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1 DO PROCESSO DE DO PROCESSO DE EXECUÇÃO EXECUÇÃO Prof. José Raimundo Costa Prof. José Raimundo Costa

1 DO PROCESSO DE EXECUÇÃO Prof. José Raimundo Costa

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DO PROCESSO DE DO PROCESSO DE EXECUÇÃOEXECUÇÃO

Prof. José Raimundo CostaProf. José Raimundo Costa

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SUMÁRIOSUMÁRIO GENERALIDADESGENERALIDADES PRINCÍPIOSPRINCÍPIOS LEGITIMAÇÃOLEGITIMAÇÃO COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA MODALIDADESMODALIDADES PETIÇÃO INICIALPETIÇÃO INICIAL

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GENRALIDADES - IGENRALIDADES - I

DIREITO A UMA PRESTAÇÃO E EXECUÇÃODIREITO A UMA PRESTAÇÃO E EXECUÇÃO É É o poder jurídico, conferido a alguém, de exigir o poder jurídico, conferido a alguém, de exigir de outrem o cumprimento de uma prestação, de outrem o cumprimento de uma prestação, que pode ser um fazer, não-fazer, ou um dar que pode ser um fazer, não-fazer, ou um dar (dinheiro ou coisa distinta de dinheiro).(dinheiro ou coisa distinta de dinheiro).

O direito a uma prestação precisa ser O direito a uma prestação precisa ser concretizado no mundo físico. A sua efetivação concretizado no mundo físico. A sua efetivação ou satisfação é a realização da prestação ou satisfação é a realização da prestação devida. devida.

Quando o sujeito passivo não cumpre a Quando o sujeito passivo não cumpre a prestação, ocorre o inadimplemento, podendo o prestação, ocorre o inadimplemento, podendo o credor recorrer ao Poder Judiciário, buscando a credor recorrer ao Poder Judiciário, buscando a tutela jurisdicional executiva. tutela jurisdicional executiva.

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GENERALIDADES - IIGENERALIDADES - II

DIREITO POTESTATIVO E EXECUÇÃODIREITO POTESTATIVO E EXECUÇÃO O direito potestativo é direito de criar, alterar O direito potestativo é direito de criar, alterar

ou extinguir situações jurídicas que envolvam ou extinguir situações jurídicas que envolvam outro sujeito no estado de sujeição.outro sujeito no estado de sujeição.

Efetiva-se normalmente, bastando a decisão Efetiva-se normalmente, bastando a decisão judicial para que ele se realize no mundo das judicial para que ele se realize no mundo das situações jurídicas.situações jurídicas.

Não se relaciona a qualquer prestação do Não se relaciona a qualquer prestação do sujeito passivo, logo não precisa ser sujeito passivo, logo não precisa ser executado.executado.

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GENERALIDADES – IIIGENERALIDADES – III

Conceito de Execução – Conceito de Execução – Executar é Executar é satisfazer uma prestação devida, podendo satisfazer uma prestação devida, podendo ser:ser:

Espontânea – Espontânea – quando o devedor cumpre quando o devedor cumpre voluntariamente a prestação e,voluntariamente a prestação e,

Forçada – Forçada – quando o cumprimento da quando o cumprimento da prestação é obtido por meio da prática de prestação é obtido por meio da prática de atos executivos pelo estado.atos executivos pelo estado.

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GENERALIDADES - IVGENERALIDADES - IV

Execução e processo de execuçãoExecução e processo de execução Há duas técnicas processuais de viabilizar Há duas técnicas processuais de viabilizar

a execução: a execução: a) a) processo autônomoprocesso autônomo: a efetivação é : a efetivação é

objeto de um processo autônomo, objeto de um processo autônomo, instaurado com essa finalidade; instaurado com essa finalidade;

b) b) fase de execução:fase de execução: a execução ocorre a execução ocorre dentro de um processo já existente, como dentro de um processo já existente, como uma de suas fases (Art. 461, 461-A e 475-J). uma de suas fases (Art. 461, 461-A e 475-J).

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CLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃOCLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃO

1 - Execução Comum e execução especial1 - Execução Comum e execução especial. . A execução distingue-se de acordo com o A execução distingue-se de acordo com o

seu procedimento.seu procedimento. Há Há procedimentos executivos comunsprocedimentos executivos comuns, ,

que servem para uma generalidade de que servem para uma generalidade de créditos, como é o caso da execução por créditos, como é o caso da execução por quantia certa e,quantia certa e,

Há os Há os procedimentos executivos procedimentos executivos especiaisespeciais, que servem à satisfação de , que servem à satisfação de alguns créditos específicos, como é o caso alguns créditos específicos, como é o caso da execução de alimentos e execução fiscal.da execução de alimentos e execução fiscal.

