07 Trabalho e Energia Cinetica

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  • Verso preliminar7 de setembro de 2002

    Notas de Aula de Fsica

    07. TRABALHO E ENERGIA CINTICA............................................................................ 2MOVIMENTO EM UMA DIMENSO COM FORA CONSTANTE....................................................... 2TRABALHO EXECUTADO POR UMA FORA VARIVEL................................................................ 2

    Anlise unidimensional ................................................................................................. 3Anlise tridimensional ................................................................................................... 4

    TRABALHO REALIZADO POR UMA MOLA.................................................................................. 4UMA PARTCULA EM QUEDA LIVRE......................................................................................... 6ENERGIA CINTICA.............................................................................................................. 7TEOREMA DO TRABALHO - ENERGIA CINTICA........................................................................ 7POTNCIA .......................................................................................................................... 7

    Potncia mdia ............................................................................................................. 7Potncia instantnea..................................................................................................... 8

    SOLUO DE ALGUNS PROBLEMAS ....................................................................................... 904 .................................................................................................................................. 909 ................................................................................................................................ 1011 ................................................................................................................................ 1117 ................................................................................................................................ 1226 ................................................................................................................................ 1327 ................................................................................................................................ 1432 ................................................................................................................................ 1537 ................................................................................................................................ 1638 ................................................................................................................................ 18

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 2

    07. Trabalho e energia cintica

    Podemos definir trabalho como a capacidade de produzir energia. Se uma foraexecutou um trabalho W sobre um corpo ele aumentou a energia desse corpo de W .

    Esse definio, algumas vezes parece no estar de acordo com o nosso entendi-mento cotidiano de trabalho. No dia-a-dia consideramos trabalho tudo aquilo que nos pro-voca cansao. Na Fsica se usa um conceito mais especfico.

    Movimento em uma dimenso com fora constante

    F!

    d

    F!

    d!

    W = F d dFFdW!!

    == cos

    O trabalho realizado por uma fora constante definido como o produto do deslo-camento sofrido pelo corpo, vezes a componente da fora na direo desse deslocamen-to. Se voc carrega uma pilha de livros ao longo de uma caminho horizontal, a foraque voc exerce sobre os livros perpendicular ao deslocamento, de modo que nenhumtrabalho realizado sobre os livros por essa fora. Esse resultado contraditrio com asnossas definies cotidianas sobre fora, trabalho e cansao!

    Trabalho executado por uma fora varivel

    Para uma anlise inicial, vamos considerar o grfico do trabalho versus desloca-mento para uma fora constante que atua na direo do deslocamento.

    Como foi definido anteriormente

    W = F d

    que a rea debaixo da curva, ou seja oretngulo compreendido entre as posi-es inicial e final vezes o valor da foraaplicada. Ou seja:

    W = 40 . (3,8 - 2) = 72Joules

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 3

    Anlise unidimensional

    Quando est atuando sobre umcorpo uma fora varivel que atua nadireo do deslocamento, o grfico daintensidade da fora versus o desloca-mento tem uma forma como a da figuraao lado. O trabalho executado por essa for-a igual a rea abaixo dessa curva.Mas como calcular essa rea se a curvatem uma forma genrica, em princpio? Uma primeira aproximao para oclculo dessa rea seria dividir a rea aser calculada em pequenos retngulos,como esses pontilhados da figura aolado. A rea abaixo da curva contnuaseria aproximada pelo retngulo defini-do pela reta pontilhada. Se chamarmos o trabalho entre asposies 2 e 2,6 de Wi , teremoscomo aproximao para esse trabalho oproduto da fora F(xi) = 22,7 vezes odeslocamento xi = 2,6 - 2,0 = 0,6 . Ouseja:

    Wi = F(xi)xi

    O trabalho total, ao longo de todoo percurso considerado ser a somados trabalhos de cada pequeno percur-so:

    W = i Wi = i F(xi)xi A aproximao da curva pelos re-tngulos vai ficar tanto mais prxima doreal quanto mais subdivises conside-rarmos. E no limite em que xi formuito pequeno a aproximao ser umaigualdade. Ou seja:

    =

    iiix

    xxFLimWi

    )(0

    A equao anterior a prpria definio de integral, e desse modo o trabalho execu-tado por uma fora varivel entre uma posio inicial i e uma posio final f ser:

    = fi

    dxxFW )(

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    Cap 07 [email protected] 4

    Anlise tridimensional

    Vamos considerar uma fora)(rF!!

    que atua em um corpo de mas-sa m , ao longo de uma trajetriaque vai do ponto inicial i at o pontofinal f , ao longo de uma curva C

    =C

    rdrFW!!!

