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DISTRIBUIDORAS COMPRARAM 10,3% MENOS AÇOS PLANOS EM FEVEREIRO, DIZ O INDA
USIMINAS ACATA PEDIDO DE ACIONISTA E MARCA AGE PARA ABRIL
APERAM BUSCA AMPLIAÇÃO DE MIX DE PRODUTOS E INOVAÇÃO
CONSUMO DE MINÉRIO DE FERRO SÓ DEVE REAGIR EM 2016
SOUTH32, CISÃO DE US$13 BI DA BHP, PLANEJA ABORDAGEM CAUTELOSA PARA
CRESCER
PEUGEOT INICIA PRODUÇÃO DO SUV COMPACTO 2008 EM FÁBRICA NO RIO
IMPORTADOS DEVEM FECHAR 2015 COM MENOS DE 16% DAS VENDAS DE CARROS
DESEMPENHO DA CONSTRUÇÃO SEGUE DETERIORANDO, MOSTRA SINDUSCON-SP
CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DA INDÚSTRIA É A MENOR DESDE 1999
BRASIL MANTERÁ ECONOMIA EM DESACELERAÇÃO EM 2015, PREVÊ FITCH
COMISSÃO ESTUDA A INCLUSÃO DO SUPERSIMPLES
44% DAS PEQUENAS EMPRESAS NÃO SABEM QUANTO PAGAM DE TARIFAS BANCÁRIAS
BC IRÁ DEFINIR NAS PRÓXIMAS SEMANAS FUTURO DE INTERVENÇÕES NO CÂMBIO
SUZANO PAPEL E CELULOSE COMPRA METADE DA PARANAENSE IBEMA
MERCEDES-BENZ ABRE NOVO PDV NA FÁBRICA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
LUCRO DA SANEPAR CRESCE 4,6% EM 2014
TRABALHADORES DOS CORREIOS SUSPENDEM PARALISAÇÃO NO PARANÁ
LAVA JATO E AJUSTE FISCAL CAUSAM CORTE DE 2,4 MIL EMPREGOS EM FEVEREIRO
INFLAÇÃO MEDIDA PELO IPC TEM ALTA DE 0,96% EM SÃO PAULO
DISCIPLINA FISCAL RESGATA CONFIANÇA NO BRASIL, DIZ LEVY À AGÊNCIA DE RISCO
'FINANCIAL TIMES': FMI ALERTA SOBRE INSTABILIDADE DE MERCADOS EMERGENTES
BRASIL E EUA DEVEM APROFUNDAR DIÁLOGO ECONÔMICO-FINANCEIRO
BMW REAFIRMA APOSTA DE CRESCER NO BRASIL
APÓS RECORDE, BMW PREVÊ NOVA EXPANSÃO
IGP-M ACELERA ALTA A 0,84% NA 2ª PRÉVIA DE MARÇO POR ATACADO E VAREJO
IPC-FIPE DESACELERA ALTA A 0,96% NA 2ª QUADRISSEMANA DE MARÇO
PRODUÇÃO NACIONAL DE AÇO BRUTO CAIU 5,1%
GM PARALISA PRODUÇÃO DE AUTOMÓVEIS NA RÚSSIA
DÓLAR SOBE MAIS DE 1% ANTE REAL COM NOTICIÁRIO POLÍTICO
GOVERNO DEVE CEDER A EMPRESÁRIOS E ATENUAR MEDIDAS DE AJUSTE
BANCO CENTRAL DOS EUA SINALIZA PARA POSSÍVEL AUMENTO DAS TAXAS DE JUROS
Fonte: BACEN
Distribuidoras compraram 10,3% menos aços planos em fevereiro, diz o Inda
19/03/2015 - Fonte: INDA
As compras das distribuidoras de aços planos somaram 313,7 mil toneladas em fevereiro, o que corresponde a uma queda de 10,3% em relação ao mesmo mês do ano passado,
informou o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Na comparação com janeiro, houve queda de 10,8% nas compras, praticamente em linha com as projeções do
Inda divulgadas no mês passado. O levantamento inclui chapas grossas, laminados a quente, laminados a frio, chapas zincadas a quentes, chapas eletro-galvanizadas, chapas pré-pintadas e galvalumes.
As vendas dos distribuidores, por sua vez, diminuíram 22,8% ante fevereiro de 2014,
para 301,7 mil toneladas. Sobre o mês imediatamente anterior, a queda foi de 11,9%, ligeiramente acima da projeção do Inda, que apontava para queda de 10%.
Segundo o Inda, para março, a expectativa da rede associada é de alta de cerca de 10% nas compras e nas vendas em relação a fevereiro. Se confirmada essa projeção, o
CÂMBIO
EM 19/03/2015
Compra Venda
Dólar 3,253 3,254
Euro 3,468 3,470
primeiro trimestre de 2015 fechará com retração de aproximadamente 17% das vendas em relação a mesmo período de 2015. Os estoques tiveram alta de 1,1% em fevereiro, na comparação com o mês anterior,
atingindo 1,07 milhão de toneladas. O giro dos estoques subiu para 3,5 meses no mês passado, ante os 3,1 meses em janeiro.
As importações avançaram 43,3% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 177,1 mil toneladas. Em relação a janeiro, a alta foi de 7,3%.
Considerando os dados do primeiro bimestre do ano, as compras de aço caíram 8% na relação anual, para 665,2 mil toneladas. Já as vendas somaram 644,1 mil toneladas em
janeiro e fevereiro, queda de 19,4%. As importações, por sua vez, chegaram em 342,1 mil toneladas, alta de 36,9%.
Usiminas acata pedido de acionista e marca AGE para abril
19/03/2015 - Fonte: INDA
O conselho de administração da Usiminas acatou pedido do acionista minoritário Lírio Parisotto e deverá convocar hoje uma assembleia geral extraordinária (AGE) para o dia 6
de abril. Nesse dia, será eleito um novo conselho de administração para a companhia. Até lá deverá ser intensa a movimentação da base acionária da empresa para preencher as vagas.
O Valor apurou que a CSN fez uma consulta ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade), que suspendeu os direitos políticos das ações que a siderúrgica possui na Usiminas desde 2011. Ao tomar conhecimento, após um anúncio publicado em jornais, que o grupo de Parisotto pedia o apoio de outros minoritários para conseguir convocar a
assembleia, a CSN pediu ao Cade que reavaliasse a suspensão de seus direitos.
O caso deverá ser examinado na próxima semana, apurou o Valor. O Cade suspendeu os direitos para que a CSN não participe das decisões estratégicas da concorrente Usiminas
e, no ano passado, determinou a venda das ações. O fundo L Par, que reúne os recursos de Parisotto, já havia pedido ao Cade que
reavaliasse a questão, diante das dificuldades de formar quorum em assembleias da Usiminas, por conta do bloqueio das ações que estão com a CSN. Mas o pedido foi
negado. A CSN tem 20,14% das ações preferenciais e 11,66% das ordinárias da Usiminas.
Procurada, a CSN não comentou. As informações de mercado são de que Parisotto deseja levar seu nome à votação para ocupar não apenas uma cadeira, mas a presidência do
conselho da Usiminas. Mas, diante da possibilidade de conseguir o apoio de mais acionistas ou até mesmo de as
ações da CSN eventualmente participarem da votação, Parisotto se prepara para o caso de os minoritários conseguirem eleger mais de um representante.
O investidor entrou em contato com Mauro Cunha, presidente da Amec, associação que reúne investidores institucionais, e hoje membro independente do conselho da Petrobras.
Cunha confirma a sondagem e afirmou ao Valor que colocou seu nome à disposição dos
acionistas, com a avaliação de que teria "disponibilidade" para a função, sem qualquer conflito e que seu nome poderia contribuir para uma composição entre os acionistas envolvidos.
Desde setembro, tornou¬se pública uma disputa entre os controladores da Usiminas, os japoneses da Nippon Steel & Sumitomo e a italiana Ternium¬Techint. Cunha não comentou se deixaria o conselho da Petrobras no caso de abraçar essa nova missão. Entre
os acionistas que se uniram a Parisotto para conseguir a convocação da assembleia, apurou o Valor, estão a massa falida do Banco Econômico, Tempo Capital, e pessoas
físicas, como o investidor Vitor Adler. Inicialmente, a solicitação era de que a assembleia ocorresse em 2 de abril. No entanto,
durante a reunião de conselho, Marcelo Gasparino, advogado que trabalha ao lado de Parisotto, concordou em adiar a convocação por alguns dias, atendendo a pedido da
Ternium, uma vez que dia 2 seria feriado na Argentina. Gasparino foi eleito para o conselho ano passado por eleição em separado e tem vaga garantida no conselho da Usiminas.
Serão alvo da eleição assentos ocupados pelo processo de voto múltiplo. A medida é
necessária porque um conselheiro que havia sido indicado pela Previ renunciou ao posto em outubro. Na AGE, os minoritários ordináristas, donos de 10,01% das ações, é que devem definir o novo presidente do conselho, uma vez que Ternium¬Techint e Nippon
Steel travam uma batalha judicial sobre a gestão da Usiminas e devem ficar impedidos de votar por não chegarem a consenso. Os grupos não quiseram comentar o assunto.
Parisotto precisa contar com 5% de ações ON.
Aperam busca ampliação de mix de produtos e inovação
19/03/2015 - Fonte: INDA
A Aperam South America, com planta em Timóteo, no Vale do Aço, aposta na ampliação do mix de produtos e na inovação para ganhar competitividade. Está em curso um plano
de investimentos de US$ 26 milhões em melhorias e implantação de uma nova linha até o próximo ano.
O mais recente projeto aprovado pelo Conselho de Administração da empresa é a atualização tecnológica de um laminador a frio na unidade mineira. Os aportes no
equipamento totalizarão US$ 9 milhões, conforme o presidente da Aperam South América, Frederico Ayres Lima.
De acordo com o executivo, os investimentos resultarão em uma maior produtividade do equipamento, com capacidade de 20 mil toneladas/ano. Ao todo a Aperam conta com
quatro laminadores.
Já o maior projeto previsto pela companhia é a implantação de uma linha de aços elétricos do tipo HGO, utilizados principalmente na produção de transformadores. O empreendimento contará com investimentos de US$ 17 milhões.
"Um aço de maior permeabilidade, com melhor eficiência energética", afirma. Segundo
ele, o projeto está alinhado com a tendência de maior demanda por produtos mais eficientes, com menor consumo de energia elétrica.
O novo equipamento poderá produzir 60 mil toneladas anuais de aços elétricos. Conforme o executivo, o empreendimento não representa aumento de capacidade instalada na
planta de Timóteo. De acordo com Lima, os dois projetos estão em fase de engenharia. A implantação deverá
ocorrer entre o fim deste ano e o início de 2016. A empresa irá aproveitar o período que
tradicionalmente é registrada uma redução no ritmo de produção para fazer as paradas programadas e instalar os novos equipamentos. Apesar disso, o executivo não vê espaço para aportes em aumento da capacidade
instalada. "Desde a crise de 2008 o crescimento do consumo aparente não justifica investimentos em ampliação", argumenta Lima.
