1-Construindo a Identidade Profissional 1

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  • REA TECNOLGICA: Gesto

    Identificao do MDI: Construindo a Identidade Profissional

  • 2

    VISO Consolidar-se como o lder estadual em educao profissional e tecnolgica e ser reconhecido como indutor da inovao e da transferncia de tecnologias para a indstria brasileira, atuando com padro internacional de excelncia. MISSO Promover a educao profissional e tecnolgica, a inovao e a transferncia de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da indstria brasileira. VALORES Transparncia Iniciativa Satisfao ao Cliente tica Alta Performance Valorizao das Pessoas POLTICA DA QUALIDADE Satisfazer as necessidades dos clientes com produtos competitivos reconhecidos pelo

    mercado. Intensificar aes de aperfeioamento e valorizao de competncias dos empregados. Assegurar o aprimoramento contnuo dos processos e servios com padres de

    qualidade, para o alcance de resultados.

    Servio Nacional de Aprendizagem Industrial

  • 3

    FEDERAO DAS INDSTRIAS NO ESTADO DE MATO GROSSO FIEMT

    Jandir Jos Milan

    Presidente em Exerccio

    CONSELHO REGIONAL

    Jandir Jos Milan

    Presidente em Exerccio

    SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

    Gilberto Gomes de Figueiredo

    Diretor Regional do Departamento Regional de Mato Grosso

    Llia Rocha Abadio Brun

    Gerente de Educao e Tecnologia GETEC

    Silvnia Maria de Holanda

    Coordenadora da Unidade de Desenvolvimento em Educao Inicial e Continuada -

    UEDE

    Eveline Pasqualin Souza

    Coordenadora da Unidade de Desenvolvimento em Educao Tcnica e Tecnolgica -

    UNETEC

  • 4

    2012 SENAI/MT Departamento Regional.

    proibida a reproduo total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o

    prvio consentimento do editor.

    EQUIPE TCNICA DE ORGANIZAO Deuzalina Maria de Arruda A. Silva

    SENAI - MT

    Servio Nacional de Aprendizagem Industrial Av. Historiador Rubens de Mendona, 4.301

    Bairro Bosque da Sade - CEP 78055-500 Cuiab/MT Tel.: (65) 3611-1500 - Fax: (65) 3611-1557

    www.senaimt.com.br

    S477c SENAI/MT Servio Nacional de Aprendizagem Industrial. Material Didtico da rea Gesto Curso: Construindo a Identidade Profissional. Departamento Regional. Cuiab - MT, 2011. Qtde de Pg.50.

    1. Identidade Profissional 2. Entrevista 3. tica e Cidadania. CDU 174

  • 5

    APRESENTAO

    Caro(a) Estudante, com prazer que apresentamos este material didtico que foi desenvolvido para facilitar

    seu aprendizado nos cursos de Educao Profissional do Servio Nacional de

    Aprendizagem Industrial SENAI de Mato Grosso.

    Este material tem o objetivo de atender as demandas industriais e satisfazer as

    necessidades de pessoas que buscam atualizao e conhecimentos atravs de cursos

    profissionalizantes.

    Os contedos formativos deste material foram concebidos para atender as reas

    Tecnolgicas de atuao do SENAI, alinhados aos Perfis Profissionais Nacionais elaborados

    por Comits Tcnicos Setoriais do SENAI Departamento Nacional e com a Classificao

    Brasileira de Ocupaes CBO.

    Esperamos que este material didtico desperte sua criatividade, estimule seu gosto pela

    pesquisa, aumente suas habilidades e fortalea suas atitudes, requisitos fundamentais para

    alcanar os resultados pretendidos em um determinado contexto profissional.

  • 6

    INFORMAES GERAIS - Objetivo do Material Didtico:

    Fornecer os conhecimentos bsicos formao do estudante, proporcionando a devida

    qualificao para a construo de competncias que contemplem conhecimentos

    habilidades e atitudes no mbito das demandas do setor produtivo e das relaes sociais.

    - rea Tecnolgica:

    Gesto

    - Eixo Tecnolgico:

    Gesto e Negcios

  • 7

    CONES DE ESTUDOS

    Durante a leitura deste material voc encontrar alguns cones para chamar sua ateno

    sobre um assunto destacado. Para contribuir com a eficcia destas reflexes,

    recomendamos que realize seus estudos e registre suas concluses, possibilitando sua

    auto-avaliao e reforo do aprendizado. Veja o significado dos cones:

    Traz dicas importantes sobre um assunto

    Indicao de site para pesquisa e maior aprofundamento sobre o tema

  • 8

    SUMRIO

    CAPITULO I ....................................................................................................................................................................... 9

    1. IDENTIDADE PROFISSIONAL .................................................................... 9

    CAPITULO II ................................................................................................................................................................... 23

    2. CURRCULUM VITAE - COMO FAZER .................................................... 23

    CAPITULO III.................................................................................................................................................................. 27

    3. ENTREVISTA ............................................................................................... 27

    CAPITULO IV .................................................................................................................................................................. 31

    4. TICA E CIDADANIA................................................................................... 31

    REFERNCIAS ................................................................................................................................................................ 44

  • 9

    CAPITULO I

    1. IDENTIDADE PROFISSIONAL

    Introduo

    A questo da identidade bastante ampla, e vem sendo estudada por reas como a

    sociologia, a antropologia, a psicologia e a filosofia, alm de outras cincias sociais, e

    emergem em praticamente todas as situaes do cotidiano, na medida em que as

    identidades das pessoas se refletem na vida e vice-versa. Ou seja, a identidade pode ser

    definida como um conjunto de caractersticas prprias de um individua, que o tornam

    diferente de outros e que vo sendo construdas nas e pelas relaes sociais.

    Define-se a identidade humana como metamorfose, isto , um processo permanente de

    formao e transformao do sujeito, que ocorre dentro de condies materiais e histricas

    dadas, ento a identidade desenvolvida e constituda por aspectos da ordem

    psicolgicos a partir de mudanas no processo histrico, social, econmico e cultural. O

    individuo ento vai iniciar seu processo de diferenciao e individualizao como ser

    humano, e o desempenho de papeis, construindo, desse modo, sua identidade.

    A identidade profissional resulta na vinculao do ser humano e uma atividade,

    considerados o contexto e as caractersticas dessa atividade, bem como seus reflexos

    nesse sistema identitrio.

    Ser mdico, secretria, professor, comerciante, motorista de nibus ou bancrio faz parte

    indissolvel de nossa identidade social, no apenas o modo como o trabalho executado

    (a atividade e seu processo de realizao), mas tambm o que resulta desse trabalho (o

    produto) importante na construo da identidade humana, e ambos os fatores dizem

    respeito questo do seu significado e da satisfao obtida por seu intermdio.

    A centralidade do trabalho na atual conjuntura faz com que essa identificao com as

    atividades profissionais apresente-se conscincia do individuo como elemento definitrio

    de grande significado na configurao de sua identidade. E os diferentes espaos de

    trabalho oferecido vo se constituir em oportunidades diferenciadas para a aquisio de

    atributos qualificativos da identidade de trabalhador.

  • 10

    A identidade pessoal fornece suas bases, associada s experincias da formao

    acadmica, perodo durante o qual ocorre como que uma tomada de conscincia acerca

    do papel profissional a ser inaugurado. No processo de aprendizagem de uma profisso, a

    pessoa aprende tanto os conhecimentos e habilidades requeridas para o seu exerccio

    como indcios sobre o modo de viv-la.

    A identidade legal decorre de um diploma e de um registro em um conselho profissional,

    condies que, uma vez satisfeitas, habilitam o profissional para realizar seu trabalho. A

    identidade profissional, por suas vezes, constituda pelo desejo, pela pratica, pela

    superviso, pela formao continuada, podendo apoiar-se numa identidade legal ou ser

    acompanhada por ela, como habitual. no desenvolvimento profissional que a

    identidade se afirma.

    Assim, pode-se considerar que a profisso representa muito mais do que um conjunto de

    aptides e funes, constituindo tambm uma forma de vida a ser assumida, uma vez que

    a relao entre o trabalhador e sua profisso caracterstica pelo envolvimento, pelo

    sentimento de identidade e de adeso aos seus objetos e valores.

    Sugesto de pesquisa:

    http://www.webartigos.com/artigos/o-ser-humanoe-sua-identidade-profissional/48473/

    Escolher a profisso talvez uma das decises mais importantes da vida de uma pessoa.

    O homem valorizado socialmente pela atividade que exerce, e sua identidade pessoal

    est muito ligada com o que ele faz profissionalmente. Quando se conhece uma pessoa,

    por exemplo, logo se quer saber com o que ela trabalha, pois assim pode-se ter uma idia

    do seu estilo de vida, dos seus gostos, etc. Ter uma profisso que combine com o nosso

    jeito de ser fundamental!

    A importncia de decidir a carreira profissional no simplesmente escolher porque se tem

    que escolher, mas escolher bem! Pois escolher a profisso no s decidir o quefazer,

    mas principalmente decidir quem ser e quem no ser.

    nesse momento que devemos avaliar no apenas a profisso, mas os nossos prprios

    gostos.

