35

Click here to load reader

1 Macabeus

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Livro Macabeus leitura comentada pela CNBB

Citation preview

  • 544

    1Mc

    1 MACABEUSA Bblia cannica apresenta dois livros dos

    Macabeus, profundamente diferentes entre si.Apresentamos aqui o primeiro (1Mc), a crni-ca da luta por Deus e pela Ptria travadapelos nacionalistas judeus do sculo 2 aC.Vejamos as circunstncias histricas.Por volta de 330 aC, Alexandre Magno, o

    grego, conquistou o Prximo e Mdio Orien-te, desde o Egito at parte da ndia. Depoisde sua morte, seu reino foi dividido entreseus generais, que fundaram dinastias naSria (os selucidas) e no Egito (os lgidasou ptolomeus). At ca. 200 aC, Jud ficou empoder dos egpcios, mantendo com eles umarelao de simpatia. Naquele tempo, Alexan-dria (capital do Egito fundada por Ale-xandre) tornou-se a maior colnia judaicada Antiguidade; os judeus traduziram ali aBblia para o grego e acrescentaram novoslivros, como o Eclesistico e Sabedoria (cf.Intr. ao Eclesistico e Intr. Geral).Quando, porm, em 197 aC, os sucessores

    srios de Alexandre invadiram a Palestina,impuseram, com a ajuda da aristocracia ju-daica, um imperialismo cultural, com o in-tuito de fazer da Judia um estado helenista(i., de cultura grega). Em 167, o rei AntocoEpfanes saqueou o templo de Jerusalm einstalou ali uma esttua de Jpiter, enquan-to perseguia os judeus praticantes at no in-terior do pas. Isso deu origem resistnciados piedosos (hasidim, os hassideus), orga-

    nizados em torno de Matatias e seu filho Ju-das, o Macabeu (= martelo). Em 164, Judasreconquistou o templo, no porm a cida-dela na outra colina de Jerusalm, de modoque o conflito se prolongou. Depois da mortede Judas, sucederam-lhe seus irmos Jnatase Simo e o filho deste, Joo Hircano. Essasucesso chama-se a dinastia dos hasmo-neus. Como Jnatas e Simo se assemelha-ram aos reis helenistas e arrogaram parasi o sumo sacerdcio, os piedosos afasta-ram-se deles, alimentando as fileiras dos fa-riseus e dos essnios, opostos aos hasmoneus. nesse contexto de conflito intra-judaico

    que surgiu o primeiro livro dos Macabeus,escrito do ponto de vista da dinastia dos has-moneus, talvez no tempo de Joo Hircano,por volta de 120 aC. O estilo do livro o dahistoriografia grega, permeado de citaespicas em versos, bem como de documentos,inclusive de nvel internacional e intercon-tinental (missivas a Esparta e a Roma). Talcosmopolitismo casa melhor com o estilohelenista da dinastia hasmonia sobretudode Hircano do que com a sbria piedade deseu av Matatias.

    Contedo geralPodemos distinguir cinco partes, sendo

    aquela consagrada a Judas Macabeu a par-te central e a mais volumosa.

    Temas especficos

    Religio e Estado. difcil aplicar a se-parao de Religio e Estado na histria dosmacabeus. Na realidade, os judeus no po-dem ter rei, propriamente, pois os vizinhospoderosos (Egito e Sria) impem sua sobe-rania. Mas os judeus so um poder com oqual se deve tratar. Desde o tempo dos per-sas (sculo 5 aC), a sociedade judaica, tanto

    civil como religiosa, liderada pelos sumossacerdotes. Por isso, os reis srios conferemaos reais lderes da sociedade judaica, oschefes macabeus, o ttulo de sumo sacerdote(so, de fato, descendentes do sacerdote Joa-rib, cf. 2,1). Em compensao, alguns sacer-dotes aaronticos so apresentados, em 1Mc,como abjetos (Alcimo, 7,5). Civilmente falan-do, Jnatas, Simo e seu filho Joo Hircano,so etnarcas (governantes de etnia). Mas,

    1,1-64 2,1-70 3,19,22 9,2312,53 13,116,24

    Os antecedentes:Alexandre Magno,

    helenizao,cultos pagos

    Matatias convocaa guerra santa

    Judas Macabeureconquista ereconsagrao templo

    Jnatas, prestgiointernacional

    Simo. A dinastiados hasmoneus.Advento de Joo Hircano

  • 545

    1Mc

    A HELENIZAO DE JUD

    [Alexandre Magno]

