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http://infobservatorio.incubadora.fapesp.br/portal/LDII/ exercicios-alunos-do-noturno/grupo-1/exercicio-6-traducao Tradução livre para uso didático elaborada por Jéssica Câmara, Montserrat Moreno, Sílvia Letícia Scramim (2008) IYER, H. Cognition and categories. In;___ . Classificatory structures: concepts, relations and representation. Frankfurt/Main: Indeks Verlag, 1995. p.40-59. Estruturas Classificatórias Conceitos, Relações e Representação 3. Cognição e Categorias 3.1. Introdução Conceitos e categorias formam o bloco de construção básico da organização e representação do conhecimento e são os mais importantes para o campo da ciência da informação. 3.2. Triângulo semiótico Dahlberg, (Dahlberg, 1989, p.14) introduziu conceitos como unidades do conhecimento e representou-os formalmente como triângulos. Conceitos têm não só um referente como também um termo ou expressão para denotá- los. Por exemplo, o conceito de “gato” pode ser representado por um triângulo em que os três componentes são os atributos que caracterizam o conceito (B), um referente (A) e uma expressão verbal (C), designando o conceito. t B 1

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http://infobservatorio.incubadora.fapesp.br/portal/LDII/exercicios-alunos-do-noturno/grupo-1/exercicio-6-traducao

Tradução livre para uso didático elaborada por Jéssica Câmara, Montserrat Moreno, Sílvia Letícia Scramim (2008)

IYER, H. Cognition and categories. In;___ . Classificatory structures: concepts, relations and representation. Frankfurt/Main: Indeks Verlag, 1995. p.40-59. 

Estruturas Classificatórias

Conceitos, Relações e Representação

3. Cognição e Categorias

3.1. Introdução

Conceitos e categorias formam o bloco de construção básico da organização e representação do conhecimento e são os mais importantes para o campo da ciência da informação.

3.2. Triângulo semiótico

Dahlberg, (Dahlberg, 1989, p.14) introduziu conceitos como unidades do conhecimento e representou-os formalmente como triângulos. Conceitos têm não só um referente como também um termo ou expressão para denotá-los. Por exemplo, o conceito de “gato” pode ser representado por um triângulo em que os três componentes são os atributos que caracterizam o conceito (B), um referente (A) e uma expressão verbal (C), designando o conceito.

 

t

B

      Características

C

Expressão

1

Verbal

A  Referente

                Fig. 3.1: Triângulo semiótico

 

Um conceito pode ser definido como “uma unidade do conhecimento formado por afirmações necessárias e verificáveis sobre o referente, sendo representado por uma designação” (Dahlberg, 1989, p.14).

Estes conceitos contêm características que são derivadas essencialmente das afirmações sobre o referente. A base das relações entre conceitos é o compartilhamento de características comuns. De acordo com ela, categorias são “conceitos fundamentais”. Eles podem ser melhor ilustrados pelas dez categorias aristotélicas: Substância, Quantidade, Qualidade, Relação, Operação, Processo, Estado, Espaço, Tempo e Posição. Por exemplo: “y é um homem” – está na categoria de Substância; “y é sábio” – pertence à categoria de Qualidade, “y é maior que x” – está na categoria de Relação. Aristóteles também distingue quatro fases do ser, chamadas: ser inanimado, ser animado, ser pensante e ser divino. Estudos de categorização foram, por muito tempo, a principal área de interesse de classificadores. A estrutura de categorias e conceitos, sua formação e organização, é o princípio da organização do conhecimento. Esquemas de classificação baseado em categorização tem sido desenvolvido para incluir todo o conhecimento assim como para assuntos de domínio especializado (veja capítulo 6 e 7). Por exemplo, as categorias de Dobrowolski (Dobrowolski, 1965) são: 1. Material; 2. Processo; 3. Aplicações, com duas sub-categorias Materiais e Manufaturados; 4. Matérias-prima; 5. Problemas Gerais; 6. Propriedades; 7. Estudo e Controle; e 8. Industrias e Organização. O esquema Inglês de Classificação Elétrica de Engenharia reconhece as seguintes categorias: 1. Indústria; Máquina e sistemas; 2. Plantas e Componentes Auxiliares; 3. Materiais; 4. Fenômenos Físicos; 5. Operações; 6. Agente (instrumentos e equipamentos); 7. Linguagem e divisão de formas e; 9. Divisões Geográficas.

 

3.3 Funções dos conceitos

 

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a) Conceitos permitem-nos deduzir mais informações do que as fornecidas simplesmente por ver ou ouvir uma palavra ou coisa. Por exemplo, quando você lê o termo “laptop”, você sabe imediatamente que tem a propriedade de ser portátil, com um monitor e um teclado. Além disso, você pode deduzir desta relação o conceito geral “computador”, que é memória de processamento do mesmo modo, e que provavelmente é mais lento porque é menor. Esta é a base da propriedade da herança em sistemas especializados, como é conhecido nas linguagens de computador. (veja seção 10.2)

 

b) Categorias emprestam estabilidade e ordem às palavras que interpretamos por segmentação, permitindo-nos agrupá-las de maneiras úteis. É impossível pensar sem formar categorias; todos os objetos ou idéias que nos deparamos, nós automaticamente comparamos com outras coisas que conhecemos, tentando entendê-la de maneira útil para nós. Um “laptop” por ser agrupado simultaneamente como uma caixa pequena, um editor de texto, um meio de comunicação ou um brinquedo, dependendo de como nós olhamos e quais são nossas necessidades naquele momento. Categorização é primeiramente baseada em semelhanças. Embora na categorização nós tratemos conceitos como se eles fossem equivalentes, eles podem relacionar-se com outros conceitos. As propriedades comuns usadas para ligar conceitos em uma categoria podem ser de objetivo prático: características físicas ou atributos, meios ou funções. Às vezes, propriedades de um conceito que são comumente encontradas juntas ou propriedades co-relacionadas são usadas para ajudar a definir a categoria. Por exemplo, se um animal tem bico e penas, é provavelmente colocado na categoria “pássaros”; se ele tem barbatana e guelras, nós provavelmente pensaremos em “peixe”.