A planta do Vale do Aço tem capacidade instalada de aproximadamente 900 mil toneladas anuais de aço bruto. De acordo com Lima, a siderúrgica opera próxima do limite. No ano
passado, foram produzidas 654 mil toneladas de produtos acabados, entre aços inoxidáveis, elétricos e carbonos especiais.
Conforme o presidente da Aperam, 80% da produção são direcionados para o mercado doméstico. O volume excedente é exportado, tendo como principal destino o mercado da
América do Sul.
Estratégia - De acordo com o executivo, a estratégia para 2015 é manter os principais mercados da companhia e continuar a ganhar competitividade em meio à pressão inflacionária no Brasil. "Toda as vezes que temos inflação é custo nosso que aumenta e,
às vezes, os preços dos produtos não acompanham. A nossa visão é que vamos ter que continuar a compensar parte disso com eficiência", afirma.
Na avaliação de Lima, o mercado de aços inoxidáveis e elétricos no Brasil,
tradicionalmente, mantém um desempenho um pouco melhor do que a média do setor siderúrgico. Enquanto as estimativas são de uma retração de 1,8% em 2015 na comparação com o ano passado no país, ele estima que o segmento deverá registrar um
resultado próximo de zero.
Dólar - Em relação ao crescimento das exportações em função da valorização do dólar, o executivo afirma que não há uma tendência de aumento nos embarques realizados pela Aperam neste ano. "A não ser que o mercado interno piore", afirma.
Porém, segundo ele, a variação cambial poderá beneficiar clientes da siderúrgica,
elevando os embarques de produtos acabados. A Aperam é uma das maiores produtoras de aços inoxidáveis do planeta. No total, a
companhia conta com cinco unidades no Brasil, Bélgica e França. A capacidade instalada do grupo é de 1,8 milhão de toneladas/ano de aço bruto.
Consumo de minério de ferro só deve reagir em 2016
19/03/2015 - Fonte: INDA
A demanda por minério de ferro deve voltar a crescer a partir de 2016, mas não aos níveis do passado, e apenas projetos com custos competitivos devem se beneficiar do
novo cenário.
Por outro lado, o setor siderúrgico chinês, que invadiu a América Latina e prejudicou a indústria local, deve enfrentar uma crise, mas não a ponto de reverter o estrago provocado nos últimos anos. Essas são as principais conclusões de duas das principais
consultorias do setor ¬ CRU e Wiley Rein ¬, que participaram ontem da 21ª World Steel Conference, evento global do mercado de aço, realizado no Rio de Janeiro.
As avaliações das duas consultorias corroboram a visão de outros observadores do setor, para quem a desvalorização do real pode não ser suficiente para dar maior
competitividade para as indústrias de minério de ferro e aço no Brasil, principalmente
porque os desequilíbrios no mercado mundial do aço devem permanecer nos próximos anos. "Competitividade é fundamental para que Brasil expanda sua fatia de mercado", disse John Johnson, presidente da CRU que está há dez anos na China.
Mostrando um gráfico que indica que a cotação do minério de ferro acompanha o
comportamento das importações chinesas, Johnson explicou que a Austrália aumentou sua exportação já em 2014. O Brasil, segundo maior fornecedor da potência asiática, ainda não reagiu, segundo ele, em decorrência de um movimento de diversificação de
fornecedores, que aumentou as compras de produtores menos tradicionais, como Índia e Irã.
Os sinais da China para as empresas brasileiras de minério de ferro e siderurgia são contraditórios. No médio prazo, restrições ao uso de aço devem reduzir o consumo de
minério, enquanto a oferta de produtos siderúrgicos, que têm na América Latina seu principal mercado hoje, deve crescer. Há risco, porém, de uma crise na indústria
siderúrgica chinesa, atualmente sustentada por recursos governamentais. "A relação entre o crescimento do consumo de aço acabado e o crescimento do PIB deve cair dos atuais 1,4 para 0,1 a partir de 2019.
Por outro lado, a demanda no mercado imobiliário chinês deve aumentar porque os
chineses querem imóveis maiores e melhores", explicou Johnson Para Alan Price, sócio da Wiley Rein, o problema do mercado é a China, e não o aço. Segundo ele, o país continua
adicionando capacidade, apesar do consumo doméstico estável e da perspectiva pouco animadora em outros mercados.
Para Price, o superciclo do aço na China já acabou e, em algum momento, a indústria chinesa terá dificuldade de pagar empréstimos usados para sua expansão. "Acho que
haverá uma pressão grande sobre volumes nos próximos cinco anos. Será difícil lidar com excessos, empréstimos, casos de dumping.
Não vejo solução fácil para os próximos cinco anos na China", afirmou o consultor, no que pode significar um alento para a indústria brasileira. "Falta confiabilidade sobre as
informações para avaliar as margens chinesas para o aço, mas acho que a indústria siderúrgica já está perdendo dinheiro", completou Price.
Mesmo acreditando que a recente desvalorização cambial será suficiente para colocar a indústria brasileira em boa posição de competitividade internacional, em relação a anos
anteriores, o diretor do Departamento de Competitividade Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Internacional, Alexandre Comin, disse que os desequilíbrios na cadeia siderúrgica devem continuar, devido à aceleração do crescimento
da oferta da China e Índia.
O representante do MDIC destacou que a China foi responsável por 76% do aumento da capacidade de produção de aço entre os anos de 2009 e 2012. Se o período de comparação for estendido para até 2015, a China responde por 65,4% e a Índia, por
9,7% da ampliação da capacidade. Para André Nascimento, consultor da CRU, mesmo após a desvalorização do real, o custo do aço brasileiro permanecerá superior ao
verificado no México. Já o presidente executivo da mineradora Ferrous Resource, Jayme Nicolato Correa,
também presente ao encontro, disse que o atual nível de preço do minério de ferro só não retirou o Brasil do mercado porque houve uma redução significativa nos preços dos fretes,
que está em 30% do que era praticado no passado.
Segundo Correa, a oferta de minério já está diminuindo e, este ano, já deve ser 3 milhões de toneladas inferior ao registrado no ano passado. Para que os agentes financeiros voltem a aposta no setor, o preço terá que se recuperar, ou o setor entrará, de fato, em
um cenário de déficit. "O que acontece hoje na indústria de minério de ferro é que não existe mais funding. Já está colocado impacto nas produções futuras. Ninguém consegue
colocar projeto novo, com exceção das 'majors'. Isso terá um impacto severo na produção futura", disse Correa.
South32, cisão de US$13 BI da BHP, planeja abordagem cautelosa para crescer
19/03/2015 - Fonte: INDA
A BHP Billiton incluiu muito menos dívida que o esperado na cisão de 13 bilhões de dólares da South32, posicionando a companhia formada a partir de seus ativos divididos
para aguentar condições de mercado mais duras e ainda pagar um dividendo. A maior mineradora do mundo publicou documentos nesta terça-feira detalhando o
desempenho das minas e refinarias da South32, por muito tempo ofuscadas pelos negócios principais da BHP de minério de ferro, petróleo, cobre e carvão, antes de uma
listagem planejada para maio. A nova mineradora de tamanho médio planeja focar em cortar custos e concluir os
projetos em seus negócios de alumínio, manganês, prata e carvão antes de avaliar novos investimentos, apesar de um forte balanço e um mercado repleto de ativos à venda.
"Realmente acreditamos no conceito de engatinhar, andar e correr", disse o presidente-executivo eleito da South32, Graham Kerr.
Batizada com o nome da linha latitudinal ligando seus dois principais centros, a Austrália e a África do Sul, a South32 teve receita pró-forma de 8,3 bilhões de dólares no ano até
junho de 2014, respondendo por cerca de 12 por cento das receitas totais da BHP Billiton. A South32 vai se separar da BHP com 674 milhões de dólares em dívida líquida, menos da
metade do nível que analistas esperavam. "Eles estão apenas tentando ser prudentes. Essa companhia está em alguns mercados
bastante voláteis, então eles não queriam simplesmente alavancá-la demais", disse o analista da BT Investment Management Brenton Saunders.
Analistas avaliam a South32 em cerca de 13 bilhões de dólares, ou menos usando preços atuais fracos de commodities, em linha com que a companhia disse que era o valor
contábil histórico dos ativos.
Peugeot inicia produção do SUV compacto 2008 em fábrica no Rio
19/03/2015 - Fonte: INDA
A montadora francesa Peugeot iniciou hoje a produção em série do SUV compacto da marca, o 2008. O veículo é fabricado no Polo Industrial de Porto Real, no interior do Rio de Janeiro. Segundo a PSA Peugeot Citroën, o desenvolvimento do carro recebeu
investimento de R$ 400 milhões.
A produção brasileira do Peugeot 2008 atenderá ao mercado nacional e, futuramente, também será destinada à exportação. Segundo a Peugeot, desde o seu lançamento na Europa, o crossover acumulou mais de 200 mil unidades comercializadas.
O índice de nacionalização de peças é de cerca de 80%. Segundo a montadora, a fábrica de Porto Real precisou receber novas tecnologias para poder fabricar o modelo SUV 2008. Ao todo, mais de 200 novas peças foram usadas e houve a instalação de 20 novos robôs e
adequação nas trajetórias e automação de mais 29 robôs.
Importados devem fechar 2015 com menos de 16% das vendas de carros
19/03/2015 - Fonte: INDA
De um lado, as importações, já limitadas por restrições do novo regime automotivo, vão perder espaço na competição com os carros nacionais. De outro, ficam mais pressionados os custos de uma indústria que traz do exterior grande volume dos insumos. Na visão das
montadoras esses são os dois efeitos imediatos da alta do dólar. A participação dos importados no quarto maior mercado do mundo deve fechar o ano abaixo de 16%.
A previsão foi anunciada ontem pelo presidente da Anfavea, Luiz Moan, que também elogiou a liberação do câmbio para taxas de mercado. "Sempre critiquei o controle do
real. O câmbio flutuante nunca flutuou. Se deixássemos o câmbio flutuar, não estaríamos estranhando a taxa de hoje. O câmbio flutuante é a melhor política" disse o executivo
durante seminário organizado na capital paulista pela Autodata, agência de notícias especializada no setor.
A participação dos importados no total de veículos emplacados no país, que somou 20,7% em 2012, caiu para 18,8% e 17,6%, respectivamente, nos dois anos seguintes. Nesse
período, mesmo quando o dólar estava mais barato, as importações perderam espaço porque o governo subiu em 30 pontos percentuais o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nas vendas de carros importados.
Para Moan, não fosse essa medida, as importações já estariam beirando os 40%.
