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Manual NAKATApara Sistemas
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A EVOLUÇÃO DOS FREIOS
Os primeiros freios automotivos eram simplesadaptações dos freios usados nas carruagens navirada do século, onde uma alavanca e umasapata externa atuavam diretamente no pneu.Posteriormente surgiram os freios de cinta deaço externa envolvendo o cubo da roda outambor. Na década de 1920 com osautomóveis ganhando mais potência evelocidade os freios passaram a teracionamento hidráulico.
Princípios do freio
Para falarmos de freio hidráulico é precisoconhecer alguns princípios básicos da Física.Esse sistema tem o fluído de freio como
mecanismo principal e é baseado no enunciadode hidrostática do físico Blaise Pascal: “Oacréscimo de pressão exercido num ponto de umlíquido em equilíbrio se transmite integralmente atodos os pontos desse líquido.”Em outras palavras quando pisamos no pedaldo freio estamos aplicando uma pressão nofluído de freio através do êmbolo do cilindromestre onde o fluído está depositado. Essapressão será transmitida com a mesmaintensidade para todo o sistema de freioatravés de tubulações e mangueiras deborracha reforçada, conhecidas como flexíveis.Os flexíveis são utilizados em pontos onde serequer flexibilidade, como nas rodas dianteirasem função do esterçamento.A quantidade de pressão hidráulica nosistema é determinada pela quantidade de
Sistemade Freios
força aplicada sobre o pedal do freio. Odiâmetro do cilindro mestre, do servo freio eo tamanho da pinça também influem napressão.
A pressão aplicada ao fluído chegará aoscilindros de roda e pinças, onde as lonas epastilhas serão empurradas contra ostambores e discos respectivamente. O atrito -resistência ao movimento entre dois corposé o princípio de funcionamento de qualquertipo de freio. É o atrito que diminui avelocidade da roda até imobilizar o veículo. Oatrito, porém, provoca calor e o usoprolongado e ininterrupto dos freiosaumenta muito a temperatura doscomponentes podendo causar a perdarepentina dos freios. Nessa situação,conhecida pelo termo de origem inglesaFading, o motorista sente o endurecimentodo pedal, que, apesar de pressionado commuita força não consegue parar o veículo.
Para que um sistema de freio funcioneadequadamente, tem que haver uma colunacompleta de fluído por todo o sistema.Quando o fluído não está presente significaque o ar está. O ar como qualquer gás écompressível, enquanto o fluído não é. Apresença de ar no sistema torna o pedal“esponjoso” e o freio não atua de formasegura. Para remoção do ar é necessário fazera sangria do sistema. Apesar de poder serfeito manualmente por duas pessoas, amaneira mais correta é utilizar equipamentoespecífico para sangria, pois preserva a vidado Reparo do cilindro mestre, especialmentese o veículo for equipado com sistema ABS.
CARACTERÍSTICAS DO FLUÍDODE FREIO
É um óleo com múltiplas propriedades:
resistência à altas e baixas temperaturas,neutralidade para não atacar os componentesde borracha, plástico e materiais metálicos quecompõem o sistema de freio e resistência àaltas pressões. Uma característica comum dofluído é a absorção da umidade do ar. A essacaracterística damos o nome de higroscópico.Apartir do momento que abrimos umaembalagem nova a umidade do ar já promoveualguma alteração no seu ponto de ebulição quecom o passar do tempo diminuirá ainda mais,contribuindo também para oxidarcomponentes internos das pinças, do cilindromestre e do cilindro de roda. Essa é a razão dosfabricantes recomendarem a substituição dofluído a cada 12 meses.Testes comprovam quenesse intervalo de tempo é possível encontrarcerca de 4% água em sua composição.A contaminação do fluído com água cria bolhasde ar no circuito comprometendo ofuncionamento de todo o sistema.
Não se esqueça! Verifique o nível do fluidoregularmente e, uma vez por ano, faça a trocacompleta. Lembre-se que o fluido é a únicaligação entre o pedal do freio e as rodas.
CLASSIFICAÇÃO DO FLUÍDO
As especificações do ponto de ebulição sãoencontradas nas embalagens precedidas pelasigla DOT - Department of Transportation -Departamento de Transporte - órgãoamericano que estabelece normas desegurança para o setor automotivo.
