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XX 79 09/05/2012 * Receita na cola dos tênis falsificados - p.01 * Amigo de Cavendish mantém contrato com governo de MG- p.04 * Pedofilia levará mais tempo para prescrever - p. 17

09 Maio 2012

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XX 79 09/05/2012

* Receita na cola dos tênis falsificados - p.01

* Amigo de Cavendish mantém contrato com governo de MG- p.04

* Pedofilia levará mais tempo para prescrever - p. 17

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Restrição a transporte de minério é mantidaO Tribunal de Justiça de Minas Gerais manteve a restrição imposta à mineradora Namisa,

proibida de transportar minério de ferro em caminhões impróprios pelas rodovias de Congonhas, na Região Central do estado, a 89 quilômetros da capital. A decisão é do desembargador Afrâ-nio Vilela, que manteve liminar concedida pela Justiça de primeira instância. O pedido partiu do Ministério Público, ao constatar que os veículos usados pela empresa não tinham caçambas com vedação adequada, gerando derramamento de minério nas rodovias que cortam a cidade.

O transporte irregular, segundo os representantes do MP, “expõe ao risco a vida e a saúde de pessoas que transitam pela BR-040, em razão do arremesso de grãos de minério que, não raras vezes, quebram para-brisas e danificam veículos, sendo registrados, inclusive, acidentes com óbi-tos”. A investigação indicou ainda que a poeira de minério causa doenças respiratórias e de pele na população da cidade. Outra constatação foi a de que o material depositado às margens das estradas estava sendo transportado pela chuva até os rios, causando assoreamento e degradação da flora. O acúmulo do minério estaria comprometendo inclusive obras de Aleijadinho.

Uma operação conjunta foi deflagrada nesta terça-feira (8) para combater a falsi-ficação de calçados em Nova Serrana, no Centro-Oeste Mineiro, Pará de Minas, na região Central do Estado e em Belo Hori-zonte. O grupo que está sendo investigado é suspeito de ter sonegado R$ 12 milhões de reais em impostos por ano, na região de Nova Serrana. A ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPE), Secretaria Estado de Fazenda, Advocacia-Geral do Estado, Receita Federal e policiais militar, civil e ro-dovia federal, além do corpo de bombeiros cumpriu mandados de busca e apreensão em doze endereços residenciais e comerciais nessas cidades.

A operação foi nomeada “Lava Pés” - em referência ao desmantelamento de grupo que atuavam nas falsificações de calçados - e decorre de denúncias e reclamações sobre atividades ilícitas que estariam sendo exe-cutadas por fabricantes de calçados localiza-dos em Nova Serrana. As denúncias recebi-das pelo MPE davam conta, principalmente, da falsificação de marcas famosas, além da concorrência desleal e crimes de sonegação fiscal. Estima-se que esse grupo seja respon-sável por 90% do movimento econômico da região de Nova Serrana e a sonegação fiscal da ordem de R$12 milhões por ano.

A Operação “Lava Pés” conta com um

procurador de Justiça, quatro promotores de Justiça, dois advogados do Estado, 62 audi-tores fiscais da Receita Estadual, 98 policiais militares, 15 auditores da Receita Federal do Brasil, seis bombeiros militares, policiais civis e técnicos do Ministério Público.entenda

Após as investigações, constatou-se que as empresas envolvidas usavam insumos e matérias primas vindos de fora do Estado para a fabricação de calçados. O material era destinado a empresas diversas daquelas constantes do documento fiscal. Dessa for-ma, embora saindo dos fornecedores com nota fiscal, tais insumos chegavam desaco-bertadas aos reais destinatários. Com isso, era possível ao grupo fabricar produtos fal-sificados e comercializá-los no mercado pa-ralelo, sem a emissão de documentos fiscais. Os destinatários fictícios das notas também eram beneficiados pelo esquema, uma vez que recebiam as notas fiscais graciosas e se creditavam do ICMS nelas destacado.

O material apreendido foi enviado para a Receita Federal em Belo Horizonte. A ex-pectativa é que o Ministério Público amplie as investigações para outras empresas em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Nordes-te. Até às 16h15, o material recolhido não tinha sido contabilizado.

