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1 de 25 m ococa = corruptela de m ucoca (M U -CO -O CA),de origem indígena,que significa “casa de pequeno esteio”: MU = pequeno; CO = esteio; O CA = casa.

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mococa = corruptela demucoca (MU-CO-OCA), de

origem indígena, que significa“casa de pequeno esteio”:

MU = pequeno;CO = esteio;OCA = casa.

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Chegada à Fazenda Nova, dia 03 de maio, por volta das 10:30 h.

Encontramos alguns componentes do grupo que havia chegado em

Mococa no dia anterior e recebemos informações do que já havia sido feito.

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Em seguida, partimos para o

reconhecimento da área onde será

implantado o Parque. Lá, tivemos

contato com o sr. Joãozinho, uma das

pessoas que mora no local mas faz

benfeitorias na área próxima a sua

residência, plantando árvores frutíferas

e horta com diversos vegetais.

Conhecemos as nascentes e

os problemas existentes no local, tais

como:

•entulho e lixo espalhado;

•invasão da área por pessoas da região;

•uma igreja já construída;

•criação de animais;

•relevo do terreno, bem acidentado;

•pasto etc.

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No final da manhã, retornamos à fazenda para nos

informamos a respeito da continuidade do trabalho realizado pelo grupo

de alunos do dia 02 de maio. Em seguida, a maioria dos componentes

dos dois grupos, que estavam no local, foi almoçar no centro da cidade,

retornando à Fazenda Nova logo após, para finalizar a troca de

informações.

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Após o almoço, nos reunimos com Da Leonor, proprietária da

Fazenda Nova, para conversarmos a respeito da história da região.

Da Leonor, 6a geração da família Garcia de Figueiredo, contou-nos

que, em 1833, Diogo Garcia da Cruz veio de Minas Gerais e formou a

Fazenda Nova. Anteriormente, a fazenda pertencia a uma grande área de

Sesmaria, chamada Terras da Alegria, que, com o decorrer do tempo, foi

dividida em várias fazendas menores.

A casa da Alegria foi a primeira construção da região e era a sede

da Sesmaria. Está representada em forma de desenho no Brasão de Armas

da Cidade de Mococa. Essa casa não existe mais: foi incendiada e, em seu

lugar, construiu-se a atual casa da Fazenda Nova.

As primeiras fazendas a serem formadas foram: Fazenda Laje,

Fazenda Água Limpa e Fazenda Nova.

A cidade de Mococa foi formada a partir de doações de terras das

fazendas pertencentes à Sesmaria.

Atualmente, a Fazenda Nova possui 200 hectares e sua principal

atividade é o turismo rural e a criação de cavalos.

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À tarde, fomos conhecer a cidade e arredores, guiados pelo Sr.

Ian (proprietário da Fazenda Nova).

Tivemos, então, a oportunidade de constatar a prática dos

mocoquenses de cortarem árvores para facilitar a visualização de faixadas

de estabelecimentos comerciais.

A foto acima se refere às árvores em frente ao restaurante “A

Praça”.

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Esta é a avenida onde foram retiradas as árvores conhecidas como

“patas de vaca”, substituídas por “palmeiras imperiais".

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Conhecemos a Fazenda Contenda de Baixo, que nos encantou

tanto pela sua beleza, quanto pela simpatia com que lá fomos recebidos.

A fazenda foi formada em 1830, pelo Cap. Antônio Dias Lima, e

hoje pertence à família Pereira Lima, em sua 5a geração. Os proprietários

preocupam-se em preservar a história de seus antepassados e da cultura

do café e possuem um grande interesse pelo turismo rural; porém, ainda

não desenvolvem essa atividade na fazenda.

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A residência principal da fazenda está bem conservada, em estilo

colonial e cores rosa e branco. Por volta do ano 1900, arquitetos franceses

fizeram uma ampliação lateral e construíram a varanda da residência.

As principais atividades da fazenda, em suas primeiras gerações,

eram criação de gado e cultivo de café (aproximadamente um milhão de pés).

A fazenda ainda possui as áreas onde a colheita do café era exposta

ao sol para secagem e o galpão onde o café era estocado com a construção

original, hoje adaptado para exposição de móveis restaurados.

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Fomos à fábrica de móveis da

Fazenda Contenda de Baixo,

especialista em recuperar móveis

antigos e originais, assim como

reproduzi-los com excelência. A fábrica

está sediada em galpão de estrutura de

madeira e fechamento em tijolos, em

perfeito estado de conservação.