01
Classificação DOT3 DOT4 DOT 5.1
Ponto de ebulição-Seco 265º C 268º C 268º C
Ponto de ebulição-Úmido 153º C 168º C 187º C
FREIO A DISCO
É o sistema mais utilizado atualmente. Além deautomóveis e caminhões; podemos encontrá-lotambém em aviões e locomotivas.Durante a frenagem ocorre a transferência depeso do veículo do eixo traseiro para odianteiro. Essa maior participação no eixodianteiro exige também uma maior dissipaçãodo calor gerado na frenagem pelo atrito entrepastilhas e discos. Pela sua característicaconstrutiva os discos conseguem dissiparrapidamente o calor porque grande parte desua área está em contato com o ar exterior.Dissipar calor rapidamente ajuda a recuperar acapacidade de frenagem após o uso contínuo.Veículos de maior desempenho utilizam discosventilados que melhoram ainda mais essacaracterística. Em situações onde há contatocom água, os discos também são mais eficientesna recuperação da frenagem, permitindo asecagem das pastilhas mais rapidamente.
Funcionamento
Os discos giram entre as pinças - cada pinçacontém duas pastilhas formando uma espéciede sanduíche conforme ilustra as figuras 4 e 5.Quando o pedal do freio é pressionado a forçahidráulica do fluido empurra o(s) êmbolo(s)das pinças contra as pastilhas e estas contrauma seção do disco que é envolvida por esse“sanduíche”, criando o atrito necessário parafrear seu movimento.
Quando a pressão no pedal é aliviada osêmbolos se retraem com a ajuda do anel devedação do êmbolo (figuras 10 e 10a) – queatua como uma espécie de mola - liberando afolga original entre as pastilhas e o disco, quevolta a girar livremente.
Detalhe do retorno do êmbolo
A folga entre o disco e as pastilhas se autoajusta a medida que as pastilhas se desgastam.Dependendo do projeto a pinça pode ter um,dois, três ou quatro êmbolos, com carcaça fixaou deslizante
Pinça deslizante
Vista explodida da pinça deslizante
Pinça Fixa
A pinça com carcaça fixa têm um êmbolo paracada pastilha. A pinça deslizante ou flutuantegeralmente possui um único êmbolo paraambas as pastilhas e se movimenta sobreparafusos guia ou superfícies usinadas.Sempre que substituir as pastilhas faça averificação das pinças, êmbolos, anéis devedação, guarda – pó e pinos deslizantes. Seestiverem gastos ou com sinais de corrosãodevem ser substituídos. Um êmboloemperrado mantém a pastilha sempreencostada no disco desgastando-arapidamente, superaquecendo o freio, além decomprometer a trajetória do veículo durante afrenagem.
Atenção nos discos
Os discos devem ser substituídos sempre queatingirem a espessura mínima determinada pelofabricante ou quando apresentarem trincas ouempenamento. Não observar essa regrapoderá resultar em:
•Superaquecimento dos freios devido a menorquantidade de material para dissipar o calor.•Diminuição da resistência mecânicaprovocando trincas e até a quebra do disco.•Travamento do êmbolo da pinçaMeça a espessura do disco com ummicrômetro. A espessura mínima vem gravadano disco. Se já estiver abaixo da especificada, énecessário substituir o disco.
Se houver margem de tolerância faça a retificae meça novamente para se certificar que aindaestá dentro da espessura mínima. Casocontrário substitua o disco.Você também podeconsultar os valores dimensionais dos discos nocatálogo de freios NAKATA.
Tenha em mente
Mesmo que o disco esteja dentro da tolerânciaa retifica nem sempre garante que suasuperfície fique totalmente livre deimperfeições, o que pode gerar ruídos epulsações no pedal, além de abreviar a vida daspastilhas. Para evitar possíveis retrabalhos einsatisfação do seu cliente a utilização de discosnovos é sempre a melhor opção.
Medindo o empeno máximo doconjunto disco/cubo/rolamento
Para fazer essa medição você vai precisar deum relógio comparador e uma base
LINHA ATRITO
10 A
Anel de vedaçãção
FREIOAPLICADOFREIO
Disco
04 05
Pastilha Êmbolo
Coifa
FREIOLIBERADOFREIO
Disco
10 B
06
17 A
Sangrador
Molas anti-ruído
Anel de vedação
Êmbolo
Guarda-pó
Pastilhas Pinos-guiae buchas
Pinça deslizante
Pinça fixa
06 A
10
10a
4 5
magnética.Posicione a ponta de contato do relógiocomparador cerca de 5mm abaixo da borda dodisco de freio. Gire o disco vagarosamente efaça a leitura. Nos veículos leves a oscilaçãolateral do conjunto disco/cubo/rolamento nãodeve exceder 0,10mm.
