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junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1
2 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
09
3 Fala a Diretora Memórias de algo humano que deveria ter sido … ...um cordão!
4 Reflexões de um Diretor de Turma
Os Forais Manuelinos ou a importância de apostar na liberdade e autonomia humanas para a valorização de um bem comum
4 Notícias e atividades Parlamento dos Jovens - Sessão Distrital Parlamento Europeu - Viagem a Bruxelas Do outro lado do Espelho (Comemorações do Dia do Agrupamento, Dia do Patrono, Sarau Cultural) Talentos na Escola Empreendedorismo na Escola - Aprender a Empreender Da nossa Janela… X Congresso Nacional “Cientistas em Ação”
Conta-nos uma História! - prémio para o 4ºA Riscos e Catástrofes naturais
12 Desporto escolar Megasprinter - fase distrital Regionais de Basquete feminino Ser atleta não é para qualquer um! Inês Silva, Prémio Atleta Revelação do Ano
14 EFA - Educação e Formação de Adultos O Homem que plantava árvores Opções do meu dia-a-dia
15 Le coin du français Longjumeau, ville jumelle de Condeixa-a-Nova Au revoir e merci!
15 Ser MÃE e professora 16 FORAIS QUINHENTISTAS (Tema de Capa)
O Passado no Presente D. Manuel, o Rei Venturoso Uma pedrinha no caminho… vamos guardá-la na algibeira! Se eu tivesse um Brasão… Carta de Foral da turma A do JI da EBnº1 Curiosidades Medievais
21 Clima@Edumedia e Alterações Climáticas Entrevistas 24 Na biblioteca acontece...
Semana da Leitura Concurso Soletrar Comemorações do Dia do Livro e dos direitos de autor Eu gosto muito de livros porque… Escape from School - noite na biblioteca da ESFN
Reconto da história -Sábios como Camelos Projeto SOBE - Saúde Oral e Bibliotecas Escolares O GATO-SOL (Animação da Leitura no projeto de itinerâncias “Trinta dias, trinta livros”) Nesta Sala Vivo eu! Concurso de Poesia na Escola
30 Lemos + escrevemos melhor 32 Escritores da nossa escola 33 Quem é Quem? 34 Diversões 35 Ainda não sabiam?
Pela ilha Esmeralda (Viagem à Irlanda - 11ºTT)
36 Olha para nós a LER+
Índice :: EDITORIAL
Junho de 2015
Coordenação / Grafismo: Ana Rita Amorim
Edição / Redação: Clube Multimédia (professores: Anabela Lemos, Paulo Amaral, Alcina Dias,
Teresa Ferreira, Filomena Ribeiro, Anabela Costa, Isabel Neves, Isabel Campos, Carla Pimentel
Alunos: Andreia Sousa, Magda Mendes, Renato Craveiro)
Propriedade: Agrupamento de escolas de Condeixa
A chegar ao fim de mais um ano letivo, o terceiro à frente dum jornal com estas
dimensões, não podemos deixar de começar por referir que estamos muito orgulhosos
da nossa evolução… Começámos com um jornal pouco participativo e estamos, neste
momento, podemos-vos dizer, com pouco espaço para tantas solicitações… . Isto só
pode significar que temos leitores e gostamos de mostrar o MUITO e o BEM que
diariamente fazemos em prol da nossa instituição e dos nossos alunos.
Um agradecimento especial aos nossos três alunos colaboradores de serviço (Andreia
Sousa e Renato Craveiro do 9ºB e Magda Mendes do 10ºC) que já começam a
desenvolver competências jornalísticas e hábitos de trabalho, responsabilidades e
práticas, que esperamos ver continuadas com outras novas companhias (novos aluno
colaboradores) no próximo ano letivo!
Temos mais uma vez, neste número, um tema de capa, os Forais
Quinhentistas, tema que, curiosamente, revelou abordagens
muito díspares e surpreendentes. Desde uma visão mais social,
apresentada pela nossa querida professora Maria João Mariano, à
perspetiva histórica, de quem está por dentro do assunto, como é o
caso da professora Elvira Marinho, até ao extraordinário trabalho
desenvolvido pelas nossas educadoras do pré-escolar Fernanda
Raposo/Nina e Isabel Hipólito, que conseguiram explicar aos nossos
meninos mais pequeninos quem foi D. Manuel I e o que ele fez por
Condeixa ao atribuir-lhe um Foral há quinhentos anos atrás.
Trabalhos fantásticos! Não deixem de ler!
E não deixem de ler também outros artigos importantes de
atividades realizadas, nas nossas diversas escolas, que revelam a
diversidade de formas de ensinar e aprender. Exemplos disso são: o
Parlamento dos Jovens, que dinamizou, desta vez, o Encontro
Distrital na nossa terra e viajou até Bruxelas; o excelente trabalho
premiado do projeto Eco escolas no 1º ciclo; o projeto
Clima@Edimedia que procura promover, através da temática das
alterações climáticas, tão importante nos dias de hoje, a não menos
essencial literacia mediática e científica, entre outros.
Como também já é “tradição” comemorámos o Dia do
Agrupamento/Dia do Patrono com diversas atividades e, cereja no
topo do bolo, realizámos um cordão humano construído por todos
os alunos do Agrupamento, cerca de 1700, e uma grande largada
de balões e coreografia coletiva, num grande encontro que não
deixou de chamar a atenção de todos quantos passavam no centro da nossa bonita vila.
E não podemos deixar de salientar o enorme e continuado trabalho desenvolvido
pelas nossas bibliotecas escolares. Neste número damos conta, entre outras atividades,
da intensa Semana da Leitura, em que se realizaram atividades diversificadas de
animação de leitura, encontros com escritores, mas também de concursos e outras
atividades que promovem a leitura em todas as suas vertentes.
Ao finalizar mais um ano de intenso trabalho, cansados, mas contentes, queremos
apenas afirmar que somos bons, trabalhamos muito e temos muita qualidade. Podem
comprovar isso nos artigos deste número (e de todos os anteriores) do JÁ, o nosso
jornal escolar. E isto não é sermos convencidos, é sermos orgulhosamente conscientes
dos nossos meios, capacidades e trabalho produzido!
Boas férias e boas leituras.
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 3
::FALA A DIRETORA
Deixo aqui esta crónica em jeito de desabafo e desagravo
pelos elevados níveis de stress a que certas e determinadas
pessoas, nas quais infelizmente me incluo, foram sujeitas no
passado dia 15 de abril, Dia do Agrupamento. Como é que
uma ideia tão bem intencionada, tão bem disposta, tão bem
planeada, pôde ter uma realização tão truculenta?!
Deixem-me dizer-vos que quando partilhei a ideia com os
adjuntos da direção, fi-lo como quem sonha acordado, tipo:
“Era giro juntarmos os miúdos todos do Agrupamento de
mãos dadas a unir as escolas da vila!!”
De imediato o Paulo Amaral mandou o Fernando Pascoal
posicionar-se, tipo homem de Vitrúvio, e começou a tirar
medidas ao homem de braços estendidos, de uma mão à
outra, simulou as várias dimensões para criança, menino,
jovem e adulto, multiplicou pelo nº de alunos de cada ciclo,
adicionou professores e funcionários, foi ao Google Earth
medir a distância da Fernando Namora à EB2 e concluiu
que… era possível pôr toda esta gente de mãos dadas e
chegar de uma à outra escola.
Mas não! - respondi eu. Vai ser uma grande confusão! É
muito povo para organizar e vai demorar horas até que o
cordão fique pronto!! Anoitece e nós nessa vida! Nem
pensar!
Nunca mais se pensou no assunto. Eis senão quando,
numa ida à EB2, o Paulo Amaral confessou a mim e à Sandra
Galante que não só ia haver cordão humano como o grupo
de Educação Física tinha criado uma coreografia para juntar
todos os alunos depois do cordão e a coisa metia dança,
balões e fumos tipo, loucura total!!! Foi de tal modo a
taquicardia que tiveram que me pôr um comprimido
debaixo da língua! Não… isto já sou eu, tipo, a delirar…
A verdade é que depois de muitas reuniões, com os
maiorais das Expressões, com as presidentes das
Associações de Pais, as coordenadoras de escola, os
delegados de turma da EB2 e da ESFN, depois de fazer um
mapa com a localização exata de cada turma no dito
cordão, mistérios insondáveis ditaram que eu me tivesse
esquecido do essencial: DEFINIR CORDÃO!!!! E, para
ajudar, o S. Pedro resolveu mandar uma valente chuvada à
hora aprazada para o início das hostilidades! Mas será que
os nossos queridíssimos alunos não sabem o que significa
CORDÃO?! Será possível confundirem com ajuntamento?
Conjunto anárquico de pessoas? Molho de indivíduos
desorganizados?
TODA A GENTE sabe que cordão significa fileira,
correnteza, fiada, alinhamento; supõe ligação, pessoas de
mãos dadas… mas como explicar isso a um por um?! Deixo
um exemplo, tipo, desenho!
Depois é claro… demorámos muito tempo!! Entre gritos,
telefonemas e vilipêndios vários dirigidos aos mais variados
destinatários, consegui por escassos instantes que alguns…
poucos… permanecessem em cordão, para de imediato
ordenar “Destroçar!” e mandar todos para a Praça do
Município.
Depois é claro… já tinha acabado a coreografia, tipo, foi-se!
A engenhoca dos fumos estava toda encharcada e os
fumos saiam com uma jactância que envergonhava qualquer
um. Não fossem as pauladas que uma cambada de
malfeitores acertaram no dispositivo e ainda lá estávamos
agora à espera que os fumos acabassem!
O que vale é que está tudo registado em vídeo e todos os
prevaricadores serão devidamente notificados, postos com
termo de identidade e residência e severamente punidos
pela diretora que os condenará a repetir tudo novamente!
Tipo, para o ano!!!
Anabela Lemos
Memórias de algo
humano que deveria ter
sido…um cordão!
4 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
Reflexões de um Diretor de Turma::
Ao tornar um concelho livre do controlo feudal,
transferindo o poder para um concelho de vizinhos, o
foral real era determinante para assegurar as condições
de fixação e prosperidade da comunidade, assim como o
aumento da sua área cultivada, pela concessão de
maiores liberdades e privilégios aos seus habitantes.
Assim se formaram os primeiros municípios.
Vem isto a propósito da importância da liberdade e
autonomia humanas para o crescimento das localidades,
quer em termos territoriais, quer em termos económicos,
quer políticos. As relações humanas, se estabelecidas
num espírito de igualdade, de respeito, de trabalho para
um mesmo objetivo benéfico para todos, são o pilar de
qualquer sociedade próspera e evoluída. Diz o
neurocientista português António Damásio, cuja área de
estudo é o cérebro e as emoções humanas, que mais
importante do que o quoeficiente de inteligência (QI) do
indivíduo, é o seu quoeficiente emocional (QE). Doentes
com lesões no córtex pré-frontal, ainda que mantenham a
capacidade intelectual intacta, apresentam mudanças
constantes do comportamento social e incapacidade de
estabelecer e respeitar regras sociais. Rapidamente se
confrontam com problemas na sua vida diária e são
colocados à margem pelos outros, que os receiam.
O ser humano é intrinsecamente social. Como tal, a
área das emoções é preponderante no estabelecimento
de laços com os outros, na inserção e aceitação pelo
grupo a que se pertence. Nas novas sociedades, cada
vez mais viradas para as redes sociais e para uma
convivência artificial e distanciada dos outros, devemos
refletir sobre a importância das relações humanas de
proximidade (no prédio, no bairro, na escola, no trabalho)
e pensarmos na mais-valia das emoções para a
construção de uma vida melhor, porque mais rica, para
todos. Pensemos no problema que as sociedades atuais
e os Estados enfrentam com a terceira idade, sobretudo
nos grandes aglomerados urbanos. Sem tempo para
cuidar dos mais velhos, que já não têm autonomia para
poder fazer a sua vida diária sem o acompanhamento de
alguém, os seus familiares veem-se muitas vezes
constrangidos a colocá-los em lares, sofrendo uns e
outros: os primeiros, porque se veem despojados do seu
espaço familiar, das suas rotinas, dos seus amigos, dos
seus locais de conforto. Os segundos, problemas de
consciência por não poderem acompanhar aqueles que
sempre lhes deram a mão e os viram crescer. Uns e
outros vivem infelizes.
Devemos, pois, cuidar dos que nos rodeiam,
estabelecendo com eles laços de vizinhança, de
amizade, de entreajuda, num espírito comunitário que foi,
certamente, o dos primeiros munícipes.
Maria João Cura Mariano
Os Forais Manuelinos ou a importância de apostar na liberdade e autonomia
humanas para a valorização de um bem comum
No dia 3 de março decorreu no Museu
Monográfico de Conímbriga a sessão
distrital do Parlamento dos Jovens do
Ensino Básico, com a presença de
deputados eleitos de 22 escolas do
Distrito de Coimbra (totalizando entre
deputados efetivos e suplentes, 66 jovens).
Esteve presente o senhor deputado Paulo
Almeida do CDS, que participou no debate
e que esclareceu os jovens deputados, em
SESSÃO DISTRITAL DO ENSINO BÁSICO
Imagem retirada do Catálogo “Património quinhentista de
Condeixa-a-Nova” de Miguel Pessoa e Lino Rodrigo
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 5
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
No âmbito do projeto do Parlamento dos Jovens, fomos
convidados pelo eurodeputado Fernando Ruas a visitar o
Parlamento Europeu.
A verdade é que quando me inscrevi no Parlamento dos Jovens,
o meu principal objetivo era partilhar a minha opinião, nunca
imaginando que este projeto me levasse até ao centro da Europa.
Uma viagem inesquecível, que nos faz acreditar que as atividades
extracurriculares são atividades para participar, sempre!
À chegada a sensação foi como a de abandonar um grande amor
e dar entrada num congelador, mas a temperatura foi rapidamente
esquecida quando deslumbrei a estética da cidade.
Acompanhados dos professores Jorge Simões,
Sónia Vidal e Anabela Lemos, fomos
apresentados à cidade da melhor maneira.
Instalámo-nos no hotel e procurámos explorar a
cidade. Percorremos a Grand Place e todas as
pequenas vielas em torno dela, comentámos o
tamanho desapontante do Manequim Piss e até
passeámos nas Les Galeries Saint Hubert.
No dia seguinte, foi-nos feita uma visita guiada ao Parlamento
Europeu e assistimos a uma pequena palestra com o eurodeputado
Fernando Ruas. Compreendemos o funcionamento do Parlamento
e rimos à custa das dificuldades causadas pela língua.
Mas a nossa viagem não ficou por aí, despedimo-nos do
Parlamento e viajámos pela parte subterrânea da cidade até uma
das maiores atrações turísticas:
Le Atomium.
A maior desilusão foi partir e até essa foi emocionante.
Todos sabemos que esta foi uma
oportunidade única e embora o
eurodeputado Fernando Ruas ainda
nos deva um jantar, não podíamos
estar mais gratos por ter
selecionado a nossa escola, e o
nosso grupo para viver esta
experiência incrível! Andreia Sousa, 9ºB, Jornalista do JÁ
Parlamento Europeu
Viagem a Bruxelas
relação ao tema em
debate, bem como ao
f u n c i o n a m e n t o d a
Assembleia da República.
Considerando que o
crescente insucesso
escolar é uma preocupação constante dos alunos, é
também uma preocupação de pais, professores e dos
nossos governantes; considerando que todos os
envolvidos no processo de ensino/aprendizagem,
devem caminhar no mesmo sentido com o grande
objetivo de atingir metas de sucesso, que garantam
aos nossos estudantes um otimismo num futuro
profissional que se aproxima, foram apresentadas as
várias propostas de medidas para posteriormente
serem selecionadas as melhores para integrarem o
projeto de recomendação do distrito de Coimbra a
apresentar na fase nacional.
Assim, foram eleitas à
sessão nacional as
escolas: Agrupamento
Escalada da Pampilhosa
da Serra, o Instituto
Educativo de Lordemão,
o Colégio de São
Martinho e a Escola Secundária José Falcão.
As Deputadas que representaram o nosso
Agrupamento de escolas, Andreia Sousa, Beatriz
Bizarro e Ana Catarina Almeida, tiveram uma
prestação muito positiva, defendendo o nosso
projeto de recomendação, com uma grande
capacidade de argumentação e com grande atitude
cívica. Estão de parabéns.
É de salientar o excelente trabalho desenvolvido
pela aluna Carolina Bernardes, que esteve como
secretária à mesa da sessão distrital, que mereceu
grandes elogios por parte da técnica da Assembleia
da República que esteve presente para aprestar
auxílio aos membros da mesa.
Foi com enorme satisfação, que recebemos os
elogios dos representantes das várias escolas, no que
diz respeito à forma como organizámos e recebemos
a sessão distrital.
Salienta-se a excelente colaboração da autarquia e
da direção do museu Monográfico de Conímbriga,
que, em conjunto com o Agrupamento de Escolas de
Condeixa, contribuiu
para que esta sessão
fosse um êxito.
A Coordenadora do projeto Parlamento dos Jovens,
Professora Sónia Vidal
6 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
NOTÍCIAS / ATIVIDADES::
No passado dia 15 de abril, entre as 9:00 e as 13:30, o
Agrupamento de Escola de Condeixa-a-Nova celebrou o Dia do
Agrupamento, subordinado ao tema “As cores da nossa
Identidade”.
Como é meu hábito, sempre que há atividades no
Agrupamento, tenho todo o gosto e satisfação em visitar as
escolas e as pessoas com quem tão prazerosamente trabalhei e
que sempre me recebem com carinho e amizade.
Ao entrar no átrio da escola, que durante quase quatro me via
chegar, pelas oito e picos da manhã, deparei-me com inúmeras
atividades, em que se envolveu de corpo e alma, como é aliás
habitual, toda a comunidade educativa.
A “Expo Fernando Namora”, que não só divulgou a oferta
educativa e formativa, contava ainda com as exposições “Mãos
que falam...” “Mapas e Cartas Geográficas Escolares”, com o”
Ateliê Croché” e com a Banca “Tradições e símbolos de Portugal”
e os “Stands” de “Mergulho” e de” Aikido”.
Na Biblioteca Fernando Namora decorria a palestra subordinada
ao tema “Participação do Corpo Expedicionário Português na 1.ª
Guerra Mundial ”levada a cabo pelos palestrantes Tenente-
coronel João Paulino e Dr. António Figueiredo da FLUC.
