Upload
paulo-renzo-guimaraes-junior
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
7/25/2019 06 Artigo Modelo
1/18
UNIDADES INTEGRADAS DE PS-GRADUAO, PESQUISA E EXTENSO
UNIPS
AUTOR
CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DA DIABETES MELL ITUSCOM
P DIABTICO
PS-GRADUAO EM SADE DA FAMLIA
TERESINA
2013
7/25/2019 06 Artigo Modelo
2/18
1
1Enfermeira, Teresina-PI. Tel: (86) 9570-3100 /Email:[email protected], Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Docente da Unidades Integradas de Ps-Graduao, Pesquisa e ExtensoUNIPS.
CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DA DIABETES MELL ITUSCOMP DIABTICO
Autor
Professor
RESUMO
O diabetes mellitus(DM) um grupo heterogneo de distrbios caracterizado por uma
elevao no nvel de glicose do sangue. O objetivo geral deste estudo foi descreveras aes de enfermagem na Estratgia de Sade da Famlia (ESF) ao portador de pdiabtico, tendo como objetivo especfico identificar, na produo cientfica nacional,quais so as estratgias utilizadas de aes educativas em sade ao portador dediabetes mellitusvisando preveno dos fatores de complicaes. Para realizar apesquisa bibliogrfica acerca do tema foram utilizados 10 artigos encontrados atravsda Biblioteca Virtual em Sade, na LILACS e no SciELO, do Google acadmico. Osresultados obtidos nessa reviso de literatura de cuidados ao portador da DiabetesMellitus com p diabtico remete a reflexo da importncia tanto de adquirirconhecimento sobre as complicaes e o cuidado relacionados coma doena emquesto quanto utilizao dos processos educativos como maneira preventiva para
manter uma boa qualidade de vida. Assim, conclui-se que a enfermagem deve estaratenta quanto ao seu papel juntamente com equipe de sade, agindo na comunidadeatravs da realizao de palestras e atividades educativas para fim de promoverautocuidado em sade, principalmente na vida do portador do p diabtico e suafamlia.
Palavras-chave:Enfermagem. Diabetes Mellitus. P Diabtico.
1 INTRODUO
O diabetes mellitus(DM) um grupo heterogneo de distrbios caracterizado
por uma elevao no nvel de glicose do sangue. Normalmente h uma certa
quantidade de glicose circulando no sangue que resulta dos alimentos ingeridos, e da
formao de glicose pelo fgado. A insulina, um hormnio produzido pelo pncreas,
7/25/2019 06 Artigo Modelo
3/18
2
controla o nvel de glicose do sangue, regulando a produo e o armazenamento de
glicose (SMELTZER; BARE, 2005).
A sua prevalncia da Diabetes vem crescendo significativamente com o
processo de industrializao e urbanizao populacional dos ltimos anos.
Atualmente, esta doena representa um importante problema de sade pblica com
alta morbidade, mortalidade e repercusses econmicas significativas (SOUZA et al.,
2003).
Para Silva et al. (2007), o diabetes mellitus (DM) e a hipertenso arterial (HAS)
representam dois dos principais fatores de risco, contribuindo consideravelmente para
o agravamento desse cenrio. A hipertenso arterial afeta de 11 a 20% da populao
adulta brasileira e o diabetes mellitus, 7,6%. Com frequncia, essas doenas levam invalidez parcial ou total, com graves repercusses para o cliente, sua famlia e a
sociedade, sobretudo, se no forem levados em conta os aspectos relativos ao
tratamento especfico.
De acordo com Smeltzer e Bare (2005) existem vrios tipos diferentes de
Diabetes mellitus. Eles podem diferir na causa, curso da doena e tratamento. As
principais classificaes do diabetes incluem: Tipo I: diabetes mellitus insulino-
dependente (DMID); Tipo II: diabetes mellitus no insulino-dependente (DMNID);Diabetes mellitus associado a outras condies ou sndromes e diabetes mellitus
gestacional (DMG).
As lceras cutneas, independentemente de sua origem, so estudadas desde
a Antiguidade. As lceras de membros inferiores esto se tornando comuns em
pacientes que sofrem de doenas crnicas, principalmente as que so relacionadas
ao sistema circulatrio (NUNES; DUPAS; FERREIRA, 2007).
No Brasil, as feridas constituem um srio problema para a sade pblica,devido ao grande nmero de pessoas com doenas crnicas e degenerativas, que
apresentam alteraes na integridade da pele, porm no se tem registro do nmero
de indivduos com feridas. Estima-se que 15% dos pacientes com DM desenvolvero,
pelo menos, uma leso no p ao longo da vida (SALOM; BLANES; FERREIRA,
2009).