    11Alexandre, o Macednio, filho de Filipe,j reinava na Grcia, quando saiu da ter-ra dos ceteus e derrotou a Dario, rei dos per-sas e dos medos. 2Travou numerosas bata-lhas, conquistou muitas fortalezas e matouos reis da terra. 3Chegou at os confins domundo e apoderou-se dos despojos de umamultido de naes. A terra emudeceu dian-te dele. Seu corao se exaltou e ele se enso-berbeceu. 4Mobilizou um exrcito podero-sssimo e subjugou os territrios e os sobe-ranos das naes, obrigando-os a lhe paga-rem tributo. 5Certo dia, ficou doente e per-cebeu que ia morrer. 6Chamou seus altos ofi-ciais, que tinham sido seus companheirosdesde a juventude, e, ainda em vida, repar-tiu entre eles o reino. 7Alexandre reinou du-rante doze anos, e morreu. 8Seus oficiaisassumiram o poder, cada um no seu lugar.9Aps a morte dele, todos cingiram o diade-ma, e depois deles os seus filhos, por muitosanos. E os males se multiplicaram na terra.

    10Deles saiu aquela raiz de pecado, An-toco Epfanes, filho do rei Antoco, que es-tivera em Roma como refm e que tornou-se rei no ano cento e trinta e sete do reinodos gregos. 11Por aqueles dias, saram de

    Israel homens inquos, que persuadiam amuitos, dizendo: Vamos fazer aliana comas naes que esto ao nosso redor, por-que, desde que nos isolamos, muitos malesnos aconteceram. 12Essa proposta pareciaboa. 13Alguns do povo resolveram ir ter como rei, e este deu-lhes permisso para adota-rem os costumes das naes \pags. 14Cons-truram em Jerusalm um ginsio ao mo-do dos pagos. 15Disfararam a circuncisoe renegaram a aliana sagrada, ajuntan-do-se s naes e vendendo-se para prati-carem o mal.

    [Campanha do Egito e saque do templo]16Quando a seus olhos o reinado estava

    consolidado, Antoco se props reinar tam-bm na terra do Egito, pretendendo dominarnos dois reinos. 17Invadiu o Egito com umexrcito imponente, com carros e elefantes,cavalaria e muitos navios. 18Travou combatecontra Ptolomeu, rei do Egito, o qual ficoucom medo de enfrent-lo e fugiu, deixandopelo cho muitos feridos. 19Antoco tomouas cidades fortificadas e saqueou as rique-zas da terra do Egito. 20Voltou ento, depoisde ter submetido o Egito no ano cento e qua-renta e trs, e subiu contra Israel e Jerusa-lm com um possante exrcito. 21Entrou noSanturio com arrogncia e apoderou-se do

    no livro, so tratados com o ttulo de sumo sa-cerdote. (Os piedosos, fariseus e essnios,viram nisso uma usurpao e afastaram-sedos macabeus/hasmoneus.) Tudo comea na mstica e termina na

    poltica (no mau sentido). Ao ler o livro, aimportncia de religio se torna sempremenor. O que comeou como uma revolta depiedosos, termina, depois da extrema habi-lidade diplomtica de Jnatas, no governode riqueza ostensiva de Simo.

    Convico religiosa e cultura cosmopo-lita. Paralelamente, percebe-se sempre me-nos a diferena entre as tradies judaicas eo comportamento da cultura helenista emgeral. Parece que os macabeus foram conta-minados pelo vrus que inicialmente com-bateram. O livro nos mostra que, no sculoque precedeu o cristianismo, a sociedadejudaica, no s na dispora mas tambm naterra de Israel, era fortemente influenciadapela cultura helnica cosmopolita.

    1,1-15 Os sucessores srios de Alexandre Magno introduzem os costumescostumescostumescostumescostumes gregosgregosgregosgregosgregos ememememem JudJudJudJudJud eeeeeJerusalmJerusalmJerusalmJerusalmJerusalm. 1010101010 >Dn 7,24s; 8,23-25; 11,21-45; 2Mc 4,7. 99999 diadema: coroa dos reis helenistas. 11-1511-1511-1511-1511-15 >Mc 4,9-17. 1313131313 costumes: moralidade pblica; lit.: justias. 1515151515 Disfararam a circunsci-so: porque no ginsio se praticava esporte nu. 1,16-28 O rei srio Antoco Epfanes faz uma campa-nha contra o Egito e na volta saqueia o templo de Jerusalm. 16-2816-2816-2816-2816-28 >2Mc 5,1-21. 1616161616 >Dn 11,25-28.