Classificadores em design adotam esta aproximação, que é conhecida como aproximação clássica. Isto ajuda no desenvolvimento relativamente universal e estável das estruturas do conhecimento.

 

 

3.4. Paradigma Clássico

 

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A teoria clássica da formação do conceito é baseada na acepção de que o mundo real é estruturado em grupos hierárquicos que dividem propriedades de herança comuns. Aristóteles, o fundador desta visão, afirmou que categorias têm fronteiras sólidas; um objeto ou é uma folha ou não é, depende dele ter o critério necessário e suficiente para fazê-lo uma folha.

A teoria clássica se apóia em três acepções (Smith e Medin, 1981,pp.23-25):

 

a) Representação do conceito envolve uma representação resumida da classe. Existe um número características definidas para cada conceito que determina se um dado exemplo pode ou não ser classificado com ele. Por exemplo, o esquilo é um mamífero? Nós combinamos as características de “esquilo” com um a representação resumida, ou com o grupo de propriedades de definição de “mamífero” e observa: mamíferos têm sangue quente, pelos e dão vida através do parto; esquilos possuem estas características; portanto, esquilos são mamíferos.

 

b) As características de definição para uma categoria são, ao mesmo tempo, individualmente necessária e mutuamente suficientes para definir a categoria. Um objeto tem que ter quatro lados, iguais dois a dois, de mesmo comprimento e mesmo ângulo, e ser uma figura fechada para ser categorizada como um retângulo. Qualquer outra propriedade dos retângulos, tais como onde ele é desenhado e com o que, não importa; as características de definição sozinhas determinam o membro na categoria.

 

c) Categorias são reunidas de modo que a categoria subordinada possua todas as características das categorias superordenadas. Uma vez determinado que um objeto tenha todas as coisas que a faça um dente-de-leão, por exemplo, nós também sabemos que ele tem todas as características de “flor”, de “planta” e de “ser vivo”.

 

 

3.5. Outras disciplinas próximas de categorização.

 

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Junto de Biblioteca e Ciências da Informação, outros campos também têm literatura relevante em conceitos e categorização.

O estudo de conceitos e categorias desenvolveu-se em um campo de tipos, uma área de interesse para antropólogos, psicólogos e lingüistas. As seções seguintes observam alguns dos resultados mais significantes em outras disciplinas empenhadas em categorização e investiga suas possíveis relevâncias para organização da informação e sua recuperação.

O estudo de categorias “naturalísticas”, agrupamentos que parecem ser feitos por todo ser humano, tais como mobília e animais, e o modelo de conceitos naturais constituiu inicialmente as duas primeiras aproximações de categorização. Estudos anteriores em psicologia foram caracterizados pelo uso de estímulo artificial. Eles não lidam com experiências de vida, acontecimentos ou ambientes, mas foram testados em cenários simulados, com materiais artificiais. A mesma aproximação foi encontrada em áreas relacionadas tais como memória e pesquisa sobre aprendizagem, que também foi predominada por experiências de situações artificiais planejadas e tarefas para serem realizadas pelos sujeitos. Já os anos de 1970foram marcados por uma mudança dessa tendência como o reconhecimento da existência de estruturas de classificação entre os membros da categoria e nas bases ecológicas da formação do conhecimento e da categorização. O trabalho de Eleanor Rosch e seus associados revolucionou este campo e desafiou a teoria clássica, pois foi executado com categorias que variam conforme a linguagem e a cultura. Suas duas contribuições mais importantes foram: o reconhecimento de protótipos, que representam exemplos típicos dentro da categoria; e a idéia de nível básico dentro de uma taxonomia de categorias. Categorias “naturais” aparecem para espelhar o meio ambiente, especialmente as biológicas. Agrupamentos de espécies, gêneros e família são rapidamente óbvios para qualquer um que observa a natureza.

A implicação de paradigmas clássicos é que todos os objetos em uma categoria são similares e equivalentes. Desde que as propriedades da classe sejam igualmente divididas por todos os membros, um não é mais típico do que outros; um dente-de-leão é uma flor tanto quanto uma rosa. As categorias possuem fronteiras sólidas, que são determinadas pelas características de definição. Por toda parte, o paradigma clássico é estritamente mais parecido com o mundo ao nosso redor. No passado, pensadores se questionaram se o mundo consistia-se de objetos que são categorizados hierarquicamente, de certo modo, ou de eles caiam em um

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continuum, resultando em uma estrutura de classificação. O argumento anterior é a base do paradigma clássico e, mais tarde, o paradigma provável, os dois pontos de vista significantes da formação do conceito.

A aproximação clássica dominou nossas idéias de estruturas de níveis e categorização até a época de Wittegenstein , que junto com suas experiências empíricas, desafiou estas premissas.

