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CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 09 ASSUNTO : Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo; responsabilidade civil do Estado. 476. (FCC/TRT-3ª Região/2009) A participação popular no controle da legalidade e moralidade da atividade administrativa pode ser exercida a) mediante denúncia perante a Assembléia Legislativa ou ao Tribunal de Contas, por qualquer pessoa que venha a tomar conhecimento de irregularidades ou ilegalidades praticadas em detrimento da Administração, sob pena de tornar-se solidariamente responsável. b) mediante representação perante a própria Administração ou ao órgão do Ministério Público que tiver competência para apurar a prática da irregularidade ou ilegalidade apontada; mediante denúncia perante a Assembléia Legislativa ou Tribunal de Contas e mediante propositura de Ação Popular. c) somente pela via judicial, através da Ação Popular. d) mediante denúncia ao Ministério Público, à Assembléia Legislativa ou ao Tribunal de Contas, bem como mediante propositura de Ação Popular, somente sendo assegurado o direito de representar à autoridade administrativa aqueles cujos direitos subjetivos tenham sido atingidos pelo ato impugnado. e) perante a própria Administração ou pela via judicial, mas apenas nas situações de lesão ou ameaça de lesão a direito individual. Comentários: O controle popular ocorre através da verificação, por parte dos administrados, da regularidade da atuação da Administração e visa à satisfação do interesse público. Por exemplo, a participação popular no controle da legalidade e moralidade da atividade administrativa pode ser exercida por intermédio de:

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AULA 09

ASSUNTO:

Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo; responsabilidade civil do Estado.

476. (FCC/TRT-3ª Região/2009) A participação popular no controle da legalidade e moralidade da atividade administrativa pode ser exercida

a) mediante denúncia perante a Assembléia Legislativa ou ao Tribunal de Contas, por qualquer pessoa que venha a tomar conhecimento de irregularidades ou ilegalidades praticadas em detrimento da Administração, sob pena de tornar-se solidariamente responsável.

b) mediante representação perante a própria Administração ou ao órgão do Ministério Público que tiver competência para apurar a prática da irregularidade ou ilegalidade apontada; mediante denúncia perante a Assembléia Legislativa ou Tribunal de Contas e mediante propositura de Ação Popular.

c) somente pela via judicial, através da Ação Popular.

d) mediante denúncia ao Ministério Público, à Assembléia Legislativa ou ao Tribunal de Contas, bem como mediante propositura de Ação Popular, somente sendo assegurado o direito de representar à autoridade administrativa aqueles cujos direitos subjetivos tenham sido atingidos pelo ato impugnado.

e) perante a própria Administração ou pela via judicial, mas apenas nas situações de lesão ou ameaça de lesão a direito individual.

Comentários:

O controle popular ocorre através da verificação, por parte dos administrados, da regularidade da atuação da Administração e visa à satisfação do interesse público.

Por exemplo, a participação popular no controle da legalidade e moralidade da atividade administrativa pode ser exercida por intermédio de:

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• representação perante a própria Administração ou ao órgão do Ministério Público que tiver competência para apurar a prática da irregularidade ou ilegalidade apontada;

• denúncia perante a Assembléia Legislativa ou Tribunal de Contas (CF, art. 74); e

• propositura de ação popular (CF, art. 5º, LXXIII).

Portanto, a resposta desta questão é a letra b.

477. (FCC/TRT-3ª Região/2009) O sistema de controle interno da Administração Pública

a) deve ser exercido de forma independente em relação ao controle externo a cargo do Poder Legislativo, não cabendo integração entre as duas modalidades de controle.

b) visa a assegurar a legalidade da atividade administrativa, não se aplicando, todavia, à fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial da Administração, que são aspectos reservados ao controle externo exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas.

c) autoriza a anulação dos próprios atos, quando eivados de vício, e a revogação, por motivo de conveniência e oportunidade, vedado o exame pelo Poder Judiciário.

d) decorre do poder de autotutela e, portanto, somente pode ser exercido de ofício.

e) constitui o poder de fiscalização e correção que a Administração exerce, de forma ampla, sobre sua própria atuação, sob os aspectos de legalidade e mérito.

Comentários:

A letra a está errada. O sistema de controle interno da Administração Pública deve ser exercido de forma independente em relação ao controle externo a cargo do Poder Legislativo. Contudo, isso não impede que haja integração entre as duas modalidades de controle. Pois, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional (CF, art. 74, IV).

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A letra b está errada. Outra finalidade do sistema de controle internoé comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado (CF, art. 74, II).

A letra c está errada. "A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial" (Súmula nº 473 do STF).

A letra d está errada. O sistema de controle interno da Administração Pública decorre do poder de autotutela e, portanto, pode ser exercido de ofício ou mediante provocação do administrado.

A letra e está certa. O sistema de controle interno da Administração Pública constitui o poder de fiscalização e correção que a Administração exerce, de forma ampla, sobre sua própria atuação, sob os aspectos de legalidade (anulação) e mérito (revogação). Por outro lado, o controle externo é mais restrito, limitando-se aos aspectos de legalidade.

Logo, a resposta desta questão é a letra e.

478. (FCC/TRT-3ª Região/2009) Figura entre as competências atribuídas pela Constituição Federal ao Tribunal de Contas da União

a) proceder a tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentada ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.

b) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.

c) suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.

d) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno.

e) fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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Comentários:

A letra a está errada. Compete ao TCU apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento (CF, art. 71, I).

No entanto, compete privativamente à Câmara dos Deputados proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa (CF, art. 51, II).

A letra b está certa. Compete ao TCU assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade (CF, art. 71, IX).

A letra c está errada. Compete privativamente ao Senado Federalsuspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 52, X).

A letra d está errada. Compete privativamente ao Senado Federaldispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno (CF, art. 52, VIII).

A letra e está errada. Compete privativamente ao Senado Federal fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (CF, art. 52, VI).

IMPORTANTE:

São competências do TCU (CF, art. 71):

• apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

• julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

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• apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadasas melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

• realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;

• fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

• fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

• prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

• aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

• assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

• sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

• representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

ATENÇÃO:

As competências do TCU previstas no art. 71 da Constituição Federal são muito cobradas em provas. Por isso, memorizem-nas!

Com efeito, a resposta desta questão é a letra b.

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479. (FCC/TJ-SE/2009) Sobre o controle administrativo da Administração Pública é INCORRETO afirmar que

a) recurso hierárquico impróprio é dirigido para a mesma autoridade que expediu o ato recorrido.

b) o recurso hierárquico próprio é dirigido para a autoridade imediatamente superior, dentro do mesmo órgão em que o ato foi praticado.

c) a representação, em regra, é denúncia de irregularidade feita perante a própria Administração.

d) a revisão é recurso a que faz jus servidor público punido pela Administração, para reexame da decisão.

e) a expressão coisa julgada administrativa significa que a decisão se tornou irretratável pela própria Administração.

Comentários:

A letra a está errada e a letra b está certa. Na lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o recurso hierárquico impróprio é dirigido à autoridade de outro órgão não integrado na mesma hierarquia daquele que proferiu o ato. Por não decorrer da hierarquia, ele só é cabível se previsto expressamente em lei. Exemplo: o recurso contra ato de dirigente de autarquia dirigido ao Ministério a que a entidade está vinculada.

Por outro lado, o recurso hierárquico próprio é dirigido para a autoridade imediatamente superior, dentro do mesmo órgão em que o ato foi praticado. Ou seja, há hierarquia.

A letra c está certa. A representação é denúncia de irregularidade feita perante a própria Administração (Di Pietro).

A letra d está certa. Revisão é a denominação dada à petição apresentada em face de uma decisão administrativa que tenha resultado na aplicação de sanção, a fim de desfazê-la ou abrandá-la, desde que se apresentem fatos novos que demonstrem a inadequação da penalidade política (Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino).

A letra e está certa. A expressão “coisa julgada administrativa” significa que a decisão administrativa se tornou imutável, em razão do não cabimento de recurso na esfera administrativa. Entretanto, isso não impede que a decisão seja analisada pelo Poder Judiciário, mediante provocação do interessado.

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Assim, a resposta desta questão é a letra a.

480. (FCC/ TRT-16ª Região/2009) A respeito do controle judicial da administração pública, é correto afirmar:

a) poder Judiciário pode determinar a revogação do ato administrativo praticado pelo Poder Executivo.

b) Todo e qualquer ato da administração, inclusive o discricionário, pode ser objeto de controle judicial.

c) habeas corpus não é medida adequada para correção de conduta administrativa.

d) mandado de injunção é medida que visa assegurar o conhecimento ou retificação de informações referentes à vida do impetrante constantes de registro ou banco de dados de entidade governamental ou de caráter público.

e) controle exercido pelo Tribunal de Contas é controle judicial da administração pública.

Comentários:

A letra a está errada.

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade.

Pode ser determinada pela própria Administração que produziu o ato, bem como pelo Poder Judiciário.

Só pode ser realizada pela própria Administração que produziu o ato.

Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc).

A letra b está certa. Se provocado, o Poder Judiciário pode controlar a legalidade de todo e qualquer ato administrativo, inclusive o ato discricionário.

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JURISPRUDÊNCIA DO STF:

“Separação dos poderes. Possibilidade de análise de ato do Poder Executivo pelo Poder Judiciário. (...) Cabe ao Poder Judiciário a análise da legalidade e constitucionalidade dos atos dos três Poderes constitucionais, e, em vislumbrando mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação.” (AI 640.272-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 2-10-09, 1ª Turma, DJ de 31-10-07). No mesmo sentido: AI 746.260-AgR, Rel. Min. Carmen Lúcia, julgamento em 9-6-09, 1ª Turma, DJEde 7-8-09.

IMPORTANTE:

Todo e qualquer ato da administração, inclusive o discricionário, pode ser objeto de controle judicial.

A letra c está errada. Conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder (CF, art. 5º, LXVIII).

A letra d está errada. Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania (CF, art. 5º, LXXI).

Ademais, conceder-se-á "habeas-data" (CF, art. 5º, LXXII):

• para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

• para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

A letra e está errada. O controle legislativo (ou parlamentar) é a fiscalização da administração pública exercida pelo Poder Legislativo. Esse controle só pode ocorrer nos casos e nos limites previstos na Constituição Federal, ou seja, as leis, as Constituições estaduais e as Leis Orgânicas dos municípios e do Distrito Federal não podem criar instrumentos de controle que não guardem simetria com a Constituição Federal.

Já o controle judicial é realizado pelos órgãos do Poder Judiciário no exercício da atividade jurisdicional sobre os atos administrativos praticados pelo

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Poder Executivo, bem como sobre os atos administrativos editados no exercício da função administrativa pelo Poder Legislativo e pelo próprio Poder Judiciário.

Por isso, a resposta desta questão é a letra b.

481. (FCC/TJ-PA/2009) Sobre o controle da Administração Pública considere:

I. Sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitam do poder regulamentar.

II. Anulação de um ato do Poder Executivo por decisão judicial.

III. A auditoria do Tribunal de Contas sobre despesas realizadas pelo Poder Executivo.

As afirmações supra constituem, respectivamente, controle

a) popular; interno de legalidade e judicial.

b) popular; prévio e externo.

c) externo; externo e externo.

d) externo; judicial e judicial.

e) interno; prévio e externo.

Comentários:

As situações citadas constituem controle externo. Pois, esse controle ocorre quando o órgão fiscalizador se situa em Poder diverso daquele que praticou o ato.

Assim, a resposta desta questão é a letra c.

482. (FCC/TJ-PA/2009) A respeito do controle da Administração é correto afirmar:

a) Trata-se de controle externo a ação de órgãos ou agentes do Poder Judiciário para verificação da legitimidade e da regularidade dos atos praticados ainda que pelo próprio judiciário.

b) O Poder Judiciário, quando provocado pelo interessado ou por legitimado, no exercício do controle judicial do ato administrativo, pode revogar ato praticado pelo Poder Executivo se constatado a sua ilegalidade.

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c) Compete ao Congresso Nacional, exclusivamente por meio da Câmara dos Deputados, fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo.

d) A fiscalização da execução de um contrato durante a sua vigência é denominado controle prévio.

e) O Tribunal de Contas da União é órgão auxiliar do Congresso Nacional e a ele compete, dentre outras funções, fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo.

Comentários:

A letra a está errada. Trata-se de controle interno a ação de órgãos ou agentes do Poder Judiciário para verificação da legitimidade e da regularidade dos atos praticados pelo próprio Judiciário.

Trata-se de controle externo a ação de órgãos ou agentes do Poder Judiciário para verificação da legitimidade e da regularidade dos atos praticados pelos demais Poderes.

A letra b está errada.

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade.

Pode ser determinada pela própria Administração que produziu o ato, bem como pelo Poder Judiciário.

Só pode ser realizada pela própria Administração que produziu o ato.

Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc).

A letra c está errada. É da competência exclusiva do Congresso Nacional fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta (CF, art. 49, X).

A letra d está errada. Quanto ao momento de exercício ou à oportunidade, o controle pode ser prévio, concomitante ou posterior.

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• O controle prévio é também denominado de controle “a priori”. Ele tem natureza preventiva, pois ocorre antes de consumar-se a conduta administrativa, ou seja, antes do início da prática ou da conclusão do ato administrativo. Exemplos: Aprovação da escolha do Procurador-Geral da República pelo Senado Federal; e autorização do Senado Federal para que a União contraia empréstimos externos.

• O controle concomitante ocorre no decorrer do desenvolvimento da conduta administrativa e permite a verificação da regularidade da sua formação. Além disso, ele tem natureza preventiva e repressiva. Exemplo: Fiscalização de execução de um contrato administrativo durante a sua vigência.

• O controle posterior (também denominado de controle “a posteriori”, subseqüente ou corretivo) visa à revisão das condutas praticadas a fim de corrigi-las ou confirmá-las, pois ocorre após a conclusão do ato. Exemplo: Homologação de um procedimento licitatório.

A letra e está certa. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União (art. 71).

Dentre outras, é competências do TCU fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo.

Logo, a resposta desta questão é a letra e.

483. (FCC/TCE-PI/2009) O controle financeiro dos atos praticados pela Administração Pública é feito pelo

a) Tribunal de Contas, exclusivamente, abrangendo o controle de economicidade dos atos.

b) Poder Legislativo, ao qual está afeto o controle de legalidade dos atos, e pelo Tribunal de Contas, ao qual compete o controle de economicidade.

c) Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas, excetuado o controle de economicidade, que é competência exclusiva do Poder Judiciário.

d) Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas, abrangendo o controle de economicidade.

e) Tribunal de Contas, exclusivamente quanto a legitimidade dos atos, e concorrentemente com os demais Poderes, quanto a economicidade.

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Comentários:

A fiscalização Contábil, Operacional, Patrimonial, Orçamentária e Financeira (COPOF) da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à Legalidade, Legitimidade, Economicidade (LeLEco), aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder (CF, art. 70). Ademais, o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União (art. 71).

Por isso, a resposta desta questão é a letra d.

484. (FCC/TCE-PI/2009) Caso identifique irregularidade nas contas ou ilegalidade nas despesas, sem prejuízo das providências administrativas para ressarcimento do erário público, pode o Tribunal de Contas, na forma da lei

a) impor sanção diretamente aos responsáveis, excluída penalidade pecuniária, que depende de aprovação do Poder Legislativo.

b) representar à autoridade hierárquica superior para a aplicação de penalidade ao responsável.

c) impor sanção pecuniária diretamente aos responsáveis, diferindo a cobrança para o fim do processo judicial de improbidade.

d) representar ao Presidente do Senado Federal para imposição sanção, administrativa e pecuniária, ao responsável.

e) impor sanção pecuniária diretamente aos responsáveis, independentemente de prévia aprovação do Poder Legislativo.

