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MINISTRIODAEDUCAOSECRETARIADEEDUCAOPROFISSIONALETECNOLGICACENTROFEDERALDEEDUCAOTECNOLGICADESANTACATARINAUNIDADEDEENSINODEARARANGU
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Dra. LUCIANE NBREGA JULIANOMsc. SABRINA MORO VILLELA
PACHECO
Primeira EDIO
MINISTRIODAEDUCAOSECRETARIADEEDUCAOPROFISSIONALETECNOLGICACENTROFEDERALDEEDUCAOTECNOLGICADESANTACATARINAUNIDADEDEENSINODEARARANGU
ApostiladeEstampariaeBeneficiamentoTxtildesenvolvidapelasprofessorasDra.LucianeNbregaJulianoeMsc.SabrinaMoroVillelaPachecoprofessorasdeEnsinoBsico,TcnicoeTecnolgicadaUnidadeAraranguCEFETSC.EstaapostiladestinaseasunidadescurricularesdeEstampariaeBeneficiamentoTxtileEstampariadosCursosTcnicosemModaeEstilismoeTxtil:MalhariaeConfeco,respectivamente.
AreproduodestaapostiladeverserautorizadapelaUnidadeAraranguCEFETSC.
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MINISTRIODAEDUCAOSECRETARIADEEDUCAOPROFISSIONALETECNOLGICACENTROFEDERALDEEDUCAOTECNOLGICADESANTACATARINAUNIDADEDEENSINODEARARANGU
SUMRIO
1.IntroduoaoBeneficiamentotxtil...........................................................................5
2.Beneficiamentoprimrio.............................................................................................7
2.1Escovagem........................................................................................................................8
2.2Navalhagem......................................................................................................................8
2.3Chamuscagem...................................................................................................................9
2.4Desengomagem...............................................................................................................10
2.5Mercerizao..................................................................................................................12
2.6CozinhamentoouPurga................................................................................................16
2.7Alvejamento....................................................................................................................17
2.8Auxiliaresqumicosutilizadosnobeneficiamento(Tensoativos)...............................19
3.Beneficiamentosecundrio........................................................................................24
3.1ConceitodeCor..............................................................................................................243.1.1FontedeLuz.............................................................................................................................253.1.2ObjetoObservado.....................................................................................................................293.1.3AViso......................................................................................................................................29
3.2Tingimento......................................................................................................................313.2.1Corantes...................................................................................................................................343.2.2ControledeQualidadedosTingimentos..................................................................................393.2.2TingimentodePolister............................................................................................................403.2.3TingimentodeFibrasmistas.....................................................................................................423.2.4TingimentodePoliamida.........................................................................................................433.2.5TingimentodeFibrasCelulsicascomCorantesReativos......................................................44
3.3.Estamparia.....................................................................................................................52
4Beneficiamentotercirio.............................................................................................53
4.1Acabamento....................................................................................................................53
5.Mquinasempregadasnobeneficiamentotxtil.......................................................56
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MINISTRIODAEDUCAOSECRETARIADEEDUCAOPROFISSIONALETECNOLGICACENTROFEDERALDEEDUCAOTECNOLGICADESANTACATARINAUNIDADEDEENSINODEARARANGU
6.Estamparia..................................................................................................................64
6.1Introduo......................................................................................................................64
6.2Criaodeestampas.......................................................................................................656.2.1Fontesdecriatividade................................................................................................................656.2.2Fontesparacriaodedesenhos...............................................................................................65Fontesnaturais....................................................................................................................................66Fontesculturais...................................................................................................................................66Fontesabstratas..................................................................................................................................666.2.3Elementosaconsiderarnacriao............................................................................................67Modelo...............................................................................................................................................67Cores...................................................................................................................................................67Rapport...............................................................................................................................................676.2.4Processodecriaodeestampas...............................................................................................68
6.3Preparaodematrizesserigrficas.............................................................................69
6.4Processodeestamparia..................................................................................................73
6.5Classificaodaestampariasegundoomtododeaplicao......................................76
6.6Controledequalidadedeestampados..........................................................................80
7.Bibliografia.............................................................................................................83
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1. Introduo ao Beneficiamento txtil
Beneficiamentooconjuntodeprocessosaplicadosaotecidoparatransformlonoartigofinal.Estepodeserdivididoem:
Beneficiamentoprimrio;
Beneficiamentosecundrio;
Beneficiamentoterciriooufinal.
Oqueseentendeporbeneficiamentoprimrio?
BeneficiamentoPrimriotodaoperaoqueconsisteemprepararosubstratopara receber colorao, ou seja, prepara o tecido para que seja possvel efetuar otingimento,aestampariaouoacabamentofinal.
Oqueseentendeporbeneficiamentosecundrio?
BeneficiamentoSecundrio acoloraoquepodesertotal (Tingimento)ouparcial(Estamparia).
OqueseentendeporBeneficiamentoTerciriooufinal?
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Beneficiamento Tercirio a operao que modifica para melhor, ascaractersticasfsicoqumicasdosubstratoapsotingimentoe/ouestamparia.
Para uma melhor compreenso dos processos envolvidos no beneficiamentotxtilqueveremosaseguir,apresentamosofluxogramadacadeiatxtil(Figura1).
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2. Beneficiamento primrio
Soosprimeirosbeneficiamentosaplicadosmatriatxtil(fiosounaformadetecidos).
Asfibrastxteis,deummodogeral,possuemimpurezas,taiscomo,gorduras,pigmentos,etc,queseroremovidospordiversosprocessoscujaaplicaodependerdoestadodeagregaodestasimpurezas, bemcomo,dafinalidadeaquesedestinaomaterial beneficiado. Esses beneficiamentos, emltimaanlise, objetivamconseguirumproduto final que encontre melhor aceitao no mercado.Vale ressaltar que asoperaesefetuadascomafinalidadedebeneficiar matriatxtilseguem,emgeral,umaseqnciaemqueobomresultadodeumprocessodependesempredoanterior.
Apsasoperaesdetecimento, os tecidossoencaminhadosaumsetordeinspeo,ondeseroclassificadosdeacordocomosdefeitosquepossuem.Ostecidosseroclassificadoscomodeprimeiraqualidade, osquepossuremmenornmerodedefeitos,edesegundaeterceiraqualidade,osquepossuremmaiornmerodedefeitos.Normalmente, os tecidos com menor porcentagem de defeitos so destinados atinturaria em cores claras (intensidade) ou branco. Os que apresentarem umaporcentagemmdiasodestinados tinturaria emcoresmdias. Finalmente, osqueapresentarem maior porcentagem de defeitos so destinados tinturaria em coresescurase,principalmente,paraaestamparia.
Depoisdeclassificados,ostecidosempeas,somarcadosnasextremidadescom tintas especiais que resistem as substncias empregadas nos processos de
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beneficiamento. Essasmarcaes, quepermitemumapronta identificaodaspeas,compreendemamarcadotecido,opeso,ametragem,classificaopordefeitos,etc.Amarcaodaspeas,namaioriadasvezes,comeanotearcomaanotaodametragemenomedotecelo.Outrasvezeselaincluitambm,onomedoclienteaquesedestina.
Quandoosbeneficiamentosprimriosnosocontnuos,aspeassoagrupadasdemodoaformaremumrolo,tambmcompesoemetragemdefinidasecoerentescomasmquinasemqueseroprocessadas.
Em particular so abrangidos os seguintes processos (somente em tecidos):escovagem,navalhagem,chamuscagem,desengomagem,mercerizao,cozinhamentoealvejamento.
Essa seqncia deprocessos no rgida, podendo, emalguns casos, seguirroteirosdiferentes.Noentanto,elaseconstituinaseqnciaideal(seascondieserecursoslocaispermitirem)debeneficiamentosprimrios.
Nobeneficiamentoprimrioalgunsprocessossorealizadosasecoeoutrosamido.
2.1Escovagem
Aescovagemdetecidosdealgodooperaopreparatriachamuscagem,daaschamuscadeirasmodernaspossuremparesdeescovasqueefetuamaoperao.
As escovadeiras so mquinas dotadas de escovas que giram em sentidocontrrio aodotecido, e dessemodo, voefetuandoaescovagem, isto , retirandopoeiras,fibrilassoltas,aomesmotempo,levantandoaspenugensquevoserqueimadaspelaschamuscadeiras.
2.2Navalhagem
operao efetuada em mquinas dotadas de cilindros (revestidos com omaterialabrasivo)elminascortantesquevonavalhando(outosquiando)afacedotecido. Ostecidosdealgodoapresentamasperezasprovenientesdefiosdefeituosos(emendasmalfeitas,etc).Avultam,nasuperfciedotecido,pequenosaglomeradosoucaroos chamados vulgarmente de piolhos, os quais devem ser removidos,especialmente,seotecidosedestinaaestamparia.
Ostecidosdeboaqualidade,tintosoubrancos,devemsernavalhados.
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2.3Chamuscagem
Achamuscagemtempor finalidade eliminar os plos existentes nos tecidos.Estesprovm,dasoperaesdetecelagem(atritossofridosduranteoprocesso)efiao(fibrasqueescaparamdasoperaesdetoro).Achamuscagempodeserrealizadapor3processos:
1 Placasaquecidas;
2 Cilindrosourolosaquecidos;
3 Combustodireta,pormeiodeflambagem(rpida)gs.
Chamuscadeiradeplacas: Essamquinaconsistedeumaouduasplacasdecobre curvas de significativa espessura, que so aquecidas ao rubro, por meio defornalha,combustodegasesouresistnciaseltricas.
Chamuscadeiraderolosoucilindros:Achamuscadeiraresumesenapassagemdo tecido sobre cilindros ou rolos aquecidos ao rubro. Estes giram lentamenteapresentandosempreumanovafaseaotecido.Com dois cilindros possvelchamuscarambososladosdotecido,na mesmaoperao.
Chamuscadeira por combusto direta: O processo de chamuscagem porcombustodiretabaseiasenapassagemdotecidosobreoprodutodaqueimadeumcombustvelgasoso,cujanaturezair variar deacordocomotipodeconstruodamquinae,emfunodasnecessidadeserecursoslocais.
Podemserusadoscomocombustvel:lcool,gasolina,gsencanado(derua)ouengarrafado. No caso de se usar gasolina, necessrio possuir um aparelho degaseificao. As instalaes paragsengarrafadoe, principalmente, gsderua, somaissimplese,portanto,preferveissdemais.
Aschamuscadeiras(Figura2)sodotadas,emgeral,dedispositivosespeciais,queafastamautomaticamenteotecidoouapagamachama,semprequeamquinapra.Apresentam,naentrada,escovasparalevantarosplos(e,evidentemente,exaustorespara evitar perigo de incndio) e na sada, geralmente, um foulard ou uma caixaabastecidacomgua,soluocidaouenzimtica.Obanhoquesednotecidonessaocasio,permiteapagaralgumasfagulhasquepossamtloacompanhadoe,nocasodassoluescidasouenzimticas,tambm preparlo para a prxima operao adesengomagem.
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2.4Desengomagem
Adesengomagem usadapara remover a gomaaplicada anteriormente paratecelagem.Comafinalidadedeentenderanecessidadedadesengomagem,deveserexplicadoprimeiroparaqueserveaengomagem.Devidotensoconstanteaqueestosujeitos, os fios de urdume na operao de tecimento, freqentemente se rompemobrigandoaparadadoteardessaforma,paradiminuironmerodeparadasdoteare
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Figura2:Princpiodoprocessodechamuscagem.
conseguirconseqenteaumentodaproduo,engomaseosfiosdeurdumeparatornlosmaisresistentessexignciasmecnicasaqueserosubmetidos.Osfiosdeurdumepassamporumbanhodeengomagem,so espremidoseemseguidasecados(processocontnuo).Oefeitoaobtenodeumfiomaisrgido,ficandocoladasaspequenasfibrasqueestavameriadas,deformaqueacapacidadededeslizeaumentada.
Oagentedeengomagemmaisutilizadocontinuasendooamido(milho,batata,arroz,etc) podendotambmserempregadospreparadosdeamidosmodificados,quepossuemadiesdegordurasesemelhantes,bemcomogomasdecola,degelatinaedeoutrasalbuminas.