Segundo ele, a "mexida cambial" reforça a tendência de que os importados continuarão cedendo espaço à produção doméstica, ainda que numa disputa por um mercado bem
menor. Mas ao mesmo tempo em que pode incentivar a troca de carros importados por nacionais,
a alta da moeda americana tornou-se grande preocupação das montadoras por aumentar os custos nas importações de peças do exterior.
"A valorização do dólar tem impacto sobre 20% a 30% de todas nossas compras, se incluirmos nessa conta o percentual de insumos importados dentro de produtos adquiridos
de fornecedores nacionais", diz Roger Dias, diretor-adjunto de compras da Fiat.
Segundo ele, além do impacto direto, provocado pelos maiores gastos na conversão para reais das peças compradas em dólares, a desvalorização do real permitiu a aplicação de reajustes por usinas brasileiras de aço. Como o valor dos importados serve de referência
para as siderúrgicas daqui manobrarem preços, houve no início do ano uma alta de 10% no valor do aço plano vendido a distribuidoras, que abastecem fábricas de autopeças.
Apesar disso, há dúvidas se o dólar mais alto poderá levar ao maior consumo de peças nacionais na produção de veículos. Para representantes da Anfavea e do Sindipeças, a
entidade dos fabricantes de componentes automotivos, a nova taxa de câmbio, se mantida, pode ajudar a dar um "empurrão" na localização de componentes.
"Quando o câmbio sobe, a nacionalização caminha junto. A situação é melhor do que a de dois anos atrás", afirmou Paulo Butori, presidente do Sindipeças.
A opinião, contudo, não é compactuada por todos fornecedores de peças. Multinacionais que estiveram no seminário avaliaram que as empresas da base da indústria de suprimento - os fornecedores dos sistemistas que atendem diretamente às montadoras -
não realizaram os investimentos necessários na atualização do parque industrial para se fazer frente às novas tecnologias dos veículos.
Segundo dirigentes de empresas sistemistas, a execução desses investimentos tornou-se mais difícil diante da delicada situação financeira de pequenos fornecedores e da
perspectiva de forte retração do mercado de automóveis neste ano. "Mesmo com câmbio a R$ 4, o impacto na nacionalização seria muito pequeno", disse o presidente da Bosch,
Besaliel Botelho. Apesar de o governo cobrar o uso de peças brasileiras no novo regime automotivo,
fornecedores relatam que houve redução na nacionalização. Luiz Corrallo, presidente no Brasil da americana Delphi, diz que, desde 2011, diminuiu em dez pontos percentuais o
índice de autopeças nacionais. Segundo o executivo, a estratégia se deve não apenas ao câmbio, mas também à falta de investimentos em produtos alta tecnologia.
Desempenho da construção segue deteriorando, mostra Sinduscon-SP
19/03/2015 - Fonte: INDA
De acordo com o Sindicato da Construção (SindusCon), a perspectiva dos empresários da indústria da construção com relação ao desempenho das empresas piorou em fevereiro,
mantendo a tendência observada ao longo de 2014, de acordo com a 62ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil, realizada pela entidade e pela FGV.
Segundo o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, “os empresários do setor se sentem reféns de uma política econômica mal sucedida, que resultou em crise
econômica e política. Agora o governo precisa implementar um ajuste fiscal, porém deve fazê-lo cortando seus gastos e não prejudicando ainda mais as empresas, com o fim da
desoneração”. A percepção dos empresários com relação ao desempenho atual de suas construtoras
recuou 5,9% em relação ao levantamento anterior, realizado em novembro, e 23,6% em 12 meses.
Na comparação com igual período do ano anterior, a queda foi registrada em todos os componentes do indicador de desempenho, com destaque para o volume de negócios e
número de empregados. Dados da pesquisa de emprego do SindusCon-SP/FGV indicam que no primeiro mês do ano houve retração nas contratações, configurando o primeiro
resultado negativo de série histórica para um mês de janeiro. A perspectiva de desempenho para os próximos meses os sinais de pessimismo são ainda
mais claros, com queda de 10,4% na comparação com o levantamento anterior e de 26% em 12 meses. O sentimento geral entre os empresários é de que as dificuldades
continuarão à frente, portanto, indicando que não há perspectiva de retomada nas contratações no curto prazo.
O único item em que as empresas apresentaram uma percepção positiva foi com relação aos custos setoriais (alta de 5% em 12 meses), sinalizando que os empresários esperam
uma evolução mais favorável nos próximos meses. Sobre a condução da política econômica, as perspectivas apontaram alta de 41,7% e de 2,2%, respectivamente na comparação com novembro de 2014 e em 12 meses.
Ao mesmo tempo, a perspectiva com relação ao crescimento econômico caiu 12,4% ante o levantamento anterior e 53,9% em 12 meses, enquanto a perspectiva de inflação reduzida apresentou queda de 39,1% e 20,5% nas mesmas bases de comparação.
O indicador de dificuldades financeiras permaneceu alto, em 60,5, e crescendo na
comparação com o ano passado, indicando um crédito mais caro e mais difícil para as empresas da construção. É importante reforçar que a Sondagem aborda um horizonte temporal de apenas alguns meses à frente, com a expectativa de continuidade da redução
da atividade setorial e da economia, alta de preços e restrição do crédito. Para um setor de ciclos longos, como o da construção, essas dificuldades irão repercutir em um
horizonte temporal maior.
Confiança do empresário da indústria é a menor desde 1999
19/03/2015 - Fonte: INDA A confiança do empresário industrial recuou 2,7 pontos em março, terceira queda
consecutiva, atingindo 37,5 pontos. O patamar é o pior da série histórica da pesquisa Índice de Confiança do Empresário Industrial, da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), que tem início em janeiro de 1999. A pesquisa varia de 0 a 100 e números abaixo de 50 indicam falta de confiança do empresariado.
O Icei acumula queda de 7,7 pontos em 2015 e recuo de 15 pontos nos últimos 12 meses. "A falta de confiança permanece disseminada por toda a indústria e se tornou
mais intensa", avalia a CNI. O indicador que mede a percepção do empresário em relação às condições atuais caiu 2,4
pontos em março, para 29,8 pontos, piso da série histórica. Nesse indicador, números abaixo de 50 mostram que as condições atuais estão piores do que há seis meses.
O Icei acumula queda de 7,7 pontos em 2015 e recuo de 15 pontos nos últimos 12
meses. O Icei acumula queda de 7,7 pontos em 2015 e recuo de 15 pontos nos últimos 12 meses.
O índice de expectativas também recuou 2,7 pontos, para 41,4 pontos, também o menor da série. Isso significa que os empresários brasileiros estão pessimistas em relação aos
próximos seis meses. Houve queda nos três segmentos industriais: no setor de construção, passou de 39,8
pontos para 38,4 pontos. Na indústria extrativa, caiu de 42,7 pontos para 40,7 pontos. No segmento de transformação, o recuo foi de 40,1 pontos para 37,2 pontos.
O índice de confiança também apresentou em todos os portes de empresa pesquisados. Nas pequenas, recuou de 39 pontos para 36,3; nas médias, de 38,7 pontos para 35,9 e,
nas grandes, de 41,5 pontos para 38,9 pontos. A pesquisa foi realizada entre 2 e 11 de março com 2.846 empresas.
Brasil manterá economia em desaceleração em 2015, prevê FITCH
19/03/2015 - Fonte: INDA
A agência de classificação de riscos Fitch disse na Perspectiva Econômica Global (GEO) que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial deverá se fortalecer para 2,7%
em 2015 e, em seguida, para 3,0% em 2016, em comparação com uma expansão de 2,5% em 2014. A agência ressaltou que a recuperação será direcionada por grandes
economias avançadas, enquanto os emergentes passarão por desaceleração e, em alguns casos, até contração.
A previsão para 2015 se enfraqueceu em 0,2 ponto porcentual desde a última estimativa, em dezembro, devido a revisões em projeções dos emergentes. Mas a previsão para 2016
se manteve inalterada. "O crescimento vai aumentar neste ano em todas as três maiores economias avançadas
(EUA, zona do euro e Japão), pela primeira vez desde 2010. No entanto, os mercados emergentes vão continuar a desacelerar devido à recessão na Rússia e no Brasil e o
ajuste estrutural na China", afirmou a Fitch. EUA
Entre as economias avançadas, os Estados Unidos deverão ter expansão de 3,1% em
2015 e 3% em 2016, frente a ganho de 2,4% no ano passado, o que representa o ritmo mais robusto na categoria. "O consumo privado deverá se manter um fator importante de crescimento, apoiado por preços mais baixos de petróleo, maior rendimento disponível
das famílias e um fortalecimento do mercado de trabalho, enquanto o desempenho de exportação será limitado pela valorização do dólar", afirmou.
Na zona do euro, o PIB deverá crescer 1,4% em 2015 e 1,7% em 2016, após ganho
econômico de 0,9% no ano passado. As previsões foram revisadas para cima, em 0,3 ponto porcentual neste ano e 0,2 ponto porcentual em 2016. Para explicar essa recuperação, a Fitch cita: a queda dos preços de petróleo, o início do programa de
relaxamento quantitativo (QE) do Banco Central Europeu (BCE), depreciação do euro e melhora na confiança.
A agência define a expansão no bloco da moeda europeia como "modesta", em comparação com outras economias avançadas. "A eficiência do QE é incerta e ainda será
necessário ver se uma recuperação robusta e autossustentada será enraizada".
A previsão para o Japão é um crescimento de 1,3% em 2015 e de 1,5% em 2016, apoiado pela desvalorização do iene e ganhos nos salários reais. Já no Reino Unido, a expansão permanecerá robusta, com expansão de 2,5% em 2015 e 2,3% em 2016, após
alta de 2,6% em 2014.
Comissão estuda a inclusão do Supersimples
19/03/2015 - Fonte: INDA
Uma luz no fim do túnel poderá ser acesa para as quase 400 mil micro e pequenas empresas optantes do Supersimples que devem cerca de R$ 14 bilhões à Receita Federal. É que a assessoria da Câmara dos Deputados incluiu na pauta da Comissão Especial do
Supersimples criada para aprimorar essa legislação o projeto de lei 25/2007.
Essa proposta aumenta de 60 para 120 meses o prazo de parcelamentos das dívidas. O projeto 25/2007 foi apensado ao projeto 448/ 2014, que aumento o teto de receita anual do Supersimples e muda as suas alíquotas, por ser a matéria mais antiga sobre o
mesmo tema.
Com isso, os empreendedores de pequenos negócios vislumbram a possibilidade de terem acesso a prazos maiores de refinanciamento de débitos fiscais, a exemplo dos 180 meses oferecidos pelo chamado Refis da Crise, editado em 2014.
