a partir de 1920, e depois da Segunda Guerra Mundial. Dirigiram-se em sua maioria para São Paulo, Amazônia e norte do Paraná, principalmente nas

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cidades de  Londrina, Assaí, Maringá e Cambará, onde se dedicaram as atividades agrícolas.

Os coreanos chegaram a partir de 1967 e foram instalados na região dos Campos Gerais.

A migração de chineses ocorreu mais recentemente e foi em menor número, concentrando-se em Curitiba.

IndígenasNo Paraná, os habitantes primitivos limitavam-se

aos do grupo tupi-guarani no litoral, no oeste e noroeste; aos Jê (botocudo e caingangue) nos campos de Guarapuava e no segundo planalto.

Em 1953, foram descobertos os Xetá, que haviam se isolado na Serra dos Dourados (noroeste do estado) vivendo no mais puro estado primitivo, dos quais nada mais resta na região. Aos indígenas, o paranaense deve o nome de seu estado e de muitas de suas cidades, o hábito de tomar chimarrão, a culinária, entre outros costumes.

NegrosO negro, que constituiu a maior parte da mão de

obra do Brasil colonial, aparece em pequena porcentagem no Paraná. O grupo que foi trazido para o estado foi o Banto, concentraram-se inicialmente em Lapa, Ponta Grossa, Antonina, Paranaguá e Curitiba.

RELIGIÃOAssim como é a variedade cultural verificável no

Paraná, também são diversas as manifestações religiosas presentes no estado. Embora, tenha se desenvolvido sobre uma matriz social, eminentemente católica, devido à colonização e à imigração. Ainda hoje, a maioria dos paranaenses declara-se católica. Todavia, é possível encontrar atualmente nas cidades dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do budismo, do islamismo, do espiritismo, entre outras.

1- (UFPR) Ao se lançar um olhar geográfico sobre o estado do Paraná, verifica-se que estão contidos em seu território espaços diferenciados que fazem ver que existem diversos “Paranás”. São espaços que se interconectam, que se completam ou que se opõem.(FONTE: Modificado de Revista Paranaense de Desenvolvimento. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. n. 82, 1994. Curitiba: IPARDES, 31–66.)

Sobre esse tema, é correto afirmar:a) Os municípios da mesorregião sudoeste são os mais urbanizados do estado do Paraná, tendo em vista o êxodo de sua população rural para outros estados, como Rondônia, nesta última década.

b) Os municípios da região litorânea são considerados desenvolvidos, com IDH elevado, porque estão na área de influência do porto de Paranaguá.c) Alguns espaços do Paraná, tal como o corredor da moda, que compreende os municípios de Cianorte, Maringá, Apucarana e Londrina, são hoje polos industriais em franca ascensão, ocupando a mão de obra ociosa resultante das mudanças na agricultura paranaense.d) Os municípios de maior renda per capita do estado do Paraná concentram-se na mesorregião sudeste, devido aos condicionantes físicos, como solo e clima.e) Imigrantes oriundos de regiões muito pobres da Europa se instalaram em terras da porção nordeste do estado do Paraná e reproduziram a miséria de seus países de origem, determinando o atraso e impedindo o progresso dessa área.

2-(PC/PR) O êxodo rural, no Paraná, é um fenômeno que se intensificou a partir da década de 70 do século XX. Sobre as suas causas e consequências, é correto afirmar:

a) Uma das consequências da vinda do grande contingente populacional do meio rural para Curitiba e Região Metropolitana foi à melhoria significativa do padrão de vida da cidade-polo.b) O êxodo rural foi um dos propulsores da industrialização da Região Metropolitana de Curitiba, que se constitui hoje em uma megalópole.c) Uma das causas do êxodo rural foi o programa de governo de financiamento da casa própria, tendo em vista que, no campo, os pequenos agricultores eram agregados.d) Os trabalhadores do campo, agregados ou boias-frias, à medida que envelhecem, migram para Curitiba, influenciando nos índices de envelhecimento da população urbana.e) Dentre as causas do êxodo rural no Paraná, destaca-se a mecanização da agricultura, liberando mão de obra sem especialização para os centros urbanos.