    1 Macabeus 1

  • 546

    1Mc

    altar de ouro e do candelabro com os seusacessrios. 22Tambm levou a mesa da apre-sentao dos pes, as vasilhas para as liba-es, os copos e taas de ouro, o vu e ascoroas, e toda a decorao de ouro que esta-va na fachada do templo. Tudo ele saqueou.23Levou a prata e o ouro, os objetos de valore mesmo os tesouros escondidos que pdeencontrar. 24Roubando tudo, voltou para a suaterra, depois de uma grande carnificina, etendo proferido palavras de extrema arro-gncia. 25Houve grande luto em Israel, emtodo o seu territrio.26 Gemeram prncipes e ancios,moas e jovens perderam o vigor,alterou-se a beleza das mulheres.

    27 Todo esposo entoou lamentaes,ficou de luto a que estava no leito nupcial.

    28 A terra tremeu por causa dos seushabitantes

    e toda a casa de Jac se cobriu de vergonha.

    [Apolnio em Jerusalm. Construo da cidadela]29Dois anos depois, o rei enviou s cidades

    de Jud o chefe dos impostos, o qual entrouem Jerusalm com um grande exrcito. 30Di-rigiu aos habitantes falsas palavras de paz, eacreditaram nele. Foi quando caiu sobre acidade de repente, aplicando-lhe violentogolpe e fazendo perecer muita gente em Is-rael. 31Tomou os despojos da cidade, incen-diou-a e destruiu suas casas e as muralhasao redor. 32Levaram prisioneiras mulheres ecrianas, e apoderaram-se do gado. 33Em se-guida, reconstruram a cidade de Davi comalta e slida muralha e torres possantes, tor-nando-a sua cidadela. 34Nela instalaram umagente perversa, homens inquos, que a sefortificaram. 35Acumularam armas e vverese, reunindo os despojos de Jerusalm, a osdepositaram. Desse modo tornaram-se umagrande armadilha contra ns.36 Tornou-se aquilo uma emboscada para o

    Santurio,e um adversrio malfico para Israel emtodo o tempo.

    37 Derramaram sangue inocente em redordo Santurio

    e macularam o lugar santo.38 Fugiram por causa deles os habitantes

    de Jerusalme a cidade tornou-se moradia de estrangeiros.Sio tornou-se estranha sua prpria gente,e seus prprios filhos a abandonaram.

    39 Seu Santurio ficou desolado como umdeserto,

    suas festas se transformaram em luto,seus sbados em vergonha, e sua honraem nada.

    40 Como fora grande a sua glria,multiplicou-se a sua ignomnia,

    e a sua exaltao se converteu em luto.

    [Antoco suprime o judasmo]41O rei Antoco mandou por escrito, a todo

    o seu reino, que todos formassem um spovo 42e cada um renunciasse sua prprialei. 43Muitos de Israel consentiram na reli-gio dele e comearam a sacrificar aos do-los e a profanar o sbado. 44Alm disso, orei mandou decretos por meio de mensagei-ros, a Jerusalm e s cidades de Jud, paraque adotassem as leis das naes da terra:45ficavam proibidos os holocaustos e sacri-fcios e expiaes no templo de Deus, e de-viam profanar os sbados e as festas, 46emacular o Santurio e as pessoas consagra-das. 47Por outro lado, deviam levantar altarese templos e dolos, e imolar porcos e outrosanimais impuros. 48Deviam tambm deixarseus filhos incircuncisos e profan-los comtodo tipo de impureza e contaminao, 49demodo que viessem a se esquecer da Lei e amudar todas as observncias. 50E todo aqueleque no agisse de acordo com a palavra dorei, seria morto.

    51Foi nesses termos que o rei Antoco es-creveu a todo o seu reino. Nomeou inspeto-res para todo o povo, e ordenou s cidadesde Jud que, uma aps outra, oferecessemsacrifcios. 52Muitos do povo se uniram aeles, todos os que haviam abandonado a lei

    1,29-40 AntocoAntocoAntocoAntocoAntoco IVIVIVIVIV EpfanesEpfanesEpfanesEpfanesEpfanes mandamandamandamandamanda ApolnioApolnioApolnioApolnioApolnio para administrar Jerusalm. Este oprime a popu-lao e constri a cidadela. 29-3029-3029-3029-3029-30 >2Mc 5,24-26. 3636363636 adversrio, Gdibolos. 1,40-64 AntocoAntocoAntocoAntocoAntocoprobeprobeprobeprobeprobe aaaaa religioreligioreligioreligioreligio judaicajudaicajudaicajudaicajudaica e, no ano 167 aC, instalainstalainstalainstalainstala nonononono templotemplotemplotemplotemplo aaaaa abominaoabominaoabominaoabominaoabominao dadadadada desolaodesolaodesolaodesolaodesolao(= esttua de Zeus/Jpiter Olmpico)..... 4141414141 >2Mc 6s. 45s45s45s45s45s >Dn 9,27; 11,31. 4949494949 observncias, lit.:

    1 Macabeus 1

  • 547

    1Mc

    do Senhor e praticaram o mal na terra. 53As-sim obrigaram Israel a se esconder e a per-manecer em lugares de refgio.