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No sábado, dia 03, tivemos a alegria de presenciar um

maravilhoso pôr do sol.

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Após o jantar, fomos à casa de hóspedes da Fazenda Nova

onde, em princípio, passaríamos à noite. Iniciamos lá uma reunião do

grupo a respeito das impressões sobre o que já havíamos visto na

cidade e fomos interrompidos com a presença de morcegos na casa.

Para conseguirmos dormir com tranqüilidade, resolvemos então passar

a noite em um hotel, no centro da cidade.

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Inicialmente, retornamos à

região do Parque São Francisco de

Assis. Um dos aspectos que nos

chamou a atenção foi uma das

nascentes de água que se formam na

região do parque. Esta, especifica-

mente, está localizada muito perto da

rodovia que passa ao lado do parque

e tem quantidade considerável para

ser aproveitada no futuro parque.

Houve uma certa polêmica

sobre esta nascente, durante quatro

anos, quando a empresa Renovias

(que explora a rodovia) tentou fechá-

la várias vezes, para que ela saísse

da área próxima à estrada. Porém, a

nascente sempre ressurgia, sendo

finalmente aproveitada e incorporada

à região do parque.

No domingo, tivemos a

oportunidade de fazer mais alguns

passeios, guiados pelo Sr. Ian.

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Em seguida, visitamos a Agência Paulista de Tecnologia dos

Agronegócios de Mococa. É uma estação experimental de novos produtos

agrícolas, que possam ser cultivados no clima de Mococa.

Um dos produtos que merece destaque é a pupunha, espécie de

palmito da Amazônia que se adaptou perfeitamente à região.

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Percorremos a estrada

antiga São Paulo – Minas Gerais

(não pavimentada). Durante esse

percurso, conhecemos:

•a Estação de Trem Canoas, hoje desativada, que possui

características arquitetônicas originais, porém sendo utilizada para estábulo

de gado;

•uma antiga fábrica de queijos, construída pelo avô da Da Leonor (foto

acima);

•Igreja Nossa Senhora Aparecida e o coreto, com características

originais (foto abaixo);

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•o Morro das Trincheiras, no estado de São Paulo (foto acima);

•o Rio Canoas, que é a divisa entre os estados São Paulo e Minas Gerais.

É bastante procurado para a atividade de rafting na região (foto abaixo).

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Na antiga estrada SP-MG, fomos até a Usina Hidrelétrica de Mococa,

a primeira da região (situada em Minas Gerais), inaugurada em 18 de novembro

de 1905. Foi construída pelos fazendeiros da época e seus equipamentos

originais funcionam até hoje em perfeitas condições. A energia gerada por essa

usina abastece o município de Arceburgo/MG, vizinho de Mococa.

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O último local que visitamos foi a Fazenda Santa Rita, localizada em

Mococa, divisa com Minas Gerais. Possui características coloniais e atividades

de turismo rural, onde três casas de colonos foram adaptadas para receber

turistas.

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Aguardávamos, desde o dia anterior, uma entrevista com o juiz

da cidade, Dr. Paulo Vieira, para esclarecimentos sobre as questões

legais que envolvem o Parque São Francisco de Assis e o a ONG Timbó.

A entrevista foi confirmada na própria manhã de domingo, e realizada

com os seguintes participantes: Da Leonor (Fazenda Nova), Da Rita

(Timbó), Raíssa e Bene (FAU).

Nesta reunião, Dr. Paulo Vieira esclareceu alguns pontos

importantes sobre as questões legais que envolvem o projeto Timbó e o

Parque São Francisco de Assis:

•o direito de concessão do parque foi passado da Prefeitura

de Mococa para o grupo Timbó, que tem total controle e

responsabilidade sobre o mesmo;

•somente o grupo Timbó pode solicitar qualquer benfeitoria

ou retirada de pessoas da área reservada ao parque;

•essas solicitações somente podem acontecer com a

contratação de um advogado que represente o grupo;

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•Dr. Vieira dispõe-se a auxiliar no que for necessário para

esclarecimentos legais sobre o assunto;

•o Grupo Timbó deve providenciar o levantamento topográfico

e planialtimétrico do terreno e, se possível, cercá-lo, para que

este seja respeitado pela população;

•é possível, num futuro próximo – quando o parque estiver em

funcionamento – impor, para alguns detentos que prestem

serviços à população, a pena alternativa de trabalharem na

manutenção do parque;

•é necessário que o grupo Timbó organize-se internamente

para que essa ação possa ser realizada (existem problemas

políticos internos ao grupo que impedem a retirada das pessoas

que o invadiram).

