07 Cap 16 a Afetividade e Suas Alterações

Embed Size (px)

DESCRIPTION

hvhjcbcx

Citation preview

8

A AFETIVIDADE E SUAS ALTERAESCapitulo 164. Termo FAMAProfa. Graa Martins-Psicopatologia

Afetividade:Afetividade um termo genrico , que compreende vrias modalidades de vivncias afetivas, como o humor, as emoes e os sentimentos.A vida afetiva: a dimenso psquica que d cor, brilho e calor a todas as vivncias humanas.Humor ou estado de nimo: definido como o tnus afetivo do indivduo, o estado emocional basal e difuso em que se encontra a pessoa em determinado momento. um transfundos essncias da vida psquica.Disposio afetiva de fundo: a penetrao de toda a experincia psquica, a lente afetiva que d as vivncias do sujeito, a cada momento, uma cor particular, ampliando ou reduzindo o impacto das experincias reais, e muitas vezes, modificando a natureza e o sentido das experincias vivenciadas.Emoes:Podem ser definidas como reaes afetivas agudas, momentneas, desencadeadas por estmulos significativos. Assim a emoo um estado afetivo intenso, de curta durao, originando geralmente como a reao do indivduo a certas excitaes internas ou externas, conscientes ou inconscientes.Sentimentos:So estados e configuraes afetivas estveis. Os sentimentos esto comumente associados a contedos intelectuais, valores, representaes e, em geral, no implicam concomitantes somticos.Sentimentos da esfera da tristeza:Melancolia, saudade, tristeza, nostalgia, vergonha, impotncia, aflio, culpa, remorso, autodepreciao, autopiedade, sentimento de inferioridade, infelicidade, tdio, desesperana, e etc.Sentimentos da esfera da alegria:Euforia, jbilo, contentamento, satisfao, confiana, gratificao, esperana, expectativa, etc.Sentimento da esfera de agressividade:Raiva, revolta, rancor, cime, dio, ira, inveja, vingana, repudio, nojo, desprezo e etc.Sentimentos relacionados atrao pelo outro:Amor, atrao, teso, estima, carinho, gratido, amizade, apego, apreo, respeito, considerao, admirao, etc.Sentimentos associados ao perigo:Temor, receio, desamparo, abandono, rejeio, etc.Sentimentos de tipo narcsico:Vaidade, orgulho, arrogncia, onipotncia, superioridade, empfia, prepotncia, etc.Afetos:Defini-se afeto como a qualidade e o tnus emocional que acompanha uma ideia ou representao mental.Paixes:A paixo um estado afetivo extremamente intenso, que domina a atividades psquica como um todo captando e dirigindo a ateno e o interesse do indivduo em uma s direo, inibindo os demais interesses.Reao afetiva:Ocorre sempre em um contexto de relaes do Eu com o mundo e com as pessoas, variando de um momento para outro medida que os eventos e as circunstncias da vida se sucedem.Sintonizao afetiva: a capacidade de o individuo ser influenciado afetivamente por estmulos externos; assim, o sujeito entristece-se com ocorrncias dolorosas, alegra-se com eventos positivos, ri com uma boa piada, enfim, entra em sintonia com o ambiente.A irradiao afetiva: a capacidade que o indivduo tem de transmitir, irradiar ou contaminar os outros com seu estado afetivo momentneo; por meio da irradiao afetiva, faz com que os outros entrem em sintonia com ele.Rigidez afetiva:O individuo no deseja, tem dificuldade ou impossibilidade tanto de sintonizao como de irradiao afetiva; ele no produz reaes afetivas nos outros nem reage afetivamente diante da situao existencial cambiante.Sentir propriamente o medo:O homem primeiro v o tigre, comea em seguida a suar, a empalidecer, a ter taquicardia e, em consequncia dessas mudanas corporais, passa, ento, a sentir propriamente o medo.Circuito cerebral das emoes:Incluem estruturas da face medial dos lobos temporais e frontais. Tais estruturas seriam basicamente um hipocampo, o frnice , os corpos mamilares, o hipotlamo, os ncleos talmicos anteriores e o giro singular do lobo frontal. So estruturas filogeneticamente muito antigas.O sistema lmbico:Compreende