Wittegenstein (Wittegenstein, 1953, pp.328-329) sugeriu que categorias são formadas baseadas em semelhanças de família, em vez de definições claramente marcadas. Ele argumenta que os membros de uma família humana podem partilhar algumas propriedades comuns, tais como a cor dos olhos, da pele, formas ou feições do rosto, que os marcam como pertencentes a uma categoria. Mas não há uma propriedade única, como um tipo de nariz, que explica a semelhança;nem é necessariamente um conjunto de propriedades comuns compartilhadas por todos sob níveis de espécies. Wittegenstein aponta para as variações em jogos de pranchas, jogos de cartas, jogos de bola, todos categorizados juntos. Estes jogos compartilham propriedades comuns, tais como habilidades, entretenimento, sorte ou competição? Enquanto jogar xadrez necessita de habilidades e envolve competição, pranchas e baralho talvez envolvam apenas sorte. Wittegenstein alega que jogos são agrupados juntos por “semelhança de família”, porque não há um conjunto comum de propriedades compartilhadas por todos os jogos. Além disso, não há uma fronteira definida para a categoria de jogos; novos jogos podem ser adicionados ao conjunto, e coisas que normalmente não saio “jogos”, tal como atividades de trabalho repetitivo, pode ser vistos como tal.

 

 

3.6. Estrutura de níveis.

 

Muitos outros conceitos escapam do paradigma clássico de certo modo; em vez de um simples conjunto de características de definição, uma rede de propriedades interrelacionadas conecta conceitos em muitas categorias. Alguns exemplos da categoria podem ser melhores ou mais claros do que outros como “truta” é um exemplo melhor de “peixe” do que “baiacu”. Uma rosa e um dente-de-leão podem ser igualmente bons exemplos de “flores”,

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mas as minúsculas flores do campo são um membro equivalente da categoria? A idéia central do paradigma da estrutura de categorização é que objetos dentro de uma categoria podem ser organizados do mais par o menos típico e as fronteiras entre categorias são borradas. Na década passada, pesquisadores empíricos, tais como Barsalou e Rosch provaram a existência de estruturas de níveis em categorização através de várias experiências. Tipicamente, pedimos às que classifiquem os membros de uma categoria em termos de utilidade, por exemplo. No paradigma dos níveis de estrutura, a definição de categorias e a classificação de seus membros dependem muito de quem está definindo. O meio ambiente a cultura e o conhecimento de uma pessoa interferem se ela colocaria um tomate na categoria “legumes” ou “fruta”, e se um pingüim é um melhor exemplo de pássaro do que um pintarroxo. Visto que categorização envolve pessoas, herança de propriedades nos objetos não é o único determinante do processo. Aspectos de meio ambiente, comportamento e cultura também contam.

Categorias em níveis de estrutura são caracterizadas da seguinte forma:

1. Eles não possuem nenhuma herança ou característica “natural”, como as categorias clássicas têm. Categorias taxonômicas parecem ser organizadas ao longo das linhas visíveis; peixes são igualmente distinguíveis de pássaros. Mas outros tipos de categorias não possuem uma representação resumida; qual seria a característica de definição de “roxo”?

 

  Flores Contos de FadasTransportes mecanizados

Mais

típicosRosa Cinderela Carro

Outros

Tipos

Tulipa

Margarida

Narciso

Chapeuzinho Vermelho

Branca de Neve

João e Maria

Avião

Ônibus

Trem

Menos Amor-perfeito Rapunzel Escada rolante

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comunsOrquídea

Girassol

Bela Adormecida

Gato de botas

Elevador

Carrinho de mão

Ainda menos

Comuns

Ciclame

Minicrisântemo

Iúca

A Rainha das neves

A pequena sereia

Por que o mar é salgado?

Submarino

Teleférico

Cadeira de rodas

Mais

incomuns

Raflésia

Gramíneas

Mágico de Oz

Pequena Polegarzinho

Dirigível

Balão

Correias

 

2. Os membros de uma categoria não são todos iguais, e a estrutura da categoria é marcada por uma graduação de tipos, em que alguns membros são melhores exemplos do que outros.

3. A estrutura de categorias é assimétrica.

4. Possui uma aproximação comportamental e ecológica para categorização em como as pessoas classificam objetos dentro da categoria de acordo com o tipo.

5. Algumas categorias são muito instáveis, constantemente nós a redesenhamos conforme olhamos para elas em diferentes contextos. Muito frequentemente, nós agrupamos os objetos juntos de acordo com o nosso propósito imediato. Por exemplo, uma categorização constituída por documentos, roupas, escova de dente, barbeador e passaporte parece sem sentido muitas vezes. Eles não compartilham nenhuma característica similar, servem a diferentes propósitos e são guardados em diferentes locais. Certamente eles não preenchem nenhuma exigência do paradigma clássico de possuírem as mesmas propriedades necessárias e suficientes. Quando eles são colocados juntos como itens de bagagem para uma viagem de negócios, entretanto, a categoria é facilmente percebida. Nenhum deste objetos pertence exclusivamente a esta categoria, e a própria categoria pode desaparecer de nossas mentes quando a viagem acabar e pararmos de pensar neles neste contexto particular. Categorização torna-se, dessa forma,

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não uma estrutura para definir o universo, mas um processo de formação de ferramentas para pensar momentaneamente em grupos úteis por associação. Esta aproximação é especialmente relevante no contexto de usuários buscando informação, e do modo que eles categorizam o conceito naquele momento expressa suas necessidades imediatas de informação. Por exemplo, quando eles pesquisam pelas categorias chamada classificação; uma necessidade imediata do usuário pode ser informação sobre esquemas de classificação bibliográfica, tais como LC e CDD. Ele/ ela está procurando apenas nas ferramentas usadas para organização da informação. Outro usuário pode estar buscando materiais em psicologia, ciências cognitivas, aquisição da linguagem ou inteligência artificial relacionada com informação em classificação.