3- (TCE/PR) Curitiba apresenta a maior concentração populacional do estado do Paraná com mais de 1.800.000 habitantes segundo dados do IBGE. Além da capital paranaense apenas quatro outros municípios concentram população acima de 300 mil habitantes, são eles:a) Apucarana, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu. b) Apucarana, Londrina, Paranaguá, Foz do Iguaçuc) Londrina, Paranapoema, Maringá, Foz do Iguaçud) Pinhas, Guaratuba, Maringá, Foz do Iguaçu.e) Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel.

4- (UEPG) A respeito da dinâmica populacional e da urbanização no estado do Paraná, assinale o que for correto.

01) No estado do Paraná os principais fluxos migratórios internos têm como destinos a Região Metropolitana de Curitiba, a região Norte Central do estado, com destaques para Londrina e Maringá, além da região Oeste do estado, onde se situam Cascavel e Foz do Iguaçu.02) A população urbana paranaense cresceu em virtude da oferta abundante de emprego e facilidade de moradia nas cidades, atraindo o homem do campo, sem que qualquer fator ocorrido na área rural tivesse contribuído para isso.04) A inversão dos índices entre população rural e urbana no estado ocorreu entre as décadas de 1970 e 1980 quando um intenso movimento migratório ocorreu do campo em direção às cidades.08) A criação da Cidade Industrial de Curitiba e do Centro Industrial de Araucária ajudaram no processo de aceleração da urbanização na atual Região Metropolitana de Curitiba.16) A fragmentação municipal do estado, atualmente com trezentos e noventa e nove municípios, fez com que a criação de novos municípios não fosse acompanhada da criação de condições para o desenvolvimento local, gerando o esvaziamento populacional de muitas dessas novas unidades administrativas.

5- (UNICENTRO) Assinale a alternativa correta a respeito da ocupação do oeste e do sudoeste do Paraná.

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Testes

a) A ocupação no século XIX se fez a partir da expansão espanhola, que vinha do litoral paranaense.b) Gaúchos e catarinenses migraram para o oeste e o sudoeste do Paraná no século XX, à procura de terras para o desenvolvimento de atividades agropecuárias. c) Cascavel, Pato Branco e Francisco Beltrão são cidades que guardam muitos costumes e heranças dos paulistas e mineiros que migraram para essas terras. d) O rio Iguaçu foi, durante muitos séculos, a única via de comunicação do oeste paranaense com a capital, Curitiba.e) Os chamados “sulistas”, principalmente os eslavos, ocuparam as terras do oeste e do sudoeste paranaense como posseiros, formando pequenos roçados dentro da mata.

6- (UNICENTRO) Assinale a alternativa INCORRETA a respeito da cidade de Curitiba e sua região metropolitana.

a) De todas as correntes imigratórias que se dirigiram a Curitiba, apenas os eslavos não estiveram presentes. Os alemães, os italianos e os nórdicos deixaram sua marca na capital paranaense.b) Curitiba é referência internacional em função do planejamento urbano da cidade. Esta, porém, apresenta também muitos problemas urbanos comuns às demais metrópoles brasileiras. c) O lançamento de esgotos domésticos e as atividades industriais comprometem a qualidade das águas de boa parte da hidrografia que drena a região metropolitana de Curitiba, como é o caso do Alto Rio Iguaçu. d) O município de Curitiba possui muitas áreas verdes, sendo exemplos o Parque Barigui e o parque conhecido por “Passeio Público”, no centro da cidade. e) Almirante Tamandaré, Colombo e Araucária são municípios que pertencem à Região Metropolitana de Curitiba.

07- (UEPG) A respeito da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), sua composição e características, assinale o que for correto.

01) É uma região de grande atrativo populacional no Paraná devido ao alto índice de industrialização, com destaques para a indústria automotiva. Ali estão cidades como Curitiba, Colombo, São José dos Pinhais, Campo Largo, Araucária, Almirante Tamandaré, Piraquara, Pinhais e outras. 02) A RMC tem posição de relevância no contexto estadual e nacional pela proximidade com os principais mercados produtores e consumidores do Brasil e dos países do MERCOSUL, o que faz dela uma atração para novas indústrias. 04) A cidade de Araucária, componente da RMC, abriga a Refinaria Presidente Getúlio Vargas e o Centro Industrial de Araucária, que provocaram um crescimento bastante acentuado nesse município da região.08) Campo Largo, componente da RMC e conhecida como "Capital da Louça", é um grande produtor e exportador desse produto devido à existência de reservas de caulim na região, utilizado na fabricação da chamada cerâmica branca. 16) Ponta Grossa, componente da RMC, é um dos municípios mais industrializados do Paraná e um grande produtor de caulim, utilizado na fabricação de louças, azulejos e pisos.