Entre 50 a 75% das amputaes de extremidades inferiores so realizadas em
pessoas com diabetes. At 50% destas amputaes so evitveis, desde que os
pacientes sejam orientados a realizar cuidados preventivos com os ps e a praticar
7/25/2019 06 Artigo Modelo
4/18
3
cuidados dirios. A sequncia tpica de eventos no desenvolvimento de uma lcera
diabtica de p comea com uma leso no tecido macio do p, formao de uma
fissura entre os artelhos, ou em uma rea de pele seca, ou formao de um calo
(SMELTZER; BARE, 2005).
Nesse sentido, o objetivo geral deste estudo descrever as aes de
enfermagem na Estratgia de Sade da Famlia (ESF) ao portador de p diabtico,
conforme a produo cientfica pesquisada.
O estudo justifica-se pelo fato de que o diabetes um problema de sade
altamente prevalente em nosso meio e por ser considerada como uma das doenas
de mais difcil controle por ser crnica, sistmica, multifatorial e por deixar muitas
sequelas. Frente a essa realidade, torna-se de fundamental importncia uma contnuaestimulao s pessoas portadoras de diabetes, para a adeso ao tratamento,
objetivando a preveno de complicaes crnicas.
2 FUNDAMENTAO TERICA
2.1 As doenas crnicas no transmissveis
Nas ltimas dcadas, as doenas crnicas como o diabetes e a hipertenso
arterial incluram-se entre os mais importantes problemas de sade pblica para o
Brasil, o que levou o Ministrio da Sade (MS), em 2001, a elaborar o Plano de
Reorganizao da Ateno Hipertenso Arterial e ao Diabetes Mellitus (HIPERDIA),
com vistas a enfrentar de forma efetiva a mudana ocorrida no perfil epidemiolgico
da populao brasileira (BRASIL, 2001).Esta medida teve como objetivo principal estabelecer diretrizes e metas de
reorganizao da ateno hipertenso arterial e ao diabetes no Sistema nico de
Sade (SUS), garantindo assistncia e acompanhamento adequado, incluindo aes
de promoo da sade e preveno das complicaes (BRASIL, 2004a).
Nos documentos oficiais do Ministrio da Sade tem sido recomendado que o
acesso efetivo ao sistema de sade, a garantia de qualidade do tratamento, a
educao permanente do indivduo quanto ao controle da doena e aos seus fatores
de risco devem ser garantidos na ateno primria sade. Espera-se que 60 a 80%
7/25/2019 06 Artigo Modelo
5/18
4
dos agravos da doena entre pacientes diabticos e hipertensos sejam tratados na
ateno primria. O atendimento ao diabtico e ao hipertenso tem representado a
principal demanda de cuidado para as equipes de sade (BRASIL, 2002).
Apesar do reconhecimento de que a aplicao das recomendaes previstas
nas metas e diretrizes clnicas possibilitam alcanar melhores resultados
assistenciais, sua adeso ainda tem sido insuficiente, seja pela equipe de cuidado
sade, seja pelo paciente (LIMA et al., 2009.; BRASIL, 2004b).
De acordo com Guandalini e Oliveira (2013, p. 48),
alguns fatores podem ser considerados para a no ou a baixa adesos diretrizes, por parte do profissional de sade, como a falta depercepo da necessidade deste cumprimento e da eficcia dasmesmas, a falha na formao profissional, a recusa a algo pr-estabelecido, a falta de conscincia ou familiaridade, alm da falta deconfiana nos seus propsitos, quando se tem a ideia de que asdiretrizes tem somente o propsito de controlar custos.
O grupo das doenas crnicas no transmissveis (DCNT) composto
principalmente pelas doenas cardiovasculares (DCV), diabetes, cncer e doenasrespiratrias. Muitas doenas deste grupo tm fatores de risco comuns, demandam
assistncia continuada de servios e incorrem em nus progressivo para os servios
de sade, na razo direta do envelhecimento dos indivduos e da populao
(GUANDALINI; OLIVEIRA, 2013).
No Brasil, a preveno e o cuidado ao hipertenso e ao diabtico so atribudos
principalmente ateno primria sade (APS), que tem como premissa ser a porta
de entrada do sistema de sade - reconhecendo as necessidades da populao
adstrita em seu respectivo territrio. Essa sistemtica adotada com o intuito de
estabelecer o vnculo entre o usurio e a equipe de sade, permitindo a identificao
precoce, o cuidado e um acompanhamento mais acurado destes indivduos (BRASIL,
2001; PAIM, 2008).
Do ponto de vista da qualidade, as diretrizes podem ser uma ajuda na gesto
da complexidade do cuidado e garantir tratamento consistente. As diretrizes visam
tambm reduzir a extenso do atendimento inadequado e custos relacionados. Frente
diversidade no perfil social, cultural e econmico da populao e a mudana no perfil
7/25/2019 06 Artigo Modelo
6/18
5
de morbimortalidade da populao brasileira, reconhece-se a necessidade de um
sistema de sade que seja capaz de atender de forma homognea e satisfatria a
essa nova realidade.