Se estiver acima dessa medida remova o discoe coloque a ponta do relógio comparador naborda do cubo. Gire o cubo vagarosamente efaça a leitura. Se for maior que 0,04mm podeser que o cubo esteja empenado ou osrolamentos com folga excessiva. Faça assubstituições necessárias para a correção doproblema.
Cuidados na retifica ou troca dos discos
•Terminada a retífica, ainda com o disco notorno passe uma lixa de grana 150 para daracabamento. Em seguida lave com água e sabãoantes de instalar no veículo.•Nunca retifique ou troque apenas um discodo carro.•Ao remover o disco prenda o flexível de freiocom ferramenta adequada – pode ser umgancho feito de arame resistente - isso impedeque o flexível fique pendurado evitando danose vazamentos.
•Não esqueça de limpar as faces de contato(assentamento) entre o disco de freio e o cubocom uma lixa para remover qualquer oxidaçãoou rebarbas.•Tenha sempre as mãos bem limpas para nãocontaminar as pastilhas.•Para discos novos lave-os com desengraxantepara remoção da película protetora.
Trocando as pastilhas
Para facilitar o recuo do êmbolo solte oparafuso sangrador cerca de 1/4 de volta eutilize uma espátula entre o disco e a pastilha.Não use chave de fenda ou tente empurrar oembolo perto do guarda pó.Troque as pastilhassempre nos dois lados do carro.
As pinças
Examine coifas, sinais de vazamento,funcionamento dos êmbolos e deslizamentodos pinos – guia. Se identificar qualquerirregularidade substitua o(s) componente(s).Não use instrumentos cortantes ou com pontapara retirar as peças de borracha.
Anéis de vedação
Para facilitar a montagem dos anéis de vedaçãodos reparos, lubrifique - os com o própriofluido de freio. Nunca reutilize o fluido de freiojá usado ou derivados de petróleo paralimpeza.Lembre-se: fluido de freio de má qualidadecausa corrosão nas partes metálicas e danificaseriamente as vedações, causando inchaço oucontração das peças, rigidez ou até suadesintegração.
Atenção nas primeiras freadas
Após a substituição de pastilhas e lonas os
freios não devem ser solicitados bruscamentedurante os primeiros 300 km (exceto ememergências). Essa quilometragem é necessáriapara permitir o assentamento do material deatrito.
TAMBORES
Ou panelas alojam em seu interior as sapatasque contêm o material de atrito – as lonasfixadas às sapatas através de rebites ou colaespecial são empurradas pelo(s) êmbolo(s) docilindro de roda contra o tambor. Quando apressão no pedal é aliviada as sapatas retornama posição original com o auxílio das molas deretorno. De acordo com sua posição as sapatassão denominadas primárias ou secundárias.Os sistemas de tambor não possuem asmesmas vantagens dos discos citadasanteriormente, mas questões de custo limitamsua aplicação no eixo traseiro da maioria doscarros, principalmente devido ao mecanismodo freio de estacionamento, que por razões desegurança deve ter atuação totalmentemecânica e não hidráulica. Quando o veículo éequipado com freios a disco no eixo traseiro,dependendo do tipo de pinça utilizada énecessário projetar um sistema de tamborcompleto para poder atuar somente comofreio de estacionamento, enquanto no sistemaa tambor uma alavanca e um cabo conectado auma articulação na sapata é suficiente paraatuação do sistema de freio de estacionamento.
Vista explodida do sistema a tambor
SISTEMAS MAIS COMUNS DEFREIO A TAMBOR
Sistema SimplexUtilizado na traseira de veículos leves temcomo característica principal o movimento dassapatas em várias direções e sentidos. Nessesistema as sapatas deslizam também no seuponto de apoio.
Sistema Duo – ServoNo sistema duo – servo utilizados em veículosmédios as sapatas são articuladas em um pinoâncora. Um outro pino permite ajuste manualou automático. No duo – servo o esforçomaior ocorre na sapata secundária que tende aapresentar maior desgaste.