GABARITO1-C 2-E 3-E 4- 29 5-B 6-A 7- 15

O Paraná se torna cada vez mais importante no cenário econômico nacional, tendo recentemente ultrapassado o Rio Grande do Sul, tornando-se a quarta maior economia do País, de acordo com dados do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social). 

A economia paranaense respondeu por 6,3% de todas as riquezas geradas no País em 2013, atrás apenas de São Paulo (32,1%), Rio de Janeiro (11,8%), Minas Gerais (9,2%). O Rio Grande do Sul ficou com 6,2%.

Em 2013, o PIB paranaense somou R$ 332,8 bilhões, crescimento 5,6%. Desempenho resultante da agropecuária, da indústria de transformação e do setor de serviços. No mesmo ano, o Brasil cresceu apenas 3%.

Segundo o IBGE o crescimento econômico do Paraná se deve a expansão do agronegócio e da indústria, que teve como motor a produção de veículos automotores, máquinas e equipamentos, alimentos e produtos madeireiros.

RENDA PER CAPITA O Paraná também subiu uma posição no ranking

de PIB per capita, passando a ocupar a 6° colocação.

ESTADO RENDA PERCAPITA1°Distrito Federal R$ 62.8592°São Paulo R$ 39.1223°Rio de Janeiro R$ 38.2624°Santa Catarina R$ 32.2905°Espírito Santo R$ 30.4856°Paraná R$ 30.2657°Rio Grande do Sul R$ 29.657Brasil R$ 26.444

De acordo com o Ipardes, o crescimento do PIB foi acompanhado também de redução da desigualdade social. O Paraná tem sido um dos Estados com maior sucesso no combate à pobreza. O Paraná é hoje o Estado com a segunda menor desigualdade social do País, perdendo somente para Santa Catarina. Assim os ganhos na geração de riqueza, ao se tornar a quarta maior economia, tiveram também impactos sociais positivos.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO PARANÁ

Os ciclos econômicos do ouro, do tropeirismo, da erva-mate, da madeira e do café, foram elementos de grande importância para o desenvolvimento e a ocupação do Paraná. Por meio destes, as regiões pouco habitadas foram sendo povoadas, sobretudo, por imigrantes europeus, que para cá vieram em busca de prosperidade,

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EconomiaEconomia ParanaensParanaens

ee

já que nesse período a Europa passava por um momento de guerras e de crise em sua economia.

*O CICLO DO OURO: teve início em Paranaguá no século XVII. A atividade aurífera ocasionou o povoamento do litoral, a fundação de Paranaguá em 1648, e de outras cidades do litoral como Morretes, Antonina e Guaratuba. Contribuiu ainda com a colonização do Primeiro Planalto, a fundação de Curitiba em 1693 e a abertura de novos caminhos como o da Graciosa, do Itupava e do Arraial.

O período aurífero logo foi desaparecendo, principalmente com a descoberta do ouro em Minas Gerais, que levou ao êxodo destes mineradores.

*O TROPEIRISMO: foi à atividade econômica responsável pela colonização do Segundo Planalto, região dos Campos Gerais, área favorável à criação do gado. Os tropeiros traziam gado do Rio Grande do Sul para serem vendidos nas feiras de Sorocaba-SP, através do Caminho das Tropas ou Caminho do Viamão. Em muitos lugares que paravam, os tropeiros deram origem a alguns povoados e vilas que, posteriormente, se transformaram nas cidades de Lapa, Palmeira, Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul, Jaguariaíva, Guarapuava e Palmas.

O tropeiro foi o personagem típico da sociedade paranaense no passado, realizando inclusive, por vontade própria, o trabalho do correio, pois tal serviço era praticamente inexistente. Assim era ele que trazia as notícias dos últimos acontecimentos, bem como, entregava bilhetes e recados pelas vilas onde passava. O tropeirismo teve sua decadência com o desenvolvimento das ferrovias que aceleraram o transporte.