    Voc que ainda no se decidiu, ou est indeciso, ou insatisfeito com o a profisso que vem

    exercendo, PARE, reflita, faa uma anlise respondendo s seguintes questes:

  • 11

    Quantas horas por dia eu pretendo trabalhar?

    Em que tipo de local de trabalho eu me imagino: fechado, aberto, com muitas ou

    poucas pessoas?

    Qual a rotina de trabalho dos meus sonhos: horrio fixo, horrio flexvel, trabalho

    individual ou em grupo?

    Eu gosto de me vestir de maneira formal ou informal?

    Eu prefiro ter sempre novos desafios ou prefiro um trabalho previsvel?

    Sou melhor formulando, criando, ou executando?

    Prefiro trabalhar em uma grande empresa ou em um pequeno escritrio?

    Gosto de escolher e de arcar com as conseqncias das minhas escolhas ou acho

    melhor receber ordens e no correr os riscos de uma opo mal-feita?

    Considero melhor ganhar menos e ter um salrio fixo ou ganhar mais mesmo

    correndo os riscos da instabilidade financeira?

    Esses so aspectos importantssimos em que voc ter que pensar, de preferncia j. Eles

    dizem muito sobre voc, no apenas como profissional, mas tambm como pessoa.

    sempre bom lembrar que ns somos herana de ns mesmos, de nossos gostos, desejos

    e escolhas dirias. Assim como temos o nmero do nosso RG, vamos traando o RG

    profissional, atravs de cada opo que fazemos: estudar ou no estudar, correr atrs de

    informaes ou esperar as coisas carem do cu, depender dos outros em vez de fazer

    acontecer, escolher com seriedade ou no. A cada dia, ns construmos uma identidade

    profissional que fala do nosso "jeito", o que muito importante para que venhamos a

    desenvolver bem e com prazer a nossa profisso.

    A nossa determinao no ser valorizada apenas nos bancos escolares. Os nossos

    dgitos vo sendo computados muito antes do que imaginamos! E voc? J tem muitos

    dgitos no seu RG profissional ou daqueles que deixa para fazer a sua documentao na

    ltima hora?

    Critrio para contratao

    Hoje, mais do que nunca, as empresas no momento de contratar analisam no s sua

    experincia profissional para a atividade, mas tambm tudo que possa enriquecer direta ou

    indiretamente a futura posio que voc pode vir a ocupar. Traduzindo: hoje,

    preocupaes com o capital intelectual e a tica, so fundamentais para as empresas

    poderem definir de forma mais ampla o perfil de seus colaboradores.

  • 12

    O comportamento, a forma de se apresentar e se vestir sempre abriram portas e

    influenciaram opinies e decises. At a nenhuma novidade. No entanto, importante

    afirmar que estas questes passaram a ter importncia fundamental para todo, qualquer

    que seja a rea de atividade.

    O mundo trata melhor quem se trata melhor. O Marketing Pessoal questiona desde

    pensamentos e atitudes, at a apresentao e a comunicao, alm da tica e da

    capacidade de liderar, de se automotivar e de motivar as pessoas a sua volta.

    Colocamos a sua disposio uma srie de informaes bsicas e interessantes na arte de

    se apresentar bem nas mais diversas situaes, que aplicadas de forma habitual e sincera,

    constituiro um diferencial definitivo na sua carreira e, por conseguinte, na vida.

    Seu sucesso s depende de voc.

    Coragem para mudar

    As pessoas so diferentes, mas de modo geral, seus desejos bsicos so muito parecidos;

    ento vejamos: realizao profissional, pessoal, familiar, financeira, planejar um bom futuro

    para si e para os filhos. Enfim, so anseios comuns a muitas pessoas. No entanto, o

    grande problema est em saber o que fazer para conseguir aquilo que se deseja. Querer

    bsico. No entanto, apenas querer, no ajuda a conquistar os objetivos.

    A conquista dos objetivos est intimamente ligada mudana, s vezes radical, de nossas

    atitudes, isto , se realmente queremos algo, devemos ter coragem para alterar nosso

    comportamento em prol dos objetivos. nesse momento de mudana que a maioria das

    pessoas esbarra na falta de uma atitude adequada situao.

    A fora de vontade e o desejo de realizar no podem dar lugar acomodao. comum

    as pessoas que se entregam ao comodismo arrumarem culpados para seus insucessos: a

    crise, o mercado, o dlar, e a pior de todas: "ningum me ajuda..." Essa demais! Se voc

    almeja ser um vencedor, haja como um! Faa por merecer. Use seu potencial! Tenha

    coragem de mudar!...

    Pr-ocupao

  • 13

    No podemos permitir que a preocupao passe a dominar nossos pensamentos. Tire

    esse prefixo, pr, de sua rotina. Caso o problema no possa ser resolvido imediatamente,

    a preocupao excessiva traz sentimentos negativos como frustrao e angstia, que

    diminuem nossa motivao e at mesmo a capacidade em tratar o problema. Na verdade,

    temos que distinguir problema de preocupao. Substitua a preocupao por entusiasmo e

    autoconfiana.

    Entusiasmo e autoconfiana

    O entusiasmo fator determinante para nossas conquistas. Enquanto a autoconfiana nos

    deixa seguros de si, o entusiasmo nos impulsiona para ir adiante, com obstinao e

    eloqncia. As dificuldades do dia-a-dia tm o poder incrvel de alterar nosso estado de

    esprito, minando nossa autoconfiana e entusiasmo.

    Se existem duas caractersticas marcantes e comuns s pessoas de sucesso, estas so

    sem dvida o entusiasmo e a autoconfiana. Ter autoconfiana acima de tudo acreditar

    em si prprio e no poder de realizar, aliada a uma grande capacidade de superao de

    problemas e imprevistos.

    Conhea alguns motivos para viver e agir com entusiasmo:

    O entusiasmo contagiante;

    As pessoas entusiasmadas so mais saudveis;

    Entusiasmo e vontade de vencer andam juntos;

    Desnimo, tristeza e mau-humor no resolvem problemas;

    Com entusiasmo voc resolve mais rpido seus problemas;

    Com entusiasmo sua imagem de vencedor;

    Com entusiasmo voc mais persuasivo;

    O entusiasmo transforma o ambiente sua volta;

    O entusiasmo um escudo contra pessoas negativas;

    Agindo com entusiasmo voc cativa as pessoas.

    O entusiasmo protege voc do baixo-astral e pessimismo, mantendo em alta a sua

    motivao e determinao.

    Seja diferente

  • 14

    Paulo trabalhava em uma determinada empresa h dois anos. Sempre foi um funcionrio

    srio, dedicado e cumpridor de suas obrigaes. Nunca chegava atrasado. Por isso

    mesmo j estava com 02 anos na empresa, sem sequer ter recebido uma nica

    reclamao. Certo dia, ele foi at o diretor para fazer uma reclamao:

    - Sr. Gustavo, tenho trabalhado durante estes dois anos na sua empresa com toda a

    dedicao, s que me sinto um tanto injustiado. Fiquei sabendo que o Pedro, que tem o

    mesmo cargo que eu e est na empresa h somente 06 meses j vai ser promovido.

    - Gustavo, fingindo no ouvi-lo disse:

    - Foi bom voc vir aqui. Tenho um problema para resolver e voc poder faz-lo.

    Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal aps o almoo hoje. Aqui na

    esquina tem uma barraca de frutas. V at l e verifique se eles tm abacaxi. Paulo, sem

    entender direito, saiu da sala e foi cumprir a misso. Em cinco minutos estava de volta.

    - E a Paulo? - Perguntou Gustavo: - Verifiquei como o senhor pediu e o moo tem abacaxi

    sim... - E quanto custa? - Ah, Isso eu no perguntei no... - Eles tm abacaxi suficiente

    para atender a todo nosso pessoal? Quis saber Gustavo. - Tambm no perguntei isso

    no... - H alguma fruta que possa substituir o abacaxi? - No sei no...

    - Muito bem Paulo. Sente-se ali naquela cadeira e me aguarde um pouco. O diretor pegou

    o telefone e mandou chamar o novato Pedro. Deu a ele a mesma orientao que dera ao

    Paulo. Em oito minutos, Pedro voltou. - E ento? Indagou Gustavo.

    - Eles tm abacaxi, sim Seu Gustavo. E o suficiente para todo nosso pessoal e, se o

    senhor preferir, tem tambm laranja, banana, melo e mamo. Os abacaxis esto

    vendendo a R$1,50 cada; a banana e o mamo a R$1,00 o quilo; o melo R$1,20 a

    unidade e a laranja a R$20,00 o cento.

    - Mas como eu disse que a compra seria grande em quantidade, eles nos concedero um

    desconto de 15%. Deixei reservado. Conforme o Senhor decidir, volto l e confirmo -

    explicou o Pedro.

    - Agradecendo pelas informaes, o patro dispensou-o. Voltou-se para Paulo, que

    permanecia sentado (e calado) ao seu lado e perguntou-lhe:

    - Paulo, o que foi que voc estava mesmo me dizendo? - Nada no, patro.

    Esquea. Com licena... E Paulo deixou a sala...

  • 15

    - Infelizmente no conheo o autor desta historia. A mensagem a seguinte: Se no nos

    esforarmos em fazer o melhor, mesmo em tarefas que possam parecer simples, jamais

    nos sero confiadas tarefas de maior importncia.

