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1. ARBITRAGEM | EXTENSÃO DA EFICÁCIA DA CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA EM CONTRATOS COLIGADOS A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, que a cláusula compromissória constante do contrato principal deve ter seus efeitos estendidos aos demais contratos a ele coligados. 2. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO | INSUFICIÊNCIA DO DEPÓSITO GERA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO Em entendimento contrário à jurisprudência estável do Superior Tribunal de Justiça, a Segunda Seção do STJ decidiu que o depósito parcial do valor devido, via ação de consignação em pagamento, ocasiona improcedência do pedido consignatório. NEWSLETTER CONTENCIOSO Nº 11/2018 – 18 de dezembro de 2018

1. ARBITRAGEM | EXTENSÃO DA EFICÁCIA DA CLÁUSULA ... · A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que a cláusula compromissória constante do contrato principal

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1. ARBITRAGEM | EXTENSÃO DA EFICÁCIA DA CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA EM CONTRATOS COLIGADOSA Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, que a cláusula compromissória constante do contrato principal deve ter seus efeitos estendidos aos demais contratos a ele coligados.

2. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO | INSUFICIÊNCIA DO DEPÓSITO GERA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDOEm entendimento contrário à jurisprudência estável do Superior Tribunal de Justiça, a Segunda Seção do STJ decidiu que o depósito parcial do valor devido, via ação de consignação em pagamento, ocasiona improcedência do pedido consignatório.

NEWSLETTER CONTENCIOSO

Nº 11/2018 – 18 de dezembro de 2018

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que a cláusula compromissória constante do contrato principal deve ter seus efeitos estendidos aos contratos acessórios a ele coligados.

A controvérsia acerca da extensão da eficácia do compromisso arbitral originou-se de contratos de abertura de crédito e de swap firmados entre a Paranapanema S/A e os bancos BTG Pactual S/A e Santander Brasil S/A; um com cláusula compromissória, e outro apenas com cláusula de eleição de foro estatal. Em relação a este último, houve inadimplemento contratual e o conflito foi levado ao Tribunal Arbitral. A parte vencida, insatisfeita com a sentença arbitral, questionou a validade da decisão perante o Poder Judiciário, alegando sua nulidade por ausência de cláusula compromissória no contrato acessório.

Nos termos da decisão do Ministro Relator, os contratos pactuados entre as partes são interligados e, portanto, possuem relação de dependência. Assim, por reconhecer a existência de coligação contratual, situação em que um conjunto de negócios jurídicos mantêm entre si um vínculo de dependência, formando operação econômica única, torna-se razoável entender que a cláusula compromissória presente no contrato principal tenha seus efeitos estendidos aos demais instrumentos negociais.

Clique aqui para acessar o inteiro teor do voto.

ARBITRAGEM EXTENSÃO DA EFICÁCIA DA CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA EM CONTRATOS COLIGADOS

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INFORMATIVO CONTENCIOSO

FREITAS FERRAZ

02

Em entendimento contrário à jurisprudência estável do Superior Tribunal de Justiça, a Segunda Seção do STJ decidiu que o depósito parcial do valor devido, via ação de consignação em pagamento, ocasiona improcedência do pedido consignatório.

A ação de consignação em pagamento é um instrumento processual utilizado para oportunizar ao devedor quitar sua dívida quando o credor se recusa a receber, sem justa causa, o montante devido, estiver impossibilitado de aceitar o pagamento, ou quando houver dúvida sobre quem legitimamente deva receber o objeto do pagamento, e que tem por objetivo extinguir o vínculo obrigacional entre as partes.

Nas hipóteses de depósito insuficiente via ação de consignação em pagamento, o entendimento seguido pelo STJ era de considerar extinta, parcialmente, a obrigação. Contudo, em recente decisão majoritária da Segunda Seção da Corte, entendeu-se que somente o depósito integral da dívida vencida conduz à procedência do pedido de ação de consignação em pagamento e quitação da obrigação.

Segundo os ministros, o Código Civil estabelece que o credor não está obrigado a aceitar pagamento parcelado se assim não convencionaram as partes e, por isso, não seria adequado impor o recebimento de apenas uma parte do pagamento por meio da ação de consignação. Além disso, o expediente poderia ser utilizado indevidamente por devedores, para obstar a cobrança de juros de mora.

Com base em tais argumentos, o STJ posicionou-se pela improcedência do pedido formulado na ação de consignação em pagamento, entendendo não ser razoável compelir o credor a receber importância menor do que a realmente devida. Por se tratar de decisão tomada em julgamento de recursos especiais repetitivos, o precedente formado pelo tribunal receberá eficácia vinculante, sendo aplicado a todos os processos no país que discutam a matéria.

Clique aqui para acessar o inteiro teor dos votos.

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO INSUFICIÊNCIA DO DEPÓSITO GERA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO

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INFORMATIVO CONTENCIOSO

FREITAS FERRAZ

03

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