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CLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃOCLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃO

2 – Execução fundada em título judicial e 2 – Execução fundada em título judicial e execução fundada em título extrajudicial.execução fundada em título extrajudicial.

A execução pode ser classificada de acordo A execução pode ser classificada de acordo com o título executivo que a lastreia.com o título executivo que a lastreia.

Se o título for judicial (art. 475-N), aplicam-se Se o título for judicial (art. 475-N), aplicam-se as regras do cumprimento de sentença (CPC, as regras do cumprimento de sentença (CPC, art. 475-J a 475-R);art. 475-J a 475-R);

Se o título for extrajudicial (art. 585) a Se o título for extrajudicial (art. 585) a execução é disciplinada pelas normas execução é disciplinada pelas normas contidas no Livro II do CPC, com regras a contidas no Livro II do CPC, com regras a partir do art. 652. partir do art. 652.

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CLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃOCLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃO

3) Execução direta e execução indireta3) Execução direta e execução indireta

A execução diretaA execução direta ocorre nas decisões que impõem uma ocorre nas decisões que impõem uma prestação ao réu. prestação ao réu.

As medidas executivas são levadas a efeito mesmo contra As medidas executivas são levadas a efeito mesmo contra a vontade do executado, pois são adotadas em substituição a vontade do executado, pois são adotadas em substituição à conduta do devedor. São medidas à conduta do devedor. São medidas sub-rogatóriassub-rogatórias..

A execução indiretaA execução indireta se dá nas decisões mandamentais, se dá nas decisões mandamentais, cuja prestação requer medidas coercitivas que atue na cuja prestação requer medidas coercitivas que atue na vontade do devedor como forma de compeli-lo a a cumprir vontade do devedor como forma de compeli-lo a a cumprir a ordem judicial. Não há substituição da conduta do a ordem judicial. Não há substituição da conduta do devedor. devedor.

O Estado força, por meio de coerção psicológica, a que o O Estado força, por meio de coerção psicológica, a que o próprio executado cumpra a prestação. próprio executado cumpra a prestação.

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CLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃOCLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃO

4) Execução definitiva e execução 4) Execução definitiva e execução provisória.provisória.

É definitiva É definitiva a execução completa, que vai até a a execução completa, que vai até a fase final sem exigências adicionais para o credor-fase final sem exigências adicionais para o credor-exequente.exequente.

Provisória Provisória é a execução fundada em título é a execução fundada em título provisório que pode chegar o seu final, mas exige provisório que pode chegar o seu final, mas exige alguns requisitos extras para o credor-exequente alguns requisitos extras para o credor-exequente (CPC, art. 475-I, § 1º e 587).(CPC, art. 475-I, § 1º e 587).

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Texto legalTexto legal

Art. 587.  É definitiva a execução fundada em título Art. 587.  É definitiva a execução fundada em título extrajudicial; é provisória enquanto pendente extrajudicial; é provisória enquanto pendente apelação da sentença de improcedência dos apelação da sentença de improcedência dos embargos do executado, quando recebidos com embargos do executado, quando recebidos com efeito suspensivo (art. 739). efeito suspensivo (art. 739). (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).(Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).

Art. 475-I, § 1Art. 475-I, § 1ºº - É definitiva a execução da sentença - É definitiva a execução da sentença transitada em julgado e provisória quando se tratar transitada em julgado e provisória quando se tratar de sentença impugnada mediante recurso ao qual de sentença impugnada mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito suspensivo. não foi atribuído efeito suspensivo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)(Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

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PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃOPRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO

Nulla executio sine tituloNulla executio sine titulo, segundo o qual é , segundo o qual é nula a execução que não tem um titulo executivo. nula a execução que não tem um titulo executivo. Esse título pode ser judicial ou extrajudicial. Esse título pode ser judicial ou extrajudicial.

A regra é que só haja execução com um título, A regra é que só haja execução com um título, mas há casos em que há execução sem título. mas há casos em que há execução sem título.

É o caso da É o caso da tutela antecipadatutela antecipada. A tutela . A tutela antecipada não é um título e sim mera antecipada não é um título e sim mera interlocutória (a sentença é que é um título), mas interlocutória (a sentença é que é um título), mas mesmo assim permite-se a execução sem título. mesmo assim permite-se a execução sem título.