    - Todas as vezes que fazemos o uso correto e amplo da informao, criamos a

    oportunidade de imprimir a nossa marca pessoal de forma positiva. Voc pode e deve se

    destacar, at nas coisas mais simples, como Pedro.

    Automotivao

    Se voc quer ser diferente de Paulo, faa agora uma retrospectiva de sua vida profissional

    e ou pessoal para identificar suas atitudes e comportamentos. Faa tambm uma

    introspeco e descubra os motivos que te levam a automotivao.

    Dicas de situaes que, em geral, levam as pessoas a motivarem - se:

    Primeiro passo: Sonhe

    Comece, procurando dar verdadeiro sentido a sua vida. Neste processo

    fundamental uma boa dose de ambio.

    "Feche para balano". Analise tudo que voc fez at agora.

    Procure planejar sua vida para os prximos dias, meses e por que no anos...

    Lance-se a desafios factveis e procure venc-los.

    Um bom curso, o trmino da faculdade, um carro novo, "aquele" curso de ingls, o

    "nem to distante" MBA, uma casa de praia, um barco, uma piscina, conquistar um

    bom trabalho, crescer e ocupar posies de destaque na empresa que voc est...

    Pense a vontade... Vale qualquer coisa.

    Segundo Passo: Execute

    Agora pare de sonhar e comece a planejar a sua vida. Comece a elaborar O SEU

    PROJETO PESSOAL:

    Fixe Metas a longo, mdio e curto prazo;

    Elabore um plano de ao para cada meta;

  • 16

    Execute o plano;

    Acompanhe os resultados das metas;

    Avalie os resultados, em caso de insucesso, replaneje.

    Prazos e horrios

    A pontualidade pode definir a personalidade de uma pessoa. Se voc costuma se atrasar,

    no s para compromissos, mas nos prazos que costuma firmar, sinal que h algo de

    errado. Voc est vivendo sem um planejamento adequado. Desculpas como: "Foi o

    trnsito", O pneu furou" ou ainda "O computador deu problema...", j no colam mais e

    ainda pegam super mal.

    Um compromisso ou meta fixada deve-se sempre trabalhar com uma margem segura de

    tempo. Algum minutinho de atraso e voc pode colocar muita coisa a perder. A perda

    comea pelo desgaste da imagem, podendo ser total: perder o propsito do compromisso.

    Na verdade temos que fazer de tudo para chegar com pelos menos 15 a 20 minutos de

    antecedncia. Agindo assim, dificilmente nos atrasaremos. Caso o atraso ou o no

    comparecimento for inevitvel, importante justificar a tempo. Antes que a pessoa possa

    formar uma opinio negativa. Afinal sendo pontual, voc estar sendo respeitoso com um

    tempo que no s seu, mas tambm da outra pessoa.

    Procure programar e organizar todas as tarefas, compromissos ou atividades do seu dia na

    vspera.

    Para se organizar, vale tudo: agenda, risque-rabisque, papel lembretes, passar apenas

    mais 10 minutos organizando o ambiente de trabalho antes de ir embora. O segredo do

    sucesso, conseguir produzir muito mais, respeitando-se o limite das 24 horas do dia, no

    deixando para o dia seguinte tarefas que podem e devem ser concludas no mesmo dia.

    Comunicao

    Definir o conceito de comunicao fcil. Vrios livros e textos explicam que comunicao

    um processo interativo, onde h uma mensagem transmitida pelo emissor e que atravs

    de um meio e de um canal, chega ao receptor. Mas, nesse processo pode haver

    interferncias como rudas e distores. Como bem define Chiavenato (1999):

  • 17

    Estereotipo ou rtulos: distores na percepo das pessoas ou criamos uma

    imagem falsa de como a pessoa realmente ;

    Generalizaes: processo pelo qual uma impresso geral favorvel ou no,

    influencia o julgamento e a avaliao de outros traos especficos das pessoas;

    Projeo: mecanismo de defesa, mediante o qual a pessoa tende a atribuirs outras

    certas caractersticas prprias que rejeita inconscientemente;

    Defesa perceptual: quando o observador distorce as informaes.

    Sabemos tambm que cada pessoa interpreta uma mensagem de forma diferente, atravs

    dos chamados "filtros ou nossas percepes, interesses e desejos, ou seja, a forma de

    como vemos e percebemos o mundo. Por exemplo: a empresa comunica demisses; para

    alguns isso uma grande ameaa e cria desmotivao, ansiedade, etc.

    Para outros, isso pode ser uma oportunidade de mostrar um melhor trabalho para

    sobreviver na empresa por mais tempo, ou ainda, a pessoa pode at se motivar em

    arrumar um emprego melhor em outro lugar, depende da pessoa e de como ela recebe e

    interpreta a informao.

    Repare as conversas por telefone ou pessoalmente, principalmente quando estamos

    atarefados, falamos rpido e isso pode criar distores nas mensagens e resultados

    contrrios aos esperados. Alm disso, pode haver problemas de relacionamento, como nos

    casos em que queremos falar ou solicitar alguma coisa para algum e este simplesmente

    ignora ou diz que est ocupado.

    Muitas vezes, cria-se o esteretipo de "pessoa chata", ou afirmaes do tipo: "no custava

    me atender". E isso tambm ocorre quando atendemos clientes ou quando somos

    atendidos em algum lugar. Muitas vezes, um assunto simples e rpido de ser resolvido, e

    que mesmo se a pessoa no tenha competncia ou disponibilidade para responder ou

    atender naquele momento, pode agir com certa educao e pedir para esperar ou que

    assim que tiver um tempinho ir ajudar, ou mesmo passar para outra pessoa ou anotar o

    recado. Podemos ajudar os outros da mesma forma que gostaramos de ser ajudados e

    isso inclui uma boa comunicao.

    Uma observao final: evite grias, seja claro, breve, direto e explique o motivo e o que

    realmente deseja na comunicao, evitando todos os problemas comentados e outros que

    possam surgir; seja na comunicao falada, escrita, gestual ou outras. Desta forma evitar-

    se- qualquer possibilidade de cometer as chamadas gafes.

  • 18

    A arte de viver bem

    Etiqueta o conjunto harmonioso de boas maneiras, bons costumes, atitudes, gestos,

    palavras, fisionomia e traje. a arte de bem viver!

    Atualmente na questo sobre etiqueta, seu uso, sua aplicao, sua validade, surge a

    dvida: Etiqueta caiu de moda?

    Nos dias de hoje, nossa maneira de viver mudou muito como resultado de uma adaptao

    necessria. Alguns costumes que se achavam em desacordo com as circunstncias atuais

    desapareceram por si mesmos, outros nasceram por fora de circunstncias, ou seja, fazer

    concesses aos novos costumes sem, contudo, perder o respeito pela tradio.

    Uma coisa certa: nunca as boas maneiras foram to necessrias quanto agora! Pois se

    observa um nivelamento cada vez mais sensvel entre as classes. Os hbitos de correo

    e elegncia h muito deixaram de ser privilgio das elites.

    Algumas regras de etiqueta devem ser aprendidas de cor, como qualquer lio, isso sem

    nenhuma relao com humilhao ou ridculo. Em qualquer degrau da escala social em

    que se encontre um homem ou uma mulher, eles tm por obrigao iniciar-se no

    conhecimento de regras razoveis. Baseadas no respeito pela dignidade do prximo e no

    em preconceitos ultrapassados.

    Ou seja: As regras de etiqueta modificam-se, mas EDUCAO e RESPEITO HUMANO,

    nunca caem de moda!

    Comportamento no ambiente de trabalho

    As normas de polidez no foram feitas para o consumo exclusivo dos amigos ou do

    relacionamento social em festas e reunies.

    O comportamento nos setores profissionais tornou-se fundamental. O prprio sucesso

    chega a depender dele. O cumprimento obrigatrio tanto ao chegar quanto ao sair do seu

    local de trabalho.

    Pode-se perguntar aos colegas como vo seus familiares, evitando, claro, questes

    indiscretas. Deve-se evitar falar de problemas pessoais no local de trabalho. Quando for

    necessrio falar ou faltar, no invente doenas ou lutos, nem muito menos entre em

  • 19

    confidncias e detalhes sobre seus planos futuros. Explique-se corretamente com seu

    superior.

    Prestar um servio ou trocar amabilidade no nos torna ntimo, mas bem educados. Deve-

    se procurar sempre ser pontual, cordial e atencioso. No devemos deixar passar as

    ocasies de prestar pequenos servios.

    Recomendaes Importantes:

    Devemo-nos vestir com elegncia, sem exageros. Se a apresentao importante

    para voc, muito mais para a organizao onde trabalha.

    A discrio a palavra de ordem, quer nas conversas surpreendidas

    involuntariamente, quer na correspondncia de que obrigado a tomar

    conhecimento, ou nos dilogos telefnicos, assuntos confidenciais, etc.

    Nunca misturar relaes sociais com funcionais.

    Ao receber pessoas mais velhas ou visitas importantes, permanecer em p, desde

    que no tenha uma cadeira para ofertar-lhes.