Outros sistemas
08
15
16
Pino âncora Cilindro de rodacom 2 pistões
Pino de ajuste
02
Alavanca do freio deestacionamento
Pinos deretenção
Parafusos docilindro de roda
Placa de apoio
Conexões docilindro de roda Sapata secundária
Guia dasapata
Escora do freio deestacionamento
Mola da escora
Alavanca deacionamento
Conexãode acionamento
Lingüeta
Mola deretenção
Molas de retorno dasapata de freio
Ponto de giroda alavancaParafuso de ajuste
Mola doparafusode ajuste
Mola de retornoda alavanca
Sapata primária
Cilindro de roda
15 A
Ponto de apoio
17 A
PrimáriaSecundária
Além dos sistemas citados tambémencontramos em alguns veículos sistemasdenominados Duplex que utilizam o própriocilindro de roda como ponto de apoio para assapatas; Twinplex, onde cada sapata possuiajuste individual e Uni-Servo, com as sapatasacionadas por cilindro de roda com um únicoêmbolo.
Atenção na escolha domaterial de atrito
Pastilhas e lonas são projetadas comcoeficientes de atrito diferentes para usoespecífico em cada tipo de veículo: passeio,esportivo, utilitário etc, portanto nuncasubstitua uma lona ou pastilha tendo comobase apenas a aparência, confirme sempre aaplicação no catálogo de freios NAKATA.Dependendo do tipo de material aplicado nafabricação as lonas podem ter uma faixa detemperatura de operação que varia de 260º Caté 482º C, enquanto as pastilhas variam entre180º e 480º C, também de acordo com suacomposição: metálica ou semi- metálica.
Intervalo de troca das lonas
Como a participação dos freios dianteiros émaior devido a transferência de massa do eixotraseiro para o dianteiro durante a frenagem omaterial de atrito do eixo traseiro tende a sedesgastar menos que o dianteiro, de modo que,a troca das lonas pode ocorrer a cada duas outrês trocas de pastilhas. No entanto convémlembrar que o tipo de utilização do veículo e oshábitos de dirigir do motorista podem reduzirou aumentar esse intervalo. Como regra geralas lonas devem ser inspecionadas a cada trocade pastilhas e substituídas sempre queatingirem 0,8mm acima dos rebites ou quandoapresentarem sinais de contaminação.
Sapatas (Lonas coladas)
Nas sapatas coladas a tolerância varia de 2,4 a3,2mm. Não tente colar as lonas, estas devemser substituídas completas - com os patins. Acola utilizada pelo fabricante é especialmentedesenvolvida para essa finalidade e suaaplicação exige procedimentos específicos econtrole de temperatura em forno especial afim de permitir a cura do material adesivo.
Nota
Quando os freios são novos e bem mantidos arelação de frenagem é aproximadamente 60%dianteira e 40% traseira para veículos comtração traseira e 80% e 20% respectivamentenos veículos de tração dianteira.
Atenção aos tambores
Tambores de freio devem ser substituídossempre que atingirem o diâmetro máximodeterminado pelo fabricante (gravado notambor) ou quando apresentarem trincas,empenamento ou ovalização. Não observaressa regra poderá resultar em:•Superaquecimento dos freios devido a menorquantidade de material para dissipar o calor.•Diminuição da resistência mecânicaprovocando trincas e até a quebra tambor.Você também pode consultar os valoresdimensionais dos tambores no catálogo defreios NAKATA.
Defeitos do tambor
Os tambores podem apresentar defeitos deacordo com as situações em que foramsubmetidos.Um tambor ovalizado pode ser resultado detorque inadequado nas porcas das rodasfazendo o tambor empenar durante o
aquecimento ou resfriamento.Temperatura e pressão extremas no tamborpode causar uma deformação conhecida como“boca de sino” onde o lado aberto do tamborse deforma devido a menor dissipação do calor.Tambores com trincas e ranhuras excessivasonde não é possível a restauração pela retíficadevem ser substituídos.
Desgaste boca de sino
Quando for remover tambores e lonas
•Não dê martelada para remover os tambores,pois eles ficarão ovalizados.•Na desmontagem das sapatas tenha cuidadopara não danificar o guarda pó dos cilindros deroda.•Se as lonas forem coladas troque sempre assapatas completas.•Inspecione os cilindros de roda quanto avazamentos, substitua se necessário.•Nunca use derivados de petróleo (gasolina,thinner, querosene) para limpeza doscomponentes. Use apenas água para oscomponentes externos (reguladores, espelhos)e faça a secagem com ar comprimido.•Não economize na troca de molas oucomponentes de borracha. Seu custogeralmente é baixo e seu mau funcionamentocausa sérios danos ao sistema.•A troca ou retifica dos tambores deve ser feitasempre aos pares.