Na ação monitória, quando o juiz expede Na ação monitória, quando o juiz expede mandado de pagamento e o réu não comparece e mandado de pagamento e o réu não comparece e nem paga, o mandado de pagamento aliado a nem paga, o mandado de pagamento aliado a inércia permite a instauração da execução, inércia permite a instauração da execução, mesmo sem título. mesmo sem título.

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PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃOPRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO Autonomia da execuçãoAutonomia da execução significa que a execução se significa que a execução se

desenvolve em um processo autônomo, ou seja, é um desenvolve em um processo autônomo, ou seja, é um outro processo, previsto no título II do CPC.outro processo, previsto no título II do CPC.

Se a execução é de sentença proferida em processo Se a execução é de sentença proferida em processo civil (título judicial), não há mais autonomia do processo civil (título judicial), não há mais autonomia do processo de execução. de execução.

Neste caso, a execução é chamada de cumprimento de Neste caso, a execução é chamada de cumprimento de sentença. sentença.

De outra parte, se a obrigação é de pagar e for contra a De outra parte, se a obrigação é de pagar e for contra a Fazenda Pública, continua havendo autonomia de Fazenda Pública, continua havendo autonomia de execução se o título for judicial. execução se o título for judicial.

Mas se o título for extrajudicial, a autonomia persiste, Mas se o título for extrajudicial, a autonomia persiste, independentemente da espécie de obrigação, logo independentemente da espécie de obrigação, logo haverá um processo de execução cujo regime está no haverá um processo de execução cujo regime está no livro II do Código e outro processo diferente do de livro II do Código e outro processo diferente do de conhecimento.conhecimento.

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PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃOPRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO

Tipicidade das medidas executivasTipicidade das medidas executivas segundo o segundo o qual o juiz só deve determinar as medidas qual o juiz só deve determinar as medidas executivas que estão expressamente previstas executivas que estão expressamente previstas em lei. em lei.

Então o juiz vai determinar apenas penhora, Então o juiz vai determinar apenas penhora, arrematação, adjudicação, alienação por arrematação, adjudicação, alienação por iniciativa particular.iniciativa particular.

Há dois tipos de medidas executivas: as Há dois tipos de medidas executivas: as sub-sub-rogatóriasrogatórias e as e as coercitivascoercitivas. .

As medidas As medidas sub-rogatóriassub-rogatórias são aquelas levadas são aquelas levadas a efeito mesmo contra a vontade do devedor. a efeito mesmo contra a vontade do devedor.

Já as medidas Já as medidas coercitivascoercitivas são aquelas que só se são aquelas que só se efetivam se houver a manifestação de vontade do efetivam se houver a manifestação de vontade do devedor. devedor.

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PRINCÍPIOS NA EXECUÇÃOPRINCÍPIOS NA EXECUÇÃO

O §5º do art. 461, do CPC, prevê algumas medidas que O §5º do art. 461, do CPC, prevê algumas medidas que o juiz pode utilizar. É um elenco exemplificativo de o juiz pode utilizar. É um elenco exemplificativo de medidas. medidas.

Com isso, o legislador criou o Com isso, o legislador criou o princípio da princípio da atipicidade das medidas executivasatipicidade das medidas executivas. .

Há autores que defendem que a atipicidade está para Há autores que defendem que a atipicidade está para

todas, ou seja, o juiz pode determinar medidas sub-todas, ou seja, o juiz pode determinar medidas sub-rogatórias atípicas.rogatórias atípicas.

O entendimento que prevalece é que o §5º prevê uma O entendimento que prevalece é que o §5º prevê uma atipicidade apenas para as medidas coercitivas e, atipicidade apenas para as medidas coercitivas e, quanto às sub-rogatórias, continua havendo a quanto às sub-rogatórias, continua havendo a tipicidade. tipicidade.

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PRINCÍPIOS NA EXECUÇÃOPRINCÍPIOS NA EXECUÇÃO

Princípio da menor onerosidade - Princípio da menor onerosidade - significa que a execução deve ser a menos significa que a execução deve ser a menos onerosa possível para o executado. Ou onerosa possível para o executado. Ou seja, se há várias medidas possíveis de seja, se há várias medidas possíveis de serem adotadas, o juiz deve optar por serem adotadas, o juiz deve optar por aquela menos onerosa, que cause menor aquela menos onerosa, que cause menor impacto patrimonial para o executado. impacto patrimonial para o executado.