Atualmente, o prazo de parcelamento é de 60 meses, porque a legislação em vigor exclui o segmento de parcela-mentos especiais, como o Refis, por já gozarem de benefícios tributários.
O Supersimples é um sistema de tributação diferenciado para as micro e pequenas
empresas que unifica oito impostos em um único boleto e reduz 40%, em média, a carga tributária, além de incluir qualquer ramo de negócio, dependendo apenas do faturamento da empresa.
O presidente da Frente da Micro e Pequena Empresa, deputado Jorginho Mello (PR-SC),
defende a inclusão do segmento optante do Supersimples em parcelamentos de dívidas semelhantes aos adotados pelo Refis.
"Uma série de números comprova o acerto da aprovação de leis que beneficiaram as micro e pequenas empresas, o mais importante deles, a geração de mais de 3,5 milhões
de empregos entre 2011 e 2014", declarou. Pelos dados da Receita Federal, são 396 mil contribuintes que devem ao Simples Nacional
e que, portanto, poderão ser alcançados por essas medidas. Esse universo equivale a 9% de todos os optantes que têm dívidas com a Receita ou com a Procuradoria Geral da
Fazenda Nacional.
Em 201 houve a tentativa de inclusão dos optantes do Supersimples no Refis da Crise. Na época a proposta foi retirada de medida provisória por orientação do governo.
Na ocasião, o presidente da Associação Nacional dos Sindicatos da Micro e Pequena Indústria (Simpi), Joseph Couri, alertou que o Refis era um instrumento decisivo para
amparar o segmento. "Apesar da força das micro e pequenas empresas, que representam o mercado interno
brasileiro, infelizmente ainda estamos muito longe de conseguir, na prática, o tratamento diferenciado e privilegiado preconizado pela Constituição Federal", lamentou.
Além do aumento do teto do Supersimples, de R$ 3,6 milhões para R$ 14,4 milhões, o projeto 448 prevê mudanças nas tabelas do Supersimples para melhorar a situação das
empresas de menor porte.
"Essa é a prioridade da Frente Parlamentar em Defesa das Micro e Pequenas Empresas", declarou ontem o deputado Covatti Filho (PP-RS), que será vice-presidente da Frente Parlamentar do segmento.
Para a relatoria há vários parlamentares interessados. Entre eles, desponta o líder do
PSD, Rogério Rosso (PSD-DF) como mais provável de ser confirmado na função. O deputado afirma estar otimista com o ritmo dos trabalhos na comissão. Para ele, os
integrantes não devem apresentar dificuldades para chegar a um acordo sobre o tema, pois o tema já é de conhecimento dos parlamentares.
44% das pequenas empresas não sabem quanto pagam de tarifas bancárias
19/03/2015 - Fonte: INDA
Mais da metade (56%) das micro e pequenas empresas mineiras já aceitam pagamento com cartões de crédito e débito. Cerca de 60% dos empresários admitiram ter aumentado
as vendas e reduzido a inadimplência após adquirirem a “maquininha”.
É o que aponta a pesquisa Relacionamento Bancário das Micro e Pequenas Empresas Mineiras, realizada pelo Sebrae em Minas Gerais. O levantamento mostra a realidade de
810 empresários dos setores da indústria, comércio, construção civil e serviços do estado.
Para 44% dos entrevistados que não utilizam as máquinas, os principais motivos são a falta de necessidade e o custo da mensalidade cobrada pela operadora. Apesar de reclamarem do valor das mensalidades, a maioria dos empreendedores admite nunca ter
negociado com os bancos, solicitando descontos ou melhoria nas condições de acesso ao serviço.
Os pagamentos feitos pelo celular ou tablet ainda não são aceitos por 94% das pessoas entrevistadas. Dessas, 52% não pretendem utilizar o serviço e 23% disseram que
usariam se ele fosse mais barato. O estudo também mostra que 95% dos empreendedores têm conta bancária. Em geral, a maioria tem até duas contas e 84%
utiliza a conta empresarial para movimentar as finanças do negócio. Segundo a pesquisa, 45% dos entrevistados desconhecem os valores das tarifas cobradas
pelas instituições financeiras. As pequenas empresas pagam tarifa média de R$ 96,30 para ter acesso aos serviços bancários, enquanto as microempresas pagam R$ 51,20. São
nos bancos públicos que os pequenos negócios mais possuem contas bancárias: Banco do Brasil (46%) e Caixa Econômica Federal (43%). Entre os privados os mais utilizados são
Itaú (27%), Bradesco (26%) e Sicoob (22%). Os serviços bancários mais utilizados pelos empreendedores são internet banking (69%),
cartão de crédito de pessoa física (60%), cartão empresarial (52%) e cheque especial pessoa jurídica (49%). O estudo também aponta maior controle financeiro por parte dos
pequenos negócios: 92% fazem pagamento integral da fatura do cartão de crédito e 40% não desejam utilizar o cheque especial.
Em relação às finanças 51% disseram não estar endividadas, 44% estão com dívida controladas e 5% afirmaram que a dívida é elevada e difícil de controlar. Segundo os
entrevistados, as principais fontes de recursos utilizadas nos últimos 12 meses foram: recursos próprios (60%), parcelamento da dívida com o fornecedor (55%), cartão de crédito (31%), antecipações de recebíveis das vendas realizadas (26%) e cheque especial
(25%).
Aplicação A maioria (73%) que solicitou empréstimos em instituições financeiras afirmou ter
recebido os recursos sem dificuldade e 14,5% obtiveram empréstimo menor que o solicitado. As que não conseguiram crédito (2%) ou enfrentaram dificuldades para
conseguir o valor solicitado (9%), apontaram que as principais dificuldades encontradas foram falta de documentação (71%), falta de garantia (25%) e restrições cadastrais (4%).
Mais da metade disse não ter feito investimento em máquinas e equipamentos, aquisição
de veículos, desenvolvimento de novos produtos ou obras de infraestrutura. Os empreendedores de pequenas empresas foram os que apresentaram maior percentual de investimento nos itens citados acima, em comparação com as microempresas.
BC irá definir nas próximas semanas futuro de intervenções no câmbio
19/03/2015 - Fonte: INDA
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quarta-feira (18) que a autoridade monetária ainda não definiu sobre a continuidade das intervenções no mercado de câmbio por meio do programa de leilões de contratos de "swap cambial" (que
equivalem a uma venda futura de dólares).
"Estamos tranquilos. Nas próximas semanas iremos definir o que virá pela frente", disse durante conversa com investidores em evento promovido pelo banco Goldman Sachs em São Paulo.
Ao longo do ano passado, o BC intensificou o uso do mecanismo de swap para tentar
conter a alta do dólar. Existem hoje US$ 112 bilhões em contratos deste tipo no mercado, que costumavam ser renovados integralmente conforme venciam.
Desde março, o volume de renovação foi reduzido e há dúvida entre os investidores do percentual de contratos que serão "rolados" em abril.
No evento, Tombini defendeu que o processo de valorização do dólar não é exclusivo do Brasil. Segundo ele, os Estados Unidos consolidaram-se como o novo "motor" da
economia global, diante de uma Europa em dificuldades e uma China em desaceleração.
"O dólar índex, que mede a valorização do dólar norte-americano contra as seis principais moedas, valorizou-se vinte e cinco por cento somente nos últimos doze meses. Ou seja, a valorização do dólar é um fenômeno global, que tem implicações tanto para os Estados
Unidos, uma vez que pode suprimir um pouco o seu ímpeto de expansão, quanto para as demais economias avançadas e emergentes", disse.
Suzano Papel e Celulose compra metade da paranaense Ibema
19/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo
A busca da Ibema por um sócio finalmente chegou ao fim. A empresa paranaense, terceira maior fabricante de papel cartão do país, se associou à paulista Suzano Papel e
Celulose, líder desse mercado. Após a conclusão da operação anunciada no início da noite
de quarta-feira (18), a Suzano terá 49,9% da Ibema. Os atuais sócios da companhia vão ficar com 51,1% do negócio.
A transação, que depende de autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), será feita em etapas. A Suzano vai repassar à Ibema a fábrica de
Embu (SP), que tem capacidade de produção de 50 mil toneladas de papel cartão por ano e é avaliada em R$ 50 milhões.
A empresa paulista também vai transferir à paranaense uma dívida de R$ 50 milhões, com vencimento em 2021. E, por fim, fará um aporte de R$ 8 milhões na Ibema.
O diretor financeiro da Suzano, Marcelo Bacci, disse em teleconferência que, após concluídas todas as formalidades, a “nova Ibema” será gerida “de maneira profissional e
independente da Suzano”. “A transação busca eficiência operacional na indústria e na área de logística.
Não muda nada para as companhias, nem para o mercado”, complementou Carlos Aníbal, diretor executivo de Papel e Celulose da companhia paulista.
Em um primeiro momento, a Suzano terá 38% da Ibema. Sua fatia subirá para 49,9%
quando forem retirados da “nova Ibema” ativos como as duas pequenas hidrelétricas da companhia paranaense, que pertencerão apenas aos atuais sócios da companhia,
representados pela Ibema Participações. Fundada em 1956, a Ibema emprega cerca de 800 pessoas. Sua fábrica em Turvo, no
Centro-Sul do estado, opera há tempos no limite da capacidade. A empresa também tem sede administrativa em Curitiba e um centro de distribuição em Araucária, na região
metropolitana da capital, além de 3,9 mil hectares de florestas plantadas. Mais fôlego
Com a incorporação da fábrica de Embu, a Ibema eleva sua capacidade de produção anual
de papel cartão – usado em embalagens – de 90 mil para 140 mil toneladas. A capacidade da Suzano, por sua vez, cairá de 250 mil para 200 mil toneladas. As marcas das duas empresas continuarão existindo e concorrendo entre si.
“Quando concluído, o negócio vai fortalecer a Ibema, que poderá competir de igual para
igual nesse mercado”, disse o presidente da Ibema, Nei Senter Martins. Segundo dados de 2014, a Suzano detém 32% do mercado brasileiro de papel cartão. A segunda colocada é a Klabin, que tem fábrica em Telêmaco Borba (Campos Gerais), com 28%. A
Ibema é a terceira, com 13%.
A Ibema busca recursos para ampliar sua produção pelo menos desde 2007, quando começou a estruturar uma operação de abertura de capital na Bovespa, da qual desistiu em 2014, por causa do momento difícil do mercado de capitais. Entre 2010 e 2011, a
companhia chegou a negociar uma fusão com a Papirus, de Limeira (SP), que também não prosperou.
Mercedes-Benz abre novo PDV na fábrica de São Bernardo do Campo
19/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo
A fabricante de caminhões e ônibus Mercedes-Benz abriu mais um Programa de Demissão Voluntária (PDV) na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O alvo principal
são os cerca de 750 trabalhadores que estão em lay-off (suspensão temporária dos
contratos de trabalho), mas o benefício oferecido é extensivo a todos os trabalhadores da fábrica, que emprega quase 11 mil pessoas. Além do pessoal do lay-off, a empresa alega ter mais 1,2 mil trabalhadores excedentes, num total de 1.950.