Cilindro Mestre
Sua função é gerar e manter a pressãohidráulica em todo o sistema. Por questão desegurança os veículos utilizam cilindros mestrescom sistemas de duplo circuito diagonais ouparalelos para conduzir o fluído até as rodas.Dessa forma se um dos circuitos falhar o outrocircuito terá pressão suficiente para a frenagem.Funciona como se tivéssemos dois cilindrossimples interligados. As duas câmaras estãoligadas ao reservatório e cada uma delas possuium furo de alimentação e outro decompensação. Entre os êmbolos está montadauma mola. Ao pisarmos no freio o pedalempurra o êmbolo 1 e este empurra o êmbolo2 através da mola fazendo com que hajapressão simultânea nas duas câmaras. Cadacâmara irá fornecer pressão hidráulica paraduas rodas do veículo.
O nível do fluído deve estar entre as marcasMáx. e Mín. no reservatório e não deve sercompletado porque a medida que o materialde atrito vai se desgastando o nível tende abaixar, porém, não pode ficar abaixo da marcaMín, se isso ocorrer é indício de vazamento emalgum ponto do sistema e deve ser reparado oquanto antes. Não misture fluidos diferentes
LINHA HIDRÁULICA
03
Tamborde freio
Lona
Boca de sino
Sapata
11
Câmara B
Êmbolo 2
Êmbolo 1
Câmara A
Furos de compensação
no circuito (DOT 3, 4 e 5.1). A substituição deum fluído DOT 3 por um DOT 4 ou 5.1 podeser feita desde que se esgote todo o fluídoantigo do sistema.
Fazendo a sangria
Na hora de fazer a sangria - tirar o ar docircuito - identifique qual é o sistema de freioutilizado no carro. Se for um sistema emparalelo (uma linha para as rodas traseiras eoutro para as dianteiras), inicie a sangria nasrodas traseiras, depois nas rodas dianteiras. Se osistema for em diagonal (em X), deve-sesangrar também em X, ou seja, roda traseiradireita com dianteira esquerda e traseiraesquerda com dianteira direita. Lembre-se dedesentupir os furos do cilindro mestre - furo decompensação e de respiro da tampa doreservatório. A tubulação e os flexíveis devemser inspecionados quanto a amassados erachaduras, pois estão sujeitos a deterioraçãopelo contato com pedriscos e materiaisabrasivos.
Válvulas equalizadoras eproporcionadoras de pressão
As válvulas equalizadoras geralmente estãomontadas entre o cilindro mestre e as linhas defreio traseira e dianteira. Sua função é regular apressão hidráulica entre as rodas dianteiras etraseiras para evitar o travamento das rodastraseiras que poderia descontrolar o veículo
durante frenagens mais fortes. Esse travamentotende a ocorrer devido a transferência demassa do eixo traseiro para o eixo dianteirodurante as frenagens.
Transferência de massadurante frenagem
Já as válvulas proporcionadoras são utilizadasprincipalmente em veículos utilitários e peruas.Tem o mesmo principio de funcionamento daválvula equalizadora, porém, são sensíveis àcarga. Se for necessário troca-la deverá serajustada de acordo com os procedimentosespecíficos fornecidos pelo fabricante doveículo.
Servo freio
O servo freio está situado atrás do cilindromestre e diretamente conectado ao pedal defreio. Sua função é amplificar a força aplicada nopedal do freio utilizando o vácuo produzidopelo motor, minimizando assim o esforço domotorista para frear o veículo. Ganhou dosmecânicos mais antigos o apelido de “cuíca”devido a sua forma. Outros mais equivocados o
chamam de “hidrovácuo” um outro conceitotambém antigo que não iremos abordar.
Detalhes de funcionamento
A sucção de ar (vácuo) é feita através de umamangueira que liga a válvula de retenção doservo ao coletor de admissão do motor. Aválvula de retenção evita a perda do vácuo nointerior do servo.No interior da carcaça do servo há umdiafragma de borracha que divide a carcaça emduas câmaras. Quando o pedal do freio nãoestá pressionado, uma válvula do diafragmapermanece aberta, permitindo que o vácuogerado pelo motor preencha as duas câmaras.Ao pisar no freio a válvula do diafragma sefecha separando as duas câmaras enquantouma outra válvula localizada na câmara do ladodo pedal do freio se abre e permite a entradado ar atmosférico multiplicando assim a forçaque foi aplicada no pedal pelo motorista. Paraque o servo cumpra sua função, o motor deveestar funcionando. Com o motor desligado oservo mantém uma reserva de vácuo suficientepara duas ou três freadas. Isso não significa queo veículo ficará sem freio, apenas o motoristaterá que aplicar mais força no pedal para frear.