estruturas corticais como o crtex lmbico frontotemporal, o hipocampo e o giro singulado, bem como estruturas subcorticais, como a amgdala, os ncleos septais, hipotlamo, os ncleos anteriores do tlamo e, em parte, os ncleos da base.Amgdala: uma estrutura situada na regio temporal medial, que, juntamente com suas protees eferentes e aferentes, tem grande importncia nas reaes de medo.O ncleo lateral da amgdala:Esta envolvido com a percepo de estmulos auditivos relacionados ao medo. Alm de estmulos auditivos, estmulos visuais (principalmente relacionados expresso facial emocional), assim como olfativos e gustativos, tambm cheiro chegam amgdala, e formando sobre o ambiente, sobretudo em relao colaborao afetiva dos estmulos ambientais.Ncleo central da amgdala:Emite projees para o tronco cerebral (principalmente para a substncia cinzenta periaquedutal, p. ex.,desencadeando reaes de congelamento) e para o hipotlamo, conduzindo respostas hormonais ao medo e ao estresse.Tais respostas hormonais e comportamentais preparariam o individuo para aes do tipo luta, fuga, alimentao ou sexo.Crtex orbitofrontal:Esta intimamente relacionada s emoes, esta regio situa-se na parte mais dianteira dos lobos frontais, em posio acima adjacente aos globos oculares, sendo particularmente ativada aps estmulo ttil prazeroso, assim como por odores e sabores agradveis.Circuito sptico hipocampal:Tem sido implicado nas experincias de ansiedade.Tambm outros circuitos, que envolvem o hipotlamo, o tronco cerebral, o crtex renal adjacente e o telencfalo basal, tem sido apontados como relevantes para diferentes experincias emocionais.A poro medial do lobo frontal:Essa rea possui importantes deferncias para a amgdala e as zonas do mesencfalo, parte do sistema modulador cardiovascular e de resposta dopaminrgicas e de ACTH/corticosterona a estmulos aversivos.O giro cingulado:Localizado na poro medial dos lobos frontais, est envolvido de modo estrategicamente importante no controle das emoes.Lobo parietal direito:Pacientes com leso nesta rea apresentam agnosia do dimidio esquerdo com heminateno visual esquerda. Responde com indiferena quando so constatados seus dficits (anosognosia) e podem apresentar humor expansivo, alegre, em contraposio ao humor triste e aptico dos pacientes com leses nas reas frontais anteriores esquerdas.Angustia: um afeto bsico emergindo do eterno conflito entre o indivduo, seus impulsos instintivos primordiais, seus desejos e suas necessidades, por um lado, e, por outro, as exigncias de comportamento civilizado, restries (por exemplo, no desejar a mulher do prximo, no matar, respeitar o tabu do incesto, etc.) que a cultura impe ao individuo. Devido a tais restries, a pessoa experimenta irremediveis mal-estar na cultura.Depresso ou melancolia:Relaciona-se ao modo particular de elaborao inconsciente de perdas reais ou simblicas .Distimia: o termo que designa a alterao bsica do humor, tanto no sentido da inibio como no sentido da exatido.Transtorno distimia:Segundo a classificao do CID-10 e do DSM-IV, um transtorno depressivo leve e crnico.Depresso:Significa tristeza patolgica, que se tornou uma designao consagrada, que vem substituindo o termo clssico distimia hipotmica ou melanclica.Distimia hipertmica:Expansiva ou eufrica, para nomear a exaltao patolgica do humor, ou seja, as bases afetivas dos quadros manacos. Muito frequentemente junto com o humor depressivo (sobretudo quando este acompanhado de desesperana e muita angustia) ocorrem ideias relacionadas morte (gostaria de morrer para que o sofrimento acabasse.), ideias suicidas (penso em me matar, em acabar com minha vida.), planos suicidas (planejei como iria me matar.), atos (comprei remdios, venenos, uma corda para me enforcar.) e tentativas de suicdio.Disforia:Diz respeito distimia acompanhada de uma tonalidade afetiva desagradvel, mal-humorada.Depresso disfrica ou mania