A informação na categoria “classificação” para estes usuários seria significantemente diferente; o que se constitui categoria “típica” é também uma questão de perspectiva, e um projetista de ferramentas de manejo da informação e sistemas de recuperação da informação deve ser consciente disso. Halsey (Halsey, 1989, p.93) observa que “o desafio mais emocionante na teoria da classificação será aprender como relacionar a estrutura conceitual dos textos, gráficos e dados com as estruturas cognitivas de usuários quando suas percepções mudam através do tempo”. Este poderia tomar a forma de interface de um usuário que liga a variação de estrutura do conhecimento na mente dos usuários com aquela de estrutura classificatória universal encaixada nas ferramentas de classificação e indexação que são usadas para organizar informação no sistema.

 

3.7. Aplicação das contribuições de Eleonor Rosch para a classificação e a indexação

 

As contribuições de Eleonor Rosch e suas associações são significativas (Rosch, 1975,1977, 1978;Rosch and Mervis; Rosch et al.1976). Ela desenvolveu o nível básico de categorias e a teoria dos protótipos. As próximas seções explicarão suas principais idéias, e apresente vai especular a discussão das possíveis aplicações para o campo da classificação e da indexação. Rosch (1976), em seu estudo empírico de categorias, costumava usar uma probabilidade avaliativa chamada força de sugestão.

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A força de sugestão é definida a seguir:

1. Enquanto a maioria das categorias não tem necessária e suficientemente definidas suas características, alguns conceitos são sugeridos para categorizá-las  a partir de uma associação.Características como “bico” e “asas” ajudam a definir a categoria pássaros. Elas antecipam a idéia de uma categoria. Se você vir uma criatura com bico e asas, há uma grande chance de ser um pássaro. O mais comum em uma característica é pertencer a membros de uma mesma categoria, e, por conseguinte, o mesmo recorrente é ocorrer em membros de categorias distintas, destacando a força de sugestão. A característica “asa” tem uma grande foca de sugestão para a categoria pássaro, porque todos os membros a possuem. Porém, insetos possuem asas também, mas a força de sugestão para essa categoria não é perfeita.

A categoria válida está quantitativamente definida como a síntese da força de sugestão das características de uma categoria. A força de uma categoria aumenta com o número de distinções (sugestões) de características; e o contrário descreve que o aumento de características comuns subdivide outras categorias.

Exemplo: Móveis

                      Cadeira

                            Cadeira de cozinha

Enquanto um sujeito testado está respondendo uma lista de propriedades de uma categoria de membros para os 3 níveis acima citados, mais listas com um número maior de propriedades distintivas para o nível básico “cadeira”, e depois o mesmo número para a categoria subordinada “cadeira de cozinha” se constitui.

Muitas categorias de “cadeira de cozinha”, no entanto estão divididas em outros tipos de cadeiras, enquanto a categoria superordenada “móveis” identifica-se com menos propriedades, conseqüentemente a soma da força de sugestão no nível básico em “cadeira” é maior.

3.8. Categorias do nível básico

3.8.1. Características do nível básico de categorias

 O que são categorias do nível básico? Um sistema taxionômico que consiste

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na organização hierárquica de classes num grau de relacionamento inclusivo. As classes são divididas em subclasses, formadas pelo nível do eixo vertical. No horizontal, cada nível é segmentado dentro de partes com outros objetos, membros de cada parte designada a eles.

Estrutura taxionômica de categoria:

 

 

 

 

(Eixo vertical- Subclasses hierárquicas)

(Eixo Horizontal- Subclasses coordenadas)

Entre os níveis de categorias, há um agrupamento de idéias em que se toma o conhecimento mais facilmente organizado. Este nível é conhecido como básico, e sempre está no meio da hierarquia. Na figura 3.3, a composição das funções governamentais, supondo como legislativa, militar, executiva, judicial e financeira são o nível básico.

È no nível básico das categorias que se percebe o princípio da força de sugestão. As características de “cadeira” como um todo (pernas, braços, assento) é mais similar e útil como prognóstico, que as características de ”móveis”, ou “cadeira de cozinha”, “poltrona”, etc. No nível básico, um conceito pode ser compreendido mais facilmente como um todo, ou uma síntese da partes. È difícil descrever uma cadeira de cozinha sem especificação de cadeira anteriormente, ou descrever móveis, sem ver uma cadeira, sofá ou mesa. Mas “cadeira” pode ser imaginada como ideal a esfera abstrata.

O nível básico dos objetos é de fácil reconhecimento, por formar antecipadamente suas imagens mentais. Crianças aprendem a imagem mental, antes mesmo de saberem o nível superior de uma categoria. (“cachorro” antes de animal). Se o objeto é concreto, o que o movimenta é usado como semelhante por todos os membros da categoria. Lakoff (1990, p.51) refere-se ao uso como interação de propriedades “de um conceito”. Uma cadeira é algo que você senta, um cachorro algo que voe cuida ou despreza.

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Descrever alguma coisa no nível básico traz muitas informações. Falar de “arma branca” pode não ser específico o bastante para a compreensão, embora florete não signifique nada para alguém que não conhece esgrima. Já espada traz maior clareza de imagem para a maioria das pessoas.