Esse princípio está concretizado no art. Esse princípio está concretizado no art. 620. 620.

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LEGITIMAÇÃO - ILEGITIMAÇÃO - I

Das partes na execuçãoDas partes na execução – as partes ativas – as partes ativas e passivas são chamadas tradicionalmente e passivas são chamadas tradicionalmente no processo de execução de exequente no processo de execução de exequente (credor) e executado (devedor). (credor) e executado (devedor).

O CPC, no entanto, prefere denominá-las O CPC, no entanto, prefere denominá-las simplesmente de credor e devedor, o que, simplesmente de credor e devedor, o que, todavia, não importa banir da linguagem todavia, não importa banir da linguagem doutrinária e forense as expressões doutrinária e forense as expressões tradicionais de exequente e executado, tradicionais de exequente e executado, mesmo porque mais significativas do que mesmo porque mais significativas do que aquelas eleitas pela nomenclatura legal:aquelas eleitas pela nomenclatura legal:

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SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567

a) Legitimação ativa originária do a) Legitimação ativa originária do credor – credor – no art. 566, I do CPC, tem-se a no art. 566, I do CPC, tem-se a legitimação originária, ou seja, aquele que legitimação originária, ou seja, aquele que decorre do conteúdo do próprio título decorre do conteúdo do próprio título executivo e compreende executivo e compreende o credor a quem o credor a quem a lei confere título executivoa lei confere título executivo. .

Assim, no título judicial, credor ou Assim, no título judicial, credor ou exeqüente será o vencedor da causa, exeqüente será o vencedor da causa, como tal apontado na sentença. como tal apontado na sentença.

E, no título extrajudicial, será a pessoa em E, no título extrajudicial, será a pessoa em favor de quem se contraiu a obrigação. favor de quem se contraiu a obrigação.

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SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567

b) Legitimação extraordinária do b) Legitimação extraordinária do Ministério PúblicoMinistério Público (art. 566, II do CPC) – (art. 566, II do CPC) – para os casos prescritos em lei.para os casos prescritos em lei.

Atente-se que o MP ora funciona como Atente-se que o MP ora funciona como órgão agenteórgão agente (art. 81 do CPC), ora como (art. 81 do CPC), ora como órgão intervenienteórgão interveniente (art. 82 do CPC). No (art. 82 do CPC). No processo executivo, sua legitimação ativa processo executivo, sua legitimação ativa ocorrerá em regra nas hipóteses em que ocorrerá em regra nas hipóteses em que figure como órgão agente (art. 81 do CPC). figure como órgão agente (art. 81 do CPC).

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SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567

c) Legitimação derivadac) Legitimação derivada (superveniente) – o art. (superveniente) – o art. 567 do CPC completa o elenco das pessoas 567 do CPC completa o elenco das pessoas legitimadas ativamente para a execução forçada, legitimadas ativamente para a execução forçada, arrolando os casos em que estranhos à formação arrolando os casos em que estranhos à formação do título executivo tornaram-se, posteriormente, do título executivo tornaram-se, posteriormente, sucessores do credor, assumindo, por isso, a sucessores do credor, assumindo, por isso, a posição que lhe competia no vinculo obrigacional posição que lhe competia no vinculo obrigacional primitivo. Assim, a legitimação derivada ou primitivo. Assim, a legitimação derivada ou superveniente compreende: superveniente compreende:

c.1) o espólio, os herdeiros ou os sucessores c.1) o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste do credor, sempre que, por morte deste lhes for transmitido o direito resultante do lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;título executivo;

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SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567

Apesar do CPC ser omisso quanto a situação da Apesar do CPC ser omisso quanto a situação da massa falida, do condomínio, e da herança massa falida, do condomínio, e da herança jacente ou vacante, no processo executivo, jacente ou vacante, no processo executivo, limitando-se a arrolar o espólio como limitando-se a arrolar o espólio como universalidade capaz de promover e sofrer a universalidade capaz de promover e sofrer a execução forçada – por óbvio se deve considerá-execução forçada – por óbvio se deve considerá-las como partes ativas no processo de execução. las como partes ativas no processo de execução.