A apresentação da Oferta Formativa coube ao Dr. Rui Gama,
subdiretor da FLUC, a palestra sobre “Os Lusíadas” ao Dr. Albano
Figueiredo, a palestra sobre o 25 de abril ao Dr. Ernesto Paiva, a
palestra Química e Literatura na obra de Fernando Namora ao
Prof. Sérgio Rodrigues e ainda a palestra “Astronomia na Escola -
O Sol e o Sistema Solar” ao Prof. Dr. João Fernandes, diretor do
Observatório Astronómico da U.C.
Na sala de informática deparei-me com uma mostra do Curso
Vocacional.
Apreciei um ateliê sobre “Suporte Básico de Vida” e uma
exposição subordinada ao tema “Sardinheiras de Condeixa” da
responsabilidade do Curso Profissional de Técnico de Turismo,
que para o efeito convidaram a Profª Rosário Grilo da
“Associação Sempre a Aprender”.
Os Jogos Matemáticos fizeram também parte das inúmeras
atividades.
O Curso Profissional de Apoio Psicossocial brindou os visitantes
com uma mostra dos trabalhos que tem desenvolvido.
Vi também uma exposição evocativa da 1.ª Guerra Mundial e
assisti a parte de um Quiz Literário organizado pela biblioteca
escolar.
Entrei nos Laboratórios Abertos de Química e de Física que
mostravam “atividades experimentais”
Com pena minha, por não ter tido o tempo necessário, não
assisti à Gincana de Jogos Tradicionais “Pistas do Tempo”.
Já fora da Escola Secundária, mais precisamente, no Centro
Educativo, foi hasteada mais uma vez, graças ao empenhamento
de toda a comunidade educativa, a bandeira da Eco-Escolas, com
a presença da senhora vice-presidente da Autarquia, Dra. Liliana
Pimental, que tanto apoio e dedicação tem demostrado, no que
diz respeito ao Agrupamento de Escolas de Condeixa.
Continuando o meu périplo pelas escolas da sede do Concelho
fui espreitar de fugida (o tempo não dava para mais) o “Dia da
Escola Aberta” festejado na EB2,3.
O entusiasmo e a alegria de todos eram contagiantes. Por lá
havia um sem número de atividades diversificadas em que se
notava um fervilhar de emoções.
Era a exposição “Mãos que falam...” e as Exposições Interativas
“Conta, Peso e Medida”, “Com cheirinho…”,“Cor e Luz”, e o
“Cantinho das artes”, a mostra da “Evolução do objeto técnico”, a
Aula Aberta de Espanhol, o Clube do Ambiente e do Bem-Estar, o
Teatro de Fantoches, ” a Coreografia – Cor “ A Rainha das Cores,
o Bonnet Parade, a Dança Zumba e a atividade “Os Forais no
Império dos Pardais”.
Foram também um sucesso os “Doces com Cores e Sabores”, o
Do outro lado Dia do Patrono na ESFN
Sarau
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 7
::NOTÍCIAS / ATIVIDADES “Ateliê FN” e o “Tralh’Arte”.
A exposição de carros de bombeiros dos Bombeiros Voluntários
de Condeixa entusiasmava os mais curiosos.
O Torneio de Xadrez, a Feira Solidária e a atividade de Radio
modelismo foram um sucesso.
Tudo isto culminou num saboroso ”Lanche”, já que as barrigas
começavam a “dar horas”, antes da partida para a Praça do
Município, cada um munido com um balão que representava as
“Cores da Nossa Identidade”: vermelho para os meninos do pré-
escolar, azul para o primeiro ciclo, amarelo para os meninos da
EB 2,3 e verde para os alunos da Fernando Namora.
Eu estava lá, na praça do Município. Era um colorido enorme
que fazia lembrar ondas de quatro cores: vinham do norte e do
sul da vila, juntaram-se ordeiramente para dar um abraço
solidário, bem matizado e todos em uníssono celebraram a sua
identidade com uma bela coreografia que encheu de alegria
aquela praça, onde fizeram questão de estar presentes os órgãos
autárquicos.
Mas as celebrações do dia do Agrupamento não se ficaram por
esta memorável manhã.
No dia 17 de abril, no Cineteatro Municipal, teve lugar o “Sarau
Cultural” pelas 21 horas.
A sala tornou-se minúscula e estava repleta, com muitas
pessoas de pé para assistir ao espetáculo que começou com a
COREOGRAFIA “AS CORES DO AGRUPAMENTO”, tendo sido
seguida pela COREOGRAFIA “HAPPY”, ambas do Clube Outras
Artes.
Os alunos Magda Mendes (do ensino secundário) e Leonardo
Ramos (do 1º ciclo) foram os apresentadores de serviço, tendo
dado muito bem “conta do recado”.
Os “apresentadores de serviço” começaram por chamar ao
palco a Dr.ª Ana Paula Almeida e Sousa, em representação da
Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, que teceu
algumas considerações sobre o ensino, de seguida, fomos
brindados com a final do Concurso de Talentos na Escola,
destinado aos alunos do Agrupamento e atuaram os três
finalistas: Banda Mau Humor na categoria de Instrumental, Sofia
Cruz, na categoria de Dança e finalmente Andreia Mesquita, na
categoria de Canto. No final do sarau e após votação de todos os
presentes, ficou a conhecer-se o vencedor deste concurso que foi
a Sofia Cruz, na categoria de dança. A Sofia dançou airosamente,
com leveza e suavidade e encantou os presentes.
Mais uma vez, mostrando que a parceria entre a Autarquia e o
Agrupamento está bem cimentada, o executivo, na pessoa do
senhor Presidente, Dr. Nuno Moita, elogiou o trabalho e o mérito
do Agrupamento, num breve, mas caloroso discurso.
De seguida, conhecemos os alunos que se distinguiram no
Concurso para a criação do logótipo “Escolas Livres de Fumo” no
âmbito de uma atividade conjunta entre a Escola Promotora de
Saúde, o Centro de Saúde de Condeixa e a Câmara Municipal de
Condeixa. Foi a vez de subirem ao palco: a Dr.ª Liliana Pimentel,
vice-presidente da Câmara, o Dr. Francisco Ferreira do Centro de
Saúde e a Profª Paula Cruto que premiaram os alunos: Joana
Moreira, do 6ºE em 1º lugar; Rafael Natário, do 6ºC, em 2º lugar;
Daniel Santos, do 6ºB em 3º lugar.
Continuando o show, fomos brindados por uma pequena, mas
muito bem conseguida peça de teatro “O Pedro e o Lobo”, que
os alunos do 12º ano do Curso Profissional de Técnico de Apoio
Psicossocial, encenados pelo Prof. Paulo Carregã, prepararam.
Finda a peça de teatro foi a vez da Sr.ª Presidente do Conselho
Geral, Dr.ª Graça Figueiredo, subir ao palco para proferir algumas
palavras sobre todo o trabalho desenvolvido pelo e no
Agrupamento, palavras essas que calaram bem fundo em mim…
Outro dos momentos que vivi com grande emoção foi a atuação
do Grupo Musical da Escola Secundária Fernando Namora,
do espelho Dia da escola aberta na Ebnº2
Cultural
Do outro lado
Sarau
8 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
ensaiado pela professora Isabel Correia com os alunos da
Educação Especial: Tiago Fernandes, João Jordão, Sandra Santos
e Daniela Silva. Foi enternecedor ver a entrega e dedicação do
grupo.
De seguida, foi com carinho e admiração que ouvi as doutas
palavras da Sra. Diretora do Agrupamento, a Dr.ª Anabela Lemos,
sempre disponível, conciliadora e amável.
Como o Desporto Escolar é uma das atividades de sucesso do
Agrupamento, chegou a altura de premiar os alunos que se
salientaram nestas atividades. Assim, subiram ao palco o Sr.
Coordenador do Desporto Escolar, o Prof. Mário Teixeira, bem
como a Sra. Diretora, Dra. Anabela Lemos, para entregar os
prémios por reconhecimento do Mérito Desportivo no
Agrupamento aos alunos que, no Campeonato Distrital, mais se
distinguiram, na modalidade de Ténis de Mesa. Na competição
por equipas, juvenis masculino, ficaram em primeiro lugar os
alunos, João Moita do 10ºB, Gonçalo Nunes do 10ºC e David
Coelho do 10ºB. Na competição individual, também da
modalidade de Ténis de Mesa, o João Moita ganhou, igualmente,
o 1º lugar, em juvenis masculino, enquanto o Tiago Pessoa, do
12ºA, ficou em 3º lugar, no escalão de juniores masculino.
O aluno André Costa do 8ºE recebeu o prémio do 2º lugar no
Corta-Mato Distrital, no escalão de iniciados masculino e o 1º
lugar no MegaSprinter Distrital, MegaKilómetro.
A aluna Inês Rodrigues, do 6ºE, também no MegaSprinter
Distrital, MegaKilómetro., ficou em 2º lugar.
Os Prémios de Reconhecimento de Mérito Desportivo foram
para, em primeiro lugar, o João Frota do 11ºA, jogador da
Académica, que integra a Seleção Nacional de Sub 17 de Pólo
aquáticoe que participou, em março, na Holanda, no Torneio de
Apuramento para o Campeonato da Europa. Um ex-aluno, que
começou por brilhar, no Desporto Escolar deste Agrupamento,
foi apurado para os campeonatos da Europa de pista ao ar livre,
na disciplina de 800m. Além disso, em fevereiro, sagrou-se
campeão de Portugal, na prova de 800m em pista coberta,
batendo um conjunto de atletas credenciados e com provas
dadas a nível internacional; encontra-se, no grupo restrito de
jovens esperanças que está a ser apoiado pelo Comité Olímpico
português, ao nível do atletismo nacional, pois tem dado provas
constantes, através dos resultados que alcançou, do seu grande
mérito e excelência desportiva e está com fortes hipóteses de
representar Portugal nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio.
Este ex-aluno que tanto prestigia o Agrupamento é o João
Fonseca, que acompanhei quando ainda estava no ativo…
Parabéns, João,! És o nosso orgulho!
O grandioso sarau terminou com a maravilhosa atuação da
incrível Orquestra, já tão conhecida de todos nós e que é
constituída por alunos do 5º ano ao 12º, bem como alguns
alunos que frequentam as aulas de Música nas suas Atividades
Extracurriculares ensaiados pela professora Tânia Dias e ainda ex
-alunos do Agrupamento, sob a direção do entusiasta e
carismático professor e maestro Mário Alves.
Como estou ”Do outro lado do espelho”, mas estive durante
quarenta anos do outro lado, sei bem quanta dedicação, esforço,
empenho, carolice, tempo e amor são necessários para levar a
bom porto tão esplendorosas e grandiosas atividades.
O meu bem-haja a toda a comunidade educativa por nos terem
brindado, mais uma vez, em particular este ano letivo, com “As
cores da nossa identidade”.
11 de maio de 2015
Helena Araújo, Professora Bibliotecária aposentada
NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: O nosso dia do Agrupamento No passado dia 15 de abril, as escolas do
Agrupamento de Condeixa-a-Nova celebraram, uma
vez mais, o Dia do Agrupamento, dia em que se
assinala o aniversário de Fernando Namora, patrono da
escola secundária.
Durante a manhã, os alunos da escola azul
realizaram atividades na escola amarela: pintaram,
ouviram histórias, fizeram experiências, dançaram…
No final da manhã, alunos, professores e
funcionários concentraram-se na praça do Município
e, com balões das cores do Agrupamento, vermelho,
azul, amarelo e verde, dançaram e pularam até
rebentarem os balões!
Nem a chuva estragou a festa! Alunos do 2ºA/2ºC da Escola Azul
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 9
::NOTÍCIAS / ATIVIDADES Todos devemos começar a
caminhar por algum lado,
pelo lado mais fácil ou pelo
lado mais difícil. Eu escolhi
arriscar, e hoje apesar de
todas as dificuldades, sinto a
vontade de repetir cada
segundo que passou. Foi uma incrível experiência, na
qual pude verificar a complexidade da realização de
um evento, mas o resultado é o mais importante!
Comecei por um simples cartaz e com a criação de
um e-mail… por vezes pensei “isto não vai resultar,
não há inscrições”! Contámos com a presença de 9
fantásticos concorrentes.
O mais novo de todos os concorrentes chama-se
Pavlo Klymchuk, (5ºD) e apresentou-nos uma
performance de equilíbrio. De seguida, foi a vez de
uma maravilhosa menina, que brilha como as
estrelas na área da dança, Sofia Cruz (6ºE). A Lara
(8ºE) encantou-nos com a sua maravilhosa voz. A
Escola Básica nº2 esteve em grande, mas a
Secundária Fernando Namora não ficou atrás, pois os
nossos queridos participantes brilharam na área do
canto com a Andreia Mesquita (1ºVoc), Ionara Vaz
(10ºC) e Gonçalo Viseu (10ºA). Para nos divertir,
Jorge Ramos (10ºC) vestiu a pele de Hitler e Andreia
Sousa e Renato Craveiro (9ºB) apresentaram um
sketch na área “Stand-Up”. Por fim, para animar o
concurso, contámos com a presença de três grandes
músicos: João Maduro (10ºC), Miguel Carvalho e Nuno Alves
(10ºA) – “Os Mau Humor”.
De todos os concorrentes, apenas três sobreviveram:
Andreia Mesquita, Sofia Cruz e Mau Humor.
No entanto, apenas um deles venceu: SOFIA CRUZ.
A Sofia contou-me que gostou da sua participação e que se
sentiu orgulhosa do seu trabalho. “Eu fiquei muito feliz e
impressionada porque nunca pensei chegar tão longe ou
mesmo ganhar. Vou fazer o possível para conseguir seguir a
arte de dançar”. acrescentou ainda que o concurso a ensinou
a ganhar confiança em si mesma. No final, a aluna referiu
“gostei principalmente de ver as pessoas apreciarem algo
que eu faço”.
Todos nós evoluímos na vida, uns mais depressa, outros
mais devagar…
Devemos acreditar nos nossos sonhos, apesar de
podermos ter que andar anos e anos a tentar alcançá-los.
Quando for a altura certa, sem nos apercebermos, já
estamos no topo do mundo, o que nem é bom nem mau, é
como nós queremos.
Assim como há grandes fracassos, há igualmente grandes
vitórias!
Ainda há pouco tempo participei num concurso e fui a
primeira eliminada. A minha reação? Sorri e fiquei feliz por
ter arriscado, acompanhei todas as eliminatórias e, o melhor
de tudo, criei novos laços de amizade com
pessoas incríveis.
Através deste concurso, concretizei algo
importante pois aprendi o quão difícil é
organizar algo, mas interiorizei que o
resultado final é o mais relevante porque é
fantástico olhar para trás e pensar “foi
impossível até acontecer”.
Sinto-me feliz e deveras orgulhosa do que
tenho feito e quero continuar a fazer. Nunca
se esqueçam de acreditar nos vossos sonhos.
“O sonho comanda a vida, e sempre que o
homem sonha, o mundo pula e avança.”
Finalmente, devo agradecer a oportunidade e
confiança da nossa querida Diretora do
Agrupamento de Escolas, Dr.ª Anabela
Lemos. Os nossos queridos jurados também
brilharam e tiveram um papel importantes:,
os professores Anabela Lemos e Sandra
Galante e António Campos.
Por outro lado, quero ainda agradecer ao
staff (Ana Ferreira, Andréa Rato, Bárbara Morim, Érica
Wallberg, Hugo Gonçalves, Jéssica Oliveira, Renato Craveiro e
Tomás Ribeiro) que me ajudou com muito empenho e acima
de tudo apoio. Aproveito para agradecer à minha família por
toda a confiança que depositou em mim. Foi indispensável.
Aos patrocinadores também retribuímos um grande
MUITO OBRIGADO: Intermarchê (vale de 50 euros em
compras), CE Seguros (taça de 1º lugar) e ainda Metralhacar
(20 euros).
Por fim, caros concorrentes, não desistam, obrigada pela
vossa participação, coragem e dedicação!
Que para o próximo ano letivo haja uma
segunda edição! Magda Mendes 10ºC – Jornalista do JÁ
10 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
NOTÍCIAS / ATIVIDADES::
O auditório da EB2/3 foi
o palco da apresentação
da 3ª edição do projeto:
Empreendedorismo nas
escolas, que premiou as
melhores ideias
empreendedoras dos
alunos do 3º ciclo e do
ensino secundário.
Quatro grupos, dois do curso de ensino vocacional, um
grupo do 8º ano, turma A, e um grupo do secundário,
apresentaram as suas ideias empreendedoras, sob o olhar
atento de uma plateia de cerca de oitenta pessoas e de um
júri de quatro elementos: a Sra. Vice-Presidente da Câmara
Municipal de Condeixa, Dra Liliana Pimentel, a arquiteta
Ana Moreira e dois jovens empresários, convidados pela
Câmara Municipal de Condeixa, que apresentaram
também, de forma breve, as empresas que estão a
construir e procuraram incentivar e motivar estes jovens
para não desistirem dos seus projetos.
As quatro apresentações: Termo Sweat - Daniela, Daniel e
José Carlos (Curso Vocacional) e EIR (reciclagem) - David
e Joaquim (8ºA- EB2/3); Bilhar MZT- José Mota, José
Ventura e Tomás Córes (Vocacional) e Licores Cá da
Terra - Ana Sousa e Andreia Sousa, receberam forte
aplauso da plateia, onde se encontravam também alguns
professores e técnicos que apoiaram estes alunos neste
projeto, nomeadamente, o professor Victor Paranhos e a
Dra Marta Branco. Apoiaram igualmente, os grupos do 8º
ano a professora Anabela Estevão e o grupo do ensino
secundário, o professor Paulo Carregã.
Os prémios atribuídos aos grupos vencedores, um voucher
de 70 euros por cada elemento dos grupos vencedores,
bem como entradas gratuitas nas Piscinas Municipais de
Condeixa, durante a época balnear, para os grupos não
vencedores, foram um patrocínio da Câmara Municipal de
Condeixa-a-Nova.
As duas melhores ideias empreendedoras, uma do ensino
secundário e outra do 3º ciclo, Bilhar MZT- José Mota, José
Ventura e Tomás Córes do Ensino Vocacional e Licores Cá
da Terra - Ana Sousa e Andreia Sousa, respetivamente, vão
agora representar Condeixa na grande final intermunicipal
do concurso. No dia 23 o grupo do ensino básico,
participará no concurso intermunicipal em Coimbra e as
representantes do ensino secundário, estarão presentes no
dia 30, na fase intermunicipal em Tábua.
