08 - Ética

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A Lei 8.906/04 se subdivide em trs diplomas: Estatuto da Advocacia e OAB (80 artigos) + Cdigo e tica e Disciplina (60 artigos, mas 30 repetidos) + Regulamento Gera (180 artigos). Estudar tambm as ementas Tribunal de tica de Disciplina(TED). A OAB composta por 4 rgos, so eles, de acordo com a hierarquia abaixo: Conselho Federal (nacional- sede no DF)

Caixa de Assistncia dos Advogados (rgo social)

Conselho seccional (estadual- cada estado tem um, inclusive o DF)

Sub-seo (regionaluma por regio. Obs= regio no corresponde necessariamente a municpio) Cabe ao Conselho Federal fixar as diretrizes para o exame da OAB por portaria. Devem ser, no mnimo, duas fases, cada uma em uma data diferente: 1 fase: conhecimentos gerais; prova objetiva. tica a nica matria obrigatria e deve corresponder a 10% da prova. Para obter aprovao na tem que ter 50% de questes vlidas. 2 fase: rea especfica; prova subjetiva. Todas as questes devem ser vinculadas a uma rea do conhecimento. As reas podem ser civil, penal, trabalho e tributrio (ou outra, mas essas so obrigatrias). A prova deve ser composta de uma pea prtico processual (que vale 5 pontos) e de 5 questes (cada uma vale 1 ponto). necessrio somar 6 pontos para aprovao. Cabe ao Conselho Seccional aplicar e corrigir o exame. O Tribunal de tica de Disciplina (TED) rgo do Conselho Seccional, no rgo da OAB. Tem as seguintes funes: a) *julgar processo disciplinar (o resultado do julgamento vira ementa); b) orientar os advogados respondendo as suas consultas; c) conciliar os conflitos que envolvam advogados (antes de julgar tem que tentar a conciliao, se no conseguir volta para a primeira funo que a de julgamento). OBS= os processos do TED so sigilosos. Tudo o que vale PUBLICIDADE: para o Advogados podem fazer publicidade desde que seja moderada e discreta.mundo real vale para o Pode: a) em jornal, revista e peridicos virtual b) constar ttulos acadmicos 1

c) constar reas de atuao (no pode especificar aes, ex. inventrio. O que pode Direito Civil, Direito Penal etc.) d) endereo, telefone, e-mail e site NO PODE ( proibido, vedado): a) foto (checagem de segurana deve ser feita pelo site) b) cargos ocupados no passado c) lista de aes d) lista de clientes e) preo ou forma de pagamento DEVE ( obrigatrio): a) nome completo do advogado e n OAB. Se pessoa jurdica, nome da sociedade e n da sociedade na OAB. OBS= no site no pode foto do escritrio; no pode cargos ocupados como publicidade, mas pode no link de currculo. Publicidade indireta no pode se for para captar clientes. Outdoor no pode, no moderado e nem discreto. De acordo com ementa (no est em Lei): a) No pode carro de som; b) no pode adesivo na lataria de carro que indique frota; c) adesivo moderado e discreto no vidro pode; d) adesivo atrs de nibus no pode d) vedada a publicidade da advocacia associada a qualquer outra atividade (ex. contabilidade e advocacia; nome de escritrio em camisa de time de futebol s pode na camisa do time do prprio escritrio; imobiliria e advocacia); e) pode entregar brinde pra quem j cliente (j que cliente que deve procurar o advogado e no o contrrio). f) panfletagem no pode. Mala Direta: depende= s permitida pra quem j cliente do escritrio; proibida pra quem no cliente ou seria cliente em potencial. OBS= para TED spam equivale a mala direta. *captao de clientela infrao disciplinar. Advogado na mdia: NO PODE: a) tratar de caso sob seu patrocnio; b) tratar de caso sob patrocnio de terceiros (debate jurdico); c) dar consultas (fere princpio da personalidade) PODE: a) entrevista genrica, educativa e sem habitualidade. *TED pode atuar de ofcio, por provocao de qualquer pessoa ou pro provocao de autoridade. Obs. = difcil ver punio pq o processo todos sigiloso e a punio tambm. S se sabe quando registrado. DIREITOS DOS ADVOGADOS: De acordo com o art.133 da CF o advogado indispensvel para a administrao da justia. O EAOAB veio para garantir essa indispensabilidade (mdia o apelidou de estatuto garantidor). A ADIN 1127-8 (ajuizada pela Associao dos Magistrados do Brasil) foi interposta contestando a constitucionalidade do Estatuto. A Liminar suspendeu a eficcia de parte do Estatuto (em 1994). O acrdo de 2005 declarou partes do estatuto inconstitucionais e outras constitucionais: O art. 7 elenca as prerrogativas profissionais dos advogados/mais do que direitos. 2