Devidoaofatodequecadaindstriapossuisuaprpriareceitadealquimistaeesta quase sempre conservada em segredo, tornase difcil ao beneficiador txtil,executarcomgarantiaesimplicidadeotratamentoprvio.
A goma empregada e seus aditivos conferem ao material caractersticas derepelncia agua(substncias hidrfobas) indesejveis paraos tratamentos a mido(cozinhamento,alvejamento,tingimento,etc,)exigindo,portantoasuaremoo.
Existem trs tipos convencionais de desengomagem, todos baseados naimpregnao do tecido: decomposio do amido por autofermentao; hidrlisecidadoamido e hidrlisedoamidopordigestoenzimtica. Osdoisprimeirosmtodosseencontramemdesuso,devidodifciloperacionalizao,queresultamemirregularidadedeautodigestoedevidosensibilidadedaceluloseacidosminerais,pois se baseiamna hidrlise do amido por autofermentao com transformao domesmoemdextrinaemaltose.O terceiromtodo impregnaotecidonumFoulardcomcaixadeimpregnaocomumasoluodeenzima(amilase)quepoderserdeorigemvegetal,animaloubacteriana.Apsaimpregnao,omesmoencaminhadoatanques,ondepermanecede10a12horas.Nesteperodo,ocorreahidrlisedoamido,queseconverteemsacardeossolveis(dextrina),atravsdadigestoenzimtica.Ascaixasdeimpregnaojuntoao"Foulard"devemestarmunidasdetermostatosparaqueasoluoenzimticaestejanastemperaturasespecificadas,umavezquecadasoluodeveserempregadaaumatemperaturaideal. Depoisdapermannciadotecidonostanquespelotempoprescrito,omesmoencaminhadoparaoequipamentodelavagem,aumatemperaturaentre60e70C.Avantagemdestemtodo ofatodacelulosepermanecerintacta.
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2.5Mercerizao
Em1848,JohnMercernotoucomsurpresaqueumtecidodealgodo,quandotratado por solues alcalinas concentradas, modificavase dimensionalmenteencolhendoetornandosemaisgrossoaomesmotempoemqueadquiriapropriedadesatentononotadas;otecidotornousemaisabsorventes,maistransparente,brilhosoeresistente.
Mais tarde, Horace Lowell mediante vrias experincias introduziu algunsmelhoramentosindustrializandooprocesso,oqualtomouonomedemercerizaoemhomenagem ao seu descobridor. As experincias de Mercer foram efetuadas comsolues de NaOHconcentradas, em tecidos quenosofriam tenso (por imerso),enquantoLowellexperimentouvriassoluestrabalhandotecidossobtenso,oqualtornavamsemuitomaisbrilhantes.
CaractersticasnotadasporMercer:
Odimetrodofioaumentoueocomprimentodiminuiu(encolheu).
Aresistnciatraoaumentou.
Ofiomostroumaiorafinidadeparacorantes.
Ofiotornousemaisabsorventeparatratamentosqumicos.
Contudo,oprocessoadquiriugrandevalorcomercialdepoisdadescobertadeLowell (1889)impedindooencolhimento, medianteaaplicaodetensoduranteoprocessodemercerizaoecomissoconseguindotambmumbrilhopronunciado.Esteefeitoaumentouconsideravelmenteovalordomaterialtratadosoboprocesso.
FatoresqueinfluemnaabsorodeNaOH(hidrxidodesdio)pelafibra
fcilentenderqueapenetraodohidrxidodesdio(NaOH)nafibraumfatorimportantequeirdefinirumaboamercerizaooucaustificao.Vejamos,osfatoresqueinfluemnaabsorodasoluocusticapelafibra:
concentraodobanho;
viscosidade;
temperatura;
tempo;
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caractersticasdomaterialtxtil;
tensoaplicada;
utilizaodeauxiliardemercerizaoadequado.
Concentrao
Somente emconcentraes acima de 200 g/L de NaOH, quando aplicadatenso,conseguesepenetrarfacilmente(aumentodavelocidade)nasregiesdedifcilacesso.Aconcentraodesodanobanhoinfluitambm,notipodeligaoqumicaqueseformaentreaceluloseeoNaOH.
Viscosidade
Umamaior concentrao implica numaumento de viscosidade, que atua deformanegativanapenetraodoNaOHnasfibras.
Temperatura
Atemperaturaimplicanaalteraodedoisfatoresnoinchamentodafibra.Soeles:
velocidadedepenetrao;
formaoderedecristalinaNaOHcelulosedistintacommenorcaptaodeguae,portanto,menorinchamento.
Umavelocidadedepenetraomaiorgarante,deumaformageral,umamelhoruniformidade de mercerizao. Por outro lado, trabalhar em temperatura elevada,dependendo da concentrao do banho, pode implicar na formao de oxicelulose(degradaodafibra).
Tempo
Otempodecontatofatorprimordial,poisquandoaceluloseestemcontatoprolongadocomsoluodeNaOH,sobaatmosferacontendooxigniopodeiniciaraformaodeoxicelulose.
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Caractersticasdomaterialtxtil
Ograudematuridadedoalgodo,podeinfluenciarpositivaounegativamentenaadsoro,bemcomooestadodesujidadedomaterial.Amercerizaopodeserfeitasobresubstratonaformadefio,tecidoplanoedemalha,comomaterialcr,purgado,alvejadooutinto.
Utilizaodeauxiliardemercerizaoadequado
Depoisdecitartodososoutrosfatores,ficasimplesentenderporqueautilizaodeumauxiliar(tensoativo)devitalimportncia.Suafunopermitirumfcilacessodasoluocusticaemalta concentraoatasreasdedifcilacessoemtempocurto,em temperatura favorvel, sob tenso ou no, de tal forma que o processo demercerizaooucaustificaopossaocorrerdeformahomogneaaolongodetodoomaterialasertratado.
LavagemeNeutralizao
Apsotratamentoalcalinodeveseprocederretiradadasoluocusticasobreafibra.Estaretiradanormalmentefeitacomoauxliodeguaeneutralizaocomcido. Umam lavageme/ouneutralizao, pode implicar emdefeitos irreversveissobreomaterialtxtil.
Algunsdosefeitosfsicoqumicosocorridoscomamercerizao:
Aumentonotveldobrilho;
Aumentodacapacidadedeabsoro;
Maioradsorodecorante;
Aumentodaintensidadedecor;
Maiorresistnciatrao;
Realaefeitosdotoque;
Eliminaodefibrasimaturas(estasfibrasnotingem);
Maiorestabilidadedimensional.
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Brilho
Aaparnciadobrilhoexplicadapelofatoresultantedeuminchamentosobtenso,ondeafibraadquireformatomaisregularcomsuperfciemaislisa,refletindomaisintensamenteosraiosdeluz.Umaintensidademaioroumenordobrilhoemfunodosseguintesparmetros:
concentraodalixvia;
temperaturadalixvia;
duraodotratamento;
auxiliardemercerizao;
tensoaplicada.
Osquatroprimeirositensestointimamenteligadosaumbominchamentodafibra e portanto, ao formato da seo transversal, enquanto que a tenso influidiretamentenatorodafibra,sendoesteltimoumdosfatoresdemaiorinfluncia.
Capacidadedeabsoro
Desdequeamercerizaoreordenaregiescristalinas,aumentaaacessibilidadefibra,resultandonumamaiorcapacidadedeabsoro.
Maioradsorodecorantenafibra
Comovimos,amercerizaofornececomoefeitoumamaioracessibilidadefibra,gua,soluesdecoranteesoluesdeacabamentoemgeral.
Maiorintensidadedacor
Comamercerizaoverificadoumaumentonaintensidadedecorcomigualconcentraodecorante.Areflectnciaecomelaaintensidadedacor,nodependesomente da concentrao de corante, mas tambm, da distribuio do corante nomaterialeespecialmente,nacapacidadededispersodaluznosubstrato.
Maiorresistnciatrao
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Estudiososmostraramqueexisteumacorrelaoentreoaumentodaresistnciatraoeadiminuiodongulodeorientaodafibra,verificadoradiograficamente.
Maiorestabilidadedimensional
O motivo para termos uma maior estabilidade dimensional devido adesintegraodastensesnomaterialtxtil,devidoadissoluoeanovaformaodepontes de hidrognio na fibra, adotando a fibra, umnovo estado de energia livre,adaptadaasuaatualformadentrodomaterialtxtil.
ParmetrosdeControle
Temperaturaambiente
Concentraodasodacustica:28a32oB
Osubstratodevesermantido sobtensoparaevitar seuencolhimento, at aremoodoNaOHabsorvidopelafibra.Alavagemeaneutralizaodevemserfeitascomguaquentenosprimeiroscompartimentos(caixa);enxgefrio(contracorrenteoutransbordamento)eneutralizao.
Evitarapresenadeguadura(saisdeclcioemagnsio),poisalteramobrilhoepodemprovocarmanchasnotingimento.
2.6CozinhamentoouPurga
Afibradealgodoconstituda,essencialmentedecelulose,variandonafaixade8396.Agregadosaessapercentagemvarivel,encontramosaindaprotenas,ceras,graxas e gorduras saponificveis, matria mineral, acar, pigmentos, pectinas,hemicelulose,etc.
As matrias graxas e os pigmentos do ao algodo uma cor amareladaindesejveleconferemporsetrataremdesubstnciashidrfobas,repelnciaagua.Destaforma, para obtermos uma mercadoria o mais possvel hidrfila, deve sereliminadaumagrandepartedaceranatural,vistoqueumaeliminaototaltornariaafibraquebradia.
Dasgraxasnaturaisdoalgodo,cercade20%correspondemacidosgraxoslivres (saponificveis), tais como:palmtico, esterico, oleico, etc. Almdesta partesaponificvel,encontramostambmlcooisesteresgraxosinsaponificveis.Aparte
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insaponificvelbemcomoasprotenas,sosolveisemmeioalcalinoepossuemumexcelentepoderde emulsionamento.
OprocessodepurgafeitousandosesoluesalcalinasdeNaOHecarbonatodesdio*quentequecontenhamdetergenteseseqestrantes.Normalmenterealizadoemautoclavefechadaa95oCpor20minelavagem60oCpor20minutosecidoacticoparaneutralizao.
O detergente temafinalidade deumectar o substrato facilitando aaodolcali, emulsionar os leos e gorduras no saponificveis, remover e manter emsuspensoasimpurezas.
Olcalireagecomasgordurasouleosvegetais,tornandoossolveisedefcilremoo,isto,promovereaesdesaponificao.
SeqestrantessoutilizadospararemoveronsdeFe,CaeMg,cujapresenaprejudica as etapas posteriores de alvejamento e tingimento. Os ons de Ca e Mgformamsaisinsolveisqueprecipitamnasuperfciedosubstratoprovocandomanchasbrancasnotecidotingido,interferncianasolidezdostingimentosentreoutros.JosonsdemetaispesadoscomooFesoresponsveispelacatlisededecomposiodoH2O2podendodestruirafibradealgodo.Apsapurgapodeserealizarumtingimentocomtonsmaisescuros.
2.7Alvejamento
Oalvejamentoumaoperaoquetemporobjetivoremoverascerasegraxas,substnciassolveiseacoloraoamareladanaturaldasfibrasdoalgodoedeoutrasfibras, aumentando a sua brancura, a fim de preparar o substrato txtil para ostratamentossubseqentes,comotingimentoouestamparia.Essaoperaonecessriaseotecidoacabadoforbrancooutintoemcoresclaras.
Alvejarsignificatornaralvooubranco.Tratasedobranqueamentodosubstratoemdiversosgrausounveisdealvejamento, desdequeissonoimpliqueemperdasensvel deresistncia porparte domaterial. Emprimeiro lugar, devemoslevar emconsideraoacordomaterialantesdoalvejamento,poisestaoperaoirconduziramesma, em direo ao branco. Principalmente no caso das fibras celulsicas eproticas, a colorao natural bastante acentuada, distante daquilo que podemosimaginarserbranco.
*barrilhaestapodesubstituirat35%dasodacustica,barateandoasreceitas.
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Tambm primordial para a obtenode umbomalvejamento, encontrar opontodeestabilidadedosistemaqumico,poisseoinsumobsicosedesprendemuitorapidamente,duascoisaspodemacontecer:
degradaodomaterial;
baixorendimentodoalvejamentoporperdadesubstnciaativa.
