06- Vazão

Embed Size (px)

Citation preview

  • Instrumentao e Controle

    ENG 233 Ter. e Qui. - 19:00-21:00 Sala 07.03.02

    UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

    Escola Politcnica Departamento de Engenharia Mecnica

    Salvador-Ba

    2010.2

    Professor

    Geraldo Natanael

    Noes bsicas de automao e controle de processos

  • 1. Conceito bsicos.

    2. Controle de Processo.

    3. Presso.

    4. Temperatura.

    5. Nvel.

    6. Vazo.

    7. Controle.

    8. Transmisso.

    9. Noes de projeto.

    Sumrio Plano de Curso Contedo Programtico

    2

  • Medio de vazo

  • A vazo actualmente a terceira grandeza mais medida em processos industriais, sendo suplantada pela temperatura e pela presso.

    Medidor de vazo , por definio qualquer instrumento que mesure o volume de um fluido que passa num escoamento por unidade de tempo.

    Podemos identificar o seu uso em quase todas as reas, de residncias a grandes industras.

    Medio de Vazo - Introduo 4

  • Medidores de Vazo

    Ao longo da histria, podemos destacar grandes contribuies para o aparecimento destes instrumentos. A primeira foi dada por Leonardo da

    Vinci que, em 1502, observou que a quantidade de gua por unidade de

    tempo que escoava em um rio era a mesma em qualquer parte,

    independente da largura, profundidade, inclinao e outros. Mas o

    desenvolvimento de dispositivos prticos s foi possvel com o surgimento

    da era industrial e o trabalho de pesquisadores como Bernoulli, Pitot e

    outros.

    5

  • Medidores de Vazo

    Os medidores de vazo podem-se caracterizar facilmente pelo seu princpio

    de funcionamento em 3 categorias:

    - Pesagem

    - Efeito da Fora de Arrasto

    - Equao de Energia

    6

  • Pesagem

    Baseia-se no fato de que a vazo pode ser determinada a partir do fluxo de massa que atravessa uma seco durante o intervalo de tempo.

    Os instrumentos necessrios para efectuar este tipo de medio so uma balana e um cronmetro.

    O mtodo apresenta como restries:

    - a necessidade de se desviar o fluxo;

    - a medio no instantnea, isto , requer tempo para que uma

    amostra de fluido seja colectada.

    7

  • Efeito da fora de arrasto

    Baseia-se no fato da fora de arrasto ser proporcional ao quadrado da velocidade mdia do escoamento na seco. Um dispositivo que

    emprega este mtodo denominado Rotmetro.

    O Rotmetro constitudo por um tubo transparente cnico graduado, por onde escoa o fluido, e por um flutuador (mais pesado

    que o fluido) que se posiciona dentro do tubo cnico em

    conformidade com o valor da vazo.

    8

  • Equao de Energia

    Consiste em se alterar a seco de escoamento para que sejam verificadas variaes nos termos da equao da energia aplicada entre estas seces

    de cada tipo de medidor.

    Dentre os medidores de vazo que empregam este fundamento destacam-se:

    - Vertedouro

    - Tubo de Pitot

    - Tubo de Venturi

    - Placa de Orificio

    9

  • Vertedouro

    empregado para medio de vazo em canais abertos. Consiste na reduo da seco de escoamento atravs da introduo de uma placa

    vertical com a configurao mostrada na figura.

    A vazo, obtida pela aplicao da Equao da Energia entre as seces 1 e 2, funo da altura H conforme a relao:

    Q=Cw .2/3.2g.H(3/2)

    Cw um coeficiente obtido experimentalmente que permite a obteno da vazo real no vertedouro a partir da vazo ideal obtida por meio do modelo

    simplificado mostrado na figura.

    Nuno Soares, 15/10/2010

    10

  • Placa de Orifcio

    A placa de orifcio consiste num disco com um orifcio central com sada em ngulo que deve ser montado concntrico ao eixo do conduto cilndrico,

    provido de duas tomadas de presso, uma a jusante e outra a montante do

    disco, conforme mostra a figura

    A medio da diferena de presso p1 p2 pode ser feita por algo simples como um manmetro U e uma tabela ou uma frmula pode ser usada para

    calcular a vazo. Ou pode ser coisa mais sofisticada como transdutores

    elctricos e o sinal processado por circuitos analgicos ou digitais para

    indicao dos valores de vazo.