2.2 Relao da alimentao com o diabetes mellitu s
A alimentao considerada como um dos fatores modificveis mais
importantes para o risco das doenas crnicas, devendo ser includa entre as aes
prioritrias de sade pblica. Estudos epidemiolgicos nacionais tm apontado que oconsumo alimentar brasileiro vem sofrendo mudanas significativas nas ltimas
dcadas, principalmente na rea urbana e entre as famlias com maior renda,
mostrando um consumo excessivo de energia, acares e gorduras total e saturada,
bebidas adoadas como refrigerantes e refrescos, associados ao consumo
insuficiente de fibras, frutas, verduras, legumes e leite (BRASIL, 2011).
Considerando a mudana no padro alimentar brasileiro com predomnio de
alimentos processados e refinados e o baixo consumo de frutas, vegetais e alimentosfrescos e integrais, torna-se importante discutir, ainda que j amplamente realizado, o
papel da dieta como um dos principais fatores de risco comportamentais no
desenvolvimento e complicaes da hipertenso e do diabetes, potencializado pelos
fatores ambientes, socioeconmicos e culturais.
Evidncias cientficas sobre a importncia da dieta como fator de risco para o
desenvolvimento das doenas cardiovasculares, diabetes mellitus e cncer tm se
firmado cada vez mais na literatura. A inadequao da dieta, baseada em alimentosprocessados, refinados, ricos em gorduras saturadas, acares e sdio, associada
inatividade fsica e ao uso do tabaco tem sido fortemente relacionada epidemia das
doenas crnicas. Entre os alimentos relacionados aos efeitos positivos e de
preveno destacam-se as frutas, vegetais e legumes, cereais integrais e
leguminosas, por conterem nutrientes antioxidantes, fibras e outros compostos
funcionais (LOPES et al., 2005).
Desta forma, a avaliao do consumo alimentar tem apresentado outra forma
de avaliao, no baseada apenas na energia, nos macro e micronutrientes da dieta,
7/25/2019 06 Artigo Modelo
7/18
6
mas considerando os alimentos como tal. A orientao para alimentao deveria
basear-se mais nos alimentos do que nos nutrientes, essa uma recomendao
tambm proposta pela OMS, desde muitos anos.
2.3 Preveno dos fatores de risco do diabetes mellitu s
O Diabetes Mellitus (DM) uma doena to antiga quanto prpria
humanidade, haja vista que, na histria universal, h registros que constituem
verdadeiros marcos relatando o progresso das observaes clnicas e das pesquisaem torno da doena (SANTOS, 2008).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2007), a DM uma
sndrome de etiologia mltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade
da insulina exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia
crnica, frequentemente acompanhada por poliria, perca de peso, polidipsia, alm
de dislipidemia, hipertenso arterial e disfuno endotelial.
O cuidado integral ao portador de Diabetes Mellitus (DM) pode ser realizadopor meio de preveno de fatores de risco, como sedentarismo, obesidade, hbitos
alimentares no saudveis e identificao, tratamento de indivduos de alto risco para
essa sndrome (preveno primria), identificao de casos no diagnosticados para
tratamento (preveno secundria), e intensificao de controle de portadores para
complicaes agudas e crnicas (preveno terciria) (PEIXOTO; SILVA, 2011).
Essa preveno realizada, essencialmente, pela enfermagem, que tem como
essncia o cuidado humano. O enfermeiro cuida quando desempenha seu papel deeducador, utilizando estratgias para realizar aes educativas em sade. dever
desse profissional incentivar a equipe multidisciplinar no desenvolvimento de aes
de promoo, preveno, proteo e reabilitao da sade em nvel individual e
coletivo, em que cada profissional deve assegurar que sua prtica seja realizada de
forma integrada e contnua com as demais profisses e nas instncias do Sistema
nico de Sade (SUS). Alm disso, o enfermeiro precisa utilizar e desenvolver a
criticidade para analisar os problemas da sociedade e procurar solues que estejam
de acordo com a realidade de cada pessoa (BRASIL, 2011).
7/25/2019 06 Artigo Modelo
8/18
7
De acordo com as recomendaes da Associao Americana do Diabetes, so
necessrias a formao e a atuao de uma equipe multiprofissional como condio
decisiva para favorecer os cuidados aos portadores do DM, de forma a permitir melhor
qualidade de vida para estes indivduos.
As principais responsveis pela morbidade e mortalidade dos diabticos so as
complicaes crnicas, que podem ser decorrentes de alteraes na microcirculao,
causando retinopatia, nefropatia e neuropatia, ou na macrocirculao, levando
cardiopatia isqumica, doena cerebrovascular e doena vascular perifrica
(BRASILEIRO et al., 2005).