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Um pouco sobre a história das fazendas de Mococa

As terras, que hoje constituem o município de Mococa, provêm de

fazendas e sítios formadas por povoadores mineiros, conforme histórico a

seguir:

•Primeira metade do século XVIII – existência dos primeiros

núcleos populacionais na região do nordeste paulista, banhada

pela bacia do Rio Pardo.

•Início do século XIX – começo da conquista do território, com a

presença de sesmeiros e posseiros.

•1820 – muitos pedidos de concessão de Cartas de Sesmarias.

O sertanista Urias Emídio Nogueira de Barros tomou posse de

uma grande área, a qual denominou Sesmaria da Zabelônia, que

cobria grande parte de Mococa. Esta área, pouco tempo depois,

foi vendida para D. Thomaz de Molina e passou a se chamar

Alegria, ocupando as áreas das fazendas da Serra, Boiada,

Limeira, Alegria, Três Barras, Sant’Ana da Serra, Mato Seco,

Manteiga, Vendinha e Borda da Mata (todas localizadas no

município de Mococa).

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•A partir de 1822 – a abolição da concessão de terras através

das Cartas das Sesmarias dá o início às conquistas de terra

através do sistema de posses.

•1822 – José Cristóvão de Lima estabeleceu-se na região que

passou a se chamar Água Limpa.

•1833 – Diogo Garcia da Cruz estabeleceu-se nas Terras da

Alegria.

•1835 – Antônio José Gomes estabeleceu-se na região do

Ribeirão do Meio. Joaquim Custódio Dias formou a Fazenda Laje

(divisa com Água Limpa).

•A partir de 1840 – início da formação da Fazenda Santa Teresa,

Fazenda Boa Vista, Fazenda Cachoeira, Fazenda da Prata,

Fazenda da Pedra Branca e Fazenda Ressaca.

•1841 – nascimento do povoado de São Sebastião da Boa Vista

(primórdios da fundação de Mococa). Entre as terras da Água

Limpa e da Alegria, uma área intermediária foi sendo povoada,

delineando o contorno do futuro município de Mococa.

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•1844 – plantação dos primeiros pés de café do município de

Mococa, na Fazenda Água Limpa.

•1850 – promulgada a Lei das Terras, obrigando a demarcação

judicial das posses.

•Primeira metade do século XIX – conquista da quase totalidade

dos lotes compreendidos entre o Rio Pardo e o Rio Grande, que

durante muito tempo permaneceram indivisos. Formaram-se as

primeiras fazendas com produção de café.

•Segunda metade do século XIX – divisão das terras através dos

Processos de Divisão e Demarcação.

•Após 1888 – com a libertação dos escravos, as fazendas de

Mococa receberam um grande contingente de trabalhadores

imigrantes, principalmente italianos.

•Entre 1890 a 1895 – apogeu do café em Mococa.

•1895 – grande movimentação agrícola em torno do café,

enriquecendo Mococa. A fazenda de café não foi uma instituição

meramente econômica, mas, sobretudo, um traço cultural na

estrutura social da cidade.

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•1929 – crise de superprodução do café, iniciando-se, então, a

cultura do algodão, que foi o fator de estabilização financeira de

Mococa.

•1945 a 1952 – produção máxima de algodão, juntamente com a

produção do café.

•A partir de 1953 – declínio da cultura do algodão e

revalorização do café. Outros produtos também são cultivados,

como milho, arroz, feijão, batata, laranja e cana-de-açúcar,

paralelo à atividade de pecuária.

•O município de Mococa possui, ainda hoje, fazendas que

conservam características típicas do começo do século,

constituindo um valioso patrimônio histórico, entre elas: Contendas

de Cima, Contendas de Baixo, Água Limpa, Boa Vista, Cafezal,

Bocaína, Morro Azul, Pessegueiro, Serra e Santa Clara da Serra.

•Atualmente, Mococa produz principalmente cana-de-açúcar,

laranja, arroz, milho, feijão e soja.

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Componentes do grupo da visita:

•Benê

•Carla

•Maria Regina

•Paulo Henrique (Chepa)

•Vânia

O grupo gostaria de agradecer o carinho e apoio deDa Leonor, Da Rita, Sr. Ian e da fotógrafa M. R. Duran, todos fundamentais para a execução de nossas ações programadas.O nosso carinho e admiração retorna em dobro a vocês!

Fim