Graça Gonçalves
EMPREENDEDORISMO NAS ESCOLAS APRENDER A EMPREENDER - 3ª Edição Alunos de Condeixa apresentaram oportunidades de negócio
O dia começou como todos os dias. Começámos a trabalhar, pois o nosso desejo de aprender é muito grande.
Lá fora estava um bonito dia de sol. As andorinhas, os pardais, as rolas voavam à volta da nossa escola como se estivessem a dizer – bom dia!
De repente, algo nos chamou a atenção. No cedro, em frente à nossa janela, vimos algo de maravilhoso. Os ramos baloiçavam e no meio deles vimos umas cabecitas de bico aberto. Olhámos com mais atenção e vimos a dedicação da mãe rola a alimentar os seus filhos. Tínhamos um ninho à nossa frente!
Agora, todos os dias, observamos os nossos amigos e acompanhamos o seu crescimento.
Quando o Dr. Miguel chegou à nossa sala, fomos mostrar a nossa descoberta. A nossa felicidade era tão grande que chamávamos todas as pessoas para verem os nossos amigos.
É fantástico ver a vida a partir da nossa janela!
Esta história parece vulgar, mas isto aconteceu na EB1 da Ega. Os meninos do primeiro e segundo anos têm o privilégio de ter um ninho de rolas em frente da sua sala.
Todos os dias vão ver como estão os passarinhos e desfrutar de uma beleza que deve ser única no nosso Agrupamento. Nem todas as escolas têm um ninho em frente à sua janela!
Turma A – EB1 da Ega Desenho de Tatiana Tomé - 1º ano EB1 da EGA
Da nossa janela…
X Congresso Nacional
“Cientistas em Ação”
EB n.º3
Nacional “Cientistas em Ação” (Concurso Galopim de
Carvalho), no dia dezasseis de Abril de 2015, realizado em
Extremoz,
Luminosa.
carrinha da Câmara Municipal, acompanhados pela Diretora do
Agrupamento de Escolas e pela Coordenadora da escola EB n.º 3.
Chegaram a Extremoz, ao Centro de Ciência Viva, que fica na Quinta
das Maltezas, pelas 13 horas, aproximadamente.
ciclo, de outras escolas.
tiva
cação e Ciência (MEC), através da Direção
(DGE), do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e do
Plano Nacional de Leitura (PNL) e em parceria com a Microsoft.
Foram muitas as escolas que responderam a este desafio. As histó-
rias foram analisadas, como previsto no regulamento, por um júri
que integrou elementos
de maio, foram divulgadas as três histórias vencedoras, em cada
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 11
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
No passado dia 13 de
maio de 2015 (quarta-
feira) 3 turmas do 9º
ano tiveram o enorme
prazer de assistir a uma
palestra acerca das
catástrofes naturais a
que o concelho de Condeixa-a-Nova pode estar submetido e a
aprender a prevenir e defender desses acontecimentos, realizada na
Biblioteca da Escola Secundária Fernando Namora.
A palestra foi interativa com os alunos, que iam dando respostas
ao que lhes perguntavam, mostrando interesse e atenção ao que
lhes era explicado. Também foi bem relacionada com a matéria que
se estava a dar na disciplina de Geografia do 9º ano, o que cativou
ainda mais a atenção dos alunos. Com a presença da professora
Alda Cardoso (professora de Geografia) os alunos podiam
confirmar que a informação que recebiam se associava à matéria
que estavam a dar no momento.
Concluindo, a palestra foi imensamente apelativa e informativa
para os alunos do 9º ano que ficaram a conhecer possíveis riscos a
que o concelho de Condeixa-a-Nova está sujeito. Renato Craveiro, 9ºB, jornalista do JÁ
o Prof. Galopim de Carvalho
X Congresso Nacional
“Cientistas em Ação”
distingue alunos da EB n.º 3 com Menção Honrosa
Mais uma Menção Honrosa foi atribuída a alunos do 3.º B da
EB n.º3 de Condeixa-a-Nova, pela participação no X Congresso
Nacional “Cientistas em Ação” (Concurso Galopim de
Carvalho), no dia dezasseis de Abril de 2015, realizado em
Extremoz, pelos seus trabalhos no combate à Poluição
Luminosa.
Os alunos partiram da escola, pelas 9 horas e 30 minutos, na
carrinha da Câmara Municipal, acompanhados pela Diretora do
Agrupamento de Escolas e pela Coordenadora da escola EB n.º 3.
Chegaram a Extremoz, ao Centro de Ciência Viva, que fica na Quinta
das Maltezas, pelas 13 horas, aproximadamente.
Depois do almoço, assistiram a 4 comunicações, de alunos do 1.º
ciclo, de outras escolas.
Por volta das 15h 30 min, a Laura Murtinho, o Tomás
Loureiro, o Francisco Roque e a Alda Simões apresentaram os
seus trabalhos intitulados “Dark Skies Rangers - Vem apagar a
luz para acender as estrelas”.
No final, assistiram à Cerimónia de Entrega de Prémios e
receberam as menções honrosas pela mão do Geólogo Galopim
de Carvalho, chamado “O avozinho dos dinossauros “.
Os alunos regressaram a Condeixa-a-Nova, depois das fotos
habituais, contentes por terem recebido mais um prémio, de
um total de 8 prémios individuais que já arrecadaram no
combate contra a Poluição Luminosa. “Notícia” redigida coletivamente pela turma do 3.º B, EBn.º 3
Os alunos do 4.ºA da EBNº1 de Condeixa participaram na inicia-
tiva “Conta-nos uma história!", promovida pelo Ministério da Edu-
cação e Ciência (MEC), através da Direção-Geral da Educação
(DGE), do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e do
Plano Nacional de Leitura (PNL) e em parceria com a Microsoft.
Foram muitas as escolas que responderam a este desafio. As histó-
rias foram analisadas, como previsto no regulamento, por um júri
que integrou elementos da DGE, RBE, PNL e Microsoft e, no dia 27
de maio, foram divulgadas as três histórias vencedoras, em cada
uma das categorias e formatos.
Foi com imensa alegria e satisfação que todos receberam a no-
tícia. Os alunos do 4.ºA gostam de se envolver nestas iniciativas e
cada vez mais se sentem motivados para a leitura.
Foi também com grande orgulho que a turma tomou conheci-
mento que o Danilo da Silva Marques (4ºA) ganhou o 1º prémio do
4º. Ano, do Concurso “Soletrar”, realizado no dia 26 de maio.
Parabéns à turma que termina o 1º Ciclo em grande!
4.ºA - EBNº1 de Condeixa
Consultar: http://erte.dge.mec.pt/index.php?section=469
RISCOS E CATÁSTROFES NATURAIS
12 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
DESPORTO ESCOLAR:: Regionais de Basquete feminino No passado fim de semana, 8 a 10 de maio, tive
o prazer de, juntamente com a minha equipa,
representar o Agrupamento de Escolas de
Condeixa-a-Nova com muito orgulho nas regionais
do desporto escolar, basquete feminino. Fomos
recebidas no distrito de Leiria, que garantiu a
realização do evento, reunindo todos os desportos
coletivos do escalão Iniciados da zona centro.
Pernoitámos na escola secundária Domingues
Sequeira, o que foi uma ótima oportunidade para
fortalecer os laços entre nós e, claro, conviver
com todos os outros presentes com os quais
tínhamos, pelo menos, uma paixão comum: o
desporto. Tivemos também a possibilidade de
melhorar e crescer enquanto jogadoras.
Fomos classificadas com o segundo lugar, tendo
sido o distrito de Leiria a sair vitorioso.
A verdade é que para além das vitórias, que
muito nos orgulham, e das novas amizades que
vamos fazendo, crescemos enquanto estudantes
sempre que participamos em algo novo.
Andreia Sousa, 9ºB, jornalista do JÁ
Caímos frequentemente na tentação de desconsiderar as ativida-
des físicas e desportivas. Porém, quem consegue preferir uma
bola ao telemóvel, umas sapatilhas a um comando de TV, apanhar
uma suadela em vez de desfrutar de uma bela sestinha merece
um olhar de apreço. Além disso, às vezes não é fácil conjugar o
estudo e o cumprimento de outras tarefas escolares com o esfor-
ço adicional requerido quando se faz atividade física. Não é só o
desgaste dos treinos e a sobrecarga horária que estes acarretam,
há também que ter a coragem de resistir à tentação de ir descan-
sar quando se chega a casa cansado e as obrigações escolares nos
esperam ainda. É um verdadeiro treino de perseverança e essa
competência ser-nos-á necessária durante toda a vida.
Apesar do que acabamos de dizer, os nossos atletas do Desporto
Escolar são uns pequenos heróis que conseguem incluir esta res-
ponsabilidade acrescida na sua já tão preenchida vida.
As duas equipas de Desporto Escolar do nosso Agrupamento
tiveram uma época muito
dinâmica! O esforço regular
dos treinos foi recompensa-
do nos encontros da fase
local, tendo ambas sido apu-
radas para as fases distritais
de competição.
A equipa de badminton par-
ticipou nos encontros/
torneios realizados na Escola Básica Drª Alice Gouveia, nos dias
15 de janeiro e 27 de fevereiro, e na Escola Básica de Soure, no dia
4 de fevereiro. Foi apurada para a fase seguinte. A final distrital
desta modalidade realizou-se na Escola Secundária Dr. Joaquim de
Carvalho (Figueira da Foz), no dia 19 de março. Aqui, o nosso
Agrupamento foi representado pelos alunos Tomás Ribeiro
(10ºA), Maria Francisca Rodrigues (10ºA), Mariana Coutinho
(10ºA), André Rosa (11ºA), Rui Ventura (9ºA), Filipa Lopes (9ºA),
Alexandra Ventura (9ºA) e Rodrigo Janeiro (9ºB).
Os nossos atletas de ténis de mesa participaram nos torneios
realizados na Escola Secundária D. Duarte, no dia 28 de janeiro, e
na Escola Básica
Dr. Ferrer Correia,
no dia 25 de feve-
reiro. A Escola
Secundária Fer-
nando Namora
recebeu, pela
segunda vez, a
final distrital des-
ta modalidade. Os
atletas que brio-
O dia 18 de março foi a data
agendada para a realização
da final distrital do Projeto “MegaSprinter” 2015.
Cerca de seiscentos alunos, representando mais de
quarenta escolas e agrupamentos escolares do
distrito de Coimbra, disputaram com muito afinco os
títulos distritais nas provas de 40 metros, salto em
comprimento, lançamento do peso e 1000m.
A nossa delegação marcou presença com 23 alunos,
distribuídos pelos diferentes géneros e escalões
etários. Os resultados alcançados pelos nossos
alunos foram muito positivos, destacando-se o 1º
lugar de André Costa (8ºE) na prova de 1000 metros,
do escalão de iniciados, e o 2º lugar de Inês
Rodrigues (6ºE), na mesma distância, no escalão de
infantil B. Como vencedor da sua competição, o
aluno André Costa foi selecionado para representar
o agrupamento nos dias 29 e 30 de maio de 2015,
em Elvas, na fase final nacional.
Aos alunos participantes, que muito se esforçaram
na defesa das nossas cores,
PARABÉNS pelos resultados obtidos!
Professor Mário Teixeira
Coordenador do Desporto Escolar
MEGASPRINTER Fase Distrital
Ser atleta não é para qualquer um!
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 13
::DESPORTO ESCOLAR
Olá, Inês. Soubemos que no dia 14 de março ganhaste um
prémio na I Gala do Desporto de Condeixa, na categoria de
atleta revelação do ano. Primeiro que tudo queremos dar-te os
Parabéns, e dizer-te que ficámos muito contentes e
orgulhosos por termos uma grande atleta entre nós!
Gostaríamos de saber algumas coisas sobre ti.
JÁ- Já estudas no nosso agrupamento há muito tempo?
Inês Silva- Iniciei os meus estudos na escola primária do
Sebal, onde fiz o 1º e 2º ano. Depois, vim fazer o 3º e 4º ano no
centro educativo. No 5º ano vim para a EBn2 de Condeixa.
JÁ- Há quanto tempo praticas natação?
Inês Silva- Pratico natação desde os 6 anos. Iniciei para
aprender a nadar. Por influência de colegas que andavam na
natação sincronizada, decidi experimentar e acabei por praticar
durante dois anos. Neste período de tempo, desenvolvi uma
lesão que me obrigou a parar. Após o tratamento fui convidada
para ir para a natação pura.
JÁ- Onde praticas o teu desporto?
Inês Silva- Desde que aprendi a nadar até agora, estive
sempre nas Piscinas Municipais de Condeixa.
JÁ- Porque escolheste este desporto?
Inês Silva- Os meus irmãos mais velhos praticavam
basquetebol. Desde pequena que ia
ver os jogos deles e era incentivada a
jogar também. Nunca pus a hipótese
de vir a jogar, mas respondia sempre
que primeiro queria aprender a nadar.
JÁ- Quantos treinos fazes por
semana?
Inês Silva- Eu treino 6 vezes por
semana: duas horas por dia, que
também inclui preparação física
( ginásio e corrida) e técnica dentro de
água.
JÁ- Consideras que a vida de nadadora é uma vida fácil?
Inês Silva- Nada fácil. Começo pelos extensos horários de
treinos; muitos fins de semana ocupados com provas; a troca
constante entre o divertimento com os amigos (passeios , cinema,
etc...) e os treinos; Por vezes, não faço a refeição do jantar com a
família.
JÁ- Como consegues conciliar a natação com a escola e os
estudos?
Inês Silva- Tento organizar-me. Chegar a casa às 21h ou às
22h e ainda ter que jantar e fazer os trabalhos de casa, nem
sempre é fácil. Aproveito para pôr os estudos em dia aos fins de
semana que não tenho provas, mas tenho de ter sempre aquele
"empurrãozinho" da minha mãe.
JÁ- Quais foram até agora as tuas maiores conquistas/prémios?
Inês Silva- Para mim todos os prémios são importantes.
Podem ser medalhas,
pequenas ou grandes,
mas para mim são de
grande valor. A minha
maior conquista foi ficar
em 1º lugar, no meu
escalão, no campeonato
nacional nas provas 100
e 200 metros mariposa.
JÁ- Quais são os teus objetivos para o futuro?
Inês Silva- Como atleta, os meus objetivos são manter o 1º
lugar nos campeonatos nacionais e, se possível, bater os
recordes nacionais. Como futura profissional, gostava de seguir a
carreira na área de desporto, principalmente ligada à natação.
JÁ- Porque achas que se deve praticar desporto?
Inês Silva- Acho que praticar desporto é importante para
a saúde das pessoas. Podemos conhecer pessoas e lugares
novos e acabamos por passar menos horas na internet e
no telemóvel.
JÁ- O que podes dizer a um jovem que queira começar a praticar
natação?
Inês Silva- Diria a esse jovem que, se gosta mesmo de nadar,
tem que acreditar em si e nas suas capacidades para atingir os
seus objetivos. Tem de ter espírito de sacrifício e força de
vontade.
Obrigada, Inês! Boa sorte para as tuas futuras conquistas.
E mais uma vez, parabéns pelo prémio de reconhecimento
das tuas qualidades e capacidades! És mesmo uma Campeã!
INÊS SILVA é a ATLETA
REVELAÇÃO
DO ANO da I GALA DO
DESPORTO de
CONDEIXA a Inês é aluna do 7ºA da EBnº2
samente nos representaram foram: Jorge Lopes (9ºE), João Moita
(10ºB), Gonçalo Nunes (10ºC), David Coelho (11ºB) e Tiago Pessoa
(12ºA). Esta competição decorreu muito bem, tendo todos os visi-
tantes ficado muito agradados com a organização. É de realçar
que o sucesso desta atividade se ficou a dever ao brio e sentido de
responsabilidade dos alunos que estiveram envolvidos no secreta-
riado e na arbitragem: Fábio Pires (11ºC), Laura Ribeiro (11ºC),
Catarina Portugal (11ºTT), Ângelo Pereiro (11ºTT), André Cordeiro
(12ºA), Ana Rute Carvalho (12ºA) e Carina Ferreira (12ºA).
Nos dias 17 e 18 de abril de 2015, realizou-se a Final Regional de
Ténis de Mesa do Desporto Escolar no Agrupamento de Escolas do
Mundão. Nesta fase competitiva, o nosso Agrupamento foi repre-
sentado pelos alunos João Moita (10ºB), Gonçalo Nunes (10ºC) e
David Coelho (11ºB). Integrou ainda a comitiva a aluna Catarina
Portugal (11ºTT) que desempenhou funções de arbitragem.
Parabéns a todos os atletas do desporto escolar!
Professora Susana Guerra
14 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
EFA - Educação e Formação de Adultos::
Já com 81 anos o pastor cansado,
mas feliz, continuava a sua tarefa a
40 km dos primeiros carvalhos.
Os guardas que guardavam a
floresta raramente o viam.
A economia começou a mudar e a
vontade de fazer dinheiro era
muito grande. Mas para o pastor o
que importava era a sua paz e
usufruir da sua solidão.
Mas essa solidão não iria durar
muito tempo, porque eu estava
cansado do ritmo da cidade, de
ouvir falar da guerra e decidi fazer
companhia ao velho pastor.
Planeei a viagem e tudo o que iria
precisar para uma boa temporada
naquela floresta maravilhosa.
Estava a 1 km da casa do pastor,
quando apareceu o seu cão. Achei
estranho porque a esta hora o
velho pastor deveria estar na sua
tarefa a uns largos quilómetros de
distância.
Corri com a força que me restava
e deparei-me com o pastor
sentado.
Mil coisas passaram na minha
cabeça naquele momento, e de
repente levanta o olhar e diz.
- Achei que não te iria ver tomar
essa decisão.
Fiquei parado a olhar para aquela
figura magra de poucas falas.
Passaram meses de ensinamentos
e histórias contadas pelo homem
solitário que plantava árvores. Fui
ficando, mudei algumas coisas,
mas continuei e hoje sei apreciar a
solidão de que o velho pastor tanto
gostava.
Sessão de PRA: 10 de Abril de 2105
Elisabete Rebelo
Opções do meu dia-a-dia No desenvolvimento da Unidade de Competência
1 - “Liberdade e responsabilidade democráticas” -
da disciplina de Cidadania e Profissionalidade, um
dos temas que tratei foi Liberdade e
responsabilidade pessoal.