Assim, quanto à Assim, quanto à massa falidamassa falida, essa será , essa será representada pelo Administrador Judicial (CPC, representada pelo Administrador Judicial (CPC, art. 12, III c/c Lei 11.101/2005); o art. 12, III c/c Lei 11.101/2005); o condomíniocondomínio pelo administrador ou síndico (CPC, art. 12, IX); e pelo administrador ou síndico (CPC, art. 12, IX); e a a herança jacente ou vacanteherança jacente ou vacante pelo curador pelo curador (CPC, art. 12, IV). (CPC, art. 12, IV).

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SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567

c.2) o cessionário quando o direito resultante do c.2) o cessionário quando o direito resultante do título executivo lhe foi transferido por ato entre título executivo lhe foi transferido por ato entre vivos -vivos - Considera-se cessionário o beneficiário da Considera-se cessionário o beneficiário da transferência negocial de um crédito por ato transferência negocial de um crédito por ato inter inter vivosvivos, oneroso ou gratuito. Outrossim, para que haja , oneroso ou gratuito. Outrossim, para que haja a transferência negocial do crédito é preciso que a a transferência negocial do crédito é preciso que a isso não se oponham a natureza da obrigação, a lei, isso não se oponham a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção entre as partes (CC, art. 286). ou a convenção entre as partes (CC, art. 286).

c.3) o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal c.3) o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional -ou convencional - Diz-se credor sub-rogado aquele Diz-se credor sub-rogado aquele que paga a dívida de outrem, assumindo todos os que paga a dívida de outrem, assumindo todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo credor contra o devedor principal e seus fiadores (CC, credor contra o devedor principal e seus fiadores (CC, art. 349). art. 349).

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SUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPCSUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPC

Sujeitos passivos Sujeitos passivos – dentro da sistemática do art. 568 – dentro da sistemática do art. 568 do CPC, a legitimação passiva pode ser dividida em: do CPC, a legitimação passiva pode ser dividida em: devedores origináriosdevedores originários; ; sucessores do devedor origináriosucessores do devedor originário; ; e os apenas responsáveise os apenas responsáveis..

a) devedor originárioa) devedor originário – o devedor, reconhecido como tal – o devedor, reconhecido como tal no título executivo. Se se trata de cumprimento de no título executivo. Se se trata de cumprimento de sentença, o executado será o vencido no processo de sentença, o executado será o vencido no processo de conhecimento e sua identificação far-se-á pela simples conhecimento e sua identificação far-se-á pela simples leitura do decisório exeqüendo. leitura do decisório exeqüendo.

Convém lembrar que não apenas o réu pode ser Convém lembrar que não apenas o réu pode ser vencido, pois também o autor, quando decai de seu vencido, pois também o autor, quando decai de seu pedido, é condenado aos efeitos da sucumbência pedido, é condenado aos efeitos da sucumbência (custas e honorários advocatícios), assumindo a posição (custas e honorários advocatícios), assumindo a posição de vencido e sujeitando-se à execução forçada. de vencido e sujeitando-se à execução forçada.

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SUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPCSUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPC

Necessário diferenciar o Necessário diferenciar o devedordevedor (quem deve) e (quem deve) e o o responsávelresponsável (quem tem apenas a (quem tem apenas a responsabilidade). responsabilidade).

Relembre-se que a relação obrigacional é Relembre-se que a relação obrigacional é composta pela composta pela dívidadívida (caráter pessoal), e pela (caráter pessoal), e pela responsabilidaderesponsabilidade (caráter de sujeição (caráter de sujeição patrimonial). patrimonial).

Normalmente esses dois elementos estão Normalmente esses dois elementos estão presentes no pólo passivo da atividade executiva presentes no pólo passivo da atividade executiva (quando o executado é o próprio devedor), mas (quando o executado é o próprio devedor), mas poderá ocorrer de apenas o segundo elemento se poderá ocorrer de apenas o segundo elemento se fazer presente (quando o executado for apenas fazer presente (quando o executado for apenas um garante e não aquele que contraiu a dívida).um garante e não aquele que contraiu a dívida).

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SUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPCSUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPC

b)b) Sucessores do devedor originário:Sucessores do devedor originário:

b.1) o espólio, os herdeiros ou os sucessores do b.1) o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedordevedor – atente-se que o patrimônio do espólio não – atente-se que o patrimônio do espólio não se confunde com o patrimônio pessoal dos herdeiros. se confunde com o patrimônio pessoal dos herdeiros.

O patrimônio do terceiro não está sujeito à execução O patrimônio do terceiro não está sujeito à execução (princípio do benefício do inventário). (princípio do benefício do inventário).