    Nuno Soares, 15/10/2010

    11

  • Tubo de Venturi

    O tubo venturi um dispositivo composto por:

    - um trecho de tubulao de entrada com seco igual do conduto ao

    qual est acoplado e onde est instalado um anel piezomtrico para medir

    a presso esttica nesta seco;

    - uma tubeira convergente que tem por objectivo uniformizar a distribuio

    de velocidade na seco circular reduzida, chamada garganta, tambm

    munida de um anel piezomtrico para medio de presso esttica;

    - uma tubeira divergente que, gradualmente, leva a seco circular da

    garganta de volta medida do conduto, conforme mostrado na figura

    12

  • Tubo de Pitot

    Consiste num tubo com 2 circuitos unidos l dentro um mede a presso dinmica 2 cintica e o outro somente a dinmica. Assim sendo a diferena

    entre as 2 presses indica a presso cintica.

    Assim, recorrendo equao de Bernoulli, podemos calcular a velocidade do fluido e, posteriormente, a vazo.

    13

  • Medio de Nvel - Medio Direta 14

    Medio p.

  • Medio de vazo

    em canais abertos

    Calha Parshall

  • O medidor Parshall ou calha Parshall como conhecida, foi

    desenvolvida por Palph L.

    Parshall em 1920 nos Estados

    Unidos, um upgrade j

    conhecida calha venturi. Foi

    desenvolvida para uso em

    irrigaes, mas actualmente

    largamente utilizada em

    servios de saneamento,

    controlo de guas residuais e

    em instalaes industriais.

    Medio de Vazo - Calha Parshall 16

  • A Calha Parshall, um medidor de vazo para canais

    abertos. Ela constituda de

    uma estrutura com paredes

    verticais, possuindo na

    entrada um trecho

    convergente (0-1), um trecho

    contrado em declive de

    seco constante (1-2), e na

    sada um trecho divergente

    em aclive (2-3).

    17

    Medio de Vazo - Calha Parshall

  • Seco Convergente Tem por funo reduzir/adequar a velocidade

    do fludo em sua entrada, diminuindo

    a possibilidade de turbulncias e

    aumentando a capacidade de

    preciso de mensurao do

    equipamento.

    Seco de Estrangulamento (Garganta) - Segunda seco do

    equipamento, onde o lquido

    submetido a uma concentrao

    produzida pelo estreitamento das

    laterais e/ou pela elevao do fundo

    do canal.

    Seco Divergente ou de Alargamento Posicionada na parte final do equipamento, aps seu

    estreitamento (garganta), tem por

    objectivo propiciar a normalizao do

    fluxo do canal.

    18

    Medio de Vazo - Calha Parshall

  • Construo - dimenses

    Os tamanhos das Calhas Parshall

    so designados

    pelas larguras das

    gargantas (trecho

    contrado).

    Os tamanhos normalizados esto

    representados na

    tabela ao lado.

    19

  • Construo - dimenses

    20

  • Construo - materiais

    Podero ser fabricados nos seguintes materiais:

    - Concreto armado;

    - Chapa de ao inoxidvel;

    - Chapa de ao carbono revestido;

    - Resinas plsticas reforadas com fibra de vidro.

    Existem depois vrios tipos de aconselhamento escolha do material, assim como os cuidados a ter no manuseamento desse

    mesmo material.

    21

  • Seleco de Tamanho

    Para a seleco do tamanho da Calha Parshall, devem ser conhecidos os seguintes dados:

    - largura do canal na montante e na jusante

    - vazes mxima e mnima

    - profundidade da gua no canal

    - perda de carga admissvel

    - previso para vazes futuras

    E as seguintes indicaes devem ser atendidas para se obter escoamento livre:

    - relao Hb/Ha < 0,6 para medidores at 22.