Seaestabilidadedoinsumobsicoformuitogrande,nohavendo,ouhavendopoucaliberaodasubstnciaativa,noacontecerobranqueamentodesejado.
Oalvejamentopodeser:
AlvejamentoporReduo:HidrossulfitodeSdio
AlvejamentoporOxidao:PerxidodeHidrognio,HipocloritodeSdio,CloritodeSdio.
O alvejamento por reduo empregado em casos raros, pois o substratoalvejadoporesteprocessotendeaoamarelamentonaestocagem. Os processos comHipocloritodeSdioeCloritodeSdiopodemprovocaroamarelamentodasfibrasduranteaestocagemalmdeprovocaremacorrosodosequipamentos,mesmodeaoinoxidvel.
Oalvejamentocomperxidodehidrognio(H2O2)omaisempregado.umalvejamentocombastantebrilhoedefcilaplicao.
Adecomposiodeperxidodehidrognioliberaoxignioativo,conformeareao:
H2O2H2O+O*
Ooxignioativoreagecomospigmentosnaturaisdoalgodo,oxidandoosedestruindo sua colorao. Nesse processo alm de soda custica, detergentes eseqestrantes, so adicionados ao banho um estabilizador, normalmente silicato desdio.
Estabilizador (silicato de sdio) so substncias que ajudam a impedir adecomposio do on ativo de perxido de hidrognio (HOO) que o principalresponsvel pelo branqueamento. Almdisso, impedem a formao de radicais deperxido de hidrognio (HOO.) que provocam a decomposio da celulose. Suaestruturareticularcomparadaaumaesponjaporosaqueabsorveoferro,eliminandodestaformasuainflunciasobreobanhodebranqueamento.Olcalitemafunodeum ativador, servindo para transformar o perxido de hidrognio em um on deperxidodehidrognioativoemtermosdebranqueamento.
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2.8Auxiliaresqumicosutilizadosnobeneficiamento(Tensoativos)
Os fenmenos relativos tenso superficial j so conhecidos desde aantiguidade.Nonossodiaadiadefrontamoscomtaisfenmenoscomo emmaioneses,espumasdeextintoresdeincndio,emulsesasflticas,leite,etc.Naindstriatxtilatensosuperficialeostensoativosaparecemnosprocessosdebeneficiamento.
Tensoativos so substncias que agem sobre a tenso superficial e soempregados no beneficiamento txtil onde regulamprocessos de umectao, purga,tingimento,estampariaealgunsprocessosdeacabamento.
TensoSuperficial
Asforasdeatraoexercidaspelasmolculasdeumlquido,umassobreasoutras, so de considervel grandeza. Uma molcula no interior do liquido sofreatraesiguaisemtodosossentidoseaforaresultantenula.Asmolculasqueestona superfcie do lquido ou na sua interface, devido s foras no balanceadas demolculas queestoabaixo delas, sofremumaatraoresultante para o interior dolquido.Aforaresultantedorigemtensosuperficial.Devidotensosuperficial,os lquidos comportamse como se tivessem a sua superfcie, revestida por umamembrana invisvel causando uma resistncia penetrao. A tenso superficialjustificaaformaesfricadasgotasdoslquidos, comotambmexplicaofenmenochamadocapilaridade.
ProdutosTensoativos
So substncias que tma propriedade de reduzir a tenso superficial doslquidos.Devidoaestapropriedadeostensoativospodemser:
Umectantes
Detergentes
Emulsionantes
Solventes.
Asmolculasdosprodutostensoativos,tambmdenominadossurfactantes,soconstitudaspor:
Grupolipoflico:Umgrupoqumicosolvelemleoeinsolvelemgua.
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Grupohidroflico:gruposolvelemgua.
Entendese aqui, por leo, qualquer lquido nomiscvel emgua. Ogrupolipoflico,emgeral,constitudodecadeias,maisoumenoslongas,dehidrocarbonetosouestruturasderivadas.Apartehidrfilacontmgruposfuncionaisquecaracterizamocarterinico.Asolubilidadeemguadeumtensoativodiminuicomoaumentodacadeialipofilica.
Os produtos tensoativos so classificados conforme seu carter inico emaninicos,catinicos,noinicoseanfteros.
Umectantes
doconhecimentogeralqueummaterialtxtilquandocolocadosobreaguano molha e fica sobrenadando. Se repetirmos essa operao sob adio de certosprodutostensoativos,omaterialmolhaeafunda.Osprodutosquetmapropriedadedemolharrapidamenteossubstratostxteissodenominadosumectantes.
Mascomoseexplicaocomportamentodestesprodutos?Ossubstratostxteiscrus,contmgordurasouleos,naturaisoucolocadosartificialmentenafiao, queimpedemapenetraodagua. OsumectantessotensoativosdevalorHLBbaixo(HLB7a9)e,portanto,lipoflico.
A adio de umumectante gua faz com que, devido afinidade destessurfactantespelosleos,atensosuperficialentreguaeleosejareduzidaeomaterialtxtilabsorvaguaporcapilaridade.
Detergentes
So tensoativos que tm a propriedade de umectar os substratos txteis,permitindoque, pelaquebrada tensosuperficial dagua, a sujeira seja facilmenteremovida do material para a fase lquida. Os detergentes mantmemsuspensoaspartculasremovidas,nopermitindoquesereaglomeremesedepositemnasuperfciedosubstrato.Osdetergentestm,tambm,apropriedadedeemulsionarasgordurasouleospresentesnossubstratostxteis.
AaodosdetergentesmuitoamplaeestapodeserreguladaconformeoseuvalorHLB(faixadoHLBdosdetergentes:1115);quantomaisbaixooHLBdeumdetergente,maioressoassuaspropriedadesdeumectaoequantomaisalto,maiorasuacapacidadedeemulsionargordurasouleosnaguaemenorasuacapacidadede
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umectar. Devido necessidade de rpida umectao, os detergentes para processoscontnuos devem ter valor HLB mais baixo. Em resumo, os detergentes tmpropriedadesdeumectao,remooedispersodasujeiraedeemulgadordeleosegorduras.
CarterInicodosTensoativos
Os sais em soluo aquosa dissociamse em partculas submicroscpicas,chamadas ons, carregadas eletricamente. Os ons carregados positivamente sochamadosdectionseosonscomcargasnegativas,nions.Porexemplo:CloretodeSdio(NaCl) dissociaseemnionsdeCl ectionsdeNa+.Naeletrliseosctions
sedirigemparaoplonegativoeosnionsparaopositivo.AFigura3apresentaosdiferentestensoativosexistentes.
Casosesubstitua,noexemplodoCloretodeSdiooctionNa+porumgrupoqumicoorgnicocontendoradicaiscatinicos,estesradicaispolaressoresponsveispelaspropriedadesqumicas donovoproduto, quepor isso chamadocatinicoousubstncia ctionativa. Os gruposcatinicos mais comuns soos grupos amnicos,encontradosfreqentementeemamaciantes.
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Figura3:Estruturaqumicadostensoativos.
Sedeixamos o ction Na+ intacto e substitumos o nion Cl por umgrupoqumicoquecontmradicaisaninicos(negativos),aspropriedadesqumicasdonovoprodutodependemdonione,porisso,asubstnciachamadaaninicaouanionativa.Osradicaisaninicosmaiscomunssogruposcarboxlicos,sulfnicosesulfato,queaparecemfreqentementeemdetergentes,umectantes,dispersantes,emulsionantes,etc.
Nocasodotensoativonoionizar,elechamadonoinico.Osradicaisnoinicosmaiscomunsso:ter,hidroxi,ster,etc.
Certostensoativospodemassumirocartercatinicoouaninico,dependendodopHdomeio,nestecasosochamadosanfteros.
Nosprodutostensoativosaninicosoucatinicosapartepolarouhidroflicaconstitudadosradicaisqueionizameorestodamolcula,constitudaemgeralporcadeias longas de hidrocarbonetos, lipoflica ou hidrfoba. Nos tensoativos no
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inicos a parte hidrfila corresponde ao grupo qumico que caracteriza o produto.Assim,nosderivadosetoxiladosapartesolveladacadeiaetoxi.
importanteconhecermosocarterinicodosprodutosqumicoscomosquaisoperamos,poisnopodemosmisturaraleatoriamenteprodutos de carter inicodiferentes,ouseja:
Produtocatinico+produtoaninico=incompatvel
Produtocatinico+produtonoinico=compatvel
Produtoaninico+Produtonoinico=compatvel
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3.Beneficiamento secundrio
3.1ConceitodeCor
Existeminmerastentativasparadefiniodecor.Podemosdizerqueacorumaperceposubjetivacausadanocrebro,emconseqnciadeumacertaenergiaradiantetransmitidaaosolhos.
Paraapercepodeumacorhnecessidadede:
Fontedeluz;
Objetocolorido;
Observador.
Avistahumanarecebeaimagemeatransformaemimpulsosquesotransmitidos,medianteonervoptico,aocrebroondesemanifestaapercepodacor,conformeilustradonaFigura4.
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Figura4:Trselementosparaapercepodeumacor.
3.1.1FontedeLuz
Objetos s podem ser vistos quando luminosos (emitem luz) ou quandoiluminados(refletemtotalouparcialmentealuzqueincidesobreeles).Artigostintosseenquadramnessesegundocaso.
Comosabida,aperceposensorialdacorcausadapelaluz.Poressarazo,acor sempre relacionadaa uma fontede luz, denominada iluminante, desdequeoobjeto no emita luz prpria. Assim, um objeto s manifesta sua cor quando iluminado.
Luzonomequedamosradiaoeletromagnticanafaixade400a700nm(nanmetros),aqualconstituiaradiaovisvelparasereshumanos.Algunsanimaispodem ver outras faixas de comprimento de ondas. Sabemos que as radiaeseletromagnticaspropagamseemondasdecomprimentovarivelabrangendoumlargo
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espectro.Dentrodesteespectrohumapequenabanda,nafaixade400a700nm,que,comomencionamosantes,constituialuzvisvel,conformeapresentadonaFigura5.
Figura5:Espectrodaluzvisvel.Asradiaes que limitamoespectrodeluzvisvel soosraiosultravioletas
(700nm).
Quandoumfeixedeluzatravessaumprisma(experinciadeNewton);elesedecompeembandasdeluzcolorida(coresdoarcoris),comcomprimentosdeondadiferentesequevodesdeovermelho(700nm)atovioleta(400nm).
Adistribuio de energia espectral de umdeterminado iluminante, indica oquantodeenergiaoiluminanteirradiaemcadaintervalodecomprimentodeonda.Osiluminantessediferemmuitonaproporodoscomponentesdeseuespectro.Assim,luzsolar,delmpadaincandescente,fluorescente,desdio,etc.muitodiferente.Almpada incandescente, por exemplo, contm mais radiaes longas (vermelho,amarelo)doquealuzsolar.Comamudanadoiluminantehavermudananacordoobjetoiluminado.Devidoaisso,afirmamosqueacornoumapropriedadeimutveldo objeto, mas, varia em funo da composio espectral do iluminante. Os raiosluminososcomponentesdoespectroconstituemoconjuntoderadiaesvisveis,cadaumaproduzindonocrebro,atravsdosolhos,umapercepodecor.Cadacomponentedoespectrotemumcomprimentodeondadiferenteconformeatabelaabaixo:
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COR FAIXADOESPECTRO(nm)
Vermelho 610700
Alaranjado 595610
Amarelo 570595
Verde 485570
Azul 430485
Violeta 400430
Podemosafirmarqueasradiaessensibilizamavistahumananafaixade400a700nm.Radiaescomcomprimentosdeondaabaixoouacimadesseslimitesjnosovisveis.
Dentre as cores do espectro, os fsicos (note bem: no os coloristas)estabeleceram3coresfundamentais:
Vermelho
Verde
Azul
Raiosluminososdesses3comprimentosdeonda,quandoprojetadossobreumasuperfciebrancaproduzemasdemaiscoresdoespectro.Assim,projetandosesobreumfundobrancoraiosverdesevermelhosobteremosumamanchaamarela.Projetandoseos raios das 3 cores obteremos o branco. Essa superposio de feixes coloridosconstituemoprincpiodacomposioaditivadecores.
