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M E M Ó R I A Estréia hoje a coluna de Orly Berger e Netinho: “Histórias do Futebol que a Bola não Conta”. Num sonho, a disputa entre o Faixa Azul e o Beira-Rio, na década de 80. Pág 9. Fundado em 25 de janeiro de 2010 Vale do Aço, segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010 Ano I, número 2 R$ 0,70 Gladiston Jr revela a filosofia do Kung Fu PÁG. 6 Tigre cede empate no fim O Ipatinga teve a chance de confirmar o bom mo- mento e vencer mais um favorito ao título do Cam- peonato Mineiro. Depois de derrotar o time misto do Cruzeiro no Mineirão na rodada anterior, o Tigre ven- cia o Atlético até os 41 minutos do segundo tempo. Po- rém, Muriqui marcou e arrancou o empate por 1 a 1 no duelo deste domingo, no Mineirão, pela terceira ro- dada. Com o resultado, o Tigre soma quatro pontos e ocupa a sexta posição na tabela de classificação. Na próxima sexta-feira (12), o time do Vale do Aço volta a campo para enfrentar o Uberlândia, novamente no Mineirão. O Galo ocupa a quinta posição, com cinco pontos, a dois do líder Democrata de Valadares. Na próxima rodada, sábado que vem, encara o Uberaba, no Triângulo Mineiro. PÁGINA 10 História Futebol Clube estréia na TVUNI Cruzeiro se impõe sobre o Villa Ipatinga deixa escapar a vitória ao levar o gol de empate aos 41 minutos do segundo tempo Com a proposta de levar ao público lembranças e fatos que marcaram época no futebol brasileiro, o pro- grama ‘História Futebol Clube’ inicia uma nova etapa a partir desta segunda-feira (8), na TV Uni de Coronel Fabriciano. O programa irá ao ar das 20h às 21h todas às segundas-feiras, com reprises aos sábados no mesmo horário, nos canais 27, 34 e 48. Será dividido em três blo- cos de 20 minutos e terá um convidado especial a cada edição, além da participação de membros da mídia es- portiva e dirigentes do Vale do Aço. O História Futebol Clube será apresentado pelos jornalistas Fernando Sil- va, Sotero Rosa e Arthur Cunha. PÁGINA 3 Programa será apresentado pelos jornalistas Fernando Silva, Sotero Rosa e Arthur Cunha Jogadores Celestes saúdam a torcida Estado de Minas Vipcom PÁGINA 8 Arquivo pessoal Divulgação

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Fundado em 25 de janeiro de 2010 Vale do Aço, segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010 – Ano I, número 2 – R$ 0,70 PÁGINA 8 Programa será apresentado pelos jornalistas Fernando Silva, Sotero Rosa e Arthur Cunha Ipatinga deixa escapar a vitória ao levar o gol de empate aos 41 minutos do segundo tempo Jogadores Celestes saúdam a torcida Pág. 6 Vipcom Estado de Minas Arquivo pessoal Divulgação

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M e M ó r i aEstréia hoje a coluna de Orly Berger e Netinho: “Histórias do Futebol que a Bola não Conta”. Num sonho, a disputa entre o Faixa Azul e o Beira-Rio, na década de 80. Pág 9.

Fundado em 25 de janeiro de 2010 Vale do Aço, segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010 – Ano I, número 2 – R$ 0,70

Gladiston Jr revela a filosofia do Kung Fu

Pág. 6

Tigre cede empate no fimO Ipatinga teve a chance de confirmar o bom mo-

mento e vencer mais um favorito ao título do Cam-peonato Mineiro. Depois de derrotar o time misto do Cruzeiro no Mineirão na rodada anterior, o Tigre ven-cia o Atlético até os 41 minutos do segundo tempo. Po-rém, Muriqui marcou e arrancou o empate por 1 a 1 no duelo deste domingo, no Mineirão, pela terceira ro-dada. Com o resultado, o Tigre soma quatro pontos e ocupa a sexta posição na tabela de classificação. Na próxima sexta-feira (12), o time do Vale do Aço volta a campo para enfrentar o Uberlândia, novamente no Mineirão. O Galo ocupa a quinta posição, com cinco pontos, a dois do líder Democrata de Valadares. Na próxima rodada, sábado que vem, encara o Uberaba, no Triângulo Mineiro. PÁGINA 10

História Futebol Clube estréia na TVUNI

Cruzeiro se impõe sobre o Villa

Ipatinga deixa escapar a vitória ao levar o gol de empate aos 41 minutos do segundo tempo

Com a proposta de levar ao público lembranças e fatos que marcaram época no futebol brasileiro, o pro-grama ‘História Futebol Clube’ inicia uma nova etapa a partir desta segunda-feira (8), na TV Uni de Coronel Fabriciano. O programa irá ao ar das 20h às 21h todas às segundas-feiras, com reprises aos sábados no mesmo horário, nos canais 27, 34 e 48. Será dividido em três blo-cos de 20 minutos e terá um convidado especial a cada edição, além da participação de membros da mídia es-portiva e dirigentes do Vale do Aço. O História Futebol Clube será apresentado pelos jornalistas Fernando Sil-va, Sotero Rosa e Arthur Cunha. PÁGINA 3

Programa será apresentado pelos jornalistas Fernando Silva, Sotero Rosa e Arthur Cunha

Jogadores Celestes saúdam a torcida

Estado de Minas

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Vale do Aço, segunda-feira, 8 de fevereiro de 20102 -

DIRETOR RESPONSÁVELFernando Benedito Jr.