Nesse novo PDV, o segundo em três meses, a Mercedes oferece, além dos direitos
normais da rescisão, salário extra de R$ 28,5 mil, independente do tempo de trabalho. Para os funcionários em lay-off, o valor sobe para R$ 35 mil. O programa, negociado com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, foi aberto na terça-feira
(17) e termina no dia 31. O pacote anterior, aberto de novembro a dezembro, obteve 100 adesões.
O diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Mercedes, Luiz Carlos Gomes de Moraes, afirma que o novo pacote de incentivo às saídas “é para gerenciar excesso de
pessoal, incluindo aqueles que estão em lay-off”. A montadora vem adotando seguidas medidas de corte de produção desde abril.
Ao longo do ano passado, a montadora abriu dois PDVs, operou em semana reduzida de trabalho, deu 25 dias de folgas coletivas, um mês de férias no fim do ano e colocou 750
trabalhadores em lay-off por cinco meses a partir de julho. Vencido o prazo, renovou o programa, assumindo o pagamento integral dos salários.
Na primeira fase do lay-off, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) contribuiu com
parte dos salários (R$ 1,3 mil para cada funcionário). A prorrogação do lay-off termina no fim de abril.
A Mercedes também tem 170 funcionários em lay-off na fábrica de Juiz de Fora (MG), mas, para essa unidade, por enquanto não há previsão de um PDV, informa Moraes.
Vendas em queda
No ano passado, as vendas totais de caminhões no país caíram 11,3% em relação a 2013, somando 137 mil unidades. A Mercedes, sozinha, registrou queda de 6,8%, para 38,1 mil
unidades. Com o aprofundamento da crise econômica, a falta de confiança dos empresários e juros
mais caros para o financiamento, a situação se agravou neste ano. No primeiro bimestre, as vendas totais despencaram 39,4%, para 12,8 mil caminhões. A Mercedes registrou
redução de 40,6% em suas vendas (para 3 mil unidades). Outras fabricantes do setor também enfrentam dificuldades. A MAN Latin América, depois
de colocar trabalhadores em lay-off e abrir PDV, opera atualmente com jornada e salários reduzidos na fábrica de Resende (RJ).
A Ford tem 420 funcionários da fábrica de caminhões e automóveis de São Bernardo em banco de horas por tempo indeterminado. Scania e Iveco deram férias coletivas e a Volvo
demitiu 206 pessoas em dezembro.
Fabricantes de automóveis também operam com medidas de corte de produção. O lay-off, por exemplo, é adotado pela General Motors nas fábricas de São Caetano do Sul e de São José dos Campos (SP), e pela Ford em Taubaté (SP). Outras marcas, como a Volkswagen,
têm pessoal em férias coletivas.
A indústria automobilística demitiu 12,5 mil trabalhadores em 2014 e 2,2 mil no primeiro bimestre deste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Lucro da Sanepar cresce 4,6% em 2014
19/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo
A tarifa de água e esgoto da Sanepar será reajustada em 12,5% neste ano, sendo 6,5% a partir do próximo dia 24 e 6% a partir de 1.º de junho
A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) registrou lucro líquido no quarto trimestre do ano passado de R$ 116,6 milhões, 32,5% acima do mesmo período de 2013,
segundo balanço financeiro divulgado nesta quarta-feira (18). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 221,8 milhões, 12,47% acima do quarto trimestre do ano anterior. A receita líquida somou R$ 677,5 milhões, 8,24%
maior.
No acumulado de 2014, o lucro alcançou R$ 421,6 milhões, 4,64% acima de 2013. O Ebitda ficou em R$ 942,2 milhões, leve alta, 0,49%, sobre 2013, e a receita líquida cresceu 10,4% para R$ 2,617 bilhões.
A tarifa de água e esgoto da Sanepar será reajustada em 12,5% neste ano, sendo 6,5% a
partir do próximo dia 24 e 6% a partir de 1.º de junho, conforme decreto estadual publicado em 11 de fevereiro. Segundo o balanço, em 2014 foram investidos R$ 954 milhões, volume de recursos considerado “recorde” e “que reforça a importância dos
planos de longo prazo” da empresa.
Trabalhadores dos Correios suspendem paralisação no Paraná
19/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo
Após terem paralisado parte dos serviços desde a noite de terça-feira (17), trabalhadores
dos Correios no Paraná decidiram suspender a greve e retornar ao trabalho nesta quinta-feira (19).
A paralisação foi decidida em assembleias realizadas em Curitiba, Ponta Grossa, Cascavel Maringá, Londrina e Foz do Iguaçu e tinha começado às 22h de terça-feira. Nesta quinta,
o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR) tem uma reunião de negociação com a direção regional da empresa.
Os trabalhadores reclamam da falta de funcionários e sobrecarga de trabalho e pedem a
contratação de novos trabalhadores. Além disso, também reivindicam mais segurança
para os carteiros e o fim dos contratos temporários, das multas do Sedex pagas pelos carteiros e o não pagamento da reciclagem de multas pelos funcionários em horário de trabalho.
De acordo com o sindicato, a maior preocupação não é com questões salariais, mas com a
manutenção do emprego, principalmente via concurso público.
Uma nova assembleia foi marcada pelo sindicato para o dia 31 de março para avaliar e decidir as próximas ações. “Se não houver avanços no cumprimento de nossas reivindicações pela empresa, os trabalhadores poderão deflagrar uma nova paralisação”,
afirma o sindicato em nota postada no site da entidade.
“Movimento injustificado” Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (18), os Correios consideraram o
movimento de paralisação “injustificado”, já que todas as reivindicações já estariam sendo negociadas com representantes dos trabalhadores, seja em reuniões mensais do Sistema
Nacional de Negociação Permanente dos Correios e, em alguns casos, até mesmo com mediação do TST.
A empresa nega que haja sobrecarga de trabalho. “Inclusive o percentual de horas extras no Paraná, usadas esporadicamente, sofreu redução no último ano”, diz os Correios em
nota, completando que estuda a realização de um novo concurso público, seja para funcionários efetivos quanto para contratação por temo determinado.
Os Correios também afirmam que assinaram acordo de cooperação técnica para a implantação de ações integradas para prevenção e repressão de roubos a carteiros em
todo Brasil, com o objetivo de proteger os trabalhadores da empresa.
Quanto às multas, a empresa diz que valores ressarcidos pelos empregados dizem respeito ao extravio de objetos, “os quais são cobrados apenas após exaustiva apuração a qual aponte a responsabilidade direta do profissional”.
Lava Jato e ajuste fiscal causam corte de 2,4 mil empregos em fevereiro
19/03/2015 - Fonte: Gazeta do Povo
Pelo terceiro mês consecutivo, o Brasil apresentou saldo negativo de empregos formais.
Em fevereiro, foram fechados 2,4 mil postos de trabalho. O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apresentado nesta quarta-feira (18) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, é o pior para o mês nos últimos 16 anos. No Paraná, o
saldo ficou positivo em 8,6 mil vagas, mas foi o menor para meses de fevereiro desde 2009.
O ministro Manoel Dias apontou a operação Lava Jato como um dos motivos que afetaram o resultado. “Certamente, nesse primeiro momento, a Lava Jato influenciou em redução
de emprego”, avaliou. Para ele, o impacto é visível no Brasil inteiro. Ele lembrou que muitas empresas que prestam serviços à Petrobras já apresentam dificuldades e ressaltou
os problemas da estatal. “A própria Petrobras, que tinha uma previsão de investimentos de R$ 50 bilhões, prevê uma redução de 20%”, disse.
Na opinião de Dias, os problemas são claramente percebidos na construção civil. O setor fechou 25 mil vagas em fevereiro. Em janeiro já havia cortado outras 9,7 mil. O ministro
espera que o quadro na estatal melhore com o avançar das investigações e lembrou que a construção deve melhorar com investimentos do governo.
Dias informou que o ministério, por meio do FGTS, já contratou R$ 8,7 bilhões nos primeiros dois meses do ano para a construção de 99 mil casas para pessoas de baixa
renda. “Isso representa a geração de emprego de 285 mil novos postos”, afirmou.
Ajuste fiscal Outro fator apresentado pela pasta para o fraco resultado de fevereiro é o ajuste fiscal
promovido pelo governo. Ele espera, entretanto, que os setores reajam positivamente às medidas. O ministro ponderou que o resultado do mês passado reverteu uma expectativa
negativa, se comparado com o saldo de janeiro, que teve menos 81 mil vagas. “A perda de novos postos, em torno de 2 mil, demonstra estabilidade”, afirmou, antes de
dizer que o número do mês “não foi excepcional”.
O saldo de fevereiro ficou abaixo das expectativas do mercado. Alguns analistas de mercado chegaram a prever mais contratações que demissões, considerando a sazonalidade do mês, quando tradicionalmente o setor industrial tende a começar a
contratar, depois da fase de demissão que acontece em maior peso até janeiro.
Para Thiago Biscuola, economista da RC Consultores, o dado ruim sinaliza que o processo recessivo estimado por especialistas para este ano pode se mostrar ainda mais forte.
“O que vemos são setores, como a indústria, que deveriam estar contratando e que apresentaram resultados tímidos e outros que criaram muitas vagas nos últimos anos,
caso de serviços, agora, desacelerando”, pontuou.
Serviços geram 52 mil empregos, mas ritmo é mais lento O setor de serviços foi o responsável pela maior geração de vagas formais de trabalho em
fevereiro, com um saldo positivo de 52 mil postos, número muito menor que o do mesmo mês de 2014, quando o setor gerou 143 mil vagas. A indústria de transformação gerou 2
mil vagas no mês passado. O comércio puxou o saldo para baixo com o fechamento de 30 mil postos. A agricultura,
por sua vez, extinguiu 9 mil vagas. Apenas duas regiões do país registraram saldo positivo em fevereiro: o Sul (23 mil vagas) e o Centro-Oeste (10,8 mil). Já o Nordeste
fechou 27,5 mil postos. O pesquisador da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento da Administração,
Contabilidade e Economia (Fundace/USP), Luciano Nakabashi, afirmou que o resultado reflete a menor demanda e a queda nos investimentos no país.
Segundo ele, com a retirada dos “estímulos artificiais” de consumo pelo governo, setores como construção civil e comércio se retraíram e o impacto chegou ao emprego.
Inflação medida pelo IPC tem alta de 0,96% em São Paulo
19/03/2015 - Fonte: Jornal do Brasil
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, apresentou alta de 0,96% na segunda prévia de março. A taxa mostra redução no ritmo de correção dos preços.