Foi-me pedido que relatasse opções que faço no
meu dia-a-dia. Deixo aqui o meu testemunho.
Todos os dias me encontro com certas
dificuldades, incertezas, problemas ou ações que
me levam a fazer escolhas ou opções.
No dia normal de trabalho tenho por princípio
chegar mais cedo do que a minha hora de entrada.
Por exemplo, caso entre às 15.30horas, ao sábado,
sei que tenho de sair de casa uma hora e um quarto
antes, porque corro o risco de encontrar trânsito até
Coimbra, além disso, sendo sábado, a afluência ao
centro comercial é muito maior e dificulta bastante o
estacionamento. Nesse caso, levo sempre 5 a 10
minutos a encontrar lugar. Para evitar chegar
atrasado tenho mesmo de sair cedo de casa.
No serviço, atendendo a certos procedimentos de
loja, tenho de ter uma postura que não me
prejudique, nem ao cliente, nem à loja. Assim, tenho
de optar por ser o máximo exigente possível e
profissional para que depois a loja, o cliente e o meu
supervisor não tenham que me chamar à atenção
ou até mesmo, evitar
reclamações relativas ao meu
trabalho ou postura. Em contexto
profissional, como vigilante/
segurança, sei que não posso
abordar ninguém sem ter 100%
de certeza do ato da pessoa. Em
caso de dúvida ou não, quando
me apercebo da falta de um
objeto, opto por visualizar a
gravação ou continuar a tentar
perceber se o objeto apenas não
se consegue visualizar. Quando a
pessoa “suspeita” vai a sair da
loja, e continuo com a dúvida por
não ter conseguido visualizar o
objeto, tenho de tomar a opção de
a abordar ou não, por forma a não causar
constrangimento à pessoa no caso de não ter
furtado o objeto. Em todas as situações, enquanto
profissional e cidadão, devo preservar a dignidade
da pessoa e respeitar a identidade dela, mantendo o
sigilo profissional.
A vida é feita de adversidades e de situações nas
quais devemos ter consciência que tomamos a
melhor opção de forma a não nos prejudicarmos,
nem a nós, nem aos outros.
Luís Miguel Costa Marques Cruz (1ºEFA) Condeixa, 24 de Fevereiro de 2015
“O Homem Que Plantava Árvores” Para quem não conheça, esta é uma história
inesquecível sobre o poder que o ser humano
tem de influenciar o mundo à sua volta.
Narra a vida de um homem e o seu esforço
solitário, constante e paciente, para fazer do
sítio onde vive um lugar especial.
Com as suas próprias mãos e uma generosida-
de sem limites, desconsiderando o tamanho
dos obstáculos, faz, do nada, surgir uma floresta
inteira - com ecossistema rico e sustentável.
É um livro admirável que nos mostra como um
homem humilde e insignificante aos olhos da
sociedade, a viver longe do mundo e usando
apenas os seus próprios meios, consegue reflorestar sozinho uma das
regiões mais inóspitas e áridas de França.” (Excerto da contra-capa)
Os seguintes textos foram selecionados dos elaborados pelos forman-
dos do Curso EFA, a quem foi pedido que, após leitura parcial da
obra, imaginassem o final da história:
O pastor, Elzéard Bouffier, continuou a sua rotina e decidiu plantar as bétulas no fundo dos vales. Passados muitos anos, o narrador voltou a visitar o pastor e ficou maravilhado, ao deparar-se com vistosos carvalhos e bonitas faias e bétulas. O narrador foi passeando pelo vale até avistar o pastor, com o varão de ferro na mão e com um sorriso rasgado no rosto, a guardar o seu rebanho de ovelhas, com o seu cão. Então, o narrador dirigiu-se até ele, deu-lhe os bons dias e perguntou-lhe qual era o motivo daquele sorriso rasgado no rosto, ao que Elzéard Bouffier respondeu: “Estou feliz, porque finalmente esta terra tem vida, cor e cheiro, e porque vejo que a minha entrega e o meu trabalho não foram em vão”.
Anabela Galvão
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 15
:: LE COIN DU FRANÇAIS
Un jumelage entre deux villes signifie la mise en place
d'échanges durables afin de développer des relations d'amitié entre
deux territoires. La ville de Condeixa-a-Nova est ainsi jumelée
avec Idanha-a-Nova dans le district de Castelo Branco, Pontypool
au Pays de Galles, Bretten en Allemagne et enfin Longjumeau en
France. Les liens qui unissent Longjumeau et Condeixa-a-Nova
remontent à l'année 1990.
La ville de Longjumeau se situe dans la région Île-de-France,
dans le département de l'Essonne. La distance entre Longjumeau et
Paris est de 20 km. En 2012, la ville comptait 21 739 habitants.
Longjumeau a été fondé pendant la période romaine et possède
aujourd'hui de nombreuses écoles, deux hôpitaux, un tribunal, un
stade, une bibliothèque et un théâtre.
Plusieurs célébrités françaises sont
liées à Longjumeau. Le chanteur Marc
Lavoine est né dans cette ville, le 6
août 1962. Il est notamment connu
pour la chanson Elle a les yeux
revolver, enregistrée en 1985.
L'humoriste Jean-Luc Lemoine a habité à Longjumeau quand il
était jeune. Finalement, le
footballeur Jérémy Menez est né
à Longjumeau, le 7 mai 1987. Il
a joué à l'AS Monaco, au Paris
Saint-Germain et en Italie à l'AS
Rome et au Milan AC.
Condeixa-a-Nova et
Longjumeau organisent chaque
année des rencontres pour
fortifier les liens qui unissent les
deux villes. Il existe ainsi des échanges de jeunes entre le Portugal
et la France. Plusieurs groupes culturels ont aussi voyagé entre les
deux villes. En 2015, Longjumeau et
Condeixa-a-Nova fêtent cette année
les 25 ans de la signature du
protocole de jumelage, symbole des
relations entre deux villes distantes
de 1500 km.
Longjumeau, ville jumelle de Condeixa-a-Nova
No a mbito das comemoraço es do passado
DIA DA MÃE, entrevistei a nossa querida
professora Graça Gonçalves com o fim de
entendermos melhor como e ser ma e e professora.
Á professora tem atualmente 43 anos e foi ma e pela
primeira vez aos 29 anos. O segundo filho surgiu aos 33
anos.
JÁ: Quais são os aspetos negativos da sua profissão em
conformidade com a tarefa de ser mãe?
Profª Graça: A profissão de professor exige o trabalho diário
para além da escola: preparar aulas, corrigir trabalhos e
testes, frequentar formação, reuniões, atividades, tarefas que
se realizam sempre para além do horário letivo e não letivo da
escola. A atenção que seria necessário dar aos filhos, ao final
de um dia de trabalho, tem que ser repartida com muitas
destas tarefas.
Por outro lado, estando dentro da profissão torna-nos mais
exigentes e intolerantes com algumas atitudes dos nossos filhos.
Mas o aspeto mais negativo desta relação mãe-professora é,
por um lado, a instabilidade de muitos de nós, não saberem
em cada final de ano letivo, como será o próximo, onde
estaremos colocados, que horários teremos e depois de
colocados termos que fazer as malas e deixar para trás filhos,
família e casa.
JÁ: Quais são os aspetos positivos da sua profissão em
conformidade com a tarefa de ser mãe?
Profª Graça: Ser professora permite uma atualização mais
próxima do percurso formativo dos nossos filhos, e estar
“dentro do sistema”, passe a expressão, ajudá-los no estudo
diário e na escolha de áreas ou currículos.
JÁ: Para si, o que é ser mãe?
Profª Graça: É estar presente, mesmo que ausente
fisicamente.
É ajudar a formar uma pessoa, um cidadão consciente e
responsável. Não é uma tarefa fácil nos dias de hoje, não há
receita ou modelo, mas cada mãe vai tateando o melhor
caminho.
JÁ: Qual é a sua ligação com os
seus filhos?
Profª Graça: Uma relação que não
passa por ser a sua melhor amiga,
mas aquela que eles sabem que
está lá sempre e a quem recorrem
sempre. É uma ligação de carinho e
afeto mas também de autoridade e respeito mútuo.
“A mãe compreende até o que os filhos não dizem”
Magda Mendes, 10ºC – Jornalista do JÁ
Au revoir et merci ! Je souhaitais remercier tous les membres du groupement scolaire de
Condeixa-a-Nova pour leur accueil, leur sympathie et leur aide tout
au long de l'année. Cela a été un plaisir de travailler dans ces deux
écoles ! Un grand merci aux professeurs, aux fonctionnaires et bien
sûr à tous les élèves. Je ressens déjà de la saudade ! Je vous souhaite
à tous une bonne fin d'année et de très bonnes vacances d'été.
Au revoir, merci pour tout et à bientôt ! Pierre Marie
Ser MÃE e professora
16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
TEMA DA CAPA:: Forais Quinhentistas
O Passado no Presente
Quando o território português
começou a expandir-se, ainda no
tempo do nosso primeiro rei, D.
Afonso Henriques, houve
necessidade de dar importância a
algumas localidades, atribuindo-
lhes um foral. Desta forma,
podiam gerir, em nome do rei e
através de representantes, um
território definido na Carta de
Foral. A estes territórios chamam-
se concelhos ou municípios. O rei
garantia proteção militar e
oferecia ainda terras à
comunidade para o cultivo. Em
nome do rei, havia uma
organização, o "concelho de
vizinhos", que governava o
concelho, recolhia impostos e
fazia justiça.
Quando o rei atribuía uma carta
de foral, estava a reconhecer os
esforços da localidade na
construção do país, o que evitava
que os senhores feudais se
pudessem tornar mais poderosos
do que ele.
A história de Condeixa começa a desenhar-se a partir
do século II a.C., com o aparecimento da cidade luso-
romana de Conímbriga. Os vestígios dessa presença
romana podem ainda hoje ser admirados nas ruínas e no
Museu Monográfico de Conímbriga.
No início do século XIII (1219), o lugar de Condeixa-a-
Nova era "um pequeno lugar, de área não superior a 800
metros quadrados, a crescer entre a actual igreja e a Rua
Nova" Como esta localidade se desenvolveu de forma
extraordinária, D. Manuel I atribuiu-lhe a concessão de um
foral em 1514 e, em 1541, tornou-se freguesia.
Com as riquezas provenientes da expansão marítima,
constroem-se em Condeixa
palácios e solares. Um outro sinal
do seu desenvolvimento traduz-se
no reforço da rede viária com a
reconstrução e alargamento da
estrada real (Lisboa-Condeixa-
Coimbra), a atual IC2.
No século XIX, porém, o
progresso de Condeixa foi
interrompido bruscamente devido à
terceira invasão francesa, que a
saqueou e incendiou. Desta forma,
conheceu a destruição deixada
pelas tropas de Massena, que não
poupou nem os palácios, nem a
Igreja-Matriz.
A emancipação administrativa que desejava chegou por
intermédio da rainha D. Maria II que, em 1838, a eleva a
concelho e, finalmente, à categoria de vila, em 1845.
Atualmente, a importância do passado desta vila é
reconhecida e valorizada através da realização de eventos
que fazem reviver a cultura e algumas tradições medievais
como aconteceu no ano passado durante a Feira
Quinhentista, realizada de 6 a 8 de junho. Este evento foi
uma organização da União das Freguesias de Condeixa-a-
Velha e Condeixa-a-Nova, com o apoio do Município de
Condeixa.
Professora Isabel Neves
Fotos da Feira Quinhentista em Condeixa - 7 e 8 de Junho 2014
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17
Forais Quinhentistas ::TEMA DA CAPA
Na monarquia portuguesa, quando morria o
rei subia ao trono o filho mais velho e, caso
o rei não tivesse filhos, sucedia-lhe o parente
mais próximo.
D. Manuel era sobrinho de D. Afonso V,
neto de D. Duarte e bisneto do rei de D.
João I. Tinha sido agraciado com o ducado
de Beja, com as terras de Viseu, Covilhã e
Vila Viçosa, com o governo da Ordem de
Cristo e o cargo de Condestável do Reino.
Era irmão e protegido da rainha D. Leonor.
Talvez sonhasse ser rei, ainda que esse fosse
um sonho longínquo…
Porém, em 1491, o destino deu uma
reviravolta a seu favor: a morte inesperada do príncipe Afonso,
único filho legítimo de D. João II, numa queda de cavalo, perto
de Santarém, alterou o curso natural dos acontecimentos.
Quatro anos depois, D. João II, já muito doente, nomeia como
sucessor o seu primo e cunhado, D. Manuel.
Tem início um longo reinado de glória, riqueza, fausto e
ostentação marcado pelas grandes viagens marítimas (Vasco da
Gama e Pedro Álvares Cabral), pela alteração da cidade de
Lisboa (Paço da Ribeira, Casa da Índia, Ribeira das Naus, rua
Nova dos Mercadores, mosteiro dos Jerónimos, Hospital de
Todos os Santos), pelas grandes construções em estilo
manuelino,… Lisboa fervilhava numa agitação permanente,
provocada pelo intenso comércio entre a Europa e o Oriente.
Por tudo isto, compreende-se bem que a História tenha
atribuído a este rei o cognome de O Venturoso !!
Nos seus documentos oficiais, ele é o primeiro monarca
português a assinar o título de «Rei de Portugal e dos Algarves de
Aquém e de Além-Mar em África, senhor da Guiné e da Conquista,
Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia».
Nos múltiplos forais manuelinos, encontramos estes títulos na
assinatura real e, nas iluminuras, o seu escudo real, muitas
vezes, acompanhado da esfera armilar (ver
imagem). Também os forais de Condeixa, Ega e
Anobra terão estas características.
Os forais manuelinos, ou forais novos, foram atribuídos aos concelhos
no início do século XVI, no âmbito duma vasta
reforma administrativa. Ganha muito mais
importância o aspeto económico do que a justiça.
E, assim, os forais manuelinos quase não referem
as autoridades e os oficiais, pois a justiça tende a
estar cada vez mais sob a alçada do rei e dos seus
funcionários. Pelo contrário, os impostos e as
multas ocupam a maior parte do conteúdo destes
documentos, demonstrando o quão importante era esclarecer
rigorosamente os montantes que os vizinhos deviam pagar.
A política interna do reinado de D. Manuel caracterizou-se por
várias medidas sensatas e entre elas a reforma de muitos
forais.
Professora Elvira Marinho
,D. MANUEL I , o rei Venturoso ( 1495-1521)
Foral de Condeixa. Registo. Pergaminho
“Data de 3 de Junho de 1514, ao tempo do Rei D. Manuel I. Está
conservado na Torre do Tombo. É outorgado à Vila de Condeixa,
pertença da Casa de Aveiro.
Atesta a afirmação de uma comunidade dotada de alguma
autonomia e órgãos próprios, contendo dados acerca da
administração local, justiça (crimes e molduras penais) e fiscalidade
(tributos régios e senhoriais).
Confirma, como é norma na outorga dos forais, que “não há terra
sem Senhores” e, no presente caso, trata especificamente o
pagamento das portagens; o pagamento na produção de pão, vinho
e cal; as isenções; o imposto por casa movida; matéria sobre
escravos, gado, panos, coirama, azeite, cera, peles ou forros,
metais, fruta seca, loiça de pau, obra de barro, privilegiados e penas
a aplicar.
Existe em cópia manuscrita do século XIX e em registo conservado
na Torre do Tombo, aqui exposto, mostrando bem elaboradas
iluminuras com letras capitais douradas e texto manuscrito a preto
e vermelho. Merece estudo mais aprofundado, que será
coordenado por Maria Helena da Cruz Coelho.” Texto e imagem do Foral retirado do catálogo
“Património quinhentista de Condeixa-a-Nova” de Miguel Pessoa e Lino Rodrigo
18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
TEMA DA CAPA:: Forais Quinhentistas Uma pedrinha no caminho….. vamos guardá-la na algibeira.
Antes de entrarmos num assunto tão longe das crianças quer no espaço,
quer no tempo e na acessibilidade, pois trata-se de um daqueles temas que
muitos considerariam “difícil para crianças tão pequenas” vamos conhecer o
terreno que iremos pisar, guardar as pedrinhas que encontramos, falar e
compreender do que falamos e de quem falamos, que lugar é, foi e será esse a
quem chamamos Portugal, quem são esses que outrora se chamavam reis e
que mandavam escrever regras e leis em que constavam os direitos, deveres,
liberdades e garantias dos que viviam nas terras de Portugal, normas essas que
todos tinham de cumprir se não pagariam multas ou coimas pela sua
desobediência, aliado a um nome que mais parece uma palavra daquelas
inventadas para rimar: foral. Tudo isto, para quem tem no máximo cinco
anos e vive da realidade do que vê e vivencia, é completamente inacessível e
incompreensível. Se começarmos pelo princípio, a nossa identidade: quem
somos, onde vivemos, o que é um país, qual o nosso país, que lugarzinho
ocupamos no mundo, o que é nosso, o que nos diferencia e nos une (os
símbolos nacionais: uma língua com que nos entendemos, uma bandeira de que
gostamos, um hino que cantamos sempre que nos apetece, um presidente que
responde por nós, portugueses de Portugal) as crianças compreendem e
gostam. Depois há outras coisas que são muito nossas e de mais ninguém,
coisas a que chamamos portuguesas com certeza. São essas coisas que
nos fazem perceber que somos um grupo de pessoas que vive num bonito
país cheio de cor, imaginação e criatividade e que encontrou uma forma
airosa e elegante de retratar aquilo que se faz por cá, a vida do dia-a-dia, a
cultura, os hábitos, os costumes as dificuldades e as felicidades de um povo,
que é o nosso. Assim, aparecem os desenhos, os motivos, os padrões
portugueses a dar corpo a essa estratégia de comunicação e expressão de
um povo, estampados nos mais variados suportes e materiais como em
tecido e o fio para o bordado do Minho, seda e linho a criar um bordado
original em Castelo Branco, adotar a forma de lenço, impregná-los de cor e
escritas de amor para conquistar namorados, criar algibeiras minuciosamente
trabalhadas para depositar os seus pertences e espalhar beleza, ou trabalhar o
ouro e a prata em filigrana para criar um coração que é de Viana e também de
Portugal, utilizar as diferentes variedades de barro para criar peças que falam
por nós, quer na cerâmica e faiança da antiquíssima louça de Coimbra, quer no
emblemático galo de Barcelos ou nos bonecos de barro de Estremoz. É toda
uma panóplia de materiais, cores, padrões, desenhos, motivos, intenções que,
misturada com muita criatividade, graciosidade e paixão se materializam nestas
preciosidades que são o registo dos sentimentos e emoções de um grupo de
pessoas chamados portugueses. As crianças vivenciam, compreendem, criam
empatia e ficam um pouco mais próximas do que ainda está por descobrir. É
esta uma pedrinha daquelas que temos de ir apanhando e guardando até nos
abeirarmos do assunto que aqui nos trouxe: as comemorações dos 500
anos dos forais manuelinos.