JORNALISTA RESPONSÁVELAnna Sylvia Rodrigues e Silva(MG 12319 JP)

EDITORTim SoaresO jornal Olé é uma publicação da A Gazeta Metropolitana Editora e Gráfica LTDA.CNPJ 07.366.171/0001-88

FALE CONOSCOTelefone: [email protected] ou [email protected]

ADMINISTRAçãO E REDAçãOAvenida JK, 1290, bairro Jardim Panorama, CEP 35.164-245.

OFICINARua Anápolis, 55, Veneza II, Ipatinga.

ExpEdiEntE

EDITORIAL CRôNICA

O Ipatinga deu novamente uma demonstração de que pode ir longe no Campeonato Mineiro se os jogadores en-trarem em campo concentrados e cientes do papel que cada deve exercer em campo.

Neste domingo (7), diante do Atlético de Luxemburgo e da massa, o Tigre deixou a vitória escapar por pouco. Ven-cia o rival até os 41 minutos do segundo tempo- gol de Jajá-, porém, o gol de Muriqui amenizou a situação do time atle-ticano.

Como o próprio técnico Gilson Kleina havia dito no iní-cio da semana, quando assumiu oficialmente o clube, era preciso manter a mesma pegada da goleada sobre o Cruzei-ro. Afinal, do outro lado estava outro favorito ao título dis-posto a não facilitar as coisas.

Muitos vão dizer que o time contou com a sorte para fa-zer o seu gol. Que não teve competência para segurar o re-sultado quando faltavam apenas alguns minutos.

Porém não adiante lamentar o que foi feito ou o que dei-xou de fazer no duelo deste domingo. É olhar pra frente, res-peitar os adversários que ainda virão, e acreditar que o título não é assim tão impossível. Ainda mais depois de vencer o Cruzeiro e empatar com o Atlético em pleno Mineirão.

Tigre mostra suas garras novamente

Com quem está a verdade?Como afirma Clovis Ros-

si em seu livro ‘O que é Jor-nalismo’, o jornalismo é uma eterna batalha pela conquis-ta de mentes e corações das pessoas, sejam elas leitores, ouvintes ou telespectadores.

Dentro dessa lógica, os veículos de comunicação buscam - cada um a sua ma-neira-, construir a história de forma que seu público alvo possa compreender a men-sagem que lhes foram pas-sadas.

Em muitos casos, essas batalhas costumam produ-zir efeitos contrários quando a informação não é passada de forma correta, deixando

dúvidas quanto a sua vera-cidade.

Casos como a tão falada e sonhada contratação do ata-cante Alessandro pelo Ipa-tinga.

Após a diretoria do Atlé-tico anunciar no começo da última semana que estava se desfazendo do jogador, surgi-ram informações de que duas equipes haviam manifestado interesse em sua aquisição, porém, os nomes dos times não foram divulgados.

A partir desse episódio, as conversas foram para o cam-po da especulação e alguns importantes veículos de co-municação do Vale do Aço

deram como certa a contrata-ção do atacante pelo Ipatinga. Certamente a notícia do ano.

Por outro lado, uma das principais rádios da região entrou em contato com Ales-sandro e o mesmo ‘ainda’ não havia confirmado a in-formação. A diretoria ipatin-guense também não havia se manifestado oficialmente até então, seja através da mídia ou pelo site do clube.

Com tantas informações e suposições fica difícil saber quem está com a razão nesta história. A solução é esperar que os dirigentes do Ipatin-ga venham a público e co-loquem um ponto fina neste

episódio. Afinal, os torcedores têm

todo o direito de saber se o artilheiro Alessandro terá no-vamente a chance de propor-cionar alegrias a nação qua-dricolor, assim como fez em 2007, ajudando o time a al-cançar a inédita classificação para a elite do futebol brasi-leiro. Ou se dará prossegui-mento à sua carreira em ou-tro clube.

Esperamos que a novela tenha um desfecho nesta se-mana e que o artilheiro Ales-sandro reencontre a felicida-de no Vale do Aço, caso ele venha realmente a reforçar o Ipatinga.

CLASSIFICAÇÃOTIME PG J V E D GP GC S1) Democrata-GV 7 3 2 1 0 3 1 22) Cruzeiro 6 3 2 0 1 10 5 53) Tupi 6 3 2 0 1 8 4 44) América 5 3 1 2 0 4 2 25) Atlético 5 3 1 2 0 5 4 16) Ipatinga 4 3 1 1 1 4 2 27) Uberaba 4 3 1 1 1 4 4 08) Uberlândia 3 3 1 0 2 5 10 -59) América-TO 3 3 0 3 0 1 1 010) Caldense 2 3 0 2 1 1 5 -411) Villa Nova 1 3 0 1 2 3 6 -312) Ituiutaba 1 3 0 1 2 1 5 -4

O nome do atacante Alessandro é especulado como um dos possíveis reforços do Ipatinga

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Vale do Aço, segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010 - 3

A memória do futebol agradeceCom a proposta de levar

ao público lembranças e fa-tos que marcaram época no futebol brasileiro, o progra-ma ‘História Futebol Clube’ inicia uma nova etapa a partir desta segunda-feira (8), na TV Uni de Coronel Fabriciano.

O programa irá ao ar das 20h às 21h todas às segundas-feiras, com reprises aos sába-dos no mesmo horário, nos ca-nais 27, 34 e 48. Será dividido em três blocos de 20 minutos e terá um convidado especial a cada edição, além da parti-cipação de membros da mí-dia esportiva e dirigentes do Vale do Aço. A interação com o público será promovida via e-mail, MSN e telefone.

O História Futebol Clube será apresentado pelos jorna-listas Fernando Silva, Sotero Rosa e Arthur Cunha. Os três, inclusive, dividem espaço no programa Painel Esportivo, na mesma emissora.