Os portadores de diabetes mellitus (DM) so em geral reconhecidos como
pacientes mais vulnerveis a uma srie de complicaes de natureza metablica e/oude origem infecciosa, como os processos bacterianos, fngicos e virais. Somam-se as
implicaes prprias da doena que, como se sabe, incluem alteraes vasculares e
neurolgicas, que muitas vezes contribuem para agravar as condies clnicas
vigentes. Aqui, as alteraes cutneas do DM sero subdivididas em quatro grupos:
leses fortemente associadas ao DM, infeces cutneas, reaes medicamentosas
e p diabtico (MINELLI et al., 2003).
No geral, o DM assintomtico nos estgios iniciais e muitas vezes odiagnstico obtido a partir das manifestaes das suas complicaes (LOPES,
2003). O risco destas aumenta com o decorrer dos anos e favorece o desenvolvimento
de incapacidades. Estas incapacidades podem impedir as pessoas de continuar
realizando suas atividades dirias e afastando-as do trabalho, graas s internaes
prolongadas e recorrentes (BOULTON; PEDROSA, 2006).
2.4 P diabtico: definies e consequncias
Os membros inferiores constituem uma das regies do corpo mais vulnerveis
em pessoas portadoras de DM. Neste sentido esforos devem ser realizados no
sentido na divulgao da ateno aos cuidados com os ps.
De acordo com Andrade et al. (2010), tal preocupao se baseia-se em
evidncias que mais de 10% das pessoas com DM so suscetveis a desenvolver
lceras nos ps em algum momento da vida. Essa suscetibilidade favorece leses
7/25/2019 06 Artigo Modelo
9/18
8
decorrentes de neuropatias perifricas, que acometem 80 a 90% dos casos, bem
como doena vascular perifrica e deformidades, denominadas p diabtico.
O p diabtico uma das mais graves e onerosas complicaes do DM e a
amputao de uma extremidade inferior ou parte dela geralmente consequncia de
uma lcera no p. O p diabtico o conjunto de alteraes ocorridas no p do
portador de DM, decorrentes de neuropatias, micro e macrovasculopatias e aumento
da susceptibilidade a infeco, devido s alteraes biomecnicas, que levam a
deformidades (OCHO-VIGO; PACE, 2005).
De acordo com Lopes (2003) relata que a neuropatia leva a uma
insensibilidade, isto , perda da sensao protetora e, subsequentemente,
deformidade do p, com a possibilidade de desenvolver uma marcha anormal. Aneuropatia torna o paciente vulnervel a pequenos traumas, provocados pelo uso de
sapatos inadequados ou por leses da pele ao caminhar descalo, os quais podem
precipitar uma lcera.
Rocha, Zanetti e Santos (2009) o fator mais importante para desencadeamento
de lceras nos membros inferiores a neuropatia diabtica, que afeta 50% dos
diabticos com mais de 60 anos. Esse agravo sade pode estar presente antes da
deteco da perda da sensibilidade protetora, resultando em maior vulnerabilidade atraumas, alm de acarretar um risco de ulcerao aumentado em sete vezes.
A neuropatia perifrica sensorial e motora a de maior impacto, pois,
juntamente com a doena vascular perifrica, propicia o aparecimento do p diabtico,
que uma complicao mutilante, recorrente, onerosa para o indivduo e para o
sistema de sade e tambm de manuseio clnico cirrgico complexo (BORTOLETTO;
HADDAD; KARINO, 2009).
Em relao s condies de risco para o desenvolvimento de ulceraes nosps, destacaram-se as seguintes alteraes: onicomicose, unha encravada, corte
inadequado das unhas, edema, varizes, pulso tibial alterado, ressecamento dos ps,
fissura, dedo em garra, acentuao do arco plantar, elevao do dorso plantar,
proeminncia metatarsiana, calos, formigamento, adormecimento e cibras (ROCHA;
ZANETTI;SANTOS, 2009).
Dessa maneira Santos-Vieira (2008) relata que as amputaes de extremida-
des inferiores se constituem num problema de sade pblica, devido sua alta
frequncia e principalmente, pela incapacidade que provoca, tempo de hospitalizao
7/25/2019 06 Artigo Modelo
10/18
9
com tratamento oneroso, gerando repercusses de ordem social e psicolgica para
os pacientes, podendo trazer muitas alteraes em relao qualidade de vida destas
pessoas e seus familiares.
O Ministrio da Sade constatou que 50% das amputaes poderiam ser
prevenidas atravs de aes educativas para profissionais, para portadores de dia-
betes mellitus e seus familiares, concomitante ao rastreamento de fatores de risco.
Anualmente, de 2% a 3% dos diabticos podem desenvolver lceras nos membros
inferiores e este percentual se eleva para 15% no transcurso de toda a sua vida
(BRASIL, 2006).