(o prof. S comentou os incisos que tem a maior incidncia em provas, mas recomendou a leitura de todos.) Inciso IV- exige a presena de representante da OAB quando algum advogado preso em flagrante por motivo ligado ao exerccio da advocacia, sob pena de nulidade do Auto de Priso em Flagrante. Quando a priso no se der em flagrante basta que o Conselho seccional seja notificado. Esse inciso foi considerado constitucional pelo STF. Porm, com a liminar bastava a comunicao ao Conselho Seccional. Inciso V- advogado no pode ser recolhido preso antes de sentena com trnsito em julgado, seno em sala de Estado-Maior, com instalaes e comodidades condignas assim reconhecida pela OAB.

S essa parte do inciso foi declarada inconstitucional pelo STF. Na liminar foi suspensa a necessidade de reconhecimento pela OAB, no julgamento final essa expresso foi declarada inconstitucional. Na ausncia de sala de estado maior, advogado cumpre a pena em priso domiciliar. (sala de estado-maior= mais do cela especial. na marinha, no exercito ou na aeronutica.) Inciso IX- sustentao oral depois do voto do relator por 15 min. Foi declarado inconstitucional e o CPC prevaleceu, portanto, s pode sustentar oralmente antes do voto do relator por 15 min. Inciso XIV- advogado pode verificar autos de inqurito ou flagrante, mesmo sem procurao, findos ou em andamento, ainda que conclusos autoridade, podendo tomar apontamentos e tirar cpias, ainda que seja sigiloso. Basta ser advogado inscrito na OAB. No exige a juntada de procurao ou mandato. Foi declarado constitucional. Cabe MS se for violado. O sigilo do inqurito policial no se aplica a advogado. Inciso XX- pode retirar-se do local onde est aguardando o prego para o ato judicial depois de 30 min do horrio para que o ato tinha sido designado desde que cumpridos dois requisitos: a) ausncia da autoridade que presidiria o ato; b) peticionar comprovando a presena e pedindo redesignao da audincia (protocolizar em juzo). Constitucional. Em caso de pauta atrasada no se aplica. Inciso II- inviolabilidade do local de trabalho (escritrio, casa, depto jurdico etc) arquivos e dados (fsicos ou digitais), comunicaes e correspondncia (telefone, eletrnica, telemtica etc). A inviolabilidade se presta a garantir a liberdade de defesa e o sigilo profissional. A inviolabilidade pode ser quebrada se: 1) for medida judicial pormenorizada e especfica (Antes a redao era: mandado de busca e apreenso); 2) deve ter o acompanhamento de representante da OAB (se a OAB for chamada e no comparecer, o ato vlido). Tudo o que for colhido de forma ilcita no pode ser objeto de provas processuais. Julgamentos, regras do CPC: prego (chamada para ato) Leitura do relatrio (relator) Se advogado se inscreveu antes, pode fazer sustentao oral por 15 min Leitura do voto do relator Julgamento (ou os demais acompanham ou divergem)

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IMUNIDADE PROFISSIONAL (art. 7, par.2): CRIME ANTES DEPOIS DEPOIS ESTATUTO ESTATUTO LIMINAR Difamao Crime No crime No crime Injria Crime No crime No crime Desacato Crime No crime Crime Calnia Crime Crime Crime Tergiversao no Crime Crime Crime exerccio da advocacia(=patrocnio infiel/advogar para ru e autor)