Idealizado por Fernan-do Silva, o programa come-çou a ser apresentado na rá-

O programa História Futebol

Clube estréia nesta segunda-feira na TV Uni

relembrando fatos e

personagens que marcaram

época no futebol brasileiro

dio Vanguarda de Ipatinga em abril de 2007. Amante da his-tória do futebol, Silva sugeriu à ex-emissora que destinasse um horário na programação esportiva aos domingos e as-sim promove debates sobre momentos marcantes na his-tória do esporte mais popu-

lar entre os brasileiros e seus personagens. “O objetivo vi-sava atender à nova dinâmi-ca da grande mídia esportiva, que atualmente reserva pro-gramas e quadros alusivos à história do futebol e de outros esportes”, declarou Fernando Silva.

Sugestão aceita, o HFC pela Vanguarda durou pouco mais de um ano, encerrando-se com a saída do jornalista em junho de 2008.

RetomadaEm novembro de 2009,

após já fazer parte da equipe

de esportes da TV Uni, Fernando Silva sugeriu ao companheiro de emissora, So-tero Rosa, a retomada do pro-grama. A idéia foi aceita pelo mesmo e levada à direção da emissora, que também não impôs nenhuma restrição.

O HFC será apresentado por Sotero Rosa, Fernando Silva (idealizador do programa) e Arthur Cunha

Dirceu Lopes prestigia estréia

Passada essa fase, o de-safio agora é tentar adaptá-lo à nova mídia, já que antes o programa era apresentado no rádio. Fernando Silva, porém, garante que isso não será pro-blema. “Na televisão, o HFC será ainda mais completo, pois, ao contrário do rádio, na

TV, teremos os re-cursos de imagem a nosso dispor, p r i n c i p a l m e n -te na mostragem dos membros do programa, con-vidados e princi-palmente jogos e gols históricos. O rádio é maravilho-so e também cabe esse tipo de mídia, mas a TV lhe dá o principal recurso que é a imagem”,

ressaltou. O convidado no progra-

ma de estréia nesta segun-da-feira será o ex-jogador do Cruzeiro e da seleção brasi-leira, Dirceu Lopes.

O programa História Fute-bol Clube terá um convidado de peso em sua nova fase na televisão. O ex-jogador Dir-ceu Lopes, que brilhou com a camisa do Cruzeiro nas dé-cadas de 1960 e 70. Com seu 1,62 m, o Baixinho foi titular absoluto nos 12 anos em que atuou pela Raposa. Quem o viu jogar afirma que sua pre-sença em campo era garan-tia de bom espetáculo e belos gols. Junto com Tostão, for-mou uma das maiores duplas ofensivas do mundo, compa-rável a Pelé e Coutinho, no Santos.

Tem no currículo o títu-lo de campeão mineiro juve-nil em 1964; pentacampeão mineiro 1965-1969; campeão da Taça Brasil em 1966; cam-peão da Copa Rio Branco pela seleção brasileira em 1967;

artilheiro do campeonato mi-neiro de 1966 (18 gols); tetra-campeão mineiro 1972-1975; vice-campeão brasileiro em 1974 e 1975; eleito o melhor meia dos campeonatos brasi-leiros de 1970, 1971 e 1973.

Com João Saldanha no comando da seleção brasilei-ra, Dirceu Lopes era nome certo para a Copa do Mun-do de 1970 no México, mas foi cortado pelo novo técni-co Zagalo que alegou já haver ‘muitos jogadores para a sua posição’.

Dirceu Lopes Mendes, de 65 anos, nasceu em Pe-dro Leopoldo, na região me-tropolitana de Belo Horizonte e também teve passagens por Fluminense, Flamengo, Uber-landia e Democrata de Gover-nador Valadares.

Com todos esses requisi-

tos, Sotero Rosa, responsável pelo convite, acredita que o programa de estréia tem tudo para ser um marco na emisso-ra. Segundo ele, a participação do ex-craque do Cruzeiro dará a oportunidade de levar ao co-nhecimento dos mais jovens um pouco do que foi Dirceu Lopes. “Eu considero o Dir-ceu Lopes não só um grande jogador do futebol brasileiro, mas do futebol mundial. Era estremamente habilidoso e era capaz de fazer coisas incríveis com a bola nos pés. Além dis-so é preciso fazer justiça com jogador e mostrar à sociedade os feitos promovidos por es-ses esportes que infelizmente são esquecidos com o passar do tempo”, revela Sotero.

A iniciativa de contar com o ex-craque foi bastante co-memorada por Fernando Sil-

O ex-craque Dirceu Lopes ao lado do treinador cruzeirense Adílson Batista

va. “A escolha não poderia ter sido melhor. Nunca vimos ninguém questionar o futebol jogado por Dirceu. No Vale

do Aço, concluímos, que ele, Dirceu Lopes, tem mais fãs que o próprio Pelé, o maior de todos”, garante Silva.

A cada edição, o progra-ma contará com convidados especiais, entre eles ex-joga-dores, técnicos e dirigentes.

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Vale do Aço, segunda-feira, 8 de fevereiro de 20104 -

Ta aqui o meu cartãoO jornalista Fernando Silva,

graduado no UnilesteMG (Universidade do Leste de Minas Gerais), construiu

sua carreira na mídia esportiva tendo o rádio como suporte. Trabalhou nos principais veículos de comunicação- voltados para o meio-, na região do Vale do Aço, e hoje atua como um dos apresentados do Programa ‘Painel Es-portivo’ da TV Uni.

Natural de Coronel Fabriciano, Fernando Silva, de 28 anos, é daque-les profissionais que demonstram amor pelo que faz, embora, às vezes, ques-tione a pouca liberdade de pensamento dado aos jornalistas no meio esportivo.