disfrica:Esta sendo designado um quadro de depresso ou de mania acompanhada de forte componente de irritao, amargura, desgosto ou agressividade.Hipotimia:Refere-se base afetiva de todo transtorno depressivo.Hipertimia ou distimia hipertmica:Refere-se a humor patologicamente alterado no sentido de exaltao e da alegria.Euforia ou alegria patolgica:Defini-se o humor morbidamente exagerado, no qual predomina um estado de alegria intensa e desproporcional s circunstncias.Elao ou expanso do eu: uma sensao subjetiva de grandeza e de poder. O eu vai alm dos seus limites, ganhando o mundo.Puerilidade: uma alterao do humor que se caracteriza pelo aspecto infantil, simplrio, regredido. O indivduo ri ou chora por motivos banais; sua vida afetiva superficial, sem afetos profundos, consistentes e duradouro. Verifica-se a puerilidade especialmente na esquizofrenia hebefrenica, em indivduos com dficit intelectual, em alguns quadros histricos e em personalidades imaturas de modo geral.Moria: uma forma de alegria muito pueril, ingnua, boba, que ocorre principalmente em pacientes com leses extensas dos lobos frontais, em deficientes mentais e, em indivduos com quadros demncias acentuados.Estado de xtase:H uma experincia de beatitude, um sensao de soluo do Eu no todo, de compartilhamento intimo do estado afetivo interior com o mundo exterior, muitas vezes com o colorido hipertmico e expansivo. Esta frequentemente associados a experincias circunscritas a um contexto religioso ou mstico, no sendo aqui considerado como fenmeno psicopatolgico, mas cultural. Presente tambm em alguns transtornos histricos, na esquizofrenia ou na mania.Irritabilidade patolgica:H hiper-restividade desagradvel, hostil e, eventualmente, agressiva a estmulos (mesmo leves) do meio exterior. Qualquer estmulo sentido como perturbador, e o indivduo reage prontamente de forma disfrica. Qualquer rudo (de crianas da televiso, de carros,etc.), a presena de muitas pessoas no local, qualquer crtica pessoa do doente, enfim , tudo vivenciado com muita irritao.Irritabilidade: um sintoma bastante frequente e inespecfico, indicando, no raramente, quadro de natureza orgnica.Ansiedade: definida como estado de humor desconfortvel, apreenso negativa em relao ao futuro, inquietao interna desagradvel. Inclui manifestaes somticas e fisiolgicas (dispnia, taquicardia, vasoconstrio ou dilatao, tenso muscular, parestesia, tremores, sudorese, tontura, etc.) e manifestaes psquicas (inquietao interna, apreenso, desconforta mental, etc.).Angstia: um tipo de vivncia mais pesada, mais fundamental que a experincia da ansiedade. Relaciona-se diretamente sensao de aperto no peito e na garganta de compreenso, sufocamento .Assemelha-se muito ansiedade mas tem conotao mais corporal e mais relacionada ao passado.Medo:Caracteriza-se por referir-se a um objeto mais ou menos preciso, diferencia-se da ansiedade e da angstia, que no se referem a objetos preciosos (o medo quase sempre,medo de algo).Angstia de castrao (Freud):Em sensu strictu, seria o medo de perder ou ferir os genitais, de ser castrado, no contexto do complexo de dipo.Angstia de morte ou de aniquilamento: a sensao intensa de angstia perante perigo ou situao (real ou fantasia) que indiquem ao sujeito a proximidade ou a possibilidade iminente da morte ou do aniquilamento (do corpo, do ego).Ansiedade depressiva: vivida por um sujeito que teme perder deus objetos bons; teme que estes sejam destrudos ou desintegrados, e, juntamente com eles, seu prprio Eu.Ansiedade persecutria ou paranide: o tipo de ansiedade vivida como temor de retaliao feroz aos ataques imaginrios, fantasmagricos, que o sujeito, em sua fantasias, perpetrou contra seus objetos internos ou externos.Angstia de separao:Seria as reaes emocionais vividas pela criana quando separada da me, manifestando seus afetos com choro, desespero e grande aflio.Angstia existencial:Se