Atualizada às 16h15

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Operação para combater falsificação de calçados é deflagrada em Nova Serrana, Pará de Minas e BH

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Sérgio Cabral tam-bém está no foco da PGR, que vai anali-sar contratos da Delta Construções, suspeita de ligação com o es-quema de Carlinhos Cachoeira

Roberto Gurgel, procurador-geral da Re-pública (Renato Araú-jo/ABr)

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta segunda-feira que pe-dirá a abertura de in-quérito no Superior Tri-bunal de Justiça (STJ) contra o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), por envolvi-mento com a organiza-ção do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Car-linhos Cachoeira.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), tam-bém está no foco da Procuradoria Geral da República (PGR), que vai analisar contratos da Delta Construções, suspeita de ligação com o esquema do contra-ventor. Cabral é amigo do principal acionista da empreiteira, Fernan-do Cavendish, e, junta-mente com secretários de Estado, aparece ao lado dele em fotos du-rante uma viagem a Pa-ris.

Suspeito de receber pagamentos e de se be-neficiar de doações elei-torais da quadrilha, su-

postamente em troca de favorecimento em con-tratos públicos, Perillo é o primeiro alvo de um pedido de investigação na corte. Ele próprio se antecipou e, por meio de sua defesa, já havia pedido a apuração dos fatos no mês passado, depois da divulgação de informações da Ope-ração Monte Carlo pela imprensa.

Lembrando a so-licitação de Perillo, Gurgel não quis, nesta segunda-feira, avaliar as denúncias. “Como o próprio governador se diz interessado em que sejam devidamente apuradas essas notícias, então nós devemos, diante dessa manifes-tação, pedir ao STJ a instauração de inquéri-to”, afirmou, durante a abertura de um evento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em Brasília.

Os áudios obtidos pela PF indicam que aliados de Cachoeira fizeram pagamentos dentro do Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Goiás, su-postamente a Perillo. Também há escutas que mencionam repasses a integrantes do primei-ro escalão. A chefe de gabinete do governa-dor, Eliane Gonçalves Pinheiro, pediu demis-são após a revelação de que vazou dados de

uma operação policial a Cachoeira, que foi pre-so pela Polícia Federal numa casa que perten-ceu ao governador tu-cano.

O pedido de in-quérito contra Perillo vem depois de Gurgel manifestar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a intenção de investigar também o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), o que levou a pressões, no campo governista, para que o tucano tam-bém entrasse no radar da Procuradoria Geral da República (PGR).

Por solicitação de Gurgel, o ministro Ri-cardo Lewandowski autorizou, no mês pas-sado, o desmembra-mento do inquérito em tramitação no STF para que dados sobre Agne-lo, colhidos na Monte Carlo, pudessem fun-damentar uma eventual investida no STJ. Nesta segunda, o procurador adiantou que a análise de documentos e inter-ceptações telefônicas pode levar a um novo pedido de investigação contra o petista, que já responde no STJ por su-postas irregularidades cometidas durante suas gestões no Ministério do Esporte e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

(Com Agência Es-tado)

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Sob pressão, Gurgel abre inquérito contra Perillo no STJ

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Pedro FerreiraO sargento Alecsander Lourenço da Silva, de 37 anos,

violinista da Orquestra Sinfônica da Polícia Militar, foi de-nunciado ontem à Justiça pelo Ministério Público acusado de estuprar sete mulheres e tentar atacar outras duas em Belo Ho-rizonte e região metropolitana. Segundo o documento, o PM obrigava as mulheres a entrar em um Fusca e as agredia fisica-mente ou as ameaçava de morte com faca, foice, canivete ou machadinha. Ele está detido desde 8 de março na Academia da Polícia Militar de Contagem, na Grande BH. O MP pede que ele seja condenado e, se a 4ª Criminal de Belo Horizonte acatar a denúncia, o processo terá andamento.

Algumas vítimas são parentes de outros policiais milita-res. Alecsander foi preso depois de uma investigação do Mi-nistério Público e da Corregedoria da PM e a promotora de Justiça Juliana Pedrosa Silva ofereceu a denúncia com base nos relatos das mulheres. Elas informaram que ele agia usando o Fusca de cor clara e o reconheceram por meio de fotogra-fia em procedimento de investigação preliminar instaurado na Corregedoria da Polícia Militar e pessoalmente na fase do in-quérito policial.