    )(

    onde a integrao considerada ao

    )(rF!!

    rd!

    f

    ilongo da trajetria usada pelo corpo.

    De modo geral a fora considerada como:

    ),,(),,(),,()( zyxFkzyxFjzyxFirF zyx ++=!!

    edzkdyjdxird ++=

    !

    [ ] ++= fi

    Zyxif dzzyxFdyzyxFdxzyxFW ),,(),,(),,(

    onde a integrao feita ao longo da curva C que define a trajetria do corpo.

    Trabalho realizado por uma mola

    Vamos analisar o movimento de um sistema composto por um bloco de massa mque est sobre uma superfcie horizontal sem atrito, e tem preso a si uma mola. A outraextremidade da mola est fixa. Quando a mola est num estado relaxado ela no estdistendida ou comprimida. Nessa situao ela no exerce fora alguma no bloco.

    Mola relaxada

    x = 0

    Quando o bloco se desloca da posio relaxada ou de equilbrio a mola exerce so-bre ele uma fora restauradora que para que ele retorne posio de equilbrio original.Quando o deslocamento na parte positiva do eixo x a fora restauradora aponta para osentido negativo desse eixo, e quando o deslocamento se d na parte negativa do eixo xa fora restauradora aponta para o sentido positivo desse eixo.

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 5

    Quando o deslocamento do bloco muito pequeno em comparao dimenso damola podemos considerar o que chamado de pequenas oscilaes, e neste caso pode-mos dizer que a fora restauradora proporcional ao deslocamento do bloco em relao sua posio de equilbrio. essa aproximao tambm conhecida como Lei de Hooke, epode ser expressa do seguinte modo:

    rkF!!

    =

    onde chamamos k de constante elstica da mola.

    Mola distendida

    x = 0

    Se o bloco se deslocou na parte positiva do eixo x , temos que xir =!

    e portanto

    a fora aponta para o sentido negativo do eixo: ixkF =!

    Mola comprimida

    x = 0

    Se o bloco se deslocou na parte negativa do eixo x , temos que xir =!

    e por-

    tanto a fora aponta para o sentido positivo do eixo: ixkF =!

    .

    O trabalho realizado pela mola para levar o corpo de uma posio inicial at umaposio final ser:

    ( ) rdrkrdFW fi

    f

    iif

    !!!!==

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    Cap 07 [email protected] 6

    Como o deslocamento se d no eixo x , temos que:

    ==

    = dxxrdrdxirdxir !!

    !

    !

    logo, o trabalho realizado pela mola ser

    ( )22222 if

    x

    x

    f

    iif xx

    kxkdxxkWf

    i

    ===

    Uma partcula em queda livre

    Quando uma partcula se movimenta sob a aoda gravidade, esta a nica fora que nela atua. Quando a partcula estiver subindo, o desloca-mento elementar rd

    ! e a fora peso tm sentidos contr-

    rios, logo o trabalho executado pela fora peso entre asposies inicial e final ser:

    ( ) ( ) == fi

    f

    iif dymgdyjjmgW

    Wif = - mg ( yf - yi )

    Partcula subindo

    y final

    rd!

    gm!

    incio

    Quando a partcula estiver descendo, o desloca-mento elementar rd

    ! e a fora peso tm mesmo sentido,

    logo o trabalho executado pela fora peso entre as posi-es inicial e final ser:

    ( ) ( ) == fi

    f

    iif dymgdyjjmgW

    Wif = mg ( yf - yi )

    Partcula descendo

    y incio

    rd!

    gm!

    final

    Quando a partcula est subindo a fora peso executa uma trabalho negativo, ecomo conseqncia diminui a energia cintica da partcula. Por outro lado, quando a par-tcula est descendo a fora peso executa uma trabalho positivo, e como conseqnciaaumenta a energia cintica da partcula.