    54No dia quinze do ms de Casleu, do anocento e quarenta e cinco, Antoco levantousobre o altar dos holocaustos a abominaoda desolao. Tambm pelas cidades de Judao derredor ergueram-se altares, 55e queima-vam incenso diante das portas das casas enas ruas. 56Os livros da Lei que fossem des-cobertos, eles os rasgavam e lanavam aofogo. 57Onde quer que fosse encontrado umlivro da Aliana, numa casa, ou se algumestivesse seguindo a Lei, o decreto do reicondenava-o morte. 58Como tivessem opoder, infligiam isto a Israel, a todos os quefossem descobertos, ms por ms, nas v-rias cidades. 59No dia vinte e cinco de cadams ofereciam sacrifcios no altar que foraerguido sobre o altar dos holocaustos. 60Asmulheres que haviam circuncidado seus fi-lhos eram punidas de morte, segundo o de-creto, 61sendo seus filhinhos estrangulados,as casas destrudas, e mortos tambm os quehaviam praticado a circunciso. 62Todavia,muitos em Israel permaneceram firmes, de-cididos intimamente a no comerem nadaimpuro. 63Preferiam morrer a se contaminarcom esses alimentos, profanando a Alianasagrada. De fato, muitos morreram. 64Assim,desencadeou-se uma ira terrvel sobre Israel.

    A REVOLTA DE MATATIAS

    [Lamentao do sacerdote Matatias]

    21Naqueles dias surgiu Matatias, filho deJoo, filho de Simeo, sacerdote da des-cendncia de Joarib, o qual saiu de Jerusa-lm para estabelecer-se em Modin. 2Ele ti-nha cinco filhos: Joo, cognominado Gadi;3Simo, chamado Tasi; 4Judas, conhecidocomo o Macabeu; 5Eleazar, chamado Auar,e Jnatas, chamado Afus. 6Vendo as blasf-mias que se cometiam em Jud e em Jerusa-lm, 7Matatias disse: Ai de mim! Para qu

    fui nascer, para ver a runa do meu povo e adestruio da cidade santa? Todos ficaramsem ao, enquanto ela era entregue s mosdos inimigos e o Santurio, s mos dosestrangeiros!8 Seu templo tornou-se como um homem

    desonrado;9 os adornos da sua glria foram levados

    como presa de guerra;seus jovens, mortos pela espada dosinimigos!

    10 Que nao no herdou parte do seu reinoe no se apoderou dos seus despojos?

    11 Todos os seus enfeites foram roubados;aquela que era livre, tornou-se escrava.

    12 Vede: o nosso Santurio, nossa beleza enosso orgulho.

    est devastado, profanado pelas naes!13Para qu ainda viver?14Matatias rasgou suas vestes, e seus fi-

    lhos com ele. Cobriram-se com panos desaco e choraram amargamente.

    [O sacrifcio de Modin]15Os funcionrios do rei, que vinham da

    parte dele para obrigar apostasia, chega-ram a Modin para os sacrifcios, 16e muitosde Israel aderiram a eles. Matatias e seusfilhos tambm compareceram. 17Os que vie-ram da parte do rei disseram a Matatias: Tus um chefe ilustre e grande nesta cidade,apoiado por filhos e parentes. 18Toma, pois,a dianteira e cumpre a ordem do rei, comofizeram xhdas as naes e os cidados deJud e os que permaneceram em Jerusalm.Assim sereis contados, tu e teus filhos, entreos amigos do rei, e sereis recompensados, tue teus filhos, com ouro e prata e numerosospresentes. 19Matatias replicou, em voz alta:Mesmo que todas as naes que moram nosdomnios do rei obedeam sua ordem, afas-tando-se cada uma da tradio de seus ante-passados para se conformarem s determi-naes do rei, 20eu, meus filhos e parentescontinuaremos fiis aliana dos nossos

    justificaes. 5454545454 >Dn 9,27; 11,31. Data: dez. de 167 aC. a abominao da desolao = oabominvel dolo causador de desolao e desgraa. 5555555555 queimavam incenso: NV: ofereciam sa-crifcios. 60s60s60s60s60s >2Mc 6,10. 2,1-14 Apresentao de MatatiasMatatiasMatatiasMatatiasMatatias eeeee de suade suade suade suade sua famlia,famlia,famlia,famlia,famlia, primeiroprimeiroprimeiroprimeiroprimeiro focofocofocofocofoco dedededederesistnciaresistnciaresistnciaresistnciaresistncia contra a perseguio de Antoco. 11111 >1Cr 24,7. 2,15-28 Matatias recusa sacrificar aodolo, mata um apstata e proclama a resistnciaresistnciaresistnciaresistnciaresistncia armadaarmadaarmadaarmadaarmada. 17s17s17s17s17s >Dn 11,32. 1717171717 parentes, lit.: irmos.