    No faa comentrios desagradveis sobre a empresa na qual trabalha ou sobre o

    seu chefe, nem discuta ordens recebidas.

    No seja mal humorado e procure tratar bem a todos para se tornar simptico e, em

    conseqncia, receber igual tratamento.

    Ao telefone, atenda a todos com cortesia, clareza, sem demora e entonao de voz

    agradvel, prestando todas as informaes solicitadas.

    No faa os clientes aguardarem sem um bom motivo e sem lhes fornecer uma

    explicao razovel pela demora no atendimento.

    Quando um cliente se apresentar no escritrio, no banco ou na loja, abandone por

    um momento suas atividades e d prioridade ao atendimento ao cliente.

    Sentido amplo da elegncia

    A elegncia abrange a boa educao, as normas de conduta e de carter, enfim, todo um

    sistema de vida. Inclui desde a maneira de tratar as pessoas, expressar-se, escrever,

    manter as amizades, respeitar os ausentes, conduzir os negcios, dirigir o automvel,

    tomar lugar num coletivo, entrar num txi, entrar ou sair do elevador, sentar-se e levantar-

    se, cumprimentar, pedir licena, agradecer, e, acima de tudo, a suprema elegncia de

    desculpar-se.

  • 20

    Ser elegante :

    Estar com a roupa certa para o dia.

    Saber usar jias adequadas e no caso de no se poder, no esquecer que uma flor

    ou uma bijuteria usada com alegria ser mais linda que qualquer jia usada sem

    interesse, e tambm menos perigoso nos dias atuais de tantos assaltos.

    Ser simples, natural, espontneo...

    Saber conversar. E isso se consegue atravs de conhecimentos, participao no

    mundo em que vivemos, e no apenas no lugar onde moramos...

    Lembrar as datas, os gostos dos nossos amigos...

    Saber ouvir o agradvel e o desagradvel, e saber calar.

    Tomar interesse em tudo, no num sentido particular de bisbilhotice, mas num

    amplo de amor e de participao.

    Saber sorrir, a arma mais importante do ser humano, que infelizmente se esquece e

    deixa apenas s crianas esse privilgio...

    Formas de tratamento

    Uma forma concreta de marcar presena positiva com as pessoas trat-las de forma

    gentil e atenciosa. simples: O nome, por exemplo, se constitui isoladamente como uma

    das mais antigas e poderosas armas do Marketing Pessoal.

    importante saber e utilizar o nome das pessoas. Dessa forma estaremos personalizando

    o tratamento. Todos ns sem exceo gostamos de ser tratados pelo nome.

    Alm do nome, existem algumas palavras que tornam as pessoas muito mais receptivas.

    So palavras que tem efeito mgico e imediato. So elas:

    Bom dia, boa tarde, boa noite;

    Por favor, com licena;

    Muito prazer, muito obrigado...

    Quanto mais voc empregar estas palavras, mais se destacar positivamente junto s

    pessoas. Estas palavras, no s nos tornam pessoas melhores, como fazem com que as

    pessoas colaborem mais espontaneamente conosco. O motivo simples: voc tende a

    colaborar com quem gentil com voc. J com quem no ... A todo o momento possvel

    fazer com que as pessoas se sintam especiais. Trat-las com educao e elegncia,

    sempre d timos resultados.

  • 21

    H uma infinita gama de tratamentos, varivel de acordo com as circunstncias, com

    aposio das pessoas, com o grau de relacionamento, etc.

    Pessoas muito idosas merecem sempre um tratamento cerimonioso. Entretanto se uma

    senhora de idade lhe diz preferir ser chamada simplesmente pelo primeiro nome, no h

    razo para que lhe seja recusada essa satisfao.

    Existe um grande nmero de pessoas que consideram uma descortesia ser chamadas pelo

    primeiro nome. De qualquer modo, s senhoras se diz Senhora Fulano de Tal ou Dona,

    seguido do nome de batismo. E aos homens mais velhos dizemos sempre Senhor Fulano

    de Tal.

    Tratamentos convencionais

    Atualmente no se d muita importncia aos ttulos. Convm conhecer algumas formas

    mais convencionais de tratamento:

    Ao embaixador se diz Senhor Embaixador. s esposas dos diplomatas se diz

    Embaixatriz por cortesia.

    Ao Ministro, diz-se Senhor Ministro ou simplesmente Ministro.

    Ao Presidente da Repblica, dizemos Vossa Excelncia ou Senhor Presidente.

    Ao Governador, Senhor Governador.

    Ao Prefeito, Senhor Prefeito.

    Ao Reitor da Universidade, dizemos Magnfico Reitor.

    Ao escritor consagrado, costuma-se dizer Mestre.

    Aos titulares de funes polticas, diz-se: Senador, Deputado.

    Aos Bispos e Arcebispos, diz-se Senhor Arcebispo e Senhor Bispo, Um Cardeal

    Eminncia, e o Papa, sua Santidade. O Monsenhor usado acompanhado do

    sobrenome. Ao vigrio, dizemos Reverendssimo Padre. Mas incorreto dirigir-se

    ao padre dizendo simplesmente Padre. Diz-se Padre, seguido do nome pelo qual

    conhecido.

    No Brasil, trata-se de doutor os mdicos, advogados, engenheiros, etc.

    Aos nobres, no Brasil, emprega-se o ttulo sem precedncia do senhor, ou senhora.

    Ao contrrio seria considerado entre ns prova de servilismo. Ex: Marqus e no

    Senhor Marqus.

    Apresentaes

  • 22

    Da apresentao ocorrem os demais atos sociais e profissionais, por isso

    necessria muita maturidade e boa memria.

    O homem sempre se levanta quando apresentando a qualquer pessoa. A mulher

    permanece sentada, salvo quando apresentada a uma senhora idosa ou a uma alta

    personalidade, mesmo masculina.

    Ao se fazer uma apresentao, cita-se em primeiro lugar o nome da pessoa mais

    jovem ou menos importante pela posio ou cargo que ocupa a mais idosa ou

    importante.

    O homem sempre apresentado a uma senhora, salvo duas excees: Chefe de

    Estado e Altos Dignitrios da Igreja.

    Na apresentao de uma pessoa a um grupo, diz-se o nome dessa pessoa, e de

    longe, os nomes das pessoas que esto no grupo ou dos que esto mais

    prximos.No h necessidade de apertos de mo.

    Ao se apresentar algum, deve-se evitar o excesso de detalhes sobre a identidade

    dos convidados.

    Duas pessoas se encontram num mesmo local e que por alguma razo no tenham

    sido apresentadas, a boa educao permite que os mesmos tomem a iniciativa,

    apresentando-se antes de iniciarem a conversao. Em se tratando de um homem e

    uma mulher, o homem se faz apresentar, enunciando seu nome e sobrenome sem,

    contudo, preced-los de qualquer ttulo.

    No caso de sermos apresentados a uma pessoa que j conhecemos, podemos

    recordar este conhecimento anterior acrescentando "talvez se lembre, mas j

    estivemos juntos em casa de amigos comuns". Devemos acrescentar o nome dos

    amigos comuns a quem nos referimos.

    imperdovel e incorreto perguntarmos: "No est me reconhecendo?"

    Tambm incorreto, na apresentao de determinada pessoa a algum, dizermos:

    ex-isso, ex-aquilo. A meno do "ex": pura falta de tato e deselegncia.

  • 23

    CAPITULO II

    2. CURRCULUM VITAE - COMO FAZER

    A primeira grande escolha de candidatos, quando uma organizao precisa de contratar

    algum feita na leitura do currculo.

    Por esse motivo, deve ter um extremo cuidado na elaborao do seu Currculum Vitae

    (C.V), dado que este vai constituir a sua primeira imagem junto empresa ou organismo a

    que se candidata.

    H mesmo quem diga que nos primeiros dez segundos, que um recrutador d ou no

    uma oportunidade ao currculum, pelo que deve elabor-lo da melhor maneira possvel,

    tentando no ser mais um, e diferenciar-se dos outros.

    O C.V. funciona como um "click" que lhe pode dar acesso s fases seguintes do processo

    de Recrutamento e Seleo.

    Quando elaborar o seu Curriculum Vitae leve em considerao que o mesmo precisa

    atingir os seguintes objetivos:

    Atrair a ateno da entidade empregadora atravs de uma apresentao que o

    destaque.

    Suscitar o interesse, incluindo algo que desperte a ateno.

    Incentivar a convocatria para a fase seguinte.

    Aspectos a considerar:

    Analise a importncia/pertinncia das informaes que vai incluir;

    Cuide da parte esttica do seu C.V. e organize os elementos de forma clara e

    precisa, recorrendo a ttulos e subttulos;

    No utilize siglas sem especificar devidamente o que elas significam;

    Quando fizer enumeraes coloque-as em colunas simtricas;

    Faa acompanhar o C.V. de uma carta de apresentao (nela poder salientar

    aspectos que no se referem num C.V.);

  • 24

    Antes de enviar os dados, no se esquea de ficar com uma fotocpia.