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    Cap 07 [email protected] 7

    Energia cintica

    Define-se a energia cintica de uma partcula de massa m que viaja com veloci-dade v , como:

    2

    21 vmK =

    Mostraremos adiante que o trabalho realizado pela resultante de foras que atuaem uma corpo igual variao da sua energia cintica, ou seja:

    Wif = K = Kf - Ki

    Teorema do trabalho - energia cintica

    Considere uma partcula de massa m que se move sob a ao de uma resultantede foras F . O trabalho W realizado por esta fora dobre a partcula ser:

    ( ) == fi

    f

    idxmadxxFW )(

    mas, por outro lado

    ( ) ( )( )dvmvdtdtdv

    dtdxmdt

    dtdx

    dtdvmdx

    dtdvmdxma =

    =

    =

    =

    ou seja:222

    21

    21

    21

    if

    f

    i

    f

    imvmvvmvdvmW ===

    Considerando que2

    21 vmK =

    temosKKKW if ==

    Potncia

    A potncia mede a capacidade de um sistema produzir (ou absorver) energia. Ela a razo entre a energia produzida (ou absorvida) e o intervalo de tempo necessrio paraessa produo (ou absoro).

    Dependendo do nosso interesse ou dos nossos instrumentos podemos desejarmedir a potncia mdia ou potncia instantnea.

    Potncia mdia

    Nos d a medida da energia produzida (ou absorvida) W num certo intervalo detempo t .

    tWP =

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    Cap 07 [email protected] 8

    Potncia instantnea

    Nos d a medida da energia produzida (ou absorvida) num intervalo de tempomuito pequeno, da instantnea. til quando queremos acompanhar a produo (ou ab-soro) de energia de maneira precisa.

    dtdW

    tWLimP

    t=

    = 0

    vFPdtrdFPrdFdW

    !!!!!!

    ===

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    Cap 07 [email protected] 9

    Soluo de alguns problemas

    Captulo 7 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edio

    04 Um objeto de 102kg est inicialmente movendo-se em linha reta com uma velocida-de de 53m/s . Se ele sofre uma desacelerao de 2m/s2 at ficar imvel:

    a) Qual a intensidade da fora utilizada?

    amNPF!!!!

    =++

    Decompondo as foras segundo eixoscartesianos, encontramos:

    =

    =

    0PN

    maF

    v0 v = 0 N

    !

    F!

    P!

    d!

    Logo:F = ma = 204N

    b) Qual a distncia que o objeto percorreu antes de parar?

    av

    dadvv2

    2202

    02

    == = 702,25m

    c) Qual o trabalho realizado pela fora de desacelerao?

    Podemos calcular o trabalho de duas maneiras equivalentes:

    ====

    202

    1 mvKWFddFW

    !!

    W = - 143.259Joules

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 10

    Captulo 7 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edio

    09 A figura ao lado mostra um conjunto de polias usado para facilitar o levantamento deum peso P . Suponha que o atrito seja desprezvel e que as duas polias de baixo, squais est presa a carga, pesem juntas 20N . Uma carga de 840N deve ser levan-tada 12m .

    a) Qual a fora mnima F!

    necessriapara levantar a carga?

    Ao puxar a corda exercendo a foraN!

    , executaremos um certo trabalho W. Ao elevar o peso P , o conjunto deroldanas executar, tambm, um certotrabalho. Esses dois trabalhos seroiguais, pois a energia em questo aquela que fornecemos ao atuar com afora F

    ! . A fora mnima que o con-

    junto de roldanas deve fazer atuar so-bre o corpo para elev-lo com velocida-de constante de uma altura H igualao peso do corpo, logo:

    W = P H

    Para elevar o corpo de uma altura H ,

    H T

    !

    F!

    P!

    L

    deveremos puxar a corda ( com F!

    ) de um comprimento L , logo:

    W = F Le como esses trabalhos so iguais:

    PLHFFLPHW ===

    Para descobrir qual a relao entre H e L deste problema, vamos fazer umaanalogia com outros tipos de arranjos de roldanas.

    H = LF = P F

    ! H = L/2F = P/2 F

    ! H = L/3F = P/3 F

    !

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 11

    No arranjo mais simples, o da esquerda da figura anterior, temos 1 corda e umtirante. No arranjo seguinte temos 2 cordas e um tirante e no terceiro arranjo te-mos 3 cordas e um tirante.No nosso problema temos 4 cordas e um tirante, logo:

    H = L/4F = P/4 = ( 840 + 20)/4= 215N

    b) Qual o trabalho executado para levantar a carga at a altura de H = 12m ?