    - relao Hb/Ha < 0,7 para medidores de 30 a 40

    22

  • Instalao

    A Calha Parshall deve ser instalada precedido montante de um canal rectangular onde o escoamento seja uniforme e minimize sensivelmente as

    turbulncias (Aproximadamente 20 x h , sendo h a altura da lmina mxima

    na garganta do medidor).

    A Calha deve ter o mesmo eixo dos canais de jusante e de montante.

    Devero ser previstas vlvulas de bloqueio de vazo a montante e a jusante do sistema com o objetivo de executar manutenes e bloquear

    possveis refluxos.

    Dever ser instalado um sistema de gradeamento a montante da calha , de forma a evitar a passagem de resduos que possam comprometer o bom

    funcionamento do equipamento de medio.

    O sistema dever possuir pisos, em volta da calha, com inclinao, de forma que os resduos possam escoar para o seu interior, e ainda possuir

    torneira e mangueira para a limpeza geral.

    23

  • Instalao

    Considera-se adequadamente projectada a Calha Parshall com escoamento livre quando as seguintes condies so satisfeitas:

    - Carga total na crista do medidor no superior carga total na seco de

    entrada;

    - A perda de carga no medidor no superior carga disponvel;

    - O intervalo de vazes perfeitamente coberto pelo medidor em questo,

    seguindo as faixas de vazes por largura de garganta conforme

    apresentadas anteriormente.

    Existem mais indicaes, mais pormenorizadas e tecnicamente mais vlidas mas no so constantes, variando com o equipamento e com o uso

    que este vai ter.

    24

  • Operao

    Operando-se com um escoamento livre, basta uma medida Ha para se

    conhecer a vazo. Esta medida Ha feita na seco convergente, crista,

    localizada a 2/3 da dimenso B ou A.O clculo efectuado recorrendo

    seguinte expresso: Q = K x Hn

    Nuno Soares, 15/10/2010 25

  • Valores de K e n

    Nuno Soares, 15/10/2010 26

    K uma constante que depende das dimenses da calha e ajuste da unidade de engenharia;

    n um valor que difere ligeiramente de 3/2

  • Manuteno

    A manuteno deste instrumento bastante simples e reduzida, por fora da simplicidade o prprio instrumento. Para tornar ainda mais simples a

    manuteno, verifica-se que a formao de detritos devido a materiais em

    suspenso muito baixa.

    Alm do aspecto limpeza, observar as condies da calha propriamente dita, pois dependendo do material de construo (se concreto, madeira,

    metal ou fibra de vidro) pode ter tempo de vida varivel.

    Faz-se tambm uma vistoria s condies da calha cuja periodicidade varia de acordo com o material e condies de operao.

    27

  • Fluxograma

    28

  • Fluxograma

    29

  • DataSheet

    30

  • Medio de Vazo em Canais

    Abertos - Calha Parshall

    31

    Medio p.

  • Medio de Vazo em Canais

    Abertos - Calha Parshall

    32

    Medio p.

  • Medio de Vazo em Canais

    Abertos - Calha Parshall

    33

  • Medio de Vazo em Canais

    Abertos - Calha Parshall

    34

  • Medio de Vazo em Canais

    Abertos - Calha Parshall

    35

  • Medio de Vazo em Canais

    Abertos - Calha Parshall

    36

  • Medio de vazo

    Chave de Fluxo Tipo Palheta

  • Chave de Fluxo - Fluxostato 38

  • Medidor de Fluxo - Rotmetro 39

  • So dispositivos utilizados para medir vazes;

    rea varivel;

    Indicao instantnea e direta;

    Transmisso, alarme e controle;

    Versteis e econmicos;

    Indstria Qumica, Farmacutica, Petroqumica, Alimentcia, Mecnica.