Na primeira prévia do mês, o índice havia subido 1,03% e, no encerramento de fevereiro, 1,22%. O grupo habitação manteve-se na liderança da pressão inflacionária com variação
de 1,59%. Na primeira prévia, o índice foi 1,73%. Os alimentos também aumentaram com menos intensidade do que na última apuração,
ao passar de 1,29% para 1,26%. Em transportes, a taxa atingiu 0,89%.
Na primeira prévia, o índice foi 1,13%. No grupo despesas pessoais, cresceu a velocidade de correções, com alta de 0,01%. Na prévia anterior, o índice foi negativo: -0,04%.
Em saúde, também foi registrado avanço maior: a taxa passou de 0,11% para 0,35%. No grupo vestuário, foi mantido o movimento de queda de preços: o decréscimo corresondeu
a -0,20%. Na prévia anterior, a queda correspondeu a 0,17%. E, em educação, houve diminuição de intensidade de alta: o índice passou de 0,24% para 0,17%.
Disciplina fiscal resgata confiança no Brasil, diz Levy à agência de risco
19/03/2015 - Fonte: Jornal do Brasil
O controle dos gastos públicos e os aumentos de tributos reforçam a sustentabilidade fiscal do Brasil no médio prazo, disse hoje (18) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a
representantes da agência de classificação de risco Fitch. Segundo ele, as medidas econômicas adotadas recentemente permitirão ao país reduzir a
dívida pública, retomar o crescimento sustentável e manter as conquistas sociais alcançadas na última década.
Os representantes da Fitch iniciaram hoje a visita anual ao Brasil, em que buscam avaliar as condições econômicas do país para definir a classificação de risco. Atualmente, a
agência inclui o país na categoria grau de investimento, que descarta o risco de o governo dar calote na dívida pública.
Além de apresentar as medidas econômicas implementadas recentemente, Levy detalhou reformas estruturais que o governo pretende levar adiante assim que a primeira fase de
estabilização fiscal for concluída.
Entre as iniciativas prometidas, está a reformulação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que prevê a
aceleração da devolução dos créditos tributários (tributo pago repetidamente ao longo da cadeia produtiva).
Levy também prometeu acelerar medidas que desburocratizem as exportações, como a ampliação do acesso ao Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle
Informatizado (Recof), destinado a indústrias exportadoras e mudanças na Linha Azul, procedimento de despacho aduaneiro expresso.
Nos próximos dias, os representantes da Fitch participarão de reuniões no Banco Central e no Ministério do Planejamento. Eles também se encontrarão com autoridades de outros
órgãos do Poder Executivo e com parlamentares.
'Financial Times': FMI alerta sobre instabilidade de mercados emergentes
19/03/2015 - Fonte: Jornal do Brasil "A presidente do Fundo Monetário Internacional Christine Lagarde, alertou na terça-feira
(17/03) que os mercados emergentes devem se preparar para enfrentar um novo período de instabilidade econômica quando as taxas de juros dos Estados Unidos este ano,
projetando uma repetição do desgastante episódio de 2013 chamado "furor de retirada gradual de estímulo" e rápida desvalorização da moeda". É o que diz uma matéria do jornal britânico Financial Times publicada nesta quarta-feira (18/03).
"Os comentários de Lagarde, dados durante um discurso na Índia, chegam um dia antes do esperado sinal que seria dado pela presidente do Federal Reserve Janet Yellen, dando um fim à política do Fed de orientação de taxas baixas na quarta-feira, com investidores
globais apoiando um aumento inicial nas taxas dos Estados Unidos já em junho", escreve o jornalista James Crabtree.
A chefe do FMI afirmou que teme que os efeitos de repercussão negativa provenientes desses aumentos levem a uma reedição da crise que atinge economias em
desenvolvimento como a Índia e a Turquia há quase dois anos, seguindo dicas do então presidente do Fed, Ben Bernanke, sobre um fim precoce ao programa de compra de
títulos da instituição conhecido como quantitative easing. “Temo que isso possa não ser um episódio isolado,” disse Lagarde. “O perigo é que as
vulnerabilidades que se acumularam durante um período de política monetária bastante expansionista podem sem se revelar repentinamente quando tal política é revertida,
criando uma volatilidade substancial no mercado.” Lagarde falou em um evento em Mumbai junto com o governador do Banco da Reserva da
Índia Raghuram Rajan, que alertou repetidamente sobre os perigos para os países em desenvolvimento de encerrarem a política de flexibilização monetária nos Estados Unidos,
Japão e outras economias industrializadas.
As economias em desenvolvimentos assistiram a um aumento no capital do mundo industrializado nos últimos anos, recebendo US$ 4,5 trilhões em fluxos de capital bruto entre 2009 e 2012, de acordo com dados do FMI, ou metade de todos os fluxos globais de
capital durante esse período.
Lagarde também alertou que economias emergentes enfrentaram um segundo risco do recente fortalecimento da moeda norte-americana, com empresas endividadas que se aproveitaram das taxas baixas para pedir emprestado em dólares enfrentando saltos
súbitos e acentuados nos custos de serviços da dívida.
“A apreciação do dólar americano também está colocando pressão nos balanços dos bancos, empresas, e domicílios que pegam emprestado em dólares mas possuem ativos ou rendimentos em outras moedas,” acrescentou ela.
Enfrentando essas ameaças gêmeas, Lagarde exortou governos de mercados emergentes
a implantar reformas econômicas a elevar o crescimento, aprimorar suas atuais posições de contas correntes e liberalizar gradualmente os mercados financeiros.
A presidente do FMI também fez um apelo para que governadores do banco central de mercado emergente preparem medidas emergenciais visando apoiar moedas sob pressão
e empresas que estão lutando com reembolso de dívidas. “Um temporário — porém agressivo — apoio de liquidez doméstica a alguns setores ou
mercados pode ser necessário, junto com intervenções específicas no mercado cambial,” diz ele.
Brasil e EUA devem aprofundar diálogo econômico-financeiro
19/03/2015 - Fonte: Jornal do Brasil
Brasil e Estados Unidos comprometeram-se a aprofundar o diálogo econômico-financeiro. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o subsecretário de Assuntos Internacionais do
Tesouro dos Estados Unidos, Nathan Sheets, participaram hoje (18) de encontro que definiu os rumos do debate econômico entre os dois países.
A reunião também teve a participação do secretário de Assuntos Internacionais da Fazenda, Luis Balduino, e de representantes do Ministério das Relações Exteriores e do
Banco Central. O Ministério da Fazenda, no entanto, não informou detalhes sobre os pontos discutidos,
apenas que o encontro debateu as condições macroeconômicas dos dois países, os desafios e as perspectivas das políticas econômicas brasileiras e norte-americanas, a
situação da economia global e assuntos tributários. Essa foi a quinta reunião entre representantes da área econômica do Brasil e dos Estados
Unidos desde que os dois países constituíram um canal permanente de diálogo econômico-financeiro. De acordo com a Fazenda, Levy e Sheets renovaram o
compromisso de avançar nas discussões e explorar novas modalidades de colaboração.
BMW reafirma aposta de crescer no Brasil
19/03/2015 - Fonte: Automotive Business
A queda do mercado brasileiro já chegou às vendas da BMW, que até agora vinha
passando imune pelas retrações dos últimos dois anos. Em 2014 a marca emplacou 15 mil carros e registrou crescimento de 7% sobre 2013, mas no primeiro bimestre de 2015 o resultado virou para o campo negativo: as pouco mais de 2 mil unidades vendidas
representaram declínio de quase 12% em comparação com o mesmo período do ano passado.
“Sentimos o vento de proa no Brasil, mas o País continua sendo um mercado grande e
estratégico para nós”, resumiu Ian Robertson, membro da diretoria executiva do Grupo BMW responsável por vendas e marketing.
Robertson foi o executivo do grupo que, em 2012, veio ao Brasil anunciar oficialmente à presidente Dilma Rousseff o investimento de € 200 milhões para construir a fábrica da
BMW em Araquari (SC), a primeira da empresa abaixo da linha do Equador, que começou a operar sua linha de montagem final em setembro passado e deve inaugurar os setores de soldagem de carrocerias e pintura até setembro próximo.
A capacidade inicial máxima é de montar até 32 mil unidades/ano de cinco modelos
diferentes, os BMW Série 3, X1 e Série 1 já em produção, além do e X3 e Mini Countryman que entram em linha nos próximos meses.
O executivo garante que, mesmo com a operação de pequena escala de produção para padrões mundiais, a planta brasileira será rentável. “Fizemos o investimento porque
acreditamos no potencial de crescimento e rentabilidade do mercado de carros premium no País (hoje de menos de 2% das vendas totais), ainda muito pequeno quando
comparamos com 30% na Alemanha ou 15% nos Estados Unidos. A venda de veículos premium é maior mesmo em países parecidos, onde essa fatia chega a 10%.”
Sobre a perspectiva do mercado brasileiro em 2015, o executivo afirma que “ainda é cedo para dizer, não vemos crescimento no momento, mas isso não muda em nada nossos
planos para o País”, garante. “Claro que não esperamos utilizar toda a capacidade de 32 mil agora, mas a tendência é que ela seja atingida rapidamente assim que a economia se recuperar no Brasil. Já tivemos exemplos disso em países como Índia e Rússia”, avalia.
“Todos os investimentos do grupo são muito conservadores e de longo prazo, olhamos
para 20 a 30 anos à frente. Investimos no Brasil porque é um mercado de tremendo potencial, onde vemos mais possibilidades (de crescimento) do que riscos”, afirma outro membro do board, Peter Schwarzenbauer, responsável pelas marcas Mini, BMW Motorrad
(motos) e Rolls-Royce e pelo pós-vendas na diretoria executiva do Grupo BMW. Segundo ele, todo o investimento feito na fábrica brasileira vem do saudável e sólido caixa próprio
da empresa, que não costuma recorrer a bancos para se financiar. “Essa é uma das vantagens que temos, podemos investir e esperar. Uma fábrica leva em torno de cinco a
dez anos para dar retornos.” INSTABILIDADE E NACIONALIZAÇÃO
“Existe atualmente um movimento de volatilidade maior do que vimos em outros tempos,
que está afetando mercados em todo o mundo, como Rússia e até na China”, destaca Robertson. “Temos de nos adaptar a isso, porque é a ordem do dia. Nesse cenário compensamos as grandes variações cambiais com produção local. É o que estamos
fazendo no Brasil”, acrescenta.
Segundo Robertson, com as variações cambiais que ocorrem no País, nacionalizar o maior número possível de componentes não é só uma obrigação para abater impostos conforme as regras do Inovar-Auto: “Essa é também uma necessidade nossa. Tudo que não seja
fácil de importar temos de comprar no local onde produzimos”, afirma.