    W = P H = (840 + 20) 12 = 10.320Joule

    c) Qual o deslocamento da extremidade livre da corda?

    L = 4H = 48m

    d) Qual o trabalho executado pela fora F!

    para realizar esta tarefa?

    W = F L = 10.320Joules

    Captulo 7 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edio

    11 Uma arca de 50kg empurrada por uma distncia de 6m , com velocidade cons-tante, numa rampa com inclinao de 300 por uma fora horizontal constante. O co-eficiente de atrito cintico entre a arca e a rampa 0,20 .

    a) Calcule o trabalho realizado pela fora aplicada.

    Como a arca se move com velocidadeconstante, a acelerao nulo e por-tanto:

    0=+++ NPFFa!!!!

    Decompondo as foras, encontramos:

    =

    =

    0sen

    0cos

    aFPF

    PN

    y x N

    ! F

    !

    aF!

    d!

    P

    !

    F = Fa - P sen = C N + P senMas Fa = C N , logo

    F = P ( sen + C cos )

    dFdFWF ==!!

    = 1.979,22Joule

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 12

    b) Calcule o trabalho realizado pelo peso da arca.

    dPWP!!

    = = - P d sen = - 1.470Joules

    c) Calcule o trabalho realizado pela fora de atrito.

    dFW aa!!

    = = - Fa d = C N d= C P d cos = -509,22

    fcil perceber que nulo o trabalho executado pela resultante de foras. Po-demos mostrar isso de diversas maneiras:

    ( ) 0=+++=+++= NaPFaR WWWWdNFPFW !!!!!O trabalho executado pela normal nulo pois ela perpendicular ao vetor deslo-camento.

    WR = K = 0

    Captulo 7 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edio

    17 Qual o trabalho realizado por uma fora jixF 32 +=!

    (em Newtons) , onde x estem metros, que exercida sobre uma partcula enquanto ela se move da posioinicial jiri 32 +=

    ! (em metros) at a posio final jirf 34 =

    ! (em metros) ?

    ri = ( 2, 3 )rf = ( -4 , -3 )

    Como no foi mencionada a trajet-ria, podemos escolher diversospercursos para a partcula entre ospontos inicial e final.Vamos calcular o trabalho usandoduas trajetrias: a reta que une osdois pontos e uma parbola quepassa por eles.Como j foi dito anteriormente:

    =C

    if rdFW!!

    [ ] += fi

    yxif dyyxFdxyxFW ),(),(

    a) Vamos considerar inicialmente a trajetria retilnea y(x) = x + 1

    A imposio da trajetria no clculo da integral acontece quando usamos na for-a e nas diferenciais a dependncia y(x) definida pela trajetria.

    dxdxdyxyxFdxxyxFrdF yx

    += ))(,())(,(!!

    Teremos desse modo, todo o integrando como funo de x .

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 13

    Neste problema:

    jixF 32 +=!

    e 1=dxdy

    logo( )dxxdxdxxrdF 3232 +=+= !!

    ( ) ( ) ( ) JxxdxxWif 618122434163324

    2

    4

    2

    4

    2

    2==+=+=+=

    +

    +

    +

    b) Vamos considerar inicialmente a trajetria parablica y = - x2/2 + 5 .

    Neste problema:

    jixF 32 +=!

    e xdxdy

    =

    ( ) dxxdxxdxxrdF =+= 32!!

    ( ) JxdxxWif 641621

    2

    4

    2

    24

    2====

    +

    +

    No foi por acaso que o resultado do trabalho executado entre dois pontos, poressa fora, no dependeu da trajetria. Existe uma categoria de foras - chama-das foras conservativas - para as quais o trabalho entre dois pontos s dependedesses pontos. De modo geral, uma fora ),( trF

    !! conservativa quando o seu

    rotacional nulo, ou seja:0),( = trF

    !!