“Durante as investigações, a Polícia Militar identificou o Fusca e constatou que as informações sobre o veículo e o sar-gento lotado na Orquestra Sinfônica da Academia de Polícia Militar coincidiam com as descrições feitas pelas vítimas”, in-formou o Ministério Público.

Ainda de acordo com o MP, o comando do 33º Batalhão da PM pediu à Academia de Polícia Militar que fotografasse o veículo do sargento. As fotos, os boletins de ocorrência dos crimes e os depoimentos das vítimas foram encaminhados à Corregedoria da Polícia Militar, que instaurou o relatório de investigação preliminar. O envolvimento do policial foi con-firmado e o MP pediu a prisão preventiva do suspeito, além da apreensão do veículo.

Em outro carro do sargento, um Ford Fiesta, foram encon-trados produtos relacionados aos crimes, segundo o MP, como seis munições de calibre 38; um netbook; CDs e DVDs, alguns de conteúdo pornográfico; preservativos; cortesias de motéis; roupas, chapéu, revistas de conteúdo sexual; sutiã e um par de brincos de argola, além de duas notificações de trânsito.

No armário pessoal do sargento em alojamento dos inte-grantes da Orquestra Sinfônica, foram encontrados três muni-ções de calibre 9mm; par de algemas; estilete; canivete; CDs e DVDs, inclusive com conteúdo pornográfico; revistas porno-gráficas; três disquetes; DVD com o título A tendência nazista; livro intitulado Sexo; preservativos; sacolas com produtos de sex shop; três celulares; luvas descartáveis de borracha; cha-péu e roupas; peruca ruiva; dois brincos; prendedor de cabelo, DPVat em nome de uma das vítimas; fotos 3x4 de mulheres e álbum de fotografias.

enQUanto isso......manÍaco Vai ser indiciado

Em relatório à Justiça, a chefe da Divisão Especializada de Atendimento da Mulher, do Idoso e do Portador de Defici-ência da capital, delegada Margareth Rocha, indicia amanhã

por estupro o ex-bancário Pedro Meyer, de 57 anos, acusado por 16 mulheres, vítimas de violência sexual de 1990 e 1998. O indiciamento refere-se ao primeiro inquérito que deflagrou as investigações.

Em 28 de março, Pedro foi reconhecido no Bairro Anchei-ta por uma vítima, estuprada 15 anos antes. Ela chamou o pai e a polícia foi acionada. A partir de então, ele foi reconhecido por outras mulheres, que o acusam de violência sexual quando elas eram crianças e adolescentes. Segundo as vítimas, ele agiu com arma de fogo, usava óculos escuros e boné, levava as víti-mas a garagem ou último andar dos prédios e estacionamentos. Os ataques teriam sido nos bairros Cidade Nova, Nova Flores-ta, Floresta, Caiçara e Santa Lúcia.

Investigado outro crime de ex-juizPedro FerreiraA situação do advogado e ex-juiz Mário José Pinto da Ro-

cha, de 65 anos, pode ficar mais complicada se for confirmado o segundo caso de abuso sexual de menores atribuído a ele. O ex-juiz está condenado a 12 anos de prisão por estupro e aguardava recurso em liberdade. Na noite de domingo, ele foi preso em seu apartamento no Bairro Santa Amélia, na Região da Pampulha, com um adolescente de 11 anos escondido de-baixo da cama. A criança contou que mantinha relações com o suspeito há mais tempo e que recebia de R$ 10 e R$ 15.Ontem, a delegada responsável pelas investigações, Andréa Aparecida Alves, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), informou que há suspeita de outro crime. “Apuramos a existência de mais uma vítima do ex-juiz, que também é um menino, e estamos aguardando a confirmação”, disse a delegada, sem revelar a idade da criança. A informação é que o garoto seja morador de rua e viva na Região de Venda Nova, em BH. Mário José foi transferido para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, depois de autuado em flagran-te por estupro de vulnerável, podendo ainda responder pelo crime de exploração infantil.