Os cuidados dirios com os ps, como no andar descalo, inspeo de reas
hipermicas, cuidado ao cortar unhas e boa higienizao so importantes para o noaparecimento de leses (BONA et al., 2010). H cinco pontos bsicos para preveno:
inspeo regular e exame dos ps e dos calados, identificao do paciente de alto
risco, educao do paciente, da famlia e dos profissionais de sade, uso de calados
apropriados, e o tratamento da patologia no ulcerativa.
Deste modo, necessrio que as pessoas com diabetes conheam este
mecanismo, para assim tomarem cincia da importncia de cuidar de seus ps, tanto
com medidas de higiene, hidratao e proteo com calados apropriados, quantocom a inspeo diria dos ps na procura de algum sinal de leso, salientando-se a
inspeo do interior dos calados, antes de us-los (OCHOA-VIGO et al., 2006).
3 METODOLOGIA
Este estudo trata-se de uma pesquisa descritiva, bibliogrfica integrativa, que
foi realizada a partir da anlise de dez artigos. De acordo com Lakatos e Marconi
(2010), pesquisa bibliogrfica ou de fontes secundria aquela desenvolvida com
base em materiais j publicados em livros, revistas, redes eletrnicas, e que esto
acessveis populao em geral.
Para Gil (2009), a pesquisa descritiva aquela que descreve as caractersticas
de determinada populao ou fenmeno ou, ento, o estabelecimento de relaes
7/25/2019 06 Artigo Modelo
11/18
10
entre variveis, e a bibliogrfica aquela desenvolvida com base em material j
elaborado, constitudo principalmente de livros e artigos cientficos.
O levantamento de dados foi realizado atravs da internet, de artigos cientficos
disponveis na Biblioteca virtual em sade (BVS), ScientificElectronic Library Online
SciELO, e atravs de literatura especfica. Para a busca dos artigos utilizou-se os
seguintes descritores: Enfermagem; Diabetes Mellitus; P Diabtico.
Os critrios de incluso utilizados foram artigos completos publicados em
portugus que abordam a temtica, publicados no perodo de 2002 a 2013, cujos
textos completos tenham disponibilidade pblica. A coleta de dados ocorreu entre
julho de 2013 a outubro de 2013.
Aps a anlise dos dados a partir dos artigos selecionados foi pautada aconstruo de categorias temticas que, conforme Minayo (2008) trata-se de um
processo que se desdobra em mais trs etapas: pr-anlise; explorao do material;
e tratamento dos resultados obtidos e interpretao.
4 RESULTADOS E DISCUSSO
4.1 O cuidado de enfermagem ao paciente diabtico, na ESF
A atuao do enfermeiro junto equipe de sade muito importante no sentido
de orientar os pacientes diabticos sobre os cuidados dirios com os ps e a
preveno do aparecimento das lceras. No obstante, na maioria dos casos, devido
procura tardia por recursos teraputicos, os pacientes apresentam leses j em
estdio avanado.
O controle do nvel glicmico, o tratamento do DM e o comparecimento s
consultas de enfermagem so importantes aspectos na preveno das amputaes,
portanto a educao em sade do diabtico deve ser parte integrante dos modelos
assistenciais, especialmente na rea de enfermagem (HIROTA; HADDAD;
GUARIENTE, 2008).
Neste sentido, a equipe de sade tem papel fundamental no processo de
educao e preveno dos pacientes diabticos, especificamente na preveno de
complicaes nos ps, dos portadores de DM. Deve-se realizar um exame criterioso
7/25/2019 06 Artigo Modelo
12/18
11
dos ps baseando-se nas caractersticas individuais identificadas e, juntamente com
o paciente, planejar aes que sejam eficazes e cabveis a cada um (BORTOLETTO;
HADDAD; KARINO, 2009).
Moreira e Sales (2010) relataram em sua pesquisa que muitas vezes os
profissionais de sade atribuem falta de tempo causa de no compartilharem
plenamente as vivncias dos seres com diabetes mellitus. Reflito sobre o tempo, que,
frequentemente, a desculpa do profissional de sade para se esconder do prprio
poder-ser, ou seja, um Ser de e para o cuidado.
Diante desta problemtica importante para o atendimento de pessoas
diabticas o envolvimento do paciente e sua famlia, das organizaes de sade e da
comunidade no tratamento. importante ressaltar a necessidade deacompanhamento, de apoio e de seguimento contnuo do paciente por uma equipe
multiprofissional de sade, pois quando os pacientes so acompanhados de forma
sistemtica possvel prevenir e/ou protelar as complicaes crnicas durante a
evoluo do Diabetes Mellitus.