    Captulo 7 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edio

    26 Uma fora nica age sobre um corpo que est se movendo em linha reta. A figura aseguir mostra o grfico da velocidade em funo do tempo para esse corpo. Determi-ne o sinal (positivo ou negativo) do trabalho realizado pela fora sobre o corpo nosintervalos AB , BC, CD e DE

    AB Neste intervalo a curva uma reta,que passa pela origem, e portanto avelocidade uma funo crescentedo tempo at atingir um certo valorv0 , e tem a forma:

    v = a1 t

    O movimento unidimensional e avelocidade crescente, logo a foraatua na direo do deslocamento edesse modo:

    0>== FddFWAB!!

    v

    B C

    + A D t 0 t1 t2 t3 t4

    - E

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 14

    BC Neste intervalo a velocidade constante v0 , logo a acelerao nula e por-tanto a fora resultante tambm nula. Consequentemente o trabalho da foraresultante ser nulo:

    WBC = 0

    CD Neste intervalo a velocidade decrescente, iniciando o intervalo com valor v0 eterminando com velocidade nula. A forma funcional do tipo:

    v = v0 - a2 ( t - t2 )

    onde a2 > 0 . O movimento unidimensional e a velocidade decrescente, logoa fora atua na direo contrria ao deslocamento e desse modo:

    0== FddFWDE!!

    Captulo 7 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edio

    27 Uma mangueira de incndio desenrolada puxando-se horizontalmente uma de suasextremidades ao longo de uma superfcie sem atrito com velocidade constante de2,3m/s . A massa de 1m de mangueira 0,25kg .Qual a energia cintica fornecidapara desenrolar 12m de mangueira?

    A fora F!

    uma fora varivel porque medida que a mangueira desenroladauma maior parte dela passa a se movi-mentar em contato com o solo e atritan-do-se com ele. Como o atrito vai aumen-tado a fora externa deve aumentar paraque a mangueira desenrolada tenha velo-cidade constante.

    0=+++ PNFF a!!!!

    PNFFFF

    PN

    CCa

    a

    ===

    =

    =

    0

    0

    F!

    N!

    aF!

    F!

    P!

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 15

    onde P a parte da mangueira que est em movimento. A densidade linear demassa da mangueira passvel de ser calculada:

    LM

    = = 0,25kg/mQuando a mangueira tiver um comprimento x desenrolado e em movimento, o pesodessa parte ser P(x) onde:

    P(x) = g xEnto:

    F(x) = C g xO trabalho ser:

    === Lo

    L

    oCC

    LgdxxgdxxFW2

    )(2

    Apesar do enunciado ter induzido uma soluo nessa direo, no se pode resolverdesse modo pois no se conhece o coeficiente de atrito C entre a mangueira e opiso.

    No entanto a soluo muito mais simples! E noutra direo, j que no se pediu otrabalho para vencer o atrito enquanto se desenrola, mas para se vencer a inrcia.

    O trabalho da fora resultante igual variao da energia cintica. Existe uma for-a, e no essa fora F

    ! mencionada, responsvel por tirar do repouso, aos poucos

    - infinitesimalmente, cada parte da mangueira. Ela atua por um instante! O trabalhoque ela produz aquele necessrio para colocar TODA a mangueira em movimentode velocidade constante.

    ( ) 2221

    21 vLMvKW === = 7,935Joules

    Captulo 7 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edio

    32 Um homem que est apostando corrida com o filho, tem a metade da energia cinticado garoto, que tem a metade da massa do pai. Esse homem aumenta a sua veloci-dade em 1m/s e passa a ter a mesma energia cintica da criana.Quais eram as velocidades originais do pai e do filho?

    Vamos equacionar as vrias informaes fornecidas:

    i.

    =

    = 22

    21

    21

    21

    21

    GGHHGH VMVMKK

    ii. GHGH MMMM 22

    ==

    iii. ( ) 22211

    21

    GGHH VMVM =+

    Usando i. e ii. encontramos:

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 16

    ( ) HGGHGGHG VVVVVMVM 24412

    21 2222

    ===

    Usando ii. e iii. encontramos:

    ( )( ) ( )2

    12112

    21 2222 G

    HGGHG

    VVVMVM =+=+

    Usando os dois ltimos resultados, encontramos:

    ( ) ( )12

    122

    21 22

    2

    ===+ HHH

    H VVVV

    e finalmente:VH = 2,41m/s e VG = 4,82m/s

    Captulo 7 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edio

    37 Um caixote com uma massa de 230kg est pendurado na extremidade de uma cor-da de 12m de comprimento. Ele empurrado com uma fora horizontal varivel F

    ! ,

    at desloc-lo de 4m horizontalmente.

    a) Qual o mdulo de F!

    quando o caixote se encontra na posio final?