    Medidor de Fluxo - Rotmetro

  • CONSTRUO DOS ROTMETROS

  • PRINCPIO DO FUNCIONAMENTO DO

    ROTMERO

  • PRINCPIO DO FUNCIONAMENTO DO

    ROTMETRO

  • CONSTRUO DOS ROTMETROS

    Os materiais dependem da natureza do fluido;

    Simplicidade de construo;

    Baixo custo das peas e dos materiais;

  • TUBO MEDIDOR

    BIA

    Tamanho

    Comprimento

    Materiais

    Vazo

    Presso

    Materiais

    Densidade

    Resistncia

    Forma

  • GAMA DE MEDIDAS

    GAMA DE TEMPERATURAS

    GAMA DE FLUXOS

    GAMA DE PRESSES

    0,04 l/h a 150 m3/h para a gua e 0,5 l/h a 3.000 m3/h para o ar

    (-20C) e (0C) (121C-177C) tubo de vidro

    (177C-260C) tubo metlico

  • CIRCUITO DE MEDIDA Medidores; Indicadores; Transmissores; Controladores.

    Componentes associados:

    Bias com ms; Alarme de vazo;

    Bobina de indutncia; Reguladores de diferencial;

    Sistema pneumtico; Interruptores;

    Vlvula controladora.

  • CALIBRAO

    Leituras afetadas pela densidade do fluido;

    Alteraes de temperatura, presso e gravidade;

    Correo atravs de formulas - Mecnica dos Fluidos;

    Fatores de correo;

    Biblioteca de tabelas de correo;

    Curvas para gases sob diversas condies;

  • Introduo ao Controle de Processos Industriais

    Medio de Variveis de Processo

    CRITRIOS PARA SELEO

    Caractersticas do fluido:

    Densidade

    Viscosidade

    Condutibilidade

    Caractersticas do processo:

    Presso

    Temperatura

    Vazo

    Lquido ou gs

    Dimenses da rede

    Medidor de Fluxo - Rotmetro

  • SELEO

    Especificao do cliente Caracterstica do fluido

    Taxa de fluxo Perda de presso

    Exatido/Repetibilidade Preo

  • INSTALAO E MANUTENO

    Posio vertical;

    Suporte;

    Meios de fixao da tubulao;

    Dispositivo de segurana;

    Poucos cuidados;

    Depsitos na bia e no tubo;

    Jato de lquido de limpeza adequado;

    Periodicamente removido, limpo e examinado

  • VANTAGENS

    Medem fluxo de lquidos e gases;

    Perdas mnimas de presso;

    Concepo simples;

    Fcil de calibrar;

    Fugas de entrada e sada praticamente nulas;

    Indicao local, sem necessidade de aparelhos auxiliares;

    Capacidade de resistncia a corroso e ao desgaste;

    Podem ser aplicados diversas situaes;

    Fornecem boa exatido e segurana;

    No caro.

  • DESVANTAGEM

    Preciso afetada pelos depsitos interiores;

    Custo elevado para grandes fluxos;

    Fragilidade do tubo de medida;

    Bolhas de ar no interior do tubo podem causar erros de leitura;

  • 55

    ALVES, Jos L., Instrumentao, Controle e Automao de Processos. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

    BEGA, E. A., Instrumentao Industrial, Editora Intercincia, (2003); FIALHO, A. B., Intrumentao Industrial: Conceitos, Aplicaes e Anlises, 2 ed., Editora Erica, (2004);

    MIYAGI, P. E., Controle Programvel - Fundamentos do Controle de Sistemas a Eventos Discretos, Edgard Blcher, (1996); [629.89 M685C];

    RIBEIR, Marco Antnio. Instrumentao - 8a Edio 1999 Tek Treinamentos Lta. CAMPOS, Mario Cesar M. M. & TEIXEIRA, Herbert C. G., Controles Tpicos de Equipamentos e Processos Industriais, So Paulo:Blucher, 2006.

    CAPELLI, Alexandre. Automao Industrial - Controle do movimento e processos contnuos.

    BALBINOT, Alexandre; BRUSAMARELLO, Valner Joo. Instrumentao e fundamentos de medidas VOL.1 Editora: LTC

    BRUSAMARELLO, Valner Joo. Instrumentao E Fundamentos De Medidas. Editora: Ltc

    SIGHIERI. L.; NISHIARI, A; Controle automtico de processos industriais Instrumentao

    http://www.instrumentacao.com - 02.07.09 http://www.levelcontrol.com.br - 02.07.09

    Referncias Bibliogrficas

    Prof Geraldo Natanael