Dentre as formas de enfrentamento ao diabetes atualmente desenvolvidas no
Brasil, destaca-se o Programa Sade da Famlia (PSF). Este programa uma
estratgia que visa reorganizao da ateno bsica sade e que deve estarcentrada na promoo da qualidade de vida. As aes propostas pelo PSF vo desde
a territorializao, atendimento ambulatorial com a realizao de consultas e outros
procedimentos at a proposio de visitas domiciliares, educao em sade e de
vigilncia epidemiolgica entre outras (VIEIRA-SANTOS, 2008).
Para Lopes e Oliveira (2004) os profissionais de sade devem ter ateno na
identificao das pessoas em risco para o Diabetes Mellitus (DM) e intensificar as
aes para promover seu controle, entre os j diagnosticados. Ressalta-se anecessidade dos profissionais de sade avaliarem as extremidades inferiores dos
diabticos de forma minuciosa e com frequncia regular durante as consultas
realizadas, bem como, desenvolverem atividades educativas para o seu autocuidado,
envolvendo o paciente diabtico, sua famlia e associado com um bom controle
glicmico.
Para Ochoa-Vigo, Pace (2005) o processo de educao fornecido pessoa
com diabetes deve ser reforado a cada contato, de acordo com as necessidades
7/25/2019 06 Artigo Modelo
13/18
12
relatadas e identificadas. Caber ao profissional enfatizar os cuidados que o paciente
dever dispensar a seus ps no contexto de vida individual.
Segundo Almeida et al., (2008), a assistncia de enfermagem um dos pontos
fundamentais para melhorar o prognstico dessa patologia afim de colaborar para
reduo de taxas de amputaes de membros inferiores em paciente com DM tipo 2.
O enfermeiro, integrante da equipe multidisciplinar, desempenha uma funo
importante nos diversos nveis de ateno sade, como agente cuidador e educador,
em consequncia da sua constante interao com a populao.
Portanto, o atendimento por meio de consultas de enfermagem ajuda a atingir
uma excelncia no cuidado, pois as necessidades do indivduo so avaliadas
continuamente, podendo incrementar o conhecimento do paciente sobre seu estadoe, consequentemente, melhorar o controle glicmico, o peso, a gerncia diettica, as
atividades fsicas e o bem estar psicolgico (CURCIO; LIMA; TORRES, 2009).
5 CONSIDERAES FINAIS
A reviso bibliogrfica empreendida nos permitiu sintetizar que os tratamentos
citados so de longa durao, situao que muitas vezes requer pacincia e cuidados
dirios com as leses dos ps de portadores de Diabetes mellitus.
Observa-se que o manejo dos ps da pessoa com diabetes complexo, pois
exige uma estreita colaborao e responsabilidade tanto dos pacientes, como dos
profissionais, para rastrear os problemas reais e potenciais, evitando, assim, o
desenvolvimento de complicaes. Dessa maneira, a equipe da assistncia primriadeve conscientizar-se das necessidades e riscos a que esto sujeitas as pessoas com
diabetes, principalmente aquelas em que a doena tem longa durao e aos idosos.
Desta forma a melhor maneira de evitar as complicaes , realmente, a
preveno, cabendo aos profissionais de enfermagem a importante funo de cuidar,
acompanhar periodicamente e diuturnamente orientar os pacientes portadores de DM,
seus familiares e a comunidade em geral, sobre a importncia dos cuidados com os
ps, a alimentao adequada, prticas regulares de exerccios fsicos e a necessidade
de um bom controle glicmico, para o alcance de uma vida mais saudvel.
7/25/2019 06 Artigo Modelo
14/18
13
Foi observado em todos os artigos pesquisados que o p diabtico uma das
mais devastadoras entre as complicaes da doena em funo do grande nmero
de casos que evoluem para a amputao. Os indivduos exercem controle do DM
quando contam com conhecimentos, habilidades, atitudes e a conscincia necessria
para o manejo do autocuidado.
Desta forma, os resultados obtidos nessa reviso de literatura sobre os
cuidados ao portador da Diabetes Mellitus com p diabtico nos remete uma reflexo
da importncia tanto em adquirir conhecimento sobre as complicaes, mas como
tambm sobre os cuidado relacionados com a doena quanto utilizao dos
processos educativos como maneira preventiva para manter uma boa qualidade de
vida.Portanto, a enfermagem deve estar atenta quanto ao seu papel juntamente com
equipe de sade, agindo na comunidade atravs da realizao de palestras e
atividades educativas para fim de promover autocuidado em sade, principalmente na
vida do portador do p diabtico e sua famlia.
REFERNCIAS
ANDRADE, N.H.S et al.Pacientes com diabetes mellitus: cuidados e preveno dop diabtico em ateno primria sade. Rev. enferm. UERJ. v.18, n.4, p.616-21,out./dez. 2010.