Cuidados com o servo – freio
Quando o servo apresenta algum problema opedal do freio se torna muito duro com o
motor em funcionamento; o motor morre oualtera a rotação; ou um assopro constante éouvido. Esses sintomas podem estarrelacionados a entupimento na mangueira devácuo, falha na válvula de retenção ourompimento do diafragma. Nesse último umadas causas pode ser a contaminação pelocombustível.Como o servo capta o vácuo através docoletor de admissão, se o motor apresentarqualquer deficiência no sistema de alimentaçãoque resulte em excesso de vapores -alimentação muito rica por exemplo,principalmente em veículos carburados, oexcesso de vapores de combustível no coletorse condensa dentro da mangueira de vácuo eno interior do servo danificando o diafragmarapidamente. Nessa situação não adianta trocarapenas o servo, é preciso corrigir o problemano sistema de alimentação, do contrário aoinstalar um novo servo, este também serádanificado em pouco tempo.
Sistema ABS – Antilock Brake System
Durante uma frenagem brusca os pneusperdem a capacidade de tração e o atrito dopneu com o solo diminui. Nessa situação ospneus começam a escorregar aumentando adistância de frenagem, principalmente em pisosmolhados ou com pouca aderência. É nessahora que o ABS entra em ação, funcionandocomo um complemento de segurança aosistema de freio convencional.O sistema anti-bloqueio só atua quandodetecta o início de travamento de uma ou maisrodas durante uma frenagem de emergência.Mesmo que o ABS apresente algum problemao veículo não fica sem freios, apenas o anti-bloqueio deixa de operar e o motorista éalertado por uma luz de anomalia no painel deinstrumentos.Outra vantagem do sistema é permitir ao
19
13
Válvula equalizadora
14
Válvulaproporcionadora
12
Ar ambiente
Pressãodo pedal
Câmara dianteira
Diafragma
Câmara traseira
Êmbolo de operação
Canal de passagem
VácuoPassagem de ar ambiente
Válvula pistão
Mola derecuperação
Válvula de retençãode vácuo
motorista desviar do obstáculo enquanto freia,sem correr o risco de perder o controle doveículo. Isso é extremamente importante naprevenção de colisões, já que num veículo semABS tentar desviar com as rodas travadas éinútil pois o veículo continuará em linha retaaumentando a chance de atingir o obstáculo.
Como funciona
Um módulo de controle eletrônico recebeinformações de sensores instalados nas rodas.Quando o excesso de pressão que poderiatravar determinada roda ou rodas é detectado,um modulador entra em ação controlando oexcesso de pressão. É como bombearmos opedal do freio, só que dezenas de vezes porsegundo em cada circuito do freio.
Características de funcionamento
Quando o ABS entra em ação uma pulsação nopedal do freio é sentida. Muitos motoristas nãohabituados com o seu funcionamento achamque o sistema está com defeito, o que não éverdade.
Diagnosticando falhas no sistema de freio
Possíveis causas CorreçõesEmperramento dos êmbolos do circuitohidráulico (cilindro mestre, pinças e lonas)
Lonas e/ou pastilhas contaminadas (graxa,óleo, fluído de freio)
Superaquecimento por uso severo (Fading)fluído contaminado (ponto de ebulição baixo)
Vazamento interno/externo de fluído (cilindro deroda/vedador da pinça/cilindro mestre/tubulação.
Folga excessiva lona/tambor
Lonas/pastilhas vidradas
Obstrução nos flexíveis/tubulação
Substituir o conjunto defeituoso
Substituir material de atrito e corrigir causa dacontaminação.
Substituir fluído.
Localizar vazamento,corrigir e substituir componentesafetados ou contaminados(lonas,pastilhas)
Verificar diâmetro máximo permitido,substituir tambor e ajustar folga se necessário.
Substituir material de atrito
Limpar ou substituir se necessário
VEÍCULO NÃO PÁRA
Possíveis causas CorreçõesFolga excessiva entre a alavanca do pedal e ahaste de entrada do servo freio ou entre a hastede saída(servo) e o êmbolo do cilindro mestre.
Presença de ar no circuito hidráulico
Fluído contaminado – ponto de ebulição baixo
Folga excessiva entre o tambor e as lonas/retífica acima do diâmetro permitido.