Osraiosluminosospodemtambmsersubtrados.Assim,aoprojetarmosumfeixedeluzbrancasobreumalminatransparenteazul (filtro azul), s passaro osraios azuis e, portanto, os demais raios do espectro visvel foram subtrados. Se
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sobrepormos3filtros,azul,amareloevermelho,eprojetarmossobreelesumfeixedeluzbranca,haverabsorocompletanosfiltroseproduziremosopreto.Oscoloristastrabalhamnabasedacomposiosubtrativadascores.
Assim,paraofsico:
VERMELHO+VERDE+AZUL=BRANCO
(nabasedacomposioaditivadascores)
eparaocolorista:
AMARELO+VERMELHO+AZUL=PRETO
(nabasedacomposiosubtrativadascores)
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3.1.2ObjetoObservado
Acor de umobjeto (por exemplo: umartigo txtil) determinada pela luzrefletidaporeste.Assim,umsubstratobrancoquandorefletetodaluzqueincidesobreeleepretoquandonohreflexodeluz,esimabsoro.
Substratossocoloridosquandoabsorvemcertosraiosdoespectroerefletemorestante.Porexemplo,dizemosqueumsubstratoazulquando,aoincidirsobreeleluzbranca, reflete azul e absorve os demais componentes do espectro. Por essa razo,quandotingimosumartigotxtil, estamostrabalhandocomsubtraodecores.Paracadacorpocoloridoexistemdoistiposdecores:
Corabsorvidaoufsica
Correfletidaoupsicolgica(aquevemos)
Comojfoidito,umsubstratobranco,sobaluzsolar,quandorefletetodasascoresdoespectro.Quandoqueremosdarcoraessesubstrato,precisamosmodificaraluzrefletida,demodoassensibilizarnossavistaacordesejada.Issoseconseguepelaaplicaodeprodutosqumicosqueagemabsorvendoseletivamentetodasasfaixasdoespectromenosadesejada,quedeverserrefletida.EssesprodutossochamadosCORANTESou PIGMENTOS(Veremos mais adiante a diferena entre corantes epigmentos) e agem por subtrao de cores. Por meio de espectrofotmetros, oslaboratriosdecolorimetriaestabelecemascurvasderemissodostingimentos,isto,pararadiaesdetodososcomprimentosdeonda,dentrodoespectrodeluzvisvel,determinadaaporcentagemdereflectnciadeenergia.
3.1.3AViso
Aterceiracondioessencialparaquehajacoraviso,quefuncionacomoreceptor.Comojmencionamos,dentrodoespectroderadiaeseletromagnticashumabandaderaiosvisveisentre400e700nm.Osraiosluminososaoatravessaremocristalino voatingir a retina, ondeencontramos terminais do nervoptico, comoilustradonaFigura6.Nessesterminaisexistemdoistiposdeclulas:
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Figura6:Mecanismodefuncionamentodavisoparaapercepodacor.
Bastonetes responsveis pela viso em ambiente escuro, com baixaintensidadedeluz.Todososbastonetestmamesmasensibilidadeespectraleporessarazovemossomenteobjetoscinza no escuro e no distinguimos cores. Emintensidadenormaldeluzosbastonetesnosomaisusadose,nessecasososconessodecisivos.
ConesOsconesexibemdiferentessensibilidades(casocontrrio,nohaveriacores).Basicamente,distinguemse3tiposdecones,sensveissradiaesazul,verdeevermelho.
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3.2Tingimento
Aetapa de tingimento executada para conferir cor aos fios ou tecidos eaumentarovalordoproduto(Figura7).Osmateriaistxteissotingidosusandoumaamplagamadecorantes,tcnicaseequipamentos.Oscorantesusadospelaindstriatxtilsoemgrandepartesintticos,tipicamentederivadosdoalcatroederivadosdopetrleo.ATabela1apresentaostiposdecoranteseseuscamposdeaplicao,isto,as fibras que eles tingem. Comoalguns corantes podem, emcasos especiais, tingiroutrostiposdefibras,oscamposdeaplicaoforamdivididosem:normaiseespeciais.Otingimentopodeocorreremprocessoscontnuosouembatelada(nocontnuo).
Dizse que um sistema no contnuo, quando uma operao iniciada eterminadanumamesmamquina.Nestesistemautilizaseoprocessodeesgotamentoque consiste nadiminuio gradativa do(s) produto(s) presente(s) no banho, comoaumentodoefeitodesejadosobreomaterial txtil. Numtingimento, porexemplo,ocorantesetransferedobanhodetinturaparaafibra,comaconseqentediminuiodeconcentraodobanho,eaumentodaconcentraodocorantenafibra
Noprocessocontnuo,omaterialtxtilalimentadocontinuamenteemsoluodecorantecomvelocidadegeralmenteentre50e250metrosporminuto.Oprocessodetingimentocontnuoconsistetipicamentenaaplicaodocorante,fixaodocorantecomprodutosqumicosoucalorelavagem.Afixaodocorantenasfibrasocorremaisrapidamenteemtingimentocontnuoqueembatelada.
Aadsoroeretenodocorantenafibrapodeserqumica,fsicaouambas,dependendodafibraedocorante.Ex.:algodo,corantesreativos,polister,corantesdispersos
Ograu de adsoro funode vrios fatores, tais como, temperatura, pH,auxiliares qumicos e tempo. muito importante o uso dos auxiliares qumicosadequadosparacadaclassedecorante.
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Influnciadoscidos/lcalis(pH)
Conformeaclassedecoranteseafibra,avelocidadeerendimentodamontagempodemserinfluenciadosporcidosoulcalis.Tomandosecomoexemplooscorantescidos,ainflunciadopHpodeserfacilmentedemonstradanotingimentodepoliamidaou da l. Por outro lado, lcalis so da maior importncia na fixao de corantesreativos.
Tabela1Aplicaodoscorantesemdiversasfibras.
Tipodecorante
Tipodefibra
Protica(l,seda)
Celulsica(algodo,viscose)
AcetatoTriacetato
Poliamida Polister Acrlica
cido XX XX
Azico XX X X X X
Bsico XX
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Figura7:Fiosetecidostingidoscomdiferentescores.
tina X XX
Direto X XX X
Disperso XX XX XX XX
Pigmento* X X X X X X
Reativo XX XX X
Sulfuroso XX
Notas:XXCasosnormais;XCasosespeciais.
*nopodeserconsideradocomoumverdadeirocorante
InflunciadeEletrlitos
No tingimento de algodo e demais fibras celulsicas utilizamse eletrlitos(sulfatooucloretodesdio)paraaumentarasubstantividadee,portanto,orendimentotintorialdocorante.Adiesdeeletrlitosemtemposmuitocurtosouemquantidadesexcessivas,podemprovocartingimentosdesiguaisoucommsolidez.Poroutrolado,notingimentodel comcorantescidosadicionasesulfatodesdiopararetardaramontagem.
InflunciadaTemperaturaeTempo
Oprocessodetingimentodivideseemduasfases:
cintica,fasedemontagemdocorantee
termodinmica,fasedeequilbrioefixao.
Emgrandenmerodeprocessosdetingimento,avelocidadedemontagemeafixaodependemdatemperatura.Emcertoscasosobservamosque,comavariaodatemperatura, o corante se desloca do banhopara a fibra (fase de montagem). Essedeslocamento, deve ser feito dentro de um tempo prcalculado, em funo doscontatos/min.quetemosnoprocesso.Essetempo,deverserprestabelecidodeformaqueamontagemocorralinearmente.
Nafasedefixao,quandoocorantesedifundenafibra,humatemperaturaideal.Atemperaturadefixaodependedaclassedecoranteedafibra.Otempode
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fixao tambm importante, pois o tempo reduzido pode ser insuficiente para adifuso completa do corante na fibra, ocasionando, alm de baixo rendimento,problemasdesolidez.
InflunciadosAgentesAuxiliares
Paraummelhor controle davelocidade demontagem, empregamse tambmagentesauxiliares,osquaispodemacelerarouretardarumtingimento.
Aceleradores
Sousadosnotingimentodepolister,poisestaumadasfibrassintticasmaiscompactas. S temperaturas acima de 1000C, possibilitam a difuso relativamenterpidadocorantedispersonafibra.Normalmenteotingimentoprocessadoa1300C.Em certos casos, onde precisamos tingir em temperaturas inferiores acima (porexemplonocasodePES/WO,ondealdanificadaacimade1060C),usamosprodutos,denominadoscarriers,queinchamafibraepermitemadifusodocorantenoPES.
Retardantes
Podemosaplicaragentesauxiliaresqueretardama montagem do corante nafibra. Estes produtos so denominados retardantes ou igualizantes. Os retardantespodemterafinidadefibraouaocorante.Osretardantescomafinidadefibra,temomesmocarterinicoqueocorantee,portanto,concorremcomeleduranteoprocesso.Dependendodopoderdemontagemdessesagentesauxiliares,elesbloqueiamtotalouparcialmenteosgruposqumicosreativosdafibrae,assim,retardamamontagem.Emtemperaturasmaiselevadas,elessedeslocamparaobanhopermitindoqueocoranteocupeoseulugar.Retardantescomafinidadeaocoranteformamumcomplexocomeste.Ocomplexossequebracomoaumentodatemperatura.
3.2.1Corantes
Oscorantes, atualmente sintticos, so compostos orgnicos complexos que,quandoaplicadossfibrastxteis,tmahabilidadedecriarumacertacor,devidopresena de grupos qumicos insaturados, denominados CROMFOROS. Assim,substnciasquepossuemcromforosemdiferentesarranjos,produziroasensaode
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diferentes tonalidades de cor, por exemplo, azulclaro, azulesverdeado, azulavermelhado,azulmarinho,etc.
Emboraoscromforosforneamcoresssubstncias,aintensidadeouobrilhoda cor depende da presena de um ou mais grupos qumicos, denominadosAUXOCROMOS,quetambmpodemfornecersubstantividadeparaosubstrato.
Adefiniotcnicadeumcorante:umcompostoqumicoquepodeserfixadonum material qualquer, por exemplo, numa fibra txtil de forma mais ou menospermanente,equeproduznamentehumanaasensaovisualdeumadadacor.
Osprodutosdecorpodemserdivididosemcorantes,quesosolveisnomeioaoqualelessoaplicadosepigmentos,quesoinsolveisnomeiodeaplicao.
Asprincipaispropriedadesqueumcorantedevepossuirso:
1)Intensidadedecor;
2)Solubilidadeemsoluoaquosa;
3)Habilidadeparaseradsorvidoeretidopelafibra(substantividade)ouparacombinarsequimicamentecomela(reatividade).
Solidez
Notingimentooscorantesdevemsercapazesdedifundiremsenasfibras,eocorantedifundidodevesermantidodentrodafibra.Issopodeocorrerdetrsmodosdiferentes:
1 Ocorantepodesersubstantivo fibrae,nestecaso, tornarsefisicamenteligadoamesmaporumaoumaisformas:forasinicas,pontesdehidrognioouforasdeVanderWaals.Asforasinicassoasmaissimplesdeseentender,podendosedefinilascomosendoaatraoentreonscarregadospositivaenegativamente,umnocoranteeoutronafibra.Apontedehidrognioestassociadaaocompartilhamentodeeltrons,nestecaso,entreocoranteeasmolculasdasfibras.AsforasdeVanderWaalssoasatraesentretomosoumolculasquandopostasmuitoprximasumasdasoutras.
2 Ocorantepodereagirtambm,paraformarumaligaoqumicacovalentecomasfibras.
3 Grupos de solubilizao temporrios podem ser removidos, deixando ocoranteencalhadoeinsolvelnosubstratofibroso.
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Solubilidade
Oscorantesdevemsersolveis,molecularmentedispersveisoucapazesdesetornarem solveis no meio em que so aplicados. Sendo esse meio de aplicao,geralmente,agua.Osgruposdesubstituioqueconferemsolubilidademolculadecorantenagua,sodedois tipos: aqueles que so parte integrante da molcula eaqueles que so introduzidos temporariamente, para serem removidos durante oprocessodetingimento.