Para a proposta deste livro, vamos definir o nível básico como:

- o mais intuitivo dos níveis, com ocorrência em grupos naturais;

- nível com máximo de informações organizadas;

- nível com definições mais familiares, que a dos demais (Tversky e Hemenway, 1984); (Lakoff, 1990 p.46)

Pesquisa sobre o nível básico de categorias tem privilegiado os objetos concretos, como  tamanho, peso, e ação. No entanto, o conceito do nível básico pode também possuir idéias abstratas. “Amor” é o termo mais comumente usado para uma variedade de especificações d emoções, como o amor romântico, o amor fraternal, a compaixão e a admiração. “Ódio”, por sua vez, subordina um rol de defeitos, e qualificações de repugnância.

O nível abstrato de conceitos já tem sido estudado próximo à cultura, porque sua existência é marcante. Na Figura 3.4. mostram-se algumas possibilidades de estruturar categorias para as idéias abstratas.

 

Nível Superordenado           Nível Básico                   Nível Subordinado

 

Conhecimento                      Informação                     Descrição

                                                                                     Comentário

                                                                                      Notícia

                                                                                      Análise

                                                                                      Dados

Emoção                              Amor                                  Amor Fraterno

                                                                                      Amor romântico

                                                                                      Amor maternal/paternal

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                                                                                      Admiração

                                                                                      Amor entre amigos

                                                                                      Amor infantil

                                      

                                           Ódio                                   Repugnância

                                                                                      Malícia

                                                                                       Inveja

                                                                                       Preconceito

                                                                                       Desprezo

                                                                                        Desagrado

 

 

Idéias sociais                      Justiça                                Direitos Civis

                                                                                       Igualdade de oportunidades

                                                                                       Equilíbrio

                                                                                       Corte de Justiça

                                                                                        Retificação

                                                                                        Direitos humanos

A próxima seção especula a discussão da recuperação informacional da linguagem em relação à variação da aproximação para a categorização.

O comum no nível básico de categorias é fazê-las serem úteis na criação indexatória e na recuperação de vocabulário. Desde o nível básico, o termo é mais comumente reconhecido por seu conceito, que se incorpora na indexação, cabeçalho de assunto, tesauro e outros instrumentos. Isto nos leva a conclusão de que o nível básico é universal para um conceito. O ornitologista pode encontrar mais facilmente algo sobre”  passeriforme “, enquanto uma criança prefere apenas o termo “pássaro”.Além disso, especialmente os conceitos abstratos, como os nomes dados aos níveis de

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superordenação e subordinação, geralmente dependem da cultura, conhecimento, nível e experiência pessoal. Como sempre, uma informação é um instrumento com utilidade para a mente.

O reconhecimento do nível básico de categoria é também relevante para a indexação e recuperação informacional do vocabulário. Se de fato o agrupamento informacional em torno de certo nível hierárquico vai ser útil para incorporar um termo no nível básico, temos que usa-lo como instrumento de organização e recuperação, incluindo-os na indexação.Como não há um amaneira universal de chegar ao nível básico, é aceitável que formemos conscientemente as categorias com maior probabilidade de agrupamento.

Nível Superordenado           Nível Básico                   Nível Subordinado

 

Entretenimento                      Humor                           Paródias

                                                                                      Desafios

                                                                                      Piadas

                                                                                      Trocadilhos

                                                                                     

Sensação                              Dor                                  Sofrimento emocional

                                                                                      Aflição

                                                                                      Solidão

                                                                                      Culpa

                                                                                      Carência

                                                                                      Sofrimento psicológico

                                                                                       Corroer

                                                                                        Ferir

                                                                                        Doer

                                                                                        Tensão

                                    

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Virtude                          Honestidade                              Autenticidade

                                                                                        Franqueza

                                                                                        Sinceridade

                                                                                         Confiança

                                                                                         Incorruptibilidade

3.8.2. Nível básico de categorias na recuperação de informação em vocabulários

 

Pode ser valioso examinar a recuperação informacional de vocabulários para o nível básico de termos. Vamos observar o caminho do s conceitos “minoria”, “tipos d e minorias” e “conflito cultural”, que são utilizados na Biblioteca do Congresso(LCSH) e na ERIC (Centro de Recursos Educacionais de Informação).

1.Tipos de minorias parecem num primeiro momento ser do nível básico, Negros, por exemplo, estaria subordinado ao termo afro-americano, retomando todas as nacionalidades africanas, sendo um termo comum, mas também poderia ter um à conotação separatista. Similarmente, “asiáticos”, dia respeito a todas as etnias da Ásia. Enquanto “japoneses”, “chineses”, são termos reconhecidos por mais pessoas. Categorias como “bengali”, ou “burnese”, trazem maior grau de especificação, mas podem tornar-se termos obscuros para um leigo. A categoria “minoria” é genérica, e, portanto mais apta para um público menos especializado. As diferenças culturais entre os subgrupos de uma mesma área geográfica, como japoneses e chineses, não é tão diferente como as de área distintas como de asiáticos e africanos.

Continuando no caso dos tipos de minorias no nível básico, podemos ver como a LCSH as representa. Ela não usa a categoria superordenado “minoria” especifica minorias e culturas, que são preenchidas abaixo de “etnologia”, preferíveis a qualquer categoria hipotética. Isso não parece ser um agrupamento intuitivo ou natural; um usuário que procura a informação “swahiti”, não deveria encontrar um outro nível ou termo. A consideração do nível básico de termos favorece os usuários para melhor acessarem as informações.

ERIC, por outro lado, faz uso do nível básico de categorias, sendo mais

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compreensível. Abaixo do grupo étnico como asiáticos americanos, a lista ERIC especifica as nacionalidades, e abaixo estudantes asiáticos dos países. Há também na cultura burnese, chinesa, coreana e outras, o nível superordenado “cultura estrangeira” e ”área de estudos”.