Lonas mal ajustadas
Vazamento interno/externo
Flexíveis velhos ou de má Qualidade nãosuportam a pressão do sistema(incham)
Ajustar a folga dentro dos limitesrecomendados pelo fabricante.
Sangrar o sistema
Substituir o fluído
Ajustar a folga – substituir tambor se estivercom diâmetro acima do permitido.
Ajustar as lonas
Localizar e substituir componentes danificados
Substituir flexíveis
CURSO DO PEDAL LONGO
Possíveis causas CorreçõesServo freio com vazamento interno oucontaminado
Articulação do pedal emperrada
Obstrução na fonte devácuo/mangueiras/tubulações
Cilindro mestre/ de roda/ pinça/êmboloemperrado
Válvula de retenção de vácuo do servo danificada
Substituir servo
Lubrificar/desemperrar/ajustar articulação
Desobistruir canais / substituir componentesdanificados.
Substituir componentes danificados
Substituir válvula
PEDAL DURO
Possíveis causas CorreçõesContaminação das pastilhas/lonas com graxaou óleo durante a montagem (mãos sujas)provoca desequilíbrio durante as frenagens
Lonas/pastilhas com coeficiente de atritodiferentes
Perda de carga das molas do freio a tambor
Emperramento dos cilindros de roda ouêmbolo das pinças em um dos lados.
Discos ou tambores com espessura/diâmetrodesiguais no mesmo eixo.
Substituir componentes contaminados
Substituir componentes conforme catálogo deaplicação do fabricante.
Substituir molas de acionamento
Substitua o reparo – caso apresente corrosãotroque o componente completo.(pinça/cilindroroda/cilindro mestre.
Substituir/retificar dentro das tolerâncias permitidas.
DESVIO LATERAL DURANTE FRENAGEM
01
Módulo de controleeletrônico do freio
Modulador hidráulicodo freio ABS
Solenóide dofreio ABS
Pedalde freio
Servo freioCilindromestre
Disco de freiodianteiro
Tambor de freiotraseiro
Possíveis causas CorreçõesÊmbolos da pinça presos, oxidados oucontaminados
Atenção: Qualquer diferença existente entre o lado esquerdo e direito do eixo dianteiro, seja nasuspensão ou freios acarreta desvios laterais. Para evitar isso é necessário fazer a manutenção dosfreios sempre por eixo mantendo as mesmas condições em ambos os lados. Fatores que influenciamno comportamento do veículo e não associados ao sistema de freios: Pneus com calibragem edesgaste desigual; alinhamento de direção fora do especificado; rolamentos e/ou cubos de rodassoltos ou danificados; suspensão dianteira ou barra de direção solta ou danificada.
Anel vedador ou guarda pó danificado
Tubulação/ flexível obstruídos
Furo de compensação de 0.7mm do cilindromestre obstruído.
Pinos guia deslizante da pinça emperrados
Pastilhas /discos fora do especificado
Substituir reparo ou pinça completa se estiveroxidado
Substitui reparo
Substituir
Desobstruir o furo de compensação
Substituir ou desemperrar os pinos guia.
Substituir
DESGASTE EXCESSIVO DE DISCOS E PASTILHAS
Possíveis causas CorreçõesFuro de compensação do cilindro mestreobstruído causa pressão residual no circuito.
Haste de entrada do servo desregulada
Molas do freio a tambor fracas ou quebradas
Tambor ovalizado
Regulagem excessiva das sapatas ou cabo dofreio de estacionamento.
Anel de vedação do da pinça ressecado, evitao retorno do êmbolo.
Desobstruir o furo de compensação.Verificarcomponentes do cilindro mestre.
Fazer a regulagem da haste.
Substituir molas danificadas.
Retificar ou substituir tambor(s)
Regular corretamente o freio
Substituir kit de reparo da pinça
Flexíveis obstruídos/danificados
Pino deslizante da pinça emperrado
Desobistruir /Substituir se necessário
Lubrificar ou substituir pino deslizante
RODA PRESA
Possíveis causas CorreçõesPino deslizante com folga excessiva
Filtro de entrada do ar do servo deteriorado
Molas de retorno das sapatas quebradas
Desgaste total de lonas ou pastilhas
Ângulo do êmbolo fora do especificado(emalguns sistemas ATE)
Falta de placa anti – ruído (quando aplicável)
Substituir pinos
Substituir filtro do servo
Substituir molas
Substituir
Ajustar conforme especificação do fabricante
Recolocar a placa
Discos com rebarbas ou sulcos
Pino deslizante emperrado
Retificar ou substituir se necessário
Desemperrar ou substituir o cavalete
Excesso de pó ou fuligem nos tambores eliminar o pó dos tambores, lubrificar as partesmóveis, verificar se os tambores não estãoovalizados, verificar a regulagem das sapatas.