Durante a abordagem da polícia que flagrou a criança de-baixo da cama, também foram encontrados no apartamento do ex-juiz preservativos, lubrificantes, luvas, toalhas e lenço de papel. A criança passou por exame de corpo de delito no Insti-tuto Médico Legal (IML) e o laudo fica pronto em 30 dias.santa lUZia

Outro abuso sexual seguido de morte é investigado pela Polícia Civil em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A menina Bianca dos Santos Faria, de 11 anos, de-saparecida desde a manhã de sábado, quando seguia para uma padaria do Bairro Cristina, foi encontrada morta em matagal a um quilômetro e meio de casa. Ela vivia com a mãe, o padras-to e três irmãos. Segundo os peritos, a menina foi estuprada e morta por estrangulamento.

O delegado Frederico Abelha assumiu as investigações do caso na segunda-feira. A Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigações, que estão sendo mantidas em sigilo. O de-legado não descarta nenhuma hipótese e diz que as primeiras horas são essenciais para identificar suspeitos.

aBUso seXUal

Denunciado sargento acusado de estupros MP encaminha à Justiça acusação contra violinista da orquestra sinfônica da PM suspeito de violentar sete mulheres na capital

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Adriana CaitanoBrasília - Quando tinha 20 anos, em 2008,

a nadadora olímpica Joanna Maranhão divulgou uma história guardada desde a infância que sen-sibilizou o país. A atleta medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de 2003 revelava ter sido molestada sexualmente por seu primeiro treina-dor, quando tinha 9 anos. A coragem de Joanna foi aplaudida, mas o alvo da denúncia sequer foi denunciado porque o crime já estava prescrito. Um projeto de lei aprovado na Câmara dos Depu-tados ontem, porém, deve impedir que o mesmo aconteça com outras vítimas.

A proposta foi criada em 2009 pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, no Senado, e foi apelidada com o nome da nadadora. Segundo o texto, que segue agora para a sanção presidencial, o prazo de prescrição de crimes con-tra a dignidade sexual de crianças e adolescen-tes, como estupro, prostituição e pedofilia, só vai começar a contar quando a vítima completar 18 anos. A regra vale para os casos em que o adoles-cente ou a família ainda não tiverem denunciado o agressor.

O texto altera o item do Código Penal que de-terminava a contagem da prescrição do crime a partir da data em que ele ocorria. O secretário de assuntos legislativos do ministério da Justiça, Ma-rivaldo Pereira, considerou a aprovação do texto um avanço para a cidadania brasileira. “Ele será muito importante para reprimir o crime e ajuda a vítima a ter coragem para denunciar a prática a tempo de ela ser investigada”, comentou.

De acordo com o secretário, a vítima pode de-

nunciar o crime em qualquer época, utilizando-se de relatos de testemunhas, por exemplo. O relator do projeto de lei na Câmara, deputado João Paulo Lima (PT-PE), destacou que não houve restrições para a aprovação da proposta na Casa nem no Se-nado. “Ela vai ajudar a mostrar à sociedade que esse tipo de crime absurdo não vai ficar impune e a proteger as crianças que crescem com medo de relatar o que sofreram por medo da família, onde está a maior parte dos agressores”, ressaltou.

A leiComo eraPrescrição começava a contar a partir da data

do crime, independentemente da idade da criança ou do adolescente

Como ficouSe a denúncia não tiver sido feita na época do

ocorrido, prescrição começa a contar a partir do 18º aniversário da vítima

Prazos para prescrição de crimes sexuais:Estupro de vulnerávelPena: reclusão de 8 a 15 anosCrime prescreve em 20 anosProstituição ou exploração sexualPena: reclusão de 2 a 8 anosCrime prescreve em 12 anosRufianismo (tirar proveito da prostituição

alheia)Pena: reclusão de 3 a 6 anosCrime prescreve em 12 anosSatisfação de lascívia mediante presença de

criança ou adolescentePena: reclusão de 2 a 4 anosCrime prescreve em 8 anos

estado de minas - P. 10 - 09.05.2012 crime seXUal

Pedofilia levará mais tempo para prescrever Prazo para processar suspeito vai começar quando a vítima fizer 18 anos

militar do Fusca

MP denuncia sargento por estuproDA REDAÇÃOO Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra o po-

licial militar suspeito de estuprar sete mulheres e de tentar abusar de outras duas em Belo Horizonte, Contagem e Betim, na região metropolitana. O sargento está detido desde o dia 8 de março, na Academia de Polícia Militar, em Contagem.