Comentários:

Dentre outras, é competências do TCU aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário (CF, art. 71, VIII).

Logo, a resposta desta questão é a letra e.

485. (FCC/ TRT-SP/2009) Sobre o controle administrativo da Administração Pública, considere:

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I. Denúncia de irregularidades internas ou de abuso de poder na prática de atos da Administração, feita por qualquer pessoa à autoridade competente para conhecer e coibir a ilegalidade apontada.

II. Oposição expressa a atos da Administração que afetem direitos ou interesses legítimos do administrado.

Estes conceitos referem-se, respectivamente,

a) à reclamação e ao pedido de reconsideração.

b) à representação e à reclamação.

c) à representação e à revisão.

d) ao recurso hierárquico e à revisão.

e) à reclamação e ao recurso hierárquico.

Comentários:

Representação Denúncia de irregularidades internas ou de abuso de poder na prática de atos da Administração, feita por qualquer pessoa à autoridade competente para conhecer e coibir a ilegalidade apontada.

Reclamação administrativa

Oposição expressa a atos da Administração que afetem direitos ou interesses legítimos do administrado. Em outras palavras, é a manifestação de inconformismo do administrado em face de decisão administrativa que lhe afeta direitos e interesses (Celso Antônio Bandeira de Mello).

Pedido de reconsideração

Solicitação feita à própria autoridade que emitiu o ato, ou proferiu a decisão, para que ela o aprecie novamente.

Com efeito, a resposta desta questão é a letra b.

486. (FCC/TRF-3ªRegião/2008) O controle legislativo da Administração pública é exercido por meio de instrumentos, dentre os quais se destacam:

a) convocação de autoridades; ação popular; ação civil pública; reclamação administrativa; e fiscalização contábil, financeira e orçamentária.

b) pedido de informação; direito de petição; pedido de reconsideração; ação popular e mandado de segurança.

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c) Comissão Parlamentar de Inquérito; pedido de informação; convocação de autoridades; e fiscalização contábil, financeira e orçamentária.

d) Comissão Parlamentar de Inquérito; pedido de informação; pedido de reconsideração; habeas data; e interdito proibitório.

e) ação civil pública; habeas data; fiscalização contábil, financeira e orçamentária; reclamação administrativa; e direito de petição.

Comentários:

O controle legislativo (ou parlamentar) é a fiscalização da administração pública exercida pelo Poder Legislativo. Esse controle só pode ocorrer nos casos e nos limites previstos na Constituição Federal, ou seja, as leis, as Constituições estaduais e as Leis Orgânicas dos municípios e do Distrito Federal não podem criar instrumentos de controle que não guardem simetria com a Constituição Federal.

São instrumentos desse controle: Comissão Parlamentar de Inquérito (CF, art. 58); pedido de informação (CF, art. 58, III); convocação de autoridades (CF, art. 50); e fiscalização contábil, financeira e orçamentária (CF, art. 70).

Assim, a resposta desta questão é a letra c.

487. (FCC/MPE-PE/2006) Dentre outras, NÃO é considerada hipótese de controle legislativo a

a) competência do Senado para processar e julgar o Presidente da República e seu Vice, nos crimes de responsabilidade.

b) concessão de mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais.

c) convocação de Ministro de Estado pela Câmara dos Deputados, para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto prévio determinado.

d) competência do Congresso Nacional para sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem os limites da delegação legislativa.

e) aprovação prévia do Senado, por voto secreto, após argüição pública, da escolha do Procurador-Geral da República.

Comentários:

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A concessão de mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais é hipótese de controle judiciário.

Portanto, a resposta desta questão é a letra b.

488. (FCC/SEFAZ-PB/2006/Adaptada) O Presidente da República, a pretexto de regulamentar lei emanada do Congresso Nacional, edita decreto que cria novas obrigações a particulares e extrapola a sua matriz legal. Desejando coibir os termos abusivos desse decreto, o Congresso Nacional, no exercício do controle parlamentar dos atos administrativos, poderá

a) oficiar ao Ministério Público solicitando a propositura de ação direta de inconstitucionalidade do decreto.

b) impetrar, por intermédio de sua mesa diretora, mandado de segurança para suspender a execução do decreto no território nacionall.

c) revogar o decreto, por meio de decreto legislativo que contenha disposição revogatória expressa.

d) sustar a execução do decreto do Presidente da República, naquilo que exceder o seu poder regulamentar.

e) solicitar ao Tribunal de Contas da União que tome as medidas judiciais cabíveis para a invalidação do decreto.

Comentários:

Compete exclusivamente ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (CF, art. 49, V).

Assim, a resposta desta questão é a letra d.

489. (CESPE/TRE-MT/2010) Controle de mérito é aquele em que o órgão controlador faz o confronto entre a conduta administrativa e uma norma jurídica vigente e eficaz, que pode estar na CF ou em lei complementar ou ordinária.

Comentários:

Errado. Controle de legalidade é aquele em que o órgão controlador faz o confronto entre a conduta administrativa e uma norma jurídica

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vigente e eficaz, que pode estar na CF ou em lei complementar ou ordinária. Diferentemente, controle de mérito consiste na valoração da conveniência e oportunidade para a prática de ato administrativo discricionário.

490. (CESPE/TRE-MT/2010) Na medida em que o controle de legalidade dos atos dos Poderes Executivo e Legislativo é exercido apenas pelo Poder Judiciário, ele se caracteriza como um controle externo, e não interno.

Comentários:

Errado. O controle administrativo é o exercido pelo Poder Executivo e pelos órgãos administrativos do Legislativo e do Judiciário sobre suas próprias condutas, considerando os aspectos de legalidade ou de mérito (conveniência e oportunidade).

491. (CESPE/TRE-MT/2010) Denomina-se controle por vinculação, e não por subordinação, o controle exercido por um ministério sobre uma autarquia cujas atribuições lhe são afetas.

Comentários:

Certo. Na descentralização não há hierarquia entre a Administração Direta e a Indireta. Esta relação é caracterizada pela vinculação (e não pela subordinação). Pois, a Administração Direta exerce sobre a Administração Indireta o chamado controle finalístico, tutela administrativa ou supervisão (também chamada, na esfera federal, de “supervisão ministerial”).

492. (CESPE/TRE-MT/2010) Segundo a CF, o controle externo da administração pública federal é exercido pelo Tribunal de Contas da União, tanto sob os aspectos de legalidade e legitimidade quanto sob os de economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas.

Comentários:

Errado. A fiscalização Contábil, Operacional, Patrimonial, Orçamentária e Financeira (COPOF) da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à Legalidade, Legitimidade, Economicidade (LeLEco), aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo

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Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder (CF, art. 70).

493. (CESPE/TCE-AC/2009) Em conformidade com a CF, os atos relacionados a pessoal que são apreciados pelo TCU para fins de registro ou reexame não incluem

a) a admissão de pessoal nas empresas públicas.

b) a admissão de pessoal nas fundações instituídas e mantidas pelo poder público.

c) as nomeações para cargo de provimento em comissão na administração direta.

d) a concessão inicial de pensão.

e) as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamento legal da concessão inicial.

Comentários:

Compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório (CF, art. 71, III).

Logo, a resposta desta questão é a letra c.

494. (CESPE/TCE-AC/2009) Mandado de segurança é o meio correto para determinar à administração a retificação de dados relativos ao impetrante nos arquivos da repartição pública.

Comentários:

Errado. Conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder (CF, art. 5º, LXVIII).

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Conceder-se-á "habeas-data" para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, bem como para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo (CF, art. 5º, LXXII).

495. (CESPE/TCE-AC/2009) A ação civil pública não é o instrumento adequado ao controle de atos lesivos ao meio ambiente.

Comentários:

Errado. Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao PAtrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à Moralidade Administrativa, ao Meio Ambiente e ao PAtrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência (CF, art. 5º, LXXIII) (“MAMA”-“PAPA”).

496. (CESPE/TRE-GO/2009) O Poder Judiciário exerce o controle externo da administração com auxílio dos tribunais de contas.

Comentários:

Errado. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do TCU (CF, art. 71).

497. (CESPE/TRE-GO/2009) As entidades da administração indireta não são fiscalizadas pelos tribunais de contas.

Comentários:

Errado. Compete ao TCU julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público (CF, art. 71, II).

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498. (CESPE/TRE-GO/2009) Compete ao Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas pelo presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo.

Comentários:

Certo.

IMPORTANTE:

Compete ao TCU...

... apreciar (e não julgar) as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.

OBSERVAÇÃO: Compete exclusivamente ao Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República (CF, art. 49, IX).

... julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público

499. (CESPE/Hemobrás/2008) É um exemplo de controle prévio, a autorização do Senado Federal, necessária para que a União, estados, Distrito Federal e municípios possam contrair empréstimos externos.

Comentários:

Certo. Quanto ao momento de exercício ou à oportunidade, o controle pode ser prévio, concomitante ou posterior.

• O controle prévio é também denominado de controle “a priori”. Ele tem natureza preventiva, pois ocorre antes de consumar-se a conduta administrativa, ou seja, antes do início da prática ou da conclusão do ato administrativo. Exemplos: Aprovação da escolha do Procurador-Geral da República pelo Senado Federal; e autorização do Senado Federal para que a União contraia empréstimos externos.

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• O controle concomitante ocorre no decorrer do desenvolvimento da conduta administrativa e permite a verificação da regularidade da sua formação. Além disso, ele tem natureza preventiva e repressiva. Exemplo: Fiscalização de execução de um contrato administrativo.

• O controle posterior (também denominado de controle “a posteriori”, subseqüente ou corretivo) visa à revisão das condutas praticadas a fim de corrigi-las ou confirmá-las, pois ocorre após a conclusão do ato. Exemplo: Homologação de um procedimento licitatório.

500. (CESPE/Hemobrás/2008) O controle do TCU sobre os atos ou contratos da administração pública, quando da realização de auditorias e inspeções é feito de modo a priori e concomitante.

Comentários:

Errado.

IMPORTANTE:

O tipo de controle externo exercido pelo Tribunal de Contas, mais comum no constitucionalismo brasileiro, é o a posteriori, que se inicia depois de praticado o ato administrativo ou de encerrado o exercício financeiro.

501. (CESPE/Serpro/2008) Não compete ao Tribunal de Contas da União exercer o controle externo em relação às empresas públicas e sociedades de economia exploradoras de atividade econômica, já que os bens dessas entidades são privados.

Comentários:

Errado. Compete ao TCU julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público (CF, art. 71, II).

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502. (CESPE/DFTRANS/2008) As atividades de controle externo envolvem a fiscalização contábil, financeira, patrimonial e operacional da administração pública, buscando analisar a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos praticados.

Comentários:

Certo. A fiscalização Contábil, Operacional, Patrimonial, Orçamentária e Financeira (COPOF) da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à Legalidade, Legitimidade, Economicidade (LeLEco), aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder (CF, art. 70).

503. (CESPE/DFTRANS/2008) Na esfera federal, o controle judiciário da administração pública é exercido pelo Tribunal de Contas da União.

Comentários:

Errado. Na esfera federal, o controle parlamentar da administração pública é exercido pelo Congresso Nacional, auxiliado pelo Tribunal de Contas da União.

504. (CESPE/DFTRANS/2008) Mesmo que não seja detentor de mandato político, qualquer cidadão é parte legítima para, nos termos legais, denunciar irregularidades ou ilegalidades junto aos respectivos tribunais de contas.

Comentários:

Certo. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União (CF, art. 74, §2º).

505. (CESPE/MPE-AM/2008) O controle que os chefes exercem sobre os seus subordinados, na estrutura de um órgão público, é uma modalidade de controle externo.

Comentários:

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Errado. O controle que os chefes exercem sobre os seus subordinados, na estrutura de um órgão público, é uma modalidade de controle interno.

506. (CESPE/MPE-AM/2008) A sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar configura controle externo.

Comentários:

Certo. É da competência exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (CF, art. 49, V).

507. (CESPE/MPE-AM/2008) Os agentes públicos responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, devem dar ciência do fato ao TCU, sob pena de responsabilidade subsidiária.

Comentários:

Errado. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária (CF, art. 74, §1º).

508. (CESPE/OAB/2007) Um ato administrativo que viole a lei deve ser revogado pela própria administração, independentemente de provocação

Comentários:

Errado.

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade.

Pode ser determinada pela própria Só pode ser realizada pela própria

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Administração que produziu o ato, bem como pelo Poder Judiciário.

Administração que produziu o ato.

Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc).

509. (CESPE/OAB/2007) A anulação do ato administrativo importa em análise dos critérios de conveniência e oportunidade.

Comentários:

Errado.

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade.

510. (CESPE/OAB/2007) Um ato nulo pode, eventualmente, deixar de ser anulado em atenção ao princípio da segurança jurídica.

Comentários:

Certo. A aplicação do princípio da segurança jurídica visa a impedir a desconstituição desnecessária de atos jurídicos, ainda quando eivados de alguma imperfeição irrelevante. Isso significa que pode haver situações em que a desconstituição de ato irrelevantemente imperfeito não justifica a instabilidade e a perturbação causada na ordem jurídica.

Deste modo, vícios superáveis nos atos administrativos podem ser considerados incapazes de provocar a invalidade do ato, a fim de se preservar as lícitas relações jurídicas dele constituídas e decorrentes. Assim, a necessidade de se preservar a segurança jurídica impõe a convalidação do ato imperfeito.

511. (CESPE/OAB/2007) A administração tem o prazo prescricional de 5 anos para anular os seus próprios atos, quando eivados de ilegalidade.

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Comentários:

Errado. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai (≠ prescreve) em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do beneficiado (Lei nº 9.784/99, art. 54).

512. (ESAF/ATRFB/RFB/2009) O controle externo da Adminisrtação Pública, no que está afeto ao Tribunal de Contas da União (TCU), compreende

a) o julgamento das contas prestadas anualmente pelo Presidente da República.

b) a fiscalização da aplicação dos recursos financeiros repassados pela União para os Estados, mediante convênio.

c) o julgamento das contas relativas à aplicação das cotas dos Fundos de Participação transferidas para os Estados e Municípios.

d) o registro prévio das licitações e respectivos contratos, para compras, obras e serviços.

e) o registro prévio dos atos de admissão dos servidores públicos federais, bem como o das concessões de aponsetadorias, reformas e pensões.

Comentários:

Nos termos do art. 71 da CF/88, o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU).

São competências do TCU:

• apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

• julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

• apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas

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as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

• realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;

• fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

• fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela Uniãomediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

• prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

• aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

• assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

• sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

• representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

IMPORTANTE:

Compete ao TCU...

... apreciar (e não julgar) as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.

OBSERVAÇÃO: Compete exclusivamente ao Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da

... julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário

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República (CF, art. 49, IX). público

Portanto, a resposta desta questão é a letra b.

ATENÇÃO:

Memorizem esse artigo porque ele é muito cobrado em prova. Vejam:

513. (ESAF/AFRFB/RFB/2009) Não se inclui na competência do Tribunal de Contas da União, determinada pela Constituição Federal, enquanto órgão auxiliar do Congresso Nacional na realização do controle externo da administração pública federal:

a) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta.

b) julgar as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.

c) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município.

d) revogar os atos administrativos em que se constate ilegalidade de que resulte prejuízo ao erário, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

e) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário.

514. (ESAF/AFC/CGU/2008/Adaptada) O Tribunal de Contas da União não julga as contas do Presidente da República e dos Ministros de Estado, todavia as aprecia mediante parecer prévio.