Substantividade
Apresena deumoumais grupos especficos emumamolcula de corantedeterminam a substantividade e solubilidade para com as fibras. Alguns exemplosdestesgruposso:
gruposaninicos:conferemsubstantividadeesolubilidadeparacomasfibrasproticasepoliamdicas.
gruposcatinicos:conferemsolubilidadeesubstantividadeparacomas fibrasproticas,poliamdicaseacrlicas.
grupospolares(OH,NH2,etc.):aumentamasubstantividadedoscorantesnoinicos (dispersos) para com as fibras sintticas, e tambm exercem considervelinflunciasobreacor.
Reatividade
Oscorantesreativos,emrelaoaosoutrostiposdecorantes,soretidospelafibradeumamaneiradiferente.Elesformamumaligao covalente com a fibra, ouseja,elescompartilhameltronscomafibra,seintegrando estruturamolecular damesma.
Tiposdecorantes
Corantescidos
Onomedestaclassedecorantesoriginousedoprocessodetingimento.Estescorantessoaplicveis l, sedaepoliamidanapresenadeumcidoorgnicoouinorgnico e, por isso, sodesignados corantes cidos. Esta classe compreende umgrandegrupodecorantes aninicos ecompesomolecular relativamente baixo, que
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possuemuma trs grupos de cidos sulfnicos. Quimicamente, os corantes cidospertencem vrias subclasses, como nitro, nitroso, monoazo, diazo, trifenil,antraquinona, etc. Como os corantes diretos, os corantes cidos podem serrepresentados por RSO3Na, e assim, pareceremse uns com os outros. Quandodissolvidos em gua, eles produzem nions coloridos (RSO3) e ctions de sdioincolores(Na+).
Ummtododeclassificaodoscorantescidosdividilosemtrsgruposdeacordocomaplicaoepropriedadedesolidez.
1)Corantesdeboaigualizao:tingemalemmeiofortementecidoparaterboa exausto, tmbaixo peso molecular, tmboa igualizao e a solidez a luz geralmenteboa,masasolidezamidonointeiramentesatisfatria.Paraapoliamida,estestmpesomolecularmaioresoaplicadosempHneutrooulevementecido.
2)Corantesdemdiaigualizao:estescorantestmmelhorsolidezlavagemqueosanteriores,boaigualizao,maspossuemcoresmenosbrilhantes.Sousadosquandoseexigeboasolidez lavageme tmpesomolecular mais elevadoqueosanteriores,soaplicadosemmeiolevementecido(pH5,2a6,2),comcidoactico.
3)Corantesquetingememmeioneutro:soaplicadosemmeioneutroetmbaixopoderdeigualizaoesuaaplicaoexigecuidadosconsiderveisdevidoaoseupesomolecularelevado.Possuemboasolidezluzeamido.
CorantesDispersos
Estescorantesapresentamumagamacompletadetonalidadesparaopolistereaspoliamidas.Nasfibrasacrlicas,sousadosnaobtenodecorespastis.Comoestescorantes so os nicos que tingem homopolmeros de polister em processoconvencional, eles so usados principalmente para esta fibra. So usados emcopolmeros de polister e outros polmeros sintticos, compequenas variaes doprocesso.
Esses corantes so noinicos e na maioria dos casos, tm solubilidadeextremamente baixa, mas finita, emgua. Oprodutor deve preparlos numestadofinamente dividido, quepossa fornecer emguaumadispersoestvel. Naprtica,consegueseissomoendooscristaisde corante em gua contendo um agente dedispersoaninico,comosulfonatodelignina,atqueotamanhodapartculaatinjaosvalores de 1 a 3 m. Os corantes so padronizados numa concentrao padro e vendidoscomopastasoupsdispersveis.
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Os corantes dispersos podem ser aplicados s fibras de acetato, acrlico,poliamidas,polisteretriacetato.Entretantoparaoacetato,opolistereotriacetato,oscorantesdispersossoanicamaneiraprticadetingimento.
CorantesReativos
Designamsecorantesreativosaquelesqueaplicadosaosmateriaistxteisdevemsuasolidezmidoscombinaesqumicascovalentescomafibra.Aoreagir,essescorantesquimicamente,tornamseparteda fibra. A combinao qumica covalentesignificaarepartiodeeltronsentretomosparaformarmaisumaligaqumicadoqueumaassociaoeletrovalente, quesimplesmenteumaatraode onsdecargaoposta, como acontece comos sais de metal. Os corantes reativos so geralmenteaplicadosemfibrascelulsicas.Aplicadospoliamida,tmtimasolidezamido,masapresentam problemas de igualizao. Nesse aspecto, os corantes reativos diferemfundamentalmente das outras classes de corantes. J foi verificado que os corantesconvencionaisdevemsuasolidezamidoalgumaassociaoousubstantividadefsicafibra,ouainsolubilidadeagua. Em alguns casos, ambos os fatores estoenvolvidos. Como a liga qumica desses corantes fibra no influenciada pelostratamentosmido,domsticosouindustriais,suastonalidadesnosealteramapssucessivaslavagens.
Pigmentos
Aarte decolorir os materiais txteis noserestringe aotingimento, ondeocorante penetra e fixase dentro da fibra. Esta colorao tambm efetivada pelaestampagem,operaonaqual,opigmentodepositadonasuperfciedofiooutecido,elfixadoatravsdeumacolaouresina.
Os pigmentos so materiais insolveis no meio de aplicao, no tmsubstantividade, nem grupos reativos para se ligar s fibras e, dessa forma, s sedepositamnasuperfciedasmesmas.Paranosedesprenderemfacilmentedasuperfciedosmateriaistxteiseteremboasolidezaostratamentosamido,precisamsercoladoscomligantes,comoasresinas.
Branqueadorespticos
Ossubstratostxteis,mesmoapsumalvejamentoqumico,tmatendnciaarefletirumtomamarelado.Seempregarmosumprodutoquerefleteraiosazuladosou
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avioletados,essascorescomplementamoamareloclaroeenxergaremosbrancos(efeitocorresponde reflexototaldaluz).Porissoaplicamos, simultaneamenteouapsoalvejamentoqumico,umbranqueadorptico.
Branqueadores pticos so produtos que, quando aplicados nos substratostxteis,absorvemosraiosinvisveisultravioletas(decomprimentosdeondainferiora400 nm) do espectro solar e refletem raios violetas ou azulados. Este fenmeno denominadofluorescncia.Ocomportamentodeumbranqueadorpticodiferentedeumcoranteazul:casodoanil,muitousadonopassado.Obrancoobtidocomanilpoucoradiante.Portanto,osbranqueadorespticosdiferemtotalmentedoanil,umavezque,esteltimofazcomqueenxerguemosbrancopelaabsorodoamareloenquantoqueosprimeirossofluorescentes,isto,emitemadicionalmenteazul/violeta.
3.2.2ControledeQualidadedosTingimentos
Trs parmetros so da maior importncia no controle de qualidade dostingimentos:
Reprodutibilidade;
Igualizao;
Solidezdacor.
ReprodutibilidadedaCor
A reprodutibilidade da cor controlada, na grande maioria das tinturarias,visualmente, embora, os controles mais rigorosos devamser feitos por colorimetria.Nessecasodevemseravaliados:
Intensidade;
Tonalidade;
Pureza.
Destestrsvaloresoquecausamaiornmerodereclamaes,quandodiferedopadro,atonalidadee,emseguida,apureza.Quandoacorestnatonalidadeepurezacorretas,pequenasdivergnciasnaintensidadeso,usualmenterelevadas.Entretanto,quem,realmentedefineograudetolernciaocliente.
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Igualizao
Aigualizaodostingimentosdeprimordialimportncia.Estanormalmentecontrolada nas tinturarias, pelo exame detalhado e por pessoal competente, nosequipamentosdenominadostribunais.Existemoutroscritriosusadoscomocosturadepedaosdetecidooumalharetiradodepontosdiferentesdaspeas.Quandosetratadefiostintos,usualmente,sefazumamalhacomfiostiradosdedentroeforadasrocaseoudediferentesrocas,portanto,geralmente,aavaliao visual.
SolidezdaCor
o grau de tolerncia do tingimento, branqueamento tico ou estampagemcontradiversasformasdeinflunciaaquesoexpostosossubstratostxteisduranteoprocessodebeneficiamentoououso.Classificamseem:SolidezaoprocessoeSolidezaouso.
3.2.2TingimentodePolister
Aacessibilidade dos Corantes Dispersosnafibradepolister muito difcildevidosuaestruturacristalinaedealtaorientao. Hduasformasdeminimizaroproblemadadifusodoscorantesnasfibrasdepolister:
Aumentar a acessibilidade da fibra mediante o uso de agentestransportadores denominados carriers que temporariamente dilatam osespaosintermolecularesdasfibras;
Aumentar a velocidade de difuso pelo aumento da temperatura detingimento.
Tingimento de Polister mediante o uso de agentes transportadorescarriers
Na introduo da fibra de Polister no mercado usavamse os carriers.Posteriormente, passouse a empregar tingimento sob presso, em temperaturas de1300C.Aindahoje,soempregadososcarriersemcircunstnciasespeciais:
quandonosedispedemaquinrioparatrabalharsobpresso;
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quandosetingemisturasdePolistereL.Al,quandonoseadicionaumprotetor,nosuportatemperaturasacimade1060C;
tambm,misturascomelastmerosquepodemsersensveise,nestescasos,sob orientao do fabricante da fibra, usamse carriers e tingese emtemperaturasabaixode1300C.
Oscarriersencontradosnomercadosobaseadosemumaoumaismisturasdeprodutos.OaumentodaacessibilidadedosCorantesDispersosfibradePolisterexplicadoporinmerasteorias,todasbaseadasemumadasalternativas.
Efeitodoscarrierssobreoscorantesnobanho.
Carriersecorantesformamcomplexosquemaisfacilmentesedifundemnafibra. Carrierssolubilizamoscorantes, quemelhorsedifundemdestaforma.Elesformamnasuperfciedafibraumapelcula,atravsdaqualocorantesesolubilizaesedifundenafibra.
Efeitodoscarrierssobreoscorantesnafibra.
Ocarrier contemgruposhidrfilos, queaumentamaatraodafibra pelagua,criandoummeiopeloqualocorantesedissolveesedifunde.Ocarrierdifundese, inicialmente, na fibra e separa as cadeias polimricas, criando segmentos maisacessveis.Istoequivalereduodatemperaturadetransiodoestadocristalinoaosemiamorfo.
TingimentodePolisteraltatemperatura
A velocidade do tingimento aumenta com o aumento de temperatura. Emtemperaturas muito baixas (inferiores a 700C) as cadeias polimricas encontramsequase que paralisadas e na medida em que se aumenta a temperatura, aumenta avibrao, aumentando a mobilidade de segmentos polimricos nas regies amorfas,abrindocavidadessuficientementegrandes,atravsdasquaisocorantepodesedifundir.Ovolumelivredopolmeroaumentacomoaumentodatemperatura.Hduasmaneirasdetransmitirestaenergiadeativao:
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Nostingimentosporesgotamento,emaparelhosfechadosetemperaturasde128/1300C sob presso de aproximadamente 3,5 atmosferas. ProcessodenominadodeHT;
Tingindoemtemposcurtosde60a120segundoscomcalorsecoa200/2200CnoprocessodenominadoThermosol.
3.2.3TingimentodeFibrasmistas
Processo com Corantes reativos frios / Dispersos com lavagem simplesintermediria
Procedeseconformeaseqncia:
1. TingimentodacelulosecomcorantesReativosfrios;
2. Enxaguecomguafriaatremoodoeletrlito(a
Figura8:ProcessodetingimentodePES/CELporesgotamentocomcorantesreativos/dispersos.
3.2.4TingimentodePoliamida
Histrico
Aprimeirafibrapoliamdicafoidesenvolvidanadcadade30,sobonomedeNylon,noslaboratriosdaDuPont.Tratavasedapoliamida6.6,inicialmenteusadanafabricaodeescovas.Adquiriumaiorimportnciaduranteasegundaguerramundialquandofoiempregadanaproduodepraquedas.NestemesmoperodoaAlemanhadesenvolveu o Perlon ou Poliamida 6 e, posteriormente foi criada na Frana, aPoliamida11ouRilsan.
As fibras poliamdicas tmhoje uma importncia grandenonossomercado,sendoaterceirafibraemconsumo.NoBrasilsoproduzidaseconsumidasfibrasdepoliamida6.6epoliamida6.