O nosso pensamento e estratégia estão registados nas palavras de Fernando
Pessoa “Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”,
assim sendo, poderemos acrescentar: Pedrinhas no caminho? Guardamo-las todas.
De pedrinha em pedrinha, um dia vamos escrever a nossa carta de foral. Educadora Fernanda Raposo, Turma A do JI da EBnº3
Carolina, minha amiga
Um lencinho com flores
Para levares contigo
Onde fores. Este lencinho não é
Para limpar o nariz.
É para o meu amigo
Tiago Dinis
e dos amigos
e amizade
Dois passarinhos engraçados
A voar para o Tiago vão.
Querem chamar-lhe baixinho
Amigo
do coração. Queres ser
minha amiga Constança?
Então pega neste lencinho
E dança.
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 19
Mais uma pedrinha que apanhámos e guardámos
e mais um passo em direção ao assunto que aqui
nos trouxe: as comemorações dos 500 anos
dos forais manuelinos.
Se somos donos de um brasão, o que nos impede de um dia nos aventurarmos na tarefa de escrever a nossa Carta de Foral?
Já agora, sabem quem é o dono deste brasão?
Nem mais nem menos que o Venturoso El-rei D. Manuel I.
As coisas importantes
da minha vida:
A minha família.
As minhas amigas
Maria, Carolina, Beatriz
Adoro música
SE EU TIVESSE UM BRASÃO…
e eu tivesse um brasão
Gostava de ver nele
A minha família, os meus amigos
E o meu cão.
Teria também uma faixa bonita
Enfeitada com uma flor perfumada,
Escrevia nela
O nome da minha namorada
E o meu lema “ sou um português de gema”.
Na coroa punha o nome da minha família
Para saber de onde vinham Os Alves, os Pais, os Correias, os Mendes, os Ferreiras,
Os Marques, os Queridos, os Santos ou os Pereiras,
Os Costas, os Oliveiras, os Pitas ou os Villas-Boas,
Os Pintos, os Pinela, os Grilos e os Gaspar.
Não podia esquecer ninguém
Para a todos agradar.
Seria o brasão das coisas
Importantes da minha vida,
Para pôr na parede e olhar para ele
Quando não gostasse da comida.
Ficava com a barriga vazia
Mas enchia o coração
Com o meu lindo brasão.
Sobre os brasões: significado/ elementos que o constituem/ função.
Trabalho da turma A – Rimas dos alunos, composição e organização da professora.
Forais Quinhentistas ::TEMA DA CAPA
O nome da minha
família: SANTOS
S– iluminura da inicial do
nome de família.
Imagem representativa do
nome- santos
SANTOS – é um nome de
origem portuguesa. É uma
abreviatura de "Todos os
Santos", e começou por ser
um nome dado a pessoas
nascidas no dia 1º de
novembro, dia de Todos os
Santos.
Todos os escudos dos brasões das freguesias de Condeixa têm
a forma do escudo português, é um escudo com a ponta
redonda. Atualmente é o escudo de uso dominante em
Portugal. O esmalte ou cor do campo é muito variado:
amarelos, vermelhos, azuis, verdes, brancos são as cores mais utilizadas. Quanto às coroas Furadouro, Bem da Fé, Belide,
Vila Seca, Sebal têm três torres, Ega, Condeixa, Anobra e
Zambujal têm quatro torres. Os escudos segundo apurámos,
apresentam figuras que representam os valores, tradições e
riquezas de cada uma das terras.
E brincámos com eles. Assim:
Queres ser
?
Então pega neste lencinho
E dança.
Trabalhos da Turma A do JI da EBnº3
20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
TEMA DA CAPA:: Forais Quinhentistas
Naquele tempo, a maioria das pessoas casava-se no início
do verão, porque, como tomavam o primeiro banho do ano
em maio, em junho, o cheiro ainda estava mais ou menos.
Entretanto, como já começavam a exalar alguns "odores", as
noivas tinham o costume de carregar buquês de flores junto
ao corpo, para disfarçar.
Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia
de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do
primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água,
vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as
mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os
bebés eram os últimos a tomar banho. Quando chegava a
vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível
perder um bebé lá dentro. É por isso que existe a expressão
em inglês "don`t throw the baby out with the bathwater".
Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que
os sustentavam eram o melhor lugar para os animais se
aquecerem; cães, gatos e outros animais de pequeno porte
como ratos e besouros. Quando chovia, começavam as
goteiras e os animais saltavam para o chão. Daí a expressão
em inglês "it`s raining cats and dogs".
Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho.
Certos tipos de alimentos oxidavam o material, o que fazia
com que muita gente morresse envenenada. Isso acontecia
frequentemente com os tomates, que, sendo ácidos, foram
considerados, durante muito tempo, como venenosos.
Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou
uísque. Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo "no
chão", numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida
alcoólica e pelo óxido de estanho. Alguém que passasse pela
rua poderia pensar que ele estava morto, recolhia o corpo e
preparava o enterro. O corpo era então colocado sobre a
mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta,
em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o
morto acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão.
A Inglaterra é um país pequeno, e nem sempre houve
espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões
eram abertos, os ossos tirados e encaminhados ao ossário, e
o túmulo era utilizado para outro infeliz. Às vezes, ao abrir
os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas,
do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na
verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a ideia de,
ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto,
tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava
amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de
plantão do lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo
acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Assim,
ele seria "saved by the bell". Adaptação de um texto retirado de:
http://beta788.humortadela.com.br/piadas-texto/2005
Curiosidades medievais
1.º Dizer sempre a verdade. 2.º Não fazer poluição sonora. 3.º Não magoar os colegas. 4.º Dar puns só na casa de banho. 5.º Não interromper. 6.º Não brincar com espadas e pistolas. 7.º Ser simpático e ser amigo. 8.º Falar baixo e estar atento. 9.º Para falar, pôr o dedo no ar. 10.º Correr só na rua. 11.º Não entrar no armário da casinha. 12.º Se estas regras não forem cumpridas, podemos ter que nos afastar dos colegas ou colocar as mãos nos bolsos.
TURMA A do JI da EBnº1
CARTA de FORAL
da turma A do JI da E.Bnº1 de Condeixa
Negociámos as regras que considerámos importantes, escrevemo-
las (copiando…), ilustrámos o documento com iluminuras pintadas com aguarelas, assinámos à moda antiga utilizando penas de pato e tinta preta… e agora vamos tentar viver de acordo com estas regras que nós escolhemos… E desenvolvemos, ainda, um projeto a que chamámos “MANUELICES”, fazendo uma visita ao património manuelino da Ega, viajando em “faz de conta” até à Índia para trazer especiarias e outras maravilhas, construindo uma carruagem para as viagens d’El Rei D. Manuel, um trono para nos sentarmos, um pelourinho... e que culminou numa Festa Manuelina com música, dança e bolo de gengibre e canela!
Era uma vez El Rei
Refrão
Era uma vez El Rei,
El Rei D. Manuel I
Deu foral a Condeixa
Foi um tipo porreiro!
Quis ir até à India
Gostava de navegar
Trouxe sedas e canelas
Coisas lindas, de pasmar! Refrão
Sentado no seu trono
Ou então a passear
Dava ordens e mais ordens
Só gostava de mandar! Refrão
Janelas manuelinas,
Palácios e pelourinhos
Ai ele era tão vaidoso Que lhe chamaram “Venturoso”!
Refrão (bis)
Letra criada pela turma A do JI da EBº1para cantar com a
música “Era uma vez um rei” de José Barata Moura
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21
:: Alterações Climáticas O projeto tem como grande
objetivo educar para a
prevenção e mitigação das
alterações climáticas através
dos média escolares e assenta
em duas grandes vertentes: a
criação de recursos mediáticos, suportados no conhecimento
científico, para a aprendizagem das alterações climáticas.
O Clima@EduMedia é um projeto multidisciplinar que, em
termos universitários, envolve as Faculdades de Letras e de
Ciências da Universidade do Porto e, a nível do ensino
secundário, todas as disciplinas ou áreas do conhecimento
relacionadas, de alguma forma, com a temática.
José Azevedo, docente da FLUP, investigador do
CETAC.MEDIA e coordenador do projeto, refere que “a
generalização do acesso às tecnologias digitais abriu um
vasto leque de possibilidades de inovação no que toca a
relação dos média com a aprendizagem.”
O desafio do “Clima@EduMedia” “não é apenas produzir
conteúdos mediáticos estimulantes sobre as alterações
climáticas, mas também possibilitar estratégias onde os
alunos possam aprender através do próprio processo de
produção. A investigação mostra que proporcionar aos
estudantes um espaço onde possam adicionar a sua voz à
discussão pública sobre as alterações climáticas tem um
impacto positivo no envolvimento dos mesmos com o
conhecimento científico sobre o tema e ajuda a criar uma
consciência crítica sobre essas alterações fora do contexto de
sala de aula”, refere.
No nosso Agrupamento o projeto Clima@EduMedia, está a
desenvolver através da biblioteca escolar da ESFN e do JÁ,
jornal do Agrupamento, um trabalho colaborativo com a
professora Alda Cardoso e a turma do 9ºC que entrevistou
vários especialistas em diferentes áreas, tais como
Segurança de Pessoas e Bens, Turismo, Saúde Humana,
Recursos Hídricos, Ordenamento do Território e Cidades e
Biodiversidade.
Os alunos, através de uma “Formação Relâmpago”, realizada
em 3 sessões curriculares nas disciplinas de Geografia e de
Mundo Atual e Cidadania e com o apoio de investigadoras do
projeto, puderam promover a literacia mediática e científica
tornando-se mais esclarecidos e críticos em relação aos
média e sensíveis para a importância de interpretar e aplicar
conceitos científicos no dia-a-dia.
Professora bibliotecária Ana Rita Amorim
Entrevista a Margarida Marques,
investigadora da Universidade do Porto
“Pequenas ações contribuem
para um ambiente melhor” A investigadora Margarida Marques, do projeto
Clima@EduMedia, falou com alunos da Escola
Fernando Namora de Condeixa-a-Nova.
Qual é a melhor forma de acabar com a poluição de
Portugal? Porquê?
Nós não podemos estar a eleger a melhor, mas podemos
dizer que há muitas formas e todas elas utilizadas em
conjunto podem ter uma grande importância. Tentar
produzir energia com fontes renováveis é sempre uma
forma de começar. Mas se consideramos a poluição de
forma mais geral, também podemos tentar fazer
reciclagem, que vai ser uma boa ajuda. Podemos evitar
poluir as florestas. Há tanta tanta coisa que podemos fazer!
Não era uma boa ideia usar mais painéis solares nos
equipamentos municipais em Portugal?
É uma ótima ideia. Não só nos equipamentos municipais,
mas também em nossas casas.
Como é que o projeto “Clima@EduMedia” pode
melhorar o ambiente em Portugal?
Nós procuramos educar as pessoas e queremos que os
alunos aprendam mais sobre estas questões do ambiente e
sobre as alterações climáticas em particular.
Por exemplo, se nós trocarmos as nossas lâmpadas por
lâmpadas economizadoras para serem mais eficientes e
consumirem menos eletricidade, já estamos a ajudar.
Através destas pequenas ações, vamos estar todos a
contribuir para um ambiente melhor e para uma utilização
mais eficiente da energia.
Entrevista feita por Rodrigo Montezuma, 9ºC
22 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
Alterações Climáticas ::
As Alterações Climáticas e a Segurança das pessoas e dos bens Entrevista ao Dr. António Coelho, da Proteção Civil
É verdade que as alterações climáticas podem afetar a
segurança de pessoas e bens?
As pessoas e os bens pela sua ocupação do planeta atual
estão mais influenciadas por fenómenos meteorológicos
extremos, como, tornados, furacões, situações contínuas
de aumento de pluviosidade, vagas de frio, ondas de
calor… As pessoas estão vulneráveis porque ocupam, às
vezes, áreas de risco e isso faz com que elas e os seus
bens sejam afetados por aquilo que caracteriza as
alterações climáticas.
Por que razão será que os incêndios e as inundações
provêm das alterações climáticas?
Quanto a mim, por razão nenhuma.
Por um lado, os incêndios não são riscos naturais, mas sim
riscos mistos. A causa dos incêndios é muito pouco
incendiária ou então por negligência, mas 95% é sempre
por uma ação humana e não propriamente por uma
situação meteorológica.
As inundações são associadas a fenómenos de
pluviosidade, com chuvas rápidas e a
impermeabilização dos solos, que temos vindo a
verificar a nível urbano, que têm feito com que
a água escorra à superfície, que não se infiltre
e se vá concentrar nas áreas baixas, por vezes,
uma curva que faça com que a água entre numa
casa, está a colocar a mesma em risco.
Sabe-nos dizer se o número de incêndios
tem aumentado ou diminuído em Portugal,
mais propriamente no nosso Concelho?
Os incêndios podem não ter uma relação direta
com a temperatura, mas tem oscilado na disponibilidade
que há para arder a carga combustível ou o material
lenhoso. O número de incêndios muda de ano para ano, por
exemplo, no ano passado tivemos 16 ignições, que é
completamente residual para uma área de meio hectare,
mas este ano já ultrapassámos esse valor enquanto área
ardida.
Esses incêndios têm colocado em causa a segurança
das pessoas e dos bens?
No meu ponto de vista, enquanto proteção civil, acredito e
está demonstrado que a existência de uma bolsa agrícola
em redor dos aglomerados populacionais, ou seja, as
pessoas ainda cuidam da terra (o seu quintal), faz com que
haja uma redução da carga de combustível. As pessoas e
os bens, nesse ponto de vista, acabam por estar um pouco
salva guardados.
As inundações têm aumentado ou diminuído no nosso
concelho? Têm afetado a segurança de pessoas e
bens?
Se considerarmos a inundação, enquanto uma inundação
urbana, o que realmente aqui nos preocupa pela sua
afluência nas pessoas e nos bens. Eu não tenho registos
propriamente de situações em que tenham sido postas em
causa quer habitações, quer pessoas. As inundações não
têm influência no que quer que seja.
No nosso concelho ou distrito onde poderá haver mais
inundações?
Se me falar de cheias, eu falar-lhe-ia da
zona do Zambujal, onde, sendo o rio de
Mouros, um rio em que só quando há mesmo
muita pluviosidade e durante vários dias é
que aumenta o caudal ao ponto de sair do
seu normal curso. É uma zona que está
identificada como leito de cheia, o poço das
casas também tem um leito de cheia
considerável, porque fica mesmo ali junto
do rio e depois toda a área já de poente
que compreende esta parte da Ega, Anobra,
Campizes, Casével, Belide, Sebal, ou seja,
há um corte de vias por essas cheias, não propriamente
inundações. Para lhe dar um exemplo, já tivemos
inundações na cave do prédio amarelo.
Na sua opinião como é que se podem evitar os
problemas resultantes das alterações climáticas, que
vão destruir os bens e pôr em causa a segurança das
pessoas?
Nós temos um papel importante em termos socias, que
passa por reduzir a vulnerabilidade das pessoas. Não sei
se é do vosso conhecimento, mas é cada vez maior o
número de idosos isolados, que têm de ser acompanhados
nestas situações, porque a população acima dos 65 e das
crianças abaixo dos 5 não tem sensação de sede, ou seja,
pode haver um golpe de calor que provoque mortes.
É da altura dos Romanos o vulcão que dissimulou a cidade
de Pompeia, é da altura do Marquês de Pombal o
terramoto de lisboa, que depois acabou com um
maremoto. Estes fenómenos, são a terra a trabalhar e nós
a ajudar. Ana Bento, Diana Raquel e Vanessa Cardoso - 9ºC
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 23
:: Alterações Climáticas
Qual é o tipo de turismo
predominante em Condeixa?
Em Condeixa existem vários tipos, como
o turismo cultural, turismo de natureza,
turismo gastronómico e o turismo
histórico.*
Na sua opinião, quais são os
principais pontos de turismo em
Condeixa e arredores?
Sem dúvida, as Ruínas de Conimbriga.
No entanto, estão a surgir outros
lugares, como a Mata da Albufarda, a
Serra de Sicó com os seus vinhos e o
Paúl de Arzila onde os turistas podem
contactar com a natureza.
Que prejuízos as mudanças
climáticas causariam no turismo
condeixense?
Condeixa é um região pouco afetada por
impactos ambientais, logo não iriam
causar grandes prejuízos.
Quais poderão ser os pontos de
turismo mais afetados caso se
verificassem grandes alterações
climáticas nesta região?
Aqui, no caso de Condeixa, não se
verificam grandes problemas. Portanto,
não é nada de significativo!
Será que o decréscimo no turismo
causaria problemas na economia
de Condeixa?
Não só nesta como em todas as outras.
A diminuição do turismo traz
consequências! Em primeiro lugar
causaria a diminuição do rendimento. Se
as pessoas deixarem Condeixa por
motivos climáticos, deixam de fazer
consumos a nível da restauração,
hotelaria, comércio local, transportes,...
E claro que também causaria a
diminuição da empregabilidade, ou seja, a
diminuição do turismo levaria ao
aumento do desemprego das pessoas
que trabalham nesta área.
E o desenvolvimento de Condeixa?
Também, claro! Se o aumento de
turistas se tornar evidente, haverá
necessidade de mais restaurantes, de
mais unidades hoteleiras, de eventos e
festivais,... e tudo isso iria gerar a
procura das pessoas, que na sua maioria
não são de cá, o que resulta no aumento
do comércio.
O aumento do turismo tem de ser feito
numa medida sustentável, caso contrário
pode trazer o reverso da medalha, como
o aumento do efeito de estufa,
problemas de emissões de gases, etc, ou
seja: "Queremos pessoas, sim, mas não
queremos automóveis em demasia.
Queremos visitantes, sim, mas não
queremos ruído em demasia. Queremos
visitantes, mas não queremos afluxos de
pessoas ao mesmo local ou
congestionamento de trânsito, que
eventualmente pode provocar acidentes
Tem que haver equilíbrio! De um lado o
turismo, do outro lado os eventuais
problemas que a sua prática pode
causar, como a queima de combustível.