515. ESAF/Procurador/TCE-GO/2007) Sobre o Tribunal de Contas da União, é incorreto afirmar que

a) é de sua incumbência auxiliar o Congresso Nacional no encargo deste quanto ao exercício do controle externo referido à União.

b) é de sua competência apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório, sendo dispensável, nestes casos, quando se trate do ato de concessão inicial, assegurar-se ao interessado, previamente ao ato

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decisório da Corte de Contas, o contraditório e a ampla defesa, mesmo quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado.

c) é de sua competência apreciar e julgar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República.

d) é de sua competência fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município.

e) deve ele prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas, inclusive informações sigilosas ou relativas a despesa de natureza reservada.

516. (ESAF/AFC/CGU/2006) Compete ao Tribunal de Contas da União:

I. julgar as contas dos dirigentes das sociedades de economia mista de cujo capital a União participe.

II. fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital a União participe.

III. aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade da despesa, as sanções cabíveis.

IV. fiscalizar a aplicação dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios, repassados aos mesmos.

V. assinar prazo para que o órgão adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, em caso de ilegalidade.

Estão corretas:

a) apenas as afirmativas I, II, III e V.

b) apenas as afirmativas I, II, III e IV.

c) apenas as afirmativas I, II, IV e V.

d) apenas as afirmativas II, III, IV e V.

e) as afirmativas I, II, III, IV e V.

517. (ESAF/TRF/SRF/2003) Em tema de controle externo, no âmbito da Administração Pública Federal, a competência constitucional para julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por bens, dinheiros ou valores públicos, é

a) do Tribunal de Contas local, recorrível ao Tribunal de Contas da União.

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b) do Tribunal de Contas da União, recorrível ao Supremo Tribunal Federal.

c) do Tribunal de Contas da União, recorrível ao Congresso Nacional.

d) própria e privativa do Tribunal de Contas da União.

e) própria e privativa do Congresso Nacional.

518. (ESAF/Oficial de Chancelaria/MRE/2002) A fiscalização da administração financeira, contábil, orçamentária e patrimonial da Administração Pública atribuída ao Tribunal de Contas da União compreende a sua competência específica para

a) julgar as contas anuais do Presidente da República.

b) julgar as contas anuais dos responsáveis por bens e dinheiros públicos da União e suas autarquias.

c) julgar a legalidade das licitações, como condição prévia para serem firmados os contratos deles decorrentes.

d) julgar a legalidade dos contratos administrativos, como condição prévia da sua execução.

e) julgar as contas anuais dos Governadores e Prefeitos Municipais.

519. (ESAF/AFC/STN/2002) Ao Tribunal de Contas da União, no exercício da sua função institucional de controle externo, compete apreciar para fim de registro os atos de admissão de pessoal da Administração Pública Federal,

a) excluídos os das sociedades de economia mista.

b) inclusive das empresas privadas concessionárias de serviços públicos.

c) inclusive para cargos de provimento em comissão.

d) exceto para cargos de provimento em comissão.

e) exceto para cargos de órgãos do Poder Judiciário.

520. (ESAF/AFC/STN/2002) No contexto do controle externo da Administração Pública Federal, quanto ao que concerne ao Tribunal de Contas da União, pode-se afirmar ser correto que

a) das suas decisões cabe recurso para o Congresso Nacional.

b) as suas decisões são insusceptíveis de revisão judicial.

c) escapam da sua jurisdição os órgãos do Poder Legislativo.

d) lhe compete sustar a execução de contrato por ele impugnado por vício de ilegalidade não sanada.

e) lhe compete aplicar multa aos responsáveis por despesa ilegal, cuja

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decisão tem eficácia de título executivo.

521. (ESAF/TRF/SRF/2002) A fiscalização dos órgãos da Administração Pública Federal, quanto aos aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade, será exercida pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União - TCU, e pelo sistema de controle interno de cada Poder, sendo que ao TCU compete apreciar as contas anuais do Presidente da República e das suas decisões, em geral, cabe recurso para o Congresso, salvo as de que resulte imputação de débito, porque terão eficácia de título executivo.

a) Correta a assertiva.

b) Incorreta a assertiva, porque a apreciação das contas presidenciais é da competência exclusiva do Congresso Nacional.

c) Incorreta a assertiva, porque das decisões do TCU não cabe recurso para o Congresso Nacional.

d) Incorreta a assertiva, porque as decisões do TCU imputando débito não têm eficácia de título executivo.

e) Incorreta a assertiva, porque o controle interno se restringe a verificar a regularidade contábil de contas.

522. (ESAF/AFC/TCU/2000) No âmbito do controle externo, não compete ao Tribunal de Contas da União:

a) aplicar multas aos responsáveis por ilegalidades de despesa pública

b) fiscalizar aplicação de qualquer recurso federal a Estado ou Município

c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal por concurso público

d) fiscalizar as contas internacionais de empresas supranacionais de cujo capital social a União participe

e) suster, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal

Respostas:

513-D 514-E 515-C 516-A 517-D

518-B 519-D 520-E 521-C 522-D

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523. (ESAF/ATA/MF/2009/Adaptada) O ato administrativo não está sujeito a controle jurisdicional.

Comentários:

Errado.

JURISPRUDÊNCIA DO STF:

“Separação dos poderes. Possibilidade de análise de ato do Poder Executivo pelo Poder Judiciário. (...) Cabe ao Poder Judiciário a análise da legalidade e constitucionalidade dos atos dos três Poderes constitucionais, e, em vislumbrando mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação.” (AI 640.272-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 2-10-09, 1ª Turma, DJ de 31-10-07). No mesmo sentido: AI 746.260-AgR, Rel. Min. Carmen Lúcia, julgamento em 9-6-09, 1ª Turma, DJE de 7-8-09.

IMPORTANTE:

Todo e qualquer ato da administração, inclusive o discricionário, pode ser objeto de controle judicial.

524. (CESGRANRIO/TJ-RO/2008) A respeito do controle da Administração Pública, é correto afirmar que:

a) o Poder Judiciário tem o dever de revogar atos administrativos que se revelem ilegais, ilegítimos ou antieconômicos.

b) os Tribunais de Contas, no exercício do controle externo, podem sustar contratos administrativos eivados de ilegalidade.

c) os atos administrativos não são passíveis de controle pela própria Administração Pública, mas podem ter seu mérito examinado pelos órgãos do Poder Judiciário.

d) a Administração Pública e o Poder Judiciário têm a faculdade de revogar atos administrativos por razões de conveniência e oportunidade, desde que sejam respeitados os direitos adquiridos pelos administrados.

e) a Administração Pública deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de ilegalidade, e pode revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade.

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Comentários:

As letras a e b estão erradas. Os atos ilegais ou ilegítimos devem ser anulados, pelo Poder Judiciário ou pela própria Administração Pública que o praticou.

A letra c está errada e a letra e está certa. "A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial." (Súmula nº 473 do STF).

A letra d está errada. O Poder Judiciário não pode revogar os atos administrativos praticados pelos demais Poderes.

Portanto, a resposta desta questão é a letra e.

525. (CESGRANRIO/INEA/2008) Adotando-se o conceito de controle da Administração Pública como “o poder de fiscalização e correção que sobre ela exercem os órgãos do Poder Judiciário, Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico”, o controle:

a) judicial se caracteriza pelo exercício do controle sobre os órgãos do Poder Judiciário.

b) parlamentar se caracteriza pelo exercício do controle sobre os órgãos do Poder Legislativo.

c) administrativo se caracteriza pelo exercício do controle sobre os órgãos do Poder Executivo.

d) em suas diversas formas deve ser exercido por órgãos ou agentes hierarquicamente superiores ao ente controlado.

e) tanto na modalidade de controle interno, como na de controle externo, tem finalidade corretiva.

Comentários:

A letra a está errada. O controle judicial ou judiciário é o exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos praticados

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pelo Poder Executivo, pelo Poder Legislativo ou pelo próprio Poder Judiciário, quando realiza atividades administrativas.

A letra b está errada. O controle legislativo ou parlamentar é o exercido pelos órgãos legislativos ou por comissões parlamentares sobre atos do Poder Executivo.

A letra c está errada. O controle administrativo é o exercido pelo Poder Executivo e pelos órgãos administrativos do Legislativo e do Judiciário sobre suas próprias condutas, considerando os aspectos de legalidade ou de mérito (conveniência e oportunidade).

A letra d está errada. Nem sempre o controle será exercido por órgãos ou agentes hierarquicamente superiores ao ente controlado. Por exemplo, no controle finalístico, exercido pela Administração Direta sobre as pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta, a entidade controlada não é subordinada ao ente controlador.

A letra e está certa. Quanto à origem, o controle pode ser:

• Interno: exercido dentro de um mesmo Poder.

• Externo: exercido por um Poder sobre o outro

• Popular: é o controle exercido pelo cidadão mediante instrumentos previstos no texto constitucional.

Tendo em vista que no Brasil o controle subsequente é mais comum, pode-se dizer que, em regra, tanto na modalidade de controle interno, como na de controle externo, o controle da Administração Pública tem finalidade corretiva.

Deste modo, a resposta da questão é a letra e.

526. (CESGRANRIO/INEA/2008) A anulação de um ato do Poder Executivo por decisão do Poder Judiciário é exemplo do exercício do controle:

a) prévio

b) externo

c) absoluto

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d) supremo

e) administrativo

Comentários:

A anulação pode ser feita pela própria Administração (controle interno), de ofício ou mediante provocação, ou pelo Poder Judiciário (controle externo), mediante provocação.

Logo, a resposta desta questão é a letra b.

527. (ESAF/Procurador/TCE-GO/2007) É incorreto afirmar que estão constitucionalmente obrigados a prestar contas aos órgãos ou entidades de controle externo ou de controle interno de cada Poder, da União, sem prejuízo de outras formas de controle acaso previstas em legislação específica:

a) qualquer pessoa física que utilize dinheiros, bens ou valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

b) qualquer pessoa jurídica que arrecade, guarde ou gerencie dinheiros, bens ou valores públicos federais.

c) qualquer pessoa que assuma obrigações de natureza pecuniária em nome da União.

d) qualquer pessoa jurídica que administre bens pelos quais a União responda.

e) qualquer pessoa privada, física ou jurídica, que pague seus tributos mediante lançamento a débito em conta corrente bancária mantida junto a instituições financeiras instituídas, mantidas ou controladas pelo Poder Público.

Comentários:

Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que Arrecade, Guarde, Gerencie, Utilize ou Administre (AGGUA) dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária (CF, art. 70, parágrafo único).

Portanto, a resposta desta questão é a letra e.

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528. (ESAF/Procurador/TCE-GO/2007) Sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, a que se refere o artigo 70 da Constituição, é correto afirmar que ela

a) será feita pelo sistema de controle interno de cada Poder exclusivamente sob a aspecto da legalidade.

b) se dará, por intermédio tanto do controle externo quanto do controle interno de cada Poder, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade, reservando-se ao Poder Legislativo, por oportunidade da lei orçamentária anual, a verificação quanto à correção da aplicação das subvenções e renúncia de receitas.

c) se fará pelo sistema de controle externo, mas não pelo sistema de controle interno de cada Poder, quando se trate de verificar a legitimidade da aplicação das subvenções.

d) será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

e) abrangerá a legitimidade da deliberação do Congresso Nacional, por oportunidade da elaboração da lei orçamentária anual, quanto à concessão de subvenções e renúncias de receitas.

Comentários:

A fiscalização Contábil, Operacional, Patrimonial, Orçamentária e Financeira (COPOF) da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à Legalidade, Legitimidade, Economicidade (LeLEco), aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder (CF, art. 70).

Logo, a resposta desta questão é a letra d.

ATENÇÃO:

Vejam outras questões sobre o assunto:

529. (ESAF/TRF/SRF/2002) Na área federal, o Tribunal de Contas da União (TCU) exerce o monopólio do controle contábil, financeiro e orçamentário, da

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Administração Pública Federal Direta e Indireta, quanto aos aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade.

a) Correta essa assertiva.

b) Incorreta a assertiva, porque esse controle é exercido com exclusividade pelo Congresso Nacional (CN).

c) Incorreta a assertiva, porque tal função cabe ao sistema de controle interno, com exclusividade.

d) Incorreta a assertiva, porque tal fiscalização é compartilhada entre CN, TCU e sistema de controle interno.

e) Incorreta a assertiva, porque esse controle exercido pelo TCU se restringe à Administração Direta.

530. (ESAF/Assistente de Chancelaria/MRE/2002) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial conferida (atribuída) ao Tribunal de Contas da União,

a) restringe-se à Administração Pública Federal Direta.

b) restringe-se à Administração Pública Federal, no âmbito do Poder Executivo.

c) abrange toda a Administração Pública Federal Direta e Indireta.

d) alcança toda a Administração Pública Direta Federal, Estadual e Municipal.

e) abrange toda a Administração Pública Direta e Indireta Federal, Estadual e Municipal

Respostas:

529-D 530-C

531. (ESAF/Procurador/TCE-GO/2007/Adaptada) Sobre o sistema de controle interno da União, é correto afirmar

a) que sua função é dependente do controle externo, ao qual se subordina e em nome do qual atua.

b) que, entre suas competências, está a de exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

c) que, ao contrário do que ocorre com o exercício do controle externo pelo Tribunal de Contas da União, não lhe compete avaliar os resultados da

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execução dos programas de governo, salvo quando esta atividade estiver vinculada à avaliação das metas previstas no plano plurianual.

d) que ele é único, para todos os Poderes, que deverão mantê-lo de forma integrada.

Comentários:

IMPORTANTE:

Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de (CF, art. 74):

• avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

• exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

A letra a está errada. O controle interno será mantido com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Contudo, isso não significa que que aquele é superior a este. Pois, a função do controle interno é independente do controle externo.

A letra b está certa. Uma das finalidades do controle interno é exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

A letra c está errada. Compete ao controle interno avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

A letra d está errada. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno. Ou seja, cada Poder manterá o seu controle interno.

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Logo, a resposta desta questão é a letra b.

ATENÇÃO:

Vejam outras questões sobre esse assunto:

532. (ESAF/Auditor/TCE-PR/2003) Não se insere na finalidade do sistema de controle interno federal, constitucionalmente previsto, a atividade de:

a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.

b) avaliar os resultados, quanto à eficácia, eficiência e efetividade, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da Administração.

c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias da União.

d) comprovar a legalidade da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

e) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

533. (ESAF/Procurador/BACEN/2002) Não se insere no elenco de competências do sistema de controle interno, constitucionalmente previstas:

a) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da aplicação de recursos públicos por entidade de direito privado.

c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

d) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.

e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.

Respostas:

532-B 533-D

534. (ESAF/Auditor Fiscal/SEFAZ-CE/2007) Assinale a opção que contenha a correlação correta.

(1) Controle Interno da Administração

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(2) Controle Parlamentar

(3) Controle Jurisdicional

( ) Revogação ou anulação do ato administrativo - súmula 473 - STF

( ) Processo administrativo disciplinar

( ) Comissão Parlamentar de Inquérito

( ) Mandado de segurança

( ) Ação popular

a) 1 - 1 - 2 - 3 – 3

b) 2 - 1 - 2 - 3 – 1

c) 3 - 2 -1 - 2 - 1

d) 1 - 1 - 3 - 2 - 1

e) 2 - 3 - 1 - 2 - 2

Comentários:

Revogação ou anulação do ato administrativo - súmula 473 - STF

(1) Controle Interno da Administração

Processo administrativo disciplinar (1) Controle Interno da Administração

Comissão Parlamentar de Inquérito (2) Controle Parlamentar

Mandado de segurança (3) Controle Jurisdicional

Ação popular (3) Controle Jurisdicional

Assim, a resposta desta questão é a letra a.