    1 Macabeus 12

  • 548

    1Mc

    pais. 21Que o Senhor nos seja propcio, paraque no abandonemos a Lei e nossas tradi-es. 22No obedeceremos s ordens do rei,desviando-nos da nossa religio nem para adireita nem para a esquerda.

    23Mal acabara ele de dizer essas palavras,um judeu adiantou-se, vista de todos, parasacrificar sobre o altar de Modin, segundo aordem do rei. 24Vendo isso, Matatias infla-mou-se de zelo e tremeu de raiva: num im-pulso de ira santa, avanou sobre o apstatae trucidou-o sobre o altar. 25Matou tambmo funcionrio do rei, que obrigava a sacrifi-car, e destruiu o altar. 26Agiu assim pelo zeloda Lei, como fez Finias a Zambri, o filhode Salom. 27Imediatamente Matatias saiu gri-tando pela cidade: Todo aquele que tem ozelo da Lei e quer permanecer na Aliana,saia daqui e me siga! 28Fugiu, ento, ele eseus filhos, para as montanhas, deixando nacidade tudo o que possuam.

    [Matatias no deserto. Provaes e xito]29Muitos, que buscavam a justia e o di-

    reito, desceram para o deserto e a se esta-beleceram, 30eles, seus filhos, suas mulherese seus rebanhos. Agravou-se o sofrimentodeles.

    31Foi denunciado, aos oficiais do rei e guarnio que estava em Jerusalm, na cida-de de Davi, que alguns tinham rejeitado odecreto real e haviam descido para esconde-rijos no deserto. 32Muitos desses homens dorei correram atrs deles e os alcanaram.Acamparam junto deles e prepararam-se paraatac-los em dia de sbado. 33Disseram, pois,a eles: Agora, basta! Sa, obedecei ordemdo rei, e tereis a vida salva! 34Os judeus res-ponderam: No sairemos, nem tampoucoobedeceremos ordem do rei, profanando odia de sbado! 35Comeou ento o ataque.36Eles, porm, no reagiram, no atiraramuma nica pedra, nem mesmo fecharam aentrada dos seus esconderijos. 37Disseramapenas: Morramos todos em nossa integri-dade. O cu e a terra so testemunhas de que

    nos matais injustamente! 38Assim mesmo,os homens do rei os atacaram naquele sba-do. E eles morreram, com suas mulheres,seus filhos e seus rebanhos, cerca de milpessoas.

    39Quando souberam do que acontecera,Matatias e seus amigos choraram amarga-mente por eles. 40Comentaram, porm, entresi: Se todos fizermos como fizeram os nos-sos irmos, e no lutarmos contra as naespor nossas vidas e por nossas tradies, elesem breve nos eliminaro da face da terra.41Tomaram, por isso, a seguinte deciso: Sealgum vier atacar-nos em dia de sbado, nso enfrentaremos! Assim no morreremos to-dos, como morreram nossos irmos em seusesconderijos. 42Uniu-se ento a eles o gru-po dos hassideus, homens corajosos de Is-rael, todos apegados Lei. 43Enfim, todosos que queriam escapar de tais males vie-ram unir-se a eles, reforando o seu movi-mento. 44Assim organizaram um exrcito ecomearam, na sua ira, a bater os pecadorese, no seu furor, a golpear os mpios. Os ou-tros fugiram, procurando refgio entre asnaes. 45Matatias e seus amigos fizeramincurses pelo pas, destruindo os altares 46ecircuncidando fora os meninos incircun-cisos que encontraram no territrio de Israel.47Assim perseguiram esses soberbos, e suacampanha comeou a alcanar sucesso. 48De-fenderam a Lei diante da prepotncia das na-es e dos reis, e no deixaram os pecadoreslevantar-se.

    [Testamento e morte de Matatias]49Entretanto, aproximava-se a morte de

    Matatias. Ele falou aos filhos: Agora estoprevalecendo a soberba e o castigo, o tem-po da runa e da exploso da clera. 50Por-tanto, meus filhos, sede zelosos em cumprira Lei e empenhai vossas vidas pela Alianados vossos pais.51 Lembrai-vos dos feitos dos nossos

    antepassados,do que eles fizeram em suas geraes,e ganhareis glria imensa e renome eterno.