2. “Conflito cultural” traz à mente idéias de etnocentrismo, racismo, choque de cultura e outras relações de preconceito.Um usuário pode muito bem definir racismo no nível básico, mas está relacionado a “conflito cultural”. Na LCSH, no entanto usa-se como termo específico para choque cultural, psicologia genética, etnopsicologia e patologia psicologia, como também a expressão “relações raciais” (que presume tanto uma inclusão positiva como negativa). Um usuário pode apresentar grande dificuldade para localizar tais termos novamente.

3.8.3.Nível básico de termos na indexação e recuperação da informação

Há alguma disputa, contudo, no domínio da utilidade de termos do nível básico como ferramentas de informação. O argumento poder ser resumido a seguir:

Argumentos favoráveis:

1.      Há evidência empírica de que os campos do nível básico possuem mais informação para menos esforço cognitivo (Rosch p.213) Isso em si mesmo torna-se um caso em favor do nível básico na indexação e incorporação de termos no vocabulário controlado.

2.      O Nível básico de termos é mais familiar e atinge um maior número de pessoas. Se a indexação, base de dados ou tesauros é nacionalmente ou internacionalmente distribuídas, devem usar os termos mais comuns aos usuários, sendo que sua tradução é exigida no nível básico, evitando confusões.

Argumentos Opostos:

1.      O nível básico é o mais utilizado pela maioria das pessoas, que acabam usando apenas parte de seu conhecimento na interação com o meio, optando por termos que não são suficientes em alguns contextos.

2.      São muito genéricos, insuficientes para a pesquisa. As pesquisas podem recuperar grandes quantidades de informação, sendo necessários termos superordenados e mais especializados.

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3.      Não há termos de nível básico universais, são dependentes do usuário. O que é o nível básico para um expert, não será para um iniciante. O nível de cultura do usuário e sua capacidade de leitura afetam a maneira como entendem os termos.

Pode parecer ou não aconselhável incluir termos de nível básico no índice particular, ou colocá-lo no cabeçalho de assunto. È a  consciência de sua existência que é importante para quem cuida da organização da informacional.

3.9 Protótipos

Em uma estrutura classificada por categoria, onde alguns membros são típicos representantes da categoria, o melhor exemplo é tomado como o protótipo. A tipicalidade depende da familiaridade de um conceito aprendido na cultura e ambiente do protótipo. A "Rosa" é uma flor típica da América, mas não no deserto de Kalahari. Nosso conhecimento é centrado muito freqüentemente no exemplo típico. Nós tendemos a generalizar baseado em exemplos conhecidos. Povos com protótipos diferentes tendem, conseqüentemente, a pensar diferentemente as categorias e alcançar conclusões diferentes. Os estudos de Rosch's sobre os efeitos do protótipo fizeram muito para confirmar a idéia da tipicalidade classificada dentro das categorias. Em seus testes ela definiu robins e os pardais como os melhores exemplos da categoria 'pássaro', corujas e águias não tão bons, e avestruzes, emus e pingüins como maus exemplos (Rosch, 1975; Rosch e Mervis, 1975). Alguns exemplos de protótipos possíveis e da tipicalidade são mostrados, mas o que determina como típico um conceito em sua categoria? Entre outros fatores, familiaridade ao categorizar, a extensão que possui as propriedades em torno de que a categoria é dada forma, a semelhança de família a outros membros da similaridade da categoria ao protótipo ou ao membro ideal da categoria (Barsalou 1987, p.102). Os efeitos do protótipo, de acordo com Lakoff, são maneiras de conceitualizar uma categoria tendo determinados exemplos como ideais. O conhecimento é organizado por meio das estruturas chamadas modelos cognitivos. Um destes modelos é a metonímia.

 

Metonímia

Metonímia é substituir uma idéia, por inteiro ou em parte, com a outra, mais

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familiar. É uma característica importante da cognição. Por exemplo, a palavra "Watergate" é ligada invariavelmente a todo escândalo político americano adicionando "gate" ao fim de seu nome.

 Exemplos de metonímia:

1. “Delhi condena distúrbios populares;. Aqui Deli não se refere a capital da Índia mas à ao governo indiano”.

2. "Pinball Wizard", ou "King de Calculus", não se refere a uma categoria  ou a uma profissão mas ao nível da perícia em um assunto.

3. Eles podem provar seu  “Waterloo." "Waterloo" simboliza toda a derrota esmagadora, e não o  lugar onde Napoleão foi derrotado.

4.. "Hollywood" tornou-se definitivo para as indústrias de cinema, e geralmente serve para comparações como, "Bombaim é a Hollywood do cinema indiano.”

5. Alguns produtos comerciais tornaram-se tão populares que seus nomes se tornam genéricos. "Kleenex" passaram a ser todos os tecidos; Xerox foi usado freqüentemente como um verbo (o "xerocar") por causa de sua ascendência entre as copiadoras. Lakoff (Lakoff, 1990, pp.77-90) identifica diversos tipos de modelos metonímicos. Os mais relevantes as nossas finalidades são estereótipos, ideais e modelos do conjunto.

 

Agrupamento

 No modelo do conjunto, as várias maneiras de olhar para um conceito convergem para formar uma categoria. A  "mãe" de Lakoff's; é um exemplo clássico. O conceito mãe; pode ser definido pela circunstância: "Mãe é quem dá o nascimento a uma criança."