535. (ESAF/Analista Técnico/SUSEP/2006) O sistema adotado, no ordenamento jurídico brasileiro, de controle judicial de legalidade, dos atos da Administração Pública, é

a) o da chamada jurisdição única.

b) o do chamado contencioso administrativo.

c) o de que os atos de gestão estão excluídos da apreciação judicial.

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d) o do necessário exaurimento das instâncias administrativas, para o exercício do controle jurisdicional.

e) o da justiça administativa, excludente da judicial.

Comentáros:

O sistema inglês, sistema judiciário, sistema de jurisdição única ou sistema de controle jurisdicional é aquele em que todos os litígios podem ser resolvidos pelos órgãos do Poder Judiciário, que é o único competente para dizer o Direito de forma definitiva, com força da chamada coisa julgada. O Brasil adotou este sistema. Pois, "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito" (CF, art. 5º, XXXV).

O sistema francês ou sistema de contencioso administrativo é aquele em que se veda o conhecimento pelo Poder judiciário de atos da Administração Pública, ficando estes sujeitos à chamada jurisdição especial do contencioso administrativo, formado por tribunais de índole administrativa. Ou seja, há uma dualidade de jurisdição: a administrativa (para os litígios administrativos) e a comum (para os demais litígios).

IMPORTANTE:

No Brasil, o Sistema de Controle Judicial adotado pelo Estado para a correção dos atos administrativos ilegais ou ilegítimos praticados pelo Poder Público atribui os efeitos da coisa julgada exclusivamente às decisões emanadas pelo Poder Judiciário.

Portanto, a resposta desta questão é a letra a.

ATENÇÃO:

Vejam outra questão acerca desse assunto:

536. (ESAF/Oficial de Chancelaria/MRE/2004) O dispositivo da Constituição Federal pelo qual "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito" impede a adoção plena, no Brasil, do seguinte instituto de Direito Administrativo:

a) controle administrativo.

b) contencioso administrativo.

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c) jurisdição graciosa.

d) recursos administrativos com efeito suspensivo.

e) preclusão administrativa.

Resposta:

536-B

537. (ESAF/AFC/CGU/2006) O controle externo, exercido pelo Tribunal de Contas da União, quanto aos atos praticados pela Administração Pública Federal, relativos a concessões de aposentadorias, é característico do tipo:

a) concomitante.

b) declaratório.

c) jurisdicional.

d) posterior.

e) prévio.

Comentários:

Conforme o momento do exercício, o controle pode ser:

• Prévio, preventivo ou a priori: o controle é exercido antes do início da prática ou antes da conclusão do ato administrativo. Exemplo: autorização do Senado para que a União contraia empréstimos externos.

• Concomitante: o controle é exercido durante a realização do ato. Exemplo: fiscalização da execução de um contrato administrativo.

• Subsequente, corretivo ou a posteriori: é exercido após a conclusão do ato administrativo. É o mais comum dos controles. Exemplo: homologação de um procedimento licitatório.

De acordo com o art. 71, III da CF/88, compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias

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posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório (controle a posteriori).

IMPORTANTE:

O tipo de controle externo exercido pelo Tribunal de Contas, mais comum no constitucionalismo brasileiro, é o a posteriori, que se inicia depois de praticado o ato administrativo ou de encerrado o exercício financeiro.

Por isso, a resposta desta questão é a letra d.

538. (ESAF/AFRF/SRF/2003) Entre os meios de controle da Administração Pública, destaca-se o controle jurisdicional. O controle em tese de atos legislativos pode se dar mediante ação direta de inconstitucionalidade. Não se legitima para propor esta ação:

a) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

b) partido político regularmente constituído.

c) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

d) o Governador de Estado.

e) a Mesa de Assembléia Legislativa.

Comentários:

Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade (CF, art. 103):

• o Presidente da República;

• a Mesa do Senado Federal;

• a Mesa da Câmara dos Deputados;

• a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

• o Governador de Estado ou do Distrito Federal;

• o Procurador-Geral da República;

• o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

• partido político com representação no Congresso Nacional;

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• confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

Com efeito, a resposta desta questão é a letra b.

539. (FCC/TRE-AM/2010) Sobre a reparação do dano decorrente da responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar que

a) não pode ser feita no âmbito administrativo em razão do direito de regresso que o Estado tem contra o seu agente.

b) prazo de prescrição do direito de obter indenização dos danos causados por agentes de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos é de dez anos.

c) prescreve em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por agentes de pessoas jurídicas de direito público.

d) a Constituição Federal determina que seja formado litisconsórcio necessário entre o Estado e o seu agente causador do dano.

e) a ação deve, necessariamente, ser proposta contra o Estado e o agente causador do dano, a fim de ser apurada a responsabilidade deste.

Comentários:

A letra a está errada. A reparação do dano causado pela Administração Pública ao particular poderá ocorrer administrativamente ou mediante ação judicial indenizatória movida por este contra aquela.

A letra b está errada e a letra c está certa. O particular lesado poderá buscar a reparação do dano mediante interposição de uma ação judicial indenizatória, cujo prazo prescricional é de cinco anos.

As letra d e e estão erradas. Inicialmente (RE 90.071/SC, de 18/06/1980), o STF entendia que o particular prejudicado poderia acionar conjuntamente o Estado e o agente público causador do prejuízo a terceiros, caracterizando o denominado litisconsórcio passivo facultativo (mais de uma pessoa figurando no pólo passivo da ação).

Todavia, recentemente (RE 327.904/SP, de 15/08/2006 e RE 344.133/PE, de 09/09/2008), o STF posicionou-se no sentido de que não caberia o litisconsórcio passivo facultativo, devendo o particular prejudicado acionar diretamente o Estado.

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Por conseguinte, o agente público seria responsabilizado tão-somente mediante ação regressiva, que é imprescritível. Para isso, é necessário que a Administração Pública já tenha sido condenada a indenizar o particular lesado e que o agente público causador do dano tenha agido com dolo ou culpa.

Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra c.

540. (FCC/TRT-3ªRegião/2009) As pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,

a) sem direito de regresso contra o agente.

b) assegurado o direito de regresso contra o agente, independentemente de sua culpa ou dolo.

c) apenas quando o agente tenha agido com culpa ou dolo.

d) salvo nos casos de comprovada responsabilidade subjetiva do agente, situação em que apenas este responde pelos danos causados.

e) mesmo quando não comprovada a culpa do agente.

Comentários:

Nos termos do art. 37, §6º da Constituição Federal de 1988, “as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”

O referido dispositivo constitucional abarca duas responsabilidades distintas: a responsabilidade objetiva do Estado e das demais entidades mencionadas, na modalidade risco administrativo; e a responsabilidade civil subjetiva do agente público.

O dispositivo estabelece que o agente público só será civilmente responsabilizado se comprovado dolo ou culpa. Por isso, diz-se que a responsabilidade civil dos agentes públicos é do tipo subjetiva (depende de dolo ou culpa).

Por outro lado, as pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, mesmo quando não comprovada a culpa do agente. Por isso, diz-se que a responsabilidade civil do Estado é do tipo objetiva (independe de dolo ou culpa).

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Logo, a resposta desta questão é a letra e.

541. (FCC/TJ-SE/2009) Nos casos de responsabilidade objetiva, o Estado só se exime de responder se

a) seu agente agiu com dolo, caso em que a responsabilidade é do agente.

b) faltar o nexo entre o seu comportamento e o dano.

c) seu agente não agiu com culpa em sentido estrito.

d) houver culpa concorrente do lesado.

e) dano foi de pequena monta.

Comentários:

A responsabilidade civil da Administração Pública é objetiva porque o dever de reparar o dano causado independe da ocorrência de dolo ou culpa do agente público causador do prejuízo.

Assim, para que a Administração Pública seja obrigada a indenizar os danos causados a terceiros, basta que seja comprovado o nexo causal (relação causa e efeito) entre a conduta do agente público e o dano causado. Isso significa que o Estado só se exime de responder civilmente se faltar o nexo entre o seu comportamento e o dano.

Logo, a resposta desta questão é a letra b.

542. (FCC/TRE-PI/2009/Adaptada) Sobre a reparação do dano no âmbito da responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar que

a) os agentes das entidades particulares prestadoras de serviço público não estão sujeitos à ação regressiva.

b) a ação regressiva, no caso de culpa do servidor público, transmite-se aos herdeiros e sucessores.

c) a reparação não abrange o dano moral.

d) é cabível mesmo que o evento decorra de culpa exclusiva da vítima, por se tratar de responsabilidade objetiva.

Comentários:

A letra a está errada.

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CF, ART. 37, §6º:

“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”

A letra b está certa. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida (Lei nº 8.112/90, art. 122, §3º).

A letra c está errada. A responsabilidade civil consiste na obrigação de indenizar um dano patrimonial ou moral decorrente de um fato humano.

A letra d está errada. Segundo o STF, o princípio da responsabilidade objetiva não se reveste de caráter absoluto. Pois, admite o abrandamento, e até mesmo, a exclusão da própria responsabilidade civil do Estado, nas hipóteses excepcionais configuradoras das situações liberatórias, como caso fortuito e a força maior, ou evidenciadoras de culpa atribuível à própria vítima.

IMPORTANTE:

A responsabilidade civil do Estado poderá ser afastada se comprovada a culpa exclusiva da vítima.

Por isso, a resposta desta questão é a letra b.

543. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Em conformidade com a jurisprudência dominante, para a configuração da responsabilidade objetiva das pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público

a) a apuração da culpa da vítima é impertinente, com base no risco administrativo.

b) não é necessário que o ato praticado pelo agente público seja ilícito.

c) o nexo de causalidade entre a ação do Poder Público e o dano verificado é dispensável.

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d) o agente público deve estar no efetivo exercício do cargo ao praticar o ato causador do dano.

e) o prejudicado ser usuário do serviço público é condição desnecessária.

Comentários:

As letras a e c estão erradas. De acordo com a teoria da responsabilidade objetiva na modalidade risco administrativo, para o surgimento da obrigação do Estado reparar o dano sofrido pelo particular basta haver nexo de causalidade entre a conduta do agente público e o dano.

Cabe à Administração Pública comprovar a existência de culpa do particular para livrar-se, total ou parcialmente, da obrigação de indenizar. Portanto, apuração da culpa da vítima é pertinente.

A letra b está certa. Para a configuração da responsabilidade civil do Estado, basta provar que o dano decorreu de um ato praticado pelo agente público que atua nesta qualidade, não importando se lícito ou ilícito.

A letra d está errada. A expressão “nesta qualidade” constante na CF, art. 37, §6º, significa que o Estado pode ser responsabilizado somente se o agente estiver no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-la.

A letra e estava errada na data da aplicação da prova. No entanto, hojedeve ser considerada certa. No final de 2004, no julgamento do RE 262.651/SP, a 2ª Turma do STF decidiu que “a responsabilidade objetiva das prestadoras de serviço público não se estende a terceiros não-usuários, já que somente o usuário é detentor do direito subjetivo de receber um serviço público ideal, não cabendo ao mesmo, por essa razão, o ônus de provar a culpa do prestador do serviço na causação do dano.”

Contudo, em 26/08/2009, no julgamento do RE 591.874/MS, o Plenário da Corte Suprema decidiu que existe responsabilidade civil objetiva das empresas que prestam serviço público mesmo em relação a terceiros (não-usuários do serviço público).

Destarte, tornou-se irrelevante se a vítima é usuária do serviço ou um terceiro em relação a ele. Logo, basta que o dano seja causado pelo sujeito na qualidade de prestador de serviço público.

IMPORTANTE:

Hoje, a responsabilidade civil objetiva das prestadoras de serviço

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público, prevista no art. 37, § 6º da CF/88, abrange os danos causados aos usuários do serviço público e também a terceiros não-usuários do serviço público.

Pelo exposto, a resposta desta questão foi a letra b. No entanto, hoje, a letra e também está certa.

544. (FCC/PGE-RJ/2009) Um cidadão, caminhando por uma rua, é atingido por um raio e morre. A prova técnica evidencia que não houve conduta comissiva nem omissiva do Estado, que contribuísse para esse evento. Neste caso,

a) não estão presentes os pressupostos da responsabilidade civil do Estado.

b) a responsabilidade do Estado é objetiva e ele sempre responde pelos danos, independentemente de dolo ou culpa do agente.

c) caracteriza-se a responsabilidade subjetiva, cabendo a quem aciona o Estado a prova de sua culpa, comissiva ou omissiva.

d) Estado não responde porque só se caracteriza sua responsabilidade na prática de ato ilícito.

e) Estado deve indenizar a família da vítima porque é evidente o nexo causal existente entre a queda do raio e a morte da vítima.

Comentários:

Na situação descrita, não há nexo de causalidade entre a conduta do Estado e o dano. Ademais, segundo o STF, o princípio da responsabilidade objetiva não se reveste de caráter absoluto. Pois, admite o abrandamento, e até mesmo, a exclusão da própria responsabilidade civil do Estado, nas hipóteses excepcionais configuradoras das situações liberatórias, como caso fortuito e a força maior, ou evidenciadoras de culpa atribuível à própria vítima.

IMPORTANTE:

A responsabilidade civil do Estado poderá ser afastada se comprovada a culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior.

Por isso, a resposta desta questão é a letra a.

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545. (FCC/TCE-AM/2008) Conforme evolução doutrinária da matéria, a responsabilidade objetiva do Estado por danos causados a terceiros, hoje prevista no Direito brasileiro, tem por fundamento a teoria

a) da culpa do servidor.

b) da culpa do serviço.

c) da responsabilidade subsidiária.

d) da irresponsabilidade.

e) do risco.

Comentários:

No decorrer da evolução do Direito Público, a responsabilidade civil do Estado fundamentou-se nas seguintes teorias:

• Teoria da irresponsabilidade: o Estado, personificado na figura do rei, não poderia lesar seus súditos, já que o rei não cometia erros. Assim, os atos dos agentes públicos, como representantes do rei, não poderiam ser considerados lesivos aos súditos. Essa teoria encontra-se totalmente superada.

• Teoria da culpa civil comum do Estado (ou da responsabilidade subjetiva): equiparou o Estado ao indivíduo. Por conseguinte, a Administração Pública só devia indenizar aos terceiros pelos danos causados pelos agentes públicos quando estes agissem com culpa ou dolo. Caberia ao particular lesado demonstrar a ocorrência desses elementos subjetivos (dolo ou culpa).

• Teoria da culpa administrativa: o Estado só deveria indenizar os danos causados por seus agentes se comprovada a ocorrência de falta do serviço, nas seguintes formas: inexistência do serviço, mau funcionamento do serviço ou retardamento do serviço. Caberia ao particular prejudicado demonstrar a ocorrência da falta do serviço.

• Teoria da responsabilidade objetiva na modalidade risco administrativo: para o surgimento da obrigação do Estado reparar o dano sofrido pelo particular basta haver nexo de causalidade entre a conduta do agente público e o dano, independentemente da ocorrência de falto do serviço ou de culpa do agente público. Cabe à Administração Pública comprovar a existência de culpa do particular para livrar-se, total ou parcialmente, da obrigação de indenizar.

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• Teoria do risco integral: mesmo que o dano decorra de culpa exclusiva do particular, basta haver nexo causal entre a conduta do agente público e o dano para que o Estado seja obrigado a indenizar. Isto é, não há qualquer hipótese de exclusão ou redução da responsabilidade do Estado.