É preciso pensar que nem sempre, e só,
o turismo é bom. Ele é bom, sim, mas
tem de ser devidamente pensado.
Há uma preocupação para que se
utilizem energias alternativas!
Trabalho realizado por
Beatriz Roque e Laura Ferreira – 9ºC
*Turismo cultural (Ruínas de Conimbriga); Turismo de natureza (Rotas pelo concelho por pontos turísticos importantes); Turismo gastronómico (Festival Anual do
Cabrito, pratos tradicionais de Condeixa); Turismo histórico (Ruínas de Conímbriga, Tomar, Penela, Santiago da Guarda); Tanto no turismo de natureza como no turismo
cultural, temos os Caminhos Marianos (um novo Itinerário para Fátima mais seguro) os Caminhos de Santiago e o Itinerário dos Palácios (percurso dentro da vila).
AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E O TURISMO EM CONDEIXA Entrevista ao Prof. Rui Rato, Diretor do Curso Profissional de Técnico de Turismo e
professor de Geografia do nosso Agrupamento
O Concurso Soletrar tem sido realizado no Centro Educativo, numa proposta da sua coordenadora de estabelecimento a educadora Filomena Ribeiro, dinamizado em parceria com o PAA das bibliotecas escolares, desde 2013, sendo esta a sua 3ª edição.
Este ano letivo alargou-se a iniciativa a todas as turmas do 1º ciclo do agrupamento, visto que claramente estimula o domínio da leitura e literacia, enquanto atividade de treino e melhoria das capacidades associadas à leitura.
A Final entre escolas, realizou-se no auditório da EBnº2 no dia 26 de maio último, e teve como objetivos: ampliar o vocabulário e valorizar os estudos de ortografia, para além de promover o convívio e a sã competição entre todos os alunos do 1º ciclo do nosso Agrupamento, momento que poucas vezes se torna possível.
Os vencedores surgiram de 4 escolas, mostrando que as competências e os bons alunos existem em todos os estabelecimentos de ensino do nosso agrupamento!
No escalão do 1º ano venceu o aluno Afonso Salgueiro da escola da Anobra. O Bernardo Mendes do 2ºA do Centro Educativo também mostrou o que valia, e a Ângela Pancas do 3º ano de Belide sobressaiu entre os seus pares. No 4º ano, a turma A da EBnº1 trouxe o primeiro lugar pela excelente prestação do aluno Danilo Marques.
No entanto todos os 24 alunos participantes estão de parabéns pelas suas excelentes participações pois esforçaram-se bastante, e comportaram-se muito bem. O importante nestas atividades é participar e passar por novas experiências!
Para o ano há mais!
professora bibliotecária Ana Rita Amorim
24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
De mãos dadas com o Plano Nacional
de Leitura, o Agrupamento de Escolas de
Condeixa celebrou, pelo 6º ano
consecutivo, a Semana da Leitura, desta
vez subordinada ao tema aglutinador
“Palavras do mundo”.
Apesar de a grande maioria das
iniciativas se terem desenrolado de 16 a
21 de março, a Rede de Bibliotecas de
Condeixa (Bibliotecas Escolares do
Agrupamento e a Biblioteca Municipal)
começou esta festa de “(re)descoberta da palavra escrita,
dita, cantada, declamada, ilustrada”, mais cedo e num
contexto que abrangeu toda a comunidade. A leitura foi
festejada nas escolas e nas ruas de Condeixa e as muitas
atividades chegaram a um público
imenso e muito diversificado. Mas, um
evento desta envergadura só conseguiria
ter o sucesso que alcançou por contar
com a participação, o envolvimento, a
diversidade e a capacidade de inovar de
todos os que se empenham em tornar a
leitura um bem precioso. Muito obrigada
a todos!
Deu muito, muito trabalho, mas…
como dizia Fernando Pessoa, “[...]tudo
vale a pena/ Se a alma não é pequena”.
Querem ver como valeu mesmo a pena?
Aqui ficam apenas alguns dos momentos inesquecíveis que
se viveram… Vejam…
Na biblioteca acontece::
No dia 2 de março, no Cineteatro de Condeixa, as crianças que
frequentam o 1º, 2º e 5º ano das escolas deste Agrupamento
tiveram a oportunidade de rir a bandeiras despregadas, com a
desfaçatez de Beatriz, princesa teimosa e mimada, e das tolices dos
seus pretendentes e restantes personagens, na adaptação da peça de
Ilse Losa, O príncipe Nabo”. Trazida, brilhantemente, ao palco pela
companhia de teatro profissional, “AtrapalhArte”, esta peça conseguiu, através da comédia, alertar o jovem público para “aquilo que
realmente conta na vida”.
“Invento livros, espetáculos, oficinas, recheados com sinestesias especiais
porque tiram as sapatilhas literárias e calçam as literais. Escrevo como
quem desenha um besouro, leio como quem ouve um brinquedo. E
aproximo-me do tesouro: nós! “ (Condessa, Paulo)
Estas palavras de Paulo Condessa
expressam muito melhor que as nossas, os
momentos especiais que se viveram nas BE
da Escola Secundária Fernando Namora
(16 de março), da EB nº 3 (16 e 17 de março), da EB nº1 (17 de março). Na manhã de 16, o autor desenvolveu na
ESFN o Espetáculo de Poesia performativa Os Monstros Embalsamados, levando os nossos alunos do 10º ano a
sentir e a “dizer” a poesia e os poetas de uma forma diferente, mais próxima, mais viva e divertida. Para os alunos
do Projeto Ler+ Jovem e alguns do 11º e 12º ano o escrito fez rir, ler expressivamente e gostar dos poemas de
autores consagrados da literatura, no 1/2 Espetáculo, 1/2 Oficina performativa Os Monstros Embalsamados.
Chegava a vez dos mais pequenos, os alunos do 1º CEB da EB nº1e EB nº2… Ui! O que estes se divertiram com a
forma como o Paulo os fez entrar na sua obra A menina Elegantina e o gnomo Assustado.
Simplesmente espetacular! Os alunos, professores adoraram esta experiência
A espionagem da leitura andou no ar, durante fevereiro e
março, com o Concurso de Leitura CHERUB, desenvolvido
pelas bibliotecas escolares, em colaboração com a Porto
Editora. Os alunos dos 2º e 3º ciclo provaram, no dia 16 de
março, o quanto são bons agentes ao darem provas da sua
excelente leitura do livro O Recruta, da coleção CHERUB.
Após momentos de jogos psicológicos e de nervos de aço, os
resultados das provas apuraram como melhores leitores
(suspense…):
1º lugar: Ricardo Simões, 9º B
2º lugar: Leonardo Costa, 9º C
3º lugar: Diogo santos, 9º D
Menção honrosa: Diogo Sabino, 6º C
Estes jovens prometem!
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25
::Na biblioteca acontece No dia 18 de março, a Companhia de Teatro Profissio-
nal Internacional “Thêatre du Versant”, sediada em Biarritz,
trouxe até Condeixa a peça “Quoi qu`on caquette”, destinada
ao público em geral e, em especial, aos alunos que, no seu
plano de estudos, tinham Francês. Este espetáculo, baseado na
commedia dell arte, trouxe aos alunos do 7º ao 9º ano, mo-
mentos inesquecíveis de várias peças clássicas da comédia da literatura universal, da autoria de Molière, Goldoni, Gozzi. Os nossos alu-
nos também foram atores e tiveram a oportunidade de ser Colombina, Arlequim e Pierrô, entre tantas outras personagens imortais. Há
que reconhecer que se saíram muito bem.
Todos puseram a máscara nesta aventura porque, afinal, a nossa vida é também um enorme palco…. Magnifique!!!!!!! Bis!!!! Bis!!!
No dia 19 de março, na Biblioteca Municipal de Condeixa, os alunos das Escolas Básicas de 1º ciclo de Belide, Ega, Sebal
e Anobra estiveram com a escritora Leocádia Regalo e a pintora Maria Pimpão. Entre a poesia da autora, pintura e
histórias, os alunos e professores voltaram às suas escolas com um sorriso nos lábios e vontade de abraçar a arte.
Dando início ao objetivo de transformar a vila de Condeixa numa Biblioteca exterior, as
BE do Agrupamento puseram em prática o Projeto Trocamos+, iniciativa para a qual
contaram com a ajuda de professores, auxiliares, alunos e suas famílias, que,
prontamente, ofertaram livros que os acompanharam e que queriam que outros lessem.
Cheios de vontade e simpatia, por reconhecerem o papel de todos na promoção da
leitura, juntaram-se a nós nesta aventura vários estabelecimentos públicos da vila.
Se ainda não o fez, poderá participar neste projeto de troca de livros. Como? Leve
consigo o(s) livro(s) que quer partilhar com outros leitores e troque-o(s) por outros que se encontrem nas caixinhas num dos postos
Trocamos+ da vila, a saber: Farmácia Rocha, na praça da República; Padaria e Pastelaria Pote de Mel, frente ao Centro de Saúde;
Laboratório de análises Clínicas Beatriz Godinho; Piscinas Municipais de Condeixa; Biblioteca Municipal e Junta de freguesia de Condeixa.
Junte-se a nós e LEIA+!
… E foi isso mesmo que se fez na Biblioteca Municipal de Condeixa, entre os dias 2 e 17
de março, quer com a Inês Rodrigues, quer com a Sónia Fernandes, ambas magistrais
contadores de histórias e técnicas de bibliotecas municipais, a primeira de Condeixa e a
segunda de Pombal.
Contaram-se segredos, venceram-se medos, cantaram-se histórias, conseguiram-se vitórias, mas estas ainda
agora estão a começar. O certo é que se ganhou… muitos atuais e futuros bons leitores, nestes meninos e
meninas de todos os Jardins de Infância do Agrupamento de Escolas de Condeixa.
Pais, é tão bom ler para e com os meninos!
Para terminar em grande esta Semana em
que mais uma vez a Câmara Municipal e o Agrupamento uniram esforços e
fizeram obra intelectual, através das suas bibliotecas em rede, realizou-se no
sábado, dia 21 de março, em honra da Poesia, uma vez que este era o seu dia
mundial. O evento, aberto a toda a comunidade, foi fabuloso e diversificado.
Começando com a visita à exposição dos espantalhos, elaborados pelos alunos
dos JI, EB1 do Agrupamento e de tantas outras instituições de Condeixa, o
público, avultado, teve o prazer de contar com um momento poético com o
poeta Arnaldo Silva e o professor Machado Lopes. Seguidamente, passou-se ao
também tão aguardado momento da entrega dos prémios aos vencedores do
Concurso “Poesia na Biblioteca”, quer para os candidatos adultos, quer para as
crianças e jovens e cujas excelentes composições, que levaram o júri do concurso para os mais jovens a alargar o número de vencedores,
foram lidas pelos seus autores. Houve momentos comoventes, resultantes do imenso e merecido orgulho que as famílias e restante público
sentem destes já tão grandes poetas. Refira-se que as composições de alguns dos jovens e crianças foram traduzidas e enviadas para o
Concurso Internacional de Poesia “Le Bleuet Jeunesse”.
A cerimónia terminou com fado de Coimbra e a participação do público que cantou e declamou os seus poemas favoritos.
26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
1ºA Eu gosto muito de livros porque…
…aprendo a ser muito inteligente.- Elisa Figueira
…ajudam-nos a aprender mais rápido e também nos entretêm.- Francisco
Marques …gosto de ler, aprendo e gosto de ver as imagens. Os livros. Os livros
fazem-nos mais espertos. - Marichka
eu gosto de ler e às vezes encontro histórias divertidas. Umas vezes fazem-
me rir, outras fazem-me chorar com os seus finais bonitos. Eu adoro
livros! Se mos derem de prenda eu fico feliz. Os livros também me ajudam
a ficar mais inteligente.- Carolina Orfão
São muito engraçados e as personagens são muito divertidas. Eu leio
muitos livros para saber mais. Eles são importantes para me ensinarem as
letras e a ler. Eu recebi um livro e gostei muito.- João Miguel Dinis
1ºB Os livros são muito importantes. Nos livros podemos ler histórias,
poemas, lengalengas e aprender sobre todos os assuntos.
Os livros são feitos de papel. Têm uma capa com o título, o nome da
autora e da ilustradora. Os desenhos da capa são bonitos e sobre a
história.
Devemos cuidar dos livros. Não os rasgar nem riscar. – Texto coletivo
2ºB Os livros são muito precisos. Ler é um tesouro, eu adoro ler. Quanto mais
lemos mais espertos somos. – Francisca Martins
Os livros são a minha paixão. Não sei o que era sem eles. – Duarte
Jerónimo O livro é a maior inspiração do mundo, onde se podem esconder grandes
segredos. – Margarida Figueiredo
Livros, livros, amores do fundo do meu coração, porque vocês ensinam a
todas as pessoas e crianças a ler e a aprender mais. – Afonso Fonseca
Os livros são tão importantes que nos dão a imaginação para fazermos
qualquer coisa especial. – Inês Borges
Os livros são o tesouro da nossa escola onde aprendemos a ler. Gosto
muito do dia mundial do livro. – Lurdes Branco
Eu gosto muito dos livros porque nos dão inteligência, muita imaginação. – Maria Leonor Santos
2ºC Os livros são especiais e eu gostava que
eles tivessem vida. – Ana Carolina Neves
Os livros são os meus melhores amigos. – Vanessa Gerardo
Os livros, para mim, são vida. – Carolina Silva
Os livros são histórias para contarmos aos outros e também para
aprendermos a ler mais, – Lara Marques
Os livros são maravilhas e tesouros para descobrir, – Mara Neves
Os livros têm o nosso carinho e amor! Têm “estórias” maravilhosas para
contar, do fundo do coração. – Beatriz Oliveira
3ºA O livro é tudo para mim, um par, um amigo ou um irmão, é tudo a mesma
coisa, uma janela, imaginação, no fundo do coração. – Gonçalo Manaia
Para a escola os livros vou trazer, para com amor e carinho os ler. – Matilde Simões
Um livro para levar
Um livro para passear
Um livro para imaginar
Fico entusiasmado à espera para ver
O que o meu amigo livro
Me vai trazer. – Rodrigo Fonseca
O livro é o meu melhor amigo
Ensina-me histórias e brinca comigo. – Matilde Casimiro
Os livros não são ditaduras, mas sim aventuras. – Gonçalo Lança
3ºB Os livros são nossos amigos porque nos fazem ter imaginação
e podemos escrever as palavras que nos saem do coração! – Alda Simões
Os LIVROS contam-nos AVENTURAS, HISTÓRIAS e FICÇÃO
Transmitem-nos CONHECIMENTOS e despertam-nos a
IMAGINAÇÃO! – Nuno Simões
Com os livros nós percebemos ações e sentimentos vividos nas histórias
das pessoas. – Gabriel Sousa
Na biblioteca acontece::
“ESCAPE FROM SCHOOL” - uma noite na Biblioteca na BEFN “Foram transportados no tempo. Já não é mais 2015, e
estão numa escola em ruínas... Desconfiam que estão num futuro apocalíptico e precisam de descobrir o segredo que vos faça sair desta escola abandonada, onde estão trancados, … precisam de sair daqui vivos! Está escuro, é de noite, o tempo urge. Não sabem como
aqui chegaram, mas só têm uma coisa no pensamento: SOBREVIVER! Os desafios são muitos, vão ser postos à prova. Será que conseguem sair, ou ficarão para sempre presos
neste lugar?”
Decorreu no dia 23 de abril a 1ª edição d'A Noite na Biblioteca, no âmbito da comemoração do “Dia Mundial do Livro e dos direitos do autor”.
A atividade foi organizada pela Biblioteca Escolar Fernando Namora e pelo Centro de ATL das Cáritas. Contou com a participação de 18 alunos (do 9º ano e ensino secundário) que participaram em diversos jogos e passatempos sempre feitos com base em livros do Top de Leituras da nossa Biblioteca.
O jogo do dia mais esperado, intitulado “Escape from
School”, procurou o suspense numa escola escura e vazia, criando momentos de algum medo, intriga e muita animação. A noite foi intensa e interessante, tendo terminado “Sem Tempo”, numa sessão de cinema com Justin Timberlake como protagonista.
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27
No dia 23 de abril - DIA DO LIVRO e dos direitos de autor os alunos da Ebnº3 foram à biblioteca ouvir a história “Sábios como Camelos” de Eduardo Agualusa e refletir um bocadinho sobre
a importância dos livros na sua vida e nas suas aprendizagens… Foi um momento bem passado que
muito agradou a todos!
Durante o mês de abril houve mais
Saúde Oral nas escolas do 1º ciclo
do AEC
As culpadas são as professoras
bibliotecárias que promoveram, numa
parceria com a USF (Unidade de Saúde
Familiar) do Centro de Saúde de Condeixa,
sessões de esclarecimento e de promoção
da Higiene Oral junto de todas as 33 turmas
do 1º ciclo do nosso Agrupamento.
Nestas sessões são explicadas todas as
regras para que as nossas crianças possam
manter os seus dentes saudáveis, limpos e
sem cáries!
Os alunos divertiram-se com uma história de
fantoches
O Projeto SOBE ofereceu um Kit de
escovagem em cada turma, ao aluno que
fez o melhor desenho ilustrativo do que
aprendeu nesta sessão tão importante para
a saúde futura!
Reconto da história
Sábios como Camelos de Eduardo Agualusa
Na Pérsia viveu um grão-vizir que gostava
imenso de ler. Quando viajava levava consigo
quatrocentos camelos carregados de livros.
Um dia, após uma tempestade de areia, os
camelos perderam-se no deserto e o grão-
vizir regressou muito triste ao seu palácio.
Um jovem pastor salvou-os e levou-os até a
uma região remota do deserto. Passados
quinze dias, o jovem pastor, como viu os
camelos a morrerem à fome, deu-lhes os
livros para comerem.
Ao fim de trezentos e noventa e oito dias,
apareceram as tropas do grão- vizir e o
jovem foi acusado de ser o responsável pela
destruição dos livros. O grão-vizir ordenou
que ele ficasse um dia na prisão por cada livro
destruído.
O camelo Aba não concordou com a prisão
e explicou ao grão-vizir que os livros tinham
dado aos camelos a capacidade de falar e o
conhecimento que estava em cada um dos
livros. O jovem pastor foi libertado e, todas
as tardes, um camelo subia ao quarto do grão
-vizir para lhe contar uma história.