Assim como a maioria, começou a exercer a profissão de forma amado-ra na extinta Rádio Adefiva (comunitá-ria) de Coronel Fabriciano, em 1998. Passou também pelas rádios Itatiaia e Vanguarda, onde obteve grande expe-riência atuando como repórter de cam-po, cobrindo os principais times de fu-tebol Minas Gerais (Cruzeiro, Atlético e Ipatinga).

E foi como repórter que ele conse-guiu se identificar de forma mais efi-caz com o público, criando em 2001 seu famoso bordão ‘Ta aqui o meu cartão,

comigo é no cordão’, inspirado no hu-morista Paraíba, do programa A Pra-ça é Nossa, do SBT. A frase é pronun-ciada assim que a equipe- que ele cobre no jogo em questão-, faz um gol no time adversário.

“Assim como o personagem Paraí-ba, que se apresenta dando seu cartão a uma pessoa, o jogador quando faz o gol também busca através do mesmo ato, mostrar que é importante e mar-cante para o goleiro e a torcida rival”, explica.

Além de repórter, Fernando Sil-va exerceu ainda outras funções, como apresentador, redator e produtor es-portivo, mostrando certo conhecimen-to e preparo para executar seu trabalho com competência.

Foi responsável pelo projeto ‘His-tória Futebol Clube’, criado em 2007 e que tinha como proposta contar a histó-ria daqueles que ajudaram a disseminar o esporte nos quatro cantos do Brasil.

Entre essas e outras, Fernando Silva revela, em entrevista ao OLÉ, seu ídolo na imprensa esportiva, sua visão pesso-al sobre a mídia na região e como deve o ano dos principais times de Minas Ge-rais e da seleção brasileira, que disputa-rá a Copa do Mundo na África do Sul.

Fernando Silva, no Mineirão, às vésperas do jogo Brasil e Argentina em 2008, ao lado do também jornalista Paulo Vinícius Coelho, seu grande referencial na profissão

Olé: Faça um breve resumo de sua carreira como jornalista esportivo?

Fernando Silva: Comecei de for-ma amadora na extinta Rádio Adefiva (comunitária) de Coronel Fabriciano, em 1998. Em março de 99, ingressei-me como estagiário na Rádio Itatiaia, e em dezembro do mesmo ano fui contratado como repórter esportivo da emissora. Permaneci até outubro de 2001. No mês seguinte, me trans-feri para a Rádio Vanguarda, onde atuei como repórter, produtor, reda-tor e apresentador até junho de 2008. Atuei também como estagiário na Assessoria de Imprensa na Câmara de Ipatinga em 2008, além de repór-ter, apresentador, redator e produtor esportivo na Rádio Tropical FM, de janeiro a junho de 2009. Fui também comentarista do programa Esporte em Dia, da TV Cultura de Ipatinga em 2005, além de redator, produtor e apresentador da TV Passageiro no segundo semestre de 2009.

Olé: Como você classificaria o trabalho da imprensa esportiva no Vale do Aço? E da imprensa brasileira em geral?

Fernando Silva: No Vale do Aço, o lado positivo é a constan-te revelação de profissionais acima da média, oriundos, na maioria dos casos, de profissionais devidamen-te graduados em jornalismo. O lado ruim é que nem sempre as oportu-nidades são dadas aos que realmen-te fazem comunicação social com responsabilidade. Em razão dis-so, identifico um jornalismo pou-co investigativo, pouco informa-tivo e pouco opinativo no Vale do Aço. Em nível nacional, não acre-dito em imprensa totalmente livre, e além disso, surge um novo pro-blema: a democratização da infor-mação também é mito no país, bem como a liberdade de imprensa e a imparcialidade no jornalismo. E ainda sobre a democratização, vi-vemos debaixo de um monopólio,

num país em que uma emissora de TV já elegeu um presidente no fim dos anos 80. No Brasil, há liberda-de de ‘empresa’.

Olé: Qual deveria ser o papel do jornalista esportivo?

Fernando Silva: O proposto pelo mesmo, em juramento na for-matura, de preferência: desempe-nhar com responsabilidade a sua função de informar, opinar e ou-vir, dignificando sempre a profis-são que escolheu, não se deixando ‘prostituir’ pelos muitos interesses inescrupulosos. Na sociedade atual, globalizada, o jornalista desempe-nha o papel mais importante: o de comunicar, sua maior marca. Tudo na vida está ligado á comunicação.

Olé: O que torna o rádio tão atrativo para você?

Fernando Silva: A informação e o entretenimento, além da lingua-gem responsável e, ao mesmo tem-

po, leve, ou seja, não-sisuda, con-forme nos grandes centros e nem tanto no Vale do Aço, lamentavel-mente. Por aqui, o rádio é extrema-mente e exageradamente musical, e pouco informativo. As músicas em excesso são a “obesidade” do rádio praticado em nossa região.

Olé: Como surgiu a idéia do repórter do cartão?