    2626262626 >Nm 25,6-15. 2424242424 tremeu de raiva, lit.: seus rins estremeceram. 2,29-48 AAAAA lutalutalutalutaluta dosdosdosdosdos macabeusmacabeusmacabeusmacabeusmacabeus seseseseseendureceendureceendureceendureceendurece. Decidem defender-se tambmtambmtambmtambmtambm nonononono sbadosbadosbadosbadosbado. Propagam a ao pelo pas. 2929292929 >2Mc 6,11. 3737373737integridade, lit.: simplicidade. 4242424242 hassideus, H&asidim = fiis, piedosos. 2,49-70 Antes de morrer,

    1 Macabeus 2

  • 549

    1Mc

    52 Acaso Abrao no foi fiel na provae, por isso, considerado justo?

    53 Jos, submetido angstia,guardou o mandamentoe tornou-se senhor do Egito!

    54 Finias, nosso pai, abrasado no zelode Deus,

    recebeu o testamento de umsacerdcio eterno.

    55 Josu, cumprindo a palavra do Senhor,tornou-se juiz em Israel.

    56 Caleb, dando testemunho naassemblia do povo,

    tomou parte na herana.57 Davi, pela sua bondade,conseguiu o trono de rei para sempre.

    58 Elias, cheio de zelo pela Lei,foi arrebatado para o cu.

    59 Ananias, Asarias e Misael, por terem crido,foram libertados das chamas.

    60 Daniel, pela sua inocncia,foi libertado da boca dos lees.

    61 E assim, repassando gerao por gerao,compreendei que jamais desfaleceroos que esperam em Deus!

    62 No temais as ameaas dos pecadores,pois sua glria est no esterco e nosvermes:

    63 hoje se exaltam e amanh desaparecem,pois voltaram ao p de onde vieram,e seu projeto fracassar.

    64 Meus filhos, sede fortes e agivalentemente segundo a Lei,

    pois nela sereis gloriosos!65A est Simo, vosso irmo, que um

    homem ponderado: obedecei sempre a ele,como a vosso pai. 66Judas Macabeu, valentedesde moo, vai ser o vosso comandante: eledirigir a guerra do povo. 67Atra, para vs,todos os cumpridores da Lei e assegurai adesforra do vosso povo. 68Retribu s naesaquilo que vos fizeram, observando sempreos preceitos da Lei.

    69Depois de os ter abenoado, Matatiasreuniu-se aos seus antepassados. 70Morreu

    no ano cento e quarenta e seis e foi sepulta-do no sepulcro da famlia, em Modin. TodoIsrael o pranteou com grande lamentao.

    JUDAS MACABEU

    [Elogio de Judas Macabeu]

    31Em lugar de Matatias, surgiu Judas, cha-mado o Macabeu. 2Deram-lhe apoio to-dos os seus irmos e todos os que tinhamficado do lado de seu pai, e que combatiamcom entusiasmo por Israel.3 Ele expandiu a glria do seu povo,revestiu a couraa como um gigante,empunhou suas armas de guerrae travou combates,protegendo o acampamento com a suaespada.

    4 Por suas faanhas parecia um leo,um filhote de leo rugindo sobre a presa.

    5 Perseguia os mpios que rastreava,e metia fogo nos que perturbavam oseu povo.

    6 Escondiam-se os mpios com medo dele,e todos os malfeitores foram tomadosde pnico.

    Por seu intermdio, a salvao foilevada a bom termo.

    7 Causou dissabores a muitos reis;a Jac, porm, alegrou com suas faanhas,e sua memria ser para sempreabenoada.

    8 Ele passou pelas cidades de Jud,da exterminando os injustose afastando de Israel a ira.

    9 Sua fama chegou at os confins da terra,porque ele reuniu os que estavamperecendo.

    [Vitria de Judas sobre Apolnio e Seron]10Apolnio mobilizou os gentios e um for-

    te contingente da Samaria, para lutar con-tra Israel. 11Informado disso, Judas saiu ao

    MatatiasMatatiasMatatiasMatatiasMatatias pronunciapronunciapronunciapronunciapronuncia ooooo louvorlouvorlouvorlouvorlouvor dosdosdosdosdos antepassadosantepassadosantepassadosantepassadosantepassados. 5252525252 foi... considerado justo, lit.: isto lhe foi im-putado como justia. >Gn 22; 15,6. 5353535353 >Gn 39,7-15; 41,38-44. 5454545454 >Nm 25,6-13. 5555555555 >Ex 17,9-13; Nm 27,15-23. 5656565656 >Nm 13,30; 14,6s.24; Js 14,6-14. 5757575757 >1Sm 24; 26; 2Sm 7. 5858585858 >1Rs 18,40;19,10; 2Rs 2,1-13. 5959595959 >Dn 3. 6060606060 >Dn 6. inocncia, lit. simplicidade; >nota v. 37. 6363636363 >Sl 37,35s;146,3s. 6767676767 desforra, lit.: vingana, vindicta. 3,1-9 Completando o louvor dos antepassados (cf.acima), reproduz-se aqui ooooo louvorlouvorlouvorlouvorlouvor dedededede JudasJudasJudasJudasJudas MacabeuMacabeuMacabeuMacabeuMacabeu. 1-91-91-91-91-9 >2Mc 8,1-7. 3,10-26 Depois de ter