Mecanismodotingimento
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No tingimento de fibras poliamdicas com corantes dispersos no ocorrenenhuma ligao qumica (Figura 9). O processo puramente fsico: o coranteadsorvidonasuperfciedafibra,difundeseparaointerior.Amigraoexplicadapelafacilidadecomqueocorantetemdesedifundirnovamenteparaasuperfcieesofreruma desadsoro, voltando para o banho. A razo desta facilidade de difuso edesadsororesidenaestruturamoleculardocorantenomuitoorientada.
Figura9:Processodetingimentodepoliamidacomcorantedispersos.
3.2.5TingimentodeFibrasCelulsicascomCorantesReativos
Antesdosurgimentodoscorantesreativos,asfibrascelulsicaseramtingidassegundoumdosseguintesprincpios:
adsorodecorantespelafibra,estabelecendocomesta,tnuesligaesporpontesdehidrognio:corantesdiretos;
adsoropormecanismosemelhanteaoanterioreposteriorinsolubilizaodocoranteporoxidao:corantestinaeaoenxofre.
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construodecorantesinsolveisnafibra:corantesazicos.
Pormuitosanoshaviaumanseio,entreosqumicostxteisdeseobtertingimentosslidosmediantereaodocorantecomacelulose.Apsinmerostrabalhospioneiros,em1956,aICIlanounomercadoosprimeiroscorantesreativosparacelulose,osquaisforamobtidos a partir doCloreto Cianrico (Figura 10). Osgrupos reativos dessesprimeiroscoranteseramDiclorotriazinaeMonoclorotriazina.Desdeento,houveumenorme desenvolvimento cientfico/tecnolgico e foram criados inmeros gruposqumicosreativosquepossibilitavamligaesmaisoumenosestveiscomacelulose.Como advento dos corantes reativos foi estabelecido um quarto princpio para otingimento de fibras celulsicas: Adsoro do corante e emseguida, reao comacelulose,formandoumaligaocovalente.
Hoje, aps 40 anos da introduo dos corantes reativos, h uma enormedemanda destes produtos no mercado: cerca de 40% dos corantes para celuloseconsumidosnoBrasilsocorantesreativos.
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Figura10:Primeiroscorantesreativosderivadosdecloretocianrico.
Acelulose umpolissacardeodealto pesomolecular. Oscorantes reativosreagem comos grupos hidroxlicos da celulose e para que ocorra esta reao, hnecessidadedaionizaodosmesmos.Aionizaodaceluloseaumentacomoaumentodaalcalinidadedobanho:aconcentraodeonsgrama/LdeCeluloseOaumentaem10vezesparacadaaumentodeumaunidadedepHentre7e11.Comoveremosadianteareaoentrecoranteeceluloseocorreemmeioalcalino.
Hduasrazesparaadiodelcalinoprocessodetingimento:
ionizaodacelulose;
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neutralizaodocidoformadoduranteareao.
Ocorantereativo
Aestruturadeumcorantereativocontem3tiposdegruposfuncionais:
grupocromfororesponsvelpelacor;
grupos solubilizantes so grupos sulfnicos, responsveis pelasolubilidade.Respondemtambmpelograudemigrao,substantividadeelavabilidade;
grupo(s) reativo(s) so, semdvida, os que caracterizam os corantesreativos.
Areatividadedocorante
Dizemosquealgunscorantestmmaiorreatividadequeoutros.Areatividademedidapelavelocidadedareaoemfunodaconcentraodelcaliedatemperatura.Quantomaioraconcentraoalcalinaouatemperaturaqueocorantenecessitaparareagir,menorasuareatividade.Normalmentesodenominadoscorantesafrio,osdemaiorreatividade,cujastemperaturasdotingimentoporesgotamentovariamde30a800C.
Sochamadoscorantesreativos quente, osdemenorreatividadeequesotingidosporesgotamentoemtemperaturasacimade800C.
Reaesqumicas
Emambientealcalinoocorremduasreaes,umadesejvelcomafibraeoutraindesejvel,porminevitvel,comagua.Estasreaespodemser:
porsubstituioquandoogruporeativoportadordeumoumaistomosde cloro ou de flor. Exemplos: Corantes de Monoclorotriazina,Diclorotriazina,Tricloropirimidina,Diflormonocloropirimidina,
poradioquandosetratadeumcorantevinilsulfnico.
No tingimento com corantes reativos devemos estabelecer condies quemaximizemorendimentodareaocomafibrae, conseqentemente, minimizem a
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reaocomagua. Ocorantequereagecomaguachamadocorantehidrolisadoedeveserremovidoporlavagemeensaboamentoposterior.Paracadagamadecorantesreativos devemos estabelecer as condies ideais de pH e temperatura, paraconseguirmososmaioresgrausdefixao(Figura11).
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Figura11:Escaladereatividade.
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Lavagemensaboamento
Para se conseguir o mximo grau de solidez aos tratamentos midos, necessriaaeliminaodocorantehidrolisado,oque,feitomedianteprocessosdelavagemeensaboamentoposterior.
TingimentodeAlgodopeloProcessoPADBATCH
Introduo
ComoempregodoprocessoPadBatchconseguese:
Tecidosdealtaqualidade devidoaomnimoefeitomecnicoexercidosobreasuperfcie, emcomparaocomprocessosembarcasoujets. Obtemsetoquesedoso,aspectoliso,mnimoencolhimentoetimaigualizao;
Vantagens econmicas e ecolgicas : rendimento tintorial elevado,excelentereprodutibilidade,baixoscustosdeinvestimento,baixoconsumoenergtico,reduzidoconsumodeguaedeprodutosqumicos,poucamode obra, aplicao flexvel (metragens reduzidas) e baixo volume dedespejosnosefluentes.
FluxodoProcesso
Os corantes so aplicados em banho alcalino no foulard temperaturaambiente.Apsafoulardagem,otecidoenroladoedeixadorepousarsobresuportes.Duranteorepouso,osrolosgiramlentamente,pelotemponecessrioetemperaturaambiente.Apsoperododefixaoocorantenofixadoremovidoporlavagemeensaboamento(Figura12).
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Figura12:Tiposdemaquinriosutilizadosnoprocessodelavagem.
EtapasdoProcesso:
Preparaodobanho;
Preparaodotecido;
Impregnao;
Espremedura;
Enrolamento;
Condicionamento;
Lavagemeensaboamento.
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3.3.Estamparia
Estamparconsisteemimprimirsobresubstratostxteis,matrias corantes ouprodutosqumicoscapazesdecoloriroudescolorirreasprdeterminadas.
As estampas do aos tecidos as mais variadas e coloridas padronagens. Osmateriaistxteissubmetidosestampagempodemsertintosouno.
Aestampagempodeserfeitacompigmentosoucorantesreativos.Sendoquecercade75a85%fazemousodepigmentos,porserummtodosimpleseeconmico.Nosonecessriasetapasdelavagem.
Naseqnciaestudaremoscommaisdetalhesoprocessodeestamparia.
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4 Beneficiamento tercirio
4.1Acabamento
O acabamento final tem como objetivo proporcionar ao material txtil ascaractersticas finais prprias para o mercadoconsumidor. Comoacabamento finalconseguimosdaraotecido, caractersticascomo:encorpamento, aumentoderigidez,maiorbrilho,toquemaismacio,impermeabilidade, resistncia,repelnciasujeira,guaeaofogo.Estascaractersticassoincorporadasaosubstratotxtildeacordocomasnecessidadesexigidaspeloseuusofinal.Aformadeaplicaodepender de fatorescomo: tipo de fibra, tipo de artigo (malha ou tecido plano), tipo de equipamentodisponveleotipodeacabamentoquesepretende.
NamaioriadoscasosteremosumFoulardeumaramatrabalhandoemconjuntoeemvelocidades diferentes. Oacabamento realizadopor tratamentomecnicoouqumico.
O acabamento mecnico pode envolver cardao, calandragem ou outrostratamentosfsicosusadosparaaumentarobrilhoetoqueaostxteis.
Calandragem
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Processo mecnico no qual atravs de uma combinao de atrito comtemperaturaepressoconseguimosconferir aosubstratotxtil, caractersticascomo:alisamento,brilhointenso,eatmesmocriarrelevoseefeitossuperficiais.
Oprocessodecalandragemnopermanente,desaparecendoapsalavagem.Pormseadicionarmos resinas (uriaformol, acrlicas), podemos transformar certosefeitos empermanentes. Neste caso, devemosaplicar a resinaantes doprocessodecalandragemerealizarumapolimerizaoapsacalandragem.
Flanelagem
Utilizada paraseobter tecidoscomsuperfcies peludas. Podemseraplicadasparaobtenodeflanelas,paralevantarplosemtapetesecarpetes.Essesefeitossoobtidosemflaneladeiras,mquinaprovidadevrioscilindroscomagulhasquefazemoatritoenrgiconasuperfciedotecido.
Lixamento
Olixamento utilizadoparaseobterolixado,muitoutilizadoemjeans,econseguidocomoatritodecilindrosrevestidosdelixas.
Sanforizao
Acabamentodeprencolhimento,paraevitarqueotecidodealgodoencolhanaslavagensposteriores.obtidoemmquinaespecial(sanforizadeira)destinadaparaque se execute este trabalho. Asaplicaes soas mais diversas. Esseacabamentotambmpossuietiquetadequalidade,entretanto,paraqueotecidorecebaaetiquetasanforizadodeverternomximo1%deencolhimentoresidual.
O acabamento qumico pode conferir aos txteis uma variedade depropriedades,desdediminuiodaeletricidadeestticaaoaumentode resistncia chama.Esseprocessodeacabamentorealizadoemfoulard.
Noacabamentoantiesttico,asfibrassintticaspossuemumafortetendnciaasecarregareletricamente,aqualvariacomopercentualdeumidaderelativadoar.Emambientesmuitosecostornaseimprescindvelaaplicaodesteacabamento.
Existe umarelao entre a carga eletrosttica do tecido e a sua tendncia asujar,poisquantomaiscarregado,maioratendnciaaatrairpartculasdesujeirade
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cargas opostas. Estes produtos neutralizam as fibras evitando este inconveniente.Atualmente encontramos produtosaninicos, catinicos e noinicos nomercadoequasetodosinfluemnotoquedotecidoetemuma permanncia limitada. Em algunscasososantiestticospodemdeixarumapelculapegajosanasuperfciedafibraqueapesardeestarneutralizadaretmasimpurezasporadeso.
Amaciamento
Esteprocessovisaconferiraomaterialtxtilumtoqueagradveleliso.Essapropriedadenopodeseravaliadaobjetivamente,e,portanto,consideraseasuavidadepropriamenteditaproporcionadaasuperfcieemcomparaoarigidezoriginal.Dessaformaestacaractersticaavaliadaquasesempremanualmente.
AcabamentoAntiRuga(Laveuse)
Podem ser permanentes (slidos lavagem) ou no permanentes. Tm afinalidadedediminuiraformaoderugasesomuitasasresinasparaestefim.Porexemplo:uriaformol,uriaformolmodificada,reactantes,etc.Amaisslidadestasareactante.Asaplicaessodiversas:vesturio,roupasdecamaentreoutros.
Impermeabilizantes
Resinasdestinadasatornarotecidoimpermevel,nopermitindoapassagemdagua,nemcomaomecnica.Estasresinastambmtornamotecidoimpermevelaoar.Suasaplicaessoasseguintes:lonas,toldos,guardachuvas,etc.
AcabamentoAntiChama
Acabamentocomafinalidadedeimpedirapropagaodaschamas.
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5. Mquinas empregadas no beneficiamento txtil
Processodescontnuoouembatelada
BarcadeMolinete
Tratasedeumadasmais antigas mquinas parao tingimento de tecidos oumalhas(Figura13),sendodegrandeflexibilidadequantoaolequedeartigosquepodemsertingidosnela.Ostingimentosembarcasodealtocustoumavezquesetrabalhacomaltasrelaesdebanho (1:20at1:40)oquesetraduzporgastosdegua,energiaeprodutos.