A prisão do policial, que não teve o nome divulgado e é lotado na Orquestra Sin-fônica da Academia da Polícia Militar, aconteceu após investigação do MPMG e da Corregedoria da Polícia Militar. As vítimas do suspeito relataram que eram ameaçadas com facas, foice, canivete e machadinha e eram obrigadas a entrar em um Fusca de cor claro. As mulheres reconheceram o carro e o suspeito, por meio de fotos. Foi com base nesses relatos que a denúncia foi elaborada.

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Convênio quer união de polícias contra o crime

Tráfico da inocênciaPrisão de mulher suspeita de levar crianças para o exterior reforça existência do esquema de ”venda” de brasileiros

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Giro Policial

Habeas corpus: STF desconhece recurso de Bruno

O Supremo Tribunal Federal decidiu ontem não anali-sar o recurso do ex-goleiro Bruno Fernandes (foto), acusado pela morte e sumiço de Eliza Samudio, para tentar reverter decisão do ministro Ayres Britto de dezembro, que manteve a prisão do jogador. A iniciativa foi tomada por unanimida-de e o novo relator do caso, ministro Cezar Peluso, levou o recurso para apreciação da Segunda Turma e votou pelo não conhecimento. Ele se baseou em jurisprudência do pró-prio STF, segundo a qual não é cabível recurso contra deci-são que nega liminar em habeas corpus. Na época em que o pedido de liberdade foi negado, o ministro Ayres Britto argumentou que “a prisão preventiva do paciente revela-se adequadamente fundamentada na sentença de pronúncia”. Um outro pedido de liberdade para o goleiro Bruno ainda será analisado pelo STF.

agressões

Mais violência na escolaAlunos e funcionários da Escola Estadual Professor

José Mesquita de Carvalho, no Bairro Vila Paris, na Região-Sul de BH, viveram momentos de medo ontem. Dentro da sala de aula, um jovem de 12 anos teria agredido a profes-sora com cadeiras e mesas. Em seguida, uma adolescente de 13 foi detida depois de desferir golpes de estilete em colega de 14, na saída da aula. Segundo a Polícia Militar, o alu-no agrediu a educadora e fugiu em seguida, mas, segundo a direção, ele teria apenas chutado uma cadeira . Enquanto tentavam localizar o agressor, militares tiveram de voltar à escola, onde, duas adolescentes se atracaram. Na briga, uma

delas retirou um estilete da mochila e golpeou a colega. O corte rasgou o rosto da menina da orelha até o queixo. Ela também teve um corte no pescoço e ferimentos no tórax, braços e pernas. A briga teria sido motivada por ciúmes de um namorado.

saidinha

Três assaltos na capitalNo quinto dia útil do mês, dia de pagamento de salários,

bandidos aplicaram ontem três golpes de saidinha de banco em BH. Em três horas, conseguiram cerca de R$ 29 mil de clientes de diferentes agências bancárias. A primeira foi no Centro, onde uma mulher de 31 anos foi perseguida e ataca-da logo depois de sacar R$ 5 mil. Outro golpe foi no câmpus da UFMG, na Região da Pampulha, onde um homem foi atacado por suspeitos armados que levaram R$ 4,8 mil que a vítima acabara de sacar numa agência na Praça da Cemig, em Contagem. A terceira ocorrência foi no Bairro Cidade Nova, na Região Nordeste. Um homem de 28 anos sacou R$ 19 mil de uma agência e foi abordado por suspeitos numa moto. Até o fim da noite nenhum acusado havia sido preso.

Vereador embriagado é presoUm vereador de Silvianópolis, no Sul de Minas, foi

preso depois de provocar um acidente na MG-179 e ferir duas pessoas. Segundo a Polícia Civil, João Damião de Fa-ria (PTB) estava bêbado e bateu seu Fusca no Fiat Uno do vice-prefeito de São João da Mata, Pedrito Cardoso dos Reis (PMDB). Segundo testemunhas, o vereador havia deixado a Câmara em direção ao sítio onde mora. O Fusca invadiu a contramão e atingiu o outro veículo. João Damião saiu ileso, mas no Uno duas pessoas ficaram feridas e precisaram ser socorridas ao Hospital Samuel Libânio, em Pouso Alegre.

estado de minas - on line - 09.05.2012

Rio de Janeiro. Apontados como chefes de um esquema de ex-ploração de jogos ilegais no Rio, os contraventores Aniz Abrahão Da-vid, o Anísio, patrono da Beija Flor; Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães; e Antônio Petrus Kalil, o Turcão, foram beneficiados por alvarás de soltura, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 1º. Eles haviam sido presos no dia 13 de março, com ou-tras sete pessoas, na operação Hur-ricane, desencadeada pela Polícia Federal.