*ERVA-MATE: foi o destaque econômico durante o século XIX. Conhecido antigamente por congonha, a erva-mate é extraída de uma planta nativa encontrada nas matas da região e utilizada como bebida pelos índios paranaenses. Como atividade econômica, seu consumo e popularização ocorreram com o chimarrão, só mais tarde é que o chá-mate também assumiu importância comercial. Com o aumento das exportações da erva para os países platinos e para o Chile, surge à primeira atividade urbana e a primeira atividade industrial do Paraná, contribuindo para a ascensão de uma classe média formada por produtores no primeiro planalto.

A exploração do mate fez surgir no Paraná um certo bem-estar e confiança no futuro, contribuindo de forma decisiva para a emancipação política da Província do Paraná em 1853.

Ademais, a produção da erva-mate contribuiu para o desenvolvimento dos meios de transporte, tendo em vista que este produto era conduzido para o litoral através de tropas de mulas. E, em 1873, com a construção da Estrada da Graciosa, que também passou transportar o produto. Ainda, devido à necessidade de sua exportação, foi construída, entre 1880 e 1885, a Ferrovia Curitiba-Paranaguá.

No início do século XX, a exportação da erva-mate decaiu devido ao forte desenvolvimento da produção na Argentina, principal comprador da época, resultando na diminuição de sua produção.

*MADEIRA: sua exploração se tornou mais intensa nos séculos XIX e XX, principalmente com o processo de urbanização, fabricação de móveis e para a indústria do papel. A construção da estrada da Graciosa e da Ferrovia Curitiba-Paranaguá intensificou ainda sua exploração, na medida em que o transporte foi facilitado. Nesse cenário, foram criadas várias serrarias que comercializavam a madeira de pinho com o Rio de Janeiro e São Paulo, e, exportavam o produto para Montevidéu e Buenos Aires. Empresas estrangeiras também foram atraídas pela atividade econômica, as quais investiam na construção de ferrovias, recebendo em troca do governo, terras para explorar a madeira.

Nesse contexto, a Primeira Guerra Mundial contribuiu para alargar a exportação da madeira de pinho, multiplicaram-se as serrarias, concentrando-se no centro-sul e deslocando-se para o oeste e sudoeste do Estado, na medida em que se esgotavam as reservas de pinheiros, mais próximos das ferrovias, transformando-se assim, a exportação de pinho, na atividade econômica paranaense mais importante.

O desenvolvimento do transporte rodoviário feito por caminhão após a década de 30 libertou a indústria madeireira da dependência exclusiva da estrada de ferro, penetrando desta forma, cada vez mais para o interior. No entanto, a exploração desordenada dessa madeira teve como consequência a quase total extinção dos pinheirais. Entretanto, os ciclos da madeira e da erva-mate propiciaram o crescimento populacional com a entrada de imigrantes que foram preenchendo os vazios demográficos nas regiões sul, sudoeste e oeste do estado.

*CAFÉ: intensamente explorado a partir do final do século XIX, o café propiciou a ocupação do Norte do Paraná, por meio da expansão da cafeicultura paulista que se beneficiou da fertilidade da terra roxa da região.

Inicialmente vieram cafeeiros paulistas e mineiros que viam nas terras paranaenses a possibilidade de ampliar suas lavouras. Os fazendeiros iniciaram sua penetração pelo curso do rio Itararé, onde surgiram às cidades de Tomazina, Santo Antônio da Platina, Wenceslau Braz e São José da Boa Vista, região denominada de Norte Pioneiro ou Norte Velho.

Merece destaque no processo de colonização do Norte o empreendimento realizado pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, responsável pelo loteamento de terras, que posteriormente deu origem a cidades como Londrina, Apucarana, Mandaguari e Maringá, região denominada Norte Novo. O loteamento estabelecido em regime de pequenas propriedades umas próximas as outras, propiciou uma vida regional intensa, favorecendo de um lado a existência de uma população rural bastante numerosa; de outro, as atividades de beneficiamento dos produtos agrícolas, como também as complementares ligadas ao comércio e à prestação de serviços, que se concentraram nas cidades, estabelecidas ao longo da estrada de ferro e da rodovia construída para escoar o café, a BR 376 – Rodovia do Café.