Lakoff discute que este não cobre todos os casos, mas representa somente o modelo do conceito do nascimento. Há outro, como o modelo de babá (mulher que cuida de uma criança), o modelo genealógico ou biológico, (a mulher que fornece o cromossomo X para uma criança), e o modelo marital (a mulher que é casada com o pai da criança). O conceito mãe total é um conjunto de todos os modelos possíveis, outras palavras são agrupadas com "mãe" para denotar ainda mais variações: mãe dona-de-casa, mães trabalhando, madrastas, mães de aluguel, mãe biológica, mães adotivas, e

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assim por diante. Embora estes modelos convirjam em caracterizar o conceito "mãe", um modelo mais típico permanece no pensamento de cada pessoa. Não pode haver nenhum modelo preliminar geralmente aceito para uma categoria; os dicionários podem mostrar uma dúzia de definições para uma palavra como "mãe", todos igualmente válidos. A qualquer pessoa ou grupo cultural, entretanto, há um conceito central de modelo, que cumpre geralmente todos os critérios de definição comum, e diversas variações que irradiam para fora dele. Lakoff chama tais linhas de estruturas do radial.

 

t

Mãe (Conceito Primário)

Mãe Biológica

Mãe Adotiva

Mãe de Criação

Mãe solteira

Mãe do Lar

Mãe Trabalhadora

Mãe dona-de-casa

Madrasta

Fig. 3.5: Estrutura radial de Lakoff aplicada a “mãe”. O Conceito primário de “mãe”

Estereotipo

 São exemplos de metonímia, um padrão que pode ser central e determinar subordinados. O exemplo “mãe” pode se utilizado aqui também. Historicamente, a variação da mãe dona-de-casa foi colocada no centro da estrutura radial para o conceito, e aceita a tal grau que deu forma a uma lente através de que outros tipos de mães foram olhados como mais ou menos "normal". Lakoff (Lakoff, 1990, p.81) sugere que os estereótipos caracterizam conceitos, desde que conceitualizado o não estereótipo é definido nos termos dos estereótipos. Uma pessoa pode dizer: Ela é uma mãe, mas tem um

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trabalho", ou o "Ela é uma mãe, mas ela não é uma dona de casa". A esta pessoa e a outra que pensam similarmente, o estereótipo poderia ser considerado como um conceito nivelado básico, e outros tipos de "mãe" como classes subordinadas. As implicações para os termos do tesauro e do índice são óbvias; a escolha de um termo do vocabulário de entrada, se ele se ajusta com o uso dos ideais  e os estereótipos do protótipo, podem afetar a utilidade de uma ferramenta de busca. Em três tesauros; Tesauro de termos psicológicos, (PI), Tesauro de Termos Sociológicos, (SI), e um Tesauro de mulheres, (WT), foi examinado como o conceito de mãe é representado.

 

Tesauro de Termos Psicológicos

Tesauro de Termos Sociológicos

Tesauro de Mulheres

mães mãe Mãe

Mãe solteira Mãe solteira Mãe ausente

Mãe adolescente Mãe trabalhadora Mãe biológica

Mãe esquizofrênica   Colo de mãe

    Mãe terra

    Matriarca

    Mãe de casa

    Mães que trabalham fora

   Mães que abandonam os

filhos

    Mãe solteira

    Madrasta

    Super mãe

    Mãe de aluguel

    Mãe adolescente

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    Babá

    Mãe zeloza

Fig. 3.6: Representação do Conceito de “Mãe” nos Tesauros

O Tesauro de Mulheres se aproxima da estrutura radial de Lakoff de mãe, o único ponto comum em todas as três enciclopédias foi o uso de "mãe" como termo total. O termo "mãe solteira" não está presente no Tesauro de Mulheres; pode se concluir  que os autores não consideram estado civil uma parte importante da definição de “mãe”. O uso de "mães que trabalham fora", no Tesauro de Mulheres, pela comparação conclui-se que o conceito é diferente do central para merecer um termo. Os brothers termos (BT) nos três tesauros para o termo “mãe”. O SI e o PI usam os “pais" como BT, e o PI adiciona mais dois BT's -- fêmeas e membros da família. O WT tem apenas um BT, "mulher", e nega ou diminuir o papel dos pais. Nada disto, naturalmente, significa que os autores destes tesauros aceitam estas definições por sua escolha dos termos, ou que aprovam as distinções feitas. Está desobstruída, entretanto, que os arquitetos de ferramentas de informação analisam as escolha dos termos muito seriamente, e consideram o efeito que os estereótipos e os protótipos podem ter na estrutura da informação.

Ideais

Os ideais em uma determinada cultura podem também ser uma fonte de efeitos do protótipo. Os ideais culturais freqüentemente influenciam nossas escolhas e determinam nossos objetivos, mesmo que as alternativas a um ideal não possam ser negativas. Por exemplo, os povos preferem geralmente uma união durável como o ideal desejado, e não um divórcio. Os termos ideais e não-ideais podem ser refletidos no vocabulário de entrada de três maneiras. Um indicador poderia decidir:

 a) designar ambos os conceitos como igualmente importantes, com títulos e registros de termo autorizados para ambos;

 b) para designar o conceito que simboliza o ideal, união, como o título autorizado, e representando o conceito não-ideal, o divórcio, como um termo desautorizado para o uso ou para ser a referência;

c) para omitir completamente o termo não-ideal. (cada opção pode ser

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percebida para fazer uma indicação sobre a natureza dos conceitos).