Fernando Silva: Em setembro de 2001, afastado da Itatiaia por 15 dias devido a motivos de saúde, co-mecei a pensar em um bordão para ser usado por mim mesmo durante o relato dos gols em que eu parti-cipava indiretamente como repór-ter de campo. Algumas pessoas me pediam para criar algo que pudesse me marcar profissionalmente. Na-queles dias, em meio a noticiários sobre o ‘11 de setembro’, assisti, de casa, A Praça é Nossa, do SBT, onde atua o humorista Zé Améri-co, que na época interpretava o per-

sonagem Paraíba. Este sempre se apresentava mostrando o seu cartão constantemente, numa forma de se dizer importante e especial no as-pecto de diferenciado. De repen-te, associei (não sei por que) aque-la atitude para diferenciar o autor dos gols em questão, em que o go-leador se identifica ao goleiro rival. Paraíba apresentava o cartão para não ser esquecido, e quando (na mi-nha imaginação) o jogador faz um gol, ele deve tornar-se inesquecível para quem o sofreu: torcida e prin-cipalmente goleiro rival. Porém, só estreei esse bordão, curiosamen-te, pela Rádio Vanguarda, em 4 de novembro de 2001, pela Série C do Brasileiro, em um jogo entre Ipatin-ga e Juazeiro-BA, no Ipatingão. Era minha estréia na emissora. O Tigre fez 2 a 0, com gols de Léo Medei-ros, de pênalti (foi o primeiro car-tão) e Alex Rossi. A repercussão foi boa e continuei com o bordão.

Continua na página 5

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Vale do Aço, segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010 - 5Olé: E o programa História

Futebol Clube?Fernando Silva: Surgiu na Rá-

dio Vanguarda, em abril de 2007. Amante da história interminável do futebol sugeri à referida emis-sora que me destinasse um tempo na programação esportiva aos do-mingos em que eu pudesse falar do tema (história do futebol e seus grandes momentos e personagens), até mesmo para atender à nova di-nâmica da grande mídia esportiva, que atualmente reserva programas e quadros alusivos à história do fu-tebol e de outros esportes. Suges-tão aceita, o HFC pela Vanguarda durou pouco mais de um ano, en-cerrando-se com a minha saída da emissora em junho de 2008. No fi-nal de novembro de 2009, após já fazer parte da equipe de esportes da TV Uni, sugeri ao companheiro de emissora e amigo, Sotero Rosa, a sociedade na criação do História Futebol Clube para a empresa em que estamos.

Olé: Quem é sua referência no jornalismo esportivo e por quê?

Fernando Silva: Paulo Viní-cius Coelho, o PVC, da Espn Bra-sil, do Diário Lance! e da Folha de São Paulo... Pra mim, ele é o mais completo jornalista esportivo do país, mais bem informado, inteli-gente, articulado e coerentemente opinativo.

Olé: Como você avalia a atu-ação dos dirigentes nas princi-pais equipes e entidades do fute-bol brasileiro?

Fernando Silva: Infelizmen-te uma parcela visa beneficiar ape-nas seus interesses pessoais e a sua imagem, esquecendo-se de fazer aquilo que o mesmo se propôs a

fazer: administrar o clube do ‘co-ração’ com responsabilidade. Por isso sou a favor de uma maior pres-tação de contas e que o mesmo ve-nha a ser responsabilizado se vier a causar prejuízos à entidade que dirige.

Olé: O Ipatinga tem condição de brigar pelo título estadual e por uma vaga na elite do futebol brasileiro com o elenco atual?

Fernando Silva: Se Cruzei-ro e Atlético deixarem a competi-ção em segundo plano as chances do Ipatinga aumentam considera-velmente, porém, não acredito que isso aconteça. Já na disputa da Sé-rie B, acredito que o Tigre deva fa-zer mais alguns investimentos para formar uma equipe em condições de brigar pelas primeiras posições, ou, a briga será novamente para tentar se manter na Série B.

Olé: O Atlético tem time para ser campeão da Copa do Brasil e o Cruzeiro campeão da Taça Libertadores com o elenco que Vanderlei Luxemburgo e Adilson Batista, respectivamente, têm em mãos? E em quem você aposta-ria no Campeonato Mineiro?

Fernando Silva: Ambos pos-suem times para ganhar os dois títulos. As chances do Galo são maiores na Copa do Brasil, pois a competição é mais limitada tecni-camente, além do fato de o Atléti-co ter uma tabela não muito difícil, pelo menos até a semifinal. Com relação ao estadual, se o Cruzei-ro jogar a bola que mostrou con-tra o Ipatinga não vai muito longe. Depende de quantos titulares serão escalados por Adílson Batista no Mineiro e em quais jogos. Sendo assim, maiores chances para o tri-campeonato azul (Cruzeiro).

Olé: O Brasil é favorito para vencer a Copa do Mundo? E como você, enquanto jornalis-ta avalia o trabalho do técnico Dunga neste período à frente da seleção?

Fernando Silva: O Brasil sempre será favorito em Copas do Mundo, mesmo que às vezes este-ja desacreditado. Porém, a Sele-ção Brasileira é favorita pelo que joga, não pelas farras que alguns de seus jogadores realizam, até porque, não é ‘oktoberfest’, e nem ‘festa do cabide’, e sim, Copa do Mundo de futebol. Com Dunga, lembremos também que a Seleção empatou em casa com a Bolívia ( 0 a 0, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, em casa). O Brasil tem vencido pelo talento, como sem-pre, de seus atletas (muitos, corre-tamente convocados), até porquê, a Seleção só sabe jogar no contra-ataque, quando os adversários lhe

dão espaço. Do contrário, como diria Galvão Bueno: “Haja co-ração!!!! Sobre Dunga, não é ele quem treina a Seleção... É a Se-leção quem treina o Dunga, vis-to que ele nunca foi treinador até então. Os bons resultados só serão personificados como bom trabalho da atual comissão técnica se o tí-tulo Mundial vier, do contrário, de nada adiantará ter vencido adver-sários como a Argentina, a Itália, a Inglaterra e o Uruguai.

Olé: Qual jogador é mais de-cisivo: Diego Tardelli (Atlético) ou Kléber (Cruzeiro)? Se você fosse técnico da seleção brasilei-ra e tivesse a chance de levar ape-nas um dos dois para a Copa do Mundo, quem você escolheria?