SENTENA FINAL ADIN No crime No crime Crime Crime Crime

Sendo assim, s h imunidade para difamao e injria. Obs. = a expresso desacato foi considerada inconstitucional, mas no o crime. Desacato crime de menor potencial ofensivo, portanto, no cabe priso em flagrante. Se desacato for cometido contra autoridade estadual, Jecrim estadual (Lei 9.099/95), se cometido contra autoridade federal, Jecrim federal (Lei 10.259/01. No faz auto de priso em flagrante e nem Boletim de ocorrncia, e sim T.C. (termo circunstanciado) na delegacia. INSCRIO NA OAB: Art.8 do EAOAB. Requisitos para a inscrio na OAB: a) capacidade civil (maioridade + sanidade). A maioridade precisa ser provada, a sanidade presumida. b) diploma/certido de concluso de curso em direito reconhecido pelo MEC (no pode ser curso tcnico em direito) c) ttulo de eleitor e quitao no servio militar d) aprovao no exame de Ordem (no direito adquirido, apenas mais um requisito, possvel ser aprovado e mesmo assim no poder se inscrever por faltarem outros requisitos.). Pode-se pedir certido de aprovao no exame de ordem, que tem validade perptua. Exame de Ordem prova de habilitao, se praticar alguma irregularidade pode ter que fazer de novo. e) no exercer atividade incompatvel cm a advocacia(requisito negativo). Atividade incompatvel so aquelas de proibio total (Art. 28 do EAOAB. Inciso V- policial e VIII- gerente de banco). f) Idoneidade moral (= nunca ter sido condenado prtica de crime infamante. Crime infamante qualquer crime contrrio a honra, dignidade e a boa-fama daquele que o pratica. Exceo= reabilitao judicial.) (solene, formal,

g) Compromisso perante o Conselho seccional personalssimo. No pode por procurao)

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Obs. = o juramento est no art. 20 do regulamento geral. A cdula e a carteira so entregues no dia do compromisso. Obs. 2= a cdula parece um carto e de uso obrigatrio ( o que a gente chama de carteirinha), a carteira a brochura/livrinho. Obs. 3= anuidade decorrente da inscrio. IMPEDIMENTO/INCOMPATIBILIDADE: Impedimento = limitao para o exerccio da advocacia. Art.30, inciso I- servidores pblicos municipais, estaduais e federais no podem advogar contra a fazenda pblica que os remunera. (ex. professor da rede municipal pode advogar normalmente, s no pode advogar contra o municpio) Inciso II- integrantes do poder legislativo no podem advogar contra ou a favor todo mundo do direito pblico. Incompatibilidade = proibio total para o exerccio da advocacia, at mesmo em causa prpria. Bacharel no pode dar consultoria, mas estagirio pode se autorizado por advogado. Obs.= advogar me causa prpria no tem problema, a no ser que seja vedada (como no caso da incompatibilidade). Na hora de executar honorrios de causa que advogou em causa prpria necessria a contratao de outro advogado) Art.28- incompatiblidade, no taxativo. Obs.= a nica funo privada descrita no art.28 a direo e gerncia de instituio bancria privada. Se a pessoa sair em licena temporria a incompatibilidade permanece, portanto, s acaba a incompatibilidade quando deixar definitivamente a funo. *estudante de direito que policial no pode ser estagirio, em funo da incompatibilidade. Razes que sustentam a incompatibilidade: a) favorecimento ou trfico de influncias b) captao de clientela em massa *membro da mesa do poder legislativo incompatibilidade. Com o desligamento do cargo ou funo deixa de existir a proibio total de exerccio da advocacia. Conseqncias do advogado assumir atividade incompatvel: a) se em carter definitivo (= prazo no definido para acabar): CANCELAMENTO da inscrio na OAB (Art. 11. Perde o nmero OAB, se quiser retomar advocacia ganha outro nmero) b) se em carter temporrio: LICENCIAMENTO da inscrio na OAB. (Art.12. Afastamento temporrio e manuteno do nmero). c) sanes administrativa (TED), civil e penal (exerccio ilegal da profisso) d) nulidade de todos os atos praticados (*suspenso da OAB sano) 5