Outrossim, após efetuada a partilha, desaparece o Outrossim, após efetuada a partilha, desaparece o espólio, e nesse caso poderá responder o herdeiro espólio, e nesse caso poderá responder o herdeiro e/ou sucessor pelas dívidas do finado “na proporção e/ou sucessor pelas dívidas do finado “na proporção da parte que na herança lhe coube” (CPC, art. 597). da parte que na herança lhe coube” (CPC, art. 597).

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SUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPCSUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPC

b.2)b.2) o novo devedor, que assumiu, o novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título obrigação resultante do título executivoexecutivo..

Trata-se de hipótese de cessão de débito, Trata-se de hipótese de cessão de débito, o que no ordenamento brasileiro só é o que no ordenamento brasileiro só é aceito com expressa anuência do credor. aceito com expressa anuência do credor.

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SUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPCSUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPC

c) Apenas responsáveisc) Apenas responsáveis – nessas hipóteses, – nessas hipóteses, figuram no pólo passivo da execução - não os figuram no pólo passivo da execução - não os devedores originários -, mas as pessoas que devedores originários -, mas as pessoas que se responsabilizaram pelo adimplemento da se responsabilizaram pelo adimplemento da dívida que não contraíram. São típicas dívida que não contraíram. São típicas hipóteses de caução fidejussória (pessoal): hipóteses de caução fidejussória (pessoal):

c.1) o fiador judicialc.1) o fiador judicial – é aquele que assume, – é aquele que assume, por termo nos autos, a responsabilidade por por termo nos autos, a responsabilidade por determinada obrigação, nos casos em que a determinada obrigação, nos casos em que a lei exige algum tipo de caução ou garantia (v. lei exige algum tipo de caução ou garantia (v. g., art.273, § 3º , art. 588, II, art.804, CPC). g., art.273, § 3º , art. 588, II, art.804, CPC).

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SUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPCSUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPC

Solvendo a dívida o fiador terá ação regressiva contra Solvendo a dívida o fiador terá ação regressiva contra o devedor, sub-rogando-se nos direitos do credor e o devedor, sub-rogando-se nos direitos do credor e legitimando-se ao manejo da execução forçada legitimando-se ao manejo da execução forçada contra o afiançado (CC, art. 832) que poderá se dar contra o afiançado (CC, art. 832) que poderá se dar nos mesmos autos (CPC, art. 595, parágrafo único). nos mesmos autos (CPC, art. 595, parágrafo único).

Seja convencional ou judicial, é assegurado o Seja convencional ou judicial, é assegurado o benefício da ordem, isto é, a faculdade de nomear a benefício da ordem, isto é, a faculdade de nomear a penhora bens livres e desembargados do devedor penhora bens livres e desembargados do devedor (CPC, art. 595). (CPC, art. 595).

Assim, a execução incidirá, primeiro, sobre bens do Assim, a execução incidirá, primeiro, sobre bens do afiançado, e só se estes não forem suficientes é que afiançado, e só se estes não forem suficientes é que recairá sobre o patrimônio do fiador;recairá sobre o patrimônio do fiador;

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SUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPCSUJEITOS PASSIVOS – Art. 568, CPC

c.2) o fiador extrajudicial c.2) o fiador extrajudicial – caso esse figure no título – caso esse figure no título executivo extrajudicial (e a este nada se oponha), será executivo extrajudicial (e a este nada se oponha), será parte legítima passiva da execução. parte legítima passiva da execução.

c.3) o responsável tributário, assim definido na c.3) o responsável tributário, assim definido na legislação próprialegislação própria – conforme legislação própria (Lei – conforme legislação própria (Lei n° 5.172/66 - CTN) considera-se responsável tributário n° 5.172/66 - CTN) considera-se responsável tributário “a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou “a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniária” (CTN, art. 121, penalidade pecuniária” (CTN, art. 121, caputcaput). Que ). Que poderá ser o contribuinte (quando tenha relação poderá ser o contribuinte (quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador – CTN, art. 121, parágrafo respectivo fato gerador – CTN, art. 121, parágrafo único, I) ou o responsável (quando, sem revestir a único, I) ou o responsável (quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa da lei – CTN, art. 121, parágrafo disposição expressa da lei – CTN, art. 121, parágrafo único, II). único, II).