    Como redigir o Curriculum Vitae:

    I. Forma:

    Deve ser o mais claro possvel e perceptvel;

    Sem rasuras, sem repeties, sem erros ortogrficos;

    Em princpio no deve ultrapassar 3 pginas;

    Escrita espaada, com os pargrafos bem definidos;

    Agrupar elementos numa s rubrica (ex. dados de identificao);

    Indicaes pela mesma seqncia lgica;

    Os nmeros devem ser escritos em algarismos e no por extenso;

    As datas devem ser colocadas do lado esquerdo e pela ordem cronolgica inversa

    (no sentido de salientar o que est a fazer atualmente);

    As abreviaturas devem ser decodificadas;

    Deve ser escrito em suporte informtico;

    Pode enviar por e-mail ou por correio;

    II. Estilo

    Utilize frases curtas e simples;

    Seja preciso e objetivo;

    III. Fotografia

    sempre prefervel termos uma idia da pessoa que estamos a analisar. A opo sua,

    no entanto, tudo indica que um recrutador pode ter mais relutncia em excluir um CV com

    fotografia; contudo nada garante que seja assim..

    Contedos fundamentais do seu Curriculum Vitae:

    Dados Pessoais:

    Nome e Apelido

    Endereo

    Data de Nascimento

    Idade

  • 25

    Estado civil

    Nacionalidade

    Nmero da carteira de Identidade

    Telefone fixo, tele mvel, e-mail

    Formao Acadmica

    Referir as Habilitaes de grau mximo

    Se possuir outra formao (Ps-Graduaes) deve referir

    Formao Complementar

    Seminrios e Cursos

    Cursos de Lnguas

    Informtica

    Participao em Congressos/Workshops (descriminar se participou como orador).

    Experincias Profissionais

    Tempo durante o qual permaneceu na funo (ms/ano)

    Nome da empresa ou instituio

    Designao da funo

    Atividades que implementou e responsabilidades

    Conhecimentos de Lnguas

    Descrever a qualidade dos seus conhecimentos (ex. "bons conhecimentos de Ingls falado

    e escrito").

    Conhecimentos de Informtica

    Descrever a qualidade e tipo de conhecimentos que possui (como utilizador, como

    programador) e especificar em que ambientes, se for caso disso.

    Nota: Estes contedos so fundamentais. Contudo, por vezes no temos dados para

    preench-los; neste caso, no o refira e passe aos contedos seguintes pela ordem

    apresentada anteriormente.

  • 26

    Partes Opcionais

    Interesses e atividades de tempos livres: Informaes Pessoais Diversas. Pertence a

    associaes etc.

    Anexos - ex: Certificado de Habilitaes

    Portflio

    muito importante dedicar um tempo na elaborao desse roteiro, que muito lhe auxiliar

    no momento da entrevista, veja algumas sugestes:

    Faa uma avaliao dos recursos de que dispe;

    Pense em questes como: quais so os seus pontos fortes e fracos;

    Quais os seus centros de interesses;

    Porque est concorrendo a esta funo;

    Por que trabalhar para essa empresa;

    Volte a pensar no seu aspecto visual

    Por uma questo de respeito para com quem o vai receber e para causar uma boa

    impresso, deve dedicar algum tempo nesta fase de preparao, cuidando da sua prpria

    apresentao.

    As primeiras impresses so sempre muito importantes:

    Cause um bom impacto;

    Cuide do vesturio e da sua imagem;

    Revele classe, bom gosto e naturalidade.

  • 27

    CAPITULO III

    3. ENTREVISTA

    Comportamentos a adotar numa entrevista de recrutamento

    A entrevista de recrutamento um momento definido muitas vezes como "uma conversa

    sria, que visa atingir um determinado objetivo e que diferente do simples prazer da

    conversao".

    Durante uma entrevista de recrutamento, h uma troca de informaes, um dilogo entre o

    candidato ao emprego e o entrevistador, com objetivos bem definidos e conhecidos por

    ambos.

    Para se preparar para a entrevista de recrutamento h momentos fundamentais a

    considerar:

    Antes da entrevista

    Prepare toda a documentao necessria para levar consigo (Portflio, Curriculum

    Vitae; certificados de habilitaes...)

    Informar-se o mximo possvel acerca da potencial entidade empregadora.

    Como faz-lo: pesquisar na internet; tentar falar com pessoas que trabalhem na

    empresa; leitura de imprensa especializada; consultar os relatrios de atividades e

    informao disponvel nas associaes do setor...

    Cuidar do seu aspecto pessoal: no se vai tratar de uma conversa informal. H um

    propsito da sua parte, arranjar um emprego, e neste caso, sua imagem o seu

    primeiro carto de visita.

    Preparar a entrevista: durante a entrevista, o entrevistador formular uma srie de

    perguntas relativas sua formao, pequenos trabalhos desenvolvidos, parttimes

    efetuados, se j trabalhou...

    Por essa razo: necessrio antes de ir entrevista, fazer uma auto-avaliao, de

    modo que, quando for questionado, seja gil na resposta e no caia nas hesitaes

    sempre embaraosas.

  • 28

    Assim, prepare-se:

    Releia o seu Curriculum Vitae e o seu Portflio;

    Que atitudes assumir durante a entrevista?

    Uma grande parte das informaes que vo influenciar a deciso do entrevistador

    transmitida pelo seu comportamento no verbal. Os nossos gestos revelam muito acerca

    de ns prprios. No deixe que eles o atraioem durante a entrevista!

    As recomendaes a seguir contribuiro muito para o sucesso da entrevista, portanto,

    exercite-as antes do fatdico dia:

    Quando chegar entrevista, transmita uma imagem agradvel para quem o recebe;

    Sorria e aja com naturalidade, mas com sobriedade;

    Dirija-se ao entrevistador, cumprimentando-o com um aperto de mo, olhando-o nos

    olhos, mas sem ser demasiado formal;

    Nunca se sente, sem antes lhe darem indicao para faz-lo;

    No fume durante a entrevista;

    Quando a entrevista ocorrer diretamente com a entidade empregadora, procure

    utilizar este primeiro contato para se aperceber do tipo de pessoa que tem pela

    frente;

    D uma vista de olhos ao gabinete, procure aperceber-se de alguns sinais que

    indiciam a cultura e o tipo de empresa a que est a concorrer;

    Adote uma postura corporal correta: nem muito hirta, nem muito relaxada;

    Se no sabe o que fazer s suas mos, apie em cima da mesa, nos apoios laterais

    da cadeira, mas no fique sempre a mexer nelas, pois pode transmitir uma imagem

    de nervosismo e insegurana;

    No se refestele na cadeira, nem apie os cotovelos na mesa, porque indicia

    excesso de descontrao;

    No gesticule em demasia, nem fuja muito com o olhar, dirigindo-o para baixo, deste

    modo, pode revelar uma atitude defensiva e insegura;

    Quando sair da entrevista, deve proceder da mesma forma que procedeu quando

    chegou. Cumprimente com um aperto de mo e no fim agradea a entrevista,

    dirigindo-se ao entrevistador pelo nome.

    Como controlar os seus nervos?

    Os nervos manifestam-se de muitas formas e de formas diferentes em pessoas diferentes.

  • 29

    Alguns sinais de nervosismo so:

    Mos e joelhos a tremer, respirao irregular o chamado "n na garganta, ritmo cardaco

    acelerado, boca seca, tendncia para "perder o fio meada" em relao ao que vai dizer,

    fixar constantemente um ponto acima da cabea do entrevistador.

    Veja como pode dominar os sinais de nervosismo e assim tirar mais proveito da entrevista:

    No se deixe intimidar. A sua situao no fcil, pois quer "agarrar" o emprego, mas a

    situao do entrevistador tambm no confortvel, porque ele tem de "agarrar" o melhor

    candidato!

    O entrevistador tem que fazer uma escolha, e escolher muitas vezes rejeitar e resignar-

    se. Escolher resignar-se porque se uma candidatura apresenta vantagens, as outras tm

    tambm algo para oferecer. Logo, pense que no s voc que est numa situao

    delicada.

    Tente saber o mximo possvel sobre a empresa e a funo a que se est candidatando,

    isso dar-lhe- uma sensao de maior segurana.

    Respire fundo, pense que se chegou at a esta fase, porque a sua candidatura interessa

    empresa para preencher a funo disponvel.

    Questes que podem surgir durante a entrevista

    Geralmente, h a idia de que numa entrevista, apenas o entrevistador coloca questes.

    Contudo, de modo oportuno, tambm voc as pode colocar. Veja: as questes que o

    entrevistador lhe pode fazer e as que voc pode colocar:

    Perguntas feitas pelo entrevistador:

    Fale-me acerca de si, porque quer trabalhar aqui, j desempenhou algum tipo de trabalho,

    porque motivo deixou/ ou quer deixar o seu ltimo emprego; por que freqentar o seu

    curso, por que est a concorrer a esta formao. Por vezes o entrevistador pode colocar

    questes de carter tcnico para aferir a sua capacidade. Esteja preparado! Geralmente, o

    entrevistador inicia a entrevista com questes simples, servindo-se do Curriculum Vitae,

    como apoio para coloc-las. Exemplos: Se tm irmos; qual a profisso dos pais,... Com

  • 30

    estes tipos de perguntas, o entrevistador pretende conquistar a confiana do candidato,

    para passar em seguida s questes relativas sua formao e experincia.