A sentença, cujas penas, soma-das, ultrapassam 144 anos de reclu-são, foi dada pela juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Cri-

minal Federal. A defesa dos bichei-ros, no entanto, entrou com uma reclamação no STF devido a uma decisão da própria corte, em 2007, que garantia aos réus o direito de permanecerem em liberdade até o trânsito em julgado. O ministro Marco Aurélio manteve a decisão proferida pelo STF, há cinco anos.

Também foram beneficiados Júlio César Guimarães Sobreira, so-brinho do Capitão Guimarães, José Renato de Ferreira, Jaime Garcia Dias, Marcos Antônio dos Santos Bretas, Nagib Teixeira Suaid, João Oliveira de Farias e Marcelo Calil Petrus. Os acusados devem apenas permanecer na cidade do Rio, salvo autorizações da Justiça para viajar.

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STF liberta três chefões do jogo do bicho no Rio

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Carolina Brígido

Carlos Ayres Britto em sua primeira sessão como presidente efetivo do CNJ O Globo / Gustavo Miranda

BRASÍLIA - Na primeira sessão como presidente efetivo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o minis-tro Carlos Ayres Britto, que também comanda o Supre-mo Tribunal Federal (STF), propôs que, em sua gestão, fossem julgados com prioridades casos de desvio de conduta por parte de juízes e servidores de tribunais. O plenário aprovou a proposta por unanimidade. Portanto, passarão a encabeçar a lista de julgamentos do CNJ pro-cessos administrativos disciplinares, reclamações disci-plinares, sindicâncias e revisões disciplinares.

- (A medida é tomada) na perspectiva de dotar o Judiciário de rigoroso apego no combate ao patrimonia-lismo que se manifesta no nosso país de forma tão reni-tente e multitudinária - declarou Ayres Britto.

O novo presidente do conselho ressaltou o papel de controle do conselho. Segundo ele, o Judiciário con-trola todos os outros poderes e, por isso, não pode se descontrolar.

- Sem o CNJ, o Judiciário teria mais dificuldade de encarnar o poder que, por controlar todos os outros, não pode se descontrolar. O poder que, tendo esse papel eminente de evitar desmandos, da sociedade civil e da estatal, não pode se desmandar. É o poder que não go-verna, mas evita o desgoverno. Quem evita o desgover-no não pode se desgovernar por definição.

Ele também propôs a criação de um fórum nacio-nal do Poder Judiciário e liberdade de imprensa, para que o tema seja acompanhado de forma permanente. A intenção é debater o assunto inclusive em escolas de formação de juízes. O plenário também concordou por unanimidade.

- Esse tema, liberdade de imprensa e democracia, se impôs à compreensão da sociedade brasileira à partir da decisão do STF na ADPF 130. É preciso debater esse tema na sua exata compreensão. É um tema nuançado, e os congressos que se realizam no Brasil sobre Poder Ju-diciário e liberdade de imprensa atestam a necessidade do CNJ acompanhar o que se passa nas instâncias judi-ciárias em torno da liberdade de imprensa. Todo povo política e culturalmente avançado cultua a liberdade de imprensa como irmã siamesa da democracia. A magni-tude do tema justifica a criação do fórum - atestou o ministro.

Eliana Calmon diz que novo presidente chega a um CNJ “pacificado”

No início da sessão, Ayres Britto foi homenageado em breves discursos da corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon, e do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Protagonista de brigas públicas e in-ternas no órgão no ano passado, Eliana disse que Ayres Britto chegava a um CNJ “pacificado”.

- Vossa excelência chega com os conselheiros mais amadurecidos. É um momento feliz do encontro com vossa excelência, com essa finura de trato. Tenho cer-teza de que teremos uma convivência muito saudável e teremos a oportunidade de fazer com que o CNJ se firme ainda mais na opinião pública e na sociedade bra-sileira.