o par.2 do art.28 tira a proibio do inciso III (incompatibilidade de direo em rgo da administrao pblica) em algumas situaes especficas. Ex. diretor de faculdade de direito pblica no cargo incompatvel com a advocacia; professor de faculdade de direito pblica no cargo impedido (par.1, art.30) O art. 29 dispe sobre aqueles que tm que exercer a advocacia com exclusividade: advogado geral/procurador geral = cargos mximos da advocacia pblica no podem exercer advocacia privada. * juiz eleitor e suplentes podem advogar. SOCIEDADE: (Art. 15-17 do EAOAB e Art. 37-43 do Regulamento Geral) a) adquire personalidade jurdica com o registro dos atos constitutivos no Conselho seccional competente (no precisa registrar em mais nenhum lugar) b) denominao = pelo menos um dos nomes (nome ou sobrenome) de um dos scios. proibido nome fantasia. Nome de scio falecido que integra denominao s permanece se tiver expressa previso contratual, se no tem que tirar. S pode ser scio quem for advogado regularmente inscrito (que tenha capacidade postulatria plena e estiver em dia com anuidade), no pode scio-empresrio. Advogados e sociedade pagam anuidade para OAB. c) procuraes devem ser outorgadas para advogados e scios, mas sempre deve indicar o nome da sociedade em que trabalham d) em caso de licenciamento deve-se proceder a averbao no contrato e o scio permanece, mas no pode atuar. O nome na sociedade pode continuar. e) Em caso de cancelamento deve-se proceder a alterao no contrato e excluso do scio. O nome na sociedade no pode continuar. f) A responsabilidade dos scios ser sempre subsidiria e ilimitada (sem prejuzo da responsabilidade disciplinar) * scio licenciado no responde por aquilo que se faz quando ele est licenciado. g) Filial tecnicamente tem que estar em outro estado, outro Conselho Seccional. Todos os scios precisam de inscrio suplementar independentemente de atuao efetiva. (obs. = at 5 processos em outro estado por ano no precisa de inscrio.Se atuar em mais de 5 processos, os atos dos outros so nulos, pois exerccio irregular da atividade. Se tiver inscrio suplementar pode nmero ilimitado de processos). A inscrio suplementar para proteger o advogado e fiscaliz-lo. Implica em pagamento de anuidade. h) Restrio aos scios: no integrar como scio outra sociedade na mesma rea territorial (estado) onde haja sede ou filial. No patrocinar clientes com interesses opostos. 6

i) Sociedade no pode patrocinar clientes com interesses opostos (nem a sociedade e, muito menos, o advogado). Pode configurar, inclusive, crime de tergiversao. j) Sociedade irregular sano a censura (= pena mais branda) HONORRIOS: Arts.22-26 EAOAB e arts. 35-43 Cdigo de tica) a) critrios para fixao de honorrios a MODERAO (art. 36) b) honorrios muito baixos = vil = aviltamento de honorrios. A tabela do Conselho Seccional regula o mnimo. A pena de censura, por se entender que ocorre captao de clientela e concorrncia desleal. c) Honorrios muito altos = locupletao indevida. Critrio para aferir se honorrios altos o valor de mercado. A pena a suspenso. d) A gratuidade admitida desde que no seja com habitualidade. e) Prescrio da ao de cobrana (art.25): 5 anos contado do prazo de qualquer situao que determine o fim da relao. Ex. transito em julgado da sentena que os fixou; se cliente muda de advogado etc. f) Muitos fatores influem na fixao dos honorrios, como complexidade da causa, condio econmica do cliente etc. CONTINUAO HONORRIOS Lapso prescricional da ao de cobrana de honorrios: 5 anos. Conta-se a partir de todas as situaes que marquem o trmino da relao: 1. Renncia, depois do prazo legal de responsabilidade, implica fim da relao. 2. Revogao tambm implica fim da relao. 3. Cumprimento da atividade extrajudicial (mas s se for citado s para isso) Observao: trnsito em julgado no marca fim da relao (relao advogado/cliente pessoal e orienta-se pelo princpio da confiabilidade. Obs. 2: Gratuidade possvel, mas desde que sem habitualidade. Ex. abrir escritrio toda 3 feira para atender gratuitamente no pode. captao de clientela ou concorrncia desleal (ou pelo menos pode ser) Notar que, menos que a tabela no se pode cobrar, apesar de, sem habitualidade, pode fazer de graa. Espcies de Honorrios: 1. Pactuados ou contratados: so os honorrios que se combina com o cliente. 2. Arbitrados Judicialmente (art. 25, II):