    Exemplo:

    Entrevistador - No acha que muito novo para assumir esta funo?

    Candidato - Bom deve ter em conta que iniciei a minha carreira muito jovem, e ocupei

    sempre lugares de responsabilidade onde apreciaram o trabalho que realizei. Neste caso,

    as respostas devem ser lgicas e conseqentes.

    Perguntas feitas pelo candidato:

    Tambm voc, de modo adequado e oportuno poder colocar algumas questes. Veja os

    exemplos:

    Pode dar-me uma idia mais exata sobre a funo a desempenhar?

    Ser-me- atribuda alguma responsabilidade em especial?

    Quem vai chefiar-me?

    Poderei freqentar aes de formao?

    Terei deslocaes freqentes?

    Como serei avaliado? Tente coloc-la de um modo construtivo e no de uma forma "de

    ganhar" o entrevistador ou de revelar ironia da sua parte.

    Aps a entrevista

    Depois da realizao da entrevista conveniente que faa a sua auto-avaliao, para

    corrigir pontos que considere no terem sido bem conseguidos e fixar os aspectos que

    foram mais positivos.

  • 31

    CAPITULO IV

    4. TICA E CIDADANIA

    Cidadania

    A prtica da cidadania pressupe atitudes ticas. Disse Scrates: No devo fazer ao outro

    o que no quero pra mim.

    A prtica da cidadania est na relao do indivduo com o mundo em que vive, nos

    ambientes familiares, no trabalho, na relao com o bairro, com a cidade, com o pas.

    Na relao com o mundo, temos direitos e deveres:

    O direito de ter uma vida digna garantida pelo Estado;

    O dever de cumprir regras estabelecidas por leis, para uma vida em comum na

    sociedade.

    Para muita gente, exercer a cidadania significa ter direito de votar. Mas quem j teve uma

    experincia poltica no bairro, igreja, escola, sindicato, sabe que o ato de votar no garante

    nenhuma cidadania se no vier acompanhado de determinadas condies de nvel

    econmico, poltico, social e cultural.

    A Constituio Brasileira de 1988, vigente no pas, diz no:

    Ttulo II

    Dos Direitos e Garantias Fundamentais

    Captulo I

    Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

    Artigo 5 - Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-

    se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida,

    liberdade, igualdade, segurana e propriedade.

    Captulo II

    Dos Direitos Sociais

  • 32

    Artigo 6 - So direitos sociais a educao, a sade, o trabalho, a moradia, o lazer, a

    segurana, a previdncia social, a proteo maternidade e infncia, a assistncia aos

    desamparados na forma desta Constituio. (Redao dada pela Emenda Constitucional

    n. 26, de 14/02/2000).

    Leis que nos orientam a viver como cidados:

    Constituio Federal;

    Cdigo Civil;

    Leis do Trabalho;

    Leis de Trnsito;

    Cdigo do Consumidor;

    Cdigo Penal.

    Para refletir:

    Tudo o que acontece no mundo, seja no meu pas, na minha cidade, ou no meu bairro,

    acontece comigo. Ento eu preciso participar das decises que interferem na minha vida.

    Um cidado com um sentimento tico forte e conscincia de cidadania no deixa passar

    nada, no abre mo desse poder de participao. (Betinho, tica e Cidadania, 1994).

    A cidadania um processo que se efetiva atravs do conhecimento e conquista dos

    direitos humanos, por meio daquilo que se constri. Ningum nasce cidado, mas torna-

    se cidado pela educao. Porque a educao atualiza a inclinao potencial e natural dos

    homens vida comunitria ou social Lus Carlos Ludovikus Moreira de Carvalho.

    Identidade: Conjunto de caractersticas e circunstncias que distinguem uma pessoa ou

    grupo, dando a estes a forma nica.

    A construo da identidade individual um processo que acontece durante toda , ou

    grande parte da vida dos indivduos, no meio familiar e social e que estabelece o conjunto

    de valores e crena que definiro a sua pessoa.

    A construo da identidade coletiva um processo social de constituio de um conjunto

    de valores e aes a partir das relaes interativas em espao geogrfico, entre indivduos

    e/ou grupos que organizam sua vida em torno de atividades semelhantes, tendo como

    base um conjunto de valores compartilhados.

    A identidade coletiva regula e regulada:

    Pelos sentimentos de pertencimento;

  • 33

    Pela definio de prticas sociais grupais (cultura poltica);

    Pelo partilhamento de valores, crenas e interesses;

    Pelo estabelecimento de redes sociais e

    Pelas relaes intra e entre grupos.

    tica e Cidadania

    preciso estimular a tica e a cidadania entre a sociedade de um modo geral para

    consolidar nossa democracia e criar condies para obtermos as solues de nossos

    problemas sociais. A desigualdade social persiste e agrava no Brasil.

    No Brasil 120 anos atrs a escravido era legal. As mulheres brasileiras conquistaram o

    direito de votar h 60 anos e os analfabetos h 12 anos. Damos o nome a isso de

    ampliao de cidadania.

    Existem direitos formais (civis, polticos e sociais) que, s vezes, no se realizam como

    direitos reais. A cidadania nem sempre se torna uma realidade para todos. A efetivao da

    cidadania a conscincia coletiva dessa condio.

    O desenvolvimento econmico vigente no Brasil tem uma sistemtica de prticas

    contrrias aos princpios ticos e de cidadania: gerando desigualdades crescentes,

    injustia, rompendo laos de solidariedade, reduzindo e extinguindo direitos. Deixando

    populaes inteiras a condies cada vez mais indignas. Convivendo com as impunidades

    escandalosas, e a prosperidade da hipocrisia poltica de muitos, etc.

    Por fim, essa hipocrisia ser de todos se todos no tiverem uma reao eticamente correta

    para fazer valer plenamente os direitos civis, polticos e sociais proclamados por nossa

    Constituio.

    Constituem objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil:

    Construir uma sociedade livre, justa e solidria;

    Garantir o desenvolvimento nacional;

    Erradicar a pobreza e a marginalizao;

    Reduzir as desigualdades sociais e regionais;

    Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raa, sexo, cor, idade e

    quaisquer outros formas de discriminao (Art. 3 da Constituio da Republica

    federativa do Brasil, 1988).

  • 34

    Para a tica no basta que exista um elenco de princpios fundamentais e direitos definidos

    nas Constituies. O desafio tico para uma nao o de universalizar os direitos reais,

    permitindo a todos a cidadania plena, cotidiana e ativa. Solues radicais, provavelmente,

    no viro de dirigentes polticos, mas de milhares de pequenas decises sbias;

    resultantes da tomada de conscincia, por milhes de pessoas comuns, do que preciso

    fazer para a sobrevivncia da sociedade. Todo e qualquer privilgio, seja de um individuo

    ou de uma nao, acompanhado de uma responsabilidade correspondente s chances de

    uma mudana positiva, se encontram nas motivaes e nos valores que determinam o

    nosso comportamento. CLUBE DE ROMA.

    tica

    A tica um conjunto de princpios e disposies voltado para a ao historicamente

    produzida, cujo objetivo balizar as aes humanas. A tica existe como uma referncia

    para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada

    vez mais humana.

    A tica no deve ser confundida com a moral. A moral uma regulao dos valores e

    comportamentos considerados legtimos por uma determinada sociedade, um povo, uma

    religio, certa tradio cultural etc.

    tica pode e deve ser incorporado pelos indivduos, sob a forma de uma atitude da vida

    cotidiana, capaz de julgar apelo acrtico da moral vigente. Mas a tica tanto quanto a

    moral, no um conjunto de verdades fixas, imutveis. Para entendermos como isso

    acontece na histria da humanidade, basta lembrar que, um dia, a escravido foi

    considerada natural.

    Entre a moral e a tica h uma tenso permanente:

    A ao moral - busca uma compreenso e uma justificao critica universal;

    A tica - por sua vez exerce uma permanente vigilncia critica sobre a moral, para

    refor-la ou transform-la.

    Conceito de tica:

    tica, em grego = ETHOS - designa a morada humana.

    O ser humano separa uma parte do mundo para, moldando-a ao seu jeito, construir um

    abrigo protetor e permanente.

    A tica como morada humana, no algo pronto e construdo de uma s vez.

  • 35

    O ser humano est sempre tornando habitvel a casa que construiu para si. tica significa,

    portanto, tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que seja uma moradia

    saudvel: materialmente sustentvel psicologicamente integrada e espiritualmente

    fecunda. Leonardo Boff

    As trs ticas (Dimenses)

    Lupasco define a tica como um comportamento ao mesmo tempo fsico, biolgico e

    psicolgico do homem na sua luta com os fenmenos internos, externos, do sujeito e do

    objeto, do inconsciente e da conscincia.

    No h uma s tica, mas trs, que o homem em geral ignora e que so trs tipos de

    atividades normativas do bem e do mal, do verdadeiro e do falso.

    A primeira tica a macrofsica homogeneizante. Ela enfatiza a permanncia, a

    conservao, a segurana, a no mudana, o mesmo, a no contradio, o imperativo

    categrico da lei, da razo. a tica moralizante impiedosa e destrutiva, atravs dos

    fanatismos ideolgicos, morais e religiosos.