No ano passado, a corregedora entrou em confli-to com o então presidente do conselho, ministro Cezar Peluso, depois que afirmou, em entrevista à imprensa, que existiam “bandidos de toga”. Em seguida, Gurgel alertou para o momento de necessidade de coesão entre Judiciário e Ministério Público para o aperfeiçoamento do sistema de justiça brasileiro.

- Vossa excelência é daquelas pessoas talhadas para momentos promissores e complexos. Nossas institui-ções vivem esse momento. Os desafios que se colocam à frente de vossa excelência são grandes, mas aquele tipo de desafio que agrada a vossa excelência. O momento é de união e de coesão. Precisamos todos trabalhar juntos para dar continuidade ao aprimoramento do sistema de justiça - disse.

O procurador-geral elogiou a atuação do CNJ e afir-mou que eventuais excessos são pontuais e não refletem a intenção do órgão:

- A contribuição que o CNJ e o CNMP têm dado à Republica é imenso, apesar da sua curta existência. Excessos e equívocos são inerentes à condição humana, mas o saldo é imensamente favorável a este CNJ.

Em seguida, o advogado José Eduardo Alckmin saudou o primeiro dia da presidência de Ayres Britto. O presidente agradeceu as homenagens:

- É sobremodo emocionante e honroso receber es-sas homenagens. Inicio essa minha presidência honra-do, feliz, otimista. Esses desafios são belíssimas oportu-nidades de serviços ao nosso país.

GloBo online - rj - conamP - 09.05.2012

CNJ vai priorizar julgamento de casos de desvio de condutaNovo presidente do Conselho, Ayres Britto, ressaltou papel de controle do órgão

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Em sua primeira sessão oficial como presidente do Conselho Nacional de Justiça, o ministro Carlos Ayres Britto retomou o dis-curso feito ao tomar posse da Presidência do Supremo Tribunal Federal. “O Judiciário é o Poder que não governa, mas evita o desgoverno. E quem evita o desgoverno não pode se desgovernar por definição”, afirmou.

Ele disse que o sistema de Justiça no país se aperfeiçoa a olhos vistos, motivo pelo qual tem sido imprescindível a presença do CNJ. O novo presidente recebeu homenagem dos conselheiros, do procurador-geral da República e de advogados.“Inicio a presi-dência honrado e feliz. Conheço de perto os eminentes conselhei-ros, tenho por todos a maior admiração, sei que passaremos a con-versar com urbanidade e irmandade nesse propósito de viabilizar a Constituição brasileira que em boa hora criou o CNJ.

O Conselho Nacional de Justiça veio para aperfeiçoar o sistema de Justiça, suprir omissões e enfrentar com destemor e proficiência os déficits históricos. O Poder Judiciário brasileiro é modelar, não tem faltado à sociedade, mas precisava do CNJ, que se insere no âmbito do controle eminentemente democrático que marca a trajetória de evolução político-cultural dos povos ociden-tais”, discursou o ministro.

Segundo ele, o CNJ faz parte “das positividades constitu-cionais num ambiente de mudança de paradigmas no imaginário social”. Ayres Britto citou como exemplo dessas mudanças leis e decisões que ajudaram a Justiça a dar um salto de qualidade. São elas: a Lei da Ficha Limpa, a Lei Maria da Penha, o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a decisão do STF que equiparou a relação de casais homoafetivos

à união estável e a decisão sobre as atribuições do CNJ durante a votação da Resolução 135 — que dispõe sobre a uniformização de normas de procedimento administrativo disciplinar aplicável aos magistrados —, matérias que, segundo afirmou, “levaram a uma transformação da sociedade”.

A corregedora-nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou que Ayres Britto chega à Presidência num momento em que o órgão está pacificado em relação às suas atribuições, após a avaliação pelo STF da Resolução 135, no início do ano, e com os conselheiros “mais amadurecidos e mais afeitos às questões de julgamento desta corte”. “Estamos todos felizes com a sua presen-ça, com sua finura de trato, a verve que lhe é peculiar e também o aspecto de encontrar tudo nos seus devidos lugares. Temos a certeza de que o CNJ se firma ainda mais com sua presidência”, declarou a ministra.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que o ministro é “das pessoas talhadas para momentos ao mesmo tem-po promissores e complexos” e lembrou que as instituições de Jus-tiça vivem esse momento.