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a) Trnsito em julgado da sentena que fixou honorrios termo inicial para contagem da prescrio. b) O juiz no pode arbitrar abaixo da tabela. O que pode ser feito nomear perito que usar dos mesmos critrios que usamos para definir honorrios (complexidade, etc...) c) Notar que exceo regra do fim da relao, relao j se quebrou l atrs, mas para contar a prescrio esse o transito em julgado que conta. 3. De sucumbncia: so aqueles pagos pela parte vencida ao advogado vencedor. o juiz que determina, portanto, so uma espcie do gnero arbitrados judicialmente. a) Nem todas as aes geram sucumbncia (trabalho, criminal, MS, etc..) Obs: contrato de honorrios preferencialmente escrito, mas pode ser verbal. ttulo executivo. Obs2: Parcelamento em 3X que consta do estatuto mera sugesto; pode-se fazer da forma que quiser. b) Quando houve sucesso de advogados no processo (vrios participaram), a sucumbncia cabe a todos os que participaram (todos so vencedores), cada qual ter uma parte. Cobra-se do advogado que recebeu, se no pagar, representao no Tribunal de tica SUBSTABELECIMENTO COM RESERVAS Substabelecimento pode ser com (os dois permanecem com poderes) ou sem reservas (passam-se todos os poderes, sai do processo). Se houve substabelecimento com reservas, substabelecido no pode cobrar honorrios diretamente do cliente. O cliente mantm relao com substabelecente e j combinou honorrios com cliente. Se for substabelecimento sem reservas pode cobrar do cliente, porque o substabelecido o nico que est no processo, ele segue dali e pode combinar honorrios diretamente com cliente. H um contrato entre cliente e advogado e pagamentos so parcelados; Se o cliente no pagar, pode execut-lo, mas no continua advogando. A renncia um dever tico quando ocorre a quebra de confiabilidade. necessrio renunciar para executar o contrato, assim como para pedir arbitramento. Obs. Advogado no pode protestar cheque do cliente. Alm de haver outras formas de relao, protesto fere sigilo que pauta relao advogado/cliente. Alis, no posso nem por esse cheque para circular porque fere o sigilo. Exemplo de outras sadas: executar contrato, pedir arbitramento ao juiz.

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Obs2.: Advogado no pode cobrar honorrios via ttulo de crdito, exceto por fatura. (princpio da no mercantilizao e mesmo assim no poder protestar) CONTRATO COM CLUSULA DE QUOTA LITIS ARTIGO 38 Quota litis cota parte, a parte de um todo. permitido contrato Ad exitum se ganhar recebe, se no no recebe: 20 ou 30% do valor da causa. Pode ou no misturar com honorrios pactuados. Obs. No se pode garantir resultado porque trata-se de obrigao meio. Contrato quota litis espcie de contrato ad exitum Art. 38 caput: diz que pactuados + sucumbncia no pode ser maior que o que o cliente recebeu. Regras da quota litis: 1. Contrato necessariamente escrito. 2. contrato ad exitum (ou seja, condicionado ao sucesso da demanda) 3. Admite o recebimento de bens, mas isso deve estar expressamente previsto no contrato e desde que comprovada a hipossuficincia financeira do cliente Assim, somente nessas condies e havendo quota litis que posso receber em bens. (requisitos so s para quota litis) E genericamente (fora da quota litis), advogado pode cobrar em bens? Pode, mas bom colocar no contrato, at porque bem do cliente pode ser roubado. Mas deve ter carter excepcional. Obs.: TED limitou a 30% o recebimento na quota litis. Vedaes da quota litis: Advogado no pode receber mais do que o cliente quando aos honorrios pactuados for acrescida verba de sucumbncia. Obs. Como no da para mexer na sucumbncia, se passar do que o cliente recebeu, o certo seria baixar os pactuados para igualar ao quanto o cliente recebeu. Obs2: Justia gratuita no tem nada a ver com isso tem a ver com o no pagamento de taxas. PROCESSO DISCIPLINAR PD processo administrativo, mas bem parecido com processo criminal. Tambm tem as garantias da ampla defesa e do contraditrio. IINCIO Por representao, oferecida por qualquer pessoa, vedado o anonimato. O presidente do Conselho Seccional ou da subseo pode iniciar de oficio. IICOMPETENCIA