    A segunda tica a biolgica, , pois, heterogeneizante. Ela coloca em relevo a

    diversidade, a mltipla escolha, a liberdade e a liberao das tiranias; ao contrrio da

    ditadura do homogneo, estamos aqui no domnio da democracia e da liberdade de

    escolha diante da diversidade: fora da vida.

    A terceira tica a psquica, a tica da energia antagonista, do estado a meio caminho

    entre a potencializao e a atualizao recprocas do homogneo e do heterogneo.

    Sentido e direo evolutiva

    Para Lupasco, existem um sentido e uma direo evolutiva na mudana dos

    comportamentos ticos das duas primeiras ticas, anteriormente citadas, para a tica

    psquica, isto , em direo espiritualidade.

    As suas concluses so puramente dedutivas e racionais e encaminham para trs lgicas

    que fundamentam estas trs ticas.

  • 36

    Seu trabalho tem que ser levado em considerao na cincia, e na educao, na poltica e

    na vida religiosa, pois tem conseqncias profundas no comportamento tico do homem e

    pode lhe evitar muitos erros.

    Diversidade Cultural

    Os valores diferem de sociedade para sociedade. Numa mesma sociedade, valores

    diferentes fundamentam interesses diversos. No cotidiano esto sempre presentes valores

    diferenciados. O que preciso considerar, sempre, que no so normas acabadas e

    regras definitivamente consagradas. A moral sofre transformaes, principalmente, quando

    submetida reflexo realizada pela tica.

    A tica vem exercendo um papel importante como regulador do desenvolvimento histrico-

    cultural da humanidade. A tica tem sido necessria a todo o momento, ou seja, sem os

    princpios ticos humanitrios iguais a todos os povos, naes, religies etc, a humanidade

    j teria se mutilado ou destruda por completo, pois a diversidade cultural entre os povos

    grande.

    A tica por si s no garante o crescimento moral da humanidade. O fato de acreditarem e

    concordarem em poucos pontos entre si sobre os precipcios como justia, igualdade de

    direitos, dignidade da pessoa humana cidadania plena, solidariedade etc. E isso abre

    espao para esses princpios vir a serem praticados, mas no o seu cumprimento na

    totalidade.

    H um acordo entre as naes do mundo em torno de muito desses princpios, a

    Declarao Universal dos Direitos Humanos, editado pela ONU (1948), uma

    demonstrao da importncia e necessidade. No adianta ficar apenas como teorias gerais

    acordadas entre as naes, povos, religies e etc, e tambm fazer parte das constituies

    dos pases, (como a nossa constituio o fez em 1988).

    preciso que cada pessoa incorpore esses princpios sendo seu, com atitudes prticas na

    vida, de forma pautar seu comportamento nesses princpios. Com isto a uma conseqncia

    inevitvel, um exerccio freqente e pleno de cidadania.

    Se existe a diversidade entre a cultura e o social nas naes, tambm existe a convivncia

    entre a humanidade, falar em tica nos remete falar em convivncia humana. Se h

    problemas de convivncia humana isso leva a problemas da tica. necessria a tica

    porque as pessoas no vivem isoladas umas das outras e os seres humanos convivem

  • 37

    juntos no por escolha, mas por sua constituio natural e vital. Ento a tica necessria

    por que existe outra pessoa.

    Na convivncia entre as pessoas, o principio fundamental que constitui a tica o outro

    que sujeito de direitos e sua vida deve ser digna tanto quanto a minha deve ser. O

    fundamento dos direitos e da dignidade do outro e a sua prpria vida a sua liberdade de

    viver plenamente. As nossas possibilidades de ser so partes de nossos direitos e de

    nossos deveres. So partes da tica da convivncia:

    tica, cincia e tecnologia

    Segundo Weil, quando a cincia se destacou da filosofia e das tradies espirituais, ela se

    separou tambm da tica. Afastada da tica e eliminando todo sentimento do sujeito, a

    cincia se tornou aos poucos fria, puramente racional e desligada de toda ordem de

    preocupao humanitria.

    Sem nenhuma preocupao tica ou simplesmente humanitria, a tecnologia se colocou a

    servio de qualquer atividade, seja ela construtiva, neutra ou destrutiva. Ao mesmo tempo

    em que permite aliviar o sofrimento e a dor de muitos doentes, aumentar rapidez na

    comunicao entre as pessoas e povos e incrementar o prazer do conforto, essa mesma

    tecnologia est levando a humanidade ao suicdio atravs de destruio da vida no planeta

    Terra.

    A cincia e a tecnologia no podem ser separadas nem do ser humano que observa e

    experimenta nem dos princpios ticos. Se quisermos salvar a vida neste planeta,

    precisamos mais do que nunca colocar a cincia e a tecnologia a servio da tica e dos

    valores universais.

    A cincia atual est a servio de certos valores ticos objetivo dos fatos cientficos; mas,

    ao realizar isso, o cientista precisa faz-lo com amor aos seus semelhantes, colocando

    seus conhecimentos a servio da preservao e do desenvolvimento da qualidade de vida.

    tica na poltica

    Poltica a ao humana que deve ter por objetivo a relao plena dos direitos e, portanto,

    da cidadania para todos. O projeto da poltica, assim, o de realizar a tica, fazendo

    coincidir com ela a realizao da vontade coletiva dos cidados, o interesse pblico. A

  • 38

    funo tica da poltica eliminar numa ponta os privilgios de poucos; na outra ponta, as

    carncias de muitos; instaurar o direito para todos.

    tica e corrupo

    A corrupo a suprema perversidade da vida econmica e da vida poltica de uma

    sociedade. a subverso dos valores social e culturalmente proclamados e assumidos

    como legtimos. A corrupo seja ativa ou passiva, a fora contrria, o contrafluxo

    destruidor da ordem social, a negao radical da tica, porque destri na raiz as

    instituies criadas para realizar direitos. A corrupo antitica.

    tica e educao

    A educao uma socializao das novas geraes de uma sociedade e, enquanto tal

    conserva os valores dominantes (amoral) naquela sociedade. A educao tica (ou, a tica

    na educao) acontece quando os valores no contedo e no exerccio do ato de educar

    so valores humanos e humanizadores: a igualdade cvica, a justia, a dignidade das

    pessoas, a democracia, a solidariedade, o desenvolvimento integral de cada um e de

    todos.

    tica e o sistema econmico

    O sistema econmico o fator mais determinante de toda a ordem (e desordem) social.

    o principal gerador dos grandes problemas, assim como das solues ticas. O fato de o

    sistema econmico parecer ter vidas prprias, independentes da vontade dos homens,

    contribui para ofuscar a responsabilidade tica dos que esto em seu comando.

    O sistema econmico mundial, do ponto de vista dos que o comandam, uma vasta e

    complexa rede de hbitos consentidos e de compromissos reciprocamente assumidos, o

    que faz parecer que sua responsabilidade tica individual no exista.

    tica e o meio ambiente

    A voracidade predatria do sistema econmico vigente o faz enxergar a natureza to

    somente como fonte de matrias-primas para a produo de mercadorias. Com isso a

    natureza torna-se ela prpria uma mercadoria.

  • 39

    A moral dominante desse sistema econmico separa a natureza da cultura, e com isso

    desumaniza a natureza e desnaturaliza o homem. Preservar e cuidar da natureza

    preservar e cuidar da humanidade, das geraes atual e futura. Preservar e cuidar do meio

    ambiente uma responsabilidade tica diante da natureza humana.

    A tica um comportamento social, ningum tico num vcuo, ou teoricamente tico.

    Quem vive numa economia a tica, sob um governo antitico e numa sociedade imoral

    acaba s podendo exercer a sua tica em casa, onde ela fica parecendo uma espcie de

    esquisitice. A grande questo destes tempos degradados em medida uma tica pessoal

    onde no exista tica social, um refgio, uma resistncia ou uma hipocrisia. J que

    ningum mais pode ter a pretenso de ser um exemplo moral sequer para o seu cachorro,

    quando tudo sua volta um exemplo do contrrio. Lus Fernando Verssimo.

    O que cdigo de tica.

    Um cdigo de tica um acordo explcito entre membros de um grupo social: uma

    categoria profissional um partido poltico, uma associao civil etc. Seu objetivo explicitar

    como aquele grupo social, que constitui, pensa e define sua prpria identidade poltica

    social; e como aquele grupo social se compromete a realizar seus objetivos particulares de

    um modo compatvel com os princpios universais da tica.

    Um cdigo de tica comea pela definio dos princpios que o fundamentam e se articula

    em torno de dois eixos de normas, direitos e deveres.

    Ao definir os direitos, o cdigo de tica cumpre a funo de delimitar o perfil de seu grupo.

    Ao definir deveres, abre o grupo universalidade. Esta a funo principal de um cdigo

    de tica.

    A definio de deveres deve ser tal que, por seu cumprimento, cada membro daquele

    grupo social realize o ideal de ser humano.

    Como deve ser formado um cdigo de tica

    O processo de produo de um cdigo de tica deve ser ele mesmo j um exerccio de

    tica. Caso contrrio, nunca passar de um simples cdigo moral defensivo de uma

    corporao.