ALMEIDA, T.,et al. Assistncia de enfermagem na preveno e no cuidado do p
diabtico: uma reviso de literatura. Cincia e Conscincia, v.1, 2008.
BRASIL. Ministrio da Sade. Departamento de Ateno Bsica. rea Tcnica deDiabetes e Hipertenso Arterial. Hipertenso Arterial Sistmica (HAS) e DiabetesMellitus (DM):protocolo. Braslia: Ministrio da Sade; 2001.
______Manual de hipertenso arterial e diabetes mellitus. Braslia: Secretaria dePolticas de Sade, Ministrio da Sade; 2002.
______Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno Bsica. Cadernode Ateno Bsica:Diabetes Mellitus, n.16, srie A. Normas e manuais tcnicos. 1edio, BrasliaDF, 2006.
7/25/2019 06 Artigo Modelo
15/18
14
______Organizao Pan-Americana da Sade. Avaliao do Plano deReorganizao da Ateno Hipertenso Arterial e ao Diabetes Mellitus noBrasil.Braslia: Ministrio da Sade (MS); 2004a.
______Agncia Nacional de Sade Suplementar. Documentos tcnicos de apoioao frum de sade suplementar de 2003.Rio de Janeiro: Ministrio da Sade(MS); 2004b.
______Plano de aes estratgicas para o enfrentamento das doenascrnicas no transmissveis (DCNT) no Brasil 2011-2022.Braslia: Ministrio daSade (MS); 2011.
BARBUI, E.C.; COCCO, M.I..M. Conhecimento do cliente diabtico em relaoAos cuidados com os ps. Rev Esc Enferm USP. v.36, n.1, p.97-103, jan./ago. So
PauloSP, 2002.
BRASILEIRO, J.L et al. P diabtico: aspectos clnicos. J Vasc Br.v.4, n.1, p.11-21,2005.
BORTOLETTO, M.S.S.; HADDAD, M.C.L.; KARINO, M.E. P Diabtico, umaavaliao sistematizada. Arq.Cinc. Sade Unipar. v. 13, n. 1, p.37-43, jan./abr.2009.
BOULTON, A.; PEDROSA, H.C. Abordagem diagnstica, teraputica e preventiva daneuropatia perifrica. In: VILAR L. Endocrinologia clnica. 3a ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2006.
BONA, S.F et al. Prevalncia do p diabtico nos pacientes atendidos naemergncia de um hospital pblico tercirio de Fortaleza. Rev Soc Bras Clin Med.v.8, p1-5, nov./jan. FortalezaCE, 2010
CURCIO, R.; LIMA, M.H.M.; TORRES, H.C. Protocolo para consulta de enfermagem:assistncia a pacientes com diabetes melittus tipo 2 em insulinoterapia. RevistaGachade Enfermagem.v.30, n.3, p.552-557, set. Porto AlegreRS, 2009.
FAJARDO, C. A importncia do cuidado com o p diabtico: aes de preveno eabordagem clnica. RevBrasMedFam e Com. v.2, n.5, abr./jun. Rio de Janeiro, 2006
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa:4.ed. So Paulo: Atlas, 2009.
HIROTA, C.M.O.; HADDAD, M.C.L.; GUARIENTE, M.H.D.M. P diabtico: o papeldo enfermeiro no contexto das inovaes teraputicas. Cincia, Cuidado e Sade.v.7, n.1, p.114 -120, jan./mar. LondrinaPA, 2008.
GUANDALINI, V.R.; OLIVEIRA, M.R.M. O cuidado em sade e nutrio a
diabticos e hipertensos atendidos em unidades de sade da famlia sob a luzdas diretrizes oficiais. 2013. 110f. Tese (Doutorado em Cincias Nutricionais.)
7/25/2019 06 Artigo Modelo
16/18
15
Universidade Estadual Paulista. Jlio de MesquitaFilho. Faculdade de CinciasFarmacuticas. AraraquaraSP, 2013, p.48, 49 e 67.
LAURINDO, M.C et al. Conhecimento das pessoas diabticas acerca dos cuidados
com os ps. Arq Cinc Sade 2005.v.12, n.2, p.80-4, ago./jan. So Jos do RioPreto-SP, 2005.
LIMA, S.M.L et al. Utilizao de diretrizes clnicas e resultados na ateno bsica hipertenso arterial. Cad. Sade Pblica.v.25, p:2001-11, 2009.
LOPES, A.C.S et al. Consumo de nutrientes em adultos e idosos em estudo de basepopulacional: Projeto Bambu. Cad. Sade Pblica. v.21, n.4, p.1201-1209, 2005.
LOPES, F.A.M.; OLIVEIRA, F.A. Fatores de risco para o desenvolvimento do p
diabtico em sujeitos atendidos pelo Programa de Sade da Famlia. 2004.