No auge do ciclo, entre as décadas de 1950 e 1960, a produção do café ultrapassou as regiões Rio Ivaí ao Piquirí, no chamado Norte Novíssimo, e chegava até mesmo regiões no Extremo Oeste Paranaense, quando então a cafeicultura entrou em decadência motivada pelas geadas das décadas de 1960 e 1970, pela diminuição das exportações e introdução da cultura da soja.

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A MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLAA partir da década de 1970, o Paraná assim como

outros estados procuraram um novo modelo agrícola, voltado ao consumo de capital e na inserção de tecnologia no campo, através de novas técnicas, maquinários, insumos, sementes, adubos, agrotóxicos e fertilizantes, é o processo de modernização agrícola, que gerou o AGRONEGÓCIO, e com ele a interdependência entre campo e cidade, trazendo como benefícios o aumento da produtividade e uma maior diversificação de produtos. Por outro lado, causou a exclusão de muitos pequenos produtores rurais, o crescimento do número de latifúndios, além do êxodo rural.

Com a modernização do campo, o Paraná alcançou altos índices de produtividade, alcançando o patamar de "Celeiro Agrícola". Estando entre os fatores favoráveis para alcançar tal patamar, o solo fértil e a favorabilidade topográfica. Entre os produtos que se destacam estão:

*SOJA: principal produto do agronegócio brasileiro, logrando ao país o posto de segundo maior produtor mundial, superado apenas pelos Estados Unidos. Em 2010, o Brasil respondeu por 26,2% da produção mundial de soja. Entre os estados produtores, destaca-se o Paraná, que começou a cultivar a soja nos anos 1960 e até o final da década de 1990 foi o líder no país, tanto em área quanto em volume produzido, representando, em 2010, cerca de 20% da soja colhida no Brasil. Entretanto, em decorrência da expansão agrícola em direção ao cerrado, na década de 1980, o Paraná acabou perdendo o posto para o Mato Grosso, que representa 27% da produção brasileira.

Dentre os fatores explicativos do destaque do Paraná na produção da oleaginosa é a eficiente rede de pesquisa, envolvendo os poderes públicos (federal e estadual) com apoio financeiro da iniciativa privada. A parceria do Ministério da Agricultura, do IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná e da Embrapa, que juntos possibilitaram o aumento da produtividade através do melhoramento genético, contribuindo decisivamente para a rápida expansão da produção e para tornar a oleaginosa de fundamental importância para a agroindústria de farelos e óleos vegetais.  As cidades de Toledo, Campo Mourão, Cascavel, Goioerê, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Londrina se destacam estadualmente na produção de soja.

*MILHO: o Brasil é o terceiro maior exportador mundial do cereal, respondendo por cerca de 8,5% das exportações mundiais de milho. O Paraná é o líder na produção brasileira desse cereal, com 23% da produção total, seguido pelo Mato Grosso, segundo maior produtor nacional. A maior parte da produção é consumida no próprio estado, principalmente pelas atividades pecuárias, da avicultura e suinocultura. Essas atividades, em conjunto, absorvem 65% da produção.  

As principais regiões produtoras do estado são: Toledo, Francisco Beltrão, Cascavel, Guarapuava, Pato Branco, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Capanema.

*TRIGO: a cultura do trigo, no Brasil, vem se destacando frente aos países produtores, alicerçada nos ganhos de produtividade, na rentabilidade e na melhoria de sua qualidade industrial. Nesse contexto, o Paraná tendo o

clima subtropical e terras férteis, tornam o estado o maior produtor de trigo do país, correspondendo por 60% da produção nacional.

As principais regiões produtoras são: Toledo, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Goioerê, Cascavel, Ponta Grossa, Londrina e Porecatu.*FEIJÃO: alimento tradicional dos brasileiros, o feijão é plantado em praticamente todas as regiões do país, sendo o Paraná um grande produtor nacional. É considerada uma cultura de subsistência de pequenas propriedades, mas também é adotada em sistemas de produção que requerem o uso de tecnologias intensivas.

No Paraná o feijão é a quarta cultura em área plantada, sendo cultivada principalmente em pequenos e médios estabelecimentos. Atualmente é uma das principais alternativas para o pequeno produtor, demandando grande mão de obra, tanto familiar como contratada. A produção se destaca nos municípios: Prudentópolis, Reserva, Castro, Irati, Lapa, São Mateus do Sul, Ivaí e Tibagi.