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

a)a) Competência para execução de título Competência para execução de título executivo judicialexecutivo judicial – assim dispõe o art. 475-P e – assim dispõe o art. 475-P e 575 do CPC: 575 do CPC: a execução, fundada em título judicial, a execução, fundada em título judicial, processar-se-á peranteprocessar-se-á perante: :

a.1) a.1) os tribunais superiores, nas causas de sua os tribunais superiores, nas causas de sua competência origináriacompetência originária; ;

a.2) a.2) o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdiçãojurisdição; ;

a.3) a.3) o juízo cível competente, quando o título o juízo cível competente, quando o título executivo for a sentença penal condenatória ou executivo for a sentença penal condenatória ou sentença arbitralsentença arbitral..

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

Exceções:Exceções: Na execução de alimentosNa execução de alimentos, cuja competência é , cuja competência é

fixada no domicílio ou residência do alimentando fixada no domicílio ou residência do alimentando (Art. 100, II, do CPC). (Art. 100, II, do CPC).

Parágrafo Único do art. 475-PParágrafo Único do art. 475-P que concede ao que concede ao credor a faculdade de optar em promover a credor a faculdade de optar em promover a execução (cumprimento de sentença) no foro execução (cumprimento de sentença) no foro onde se encontrem os bens do devedor sujeito à onde se encontrem os bens do devedor sujeito à expropriação ou no domicílio atual do devedor expropriação ou no domicílio atual do devedor executado, casos em que a remessa dos autos do executado, casos em que a remessa dos autos do processo de conhecimento será solicitada ao juízo processo de conhecimento será solicitada ao juízo de origem, pelo juízo onde foi proposta a de origem, pelo juízo onde foi proposta a execução.execução.

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

Para execução de títulos extrajudiciaisPara execução de títulos extrajudiciais – a – a competência é territorial e relativa, vez que competência é territorial e relativa, vez que determina-se a competência, em caso de execução determina-se a competência, em caso de execução de título extrajudicial, segundo as regras comuns de título extrajudicial, segundo as regras comuns do processo de conhecimento, pois o art. 576, do do processo de conhecimento, pois o art. 576, do CPC remete o processamento da execução, CPC remete o processamento da execução, fundada em título executivo extrajudicial, para as fundada em título executivo extrajudicial, para as regras do Livro I, Título IV, Capítulo II e III, do CPC, regras do Livro I, Título IV, Capítulo II e III, do CPC, ou seja, do art. 88 a 124 do CPC. ou seja, do art. 88 a 124 do CPC.

Há de se observar a seguinte ordem de Há de se observar a seguinte ordem de preferência: 1° foro de eleição; 2° lugar de preferência: 1° foro de eleição; 2° lugar de pagamento (pagamento (querablequerable ou ou portableportable); e 3° domicílio ); e 3° domicílio do devedor.do devedor.

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

Para a execução fiscalPara a execução fiscal – a – a competência para processar e julgar competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui a de qualquer Fazenda Pública exclui a de qualquer outro juízo, inclusive o da falência, outro juízo, inclusive o da falência, da Recuperação Judicial, da da Recuperação Judicial, da liquidação, da insolvência ou do liquidação, da insolvência ou do inventário. inventário.

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CompetênciaCompetência O art. 578, do CPC diz que a execução fiscal (Art. 585, O art. 578, do CPC diz que a execução fiscal (Art. 585,

VII, do CPC), será proposta:VII, do CPC), será proposta:1)1) no foro do domicílio do réu e se não o tiver, no de sua no foro do domicílio do réu e se não o tiver, no de sua

residência ou no lugar onde for encontrado. residência ou no lugar onde for encontrado. 2)2) Quando houver mais de um devedor, a Fazenda Quando houver mais de um devedor, a Fazenda

Pública pode escolher o foro competente de qualquer Pública pode escolher o foro competente de qualquer um deles.um deles.

3)3) Quando o devedor tiver mais de um domicílio, também Quando o devedor tiver mais de um domicílio, também poderá escolher quaisquer deles. poderá escolher quaisquer deles.

4)4) Poderá, também, a seu critério, a Fazenda Pública Poderá, também, a seu critério, a Fazenda Pública propor a execução no foro do lugar em que se praticou propor a execução no foro do lugar em que se praticou o ato ou ocorreu o fato que deu origem à dívida, o ato ou ocorreu o fato que deu origem à dívida, mesmo que nele não mais resida o devedor ou, ainda, mesmo que nele não mais resida o devedor ou, ainda, no foro da situação dos bens, quando a dívida deles se no foro da situação dos bens, quando a dívida deles se originar (CPC, Art. 578, Parágrafo Único).originar (CPC, Art. 578, Parágrafo Único).