    1 Macabeus 23

  • 550

    1Mc

    seu encontro, derrotou-o e o matou. Mui-tos caram feridos, e os sobreviventes fugi-ram. 12Apoderando-se dos seus despojos,Judas ficou com a espada de Apolnio, eda em diante passou a lutar sempre comela. 13Entretanto, Seron, o chefe do exrci-to da Sria, soube que Judas tinha reunidoem torno de si um grande nmero de ho-mens fiis, dispostos a sair para o comba-te, 14e disse: Vou ficar famoso e ganharprestgio no reino, vencendo Judas e seuscompanheiros, que desprezam a palavra dorei! 15Veio, pois, e com ele subiu um exr-cito poderoso de mpios, para ajud-lo atirar desforra dos filhos de Israel. 16Eleavanou at a subida de Bet-Horon, ondeJudas foi enfrent-lo com pouca gente. 17vista da multido que vinha contra eles,disseram os homens de Judas: Como po-deremos ns, to poucos, lutar contra ta-manha e to aguerrida multido? Aindamais que estamos hoje extenuados e emjejum! 18Respondeu Judas: No difcilque muitos caiam nas mos de poucos, poisno faz diferena para o cu salvar compoucos ou salvar com muitos. 19Pois a vit-ria na guerra no depende do tamanho doexrcito mas da fora que vem do cu. 20Elesvm contra ns transbordando de insoln-cia e impiedade, para exterminar a ns,nossas mulheres e nossos filhos, e levar tudoo que temos! 21Ns, porm, lutamos paradefender nossas vidas e nossas leis. 22O pr-prio Senhor os esmagar diante de ns; notenhais medo deles! 23Tendo terminado defalar, Judas atirou-se de improviso contraos inimigos. E Seron e seu exrcito foramesmagados. 24Os homens de Judas persegui-ram-nos pela descida de Bet-Horon at aplancie. Cerca de oitocentos inimigos pe-receram; os sobreviventes escaparam paraa terra dos filisteus.

    25Ento, Judas e seus irmos comearam aser temidos, e os gentios ao redor passarama ter medo deles. 26Sua fama chegou at orei, pois todas as naes comentavam asbatalhas de Judas.

    [Regncia de Lsias]27Ao ouvir esses comentrios, Antoco fi-

    cou furioso. Mandou reunir todas as forasdo seu reino, um exrcito poderosssimo.28Abriu o seu tesouro, distribuiu um ano desoldo s tropas e ordenou-lhes que ficassemde prontido. 29Percebeu, porm, que as re-servas do tesouro terminavam e que os tri-butos da regio diminuam, devido s dis-senses e runas que ele mesmo provocarano pas, ao querer acabar com as leis anti-gas. 30E ficou com medo de no ter maisrecursos para seus gastos e doaes, comoacontecera outras vezes, as doaes que fa-zia antes com liberalidade, avantajando-seaos reis que o haviam precedido. 31Conster-nado profundamente, resolveu ir at a Pr-sia, para recolher os tributos daquelas pro-vncias e reunir muito dinheiro. 32Antes,porm, deixou Lsias, membro distinto dafamlia real, frente dos negcios do rei,desde o rio Eufrates at a fronteira com oEgito. 33 Encarregou-o tambm de cuidarde seu filho Antoco, at sua volta. 34Con-fiou-lhe a metade das tropas e os elefantes,e deu-lhe instrues a respeito de tudo o quehavia decidido, especialmente quanto aoshabitantes da Judia e de Jerusalm. 35Deviamandar um exrcito contra eles para esma-gar e destruir as foras de Israel e o que res-tava de Jerusalm, apagando do lugar a lem-brana deles. 36Devia tambm instalar estran-geiros como colonos em todo o seu territ-rio, dividindo o pas em lotes. 37Levando ametade de suas tropas, o rei partiu de Antio-quia, sua capital, no ano cento e quarenta esete. E, depois de cruzar o rio Eufrates, co-meou a percorrer as provncias do planalto.