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O Conselho Seccional do local da infrao (no o local da infrao) o competente para processar e julgar advogados e estagirios, salvo se a infrao for cometida perante o Conselho Federal. Obs. 4 rgos: Conselho federal conselho seccional subseo (para criar deve ter no mnimo 15 advogados domiciliados). Havendo mais de 100 inscritos, posso ter conselho. Havendo conselho, ele pode instaurar e instruir. Alem disso, se houver conselho, a subseo pode fazer inscries. o conselho (no TED) que julga. Quando posso levar representao para subseo? Quando local da subseo for o locar da infrao ou quando advogado for inscrito naquela subseo. Mas sempre, em qualquer caso, posso levar para Conselho Seccional. ATENO: quando a lei fala que quem julga o conselho seccional, entenda-se que se trata do TED. III SIGILO O processo disciplinar absolutamente sigiloso at o seu trmino. S tem acesso s informaes as partes, seus advogados e a autoridade judiciria. A autoridade judiciria pode pedir informaes/ cpia do processo disciplinar para julgar causas cveis ou criminais relacionadas. Depois do trmino, transito em julgado, continua sigiloso. S aparece o nome e a punio, e ainda assim, s se for punio de suspenso e excluso. Somente duas sanes sero objeto de publicidade: suspenso e excluso. A idia e avisar o pblico, mas s o nome e a sano aparecem. IV SUSPENSO PREVENTIVA uma medida cautelar aplicada ao longo do processo. Significa imediata retirada do exerccio da atividade. o TED do Conselho Seccional onde o advogado tem inscrio principal que aplica a suspenso (portanto no o do local da infrao). Aplica-se quando a infrao praticada violar a dignidade da advocacia. O processo dever acabar em 90 dias. V PRAZOS 15 dias para tudo, todas as manifestaes. So at 5 testemunhas para cada parte. Na representao (para acusao) ou na defesa prvia que manifestam-se as testemunhas. Tenho que pedir intimao pessoal das testemunhas, se no pedir, sou responsvel pela ida das testemunhas. Intimado ou no, na hora posso trocar as testemunhas. VI DEFENSOR DATIVO Ser nomeado quando advogado representado no for encontrado ou for revel. Na defesa preliminar, deve-se expor tudo (diferente do processo penal) Com a representao e a defesa prvia, o Relator (membro do TED voltado pra isso) far o juzo de admissibilidade (instaura ou no o processo disciplinar) 10

VII - RECURSOS Graus: 1 o Conselho Seccional 2 o Conselho Federal Competncia: O Conselho Seccional competente para julgar as decises proferidas por seu presidente, pelo TED, pela diretoria da subseo ou da Caasp. Competncia do Conselho Federal: competente para julgar as decises no unnimes proferidas pelo Conselho Seccional. Mas, se a deciso for unnime, somente aquelas que contrariem o Estatuto, o Cdigo de tica, o regulamento geral, os provimentos ou apresentarem divergncia jurisprudencial. em relao a outro Conselho Seccional ou ao Conselho Federal. Efeitos dos Recursos Todos os recursos tm efeito suspensivo, exceto os que tratam de : a) Suspenso preventiva b) Inscrio ( na ordem) obtida com prova falsa c) Eleies Obs. Do arquivamento da representao cabe recurso, e ele vai para o Conselho Seccional. Ateno: A representao contra membros do CF e presidentes dos Conselhos Seccionais devem ser dirigidas ao Conselho Federal. Procedimento: 1. Recebida a representao, inicia-se a instruo, que acaba com alegaes finais. 2. Todos os prazos so de 15 dias 3. E depois, sentena. O julgamento feito por um rgo colegiado, mas antes cabe sustentao oral de 15 minutos. (art. 53, pargrafo 3 do Codigo de tica) No TJ, sustentao oral sempre antes do voto do relator, mas no TED a regra diferente: TED/OAB Aps o voto do relator (art. 53, pargrafo 3, CED). Alias, aqui podem falar o representado, advogado do representado e advogado do representante. Obs.1. representante, se no for advogado, no pode falar. VIII REVISO Reviso: Aps o transito em julgado de sentena condenatria, quando houver erro de julgamento ou condenao baseada em prova falsa Reabilitao: Admitida aps 1 ano de cumprimento da sano, objetivo restaurar a primariedade do advogado, desde que