São ainda destaques da agricultura paranaense: a mandioca, a batata, o algodão, a cana de açúcar, o fumo, o amendoim, o arroz e as frutas como a laranja, banana, maçã, pêssego e uva.

*PECUÁRIA: historicamente também é uma das principais atividades econômicas do Paraná. Veja a seguir os destaques da pecuária paranaense:

EXTRATIVISMO MINERALA indústria mineral paranaense é produtora de

minerais não-metálicos como: calcário, areia, brita, argila, caulim, talco, feldspato, fluorita, mármore e granito, empregados especialmente na fabricação de produtos para a construção civil - cimento, cal, tijolos, telhas, brita, concreto, artefatos de cimento e fibrocimento, azulejos, pisos, louças sanitárias - e para a agricultura em corretivo agrícola, fertilizantes e rações.

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O subsolo paranaense produz ainda recursos energéticos, como o "xisto" pirobetuminoso, explorados em São Mateus do Sul pela Petrobras, e carvão, utilizados pela indústria química e para geração de termoeletricidade, além de grandes volumes de água mineral.

INDÚSTRIASAté a década de 1930 as indústrias do Paraná

estavam baseadas no beneficiamento do mate e da madeira e se concentravam no denominado “Paraná tradicional”, área de ocupação pioneira que abrange o litoral, Curitiba e os Campos Gerais. Contudo, com a expansão das atividades cafeeiras no norte do estado, o setor industrial dessa região foi estimulado para o beneficiamento do café e de indústrias complementares. No entanto, o desenvolvimento industrial mais expressivo só veio a ocorrer a partir da década de 1970, quando o governo estadual também passou a incentivar a industrialização, com a instalação da infraestrutura necessária, dos incentivos fiscais e de financiamentos para atrair indústrias de produtos com maior valor agregado. Esta política de desenvolvimento acarretou nova concentração industrial na Região Metropolitana de Curitiba que se beneficiou da nova realidade do Paraná, principalmente com a criação da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) em 1973. Para se ter uma ideia na década de 1970, cerca de 28% da produção industrial estava concentrada em Curitiba, e 24% na região de Londrina e Maringá. A partir da criação da CIC, a produção industrial de Curitiba passou para mais de 60% e a região de Londrina e Maringá declinou para cerca de 11%, assim como a região de Ponta Grossa, que também atinge a média de 11% da produção industrial do Paraná.

Na atualidade a concentração industrial paranaense continua, entretanto, além das indústrias tradicionais voltadas a agropecuária, ao extrativismo vegetal e mineral, vêm ocorrendo uma expansão das atividades industriais para os bens de consumo, eletrônicos, automobilísticos, metalúrgicas, mecânicas, de adubos, além das empresas que fabricam cimento, cerâmica, fios sintéticos e papel.

A Região Metropolitana de Curitiba e Ponta Grossa se caracterizam pela produção de tecidos, produtos químicos, metalúrgicos, alimentícios,móveis, papel e indústria gráfica.

O Norte do Paraná se especializou nas agroindústrias de beneficiamento de café, algodão, hortelã, cana-de-açúcar, além de amendoim e girassol, que se utilizam no trabalho de fabricar óleos vegetais.

Nas regiões oeste, noroeste e sudoeste estão presentes agroindústrias de cereais e frigoríficos. Por fim, são encontradas por quase todo território estadual as indústrias de transformação da madeira.

ENERGIAO Paraná tem um grande

potencial hidrelétrico muito bem aproveitado, especialmente no rio Iguaçu, onde foram construídas várias hidrelétricas, entre elas as de foz do rio Areia, Salto Osório e Salto Santiago. Próximo a Curitiba está a Usina Hidrelétrica de Capivari Cachoeira, uma das primeiras construídas pela Copel, a companhia estadual de energia elétrica. Sem dúvida o grande destaque está localizado

entre o Brasil e o Paraguai, no rio Paraná, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo (depois da Hidrelétrica de Três Gargantas, na China), construída em conjunto com o país vizinho, e que fornece energia para vários estados brasileiros.