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COMPTÊNCIACOMPTÊNCIA

PPara execução de sentença estrangeiraara execução de sentença estrangeira – a sentença estrangeira não pode ser – a sentença estrangeira não pode ser imediatamente executada no Brasil. Sua imediatamente executada no Brasil. Sua eficácia em nosso território depende de sua eficácia em nosso território depende de sua prévia homologação pelo STJ (EC/45). prévia homologação pelo STJ (EC/45).

Após, serão obedecidos os procedimentos Após, serão obedecidos os procedimentos executivos previstos no art. 190, X da CF executivos previstos no art. 190, X da CF (competência da Justiça Federal de 1° grau).(competência da Justiça Federal de 1° grau).

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MODALIDADES DE EXECUÇÃOMODALIDADES DE EXECUÇÃO

Execução de obrigação de fazer e não Execução de obrigação de fazer e não fazer;fazer;

Execução de obrigação de entregar coisa Execução de obrigação de entregar coisa certa e incerta;certa e incerta;

Execução de obrigação de pagar;Execução de obrigação de pagar; Execução contra a Fazenda Pública;Execução contra a Fazenda Pública; Execução fiscal;Execução fiscal; Execução de prestação de alimentos;Execução de prestação de alimentos; Execução coletiva.Execução coletiva.

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PETIÇÃO INICIAL - IPETIÇÃO INICIAL - I

Pressupostos processuais e condições da ação Pressupostos processuais e condições da ação executivaexecutiva – sendo a execução forçada uma forma – sendo a execução forçada uma forma de ação, o seu exercício sofre subordinação aos de ação, o seu exercício sofre subordinação aos pressupostos processuais e às condições da ação. pressupostos processuais e às condições da ação.

Com relação aos Com relação aos pressupostos processuaispressupostos processuais da da execução, se reclamam:execução, se reclamam:

1)1) a capacidade das partes, a capacidade das partes, 2)2) a regular representação nos autos por advogado, a regular representação nos autos por advogado, 3)3) a competência do órgão judicial e a competência do órgão judicial e 4)4) o procedimento legal compatível com o tipo de o procedimento legal compatível com o tipo de

pretensão executiva. pretensão executiva.

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PETIÇÃO INICIAL - IIPETIÇÃO INICIAL - II

As condições da açãoAs condições da ação, , prevalecem as mesmas condições prevalecem as mesmas condições genéricas de todas as ações:genéricas de todas as ações:

1)1) Possibilidade jurídica do pedido; Possibilidade jurídica do pedido; 2)2) legitimidade das partes e legitimidade das partes e 3)3) interesse processual.interesse processual.

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Petição Inicial - IIIPetição Inicial - III

Além disso, a execução forçada exige Além disso, a execução forçada exige alguns alguns pressupostos e condições pressupostos e condições específicasespecíficas. a conjugação de dois . a conjugação de dois requisitos básicos e indispensáveis para o requisitos básicos e indispensáveis para o processo de execução e que são:processo de execução e que são:

a) o formala) o formal – que é a existência do título – que é a existência do título executivo, pelo qual se extrai o atestado de executivo, pelo qual se extrai o atestado de certeza e liquidez da dívida (art. 586, CPC);certeza e liquidez da dívida (art. 586, CPC);

b) o práticob) o prático – que é a atitude ilícita do – que é a atitude ilícita do devedor, consistente no inadimplemento da devedor, consistente no inadimplemento da obrigação, que comprova a exigibilidade da obrigação, que comprova a exigibilidade da dívida (art. 580, CPC).dívida (art. 580, CPC).

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BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

Wambier, Luiz Rodrigues. Coord. Wambier, Luiz Rodrigues. Coord. Curso Curso Avançado de Processo Civil.Avançado de Processo Civil. V.2. 9ª ed. V.2. 9ª ed. São Paulo: RT, 2007.São Paulo: RT, 2007.

Didier Jr, Fredier. Coord: Didier Jr, Fredier. Coord: Curso de Direito Curso de Direito Processual Civil. Execução. Processual Civil. Execução. V.5, Salvador. V.5, Salvador. Ed. Juspodivm, 2009.Ed. Juspodivm, 2009.

Bueno, Cassio Scarpinella. Bueno, Cassio Scarpinella. Curso Curso Sistematizado de Direito Processual Civil.Sistematizado de Direito Processual Civil. V.3, São Paulo: Saraiva, 2008V.3, São Paulo: Saraiva, 2008