Em Araquari, a BMW vem fazendo a montagem dos carros com grandes quantidades de componentes importados, pois encara dificuldades em encontrar fornecedores locais para certos tipos de peças e fechar acordos para compras de pequenos volumes. Até os pneus,
um dos primeiros itens que costumam ser nacionalizados, vêm do exterior, pois os BMW utilizam pneus run flat, que podem rodar mesmo com furos, e no Brasil ainda não há
fabricação local para fornecimento. Recentemente a montadora conseguiu um fornecedor de bancos, que são difíceis de transportar.
Após recorde, BMW prevê nova expansão
19/03/2015 - Fonte: Automotive Business
Após registrar recordes de vendas, faturamento e lucros em 2014, o Grupo BMW projeta mais um ano de avanço dos negócios em 2015, entre 5% e 9%.
“Tivemos o nosso quinto ano seguido de expansão e agora vemos possibilidades para conquista de novos clientes e crescimento sustentável”, disse Robert Reithofer, presidente
mundial da companhia, em sua última conferência internacional de imprensa para
apresentar os resultados da empresa a 150 jornalistas de todo o mundo, na quarta-feira, 18.
No meio deste ano Reithofer deixa o posto de CEO, que será ocupado por Harald Krüger, atual membro da diretoria executiva responsável por produção. Após oito anos no
comando, Reithofer deve permanecer na companhia com assento no conselho fiscal. Ele deixa sólidos resultados para seu sucessor.
O Grupo BMW conseguiu colher bons números no ano passado em todos os mercados do mundo onde atua. Pela primeira vez as vendas de automóveis da empresa superaram a
marca de 2 milhões de unidades. Foram 2,12 milhões das três marcas do grupo, BMW (1,8 milhão, +9,5%), Mini (302 mil,
-0.9%) e Rolls-Royce (4 mil, +12%), em expansão geral de 7,9% sobre 2013. Com isso, o faturamento cresceu 5,7%, para € 80,4 bilhões, com margem operacional de 9,6%
sobre as vendas e robusto lucro líquido de € 5,8 bilhões, em alta de 9,2% ante o exercício anterior.
“De 2002 a 2014 o valor de nossas ações cresceu 44%, quatro vezes acima do DAX (índice de ações da Bolsa de Frankfurt)”, acrescentou o executivo. Ele também destacou
que a expansão foi balanceada em todo o mundo.
Hoje a Europa representa 43% das vendas, contra 31% na Ásia e 23% nas Américas. “No entanto, o desenvolvimento também foi bastante heterogêneo. A volatilidade dos mercados é a nova constante do nosso negócio”, pontuou.
Para 2015, Reithofer destacou três prioridades para a empresa. A primeira é continuar a
expansão da rede global de produção, que já envolve investimentos de € 6,1 bilhões em novas fábricas Brasil, em Araquari (SC) e no México, em San Luis Potosi, além de ampliações substanciais em plantas na Alemanha, China e Estados Unidos, que terá a
capacidade expandida para 450 mil unidades/ano.
O segundo objetivo é agregar valor sustentável aos produtos, e o terceiro é investir na digitalização e serviços conectados. “Tivemos sucesso nos últimos 99 anos de existência da BMW porque sempre nos antecipamos às necessidades dos clientes”, resumiu o CEO.
RESULTADOS SÓLIDOS
Os resultados financeiros do grupo alemão vêm se mantendo robustos ao longo dos últimos anos. A liquidez do Grupo BMW terminou o ano em € 11,6 bilhões e o fluxo livre
de caixa somou € 3,48 bilhões, acima da meta de € 3 bilhões, que será mantida para 2015.
“Em 30 anos trabalhando em fabricantes de automóveis premium, aprendi que quando se tem bons produtos, marca respeitada e pessoas qualificadas, os resultados positivos
aparecem naturalmente”, explica Peter Schwarzenbauer, responsável pelas marcas Mini, BMW Motorrad (motos) e Rolls-Royce e pelo pós-vendas na diretoria executiva do Grupo
BMW. Além da BMW, ele também já trabalhou na Audi e Porsche. “Fechamos 2014 com margem de lucro EBIT dentro do nosso objetivo mais otimista
(9,6%, diante da meta de 8% a 10%). Em 2014 vamos perseguir essa mesma faixa de rentabilidade, a despeito dos efeitos cambiais negativos da volatilidade e maior volume de
vendas de modelos compactos, de menor valor”, disse Friedrich Eichiner, o chefe financeiro do board.
O desempenho recorde garantirá este ano o maior dividendo já pago aos acionistas do grupo, de € 2,90 por ação ordinária, o que totalizará o pagamento de € 1.9 bilhão, em alta 33% sobre o ano passado.
Eichner também destacou os investimentos do grupo em 2014, de € 4,57 bilhões, sendo €
1,57 bilhão somente em pesquisa e desenvolvimento. Segundo ele, os valores anuais aplicados em expansão e tecnologia deverão se manter em torno de 5% do faturamento. “As cifras de investimento vão crescer porque esperamos aumentar as vendas”, explica.
VOLATILIDADE EM ALTA E NOVO AVANÇO
“Apesar dos efeitos adversos da volatilidade mundial, que podem atrapalhar os planos, o grupo prevê novo avanço dos resultados em 2015”, projeta Eichiner. “Em condições
estáveis, esperamos por um sólido aumento das vendas em comparação com 2014.
Nos Estados Unidos, antecipamos perspectivas positivas de expansão do mercado premium. Também vemos crescimento na China no médio e longo prazos, mas em níveis menores do que no passado, que nos levou a aumentar a produção no país de 50 mil para
quase 500 mil/ano no intervalo de apenas alguns anos. Na Europa estimamos a continuação de uma leve retomada dos negócios”, elenca.
De maneira geral, o grupo trabalha com a perspectiva de crescimento, mas em níveis
moderados. Mesmo na China, onde as vendas avançaram 16,6% em 2014, para 482,2 mil carros, as condições são desfavoráveis para continuar a expansão no mesmo ritmo: “Vemos a expansão reduzida para um dígito (porcentual).
Existem muitas cidades que estão adotando restrições à venda de veículos novos. Existem
novas oportunidades no país, como a venda de carros elétricos que não precisam de licença prévia, mas não são mais as mesmas de anos anteriores”, avalia Ian Robertson, membro da diretoria executiva responsável por marketing e vendas do Grupo BMW.
Nas Américas as vendas voltaram a se aquecer em 2014, com alta de 4% e 482,2 mil
carros do Grupo BMW entregues aos clientes, com destaque para os Estados Unidos, onde a expansão foi de 5,4%, com quase 397 mil unidades vendidas.
Graças ao bom desempenho na porção norte do continente, a BMW tem boas perspectivas para a região e investe em uma fábrica no México com capacidade para 150 mil
veículos/ano. “Será uma planta voltada à exportação”, ressalta Robertson – bem ao contrário do Brasil, de onde não se prevê exportar nenhum carro, nem para países sul-americanos.
Após anos seguidos de crescimento no Brasil, as vendas em torno de 15 unidades em
2014, em alta de 7%, ainda pouco significam no universo de 2 milhões de unidades vendidas pelo grupo em todo o mundo no ano passado.
Por isso o País foi pouco citado durante a conferência, apenas duas vezes para lembrar da construção da fábrica de Araquari. No entanto, os executivos da companhia garantem que
o mercado brasileiro segue sendo estratégico para o crescimento global, por isso os planos e investimentos estão mantidos
IGP-M acelera alta a 0,84% na 2ª prévia de março por atacado e varejo
19/03/2015 - Fonte: Reuters
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,84 por cento na segunda prévia de março após avançar 0,16 por cento no mesmo período de fevereiro, com aceleração da alta dos preços no atacado e no varejo.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral -- teve alta de 0,75 por cento na segunda prévia de março, após queda de 0,22 por cento no mesmo período de fevereiro.
Os preços dos produtos agropecuários subiram 2,08 por cento, após recuarem 0,55 por
cento na segunda prévia de fevereiro. Entre as principais influências positivas no IPA, a soja em grão registrou avanço de 5,74 por cento na segunda prévia de março, deixando para trás a queda de 7,71 por cento.
Já o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no IGP-M, subiu 1,36 por
cento por cento na segunda prévia de março, acelerando ante a alta de 1,02 por cento em fevereiro.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,22 por cento em março, contra avanço de 0,61 por cento na segunda prévia do mês anterior. O INCC
responde pelos demais 10 por cento do IGP-M, índice que é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.
IPC-Fipe desacelera alta a 0,96% na 2ª quadrissemana de março
19/03/2015 - Fonte: Reuters
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo subiu 0,96 por cento na segunda quadrissema de março, após avançar 1,03 na primeira
quadrissemana do mês, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quinta-feira.
O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.
Produção nacional de aço bruto caiu 5,1%
19/03/2015 - Fonte: Diário do Comércio
Apesar de ser registrada queda no consumo doméstico, a produção brasileira de aço bruto cresceu 5,1% no primeiro bimestre na comparação com o mesmo intervalo do ano
passado.
Foram produzidas 5,645 milhões de toneladas, contra 5,373 milhões de toneladas em 2014. O balanço do setor foi divulgado ontem pelo Instituto Aço Brasil (IABr).
Somente em fevereiro, a produção nacional alcançou 2,680 milhões de toneladas. O volume caiu 9,6% em relação ao mês anterior (2,965 milhões de toneladas). Sobre o
mesmo intervalo de 2014, quando somou 2,621 milhões de toneladas, houve alta de 2,3%.
O desempenho positivo foi impulsionado pelo segmento de semiacabados (placas, lingotes, blocos e tarugos), que cresceu 33,1% nos dois primeiros meses de 2015, ante igual período do ano passado. A produção passou de 828,8 mil toneladas para 1,102
milhão de toneladas.
O IABr não explica em seu relatório o motivo da alta significativa neste segmento, porém, entre os fatores que pode explicar o desempenho está o religamento do alto-forno 3 da usina Tubarão da ArcelorMittal, no Espírito Santo, em meados do ano passado. O
incremento na produção é voltado para atender à demanda de placas de uma planta do grupo nos Estados Unidos.
Somente a produção de placas no país somou 981,1 mil toneladas entre janeiro e fevereiro. O resultado foi 31,2% superior ao registrado no mesmo período de 2014,
quando somou 747,9 mil toneladas, conforme o IABr.
Já a produção de laminados cresceu 2,6% no primeiro bimestre em relação ao mesmo intervalo de 2014, passando de 4,030 milhões de toneladas para 4,133 milhões de toneladas. O resultado positivo neste segmento foi impulsionado pelos aços planos, com
incremento de 10,9% no período.
Entre janeiro e fevereiro a produção de laminados planos alcançou 2,490 milhões de toneladas contra 2,245 milhões de toneladas no primeiro bimestre do ano passado. O
produto é utilizado por setores como a indústria automotiva e fabricantes de máquinas e equipamentos.