Fernando Silva: Kléber se-ria o meu escolhido, embora tenha perdido um gol incrível na primei-ra partida da final da Libertadores

de 2009 contra o Estudiantes, na Argentina. Porém, o bom e golea-dor Diego Tardelli não me inspira segurança em jogos decisivos, in-clusive para cobrar pênaltis, uma de suas especialidades. Se tivésse-mos, na Seleção a valentia de Klé-ber durante a Copa da Alemanha, ao contrário da preguiça que se viu dos “astros do marketing”, iríamos mais longe, certamente.

Olé: O Brasil está preparado para organizar a Copa do Mun-do e os Jogos Olímpicos?

Fernando Silva: Com inves-timentos e responsabilidade, sim. Ambos têm tudo para serem gran-des eventos. Todavia, minha maior preocupação é com os excessos. É preciso uma interminável investi-gação de nossas autoridades. Espe-ro muito mais do Ministério Públi-co do que do Kaká, do Alexandre Pato, ou da Daiane dos Santos.

Fernando Silva participando de programa esportivo

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Vale do Aço, segunda-feira, 8 de fevereiro de 20106 -

Pequeno grande mestre

Conta a lenda que certa vez, um monge chinês -Ta Mo - subiu numa monta-nha e se pôs a contemplar o movimento dos animais, as posições que tomavam para a luta e a maneira como se defendiam dos ataques.

Observando tais movi-mentos, desenvolveu um trabalho de adaptação des-ses animais para o homem, estruturando-os de acordo com as possibilidades físi-cas do homem.

Assim nasceu o Kung Fu, como chamam os oci-dentais esta luta chinesa. Esta arte marcial milenar vem orientando as pessoas, bem como ajudando os jo-vens a se direcionarem em disciplina, respeito com os colegas.

De um modo geral, es-trutura o corpo físico, em combinação com a mente, extravasando as ansiedades, angústias e stresses acumu-lados no dia-a-dia, fortale-cendo-os.

Pode ser pratica-do por adultos e crian-ças de ambos os sexos. Combina-se ginástica com-pleta de todo o corpo, bem como movimentos, deno-minados Katis, onde com-pila-se, em sequências ba-seadas em movimentos de animais, mãos e pernas.

Decorrentes das ob-servações dos ataques dos animais, de onde originou-se o Kung Fu, surgiram os vários estilos praticados no mundo, conseqüentes das mutações e adaptações para o ocidente.

Hoje a realidade brasi-leira mostra uma arte mar-cial chinesa (Kung Fu), vol-tada para o bem estar físico e mental do praticante. Não há para o seguidor, na me-dida em que passa a conhe-cer o fundamento da dou-trina, aspirações de ser um “lutador profissional”, seu treinamento é voltado para o relaxamento da mente e o desenvolvimento corpó-reo, atribuindo-lhe saúde e bem estar.

Verdadeou Mito?

As artes marciais sempre foram vistas pelo timotense Gladiston de Assis Moreira Júnior como uma fi-losofia de vida como o mesmo gosta de dizer. Desde criança, Gladiston, de 29 anos, se sentiu atraído pelos ensinamentos da cultura oriental, seja em livros ou filmes.

E descobriu na filosofia do Kung Fu, arte milenar chinesa, o caminho para desenvolver habilidades e téc-nicas de combate, utilizando o cor-po e a mente como armas.

O Kung-Fu, segundo Gladiston Junior, nasceu da necessidade de sobrevivência dos antepassados na luta contra animais ferozes e con-tra inimigos.

De acordo com ele, a arte, que já foi usada em guerras, não é vol-tada para competição. É um estilo de vida. “O maior mérito do Kung Fu é buscar pelo bem-estar físico e mental, conhecimento e dar a quem

o prática, coragem para enfrentar os desafios do dia-a-dia, que não são poucos”, afirma.

RotinaApesar da correria diária entre

trabalho, estudo e momentos de la-zer, Gladiston Jr não abre mão de treinar pelo menos quatro vezes por semana, sempre as terças e quintas-feiras, além dos finais de semana, na aca-demia localizada no bairro Funcionários, em Timóteo.

Neste tempo, ele leciona e também procura dedi-car-se a treinos específicos, já que constantemente é exigido em testes promovidos por seus superiores.

“Meu treinamento é baseado além da prática marcial, na con-centração e conhecimentos especí-

ficos de diversas áreas da ciência. Não tem limite de tempo. A última reciclagem com o Grão-Mestre do estilo foi de aproximadamente 30 horas em três dias”, revelou o pro-fessor Gladiston.

Estilo Tao T’ien TiDentre muitas outras correntes

filosóficas, Gladis-ton Jr aderiu ao es-tilo ‘Tao T’ien Ti ‘, que significa “Cami-nho do Céu e da Ter-ra”. A base filosófica do estilo é baseada nos ensinamentos do

Taoísmo. E o método de combate é baseado no círculo.

O intercâmbio é feito principal-mente com outras academias de Mi-nas Gerais, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Segundo Gla-diston, no Vale do Aço ainda não

existe uma estrutura que interliga os variados estilos da arte chinesa. “Já em Minas e no Brasil sim”.

Com relação a graduação, o professor afirma cada estilo de kung fu possui um sistema de gra-duação específico. “Em alguns es-tilos não se utilizam faixas, em ou-tros, só faixas pretas e em alguns casos a faixa branca é a última, nesse caso simbolizando a purifi-cação”, ressalta.