RUÍDOS NOS FREIOS
Possíveis causas CorreçõesMecanismo interno do servo defeituoso
Coeficiente de atrito das lonas e pastilhasmaior que o projetado para o veículo
TServo/ cilindro mestre/pinças de tamanhomaior que o indicado para o veículo
Furo de compensação de 0.7mm do cilindromestre obstruído.
Obs, Os freios são projetados para atuar de forma suave e progressiva. Ao acionar o pedal oefeito não pode ser brusco.
Substituir servo
Substituir pela aplicação correta
Substituir pela aplicação correta
Desobstruir o furo de compensação
FREADAS BRUSCAS
Possíveis causas CorreçõesDisco de freio com pista de frenagem nãoparalela. Pode ocorrer devido a má qualidadede usinagem (retífica)
Tambor de freio excêntrico
Atenção! Esse efeito ocorre Quando o fluído de freio é forçado a retornar para o cilindro mestre.Desbalanceamento das rodas ou montagem incorreta de rolamentos também provocam ossintomas de trepidação. Após montado no veículo o conjunto disco/rolamento/cubo de roda deveter a folga conferida com relógio comparador , não podendo exceder 0,10mm para automóveis. Éimportante remover com escova de aço ou lixa qualquer indício de oxidação no cubo de roda.Evite torque excessivo nos parafusos de fixação da da roda, especialmente se estiver utilizandoferramenta de ar comprimido. Essa prática provoca empenamento e desbalanceamento doconjunto disco/cubo e danos no rolamento de roda.
Substituir o disco(s).
Retificar ou substituir tambor(es)
TREPIDAÇÃO NO PEDAL – VIBRAÇÕES
Finalizando um serviço nos freios
Antes de entregar o carro ao cliente
O ruído é o principal motivo de insatisfação e reclamação por parte do dono do carro.Tome todoo cuidado depois de fazer um serviço no sistema de freio para não deixar o sistema gerandoqualquer tipo de ruído, pois, certamente, o cliente voltará para a oficina e duvidará da qualidade do
seu serviço. Um dos fatores decisivos é a qualidade da superfície do disco. Ela precisa estar bem lisa,limpa e plana para um melhor assentamento da pastilha. Manuseie disco, lonas e tambores com asmãos livres de graxa e óleo para não contaminá-los.
Assentado as pastilhas
Uma forma rápida de fazer o assentamento das pastilhas e fazer umas 10 a 15 frenagens normais apartir de uma velocidade de 50 km/h com intervalos de pelo menos um minuto entre elas. O idealé que o carro seja entregue ao cliente com os freios já assentados.
Elaborando um orçamento
Utilize este check list de preferência com o acompanhamento do cliente antes de iniciar umorçamento/serviço nos freios. Informe ao cliente as reais necessidades de troca ou ajustesnecessários no sistema de freio. É segurança para seu cliente e para sua oficina.
Fluído de freio (nível e ponto de ebulição com equipamento apropriado)..................................................Discos (empeno máximo 0.10mm).......................................................................................................................................Pastilhas (espessura mínima do material de atrito de 2mm).................................................................................Tambores (diâmetro vide catálogo) ....................................................................................................................................Lonas (espessura mínima do material de atrito de 0,8mm acima dos rebites ou 2,4mma 3,2mm em lonas coladas (sapatas)..................................................................................................................................Ajuste e funcionamento do freio de estacionamento...............................................................................................Funcionamento servo (mangueira e válvula de retenção).....................................................................................Folga dos rolamentos e cubos de roda.............................................................................................................................Vazamentos (cilindro de roda, pinça, flexíveis e tubulações).................................................................................
Obs:.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
O PROCEDIMENTO DE SEGURANÇANA HORA DE INSTALAR DISCOS E
PASTILHAS DE FREIOS.A Nakata tem a mais completa linha de componentes para freios do mercado. Discos,pastilhas, lonas, tambores, cubos de roda, componentes hidráulicos e fluidos, enfim, tudo quevocê precisa para garantir a segurança e a satisfação dos seus clientes. Por isso, não arrisque:quando a questão é segurança, use somente os componentes para freios Nakata. Fique comNAKATA, a sua marca de tecnologia e segurança.
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