Os artigos so tingidos emcorda cujas extremidades socosturadas umanaoutra.Podesetrabalhar,conformealarguradabarca,comat10a12cordas,separadaspor bastes divisrios. Na parte posterior h uma chapa perfurada que separa umcompartimentodemaisoumenos20cmdelarguraondeficamostubosdevaporeporondeseadicionamoscoranteseprodutosqumicos.Napartefrontalesuperiorestomolinetequefracionaascordasequepodeserelpticoouredondoconformeoartigoasertingido.
O sistema de banho parado, substrato em movimento. Alguns dosinconvenientesdabarcaso:
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1 Elevadarelaodebanho(daordemde1/30)queconduzaumelevadoconsumodegua,energiaeprodutosqumicos;
2 Certosmateriaismaissensveisnopodemsertratadosnabarca,devidoforteaomecnica.
Figura13:Barcasdemolinete.
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Jigger
DenominaseJigger (Figura14)a mquinaparaefetuar tratamentos amidosobretecidosabertos,quandooperaseporpartidas.Osistemausadodoesgotamentocom banho esttico e material txtil em movimento. A mquina consiste de doiscilindrosparalelos, tendoabaixodelesumchassi porondeotecidopassaduranteotingimento.Aspeassocosturadasumasnasoutraseenroladasabertasemumdoscilindros.Quandoseacionamquina,otecidopassapordentrodobanho,auxiliadoporroletesnofundodochassieenroladonooutrocilindro,quando,ento,voltaacircularemsentidocontrrio.Arelaodebanhomuitobaixa:aproximadamente1:3.
Notingimentocomestamquinanecessrioterseemcontaoesgotamentoqueiriaprovocarumamaiorintensidadedecornosprimeirosmetrosdotecidoapassarnobanho.Paraevitaressefenmenodeveseprocederaumaadiogradualdecorantenobanho. Atualmente, existemjiggers quepodemser includosemautoclaves paraoperaraaltatemperatura.
Figura14:ExemplodeJigger.
Turbo
TratasedeumamquinaparatingimentodepeasemHT(Figura15).Otecidoenroladoemtuboperfuradooqualcolocadohorizontalmenteemumautoclave.O
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banhocirculaeotecidopermanece parado. O sistema idntico ao descrito parabobinascruzadas:trabalhasecomumabombaprincipaleumaoutradepressoesttica.
Figura15:Exemplodeturbo.
Jet
Soempregadosprincipalmentenotingimentodemalhas circulares defibrassintticas,maissujeitasaquebradurasepregas.Notingimentoemjets(Figura16)osubstratotransportadocommnimatensopeloprpriobanho.Emalgunstiposhummolinete auxiliar. Obanhoaopassar por umbocal emalta velocidade provocaumvcuoquearrastaotecido.OsistemaobedeceaoprincpiodeBernoulliemquenestascondieshumefeitodeaceleraodosubstrato,quecirculamaisrpidodoqueoprpriobanhooquecontribuiparaboaigualizaodotingimento. Nestasmquinasotecidopodeatingirvelocidadeselevadasdaordem de 200 m/min, onde o mesmoencontrasepraticamentesempresubmersonobanho.
Pelanoexistnciadetraomecnicadomaterial,devidoasuamovimentaoser feita exclusivamente pela circulao do banho, so evitados esticamentos equebradurasdetecidosdelicados,bemcomoalteraesdomaterialemrelevo.Poroutrolado,acadavolta,aposiodasdobrasmodificadapormeiodeumrolooqueevitatambmapossibilidadedemanchas.
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O Jet foi inicialmente concebido para resolver os incovenientes que seapresentamno tingimento de polister, nas barcas de alta temperatura e desde seulanamentoem1967porGastonCounty,houvegrandesmodificaeseevoluesemfunodasexignciasrequeridaspelasestruturasdostecidos,reduodeconsumodeguaereduodotempodeprocesso.
Figura16:Exemplodejets.
Mquinasparaprocessoscontnuosesemicontnuos
Foulard
Todosossistemascontnuosesemicontnuosiniciamsepelaimpregnaoemum foulard. O foulard constitudo de uma caixa contendo 2 ou 3 rolosespremedoresquesorevestidosdeborracha. Ovolumedacaixadeveseromenorpossvel,oquepermiteumatrocarpidadobanho.Apressodosrolosdeveserigualemtodaalarguraparaassegurarumpickuphomogneo.Otecidoaopassarnochassi saturado com a soluo de corante para, em seguida, ser espremido. Durante aespremeduraumapartedobanhoforadanosentidocontrrioeretomaaochassi,umaoutra parte forada para dentro do tecido e uma reduzida poro arrastadasuperficialmente pelo substrato. Nos processos contnuos ou semicontnuos, aps aimpregnaodotecidonofoulard,otingimentofixadoemoperaoposterior.
Acaractersticadestessistemasanointerrupodoprocesso.Logoapsaimpregnao, o material submetido fase de desenvolvimento, onde se dar as
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reaes necessrias para a obteno do efeito desejado (fixao de um corante,alvejamento,etc.).
Existemvrias possibilidades de processos semicontnuos. Vejamos os maiscomuns:
ProcessoPADJIG:apsaimpregnaonofoulard,otecidotransferidoparaumjigger, ondevaiseprocederodesenvolvimento, e tratamentosposteriores.
ProcessoPADROLL:outrapossibilidadeoprocessoPADROLL,emqueaps impregnao, o tecido enrolado numcilindro e colocado numacmara a alta temperatura, onde se d a fixao do corante, ou oalvejamento,etc.Ostratamentosposterioressoefetuadosnormalmenteemmquinadelavar.
ProcessoPADBATCH:umavariantedoPADROLL,porqueadiferenaestnafasedareaoquesedafrio.Emambososcasos,otecidodevesermantidoemrotaolenta,paraevitarumamigraodobanhosobaodagravidade.
RAMA
Paraqueotecidoemprocessopossainiciarumanovaetapadoacabamentonecessrioqueotecidosejasecoequehajaumdeterminadocontroledalarguradotecido. A etapa de secagem e controle da largura do tecido so realizadas noequipamentoconhecidocomoRama(Figura17).ARamabasicamenteconstitudadeumfoulard,umarama(dispositivoparacontroledalargura),eumaestufaparasecagemdotecido.Almdasecagemecontroledalarguradotecido,aramarealizaasseguintesetapas:
1 Controledoenviesadodotecido(tecidotorto);
2 Impregnao do tecido com os produtos de acabamento (tratamentosespeciais,taiscomoamaciamentodotecido)comaposteriorsecagemdotecido.
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MquinasparaTingirBobinasCruzadas
Ofioenroladoemumabasemetlicaconicaloucilndrica.Osconicaisouosfiosnabasecilndricasocolocadosemumportamaterialcontendotubosperfuradosfixadosaumaplataformainferiorconectadaaotubodealimentaodobanho(Figura18). O banho circula mediante uma bomba. Existem aparelhos para tingimentos fervuraeoutrosparaHT1300C.
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Figura17:ExemplodeRama.
Figura18:Exemplosdemquinasutilizadasparatingirbobinas.
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6. Estamparia
6.1Introduo
Nomundomodernoedinmicoemquevivemos,aatividademaisimportantetalvezsejaacomunicao.Masoquecomunicao?Basicamenteafaculdadedesetransferir idias e pensamentos de umapessoa para outra. Isso muito importanteporque sem comunicao no h ao. E sem ao no h evoluo. Entretanto,especialmenteparaasmassas,acomunicaonopodeserexercidasemaajudadeveculosoucanaisadequados.Ordio, aTV,osjornais easrevistassocanaisdecomunicaodemassas.Avozumveculotil comunicaoentreduasoumaispessoas. Um apontar de dedo ou um olhar expressivo em geral usado para acomunicaodeapenasumapessoaparaoutra.
Placas,faixasecartazestambmsoveculosdecomunicao.Acamisetadealgodo quando lisa, apenas uma pea do vesturio. Quando impressa com porexemplo, a mensagem de um candidato a vereador transformase num canal decomunicao de massas. Mas no se pode imprimir a mensagem do candidato avereadornacamisetaounasplacas,faixasecartazesutilizandoseomesmoprocessodeimpresso dos jornais e revistas. A camiseta s pode ser impressa pelo processointitulado "serigrafia". Embora a maioria das pessoas no saiba, a serigrafia estpresentehoje emtodososlugareseemtodasasatividades.Aestampacoloridadeumatoalhadebanhooudemesa;aslegendaseinstruesdeusoqueaparecemnosfrascos
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oupotesdevidroouplstico;overdadeirofestival deformasecoresdosbrinquedos;osmultidecoradosutensliosdecozinha;ospainisdosveculosautomotoresemilharesdeobjetosutilizadosnoslareseescritrios,somentesopossveisporqueaserigrafiaassimopermite. Semela,amaioriadestesobjetosperderiaoseuapelovisualeemalgunscasos,atmesmoasuafuno.
Serigrafia ou silkscreen uma tcnica grfica, ou seja, um processo deimpresso.Aserigrafiaapenasumdosvriosprocessosdeimpressoutilizadoshojeemdia. Agrandediferena quealmdesero mais simples, tambmomenosdispendioso,onicoaptoaimprimirsobreobjetosdequalquerformatoeemqualquertipodesuperfcieou material.
Asestampariasdoaostecidosasmaisvariadasecoloridaspadronagensesoinmerasasquemantmemsuaslinhasdeproduoosindispensveisdepartamentosdesilkscreen.
6.2Criaodeestampas
6.2.1Fontesdecriatividade
Acriatividade orientadanosentidodautilizaodedesenhoscriadosenosentidodaproduoindustrial.Nofazsentidosedesenharumaestampasemquehajaumadeterminadafinalidade.Entretanto,sobopontodevistadeformaodedesenhista, necessrio comear a despertar a criatividade, no diretamente em funo dafinalidade,mascomoobjetivodeevitaracpiadedesenhosjexistentesedetodososdesenhos conhecidos, propondose um trabalho de pesquisa e desenvolvimento dapotencialidadedecadaindivduo.Paradespertaracriatividadepoderoserutilizadosvriosmtodos.
6.2.2Fontesparacriaodedesenhos
Asprincipaisfontesparacriaoso:fontesindividuais,fontesnaturais,fontesculturaisefontesabstratas.
Fontesindividuais
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Asfontesindividuaisresidemnapesquisadevertenteinterioristaepsicolgicadaspreferenciascolorsticaseformaisdoindivduo,procurandoevidencilasatravsdemtodos projetivos emqueoacaso representa umfator operacional decisivo. Aproduocasual demanchas, o uso instintivo decores, oautomatismonodesenho,poderoser vias a explorar. Umaposterior crtica dessas manchas, combinaes decoresedesenhosindispensvel,procurandoencontrarmotivosformalizveis,queseadaptaroconstruodepadresparaestamparia.
Fontesnaturais
Asfontesnaturaisconsistemnoaproveitamentodeelementosdanaturezaoudeelementosurbanosehumanos,queserosujeitosaumtratamentodeformalizaoecombinaoapropriados.Almdefolhas,flores,casas,pessoasqueseropontosdepartida,htambmumapesquisamaisprofundaeoriginaldenovasformasquepodemserfeitasatravsdetcnicasdedescoberta,apartir,porexemplo,decortesfeitosemfrutos,ouatdaobservaomicroscpicadeelementosanimaisevegetais.
Fontesculturais
Asfontesculturaispodemserencontradasnoestudodeobrasdearte,tantonascoresdominantesemesmonodesenho.Umquadropoderassimservirdebaseparaodesenvolvimento de vrios tecidos ou padres. Tambmapesquisa etnogrfica dascaractersticas de uma regio podem servir de base, estudandose ento as cores eformasdominantesnaartepopular,nomeadamentedetecelagemoutapeagempopularqueporventuraexistirem.Oestudodetecidosprimitivosdasdiferentescivilizaestambmoutrafontemuitoimportante,assimcomodosperodosdasmodasantigasouatmaisrecentes.
Fontesabstratas
Asfontes abstratas esto ligadas a qualquer umdos trs tipos anteriormentereferidos, tendoseemconta que a geometria plana favorece umagamaenormedepossibilidadesestruturaisqueseadaptamfacilmenteadesenhosgeomtricossimples,perfeitamente reprodutveis por meios mecnicos limitados, como por exemplo atecelagem.