Hoje, a responsabilidade objetiva do Estado por danos causados a terceiros prevista no Direito brasileiro tem por fundamento a Teoria da responsabilidade objetiva na modalidade risco administrativo.

Logo, a resposta desta questão é a letra e.

546. (FCC/TCE-AL/2008) Em matéria de responsabilidade civil da Administração Pública, a corrente doutrinária que passou a distinguir a culpa do funcionário da culpa anônima do serviço público, reconhecendo a responsabilidade do Estado tão simplesmente se o serviço público não funcionou, funcionou mal ou funcionou atrasado ficou conhecida como a teoria

a) da culpa administrativa.

b) do risco administrativo

c) do risco integral.

d) da culpa civil.

e) da responsabilidade por atos de gestão.

Comentários:

Teoria da culpa administrativa

O Estado só deveria indenizar os danos causados por seus agentes se comprovada a ocorrência de falta do serviço, nas seguintes formas: inexistência do serviço, mau funcionamento do serviço ou retardamento do serviço. Caberia ao particular prejudicado demonstrar a ocorrência da falta do serviço.

Portanto, a resposta desta questão é a letra a.

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547. (FCC/TRT-11ªRegião/2008) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público e a das pessoas de direito privado prestadoras de serviços públicos por danos decorrentes da execução do serviço são, respectivamente,

a) subjetiva e subjetiva.

b) inexistente e objetiva.

c) objetiva e subjetiva.

d) inexistente e subjetiva.

e) objetiva e objetiva.

Comentários:

CF, ART. 37, §6º:

“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”

O referido dispositivo constitucional abarca duas responsabilidades distintas:

• a responsabilidade objetiva das pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos; e

• a responsabilidade civil subjetiva do agente público.

Por isso, a resposta desta questão é a letra e.

548. (FCC/TRF-2ªRegião/2008) Sobre a responsabilidade civil do Estado, está correto APENAS o que se afirma em:

a) A indenização por qualquer prejuízo causado a terceiros, em razão da teoria da responsabilidade objetiva do Estado, é obrigatória e impede que se alegue excludentes.

b) A responsabilização do Estado independe se o agente público agiu no exercício de suas funções.

c) O Estado não será responsável pela reparação do dano, quando este decorrer exclusivamente de força maior.

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d) A Administração Pública somente responderá pelo dano, se o servidor culpado, uma vez executado e condenado, não tiver meios para arcar com a indenização.

e) A Administração Pública somente responderá pela reparação do dano se ficar comprovado o dolo ou a culpa do servidor.

Comentários:

A letra a está errada e a letra c está certa.

IMPORTANTE:

A responsabilidade civil do Estado poderá ser afastada se comprovada a culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior.

A letra b está errada. O Estado pode ser responsabilizado somente se o agente causador do dano a terceiros estiver no exercício de suas funções ou, ao menos, se esteja conduzindo a pretexto de exercê-la.

As letras d e e estão erradas. A responsabilidade civil do Estado é objetiva, ou seja, independe de dolo ou culpa do agente.

Assim, a resposta desta questão é a letra c.

549. (FCC/TRT-23ªRegião/2008) No que se refere à responsabilidade civil do Estado, a Constituição Federal de 1988

a) acolheu a teoria da responsabilidade objetiva do Estado e da responsabilidade subjetiva do servidor, pois assegurou o direito de regresso contra o agente causador só nos casos de dolo.

b) acolheu a teoria da responsabilidade subjetiva do Estado e da responsabilidade objetiva do funcionário público.

c) acolheu a teoria da responsabilidade objetiva do Estado e da responsabilidade subjetiva do servidor, pois assegurou o direito de regresso contra o agente causador nos casos de dolo ou culpa.

d) determina que para a responsabilidade por culpa do servidor é essencial a existência da culpa administrativa, mesmo que levíssima.

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e) determina que as pessoas de Direito Privado que prestam serviços públicos não podem ser responsabilizadas por suas ações culposas ou dolosas.

Comentários:

O art. 37, §6 da CF/88 abarca duas responsabilidades distintas:

• a responsabilidade objetiva das pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos; e

• a responsabilidade civil subjetiva do agente público.

Logo, a resposta desta questão é a letra c.

550. (FCC/TJ-PE/2008) O agente público pertencente a uma autarquia estadual, durante o exercício legal de suas funções, praticou determinado ato comissivo que ocasionou danos materiais a terceiro. Em virtude deste fato, o particular atingido pela conduta lesiva ao seu patrimônio

a) poderá pleitear a reparação dos danos sofridos com base na teoria da responsabilidade objetiva do Estado, sob a modalidade do risco administrativo.

b) não poderá ser ressarcido dos prejuízos eventualmente sofridos, posto que a ação do agente obedeceu aos ditames legais.

c) deverá acionar diretamente o agente público, que responderá de forma objetiva, com base no risco integral.

d) será ressarcido dos prejuízos apenas se demonstrar a culpa do agente público e a omissão do Estado em fiscalizar seus servidores.

e) poderá recorrer ao Poder Judiciário visando a reparação dos prejuízos suportados, com base na teoria da responsabilidade subjetiva do Estado, sob a modalidade do risco integral.

Comentários:

Teoria da responsabilidade objetiva na modalidade risco administrativo

Para o surgimento da obrigação do Estado reparar o dano sofrido pelo particular basta haver nexo de causalidade entre a conduta do agente público e o dano, independentemente da ocorrência de falto do serviço ou de

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culpa do agente público. Cabe à Administração Pública comprovar a existência de culpa do particular para livrar-se, total ou parcialmente, da obrigação de indenizar.

Portanto, a resposta desta questão é a letra a.

551. (FCC/DP-SP/2008) Tratando-se de responsabilidade civil do Estado, assinale a afirmativa INCORRETA.

a) Empresas públicas podem se sujeitar à responsabilidade objetiva ou subjetiva, dependendo de seu objeto social.

b) A teoria francesa da faute du service é enquadrada como hipótese de responsabilidade objetiva.

c) Pessoas jurídicas de direito privado, não integrantes da Administração Pública, podem se sujeitar à responsabilidade objetiva.

d) A responsabilidade do Estado por omissão caracteriza-se como de natureza subjetiva.

e) A responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa.

Comentários:

A letra a está certa. O art. 37, §6º, da CF consagra a responsabilidade objetiva das entidades de direito público (U, E, DF, M, autarquias e fundações públicas de direito público), bem como das entidades de direito privado prestadoras de serviço público (empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas de direito privado, que prestem serviços públicos, bem como as concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviço público). As empresas públicas e sociedades de economia que explorem atividades econômicas não se sujeitam a essas regras.

A letra b está errada. A banca adotou o posicionamento de Hely Lopes Meirelles, ao entender que a teoria francesa da faute du service é enquadrada como hipótese de responsabilidade subjetiva.

No entanto, para Celso Antônio Bandeira de Mello esta teoria deve ser enquadrada como responsabilidade objetiva.

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Teoria da faute du service

Hely Lopes Meirelles Celso Antônio Bandeira de Mello

responsabilidade subjetiva responsabilidade objetiva

A letra a está certa. O art. 37, §6 da CF/88 abarca duas responsabilidades distintas:

• a responsabilidade objetiva das pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos; e

• a responsabilidade civil subjetiva do agente público.

A letra d está certa. A responsabilidade objetiva aplica-se tão-somente nos casos de danos causados pelo Estado mediante ação de seus agentes. Ou seja, os atos omissivos dos agentes públicos não são comportados por essa teoria. Para o STF (RE 179.147/SP, de 11/12/1997), tratando-se de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil por tal ato é subjetiva, pelo que exige dolo ou culpa, numa de suas três vertentes, negligência, imperícia ou imprudência.

A letra e está certa. A responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa (CF, art. 21, XXIII, d)

Logo, a resposta desta questão é a letra b.

552. (CESPE/TRE-MT/2010) Segundo a teoria objetiva da responsabilidade civil do Estado no Brasil, não é necessária a comprovação de culpa ou nexo causal entre ação e resultado para se imputar o dever de indenizar ao Estado.

Comentários:

Errado.

CF, ART. 37, §6º:

“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de

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regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”

Esse dispositivo consagra a responsabilidade objetiva das entidades de direito público (U, E, DF, M, autarquias e fundações públicas de direito público), bem como das entidades de direito privado prestadoras de serviço público (empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas de direito privado, que prestem serviços públicos, bem como as concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviço público).

Por outro lado, estabelece que o agente público só será civilmente responsabilizado se comprovado dolo ou culpa. Por isso, diz-se que a responsabilidade civil dos agentes públicos é do tipo subjetiva (depende de dolo ou culpa).

Percebam que as empresas públicas e sociedades de economia que explorem atividades econômicas não se sujeitam às regras previstas no art. 37, §6º da CF/88.

Diz-se que a responsabilidade civil da Administração Pública é objetiva porque o dever de reparar o dano causado independe da ocorrência de dolo ou culpa do agente público causador do prejuízo.

Desta forma, para que a Administração Pública seja obrigada a indenizar os danos causados a terceiros, basta que seja comprovado o nexo causal (relação causa e efeito) entre a conduta do agente público e o dano causado.

553. (CESPE/TRE-MT/2010) No que se refere à responsabilidade civil por atos judiciais, segundo jurisprudência majoritária, a regra é a irresponsabilidade civil do Estado.

Comentários:

Certo. De acordo com José dos Santos Carvalho Filho, “a regra geral, no caso de atos legislativos, deve sempre ser a de não ser atribuída responsabilidade civil ao Estado”.

554. (CESPE/TRE-MT/2010) No caso de dano causado por leis de efeito concreto, não se admite a responsabilização civil do Estado.

Comentários:

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Errado. Leis de efeitos concretos são aquelas que se apresentam como leis sob o aspecto formal, mas que, materialmente, constituem mero ato administrativo. Ou seja, não produzem efeitos gerais, abstratos e impessoais como as verdadeiras leis. Ao contrário, atingem a esfera jurídica de indivíduos determinados.

Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, se uma lei de efeitos concretos causa danos ao indivíduo, fica configurada a responsabilidade civil do ente produziu a lei, garantindo-se ao lesado o direito à reparação dos prejuízos.

IMPORTANTE:

No caso de dano causado por leis de efeito concreto, admite-se a responsabilização civil do Estado.

555. (CESPE/TRE-MT/2010) Se a pessoa que sofrer dano contribuir, de alguma forma, para o resultado danoso, a responsabilidade do Estado estará, então, afastada, pois este só responde pelos danos cuja responsabilidade lhe seja integralmente atribuída.

Comentários:

Errado.

IMPORTANTE:

A responsabilidade civil do Estado poderá ser afastada se comprovada a culpa exclusiva da vítima, ou mitigada (atenuada) a reparação na hipótese de concorrência de culpa.

556. (CESPE/TRE-MT/2010) O Estado pode exercer o direito de regresso contra o agente responsável pelo dano praticado, independentemente de este ter agido com culpa ou dolo.

Comentários:

Errado. O agente público só será civilmente responsabilizado se comprovado dolo ou culpa. Por isso, diz-se que a responsabilidade civil dos agentes públicos é do tipo subjetiva (depende de dolo ou culpa).

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557. (CESPE/DPE-PI/2009) Segundo decisão recente do STF, a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é também objetiva relativamente aos não usuários do serviço.

Comentários:

Certo. No final de 2004, no julgamento do RE 262.651/SP, a 2ª Turma do STF decidiu que “a responsabilidade objetiva das prestadoras de serviço público não se estende a terceiros não-usuários, já que somente o usuário é detentor do direito subjetivo de receber um serviço público ideal, não cabendo ao mesmo, por essa razão, o ônus de provar a culpa do prestador do serviço na causação do dano.”

Contudo, em 26/08/2009, no julgamento do RE 591.874/MS, o Plenário da Corte Suprema decidiu que existe responsabilidade civil objetiva das empresas que prestam serviço público mesmo em relação a terceiros (não-usuários do serviço público).

Destarte, tornou-se irrelevante se a vítima é usuária do serviço ou um terceiro em relação a ele. Logo, basta que o dano seja causado pelo sujeito na qualidade de prestador de serviço público. Hoje, portanto, a responsabilidade civil objetiva das prestadoras de serviço público, prevista no art. 37, § 6º da CF/88, abrange os danos causados aos usuários do serviço público e também a terceiros não-usuários do serviço público.

558. (CESPE/TRE-MA/2009) O fundamento da teoria da responsabilidade objetiva, trazida na CF e adotada atualmente no Brasil, é a teoria do risco administrativo.

Comentários:

Certo. De acordo com a teoria da responsabilidade objetiva na modalidade risco administrativo, para o surgimento da obrigação do Estado reparar o dano sofrido pelo particular, basta haver nexo de causalidade entre a conduta do agente público e o dano, independentemente da ocorrência de falta do serviço ou de culpa do agente público. Cabe à Administração Pública comprovar a existência de culpa do particular para livrar-se, total ou parcialmente, da obrigação de indenizar.

IMPORTANTE:

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No Brasil, a respeito da responsabilidade civil da Administração Pública, adota-se a responsabilidade objetiva na modalidade risco administrativo.

“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa (art. 37, §6º da CF/88).”

559. (CESPE/TRE-MA/2009) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos estão sujeitas à responsabilidade subjetiva comum.

Comentários:

Errado. O art. 37, §6º da CF/88 consagra a responsabilidade objetiva das entidades de direito público (U, E, DF, M, autarquias e fundações públicas de direito público), bem como das entidades de direito privado prestadoras de serviço público (empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas de direito privado, que prestem serviços públicos, bem como as concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviço público).

As empresas públicas e sociedades de economia que explorem atividades econômicas não se sujeitam às regras previstas nesse dispositivo.

560. (CESPE/TRE-MA/2009) Para configurar-se a responsabilidade objetiva do Estado, basta apenas a comprovação de dois pressupostos: o fato administrativo e o dano.

Comentários:

Errado. Para que a Administração Pública seja obrigada a indenizar os danos causados a terceiros, é necessário que seja comprovado o nexo causal (relação causa e efeito) entre a conduta do agente público e o dano causado.

561. (CESPE/TRE-MA/2009) De acordo com a responsabilidade objetiva consagrada na CF, mesmo na hipótese de o poder público comprovar a culpa exclusiva da vítima, ainda assim persiste o dever de indenizá-la.

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Comentários:

Errado. A responsabilidade objetiva consagrada na CF não é absoluta. Assim, na hipótese de o poder público comprovar a culpa exclusiva da vítima, admite-se a exclusão integral da responsabilidade civil do Estado.

562. (CESPE/TRE-MA/2009) As ações de ressarcimento propostas pelo Estado contra os seus agentes prescrevem no prazo de dez anos.

Comentários:

Errado. A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento (CF, art. 37, §5º). Portanto, as ações de ressarcimento propostas pelo Estado contra os seus agentes são imprescritíveis.

563. (CESPE/TRT-17ªRegião/2009) O Estado não responde civilmente pelos danos causados por atos praticados por agrupamentos de pessoas ou multidões, por se tratar de atos de terceiros que caracterizam uma excludente de causalidade, salvo quando se verificar omissão do poder público em garantir a integridade do patrimônio danificado, hipótese em que a responsabilidade civil é subjetiva.

Comentários:

Certo. Em regra, os prejuízos causados ao indivíduo em decorrência exclusivamente de atos de multidão não acarretam a responsabilidade civil do Estado. Na verdade, esses atos são considerados praticados por terceiros.

Contudo, se ficar configurada a omissão culposa do Estado no fato, ficará configurada a responsabilização do Estado.

564. (CESPE/SEGER-ES/2009) As pessoas jurídicas de direito público respondem objetivamente pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Isso não significa que o Estado deve indenizar a vítima do dano independentemente da demonstração de que o dano por ela sofrido decorreu do ato estatal.