EnsinamentosMesmo estando alguns degraus

à frente de seus discípulos, o pro-fessor Gladiston revela ser aberto ao dialogo e diz que sempre apren-de algo novo a cada aula ou trei-no, mesmo quando os mais jovens. “Somos, acima de tudo, bons ami-gos. E posso afirma com certeza. O aluno aprende muito. O professor aprende mais”.

Gladiston Jr mostrando algumas de suas habilidades para seus alunos

O professor Gladiston Jr afirma

que o Kung Fu é uma filosofia de vida para quem o prática

Arquivo Pessoal

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Vale do Aço, segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010 - 7

Sada Cruzeiro vence primeiro turno da Superliga e já pensa no Cimed

Já com a cabeça na parti-da contra o Cimed/Florianó-polis, que acontece nesta se-gunda-feira (8), às 18h30, em Itabira, o Sada/Cruzeiro pou-pou alguns de seus jogadores no confronto de sábado con-tra o Álvares Ca-bral/Vitória-ES. E mesmo assim não encontrou dificul-dades para vencer o adversário por 3 sets a 0 (parciais de 25/12, 25/16 e 25/19).

Com isso, a equipe mineira que lidera a Superliga masculina com 31 pontos, chegou a 15 vitórias no tur-no, tendo sofrido apenas uma derrota. O Cimed vem na se-gunda posição com a mesma campanha, mas perde no set average.

“O desafio agora é a equi-pe continuar com a mesma li-nha de jogo. Temos que me-lhorar algumas coisas, como o nosso bloqueio e defesa. Mas no primeiro turno o time mostrou muita raça, mui-

ta vontade de ga-nhar a cada parti-da e os resultados foram muito sa-tisfatórios”, disse o técnico Marcelo Mendez.

O treinador optou por uma formação diferen-te na partida con-tra o Vitória. Com a volta do pontei-ro Bruno Zanuto, que se recupera-

va de lesão, Marcelo Mendes optou por colocar o atacante Samuel no lugar de Wallace, para descansar o oposto. Re-nato Felizardo também foi

poupado, com a entrada do central Pétrus, assim como o levantador Sandro com a atu-ação de Murilo Radke a partir do segundo set.

Pedreira Com apenas uma derro-

ta cada, Sada/Cruzeiro e Ci-med/Florianópolis medem forças no ginásio Maestro Silvério Faustino, às 18h30, pela rodada de abertura do returno, com transmissão do canal Sportv. Boa oportuni-dade para o time celeste se vingar da derrota sofrida para os catarinenses no início da competição.

Atual bicampeão da Su-perliga masculina, o time ca-tarinense venceu o Cruzeiro na estréia do torneio, por 3 a 2, em uma grande partida, em Florianópolis.

Se serve como inspiração para o Sada, a única derrota

No sábado, o Sada garantiu o título simbólico do primeiro turno da fase de classificação com uma vitória tranqüila sobre o Álvares Cabral

da equipe do Florianópolis foi para um time mineiro: o Funadem-Montes Claros, jo-gando no Norte de Minas. “O fator casa tem pesado a nosso favor na Superliga. Fora de casa, ainda não temos jogado

do jeito que queríamos”, ana-lisa o levantador Bruno Re-zende, um dos destaques do time.

A Superliga masculina conta com 17 equipes que se enfrentam em turno e returno.

Classificam-se para os playo-ffs (mata-mata), os oito me-lhores colocados. No sistema de pontuação da fase classifi-catória, o vencedor soma dois pontos por vitória e o perde-dor acumula um ponto.

Minas embala e ganha mais uma partida

Time mineiro lidera a

competição com os mesmos

31 pontos do rival desta

segunda-feira pela rodada

de abertura do segundo turno

Uma das surpresas desta Super-liga masculina, o Funadem-Montes Claros também fechou sua participa-ção no primeiro turno do torneio com uma vitória. Jogando na casa do ad-versário (em Araçatuba/SP), o time do Norte de Minas enfrentou o Vô-lei Futuro e venceu por 3 sets a 0, em uma partida bastante disputada, no sábado (6).

O primeiro set foi o mais equi-librado deles, com a equipe mineira conseguindo a vitória (por 30 a 28) após muita disputa. Nos dois seguin-tes, os times permaneceram próximos no marcador. Entretanto, a equipe do Norte de Minas conseguiu errar me-nos e saiu vencedora, com parciais de 25/22 e 25/23.

Com o resultado, o Montes Cla-ros chegou a sua 14ª vitória (soma duas derrotas) na Superliga e ocupa a terceira posição com 30 pontos. Nes-ta terça-feira (9), o time do Norte de Minas enfrenta o SESI-SP, às 18h30, na capital paulista, pela rodada de abertura do segundo turno.

Montes Claros vence foraApós um início de competição

de altos e baixos, a equipe do Vi-vo-Minas parece que, finalmente, encontrou seu melhor jogo. Em partida realizada no sábado (6), na Arena JK, em Belo Horizonte, os mineiros conseguiram sua quarta vitória consecutiva ao derrotar o Volta Redonda-RJ por 3 a 1.

No primeiro set, o time abriu boa vantagem sobre o adversário e conseguiu fechar sem dificul-dades em 25 a 13. No segundo, a situação se inverteu: os cariocas forçaram um pouco mais o jogo e conseguiram abrir vantagem. No 17º ponto, o time de André Hel-ler e companhia conseguiu empa-tar, mas, ainda assim, o Volta Re-donda seguiu melhor e fechou em 25 a 23.

Nos sets seguintes, novamen-te o time minastenista conseguiu larga vantagem e apenas adminis-trou o placar, fechando em 25/16 e 25/12, respectivamente.