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6.2.3Elementosaconsiderarnacriao
Aodesenharparaestampariadeveseconsiderarosseguintespontos:omodelopadro,ascoreseorapport.
Modelo
Modelooupadroareamnimadodesenho,quecontmtodososelementosque o constituem, a ser repetido segundo as leis de repetio para que haja umacontinuidade na estampa. Assim o modelo que termina direta deve continuar aesquerdae o que termina embaixodeve continuar emcima. Omodelo pode ter alargura total do tecido a estampar ou pode ter um submltiplo dessa largura. Nocomprimento,omodelonopoderexcederocomprimentodosquadros.
Cores
Cada cor do desenho corresponde a um quadro. Na estamparia, as coresmisturamseatravsdeumasobreposiosegundoaleisubstrativadamisturadecores.Podese,ento,apenascomastrscoresprimrias(vermelho,azuleamarelo),usandoatcnicadetricomia,obterascoresdesejadas.
possveltambmfazerumaespciededescolorao,isto,usarumreagentequmico para retirar uma dada rea de uma cor j estampada. Esse reagente consideradocomosefosseoutracorestampareporissoexigeumquadroprprio.Acombinaodecoresfundamental,poisoprimeirofatorestticoquenosatinge.
Rapport
Rapportadimensomximadesenho(cm)medidanaparalelasualargura(elarguradosuporteestampar)quepermitearepetiocorretadaimagem,evitandoeventuaisdesacertosdecor.
Osdesenhosquevoformarorapporttemcomolimitaesasdimenseseonmerodecores.Osmodelosdevemserapresentadosemtamanhonaturalouescalademetadedotamanhonaturaledevefornecerseumconjuntodequatromodelos(emescalareduzida)paraseverificaroefeitodarepetio,quernosentidodalargura,quernosentidodocomprimento.
Umaseleodecoresdeveacompanharcadamodelo,assimcomoestudosdecombinaesalternativas.Estesestudossochamadosdebandeiradecores.
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6.2.4Processodecriaodeestampas
Paraacriaodeestampas,precisasedeumprojeto,ouseja,umapropostadetrabalho.Digamosqueapropostasejaacriaodeestampasparagravatas.Apartirdaproposta,comeaseadefinirqualserotecidoaserestampado.Estadefiniomuitoimportante, poisaescolhadotecidovaisinfluenciarnacriao,poisdependendodaestrutura,texturaepesodotecidoumdeterminadodesenhopodeficarbomouno.
Na seqncia do processo, fazse a pesquisa do mercado consumidor e dastendnciasdemoda,principalmenteparagravatas,noquedizrespeitomodelagem,tiposdetecidoseestampas.
Podesetambm,nestafasedoprocesso,inverteraordem,fazendoseapesquisaantesdedefinirotecido.Paraquehajaumaunidadenacoleoemaiselementosparaacriao,importanteadefiniodeumtema.Estepodesurgirapartirdapesquisadetendnciasoudasensibilidadedocriadorparacomocontextodoperodoemqueseencontra.
Digamosqueotemadefinidosejaocubismo.MovimentoartsticodoinciodosculoXXtendocomoprincipal representantePabloPicasso,oprecursorMatisseetambmBraque. Podese explorar todomovimento, ou ento a obra de umartista.Assim, temos aqui uma fonte cultural para a criao. Aps a concluso das fasesanteriores,temsesubsdiosparacomearacriaodeestampas.
Seoobjetivoforcriarvinteestampas,oidealquesecrienomnimoodobrodessenmero,poisassimserpossvelselecionarasmelhores.Aseleonodeveserfeitaapenaspelocriador.importantequecolegasdetrabalho,vendedoreseinclusiveconsumidoresempotencial,opinemsobreostrabalhoscriados.
Levando em considerao as sugestes dos participantes na avaliao dostrabalhos criados, o criador define as vinte melhores estampas para que sejamdesenvolvidos osprottipos, bemcomoasbandeiras decores, geralmente detrs aquatro,quetambmsoproduzidasemnmerodobradoaoquese pretendeusarnacoleo. Aetapa seguinte a montagemdos prottipos das gravatas para posterioranlise e, se necessrio for, para ajustes. Depois da aprovao do prottipo, desenvolvidoomostruriodacoleo,querepetidoparaqueosrepresentantespossamvenderaocomrciovarejista.
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6.3Preparaodematrizesserigrficas
Naserigrafiaasimagensaseremimpressassogravadasnumatelatecidacomfiosdepolisterounilon,esticadaepresaaumquadro.Natelagravadaaimagemouimagensaseremimpressas.Oconjuntocompostopeloquadro(tambmchamadode"bastidor")eotecidocomagravaodaimagemchamadode"matriz".
Sovriososprocessosusadosnagravaodamatriz,mastodoselesbuscamum s objetivo: deixar livres para passagem do pigmento ou corante os espaoscorrespondentesfiguraquedeverserimpressaevedar(paraimpedirapassagemdopigmento)rearestante.Osfiosdatelaquepodemserdeseda,nilonoupolistersosuficientementefinosparanoimpedirapassagemdopigmentoatravsdasuatrama.Amatrizserigrficaumatelaesticadanumquadro,naqualsevedatudooquenosevaiimprimir. Apoiandose esta tela sobre a superfcie a ser impressa, forandose apassagemdatintacomumaesptula(rodoimpressor)atravsdaspartesabertas,temseareproduododesenho.
Atela
Asedafabricadacomumavariaode29a77fiosporcentmetro,temboaestabilidade, oferecebomregistodeimpresseseresistebematodasasespciesdesolventes usados. Mas apresenta os seguintes inconvenientes: fragilidade e rpidodesgaste;poucaresistnciaaosalclis(sodacusticaeguasanitria),aoscidoseguaquenteacimade60C.
Onilon,atualmente,otecidomaisusadopelossergrafosemgeral,pois20a30vezesmaisresistentequeaseda,tendogranderesistnciarupturaeabraso,oquepermitequesejafabricadocomumavariaode19a200fiosporcentmetro.totalmenteinatacvelpelosdiversossolventesusadosnaestamparia.
Opolisterumpoucomenosresistentequeonilonaosagentesqumicoseaodesgaste. No entanto, possibilita um registo perfeito de impresses. O polister fabricadocomclassificaode15a165fiosporcentmetro.
Existemtambmastelasmetlicas,debronzefosforosoouaoinoxidvel,queoferecemresistnciaextraordinria,estabilidadedimensionaltima,resistnciaaocaloreaoslcalis efinuraexcepcional. Noentanto, socaras, dedifcil tensomanualevulnerveisaoschoques.Asuaclassificaovaide29a129fiosporcentmetro. Astelasmetlicassoamplamenteutilizadasnaserigrafiaindustrialdegrandestiragens,eprincipalmentenaimpressodecircuitosimpressos,ondeseexigeprecisoabsoluta.
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Cabeaquiumaobservaoimportante:quantomenoronumerodefiosporcentmetro,maisabertaaramadatela,maiorapassagemdetintae,conseqentemente,maiorimprecisodaimagemimpressa;maioronmero,menospassagemdetintaemaiorprecisodaimpresso.
Quadroourolo(cilindro)
Oquadrooucilindroaarmao(suporte)oubasedamatrizserigrfica.Podeserdemadeiraoudemetal.Asdimensessodeterminadaspelotamanhododesenhoquesevaiimprimir.Umdesenhode30x40cm,porexemplo,exigeumquadrocomdimenses internas mnimasde50x60cm.Issoquerdizer quesedeveacrescentar10cmdecadaladoentreoslimitesmximosdodesenhoeasbordasinternasdoquadro.
Preparaodamatriz
Processofotoqumicobaseadonapropriedadedasresinasemulsosensvelluz.
Osistemafotogrfico direto o mtodomais usadonos noBrasil comotambmemtodoomundo.denominado"direto"porquenessecasoaemulsofotosensvelaplicadadiretamentesobreotecidodamatriz.
O primeiro passo para a confeco da matriz serigrfica pelo processofotoqumicoapreparaododiapositivo.0diapositivofotomecnicoumafotografiaem cpia positiva transparente do original. Na serigrfica tambm chamado defotolito.Noentanto,podesefazerumdiapositivomanualmenteusandoseumachapatransparenteoutranslcida papelvegetal, acetato, vidroetc. Desenhaseoquesepretendenestachapacommaterialopacoeprefervelmentecomcoresescurasguache,nanquimetc. Arazopela qualasfigurasdodesenhoaparecemempretoopacoquenagravaodamatrizasreasempretodevemimpedirapassagemdaluz.
Comoprimeiraoperaotemosquelavaratela, ouseja, livrladetodasasimpurezas.
Paraagravaodatela,precisaremosdeumaemulso(gelatinasinttica)eumsensibilizador(bicromatodeamnio).Ambospodemserencontradosnasboascasasde
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material serigrfico, onde o revendedor est apto a dar instrues sobre o tipo deemulsoaserusada.
Aemulsofotosensvelumprodutoqumicoviscosoquequandoexpostoluz intensa, solidificase, transformandosenumapelcula durae impermevel. Estefenmenogarantiuserigrafiaaproduodeimpressoscomaltssimaqualidade.
Existembasicamentedoistiposdeemulso:umaparaimpressoscomtintasbasedeguaeoutraparatintas basedesolventes. Ambasesto vendaemdoiscomponentes que devem ser misturados somente uma ou duas horas antes da suaaplicaonotecidodamatriz.Essescomponentessoaemulsopropriamenteditaeosensibilizante. Aproporocorreta damistura 10%desensibilizantepara90%deemulso.
Usandoseumespalhadorsempremaislargoqueodesenhoagravar,espalhaseesta emulso na tela em posio quase vertical: uma camada bem homognea. Onmerodecamadasrelativo,principalmenteaodesenhoquesepretendereproduzir.Paraosdetrabalhosfinos,nocasolayouts,recomendasenomximoduascamadas,umadecadaladodatela.Paraosdesenhoscomtrabalhos grossos e grandes reas,podese dar at mesmo cinco camadas. Em todos os casos estas so dadassucessivamente,semsecagensintermedirias.
Apsoemulsionamento,deixeatelasecarnumposiohorizontal,com arquentecirculanteoucomumsecadordecabelo.
Observequetodasestasoperaessofeitasemlaboratrioabrigadoluzdodia,pormiluminadoporluzamarela.Qualquerlmpada domstica (40ou60W)deluzamarelanoafetaemnadaaemulso,mesmodepoisdeseca.Asecagemdatelamuitoimportante.
Gravao damatrizserigrfica
Precisaremos agora de uma fonte luminosa rica em raios ultravioleta,fundamentalparaagravao,poisaluzartificialanicacapazdoendurecimentoda emulso. Podemser usadas lmpada fluorescente ou de mercrio, montadasnumamesa.
Depossedamesadeluz,passamosentogravaodatela.Oprincpiobsicoeste:odiapositivodeveestaremcontato(direto)comatela,facecontraface,isto,oladodaimagem,comleituracorretacontraafaceexteriordatelaparamelhorabsoro
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daluz.Paragarantirumcontatodiretoentreodiapositivoeatelarecomendasequesejacolocada,sobretodooconjunto,umaplacadevidropreviamentelivredeimpurezas.Diversas indstrias produzemestas mesas comestrutura de madeira oumetal, emvriostamanhos,comlmpadasdevriostipos,comtampodevidroeatcomsistemasdevcuoqueservemparamanterjuntosamatrizeodiapositivo.
Quantoaotempodeexposioluzsabesequerelativaaotipodedesenho,dimensesdeste,nmerodecamadasdeemulsoaplicadasnatela,distnciaentreofocodeluze a tela, potnciae tipodaluz. Contudo, comadistnciada luzaserdeterminadapela diagonal dodesenho,podesedizer queumaexposiode5a10minutosforneceumresultadosatisfatrio.
Comoauxlio,daremosaquiotempoempregadousualmentedeacordo com otipodelmpadaparamatrizesdetamanhomdio(maisoumenos60X80cm).
LmpadasFotoFloodde500watts:3a8minutos;
Lmpadasfluorescentesde40watts:3a8minutos;
LmpadaHalognio:30segundosadoisminutos;
LmpadaXenon:1a3minutos;
ArcoVoltaico:4a6minutos.
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