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Comentários:

Certo. “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa” (CF, art. 37, §6º).

Esse dispositivo consagra a responsabilidade objetiva das entidades de direito público (U, E, DF, M, autarquias e fundações públicas de direito público), bem como das entidades de direito privado prestadoras de serviço público (empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas de direito privado, que prestem serviços públicos, bem como as concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviço público).

Diz-se que a responsabilidade civil da Administração Pública é objetiva porque o dever de reparar o dano causado independe da ocorrência de dolo ou culpa do agente público causador do prejuízo.

Desta forma, para que a Administração Pública seja obrigada a indenizar os danos causados a terceiros, basta que seja comprovado o nexo causal (relação causa e efeito) entre a conduta do agente público e o dano causado.

565. (CESPE/TRE-GO/2009) Joaquim, motorista de pessoa jurídica prestadora de serviço público, transportava documentos oficiais que necessitavam ser entregues com urgência. No trajeto, Joaquim, por imperícia e imprudência, envolveu-se em acidente de trânsito, no qual colidiu com veículo de particular.

Considerando a situação hipotética acima, assinale opção correta.

a) A responsabilidade civil será exclusiva de Joaquim, visto que agiu com imperícia e imprudência.

b) A Constituição Federal de 1988 ( CF ) adotou a responsabilidade objetiva do Estado, sob a modalidade do risco integral, razão pela qual a pessoa jurídica deverá responder pelos danos.

c) Trata-se de hipótese que exclui o dever de indenizar, visto que Joaquim estava executando serviço público de natureza urgente.

d) A responsabilidade civil será da pessoa jurídica, na modalidade objetiva, com a possibilidade de direito de regresso contra o motorista.

Comentários:

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CF, ART. 37, §6º:

“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”

Logo, a resposta da questão é a letra d.

566. (CESPE/HEMOBRÁS/2008) A Caixa Econômica Federal possui a responsabilidade objetiva na modalidade risco administrativo pelos danos causados por atuação de seus agentes.

Comentários:

Errado. As empresas públicas e sociedades de economia que explorem atividades econômicas não se sujeitam às regras previstas no art. 37, §6º da CF/88.

567. (CESPE/HEMOBRÁS/2008) O Estado será responsabilizado civilmente pelos atos do agente público, mesmo fora do exercício do seu ofício ou função, pela chamada culpa na escolha ou culpa em vigiar a atuação do seu agente.

Comentários:

Errado.

CF, ART. 37, §6º:

“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”

568. (CESPE/HEMOBRÁS/2008) Se o agente público agiu com dolo ou culpa, dando causa ao dano indenizável, fica assegurado o direito de regresso da administração contra o funcionário causador do dano.

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Comentários:

Certo. O art. 37, §6º da CF estabelece que o agente público só será civilmente responsabilizado se comprovado dolo ou culpa. Por isso, diz-se que a responsabilidade civil dos agentes públicos é do tipo subjetiva (depende de dolo ou culpa).

569. (CESPE/MDIC/2008) Os atos judiciais não geram responsabilidade civil do Estado.

Comentários:

Errado. A regra é a inexistência de responsabilidade civil por atos jurisdicionais. Especificamente no que tange ao erro judiciário, essa regra é excepcionada.

570. (CESPE/MDIC/2008) Os atos das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos podem gerar a responsabilidade do Estado.

Comentários:

Certo.

CF, ART. 37, §6º:

“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”

571. (CESPE/MDIC/2008) Em caso de danos causados por atos de multidões, somente é possível responsabilizar o Estado caso se comprove sua participação culposa.

Comentários:

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Certo. Em regra, os prejuízos causados ao indivíduo em decorrência exclusivamente de atos de multidão não acarretam a responsabilidade civil do Estado. Na verdade, essas atos são considerados praticados por terceiros.

Contudo, se ficar configurada a omissão culposa do Estado no fato, ficará configurada a responsabilização do Estado.

572. (CESPE/MDIC/2008) Prescreve em dez anos o direito de regresso do Estado contra seu agente diretamente envolvido na produção de dano a terceiro.

Comentários:

Errado. A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento (CF, art. 37, §5º). Portanto, as ações de ressarcimento propostas pelo Estado contra os seus agentes são imprescritíveis.

573. (CESPE/TJDFT/2008) No caso de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil da administração pública ocorre na modalidade subjetiva.

Comentários:

Certo. A responsabilidade objetiva aplica-se tão-somente nos casos de danos causados pelo Estado mediante ação de seus agentes. Ou seja, os atos omissivos dos agentes públicos não são comportados por essa teoria.

Para o STF (RE 179.147/SP, de 11/12/1997), tratando-se de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil por tal ato é subjetiva, pelo que exige dolo ou culpa, numa de suas três vertentes, negligência, imperícia ou imprudência.

574. (CESGRANRIO/BNDES/2008) A respeito da responsabilidade civil da Administração, a jurisprudência e a melhor doutrina pátria reconhecem, com amparo na atual disciplina constitucional e legal da matéria, que o Brasil adota a teoria:

a) subjetiva da culpa.

b) do risco administrativo.

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c) do risco integral.

d) da culpa administrativa.

e) da culpa civil comum.

Comentários:

IMPORTANTE:

No Brasil, a respeito da responsabilidade civil da Administração Pública, adota-se a responsabilidade objetiva na modalidade risco administrativo.

Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra b.

575. (Inédita) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente aos usuários do serviço e às demais pessoas que não se encontrem na condição de usuário, mas que sejam prejudicadas pela ação dessas pessoas jurídicas.

Comentários:

Certo.

IMPORTANTE:

A responsabilidade civil objetiva das prestadoras de serviço público abrange os danos causados aos usuários do serviço público e também a terceiros não-usuários do serviço público.

Até a próxima aula!

Bons estudos,

Anderson Luiz

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

476. (FCC/TRT-3ª Região/2009) A participação popular no controle da legalidade e moralidade da atividade administrativa pode ser exercida

a) mediante denúncia perante a Assembléia Legislativa ou ao Tribunal de Contas, por qualquer pessoa que venha a tomar conhecimento de irregularidades ou ilegalidades praticadas em detrimento da Administração, sob pena de tornar-se solidariamente responsável.

b) mediante representação perante a própria Administração ou ao órgão do Ministério Público que tiver competência para apurar a prática da irregularidade ou ilegalidade apontada; mediante denúncia perante a Assembléia Legislativa ou Tribunal de Contas e mediante propositura de Ação Popular.

c) somente pela via judicial, através da Ação Popular.

d) mediante denúncia ao Ministério Público, à Assembléia Legislativa ou ao Tribunal de Contas, bem como mediante propositura de Ação Popular, somente sendo assegurado o direito de representar à autoridade administrativa aqueles cujos direitos subjetivos tenham sido atingidos pelo ato impugnado.

e) perante a própria Administração ou pela via judicial, mas apenas nas situações de lesão ou ameaça de lesão a direito individual.

477. (FCC/TRT-3ª Região/2009) O sistema de controle interno da Administração Pública

a) deve ser exercido de forma independente em relação ao controle externo a cargo do Poder Legislativo, não cabendo integração entre as duas modalidades de controle.

b) visa a assegurar a legalidade da atividade administrativa, não se aplicando, todavia, à fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial da Administração, que são aspectos reservados ao controle externo exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas.

c) autoriza a anulação dos próprios atos, quando eivados de vício, e a revogação, por motivo de conveniência e oportunidade, vedado o exame pelo Poder Judiciário.

d) decorre do poder de autotutela e, portanto, somente pode ser exercido de ofício.

e) constitui o poder de fiscalização e correção que a Administração exerce, de forma ampla, sobre sua própria atuação, sob os aspectos de legalidade e mérito.

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478. (FCC/TRT-3ª Região/2009) Figura entre as competências atribuídas pela Constituição Federal ao Tribunal de Contas da União

a) proceder a tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentada ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.

b) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.

c) suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.

d) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno.

e) fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

479. (FCC/TJ-SE/2009) Sobre o controle administrativo da Administração Pública é INCORRETO afirmar que

a) recurso hierárquico impróprio é dirigido para a mesma autoridade que expediu o ato recorrido.

b) o recurso hierárquico próprio é dirigido para a autoridade imediatamente superior, dentro do mesmo órgão em que o ato foi praticado.

c) a representação, em regra, é denúncia de irregularidade feita perante a própria Administração.

d) a revisão é recurso a que faz jus servidor público punido pela Administração, para reexame da decisão.

e) a expressão coisa julgada administrativa significa que a decisão se tornou irretratável pela própria Administração.

480. (FCC/ TRT-16ª Região/2009) A respeito do controle judicial da administração pública, é correto afirmar:

a) poder Judiciário pode determinar a revogação do ato administrativo praticado pelo Poder Executivo.

b) Todo e qualquer ato da administração, inclusive o discricionário, pode ser objeto de controle judicial.

c) habeas corpus não é medida adequada para correção de conduta administrativa.

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d) mandado de injunção é medida que visa assegurar o conhecimento ou retificação de informações referentes à vida do impetrante constantes de registro ou banco de dados de entidade governamental ou de caráter público.

e) controle exercido pelo Tribunal de Contas é controle judicial da administração pública.

481. (FCC/TJ-PA/2009) Sobre o controle da Administração Pública considere:

I. Sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitam do poder regulamentar.

II. Anulação de um ato do Poder Executivo por decisão judicial.

III. A auditoria do Tribunal de Contas sobre despesas realizadas pelo Poder Executivo.

As afirmações supra constituem, respectivamente, controle

a) popular; interno de legalidade e judicial.

b) popular; prévio e externo.

c) externo; externo e externo.

d) externo; judicial e judicial.

e) interno; prévio e externo.

482. (FCC/TJ-PA/2009) A respeito do controle da Administração é correto afirmar:

a) Trata-se de controle externo a ação de órgãos ou agentes do Poder Judiciário para verificação da legitimidade e da regularidade dos atos praticados ainda que pelo próprio judiciário.

b) O Poder Judiciário, quando provocado pelo interessado ou por legitimado, no exercício do controle judicial do ato administrativo, pode revogar ato praticado pelo Poder Executivo se constatado a sua ilegalidade.

c) Compete ao Congresso Nacional, exclusivamente por meio da Câmara dos Deputados, fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo.

d) A fiscalização da execução de um contrato durante a sua vigência é denominado controle prévio.

e) O Tribunal de Contas da União é órgão auxiliar do Congresso Nacional e a ele compete, dentre outras funções, fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo.

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483. (FCC/TCE-PI/2009) O controle financeiro dos atos praticados pela Administração Pública é feito pelo

a) Tribunal de Contas, exclusivamente, abrangendo o controle de economicidade dos atos.

b) Poder Legislativo, ao qual está afeto o controle de legalidade dos atos, e pelo Tribunal de Contas, ao qual compete o controle de economicidade.

c) Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas, excetuado o controle de economicidade, que é competência exclusiva do Poder Judiciário.

d) Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas, abrangendo o controle de economicidade.

e) Tribunal de Contas, exclusivamente quanto a legitimidade dos atos, e concorrentemente com os demais Poderes, quanto a economicidade.

484. (FCC/TCE-PI/2009) Caso identifique irregularidade nas contas ou ilegalidade nas despesas, sem prejuízo das providências administrativas para ressarcimento do erário público, pode o Tribunal de Contas, na forma da lei

a) impor sanção diretamente aos responsáveis, excluída penalidade pecuniária, que depende de aprovação do Poder Legislativo.

b) representar à autoridade hierárquica superior para a aplicação de penalidade ao responsável.

c) impor sanção pecuniária diretamente aos responsáveis, diferindo a cobrança para o fim do processo judicial de improbidade.

d) representar ao Presidente do Senado Federal para imposição sanção, administrativa e pecuniária, ao responsável.

e) impor sanção pecuniária diretamente aos responsáveis, independentemente de prévia aprovação do Poder Legislativo.

485. (FCC/ TRT-SP/2009) Sobre o controle administrativo da Administração Pública, considere:

I. Denúncia de irregularidades internas ou de abuso de poder na prática de atos da Administração, feita por qualquer pessoa à autoridade competente para conhecer e coibir a ilegalidade apontada.

II. Oposição expressa a atos da Administração que afetem direitos ou interesses legítimos do administrado.

Estes conceitos referem-se, respectivamente,

a) à reclamação e ao pedido de reconsideração.

b) à representação e à reclamação.

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c) à representação e à revisão.

d) ao recurso hierárquico e à revisão.

e) à reclamação e ao recurso hierárquico.

486. (FCC/TRF-3ªRegião/2008) O controle legislativo da Administração pública é exercido por meio de instrumentos, dentre os quais se destacam:

a) convocação de autoridades; ação popular; ação civil pública; reclamação administrativa; e fiscalização contábil, financeira e orçamentária.

b) pedido de informação; direito de petição; pedido de reconsideração; ação popular e mandado de segurança.

c) Comissão Parlamentar de Inquérito; pedido de informação; convocação de autoridades; e fiscalização contábil, financeira e orçamentária.

d) Comissão Parlamentar de Inquérito; pedido de informação; pedido de reconsideração; habeas data; e interdito proibitório.

e) ação civil pública; habeas data; fiscalização contábil, financeira e orçamentária; reclamação administrativa; e direito de petição.

487. (FCC/MPE-PE/2006) Dentre outras, NÃO é considerada hipótese de controle legislativo a

a) competência do Senado para processar e julgar o Presidente da República e seu Vice, nos crimes de responsabilidade.

b) concessão de mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais.

c) convocação de Ministro de Estado pela Câmara dos Deputados, para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto prévio determinado.

d) competência do Congresso Nacional para sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem os limites da delegação legislativa.

e) aprovação prévia do Senado, por voto secreto, após argüição pública, da escolha do Procurador-Geral da República.

488. (FCC/SEFAZ-PB/2006/Adaptada) O Presidente da República, a pretexto de regulamentar lei emanada do Congresso Nacional, edita decreto que cria novas obrigações a particulares e extrapola a sua matriz legal. Desejando coibir os termos abusivos desse decreto, o Congresso Nacional, no exercício do controle parlamentar dos atos administrativos, poderá

a) oficiar ao Ministério Público solicitando a propositura de ação direta de inconstitucionalidade do decreto.

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b) impetrar, por intermédio de sua mesa diretora, mandado de segurança para suspender a execução do decreto no território nacionall.

c) revogar o decreto, por meio de decreto legislativo que contenha disposição revogatória expressa.

d) sustar a execução do decreto do Presidente da República, naquilo que exceder o seu poder regulamentar.

e) solicitar ao Tribunal de Contas da União que tome as medidas judiciais cabíveis para a invalidação do decreto.

489. (CESPE/TRE-MT/2010) Controle de mérito é aquele em que o órgão controlador faz o confronto entre a conduta administrativa e uma norma jurídica vigente e eficaz, que pode estar na CF ou em lei complementar ou ordinária.

490. (CESPE/TRE-MT/2010) Na medida em que o controle de legalidade dos atos dos Poderes Executivo e Legislativo é exercido apenas pelo Poder Judiciário, ele se caracteriza como um controle externo, e não interno.

491. (CESPE/TRE-MT/2010) Denomina-se controle por vinculação, e não por subordinação, o controle exercido por um ministério sobre uma autarquia cujas atribuições lhe são afetas.

492. (CESPE/TRE-MT/2010) Segundo a CF, o controle externo da administração pública federal é exercido pelo Tribunal de Contas da União, tanto sob os aspectos de legalidade e legitimidade quanto sob os de economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas.