Com o resultado, o Minas soma 11 vitórias e cinco derrotas e com 27 pontos somados ocupa a quin-

ta posição na Superliga. Na próxi-ma rodada, os mineiros enfrentam o Soya/Blumenau, em casa. A par-

tida de abertura do segundo turno acontece nesta terça-feira (9), às 18h, na Arena JK, em BH.

Vitória já é a quarta seguida dos minatenistas na Superliga de Vôlei 2009/10

Estado de Minas

OTempo

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Vale do Aço, segunda-feira, 8 de fevereiro de 20108 -

Cruzeiro vence VillaNova sem fazer esforço

Mesmo jogando com um time misto, o Cruzeiro derrotou com muita facilidade o Villa Nova por 4 a 2 neste sábado (6), no Mineirão, pela terceira rodada do Campeonato Minei-ro e foi a seis pontos. Enquanto isso, o Leão de Nova Lima per-manece com um ponto e nas úl-timas colocações.

Wellington Paulista e Ber-nardo, no primeiro tempo, e Thiago Ribeiro e Jonathan, no segundo, marcaram os gols cruzeirenses. O Villa Nova des-contou com Marinho, de pênal-ti, e Warley.

As atenções na Toca da Raposa II se voltam agora para a Copa Libertadores. Na quar-ta-feira, o Cruzeiro enfrenta o Vélez Sársfield em Buenos Aires em sua estreia na fase de grupos.

Por sua vez, o Villa Nova passa a ser preparar para a par-tida de quinta-feira, em Nova Lima, contra o Ituiutaba, pela quarta rodada do Estadual.

O Cruzeiro controlou a partida no primeiro tempo e conseguiu levar a vantagem de 2 a 1 para o intervalo. O mistão colocado em campo por Adílson Batista sentiu um pouco o desentrosamento, mas criou as melhores oportunida-des, comandado pelo garoto Bernardo.

O placar foi aberto logo aos seis minutos. Bernardo le-vantou a bola na área, Marcos escorou de cabeça e, dentro da

pequena área, Wellington Pau-lista completou para as redes.

Em desvantagem, o Villa Nova saiu ao ataque e se apro-veitou de algumas falhas coleti-vas para levar perigo ao gol de Fábio. Pelo lado do Cruzeiro, Bernardo seguia sendo o desta-que, inclusive nas faltas. Ele obri-gou Rafael a fazer duas defesas aos 16 e aos 28.

O Cruzeiro ampliou o placar aos 28 minutos. Cláudio Caça-pa roubou a bola na saída do Villa Nova, Bernardo recebeu na área e bateu com violência no ângulo direito do goleiro Rafael.

O Villa Nova teve um pê-nalti a seu favor aos 33 minu-tos. Marinho cobrou com cate-goria aos 35, deslocou Fábio e diminuiu para 2 a 1.

O Cruzeiro voltou do inter-valo com Marquinhos Paraná no lugar de Marcos e Thiago Ribeiro na vaga de Anderson Lessa. A partir das alterações, Pedro Ken passou a jogar im-provisado na lateral-direita. O Villa Nova só mexeu aos 13: Emerson no posto de Sergi-nho.

Os celestes se mantiveram superiores na partida, mas bus-cavam o gol sem empolgação. O perigo maior do Cruzeiro es-tava nas cobranças de falta de

Bernardo. Aos 13, ele levantou na área e Cláudio Caçapa qua-se marcou de cabeça. Já aos 19, o meia tentou novamente em chute direto e o goleiro Rafael pegou firme.

O terceiro gol nasceu de uma jogada individual de Thia-

go Ribeiro pela direita. Ele partiu em velocidade, driblou dois mar-cadores e dispa-rou uma bomba no ângulo direito de Rafael.

Depois do gol cruzeirense, Adíl-son Batista trocou Bernardo, que

saiu aplaudido, pelo lateral-di-reito Jonathan. A mudança re-sultou na volta de Pedro Ken para o meio-campo. Já no Villa Nova, do interino Vacari, o ex-selecionável Warley substituiu Marinho.

Com sete jogadores titulares em campo, o Cruzeiro passeou diante do Villa Nova nos mi-nutos finais e o quarto gol pre-miou a maior qualidade. Thiago Ribeiro cruzou da direita, Jona-than cortou o defensor e dispa-rou um chute no ângulo direito de Rafael para fazer 4 a 1.

Aos 43 minutos, Warley mostrou categoria ao marcar o segundo gol do Villa Nova. De fora da área, ele tocou coloca-do no canto esquerdo de Fábio. Porém já era tarde para qual-quer reação.

Raposa faz 4 a 2 no Leão de Nova

Lima e agora volta novamente

as atenções para a Taça Libertadores

nesta quarta-feira

Tupi pulveriza a Caldense em casaJogando no estádio Radia-

lista Mário Helênio, em Juiz de Fora, o Tupi superou a Cal-dense, com direto a goleada. Aplicou 5 a 1 na equipe de Po-ços de Caldas, no sábado (6), pela terceira rodada do Cam-peonato Mineiro, com direito a show particular do atacante Ademilson, autor de três gols

na partida. No primeiro tempo, Mar-

celinho abriu o placar para o Galo Carijó aos 13 minutos. Ademilson ampliou dez minu-tos depois. Raniery marcou o gol de honra da Caldense, aos 32 minutos.

Na etapa final, Ian, aos 20, e Ademilson, aos 21 e aos 30

minutos, fecharam o placar em 5 a 1 para o Tupi.

Na próxima rodada, o time de Juiz de Fora, que che-gou aos seis pontos, encara o América, sexta-feira, em Belo Horizonte. Já a Caldense, que soma dois pontos, pega o Cru-zeiro em Poços de Caldas, no sábado de carnaval.

Wellington Paulista (à dir) comemora com o lateral-direito Marcos

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