O Paraná também é rico em energia gerada pelas usinas de açúcar e álcool, que produzem eletricidade a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar.

PARTICIPAÇÃO DOS SETORES NA ECONOMIA PARANAENSE

*Turismo: O Paraná possuí um grande número de parques nacionais, destacando-se o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional do Superagui. Foz do Iguaçu com cerca de 250 quedas-d’águas e 75 metros de altura, é conhecida internacionalmente, principalmente a Garganta do Diabo é uma das atrações do maior conjunto de cataratas do mundo.

Outro ponto de interesse turístico é o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, onde as rochas esculpidas pelos ventos e pelas águas parecem ruínas de uma grande cidade. Ainda em Ponta Grossa pode-se visitar o Buraco do Padre, a Capela de Santa Bárbara (construída pelos Jesuítas) e a Cachoeira da Mariquinha. 

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Em Maringá existe a Catedral de Maringá (Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória), segundo monumento mais alto da América do Sul e décimo do mundo. Outro ponto de grande visitação é o Canyon Guartelá, (6° maior do mundo e o maior do Brasil) em Tibagi. 

No litoral, a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá e a Estrada da Graciosa estão entre os principais atrativos turísticos do estado. Assim como as praias de Caiobá, Matinhos, Guaratuba, Pontal do Paraná, a Praia de Leste e a Ilha do Mel, atraem muitos turistas nos verões.

Em Curitiba onde tem ocorrido aumento no "turismo de negócios", os principais pontos de visitação da cidade são seus parques, destacando-se o Jardim Botânico, o Parque Tanguá e a Ópera de Arame. Além do museu Oscar Niemeyer, com seu curioso anexo em forma de "olho", a Rua 24 Horas, a panorâmica Torre da Telepar, o calçadão e o bairro italiano de Santa Felicidade, entre outros.

MAIORES ECONOMIAS MUNICIPAISAs economias dos municípios da Região

Metropolitana de Curitiba estão entre as maiores do Estado. Em razão do dinamismo da indústria e dos serviços, Curitiba e  São José dos Pinhais são os municípios mais representativos no PIB do Paraná. No interior do Estado, Londrina,  Maringá e Ponta Grossa  têm forte presença da agroindústria e dos serviços e, em Foz do Iguaçu, sobressaem às atividades ligadas ao turismo e à produção de energia elétrica. Já no litoral, Paranaguá se destaca pelas atividades ligadas ao Porto.

MAIORES ECONOMIAS - PARANÁ

MUNICÍPIO PIB(R$ mil)

PARTICIPAÇÃO(%)

Curitiba 79.383.343 23,85

São José dos Pinhais 25.238.577 7,58

Londrina 15.930.758 4,79

Maringá 13.733.657 4,13

Ponta Grossa 10.280.846 3,09

Foz do Iguaçu 9.877.010 2,97

Cascavel 8.403.195 2,52

Araucária 7.360.425 2,21

Paranaguá 6.160.076 1,85

Pinhais 4.947.752 1,49

Outros municípios 151.521.528 45,52

PARANÁ 332.837.167 100,00FONTES: IBGE, IPARDES

1- (UEPG) Quanto às rochas e minerais encontrados no Paraná, áreas de ocorrência e utilização, assinale o que for correto.

01) Carvão mineral, utilizado como combustível e explorado na região de Curiúva, sendo o Paraná o terceiro produtor brasileiro depois de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.02) Folhelho piro-betuminoso (xisto), utilizado na produção de óleo, gás e enxofre e explorado pela Petrobrás na região de São Mateus do Sul. 04) Calcário, um mineral não metálico, comum no primeiro planalto paranaense e utilizado na fabricação de cimento, cal, corretivos para a acidez do solo, dentre outras finalidades. 08) Mármore, uma rocha metamórfica ornamental encontrada no noroeste paranaense, mas que não tem grande destaque na produção mineral do estado. 16) Talco e caulim, que são pouco explorados no estado devido à baixa qualidade, sendo o Paraná um importador desses minerais, principalmente do caulim, utilizado na produção de cerâmica branca em Campo Largo, a "Capital da Louça".

2- (UEM) Assinale a(s) alternativa(s)correta(s) sobre o processo de modernização da agricultura no Paraná.