493. (CESPE/TCE-AC/2009) Em conformidade com a CF, os atos relacionados a pessoal que são apreciados pelo TCU para fins de registro ou reexame não incluem

a) a admissão de pessoal nas empresas públicas.

b) a admissão de pessoal nas fundações instituídas e mantidas pelo poder público.

c) as nomeações para cargo de provimento em comissão na administração direta.

d) a concessão inicial de pensão.

e) as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamento legal da concessão inicial.

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494. (CESPE/TCE-AC/2009) Mandado de segurança é o meio correto para determinar à administração a retificação de dados relativos ao impetrante nos arquivos da repartição pública.

495. (CESPE/TCE-AC/2009) A ação civil pública não é o instrumento adequado ao controle de atos lesivos ao meio ambiente.

496. (CESPE/TRE-GO/2009) O Poder Judiciário exerce o controle externo da administração com auxílio dos tribunais de contas.

497. (CESPE/TRE-GO/2009) As entidades da administração indireta não são fiscalizadas pelos tribunais de contas.

498. (CESPE/TRE-GO/2009) Compete ao Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas pelo presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo.

499. (CESPE/Hemobrás/2008) É um exemplo de controle prévio, a autorização do Senado Federal, necessária para que a União, estados, Distrito Federal e municípios possam contrair empréstimos externos.

500. (CESPE/Hemobrás/2008) O controle do TCU sobre os atos ou contratos da administração pública, quando da realização de auditorias e inspeções é feito de modo a priori e concomitante.

501. (CESPE/Serpro/2008) Não compete ao Tribunal de Contas da União exercer o controle externo em relação às empresas públicas e sociedades de economia exploradoras de atividade econômica, já que os bens dessas entidades são privados.

502. (CESPE/DFTRANS/2008) As atividades de controle externo envolvem a fiscalização contábil, financeira, patrimonial e operacional da administração pública, buscando analisar a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos praticados.

503. (CESPE/DFTRANS/2008) Na esfera federal, o controle judiciário da administração pública é exercido pelo Tribunal de Contas da União.

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504. (CESPE/DFTRANS/2008) Mesmo que não seja detentor de mandato político, qualquer cidadão é parte legítima para, nos termos legais, denunciar irregularidades ou ilegalidades junto aos respectivos tribunais de contas.

505. (CESPE/MPE-AM/2008) O controle que os chefes exercem sobre os seus subordinados, na estrutura de um órgão público, é uma modalidade de controle externo.

506. (CESPE/MPE-AM/2008) A sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar configura controle externo.

507. (CESPE/MPE-AM/2008) Os agentes públicos responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, devem dar ciência do fato ao TCU, sob pena de responsabilidade subsidiária.

508. (CESPE/OAB/2007) Um ato administrativo que viole a lei deve ser revogado pela própria administração, independentemente de provocação

509. (CESPE/OAB/2007) A anulação do ato administrativo importa em análise dos critérios de conveniência e oportunidade.

510. (CESPE/OAB/2007) Um ato nulo pode, eventualmente, deixar de ser anulado em atenção ao princípio da segurança jurídica.

511. (CESPE/OAB/2007) A administração tem o prazo prescricional de 5 anos para anular os seus próprios atos, quando eivados de ilegalidade.

512. (ESAF/ATRFB/RFB/2009) O controle externo da Adminisrtação Pública, no que está afeto ao Tribunal de Contas da União (TCU), compreende

a) o julgamento das contas prestadas anualmente pelo Presidente da República.

b) a fiscalização da aplicação dos recursos financeiros repassados pela União para os Estados, mediante convênio.

c) o julgamento das contas relativas à aplicação das cotas dos Fundos de Participação transferidas para os Estados e Municípios.

d) o registro prévio das licitações e respectivos contratos, para compras, obras e serviços.

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e) o registro prévio dos atos de admissão dos servidores públicos federais, bem como o das concessões de aponsetadorias, reformas e pensões.

513. (ESAF/AFRFB/RFB/2009) Não se inclui na competência do Tribunal de Contas da União, determinada pela Constituição Federal, enquanto órgão auxiliar do Congresso Nacional na realização do controle externo da administração pública federal:

a) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta.

b) julgar as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.

c) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município.

d) revogar os atos administrativos em que se constate ilegalidade de que resulte prejuízo ao erário, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

e) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário.

514. (ESAF/AFC/CGU/2008/Adaptada) O Tribunal de Contas da União não julga as contas do Presidente da República e dos Ministros de Estado, todavia as aprecia mediante parecer prévio.

515. ESAF/Procurador/TCE-GO/2007) Sobre o Tribunal de Contas da União, é incorreto afirmar que

a) é de sua incumbência auxiliar o Congresso Nacional no encargo deste quanto ao exercício do controle externo referido à União.

b) é de sua competência apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório, sendo dispensável, nestes casos, quando se trate do ato de concessão inicial, assegurar-se ao interessado, previamente ao ato decisório da Corte de Contas, o contraditório e a ampla defesa, mesmo quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado.

c) é de sua competência apreciar e julgar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República.

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d) é de sua competência fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município.

e) deve ele prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas, inclusive informações sigilosas ou relativas a despesa de natureza reservada.

516. (ESAF/AFC/CGU/2006) Compete ao Tribunal de Contas da União:

I. julgar as contas dos dirigentes das sociedades de economia mista de cujo capital a União participe.

II. fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital a União participe.

III. aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade da despesa, as sanções cabíveis.

IV. fiscalizar a aplicação dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios, repassados aos mesmos.

V. assinar prazo para que o órgão adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, em caso de ilegalidade.

Estão corretas:

a) apenas as afirmativas I, II, III e V.

b) apenas as afirmativas I, II, III e IV.

c) apenas as afirmativas I, II, IV e V.

d) apenas as afirmativas II, III, IV e V.

e) as afirmativas I, II, III, IV e V.

517. (ESAF/TRF/SRF/2003) Em tema de controle externo, no âmbito da Administração Pública Federal, a competência constitucional para julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por bens, dinheiros ou valores públicos, é

a) do Tribunal de Contas local, recorrível ao Tribunal de Contas da União.

b) do Tribunal de Contas da União, recorrível ao Supremo Tribunal Federal.

c) do Tribunal de Contas da União, recorrível ao Congresso Nacional.

d) própria e privativa do Tribunal de Contas da União.

e) própria e privativa do Congresso Nacional.

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518. (ESAF/Oficial de Chancelaria/MRE/2002) A fiscalização da administração financeira, contábil, orçamentária e patrimonial da Administração Pública atribuída ao Tribunal de Contas da União compreende a sua competência específica para

a) julgar as contas anuais do Presidente da República.

b) julgar as contas anuais dos responsáveis por bens e dinheiros públicos da União e suas autarquias.

c) julgar a legalidade das licitações, como condição prévia para serem firmados os contratos deles decorrentes.

d) julgar a legalidade dos contratos administrativos, como condição prévia da sua execução.

e) julgar as contas anuais dos Governadores e Prefeitos Municipais.

519. (ESAF/AFC/STN/2002) Ao Tribunal de Contas da União, no exercício da sua função institucional de controle externo, compete apreciar para fim de registro os atos de admissão de pessoal da Administração Pública Federal,

a) excluídos os das sociedades de economia mista.

b) inclusive das empresas privadas concessionárias de serviços públicos.

c) inclusive para cargos de provimento em comissão.

d) exceto para cargos de provimento em comissão.

e) exceto para cargos de órgãos do Poder Judiciário.

520. (ESAF/AFC/STN/2002) No contexto do controle externo da Administração Pública Federal, quanto ao que concerne ao Tribunal de Contas da União, pode-se afirmar ser correto que

a) das suas decisões cabe recurso para o Congresso Nacional.

b) as suas decisões são insusceptíveis de revisão judicial.

c) escapam da sua jurisdição os órgãos do Poder Legislativo.

d) lhe compete sustar a execução de contrato por ele impugnado por vício de ilegalidade não sanada.

e) lhe compete aplicar multa aos responsáveis por despesa ilegal, cuja decisão tem eficácia de título executivo.

521. (ESAF/TRF/SRF/2002) A fiscalização dos órgãos da Administração Pública Federal, quanto aos aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade, será exercida pelo Congresso Nacional, com o auxílio do

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Tribunal de Contas da União - TCU, e pelo sistema de controle interno de cada Poder, sendo que ao TCU compete apreciar as contas anuais do Presidente da República e das suas decisões, em geral, cabe recurso para o Congresso, salvo as de que resulte imputação de débito, porque terão eficácia de título executivo.

a) Correta a assertiva.

b) Incorreta a assertiva, porque a apreciação das contas presidenciais é da competência exclusiva do Congresso Nacional.

c) Incorreta a assertiva, porque das decisões do TCU não cabe recurso para o Congresso Nacional.

d) Incorreta a assertiva, porque as decisões do TCU imputando débito não têm eficácia de título executivo.

e) Incorreta a assertiva, porque o controle interno se restringe a verificar a regularidade contábil de contas.

522. (ESAF/AFC/TCU/2000) No âmbito do controle externo, não compete ao Tribunal de Contas da União:

a) aplicar multas aos responsáveis por ilegalidades de despesa pública

b) fiscalizar aplicação de qualquer recurso federal a Estado ou Município

c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal por concurso público

d) fiscalizar as contas internacionais de empresas supranacionais de cujo capital social a União participe

e) suster, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal

523. (ESAF/ATA/MF/2009/Adaptada) O ato administrativo não está sujeito a controle jurisdicional.

524. (CESGRANRIO/TJ-RO/2008) A respeito do controle da Administração Pública, é correto afirmar que:

a) o Poder Judiciário tem o dever de revogar atos administrativos que se revelem ilegais, ilegítimos ou antieconômicos.

b) os Tribunais de Contas, no exercício do controle externo, podem sustar contratos administrativos eivados de ilegalidade.

c) os atos administrativos não são passíveis de controle pela própria Administração Pública, mas podem ter seu mérito examinado pelos órgãos do Poder Judiciário.

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d) a Administração Pública e o Poder Judiciário têm a faculdade de revogar atos administrativos por razões de conveniência e oportunidade, desde que sejam respeitados os direitos adquiridos pelos administrados.

e) a Administração Pública deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de ilegalidade, e pode revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade.

525. (CESGRANRIO/INEA/2008) Adotando-se o conceito de controle da Administração Pública como “o poder de fiscalização e correção que sobre ela exercem os órgãos do Poder Judiciário, Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico”, o controle:

a) judicial se caracteriza pelo exercício do controle sobre os órgãos do Poder Judiciário.

b) parlamentar se caracteriza pelo exercício do controle sobre os órgãos do Poder Legislativo.

c) administrativo se caracteriza pelo exercício do controle sobre os órgãos do Poder Executivo.

d) em suas diversas formas deve ser exercido por órgãos ou agentes hierarquicamente superiores ao ente controlado.

e) tanto na modalidade de controle interno, como na de controle externo, tem finalidade corretiva.

526. (CESGRANRIO/INEA/2008) A anulação de um ato do Poder Executivo por decisão do Poder Judiciário é exemplo do exercício do controle:

a) prévio

b) externo

c) absoluto

d) supremo

e) administrativo

527. (ESAF/Procurador/TCE-GO/2007) É incorreto afirmar que estão constitucionalmente obrigados a prestar contas aos órgãos ou entidades de controle externo ou de controle interno de cada Poder, da União, sem prejuízo de outras formas de controle acaso previstas em legislação específica:

a) qualquer pessoa física que utilize dinheiros, bens ou valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

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b) qualquer pessoa jurídica que arrecade, guarde ou gerencie dinheiros, bens ou valores públicos federais.

c) qualquer pessoa que assuma obrigações de natureza pecuniária em nome da União.

d) qualquer pessoa jurídica que administre bens pelos quais a União responda.

e) qualquer pessoa privada, física ou jurídica, que pague seus tributos mediante lançamento a débito em conta corrente bancária mantida junto a instituições financeiras instituídas, mantidas ou controladas pelo Poder Público.

528. (ESAF/Procurador/TCE-GO/2007) Sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, a que se refere o artigo 70 da Constituição, é correto afirmar que ela

a) será feita pelo sistema de controle interno de cada Poder exclusivamente sob a aspecto da legalidade.

b) se dará, por intermédio tanto do controle externo quanto do controle interno de cada Poder, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade, reservando-se ao Poder Legislativo, por oportunidade da lei orçamentária anual, a verificação quanto à correção da aplicação das subvenções e renúncia de receitas.

c) se fará pelo sistema de controle externo, mas não pelo sistema de controle interno de cada Poder, quando se trate de verificar a legitimidade da aplicação das subvenções.

d) será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

e) abrangerá a legitimidade da deliberação do Congresso Nacional, por oportunidade da elaboração da lei orçamentária anual, quanto à concessão de subvenções e renúncias de receitas.

529. (ESAF/TRF/SRF/2002) Na área federal, o Tribunal de Contas da União (TCU) exerce o monopólio do controle contábil, financeiro e orçamentário, da Administração Pública Federal Direta e Indireta, quanto aos aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade.

a) Correta essa assertiva.

b) Incorreta a assertiva, porque esse controle é exercido com exclusividade pelo Congresso Nacional (CN).

c) Incorreta a assertiva, porque tal função cabe ao sistema de controle interno, com exclusividade.

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d) Incorreta a assertiva, porque tal fiscalização é compartilhada entre CN, TCU e sistema de controle interno.

e) Incorreta a assertiva, porque esse controle exercido pelo TCU se restringe à Administração Direta.

530. (ESAF/Assistente de Chancelaria/MRE/2002) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial conferida (atribuída) ao Tribunal de Contas da União,

a) restringe-se à Administração Pública Federal Direta.

b) restringe-se à Administração Pública Federal, no âmbito do Poder Executivo.

c) abrange toda a Administração Pública Federal Direta e Indireta.

d) alcança toda a Administração Pública Direta Federal, Estadual e Municipal.

e) abrange toda a Administração Pública Direta e Indireta Federal, Estadual e Municipal

531. (ESAF/Procurador/TCE-GO/2007/Adaptada) Sobre o sistema de controle interno da União, é correto afirmar

a) que sua função é dependente do controle externo, ao qual se subordina e em nome do qual atua.

b) que, entre suas competências, está a de exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

c) que, ao contrário do que ocorre com o exercício do controle externo pelo Tribunal de Contas da União, não lhe compete avaliar os resultados da execução dos programas de governo, salvo quando esta atividade estiver vinculada à avaliação das metas previstas no plano plurianual.

d) que ele é único, para todos os Poderes, que deverão mantê-lo de forma integrada.

532. (ESAF/Auditor/TCE-PR/2003) Não se insere na finalidade do sistema de controle interno federal, constitucionalmente previsto, a atividade de:

a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.

b) avaliar os resultados, quanto à eficácia, eficiência e efetividade, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da Administração.

c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias da União.

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d) comprovar a legalidade da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

e) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

533. (ESAF/Procurador/BACEN/2002) Não se insere no elenco de competências do sistema de controle interno, constitucionalmente previstas:

a) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da aplicação de recursos públicos por entidade de direito privado.

c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

d) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.

e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.

534. (ESAF/Auditor Fiscal/SEFAZ-CE/2007) Assinale a opção que contenha a correlação correta.