    Vamos considerar que o caixote des-locado com velocidade constante. Nadafoi mencionado respeito, ento esco-lheremos a situao mais simples, poisnesse caso a acelerao ser nula.Sendo assim, a segunda Lei de Newtonter a forma:

    0=++ PFT!!!

    Decompondo essas foras, encontra-mos:

    =

    =

    0cos

    0sen

    PT

    TF

    y L

    T!

    F!

    x

    P!

    s

    tantan

    cossen PF

    PF

    TT

    ===

    Mas

    PsL

    sFsL

    srs

    =

    ==2222

    tan = 796,90N

    b) Qual o trabalho total executado sobre o caixote?

    Como a resultante de foras nula, o trabalho executado por essa fora nulo.

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 17

    c) Qual o trabalho executado pela corda sobre o caixote?

    O trabalho elementar executado pela fora F!

    dado por:

    cosdrFrdFdWF ==!!

    Mas j foi mostrado que

    F = P tan

    e podemos observar que

    dr = L dlogo

    dWF = ( P tan) (L d) cos

    dWF = L P sen d

    == 0

    sen dPLdWWf

    iFF

    ( ) cos1cos0

    == PLPLWF

    L

    rd!

    F

    !

    s

    Se considerarmos H como a altura que o caixote foi elevado:

    H = L - L cos = L ( 1 - cos )e ento

    WF = P H = m g HMas como

    ( ) 22221cos1 sLLL

    sLLLH =

    == =0,686m

    temosWF = m g H = 1.546,90Joules

    d) Qual o trabalho executado pelo peso do caixote?

    O trabalho elementar executado pelafora P

    ! dado por:

    ( )090cos +== drFrdPdWP !!

    dPLdrPdWP sensen ==

    F

    f

    iPP WdLPdWW ===

    0sen

    WP = - m g H = - 1.546,90Joules

    rd!

    P!

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 18

    Captulo 7 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edio

    38 Um bloco de 250g deixado cair sobre uma mola vertical com uma constante demola k = 2,5N/cm . A compresso mxima da mola produzida pelo bloco de 12cm.

    a) Enquanto a mola est sendo comprimida, qual o trabalho executado pela mola?

    MF!

    y = 0 rd

    !

    y = L

    y

    m = 250g = 0,25kgk = 2,5N/cm = 250N/mL = 12cm = 0,12m

    O trabalho definido como:

    = fi

    rdFW!!

    O elemento de integrao rd!

    tem comprimento infinitesimal e aponta na dire-o de integrao, portanto neste caso teremos dyjrd =

    ! . Como foi definido

    anteriormente, a fora que a mola exerce no objeto dada pela Lei de Hooke:

    jykFM =!

    e o trabalho executado por essa fora ser:

    ( ) ( ) 200 2

    1 kLdyykdyjjykdWWLLf

    iM ==== = - 1,8J

    b) Enquanto a mola est sendo comprimida, qual o trabalho executado pelo peso dobloco?

    gmjgmP ==!!

    ( ) ( ) mgLdymgdyjgmjdWW LLfi

    P ==== 00

    = + 0,294J

  • Prof. Romero Tavares da Silva

    Cap 07 [email protected] 19

    c) Qual era a velocidade do bloco quando se chocou com a mola?

    O trabalho executado pela fora resultante igual a variao da energia cintica.A fora resultante :

    PFF MR!!!

    +=

    e o trabalho executado por essa fora ser:

    ( ) =+=+=+== fi

    PM

    f

    iM

    f

    i

    f

    iMRR KWWrdPrdFrdPFrdFW

    !!!!!!!!!

    mW

    vWmvKKKK RRiif2

    21 2

    ===== = 3,47m/s

    d) Se a velocidade no momento do impacto for multiplicada por dois, qual ser acompresso mxima da mola? Suponha que o atrito desprezvel.

    Vamos considerar que nessa nova situao a mola se comprimir de H . Refa-zendo o raciocnio anterior, temos:

    ( ) 222 2221

    21 mvvmKmgHkHWR ===+=

    0420221 2222

    =

    =++k

    mvHkmgHmvmgHkH

    A nica soluo positiva dessa equao :

    H = 0,23m