articula ao fato de o homem estar condenado a ser livre, a no poder de forma alguma abdicar de seu livre arbtrio, em oposio a todos os determinismo histrico e sociais.Ansiedade de desempenho: a reao de ansiedade associada a temores em relao execuo de uma tarefa, possibilidade de ser avaliado criticamente por pessoas importantes ou significativas.Ansiedade antecipatria: a ansiedade vivenciada antes da ocorrncia de uma situao estressantes experimentada na imaginao do indivduo que fica remoendo como ser sua futura situao desconfortvel. Trata-se de um tipo de ansiedade muito comum em indivduos com fobias sociais que, ao imaginarem que no dia seguinte iro entrar em contato com pessoas desconhecidas ou crticas, sofrem antecipadamente diante da possibilidade de tal encontro.Embotamento afetivo: observvel por meio da mmica, da postura e da atitude do cliente. Ocorre tipicamente nas formas negativas, deficitrias de esquizofrenia.Apatia:Incapacidade de sentir afeto.Anedonia:Incapacidade de sentir prazer.Bela indiferena:Trata-se de certas friezas afetivas incompreensvel diante dos sintomas que o cliente apresenta (p.ex.,paralisia psicognicas das pernas, somatizaes, perdas psicognicas da voz, da viso, etc.) uma frieza e uma indiferena que parecem indicar qual, no fundo (de forma inconsciente), o cliente sabe que seus sintomas so psicognicos e potencialmente reversveis, denotando at certo exibicionismo por trs da indiferena .Labilidade e a incontinncia afetiva:Podem ocorrer em quadros de depresso ou mania, estados graves de ansiedade e esquizofrenia. Deve-se sempre lembrar que tanto a labilidade como a incontinncia afetiva so sintomas que podem estar associados a quadros psico-orgnicos associados a risos patolgicos e choro patolgicos.Neotimia: a designao para sentimentos e experincias afetivas por clientes em estado psictico. So afetos muito estranhos e bizarros para a prpria pessoa que os experimenta.Fobia simples: o medo intenso e desproporcional de determinados objetos, geralmente pequenos animais (baratas, sapo, cachorro, etc. .)Fobia social: o medo de contato e interao social, principalmente com pessoas pouco familiares ao indivduo e em situaes nas quais o cliente possa se sentir examinado ou criticado por tais pessoas (proferir aulas ou conferncias, ir a festas, encontros, etc.).Agorafobia: o medo de espaos amplos e de aglomeraes como estgios, cinemas, supermercados. Inclui-se na agorafobia o medo de ficar retido em congestionamento.Claustrofobia: o medo de entrar (e ficar preso) em espaos fechados, como elevadores, salas pequenas, tneis, etc. H, alm dessas quatro formas mais comuns de fobia, classificadas de acordo com o objeto ou a situao fobgena.Pnico: a reao de medo intenso, de pavor, relacionada geralmente ao perigo imaginrio de morte iminente, descontrole ou desintegrao. O pnico se manifesta quase sempre com crises de pnico.Crises de pnico:So crises agudas e intensas de ansiedade, acompanhada por medo intenso de morre ou de perder o controle e de acentuada descarga autonmica (taquicardia, sudorese, etc.).As crises caracterizam-se pelo inicio abrupto de uma sensao de grande perigo e desejo de fugir ou escapar de situao.Cimes: um fenmeno emocional complexo no qual o individuo sente receio, medo, tristeza ou raiva diante da ideia , sensao ou certeza de que a pessoa amada gosta mais de outra pessoa (ou objeto) e pode abandon-lo ou preteri-lo.Cimes de intensidade extrema:Desprovido de crtica, difcil de ser diferenciado do delrio de cimes.Inveja: a sensao de desconforto, raiva e angstia diante da constatao de que outra pessoa possui objetos, qualidades, relaes que o indivduo gostaria de ter, mas no tem. Pode ser importante fonte de sofrimento em indivduos imaturos , extremamente neurticos e com transtornos da personalidade. Alm disso, a inveja intensa pode ter efeitos devastadores nas relaes interpessoais.