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apresente provas de bom comportamento. (no automtica nem obrigatria) IX PRESCRIO H dois lapsos distintos: 1. Prescrio ordinria: 5 anos, contados da data da constatao oficial do fato. equivalente pretenso punitiva no penal. 2. Prescrio intercorrente: aquela que ocorre no curso do processo. Ocorre em todo processo paralisado por mais de 3 anos dependendo de despacho ou deciso. SANES E INFRAES - art. 34 - Espcies de sano: censura, suspenso, excluso e multa. A. CENSURA: Pode ser convertida em advertncia quando houver circunstancia atenuante (circunstancias atenuantes esto no art. 40 ex: ter cometido infrao ao tentar defender prerrogativa) Vantagens: A advertncia no fica registrada nos assentamentos do inscrito. Mas a censura fica. B. SUSPENSO: Probe o exerccio profissional pelo perodo mnimo de 30 dias e mximo de 12 meses. Excees: Art. 34, XXI, Aplica-se a pena mnima de 30 dias e ela dura at a efetiva prestao de contas e restituio dos valores. At pode prestar contas antes dos 30 dias, mas mesmo assim, cumprir, no mnimo, os 30 dias. Art. 34, XXIII igual: suspenso por 30 dias at o pagamento. Art. 34, XXIV inpcia profissional o cometimento reiterado de erros da lngua portuguesa e ou da tcnica jurdica. Acarreta a suspenso por no mnimo 30 dias at que preste novas provas de habilitao. Obs.: aps a suspenso, o advogado retorna com o mesmo nmero de inscrio. C. EXCLUSO Determina o cancelamento do n de inscrio, que definitivo e desconstitutivo. O nmero jamais se restaura. A excluso permite o retorno OAB, desde que o requerente comprove novamente os incisos I, V, VI e VII do art. 8 do Estatuto. Inciso II, pargrafo 3 - Novo pedido de inscrio deve vir acompanhado de provas de reabilitao. (no tem nada a ver com exame da ordem, exame da ordem prova de habilitao). para pedir restabelecimento da primariedade. Outra exigncia: em caso de perda da idoneidade moral (prtica de crime infamante), ser necessria a reabilitao judicial. Obs.1: Inscrio cancelada sempre gera a perda do nmero. Obs.2: A idoneidade moral se perde com a prtica de crime infamante.

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*Suspenso temporria das penas de advertncia. Condies: ser primrio e conclua, no prazo de 120 dias, curso sobre tica profissional. -Multa: pena acessria, s pode ser aplicada cumulativamente com a censura ou com a suspenso. (valor de uma a 10 anuidades). CENSURA SUSPENSO EXCLUSO 1. Para as Praticar ato contrrio 3X suspenso. Na violaes ao lei ou destinar a terceira, seria uma suspenso, mas vira cdigo de tica fraud-la excluso. (notar como reabilitao pode ser boa) 2. Para todas as Reteno abusiva ou Prova falsa de extravio de autos. qualquer requisito infraes que para inscrio. no tenham previso de pena mais grave. (assim, se no for suspenso ou excluso censura) Manter conduta Tornar-se incompatvel (art. 34, moralmente inidneo pargrafo nico) Inpcia profissional Praticar crime infamante Todas as infraes ligadas ao aspecto financeiro E reincidncia. SIGILO PROFISSIONAL um princpio de ordem pblico, constitucionalmente previsto, porm no absoluto. Excludentes esto no art. 25 do Cdigo de tica (grave ameaa ao direito vida, honra) Violar sigilo infrao (se cometido por advogado), mas tambm crime. Art. 26 advogado tem que ir at e dizer que no pode falar por tudo estar protegido por sigilo. Art. 27 Informaes usadas em benefcio do meu cliente, mas no tudo (depende da autorizao dele. *Patrocnio contra ex-cliente: pode, mas com carncia de 2 anos e desde que no use informaes do ex-cliente contra o prprio ex-cliente. Se houver conflito de interesses entre clientes: 1)Advogado poder optar por um deles, mas sem usar informaes privilegiadas.

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