LOPES, C.F. Projeto de assistncia ao p do paciente portador de diabetes melito. JVasc Bras.v.2, n1, p.79-82. 2003.
MARCON, S.S et al. Estratgias de cuidado a famlia que convive com a doenacrnica em um de seus membros. Cincia, Cuidado e Sade. v.8, p.70-78,set./mar. Maring- PA, 2009.
MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia cientifica.7. ed.rev. So Paulo: Atlas, 2010.
MINELLI, L et al. Diabetes mellitus e afeces cutneas.AnbrasDermatol. v. 78, n.6,p.735-747, nov./dez. Rio de Janeiro, 2003.
MINAYO, M.C.S. O Desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em sade.11.ed. So Paulo: Hucitec, 2008.
MINAYO, M.C.S.; DESLANDES, S.F.; GOMES, R. Pesquisa Social:teoria, mtodoe criatividade. 28.ed. Petrpolis: Vozes, 2009.
MIRANZI, S.S.C et al. Qualidade de vida de indivduos com diabetes mellitus ehipertenso acompanhados por uma equipe de sade da famlia. Texto ContextoEnferm.v.17, n.4, p. 672-9. Florianpolis, 2008.
MOREIRA, R.C.; SALES, C.A. O cuidado de enfermagem para com o ser portadorde p diabtico: um enfoque fenomenolgico. RevEscEnferm USP. v.44, n.4, p.896-903, jan./dez.Maring-PR, 2010.
MORESI, E. Metodologia da pesquisa.Universidade Catlica de BrasliaUCB.BrasliaDF, mar 2003.
7/25/2019 06 Artigo Modelo
17/18
16
NUNES, M.D.R.; DUPAS, G.; FERREIRA, N.M.L.A. Diabetes nainfncia/adolescncia: conhecendo a dinmica familiar. Rev Eletrnica Enferm.2007; v.9, n.1, p.119-30. 2007.
OCHOA-VIGO, K. et al. Caracterizao de pessoas com diabetes em unidades deateno primria e secundria em relao a fatores desencadeantes do pdiabtico. Acta Paul Enferm. v.19, n.3, p.296-303, jul./ago. Monte Alegre - SP,2006.
OCHOA-VIGO, K.; PACE, A.E. P diabtico: estratgias para preveno. Acta PaulEnferm.v.18, n.1, p.100-9, abr./ago. So Paulo, 2005.
PEIXOTO, G.V.; SILVA, R.M. Estratgias educativas ao portador de diabetesmellitus: reviso sistemtica. Revista Espao para a Sade. v.13, n.1, p.74-81, dez.Londrina, 2011.
RANGEL, D.L.O.; QUEIROZ, A.B.A. Arepresentao social das adolescentes sobrea gravidez nesta etapa de vida. Esc Anna Nery Rev Enferm. v.12, n.4, p.780-88,jun./dez. Rio de JaneiroRJ, 2008.
ROCHA, R.M.; ZANETTI, M.L.; SANTOS, M.A. Comportamento e conhecimento:fundamentos para preveno do p diabtico. Acta Paul Enferm. v.22, n.1, p.17-23,fev./abr. Ribeiro PretoSP, 2009.
VIEIRA-SANTOS, I.C.R et al. Prevalncia de p diabtico e fatores associados nasunidades de sade da famlia da cidade do Recife, Pernambuco, Brasil, em 2005.Cad. Sade Pblica.v.24, n.12, p.2861-2870, dez. Rio de Janeiro, 2008.
SARTORELLI, D.S.; FRANCO, L.J. Tendncias do diabetes mellitus no Brasil: opapel da transio nutricional. Cad. Sade Publica. v.19, sup.l1, p.29-36, 2003.
SALOM, G.M.; BLANES, L.; FERREIRA, L.M. Capacidade funcional dos pacientescom diabetes mellitus e p ulcerado. Acta Paul Enferm. v.22, n.4, p.412-6, dez./mai.So Paulo, 2009.
SILVA, A.R.V et al. Consulta de enfermagem a cliente com diabetes mellitus e
hipertenso arterialrelato de experincia. Rev. RENE. v. 8, n.3, p.101-106,set./dez. FortalezaCE, 2007.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diabetes mellitus tipo 2 no jovem.Diretrizes da sociedade Brasileira de diabetes. So Paulo:SBD,2007.
SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth:tratado de enfermagemmedico-cirurgica. 10ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 3v.
WORLD HEALTH ORGANIZATION.Global status report on noncommunicable
diseases 2010.WHO Global Report. Geneva:World Health Organization (WHO);2011.
7/25/2019 06 Artigo Modelo
18/18
17
ZANETTI, M.L et al. O cuidado pessoa diabtica e as repercusses na famlia. VerBras Enferm. v.61, n.2, p.186-92, mar./abr. Braslia- DF, 2008