A segunda aproximação ocorre mais freqüentemente quando o conceito ideal ofusca outro, como “escolas públicas"; e “escolas particulares” predominam sobre ensino domiciliar;. O Tesauro especializado em educação ERIC lista ensino domiciliar como um termo autorizado, iguala aos outros dois; os tesauros gerais, O Tesauro de termos sociológicos e o Tesauro de termos psicológicos, as outras opções, e não consideram o ensino domiciliar; importante o bastante para merecer alguma referência.

3.9.1 Efeitos do protótipo como títulos do teste padrão em listas dos títulos sujeitos

 Os termos Metonímia, estereotipos, e os ideais culturais são facilmente lembrados por usuários, e, portanto são pontos cognitivos de  referência; (Rosch, 1975). São escolhidos freqüentemente como exemplos em esquemas da reapresentação do conhecimento. Quando um tipo de subdivisão é comum a muitas categorias, um arquiteto pode escolher e fornecer um exemplo como um teste padrão geral, melhor que autorizar a subdivisão para cada categoria. Muitos dos títulos do teste padrão para LCSH (Library of Congress, 1991) são identificados como protótipos:

E assim por diante. Quase todos estes títulos são imediatamente identificados pelos leitores americanos como os exemplos mais típicos de suas categorias, e os exemplos ideais são medidos geralmente. A exceção, "Copper" e "Insulina" para os produtos químicos que dirigem as dificuldades em projetar tesauros: categorias conceptuais sobrepondo. O "cooper" é um produto químico; mas a maioria de nós pensa nele primeiramente como um metal, e "insulina" é uma droga ou um remédio. As categorias de "metais" e "produto químico"  são claramente uma sobreposição. LCSH fornece a orientação no formulário de uma nota, dizendo que no exemplo são discutidos o ponto de vista de sua estrutura química ou efeitos que deve ser classificado como produtos químicos, e quando são discutidas as propriedades da engenharia, é metais/ materiais. Fornecer aplicações múltiplas das regras é um método de converter a rede complexa dos conceitos e as palavras que nós usamos em um jogo mais simples, firmemente definido as categorias para a informação usa-se se um protótipo ideal forte, ele pode merecer seu próprio termo "Shakespeare" do índice; é geralmente um título, para o exemplo. Para uma base de dados, a seleção dos termos ideais mais comuns pode ajudar o usuário do SE; se forem

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realizadas muitas buscas por Martin Luther King, utilizar seu nome como um termo é uma adição útil ao termo geral “Direitos Civis - Ativistas”. Em um nível mais indireto, o indicador deve estar ciente que os usuários pensam nos assuntos nos termos dos protótipos. Se um americano estiver procurando no termo “inventor”, Thomas Edison estará em sua mente, junto com as coisas associadas com o nome. Manter isto na mente ajuda a antecipar os termos relacionados possíveis (RT). Alternativamente, a inclusão dos termos opostos pode ser mesmo mais útil: uma pessoa que pensa em Edison pode não saber os termos que recuperariam eficientemente uns descobridores mais excêntricos e mais incomuns como Nikola Tesla, a menos que aqueles termos fossem incluídos como TRs ou vissem também referências. Um lembrete: aqueles que estruturam o conhecimento devem sempre ser de efeitos do protótipo. A escolha de um termo reforça ou contradiz uma visão de mundo, por sua natureza. Como nós vimos, mãe que trabalha; faz uma indicação ao denotar um ponto de acesso. Freqüentemente esforços podem se tornar nulos ao escolher em termos inábeis tais como da "mãe executiva” que não ocorrem ao usuário tão facilmente quanto o estereotipo. O arquiteto de toda ferramenta da informação deve andar uma linha fina entre a facilidade de utilização e a exatidão.

 

3.10 Natureza de categorização em esquemas de classificação

 Os esquemas de classificação e os sistemas tradicionais de indexação convertem as categorias inumeráveis que os seres humanos usam para pensar e se comunicar em um jogo mais simples definido claramente, mais classe interligadas categorias. A escolha de definir características e termos é considerada freqüentemente nos termos do potencial da recordação, e os conceitos e os efeitos nivelados básicos do protótipo podem ser úteis neste contexto. Os tipos mais básicos de categorias, classificados como a entidade, a propriedade, a ação, o espaço, e o tempo por Ranganathan na Classificação Colon, em algum formulário em todos os esquemas. Os arquitetos fazem escolhas a respeito é mais importante ao criar a estrutura dos esquemas, e representam-nos em maneiras e em níveis diferentes dos específicos de acordo com suas estimativas de como o usuário pensa. O estudo experimental de Iyer do potencial da recordação pela associação do conceito (Iyer, 1984, p. 49-57) indica que os usuários recordam a entidade mais facilmente do que propriedades e ações.

3.11 Conclusão

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Os sistemas de recuperação da informação e os estudos relacionados a eles

tornaram-se mais sensíveis aos processos do pensamento e às

necessidades dos usuários. A idéia de um intermediário humano da busca, o

usuário ou o bibliotecário, é implícita em todo o vocabulário da busca. Os

modelos cognitivos podem fazer muito para melhorar a eficácia de

ferramentas de busca, de diversas maneiras. Nós podemos usar o

conhecimento para desenvolver novos tipos de ferramentas de busca que

refletem a mente dos usuários mais exatamente. A intenção não é minar o

valor das estruturas classificatórias encontradas nos esquemas atuais e em

outras ferramentas da manipulação da informação. A estabilidade e a

universalidade oferecidos por estes esquemas são necessários e

extremamente valiosos. Entretanto, o conhecimento do outro aproxima e

ajuda novas maneiras de expor e realçar nossos sistemas.

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