Por outro lado, a produção de laminados longos, utilizados em grande parte na construção civil, caiu 8% nos primeiros dois meses deste ano na comparação com 2014. Foram
produzidas 1,643 milhão de toneladas, ante 1,784 milhão de toneladas no exercício passado.
Consumo - Se por um lado a produção cresceu, o consumo aparente de aço no Brasil recuou 7,4% no primeiro bimestre. O resultado atingiu 3,8 milhões de toneladas, contra
4,1 milhões de toneladas em janeiro e fevereiro de 2014. O consumo aparente contabiliza as vendas internas realizadas pelas siderúrgicas mais as
importações de aço no país. No primeiro bimestre, somente as usinas comercializaram 3,118 milhões de toneladas, ante 3,552 milhões de toneladas no mesmo período do ano
passado, queda de 12,2%.
GM paralisa produção de automóveis na Rússia
19/03/2015 - Fonte: Exame.com
A General Motors está fechando sua fábrica na Rússia e está descontinuando algumas das suas vendas no país, depois de resultados fracos e poucas perspectivas de melhora. A montadora irá paralisar a produção na fábrica de São Petersburgo, que emprega mil
funcionários, por tempo indeterminado a partir do meio do ano. Outros 300 empregos no escritório de Moscou estão em risco.
Também deixará de vender a maioria dos seus modelos Chevrolet até o fim de 2015. A turbulência política do país, além de uma economia fraca e vendas abaixo do esperado,
levaram à decisão da GM de não investir mais no mercado russo. O volume de vendas caiu 10% em 2014 e a queda aumentou em janeiro e fevereiro, segundo o Wall Street Journal, com a piora da economia.
Como a demanda por carros de luxo ainda não foi afetada, a GM irá focar suas vendas
nos modelos de luxo da Cadillac e alguns da Chevy, como o Corvette, Camaro e Tahoe. Com poucos indicadores de melhora, a GM decidiu investir os seus recursos em
empreendimentos de menos risco e busca maiores lucros para as operações europeias. A diretora executiva da operação europeia, Mary Barra, afirmou que a empresa fará o que
for necessário para atingir a meta de lucro em 2016. O presidente da montadora, Dan Ammann, está visitando todos os países em que a GM
opera e fazendo mudanças drásticas. Nos últimos meses, anunciou planos para tirara Chevrolet da Europa, paralisou as produções na Austrália e Indonésia e reestruturou o
negócio na Tailândia. Segundo a Forbes, essas ações eliminaram 500 milhões de dólares em custos anuais, além de evitar um investimento de 1,5 bilhão de dólares nos próximos
quatro anos.
Dólar sobe mais de 1% ante real com noticiário político
19/03/2015 - Fonte: Exame.com
O dólar subia mais de 1 por cento ante o real no início dos negócios desta quinta-feira, acompanhando a recuperação da moeda norte-americana no mercado externo após a
queda da véspera e de olho no noticiário político do Brasil.
Às 9h05, a moeda norte-americana avançava 1,12 por cento, a 3,2500 reais na venda, depois de cair 0,52 por cento na véspera, reagindo ao tom de cautela adotado pelo
Federal Reserve em seu comunicado de política monetária. O BC dará continuidade às intervenções diárias nesta manhã, ofertando até 2 mil swaps
cambiais, que equivalem à venda futura de dólar, com vencimentos em 1º de dezembro de 2015 e 1º de março de 2016. A operação ocorrerá entre 9h30 e 9h40 e o resultado
será divulgado a partir das 9h50. O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril, que
equivalem a 9,964 bilhões de dólares, com oferta de até 7,4 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária rolou cerca de 46 por cento do lote total.
Governo deve ceder a empresários e atenuar medidas de ajuste
19/03/2015 - Fonte: Exame.com
O governo deve ceder aos apelos de empresários e sindicalistas para que algumas medidas que compõem o ajuste fiscal sejam abrandadas.
Sem abrir mão dos objetivos de restringir o acesso a benefícios, como o seguro-desemprego e as pensões por morte, e de elevar a tributação sobre o faturamento das
empresas antes beneficiadas com a desoneração da folha de pagamentos, o governo trabalha com mudanças pontuais nas propostas.
Na quarta-feira, 18, até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi envolvido no debate sobre o ajuste fiscal. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que uma das ideias é que o
projeto de lei que será enviado pelo governo ao Congresso em substituição à medida provisória conte com uma elevação gradual da alíquota da contribuição previdenciária que incide no faturamento das empresas dos 56 setores beneficiados pela desoneração da
folha de salários.
Ontem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, confirmou que o projeto terá mudanças em relação ao desejado inicialmente.
"Ainda não definimos exatamente o contorno, mas o projeto deve atender às necessidades de financiamento da Previdência, ao mesmo tempo que responda a algumas
preocupações do setor privado." Inicialmente, o governo tinha como objetivo uma alta só nessas alíquotas, que entrariam
em vigor em junho. As empresas que contam com uma alíquota de 1% sobre o faturamento teriam o imposto elevado a 2,5% e os setores que recolhem uma alíquota de
2% à Previdência passariam a pagar 4,5%.
A proposta em estudo consiste em criar uma espécie de tabela de ajuste gradual, com aumentos da tributação ocorrendo aos poucos, até chegar aos "novos tetos" de 2,5% e 4,5%.
Com um aumento mais suave dos impostos, as empresas teriam um planejamento
tributário mais adequado para este ano e também para 2016. Ao mesmo tempo, a pequena elevação de tributos, pouco a pouco, melhoraria a arrecadação tributária.
Embora ainda não tenha uma decisão tomada por Levy, a expectativa na equipe econômica é que o projeto de lei seja mais "palatável" aos empresários e aos
parlamentares. A proposta será enviada nos próximos dias. Lula
Em outra frente, lideranças sindicais foram ontem ao ex-presidente Lula discutir a parte
do ajuste fiscal que atinge os trabalhadores. São duas medidas provisórias enviadas ao Congresso no dia 30 de dezembro, que restringem acesso ao seguro-desemprego, abono salarial, pensões por morte e auxílio-doença.
Os sindicalistas não foram avisados das medidas e desde então um cabo de guerra se
instalou entre o governo e os sindicalistas, que chegaram a ir às ruas, na sexta-feira, 13, para protestar contra o ajuste. "Precisamos ouvir mais mesmo", afirmou Lula, segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, que estava acompanhado do
vice-presidente da Força, Sérgio Luiz Leite.
A reunião entre Lula e os sindicalistas ocorreu na sede do Instituto Lula, em São Paulo. O ex-ministro Luiz Dulci também participou.
"Estamos preocupados. O governo precisa separar a necessidade do ajuste do debate
sobre mudanças em políticas sociais", disse Gonçalves. "É preciso fazer um diálogo conosco e com a sociedade, não soltar as medidas provisórias
e pronto. O seguro-desemprego tem várias questões, tem as falcatruas que a gente vê. Um debate é necessário, claro, mas não foi isso o que o governo fez."
Lula afirmou que "tem conversado com Dilma" sobre a "necessidade" de ampliar o diálogo com a sociedade, especialmente após as manifestações de rua dos dias 13, promovida por
sindicalistas, e 15, que tiveram caráter "anti-Dilma".
Segundo Gonçalves, a percepção de todos na reunião é que o governo não pode encarar a situação como um "nós contra eles". "Tirando o radicalismo, como a turma que defende golpe militar, por exemplo, é preciso
entender que a maioria está vendo problemas e, portanto, o governo precisa dialogar e melhorar", resumiu.
A equipe econômica trabalha numa forma de "compensar" eventuais recuos em aumentos
de tributos e restrições a benefícios trabalhistas e previdenciários com um corte de despesas federais.
O Orçamento deste ano foi enfim aprovado pelos parlamentares e a expectativa é que seja sancionado pela presidente Dilma Rousseff no início da semana que vem.
Assim, o caminho estará aberto para que o contingenciamento de gastos seja anunciado
Banco central dos EUA sinaliza para possível aumento das taxas de juros
19/03/2015 - Fonte: Exame.com O Federal Reserve (Fed) deu outro passo nesta quarta-feira (18/3) em direção à
normalização de sua política monetária, abandonando seu compromisso de demonstrar "paciência" antes de elevar sua taxa de juros.
Ao fim da reunião de dois dias em Washington, o Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC) confirmou novamente a manutenção de suas taxas perto de zero, nível em que se
encontram desde 2008, com o objetivo de reativar a economia.
O Banco Central inovou, contudo, na semântica a fim de enviar um sinal aos mercados que esperavam uma decisão. No comunicado final a instituição não faz referência à "paciência" à qual se referiu nas últimas duas reuniões para justificar a manutenção da
medida de política monetária
"Conforme nosso comunicado anterior, o Comitê estima que uma alta das taxas de fundos federais continua sendo improvável durante a reunião do Comitê Monetário de abril", prevista para 28 e 29 do mês que vem, diz o comunicado.
"Essa mudança na mensagem de orientação não significa que o Comitê tenha decidido
uma data para o primeiro aumento das taxas", acrescentou o Fed. A presidente do Fed Janet Yellen reforçou esse posicionamento na coletiva de imprensa,
reiterando que "a mudança da nossa mensagem de orientação não deve ser interpretada
como um calendário de alta das taxas, dizendo que o Fed não se demonstrará impaciência.
"O simples fato de termos retirado o termo 'paciente' do comunicado não significa que seremos impacientes", explicou Yellen, embora não tenha descartado a possibilidade de
elevação das taxas nas próximas reuniões. "Não podemos dar certeza e não devemos fazer isso porque a evolução da economia é
incerta", afirmou.
Em seu comunicado, adotado por unanimidade, o Fed afirmou que não seria "apropriado" elevar as taxas até que sejam constatadas "novas melhorias" no emprego e quando tiver "confiança razoável" de que a inflação alcançará a meta de 2% ao ano.
Inflação em queda
Em defesa da manutenção da taxa de juros, o Fed destaca alguns pontos fracos da economia americana. Embora reconheça que as condições do mercado de trabalho
continuam melhorando, o Banco Central ressalta que o crescimento econômico é moderado.
No quarto trimestre 2014, o aumento do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos foi
reduzido, ficando em 2,2% ao ano. Indicadores recentes, principalmente no setor imobiliário parecem sugerir que o inverno
rigoroso afetou novamente a atividade econômica em grande parte do país.
Em seu comunicado, o FOMC também destaca que a inflação continuou em queda, pressionada pela redução dos preços do petróleo, afastando-se da meta de longo prazo do Fed.
Em janeiro, os preços ao consumo nos Estados Unidos aumentaram apenas 0,2% em
relação ao mesmo período de 2014. O Fed reduziu suas previsões de crescimento e inflação para 2015 e 2016, mas se
declarou otimista sobre a taxa de desemprego do país.
Segundo o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA aumentará somente 2,3%. A previsão em dezembro do ano passado era de 2,6%