01) O aumento da produção agrícola ocorreu a partir dos anos 1970, basicamente em função do aumento das áreas cultivadas e da expansão das áreas de colonização.02) A mecanização das atividades agrícolas, expressão material da modernização da agricultura, configurou a forte articulação entre a agricultura e a indústria.04) A atividade agrícola se subordina totalmente ao desempenho da natureza. Os ciclos naturais passaram a determinar o calendário dos ritmos de produção.08) Em função da modernização das atividades agrícolas, ocorreu intenso processo de esvaziamento do campo, o chamado êxodo rural.16) A modernização foi acompanhada pela concentração da estrutura fundiária e pela consequente anulação do modelo de colonização implantado pelas empresas loteadoras, particularmente na região Norte do Estado.

3- (UEM) Sobre a agricultura paranaense, assinale o que for correto.

01) O Norte do Paraná, ocupado entre o final do século XIX e o início do século XX com a chegada do café e a

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Testes

derrubada das matas tropicais, configurou-se inicialmente como espaço de expansão da agricultura paulista.02) Em todo o Estado, a pequena propriedade é inviável economicamente, tanto que, para a complementação da renda familiar, os pequenos proprietários se empregam como cortadores de cana nas usinas de açúcar e álcool.04) O uso intensivo de tecnologia agrícola se verifica nas grandes propriedades, mas podemos constatar que também existem pequenas propriedades familiares tecnificadas que conseguem garantir bons rendimentos na produção.08) O aumento da produção agrícola tem ocorrido na proporção direta do aumento da área cultivada, o que justifica o total desaparecimento das matas ciliares e de outras áreas de preservação no Estado, transformadas em áreas de cultivo.16) A agricultura paranaense atualmente depende menos da natureza do que dependia no passado, porém passou a depender cada vez mais da técnica, da indústria de transformação e de empresas ligadas ao comércio internacional.

4- (UEPG) A respeito da dinâmica populacional e da urbanização no estado do Paraná, assinale o que for correto.

01) No estado do Paraná os principais fluxos migratórios internos têm como destinos a Região Metropolitana de Curitiba, a região Norte Central do estado, com destaques para Londrina e Maringá, além da região Oeste do estado, onde se situam Cascavel e Foz do Iguaçu.02) A população urbana paranaense cresceu em virtude da oferta abundante de emprego e facilidade de moradia nas cidades, atraindo o homem do campo, sem que qualquer fator ocorrido na área rural tivesse contribuído para isso.04) A inversão dos índices entre população rural e urbana no estado ocorreu entre as décadas de 1970 e 1980 quando um intenso movimento migratório ocorreu do campo em direção às cidades.08) A criação da Cidade Industrial de Curitiba e do Centro Industrial de Araucária ajudaram no processo de aceleração da urbanização na atual Região Metropolitana de Curitiba.16) A fragmentação municipal do estado, atualmente com trezentos e noventa e nove municípios, fez com que a criação de novos municípios não fosse acompanhada da criação de condições para o desenvolvimento local, gerando o esvaziamento populacional de muitas dessas novas unidades administrativas.

5-(UEPG) A respeito da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), sua composição e características, assinale o que for correto.

01) É uma região de grande atrativo populacional no Paraná devido ao alto índice de industrialização, com destaques para a indústria automotiva. Ali estão cidades como Curitiba, Colombo, São José dos Pinhais, Campo Largo, Araucária, Almirante Tamandaré, Piraquara, Pinhais e outras. 02) A RMC tem posição de relevância no contexto estadual e nacional pela proximidade com os principais

mercados produtores e consumidores do Brasil e dos países do MERCOSUL, o que faz dela uma atração para novas indústrias. 04) A cidade de Araucária, componente da RMC, abriga a Refinaria Presidente Getúlio Vargas e o Centro Industrial de Araucária, que provocaram um crescimento bastante acentuado nesse município da região.08) Campo Largo, componente da RMC e conhecida como "Capital da Louça", é um grande produtor e exportador desse produto devido à existência de reservas de caulim na região, utilizado na fabricação da chamada cerâmica branca. 16) Ponta Grossa, componente da RMC, é um dos municípios mais industrializados do Paraná e um grande produtor de caulim, utilizado na fabricação de louças, azulejos e pisos.

Professor Eleandro Página 13