    A formulao de um cdigo de tica deve, pois, envolver intencionalmente todos os

    membros do grupo social que ele abranger e representar. Isso exige um sistema ou

  • 40

    processo de elaborao de baixo para cima, do diverso ao unitrio, construindo-se

    consensos progressivos, de tal modo que o resultado final seja conhecido como

    representativo de todas as disposies morais e ticas do grupo.

    A elaborao de um cdigo de tica, portanto, realiza-se como um processo ao mesmo

    tempo educativo no interior do prprio grupo. E deve resultar num produto tal que cumpra

    ele tambm uma funo educativa e exemplar de cidadania diante dos demais grupos

    sociais e de todos os cidados.

    Quais os limites de um cdigo de tica

    Um cdigo de tica no tem fora jurdica de lei universal. Mas deveria ter fora simblica

    para tal. Embora um cdigo de tica possa prever sanes para os descumprimentos de

    seus dispositivos, estas sanes dependero sempre da existncia de uma legislao, que

    lhe juridicamente superior, e por ela limitado. Por essa limitao, o cdigo de tica um

    instrumento frgil de regulao dos comportamentos de seus membros.

    A vida na cidade transparente. Tudo deve ser feito as claras porque os cidados tm o

    pleno direito de ser informados. Nem sempre foi assim, governantes comportavam-se em

    relao aos governados como chefes da casa grande e faziam de conta que eram pais

    severos de populao infantilizada.

    A transparncia permite que homens, mulheres, crianas e adolescentes tornem-se

    cidados, cobrando a responsabilidade do governo por todos os seus atos. Na vida pblica

    no existe ao. Os governados podem exigir sem cessar, e a respeito de tudo, um

    comportamento das classes dirigentes que seja marcado por um sentido tico.

    Sejamos principistas, o fundamento da vida pblica o estado de direito. O poder no faz

    a lei. Ao contrrio, so os princpios de direito que permitem o controle das elites pela

    maioria das no-elites. Nenhuma esperana poder ser concretizada se esses requisitos

    bsicos no forem o objetivo fundamental de nossas vidas. nica condio para que o

    passado de opresso e violncia possa dar origem a um futuro de paz e justia. Paulo

    Srgio Pinheiro.

    A dimenso pessoal da moralidade

  • 41

    A dimenso moral das aes implica em um posicionamento em relao aos valores, aos

    deveres. Por se caracterizarem como seres vivos, com capacidade de superar de alguma

    maneira o determinismo da natureza, os seres humanos tm possibilidade de escolha.

    Escolher implica comparar e valorar. Assim, tornam-se necessrias aes como boas ou

    ms, corretas ou inadequadas, e que orientem e justifiquem a escolha que se configura

    como uma resposta diante das prescries da sociedade. A responsabilidade , portanto, o

    ncleo da ao moral, constitudo por vrios elementos que nele se cruzam. O primeiro

    deles a liberdade, traduzida na possibilidade de fazer escolhas, de tomar partido. Se o

    indivduo no pode fizer sua escolha entre a obedincia e transgresso, no pode ser

    responsabilizado por sua ao.

    liberdade associou-se a conscincia vontade

    Dizer que o indivduo faz escolhas morais no , entretanto, afirmar que existem morais

    individuais. Cada ser humano posiciona-se diante de um conjunto de valores que no

    foram criados por ele isoladamente, mas no contexto das relaes com outros seres

    humanos. dentro do contexto social, dos grupos de que faz parte, que o indivduo

    desenvolve suas potencialidades, inclusive sua moralidade.

    Ser responsvel ter cuidado com o poder que se exerce ao realizar escolhas e definir

    caminhos para a ao. preciso ter claro, portanto o que se verifica um posicionamento

    de cada pessoa frente aos valores e princpios que so criados e que tm significao no

    mbito de uma comunidade humana.

    Dignidade da vida humana

    A sociedade composta de pessoas diferentes entre si, no somente em funo de suas

    personalidades singulares, como tambm relativamente categoria ou grupos. A

    diversidade tem como implicao uma multiplicidade de comportamentos e relaes, o que

    guarda a possibilidade de enriquecimento das pessoas envolvidas.

    Do ponto de vista da tica, o preconceito pode traduzir-se de vrias formas. A mais

    freqente o no reconhecimento da universalidade de alguns princpios morais

    universais. Por exemplo, algum pode considerar que deve respeitar as pessoas que

    pertencem a seu grupo, ser honesto com elas, no engan-las, no violent-las etc., mas

    no ver o mesmo respeito como necessrio em relao s pessoas de outros grupos.

  • 42

    Mentir para membros do grupo ao qual pertence, pode ser considerado desonroso, mas

    enganar os estranhos pelo contrrio, pode ser visto, como um ato merecedor de

    admirao. Outra traduo dos preconceitos a intolerncia: no se aceita a diferena e

    tenta-se, de toda forma, censur-la e silenci-la. Finalmente, preciso pensar na

    indiferena: o outro, por no ser do mesmo grupo, ignorado e no merecedor da mnima

    ateno.

    A Sociedade Brasileira Hoje: Desafios Reflexo tica

    So diversos os trechos da Constituio que remetem a questes morais. Seu primeiro

    artigo, por exemplo, traz como fundamentos da Repblica Federativa do Brasil a dignidade

    da pessoa e o pluralismo poltico, entre outros.

    A idia segundo a qual todo ser humano, sem distino, merece tratamento digno,

    correspondente a um valor moral. Segundo esse valor, a pergunta de como agir perante os

    outros recebe uma resposta precisa: agir sempre de modo a respeitar a dignidade, sem

    humilhaes ou discriminaes.

    O pluralismo poltico tambm pressupe um valor moral: os homens tm o direito de ter

    suas opinies, de express-las, de organizar-se em torno delas. No se deve, portanto

    obrig-los a silenciar ou a esconder seus pontos de vista; vale dizer, so livres.

    A democracia um regime poltico e tambm um modo de sociedade em que permite a

    expresso das diferenas, a expresso de conflitos, em uma palavra, a pluralidade.

    Portanto, no desdobramento do que se chama de conjunto central de valores, devem valer

    liberdade, a tolerncia, a sabedoria, de conviver com o diferente, com a diversidade,

    tanto do ponto de vista de valores quanto de costumes, crenas religiosas, expresses

    artsticas, capacidades e limitaes etc. Tal valorizao da liberdade no est em

    contradio com a presena de um conjunto central de valores. Ao contrrio, o conjunto

    garante justamente a possibilidade da liberdade humana, coloca-lhe fronteiras precisas

    para que todos possam preserv-la.

    No isso que se tem percebido no conjunto da sociedade brasileira, pois sua trajetria

    histrica no criou uma tradio democrtica, de prticas sociais efetivamente pautadas

    nesse princpio.

  • 43

    Distribuio injusta de renda, desigualdade no acesso aos bens materiais e culturais,

    relaes autoritrias e at mesmo violentas, salpicadas por breves momentos de

    democratizao, tm marcado a sociedade brasileira e produziram formas especficas de

    relacionamento entre os indivduos com as instituies e com as leis.

    Percebe-se uma mentalidade de salve-se quem puder, um esforo em levar vantagem,

    como sinnimo de passar sobre os outros para conseguir seus objetivos. Zomba-se da

    lei, na medida em que esta parece perder sua essncia, quando desprezada

    paradoxalmente, ou interpretada de maneira equivocada, favorecendo interesses escusos.

    Em decorrncia do cinismo e da indiferena diante da lei, instala-se um relativismo moral,

    entendido como cada um livre para eleger todos os valores que quer. Tal atitude

    provoca uma desintegrao nas relaes de convivncia. Mais ainda desemboca numa

    desesperana, numa negao da utopia.

    E sem esperana, sem uma viso utpica, que acredita que a sociedade do futuro est no

    presente, perde-se o sentido de construo conjunta da democracia. A esperana transita

    num espao em que se coloca aos homens o desafio de construir o possvel, criando uma

    sociedade na qual a questo da moralidade deve ser uma questo de todos e de cada um.

    este o desafio maior que se apresenta sociedade, mais particularmente, escola,

    espao de socializao e criao de conhecimentos e valores. Trabalhar com crianas e

    adolescentes de maneira responsvel e comprometida, do ponto de vista tico, significa

    proporcionar as aprendizagens de contedos e desenvolvimento de capacidades para que

    possam intervir e transformar a comunidade de que fazem parte, fazendo valer o princpio

    da dignidade e criando espaos de possibilidade para a construo de projetos de

    felicidade.

  • 44

    REFERNCIAS

    Apostila Portal SENAI de Materiais Didticos SENAI-DR-MT-2007 Referenciais para produo de materiais didticos impressos SENAI-DN Braslia-2010 SENAI. PB Assistente Administrativo Industrial: Aprendizagem / SENAI - Departamento Regional da Paraba. - Campina Grande, 2011. SITES: FORUM DEVILZMU: http://forum.devilzmu.net/showthread.php?4641-Tutorial- Enviando-um-e-mail-pelo-Hotmail. (ultimo acesso 14/11/2011) PERGAMUM: http://www2.dbd.pucrio.br/pergamum/tesesabertas/041081_06_cap_05.pdf.ac (ultimo acesso 14/11/2011)