“O tempo é de união e coesão entre Ministério Público, ma-gistrados, CNJ e Conselho Nacional do Ministério Público. E a contribuição que o CNJ tem dado à população tem sido imensa, apesar da sua curta existência”, afirmou.

O novo presidente do CNJ também foi homenageado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, e pelo advogado Eduardo Alkmin. Com informações da Assesso-ria de Imprensa do CNJ.

Revista Consultor Jurídico, 8 de maio de 2012

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Judiciário não pode se desgovernar, diz Ayres Britto

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Carlos Theófilo Lamounier Advogado do escritório Amaral & Damato AdvogadosOs advogados são os grandes responsáveis por manter

levantada a bandeira do direito social. Chamamos de direito social aquele reivindicado em favor da vida, da liberdade, da igualdade, da segurança e da propriedade. Manter esses di-reitos é essencial ao desenvolvimento nacional e um dever a ser garantido pelo Estado. Cada vez mais a Justiça tem sido a solução para a população fazer valer os seus direitos, lesa-dos por aqueles (empresas e poder público) que têm o dever de prestá-los com qualidade. O acesso ao Judiciário aconte-ce por meio do direito universal de ação, expresso no artigo 5º, XXXV, da Constituição da República. Esse direito é cha-mado de fundamental pelo próprio legislador constitucional.Contudo, o acesso à Justiça ocorre mediante o pagamento de custas processuais para efetivar o direito fundamental do cidadão de reparar uma lesão sofrida. E, no intuito de garan-tir o acesso das pessoas com insuficiência de recursos, ou mesmo daquelas que possuem alguma condição, mas não podem pagar taxas judiciais sob pena de abrirem mão de seu sustento e de sua família, o legislador criou o instituto da assistência judiciária, popularmente conhecida como Justi-ça gratuita.A assistência judiciária compreende a isenção do pagamento de qualquer despesa processual que, pela lei, é concedida a uma pessoa mediante simples declaração de que não tem condições de arcar com as custas do processo. Nos últimos anos, começamos a nos deparar com uma cultura do Judiciário – uma espécie de corporativismo dos magistrados – de negar o benefício da assistência judiciária. Essa nega-tiva em larga escala é facilmente percebida, sobretudo, na primeira instância da Justiça, que é a porta de entrada para quem pretende fazer valer os seus direitos.

Muitas das negativas à Justiça gratuita sequer têm fun-damentação. É comum magistrados negarem o “benefício” sob o argumento de que certas ações estão sendo reprodu-zidas em massa e sobrecarregando o Judiciário. Ora, se são reproduzidas em massa é porque os abusos são praticados em massa. E se tais ações ingressam com mais volume no Judiciário é porque a população tem entendido o verdadeiro sentido da democracia.

O que esses nossos nobres magistrados parecem não en-tender é que essas mesmas pessoas já pagam uma infinidade de tributos e gastam outra fortuna com a iniciativa privada para, em tese, ter serviços de qualidade, que deveriam ser prestados pelo poder público, a exemplo da saúde e da edu-cação. Agora, passam a ser compelidas pelo próprio Judiciá-rio a pagar mais uma taxa para movimentar seus processos. Não é justo.

Basta analisar os números do Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE) e constatar que a população bra-sileira ganha o mínimo para sobrevier. E as taxas judiciais não são nada modestas. Na Justiça estadual, por exemplo, não sai por menos de R$ 100. Discutir o abuso praticado pe-los bancos nos financiamentos de veículos pode passar dos R$ 600. Se um indivíduo financia um veículo é porque não tem condições de comprá-lo à vista. E quando vai discutir o suposto abuso na Justiça, precisa pagar uma taxa que pode ser maior que uma prestação do carro.

São decisões judiciais que nos chocam não apenas como advogados, mas como cidadãos. Façamos a seguinte pergunta: se consta na lei que basta uma simples afirmação para ter o direito à assistência judiciária, por que juizes in-sistem em obstruir o acesso dos carentes à Justiça? Fica a interrogação!

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Justiça gratuita para poucos

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