Texto coletivo da turma do 2ºB da EBnº3
Eu gosto muito de ler porque me faz sonhar. - Beatriz Andrade
3ºC Leio livros de histórias
Gosto das suas memórias
Também de os ter em mente
E adoro os do ambiente.
Há livros de apitos
Adoro os de mitos
Fico sempre no meio
Gosto dos livros que leio.
Há os livros do mar
E também do nosso lar
Divertida a biblioteca
Parece uma discoteca! - Mafalda Ferreira
O livro gosto de ler… e a
história vou viver… - Lara Pita
Ler um livro faz-me acalmar. – Anais Duro
Eu tenho um amigo que me ensina a escrever, a
sonhar e a imaginar… esse amigo é o livro. – Martim Pais
Os livros que leio tornam-se meus amigos porque
cada livro que leio ensina-me várias coisas – Francisco Fernandes
No livro encontro palavras de encantar. – Rodrigo
Miguel
4ºB O livro é um amigo que está presente sempre
que é preciso. - Marco Silva
Eu gosto de ler livros porque quando os leio
parece que fica um filme na minha cabeça. - João
Pedro Palricas
Um livro é um tesouro
Da nossa imaginação.
Não o podemos estragar
Então guardamo-lo no coração. - Laura Henriques
::Na biblioteca acontece
28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
Na biblioteca acontece::
Com a chegada de mais um baú “Trinta dias, trinta livros”, no
início de maio, veio a “Hora do Conto” à Escola do 1.º Ciclo de
Belide.
As professoras bibliotecárias Ana Rita Amorim e Anabela
Costa dramatizaram duas estórias fantásticas que representam
diferentes culturas e um imaginário civilizacional riquíssimo.
O primeiro conto – “As preocupações do Billy” – é uma estória
tradicional da Guatemala e já correu o Mundo através da
“palavra” do autor Anthony Browne.
“As preocupações do BillY” refere-se à história de um menino
que adormece quase sempre cheio de receios e temores… Mas,
eis que os seus “medos” deixam de existir quando ele constrói
uns bonequinhos – os bonequinhos das preocupações do Billy!
Após o conto, os meninos da escola receberam como
presente um “bonequinho das preocupações” e foram
convidados a construir outros.
“O Gato Sol” foi a segunda (e última) estória apresentada.
Para tal, as professoras bibliotecárias recorreram ao Kamishibai
– uma maneira diferente de contar estórias que teve origem no
Japão. O kamishibai é composto por um suporte de madeira
onde se colocam cartões com ilustrações alusivas à estória e que
ajudam à compreensão da mesma.
“O Gato Sol” é um conto tradicional vietnamita e a estória
narrada tem por base a cultura asiática e descreve o habitat
(flora e fauna) dessa região.
O protagonista desta história (um jovem vietnamita) encontra
um gato na selva e leva-o para casa. Como não sabe o nome que
há de dar ao gato, visita o sábio da aldeia para o ajudar. O papel
do sábio é orientar o jovem nessa tarefa.
Muitos nomes, ao longo do conto, são sugeridos: “Sol”,
“Nuvem”, “Vento”, “Muro” e “Rato”. Mas o jovem chega à
conclusão que não há nenhum nome melhor para o seu animal
do que aquele que ele já tem – “Gato”.
Este conto transmite uma moral “Cada Ser é único e deverá ser
valorizado como tal”, pois a sua grandeza reside naquilo que ele
tem de diferente dos outros seres.
Tanto o primeiro como o segundo conto foram imensamente
apreciados pelos alunos por transmitirem, de forma imaginativa,
uma mensagem repleta de sentido. Texto coletivo da Turma B (3.º e 4.º ano) da E.B. 1 de Belide
O GATO-SOL
Animação da Leitura no projeto de itinerâncias “Trinta dias, trinta livros”
O lindo Gato Sol
Na floresta foi encontrado
Ele parecia um caracol
E para casa foi levado
Brilhante e dourado
Era o seu pelo
Às listas malhado
No ombro foi metê-lo
Com o tempo cresceu
Só brincava no mato
Pensou… até que lhe deu
O nome de Gato Gato
Foi com a ajuda do sábio
Que aprendeu a lição
Não se pode chamar lábio
Se é o nosso coração
Cada um com o seu jeito
Todos cheios de diferenças
Temos de ter respeito
E tu, o que pensas?
3º/4º ano EB1 da Ega
Nesta Sala Vivo Eu! Foram inauguradas no passado dia 23 de abril, Dia do Livro
e dos direitos do autor, as salas de aula das 10 turmas do
1º ciclo do Centro Educativo, agora batizadas com nomes
de conhecidos e importantes autores da literatura
infantojuvenil. Os alunos realizaram trabalhos de pesquisa,
biografias, trabalhos criativos e de artes plásticas sobre os
seus autores, leram e passaram a conhecer melhor
algumas das suas mais célebres obras.
Uma proposta da biblioteca escolar.
Querem saber mais? Passem por lá!
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29
::Na biblioteca acontece
CONCURSO “Poesia na Escola 2015”
No passado dia 21 de março, nas comemorações de mais um
dia da Poesia, a Rede de Bibliotecas de
Condeixa aproveitou o momento para
entregar os prémios deste ano do
Concurso “Poesia na Escola”.
Estes são os trabalhos premiados. Temos Poetas no nosso
agrupamento. Disso não temos dúvidas!
As 4 estações
Quando nasce a Primavera
Mais parece um novo amor,
Porque alguém está à espera
De ver no campo, uma flor.
Vejo as árvores em flor
Tudo isto é deslumbrante
São dias cheios de amor
A quadra dos amantes
Nasce o amor e a saudade
Nos dias quentes do Verão
O sol queima de verdade
Mas aquece o coração
E à noite é tudo igual
Nas tardes à beira-mar
O pôr-do-sol em Portugal
É um desejo desse amar
Depois do verde da esperança
Rolam as folhas pelo chão
Vamos perdendo a confiança
Com saudades do verão
As árvores ficam despidas
Por terem perdido o trono
E aquelas folhas caídas
Dizem que estamos no outono
E entra devagarinho
Sem barulho querer fazer
Num cantar de um passarinho
O inverno vai nascer
E assim em qualquer aldeia
Vai tudo clarear
Com a luz de uma candeia
Vemos na serra nevar
Chega também um ventinho
Vemos as brasas a arder
Nós sentados num banquinho
P´ro calor nos aquecer
O céu escuro do inferno
Permanece 3 meses
Muito necessário é o inverno
com chuva e sol às vezes.
Mariana Fonseca, 9ºF
Realidade
Um Sol que se põe todos as noites,
Uma manhã que sorri todos os dias,
Pedras do caminho que rolam como gotas
E gotas que gelam na pele como pedras.
Há uma história para lá da imagem,
Uma história onde os ramos são abrigo,
As estrelas confidências,
Os troncos testemunho,
O horizonte esperança
E a poeira o começo.
Há um comum extraordinário para lá da janela
Que todos olham mas poucos veem.
Há um compasso na chuva que para o tempo,
Um grito de liberdade no trovão,
Uma musicalidade perfeitamente incerta no vento,
Um horizonte que lembra as possibilidades,
Um céu azul para mim e para ti
E que no entanto não tem a mesma cor,
Uma lua que condensa a vida,
Uma realidade.
Uma realidade que do efêmero presente
Faz o infinito.
Uma realidade que se alinha
Para que nada seja perfeito
E tudo faça sentido.
Pois só assim é real,
Só assim é único
E só assim deve ser. Sara Silva, 10ºA
Linda flor
Flor que pelo ar és levada,
De eterna e pura beleza,
Pelo céu és beijada,
Sempre na incerteza.
Sem sítio onde pertenças,
O mundo é teu lugar.
Voa linda flor!
Não te deixes apanhar!
Não te deixes apanhar,
Nem pelo menino mais lindo. Sê feliz, linda flor,
Que a noite vem vindo. Rita Pita, 6º F
Mar Mar, tela de encantar
Onde nos é permitido sonhar.
Mas este mar, que tanto dá,
Também sabe retirar.
Contraditório por natureza,
Tanto traz alegria como tristeza.
É fonte de vida e de prazer,
Habitat que se deve preservar,
Pois não o fazer
É a nossa extinção anteceder.
Pode abruptamente tirar
Vidas de quem por ele vai navegar.
Esconde aventuras e segredos,
Alguns de que devemos ter medo,
Histórias e lendas de outros tempos,
Que estão escondidos e guardados
Nos mares desde sempre navegados.
Ricardo Pedrosa, 5ºG
MINHA ARCA,
MEU TESOURO! A minha arca é fantástica!
É toda de papel e cartão,
Nela guardo toda a imaginação.
Na minha arca
Vejo nobreza
E alguns pozinhos de certeza.
Nela existe toda a minha infância…
Nela vivem os brinquedos
E as estórias de grandes enredos.
A minha arca é fantástica!
É toda de papel e cartão,
Nela guardo toda a imaginação.
Do seu interior sai uma rima,
Outra e mais outra,
Depois um manto
Que, em verso,
Construo com encanto!
E para terminar
Lá no fundo da arca
Ainda posso encontrar
A palavra sonhar!
Alexandre Silva, 4º ano, EB1 Belide
A minha imaginação
No meu quarto que barafunda,
a minha imaginação,
as ideias que fluem,
e caem pelo chão.
Fofas como uma nuvem,
por mais que lhes diga não,
enredo de ideias,
juntas em cadeias,
nunca saem do meu colchão.
Mas nada, e tudo muda
o silêncio do meu coração
aquela estranha barafunda
que varia com a imaginação.
Emília rebelo, 7ºE
30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
LEMOS + escrevemos melhor:: Ser poeta é…
Ser poeta é
Ir mais além.
É descobrir-se a si próprio
E esconder-se no poema.
É ser destemido,
Ter como armas as palavras
E a mudança como vitória.
Ser poeta é ser universal
E viajar por galáxias desconhecidas.
É saber amar qualquer um
E ver com o coração.
É transmitir sentimentos,
Mas ser o incompreendido.
O
estranho
caso do
retrato
flamengo de P. D. Baccalario
e A. Gatti
Na minha opinião, este livro conta-nos
uma emocionante história, tão
“fantabulástica” que, apesar de lhe
reconhecermos a fantasia, o enredo e as
experiências pessoais de cada um nos
levam a sentir que tudo é a mais pura
verdade. Através da narrativa e das
pequenas ilustrações, nós próprios
vivemos o mistério como se
pertencêssemos àquele clube e
investigássemos em conjunto com as
personagens, contribuindo para a
procura da verdade e a resolução do
problema.
O que mais me encantou, nesta
história foi o facto de o adensar do
mistério nos dar o que pensar, levando-
nos a ansiar voltar rapidamente ao livro
para ver como tudo se desenrolava e se
resolvia. Gostei muito das personagens,
pois tornam-se muito reais. Cada uma
tem a sua maneira de ser e de “sacar”
informações úteis à investigação.
O que também muito me “agarrou” a
esta e a outras histórias da coleção,
fazendo-me ler sem parar, é que a
conclusão nunca é aquela que estávamos
à espera, pois surge o surpreendente
inesperado… AH, no final! Tudo acaba
com um sabor doce na boca, mas o
mistério continua aceso no escuro das
persianas. Emília Rebelo (7º E)
A história do
senhor Sommer de Patrick Suskind Cheguei à prateleira e
escolhi “o” livro!
Parecia chamar por
mim, com a sua
lombada em letras
gordas. Tirei-o e ainda
me cativou mais com as
cores da sua capa. Deveria ser interessante –
pensei eu…
Estava errado! Não gostei “do” livro!
Embora o narrador nos consiga transportar
para a ação que vai relatando, seja capaz de
nos levar a experimentar os sentimentos que
vão assolando as personagens e de nos
arrastar para a sua infância, a verdade é que
senti que fui “enganado” pelo título e pelas
minhas expetativas em relação à história que
ele me parecia prometer.
O narrador parece distraído e desvia-se
muito da história do senhor Sommer, que
deveria ser a principal. A verdade é que não
lhe dá qualquer importância, sendo que,
durante umas 50 páginas, não se fala nele.
Além disso, a maior parte dos diálogos eram
supérfluos. O final … também o detestei, pois
o senhor Sommer morre, desnecessariamente,
e sem se perceber bem qual o motivo dessa
morte. Ainda mal o tinha conhecido e
morre…
Atendendo a estas razões, não aconselho a
leitura do livro. No entanto, provavelmente,
estou a ser injusto. Vou, certamente, lê-lo uma
segunda vez, quando for mais velho, e é bem
possível que já goste mais. Quem sabe?
Tomás Ribeiro (7º E)
A porta do tempo
de Ulysses Moore
O livro que li e escolhi
para dar a minha opinião é
espetacular, pois à medida
que a história avança se
levantam mais perguntas e
se dão menos respostas, como se de um
novelo se tratasse. A história é um enigma
não só pela narração, mas também pela sua
origem, conforme explica o autor no email
que enviou à editora e que se apresenta no
início do livro.
Esta obra é fruto de muita imaginação, o
que faz com que os pormenores se liguem
entre si, tendo como base um código que o
autor decifrou. Entre as páginas, encontram-
se ilustrações muito detalhadas, que também
contribuem para este lado enigmático do
livro.
Ao te aventurares nestas páginas, é preciso
pores à prova o teu saber, a tua imaginação e
coragem, pois a vontade de ler vai ser cada
vez maior, à medida que vais penetrando nos
mistérios que o livro esconde. Tal como as
personagens, vais enfrentar mares de letras
molhadas, desertos de segredos perdidos,
florestas de números selvagens, montanhas
de aventuras inesquecíveis.
Aconselho-te não só este livro, mas a
leitura de toda a coleção. É viciante!
por Maria Rebelo (7º E)
O Recruta de
Robert Muchamore
Aconselhado pelos
meus colegas e pela
professora
bibliotecária, decidi
ler o volume 1 da
coleção CHERUB, O Recruta. O livro
era grande e tremi. Porém, como o
mundo dos serviços secretos e da
espionagem me desperta muito
interesse, lá me deixei convencer.
Espetacular! Cativante! São estes os
adjetivos que posso empregar para
descrever esta minha experiência com
o livro. Na pele de James, fui um
espião destemido e, apesar de me
sentir tantas vezes próximo do fim,
consegui ter a astúcia suficiente para
me salvar.
No final, este livro deixou-me a
mensagem de que, apesar de todos os
obstáculos que possam surgir,
conseguimos sempre alcançar os
nossos objetivos, desde que lutemos e
trabalhemos para tal e, mesmo que
não se realizem hoje, podem-se
realizar amanhã, ou depois, desde que
não desistamos. Ensinou-me ainda que
tudo é mais fácil quando apoiados e
ajudados e que as pessoas retribuem
aquilo que de nós recebem. Carlos Pedro Cardoso (7º E)
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31
::LEMOS + escrevemos melhor
Amor eterno
Esta letra é para pensares sobre a nossa situação, porque pensas que o amor que sinto por ti é todo em vão. Mas não. Sem ti sinto-me sem chão.
Eu amava-te como nunca amei ninguém e sabia que o nosso romance podia ter ido mais além.
Estou perdido no mar e já não encontro saída. Realmente já nem sei o que é a vida.
És tu que me fazes respirar. O nosso amor é um segredo que ninguém vai desvendar.
Digo-te na cara o que estou a sentir. Sei que o nosso amor para sempre vai existir.
Vou andando contigo pela rua, contigo no pensamento, e sempre a pensar no dia do nosso casamento.
Sozinhos nós vivemos este sonho tão profundo. Vou dar-te a minha mão
e, em troca, dás-me o teu mundo.
Luís Nunes, 1º VOC
Sozinho no desconhecido
Olhei em redor e
apenas encontrei
mar que passava
além do horizonte
e do outro lado
estava perante
uma ilha deserta.
Foi em agosto
de 2012 que fiquei preso nesta ilha,
sem ninguém para falar. Então, gritei:
– Alguém que me ajude!
Do outro lado apenas ouvi o cantar
dos pássaros e o som da selva.
Não podia morrer à fome, por isso,
fui pescar. Deu para o meu jantar, mas
a minha preocupação era onde ia
passar a noite, sozinho e sem ninguém
para falar. Peguei em bocados de
madeira, em canas e folhas e fiz uma
cabana improvisada. Dava para passar
a noite.
No dia seguinte, de manhã, acordei
a ouvir as suaves ondas do mar. Que
delícia que era! Estava com fome, por
isso fui à procura de alimento. Havia
muita fruta, recolhi o necessário. À ida
para a cabana, encontrei um papagaio
e levei-o comigo. Passados uns
tempos, ensinei o papagaio a falar. Era
a minha companhia naquela ilha fria e
deserta. Eu dizia:
– Que grande alhada!
E o papagaio dizia:
– Paciência! Paciência!
Era um bom amigo, mas sentia falta
de amigos verdadeiros, de estar com
pessoas reais.
Certo dia, um barco militar passou
por aquela ilha para fazer treinos e
então eu gritei bem alto:
– Estou salvo, estou salvo!
Do outro lado houve resposta:
– Como veio aqui parar?
– Foi durante um naufrágio.
– Vamos tirá-lo daqui. Venha!
– Mas vou levar o meu fiel amigo
papagaio que tanta companhia me fez.
Fiquei muito contente. Estava a
salvo e ia voltar para a minha família e
amigos.
O meu último grito naquela ilha foi:
– Finalmente livre!
André Diogo, 1ºVOC
Tudo tem um fim Eles eram melhores amigos. Eram tudo um
para o outro. Riam juntos, passeavam juntos e, acima de tudo, eram fiéis até que
um dia ela diz que gosta dele e o
sentimento era tão forte que começaram a namorar.
Eles tinham a certeza que estarem perto um do outro era o que os fazia
felizes… passavam noites juntos, desabafavam um com o outro e, acima de
tudo, prometeram nunca se separar… mas… certo dia, ele diz que já não
sente o mesmo e acabaram.
Ela chorou dias sem conta, enquanto ele ia a festas e convivia com os amigos… e assim, do dia para a noite, uma história que parecia ser perfeita e dar certo desmoronou-se.