(1) Controle Interno da Administração

(2) Controle Parlamentar

(3) Controle Jurisdicional

( ) Revogação ou anulação do ato administrativo - súmula 473 - STF

( ) Processo administrativo disciplinar

( ) Comissão Parlamentar de Inquérito

( ) Mandado de segurança

( ) Ação popular

a) 1 - 1 - 2 - 3 – 3

b) 2 - 1 - 2 - 3 – 1

c) 3 - 2 -1 - 2 - 1

d) 1 - 1 - 3 - 2 - 1

e) 2 - 3 - 1 - 2 - 2

535. (ESAF/Analista Técnico/SUSEP/2006) O sistema adotado, no ordenamento jurídico brasileiro, de controle judicial de legalidade, dos atos da Administração Pública, é

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a) o da chamada jurisdição única.

b) o do chamado contencioso administrativo.

c) o de que os atos de gestão estão excluídos da apreciação judicial.

d) o do necessário exaurimento das instâncias administrativas, para o exercício do controle jurisdicional.

e) o da justiça administativa, excludente da judicial.

536. (ESAF/Oficial de Chancelaria/MRE/2004) O dispositivo da Constituição Federal pelo qual "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito" impede a adoção plena, no Brasil, do seguinte instituto de Direito Administrativo:

a) controle administrativo.

b) contencioso administrativo.

c) jurisdição graciosa.

d) recursos administrativos com efeito suspensivo.

e) preclusão administrativa.

537. (ESAF/AFC/CGU/2006) O controle externo, exercido pelo Tribunal de Contas da União, quanto aos atos praticados pela Administração Pública Federal, relativos a concessões de aposentadorias, é característico do tipo:

a) concomitante.

b) declaratório.

c) jurisdicional.

d) posterior.

e) prévio.

538. (ESAF/AFRF/SRF/2003) Entre os meios de controle da Administração Pública, destaca-se o controle jurisdicional. O controle em tese de atos legislativos pode se dar mediante ação direta de inconstitucionalidade. Não se legitima para propor esta ação:

a) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

b) partido político regularmente constituído.

c) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

d) o Governador de Estado.

e) a Mesa de Assembléia Legislativa.

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539. (FCC/TRE-AM/2010) Sobre a reparação do dano decorrente da responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar que

a) não pode ser feita no âmbito administrativo em razão do direito de regresso que o Estado tem contra o seu agente.

b) prazo de prescrição do direito de obter indenização dos danos causados por agentes de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos é de dez anos.

c) prescreve em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por agentes de pessoas jurídicas de direito público.

d) a Constituição Federal determina que seja formado litisconsórcio necessário entre o Estado e o seu agente causador do dano.

e) a ação deve, necessariamente, ser proposta contra o Estado e o agente causador do dano, a fim de ser apurada a responsabilidade deste.

540. (FCC/TRT-3ªRegião/2009) As pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,

a) sem direito de regresso contra o agente.

b) assegurado o direito de regresso contra o agente, independentemente de sua culpa ou dolo.

c) apenas quando o agente tenha agido com culpa ou dolo.

d) salvo nos casos de comprovada responsabilidade subjetiva do agente, situação em que apenas este responde pelos danos causados.

e) mesmo quando não comprovada a culpa do agente.

541. (FCC/TJ-SE/2009) Nos casos de responsabilidade objetiva, o Estado só se exime de responder se

a) seu agente agiu com dolo, caso em que a responsabilidade é do agente.

b) faltar o nexo entre o seu comportamento e o dano.

c) seu agente não agiu com culpa em sentido estrito.

d) houver culpa concorrente do lesado.

e) dano foi de pequena monta.

542. (FCC/TRE-PI/2009/Adaptada) Sobre a reparação do dano no âmbito da responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar que

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a) os agentes das entidades particulares prestadoras de serviço público não estão sujeitos à ação regressiva.

b) a ação regressiva, no caso de culpa do servidor público, transmite-se aos herdeiros e sucessores.

c) a reparação não abrange o dano moral.

d) é cabível mesmo que o evento decorra de culpa exclusiva da vítima, por se tratar de responsabilidade objetiva.

543. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Em conformidade com a jurisprudência dominante, para a configuração da responsabilidade objetiva das pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público

a) a apuração da culpa da vítima é impertinente, com base no risco administrativo.

b) não é necessário que o ato praticado pelo agente público seja ilícito.

c) o nexo de causalidade entre a ação do Poder Público e o dano verificado é dispensável.

d) o agente público deve estar no efetivo exercício do cargo ao praticar o ato causador do dano.

e) o prejudicado ser usuário do serviço público é condição desnecessária.

544. (FCC/PGE-RJ/2009) Um cidadão, caminhando por uma rua, é atingido por um raio e morre. A prova técnica evidencia que não houve conduta comissiva nem omissiva do Estado, que contribuísse para esse evento. Neste caso,

a) não estão presentes os pressupostos da responsabilidade civil do Estado.

b) a responsabilidade do Estado é objetiva e ele sempre responde pelos danos, independentemente de dolo ou culpa do agente.

c) caracteriza-se a responsabilidade subjetiva, cabendo a quem aciona o Estado a prova de sua culpa, comissiva ou omissiva.

d) Estado não responde porque só se caracteriza sua responsabilidade na prática de ato ilícito.

e) Estado deve indenizar a família da vítima porque é evidente o nexo causal existente entre a queda do raio e a morte da vítima.

545. (FCC/TCE-AM/2008) Conforme evolução doutrinária da matéria, a responsabilidade objetiva do Estado por danos causados a terceiros, hoje prevista no Direito brasileiro, tem por fundamento a teoria

a) da culpa do servidor.

b) da culpa do serviço.

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c) da responsabilidade subsidiária.

d) da irresponsabilidade.

e) do risco.

546. (FCC/TCE-AL/2008) Em matéria de responsabilidade civil da Administração Pública, a corrente doutrinária que passou a distinguir a culpa do funcionário da culpa anônima do serviço público, reconhecendo a responsabilidade do Estado tão simplesmente se o serviço público não funcionou, funcionou mal ou funcionou atrasado ficou conhecida como a teoria

a) da culpa administrativa.

b) do risco administrativo

c) do risco integral.

d) da culpa civil.

e) da responsabilidade por atos de gestão.

547. (FCC/TRT-11ªRegião/2008) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público e a das pessoas de direito privado prestadoras de serviços públicos por danos decorrentes da execução do serviço são, respectivamente,

a) subjetiva e subjetiva.

b) inexistente e objetiva.

c) objetiva e subjetiva.

d) inexistente e subjetiva.

e) objetiva e objetiva.

548. (FCC/TRF-2ªRegião/2008) Sobre a responsabilidade civil do Estado, está correto APENAS o que se afirma em:

a) A indenização por qualquer prejuízo causado a terceiros, em razão da teoria da responsabilidade objetiva do Estado, é obrigatória e impede que se alegue excludentes.

b) A responsabilização do Estado independe se o agente público agiu no exercício de suas funções.

c) O Estado não será responsável pela reparação do dano, quando este decorrer exclusivamente de força maior.

d) A Administração Pública somente responderá pelo dano, se o servidor culpado, uma vez executado e condenado, não tiver meios para arcar com a indenização.

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e) A Administração Pública somente responderá pela reparação do dano se ficar comprovado o dolo ou a culpa do servidor.

549. (FCC/TRT-23ªRegião/2008) No que se refere à responsabilidade civil do Estado, a Constituição Federal de 1988

f) acolheu a teoria da responsabilidade objetiva do Estado e da responsabilidade subjetiva do servidor, pois assegurou o direito de regresso contra o agente causador só nos casos de dolo.

g) acolheu a teoria da responsabilidade subjetiva do Estado e da responsabilidade objetiva do funcionário público.

h) acolheu a teoria da responsabilidade objetiva do Estado e da responsabilidade subjetiva do servidor, pois assegurou o direito de regresso contra o agente causador nos casos de dolo ou culpa.

i) determina que para a responsabilidade por culpa do servidor é essencial a existência da culpa administrativa, mesmo que levíssima.

j) determina que as pessoas de Direito Privado que prestam serviços públicos não podem ser responsabilizadas por suas ações culposas ou dolosas.

550. (FCC/TJ-PE/2008) O agente público pertencente a uma autarquia estadual, durante o exercício legal de suas funções, praticou determinado ato comissivo que ocasionou danos materiais a terceiro. Em virtude deste fato, o particular atingido pela conduta lesiva ao seu patrimônio

a) poderá pleitear a reparação dos danos sofridos com base na teoria da responsabilidade objetiva do Estado, sob a modalidade do risco administrativo.

b) não poderá ser ressarcido dos prejuízos eventualmente sofridos, posto que a ação do agente obedeceu aos ditames legais.

c) deverá acionar diretamente o agente público, que responderá de forma objetiva, com base no risco integral.

d) será ressarcido dos prejuízos apenas se demonstrar a culpa do agente público e a omissão do Estado em fiscalizar seus servidores.

e) poderá recorrer ao Poder Judiciário visando a reparação dos prejuízos suportados, com base na teoria da responsabilidade subjetiva do Estado, sob a modalidade do risco integral.

551. (FCC/DP-SP/2008) Tratando-se de responsabilidade civil do Estado, assinale a afirmativa INCORRETA.

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a) Empresas públicas podem se sujeitar à responsabilidade objetiva ou subjetiva, dependendo de seu objeto social.

b) A teoria francesa da faute du service é enquadrada como hipótese de responsabilidade objetiva.

c) Pessoas jurídicas de direito privado, não integrantes da Administração Pública, podem se sujeitar à responsabilidade objetiva.

d) A responsabilidade do Estado por omissão caracteriza-se como de natureza subjetiva.

e) A responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa.

552. (CESPE/TRE-MT/2010) Segundo a teoria objetiva da responsabilidade civil do Estado no Brasil, não é necessária a comprovação de culpa ou nexo causal entre ação e resultado para se imputar o dever de indenizar ao Estado.

553. (CESPE/TRE-MT/2010) No que se refere à responsabilidade civil por atos judiciais, segundo jurisprudência majoritária, a regra é a irresponsabilidade civil do Estado.

554. (CESPE/TRE-MT/2010) No caso de dano causado por leis de efeito concreto, não se admite a responsabilização civil do Estado.

555. (CESPE/TRE-MT/2010) Se a pessoa que sofrer dano contribuir, de alguma forma, para o resultado danoso, a responsabilidade do Estado estará, então, afastada, pois este só responde pelos danos cuja responsabilidade lhe seja integralmente atribuída.

556. (CESPE/TRE-MT/2010) O Estado pode exercer o direito de regresso contra o agente responsável pelo dano praticado, independentemente de este ter agido com culpa ou dolo.

557. (CESPE/DPE-PI/2009) Segundo decisão recente do STF, a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é também objetiva relativamente aos não usuários do serviço.

558. (CESPE/TRE-MA/2009) O fundamento da teoria da responsabilidade objetiva, trazida na CF e adotada atualmente no Brasil, é a teoria do risco administrativo.

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559. (CESPE/TRE-MA/2009) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos estão sujeitas à responsabilidade subjetiva comum.

560. (CESPE/TRE-MA/2009) Para configurar-se a responsabilidade objetiva do Estado, basta apenas a comprovação de dois pressupostos: o fato administrativo e o dano.

561. (CESPE/TRE-MA/2009) De acordo com a responsabilidade objetiva consagrada na CF, mesmo na hipótese de o poder público comprovar a culpa exclusiva da vítima, ainda assim persiste o dever de indenizá-la.

562. (CESPE/TRE-MA/2009) As ações de ressarcimento propostas pelo Estado contra os seus agentes prescrevem no prazo de dez anos.

563. (CESPE/TRT-17ªRegião/2009) O Estado não responde civilmente pelos danos causados por atos praticados por agrupamentos de pessoas ou multidões, por se tratar de atos de terceiros que caracterizam uma excludente de causalidade, salvo quando se verificar omissão do poder público em garantir a integridade do patrimônio danificado, hipótese em que a responsabilidade civil é subjetiva.

564. (CESPE/SEGER-ES/2009) As pessoas jurídicas de direito público respondem objetivamente pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Isso não significa que o Estado deve indenizar a vítima do dano independentemente da demonstração de que o dano por ela sofrido decorreu do ato estatal.

565. (CESPE/TRE-GO/2009) Joaquim, motorista de pessoa jurídica prestadora de serviço público, transportava documentos oficiais que necessitavam ser entregues com urgência. No trajeto, Joaquim, por imperícia e imprudência, envolveu-se em acidente de trânsito, no qual colidiu com veículo de particular.

Considerando a situação hipotética acima, assinale opção correta.

a) A responsabilidade civil será exclusiva de Joaquim, visto que agiu com imperícia e imprudência.

b) A Constituição Federal de 1988 ( CF ) adotou a responsabilidade objetiva do Estado, sob a modalidade do risco integral, razão pela qual a pessoa jurídica deverá responder pelos danos.

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c) Trata-se de hipótese que exclui o dever de indenizar, visto que Joaquim estava executando serviço público de natureza urgente.

d) A responsabilidade civil será da pessoa jurídica, na modalidade objetiva, com a possibilidade de direito de regresso contra o motorista.

566. (CESPE/HEMOBRÁS/2008) A Caixa Econômica Federal possui a responsabilidade objetiva na modalidade risco administrativo pelos danos causados por atuação de seus agentes.

567. (CESPE/HEMOBRÁS/2008) O Estado será responsabilizado civilmente pelos atos do agente público, mesmo fora do exercício do seu ofício ou função, pela chamada culpa na escolha ou culpa em vigiar a atuação do seu agente.

568. (CESPE/HEMOBRÁS/2008) Se o agente público agiu com dolo ou culpa, dando causa ao dano indenizável, fica assegurado o direito de regresso da administração contra o funcionário causador do dano.

569. (CESPE/MDIC/2008) Os atos judiciais não geram responsabilidade civil do Estado.

570. (CESPE/MDIC/2008) Os atos das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos podem gerar a responsabilidade do Estado.

571. (CESPE/MDIC/2008) Em caso de danos causados por atos de multidões, somente é possível responsabilizar o Estado caso se comprove sua participação culposa.

572. (CESPE/MDIC/2008) Prescreve em dez anos o direito de regresso do Estado contra seu agente diretamente envolvido na produção de dano a terceiro.

573. (CESPE/TJDFT/2008) No caso de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil da administração pública ocorre na modalidade subjetiva.

574. (CESGRANRIO/BNDES/2008) A respeito da responsabilidade civil da Administração, a jurisprudência e a melhor doutrina pátria reconhecem, com amparo na atual disciplina constitucional e legal da matéria, que o Brasil adota a teoria:

a) subjetiva da culpa.

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b) do risco administrativo.

c) do risco integral.

d) da culpa administrativa.

e) da culpa civil comum.

575. (Inédita) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente aos usuários do serviço e às demais pessoas que não se encontrem na condição de usuário, mas que sejam prejudicadas pela ação dessas pessoas jurídicas.

GABARITO

476-B 477-E 478-B 479-A 480-B

481-C 482-E 483-D 484-E 485-B 486-C 487-B 488-D 489-E 490-E

491-C 492-E 493-C 494-E 495-C 496-E 497-E 498-C 499-C 500-E

501-E 502-C 503-E 504-C 505-E 506-C 507-E 508-E 509-E 510-C

511-E 512-B 513-D 514-E 515-C 516-A 517-D 518-B 519-D 520-E

521-C 522-D 523-E 524-E 525-E 526-B 527-E 528-D 529-D 530-C

531-B 532-B 533-D 534-A 535-A 536-B 537-D 538-B 539-C 540-E

541-B 542-B 543-B/E 544-A 545-E 546-A 547-E 548-C 549-C 550-A

551-B 552-E 553-C 554-C 555-E 556-E 557-C 558-C 559-E 560-E

561-E 562-E 563-C 564-C 565-D 566-E 567-E 568-C 569-E 570-C

571-C 572-E 573-C 574-B 575-C

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BIBLIOGRAFIA

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