Andreia Mesquita, 1ºVOC
Mãe A minha mãe é linda, linda como todas as coisas lindas que há no mundo: linda como as pétalas das rosas dançando com o vento, como a Terra girando em torno do Sol, como uma violeta acabada de nascer… A minha mãe é baixinha, tem cabelo curto com caracóis que parecem uma espiral sem fim e tem os olhos da cor das castanhas que no outono comemos, estaladiças. Se a minha mãe desaparecesse eu acho que era capaz de andar sempre a chorar pelos cantos, por isso desejo-lhe uma boa vida e que não lhe aconteça nada de mal.
Rodrigo Manuel, 3.ºA EBn.º3
Ser poeta é ser o que eu quiser…
É ser o mágico que transforma carvão
Em diamantes a cintilar de enigmas.
Ser poeta é deixar
A alma cair sobre o papel.
É estar sozinho
E não estar só.
Ser poeta é ser eu
Com “e” no meio
Porque no início
me procuro
E no fim me apago.
Ser poeta é…
Poema coletivo da turma 7º E (inspirado no poema
de Florbela Espanca “Ser Poeta…”)
32 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
Escritores da nossa escola ::
ANA PAULA RAMOS AMARO Ana Paula Mabrouk (Pseudónimo)
“Escrevo porque não posso deixar de escrever, é inato”
«Ser artista não é ser ditado pelos outros: nem sequer é uma escolha. Há trepadeiras de palavras e cascatas de conotações, que ora se enrolam em espiral nos nervos do ser, ora se despenham em lagos profundos de pensamentos azuis. Enraizados e inafundáveis.»
Nasceu em 1968, na aldeia de Ribeira de Frades (Coimbra).
Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas (variante
de Estudos Ingleses e Alemães).
Possui a pós-graduação no Curso de Especialização em
Tradução, pela Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra.
Desenvolve a atividade de professora há mais de 20 anos e
está colocada no Agrupamento de Escolas de Condeixa.
Paralelamente, desenvolve as atividades de escritora e
tradutora.
Desde muito pequena que demonstrou o gosto pelos livros e
pela leitura. Gostava muito dos livros da Anita.
Tal facto, talvez se deva a um período da sua vida no qual foi
criada por uns primos que tinham uma grande biblioteca e
um ateliê de pintura.
Quando ia à cidade com a mãe ela costumava comprar-lhe
sempre um livro.
“Estes hábitos precoces de
leitura e contacto com os
livros são essenciais para
plantar a semente da
escrita”.
Começou a escrever quando andava no liceu e o apoio e
encorajamento de alguns professores foi essencial para
continuar a escrever até hoje.
“No presente não concebo a minha vida sem leitura
e escrita. São parte integrante não só daquilo que
faço mas daquilo que sou.”
As histórias dos seus livros surgem, muitas vezes, de
pequenos acontecimentos do dia-a-dia. Esses
acontecimentos transformam-se em narrativas que “têm que
ser trabalhadas, desenvolvidas, revistas, reescritas e,
algumas vezes, até deitadas fora quando nos apercebemos
de que o texto não resulta.”
“É preciso viver para escrever”
Livros publicados: “Alfabeto no feminino”, 2005
“Em Carne Viva”, 2010
“Crónicas da Arte e da Vida”,
2011
“Regresso O”, 2011
“Paixão em 5 Atos”, 2013
“Águas Paradas”, 2015
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FERNANDO MANUEL CARREIRA DE ABREU
Em Dalatando (anterior Salazar) era conhecido como “o branco mais revolucionário da cidade”
Obras e trabalhos publicados:
-Cazuangongo e o fim dos Dembos,
1996
-Angola (1928-1962): a assimilação
da população indígena através das
escolas das missões católicas, 2001
-Aguieira – Dão e Caramulo,
Literatura Geral da nossa região,
Coordenador Científico e
responsável das notas históricas e de
mitologia comparada,1996
-A gaita-de-foles e a aldeia do
Zambujal, 1997-1998
-Alminhas do Concelho de Condeixa-
a-Nova, 2001
-Lenda de Guilherme Pais ou dos
castelos da Ega e Conímbriga
Nasceu a 6 de julho de 1956 em S. Paulo de Assunção de Luanda (Angola) Licenciou-se em História pela Universidade de Coimbra (1981). Mais tarde tirou a licenciatura em História, na variante Arqueologia, pela mesma Universidade. Possui o Diploma de Estudos Superiores Especializados em Estudos Africanos e Língua Portuguesa em África, pela Escola Superior de Educação de Santarém. Tem 2 pós-graduações, uma em Antropologia pela Universidade de Braga e outra em Expansão Portuguesa pela Universidade de Coimbra. É professor do quadro de nomeação definitiva do ensino secundário há mais de trinta anos. Viveu em Angola até aos 19 anos. Destacam-se algumas atividades em que se envolveu: Foi guarda-redes suplente da equipa de Hóquei em Patins do Lusitano Clube de Salazar (Dalatando); Presidente da Associação de Estudantes do Liceu Nacional de Salazar (Dalatando); Foi voluntário da Cruz Vermelha de Angola, na cidade de Nova Lisboa (Huambo), no apoio aos deslocados da guerra civil
angolana; Em 1974 aderiu ao partido MPLA. Em dezembro de 2000 fixou residência no Zambujal (Condeixa-a-Nova). Entre 2001 e 2013 foi eleito presidente da Junta de Freguesia de Zambujal.
Memória de infância: “correr por meio dos caminhos onde passavam javalis e andar no meio das sanzalas livremente”
1969
1973
1975
1976
1977
1987
1992
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 33
:: Quem é Quem?
Nascida no auspicioso ano de 1966 é PEIXES até à medula.
Para todos os que perfilham a teoria de que andar na
mesma escola e na mesma turma do princípio ao fim dos
estudos deve ser a regra, este é um bom contraexemplo.
Frequentou a Escola Primária de Casconha durante 3 anos,
entre 1972 e 1975.
Fez o 5º ano no Ciclo Preparatório de Condeixa e do 6º
ao 9º ano andou no Colégio Apostólico da Imaculada
Conceição.
Tendo optado pela área de Ciências, estudou na Escola
Secundária D. Duarte onde fez o 10 e 11º anos e
completou o ensino Secundário da Escola Secundária José
Falcão por não haver a disciplina de Física no D. Duarte,
área que queria estudar.
Quis o destino que fizesse a licenciatura em Matemática da
FCT da Universidade de Coimbra que frequentou entre
1983-88.
Retomou os estudos em 2002 tendo obtido o grau de
mestre em 2005, em Administração Educacional, na então
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da
Universidade em Lisboa.
Um dia, quem sabe...
Desde há muito tempo que lhe conhecemos a boa disposição e a simpatia, mas esta sempre alegre senhora professora, embora pareça, não é cá da Terra! Nasceu em Coimbra, mas as suas raízes estão numa lindíssima aldeia do sopé da Serra da Estrela, onde fez os seus estudos na escola primária. Depois todo o seu percurso escolar passou por Coimbra, cidade da qual não gosta de se afastar! Do percurso profissional tem muito que contar, mas por poucas escolas andou, D. Duarte e Condeixa. Vem a fixar-se na vila simpática do nosso Agrupamento e diz que não pensa sair daqui…
Uma das nossas queridas professoras nasceu na Beira Baixa em
meados dos anos 50, onde concluiu a escola primária, embora
sempre tenha afirmado não ter realizado o exame da 4ª classe…
Aos 10 anos deixa a família e vai, com a irmã mais velha, para
Castelo Branco onde frequenta o ilustre Liceu Nun’Álvares e con-
clui o ensino secundário. Nunca esqueceu o clima agreste da ca-
pital albicastrense, onde no verão o calor derrete o alcatrão que
se cola aos sapatos e no inverno se avista a serra cheia de neve e
se tirita de frio…
No ano de 1972 ruma a Lisboa onde frequenta a Faculdade e
conclui a licenciatura em 1977. Que década maravilhosa…
Ingressa na função pública no ano de 1975 como monitora da
cadeira de Microbiologia da Faculdade de Farmácia de Lisboa.
No ano de 1977 começa a lecionar na Escola Secundária da Sertã
e no ano seguinte regressa novamente à capital, para realizar o
estágio clássico.
Leciona pela primeira vez em Condeixa-a-Nova no ano de 1979,
passou depois por Alvaiázere, Anadia, Soure… tendo regressado
definitivamente a Condeixa em 1987.
Já passaram 28 anos … e há muito que decidiu ser esta a escola
onde se irá reformar!
aos 22 anos
Com cerca de 11, 12 anos
18-19 anos
Desta vez aceitaram este desafio três mulheres
decididas, três professoras que tão bem sabem
fazer contas, decidir, orientar... e que nos
surpreendem aqui com a partilha dos seus tempos
passados, recordações de infância e juventude,
percursos de vida pessoa… histórias que nos
contam em mais uma edição de...
quem é
QUEM?
34 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
DIVERSÕES ::
Armaduras da Idade Média O marido da loira, que estava a ler
uma revista ilustrada com alguns
cromos representativos das
armaduras dos cavaleiros da Idade
Média, levanta-se do sofá, vai ter
com a mulher e diz-lhe:
- Vês, Aninhas, este tipo de
vestimenta, era o que os
cavaleiros usavam na Idade
Média.
Diz a loira:
- Credo! Isso havia de esfolar a
mobília toda…
Além da fé, havia o riso Na época medieval existia sempre um bobo que tinha como função fazer o Rei rir. Bom, não eram só os reis que riam. Num período da história da humanidade, marcado pelas trevas, pela falta de conhecimento e pelas forças poderosas da inquisição da igreja católica, os medos do desconhecido, a extrema pobreza, o frio, a fome e a estimativa de vida de trinta e poucos anos, levam a que um povo marcado assim precisasse de encontrar refúgios da própria vida.
O que é que o povo medieval achava engraçado? A maioria
de seu humor pode ser descrito como rude e grosseiro nos
dias de hoje: piadas sobre sexo ou funções corporais
parecem ser muito populares. Os alvos das piadas podem
ser maridos tolos ou esposas terríveis, o padre local, um rei
ou mesmo figuras históricas. Ou seja, tudo é baseado no
seu tempo presente, na forma como o próprio autor da
piada e o contador viam o seu mundo.
Um frade, que era razoavelmente
estimado, estava a pregar ao povo em
enquanto condenava calorosamente o
adultério, considerado por ele uma
prática abominável.
“É um pecado tão horroroso”, disse ele,
“eu preferiria ter um caso com 10
virgens do que com uma mulher
casada!”
O abade, um homem muito gordo e
corpulento, estava a caminho de
Florença uma tarde, e perguntou a um
camponês que ele encontrou: “Você
acha que eu vou conseguir entrar pelos
portões do castelo?”.
É óbvio que o que ele queria dizer ao
perguntar isso era se ele conseguiria
chegar à cidade antes dos portões se
fecharem. No entanto, o camponês
respondeu com veemência: “Claro que
sim. Se uma carroça de feno passa por
lá, por que não passaria você?”.
Várias pessoas estavam em Florença a
conversar e cada uma estava a pensar
nalguma coisa que a fizesse feliz. Uma
delas gostaria de ser o Papa, outra um
rei, uma terceira gostaria de ser ..., de
repente uma criança tagarela, – que por
acaso estava lá – disse: “eu gostaria de
ser um melão”. “E porque motivo?”,
perguntaram eles. “Porque toda a gente
cheiraria o meu traseiro!”
Um homem passeava pelas ruas,
mergulhado nos seus pensamentos,
extremamente melancólico. Ao
encontrar um amigo, este perguntou-lhe
o motivo da sua preocupação, ao que
ele respondeu que devia dinheiro e que
não podia pagar. O homem disse-lhe
então: “Não fiques assim… deixa essa
preocupação para seu credor”.
http://capinaremos.com/?s=romances+idade+m%C3%A9dia
ANEDOTAS MEDIEVAIS
– João, qual foi a primeira coisa que D. Pedro fez
quando chegou ao trono?
– Sentou-se, professora!
Sabes quem descobriu o Brasil?
– Eu nem sabia que ele estava coberto!
O imperador D. Pedro I estava, certa vez, no
banho, rodeado de cortesãos. Um filósofo persa
estava presente. D. Pedro, voltando-se para ele,
perguntou:
– Quanto calculas que eu valha, em dinheiro?
– Trinta moedas – respondeu o filósofo.
– Mas só a toalha que eu tenho na mão vale
isso…!
– Este valor já inclui a toalha …
junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 35
:: Ainda não sabiam?
De 9 a 14 de abril deste ano, no âmbito das disciplinas de Inglês, Área de
Integração, Técnicas de Comunicação em Acolhimento Turístico, Operações
Técnicas em Empresas de Turismo, Geografia e Turismo ─ Informação e
Animação Turística, os alunos do 11.º ano do Curso Profissional de Técnico
de Turismo, acompanhados pelos professores Maria de Fátima Gonçalves,
Maria Justina Almeida e Rui Damasceno Rato, Diretor de Curso e Diretor de
Turma, visitaram a Irlanda, também conhecida por Ilha Esmeralda devido ao
verde vivo da sua paisagem.
Tendo em conta que o turismo não se ensina, nem se aprende só na sala de
aula, este destino turístico, além de proporcionar aos alunos uma
oportunidade para porem em prática conhecimentos adquiridos nas aulas,
permitiu-lhes estabelecer contacto direto com a cultura e a civilização
irlandesas, bem como com a língua inglesa, imprescindível para a
comunicação em qualquer serviço turístico em qualquer parte do mundo.
Durante estes dias, a Irlanda ofereceu aos alunos a possibilidade de
conhecerem um pouco da História da República da Irlanda e da Irlanda do
Norte, das tradições e lendas, do património natural e edificado, de
apreciarem a música tradicional, o ambiente citadino de grandes cidades
europeias e a gastronomia e de usufruírem dos direitos da cidadania
europeia.
Destacam-se as visitas ao Museu do Duende, um espaço onde se recriam
aventuras protagonizadas por duendes, ao museu Jeanie Jonhston, uma
réplica do barco que levou emigrantes para os Estados Unidos da América e
Canadá durante a Grande Fome, que mudou radicalmente a paisagem social e
demográfica, The Burren, região com uma paisagem única, com vestígios, nos
calcários carboníferos, de plantas árticas e alpinas e onde nidificam colónias
de aves marinhas, os Clifs of Moher, considerados áreas de proteção
ambiental, e a Calçada dos Gigantes, um conjunto de 40 mil colunas de
basalto, resultantes de uma erupção vulcânica, que fazem parte do
Património Mundial da Humanidade.
Orgulhosos do seu património e para que as explicações dadas durante as
visitas fossem bem entendidas, alguns guias tiveram o cuidado de “adaptar a
velocidade do discurso” ao público.
Num país que “ainda hoje mostra um pouco das vicissitudes de um passado
recente, quer em termos de autonomia e independência, quer em temos de
reestruturação do território”, os alunos, como futuros técnicos de turismo,
reconheceram a importância de comunicar em Inglês, dos “conhecimentos
históricos e geográficos dos locais” e do “património edificado”, bem como
da “imagem, postura e competências” que lhes são exigidas nos diferentes
“segmentos desta indústria”. Realçaram ainda a importância da
“interatividade dos guias com os turistas”.
Apesar das saudades da família, dos amigos e da língua, alguns alunos
lamentam não ter ficado mais tempo neste país tão “hospitaleiro, acolhedor,
simpático e com muito civismo” para poderem “praticar a língua inglesa,
aprender mais sobre a sua cultura, adquirir novos conhecimentos, ter novas
experiências, divertir-se e fazer amigos de outras nacionalidades e
culturas”.
Esta experiência foi “ótima” e contribuiu também para o reconhecimento
da importância da preservação do património como elemento da identidade
de um povo, mas soube a pouco! Professores Rui Rato, Fátima Gonçalves, Justina Almeida e Isabel Neves
Pela Ilha Esmeralda…
36 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015
Professora Adelaide Monteiro
Sou uma avida leitora, que não passa sem ter nas
mãos algum entretenimento. A Joanne Harris é uma
escritora muito criativa e as suas histórias são muito
envolventes.
Estes meninos do 3ºA da EBnº1 têm gostos muito diferentes.
A Carolina Lopes adora este livro da Cinderela, pois é como se fossem dois livros em duas línguas e um tem sempre a "cabeça para baixo" e ainda aprende como se dizem as palavras em inglês A Érica Guiné gosta de "puxar pela cabeça" e descobrir os enigmas das "Adivinhas
Coloridas", de Tiago Salgueiro, enquanto o Gonçalo Pita que, às vezes, não gosta muito de sopa, adora as ilustrações deste livro que mostra que "A sopa Queima", segundo Pablo Albo.
Olha para
mim
aLER+
Francisca Preces do 4ºA da EBnº1
gosta muito dos Açores e neste livro descobriu muito sobre a cultura, a
fauna e a flora desta ilha.
A Ana Rita Fonseca do 1ºB da EBnº1
quer muito descobrir "De onde vêm os bebés?", afinal!?
A turma do 3ºB da EBnº3 é das turmas que mais visita a biblioteca escolar durante a hora de almoço. O aluno
Tomás Loureiro já requisitou este ano letivo mais de 50 livros e é o TOP Leitor da nossa BE. Estes alunos ADORAM ouvir histórias na Hora do Conto. É um dos poucos momentos em que ficam mesmo caladinhos e sossegados!
A Andreia Mesquita e a Beatriz Pereira do 1ºVOC gostam muito de vir à biblioteca e sempre que podem
aproveitam para utilizar os nossos Tablets!
A Ana Catarina Beja do 10ºB
gosta muito dos livros da escritora Torey Hayden. Anda a ler, em todos os intervalos, ”A menina que não queria
falar”, uma história cativante que fala das relações entre uma professora e a sua aluna especial.
“Este livro é ao mesmo tempo “gostoso”,
chocante, triste e divertido e fez-me ver que,
por vezes, não damos o devido valor ao que
temos, tais como a família e as coisas essenci-
ais.”, diz-nos Francisco Silva, do 8º E sobre Capitães
de Areia, de Jorge Amado.
O projeto aLER+ no agrupamento de escolas de Condeixa
Teresa Prazeres, Assis. Operacional da Ebnº2
“A escrava de Córdova, de Alberto S. Santos é a história de uma mulher, nascida num tempo e sociedade em que a condição feminina era
sinónimo de submissão e anulação. Recomendo vivamente.”
Tânia Costa do 6ºE - Diário de um cromo, de
Jonathan Meres “O Norman, que é um adolescente que escreve este diário, faz-me rir muito, pois,
coitado, só lhe acontecem desgraças.”