    [Grgias e Nicanor]38Lsias escolheu Ptolomeu, filho de

    Dorimenes, alm de Nicanor e Grgias, ho-mens poderosos entre os amigos do rei. 39En-viou com eles quarenta mil homens e setemil cavaleiros, para invadirem o pas de Jude devast-lo, segundo a ordem do rei.

    vencido Apolnio, Judas vence tambm Seron, com pouca gente, aoaoaoaoao modelomodelomodelomodelomodelo dedededede GedeoGedeoGedeoGedeoGedeo. 1818181818>1Sm 14,6. 3,27-37 Antoco parte para o Oriente deixando Lsias como regente da regio. 3737373737 Primavera de 165 aC. 3,38-45 A ao militar contra os judeus confiada a Nicanor eGorgias, que incorporam tropas estrangeiras. >2Mc 8,8-15. 3838383838 >2Mc 4,45; 1Mc 7,26; 2Mc 10,14.

    1 Macabeus 3

  • 551

    1Mc

    40Puseram-se, pois, em marcha com todoesse exrcito e, aproximando-se, acamparamperto de Emas, na plancie. 41Quando os co-merciantes da regio souberam da not-cia, muniram-se de ouro e prata em grandequantidade, alm de correntes, e vieram parao acampamento, a fim de comprar os filhosde Israel como escravos. Ao exrcito de Gr-gias haviam-se juntado tropas provindas daSria e da regio dos estrangeiros. 42Judas eseus irmos perceberam que a situao seagravava: exrcitos estrangeiros acampavamem seu territrio, e as ordens do rei erampara que se destrusse e se exterminasse to-talmente o povo. 43Convocada a assemblia,decidiram ficar preparados para a batalha ecomearam a orar, suplicando a Deus porpiedade e compaixo.45 Jerusalm estava despovoada, como um

    deserto:nenhum de seus filhos nela entrava ou saae o seu Santurio estava calcado aos ps.Estrangeiros ocupavam a cidadela,ali se instalaram os gentios.Foi desterrado de Jac todo o prazer,no se ouvia mais a flauta nem a ctara

    [Concentrao em Masfa]46Os judeus reuniram-se e foram para Mas-

    fa, perto de Jerusalm, onde havia outroraum lugar de orao para Israel. 47Jejuaramnaquele dia, vestiram panos de saco e cobri-ram de cinza as cabeas e rasgaram suasvestes. 48Abriram o livro da Lei para consul-t-lo, nele procurando o que os pagos per-guntavam s imagens de seus dolos. 49Trou-xeram tambm os paramentos sacerdotais,as primcias e os dzimos, e convocaram osnazireus que haviam completado o prazo deseus votos. 50E elevaram a voz at o cu, di-zendo: Que faremos da nossa gente e paraonde a levaremos? 51Teu lugar santo foi cal-cado aos ps e profanado, teus sacerdotesjazem no luto e na humilhao 52V asnaes coligadas contra ns, para fazer-nosdesaparecer: tu bem sabes o que elas plane-jam contra ns! 53Como poderemos resistir

    contra elas, se no vieres em nossa ajuda?54Em seguida, fizeram ressoar as trombetase levantaram um grande clamor. 55EntoJudas designou os chefes do povo: os co-mandantes de mil, de cem, de cinquenta ede dez. 56E disse aos que estavam construin-do suas casas, ou que tinham casado recente-mente ou haviam plantado vinhas, e aos queestavam com medo, que voltassem para casa,segundo o que permite a Lei. 57Feito isto,levantaram o acampamento e se posiciona-ram ao sul de Emas. 58Disse ento Judas:Preparai-vos e sede corajosos. Estai prontosamanh de manh para lutar contra essas na-es que se reuniram contra ns para nosdestruir, a ns e ao nosso lugar santo. 59 me-lhor para ns morrer na guerra do que ficarolhando a desgraa do nosso povo e do nos-so Santurio! 60Como for a vontade divinano cu, assim ser.

    [Vitria em Emas]

    41Grgias tomou consigo cinco mil solda-dos de infantaria e mil cavaleiros esco-lhidos, e se movimentaram noite. 2Queriamirromper no acampamento dos judeus e cairsobre eles de improviso. Os homens da ci-dadela serviam-lhes de guias. 3Judas o sou-be e partiu com seus valentes para atacar oexrcito do rei em Emas, 4enquanto os bata-lhes reais estavam ainda distantes do acam-pamento. 5Quando Grgias chegou ao acampa-mento de Judas, de noite, no encontrou nin-gum. Comeou a procur-los pelas colinas,dizendo: Esto fugindo de ns! 6Ao raiardo dia, Judas surgiu na plancie com trs milhomens, s que sem tantas armaduras e es-padas quantas gostaria de ter. 7E divisaram oacampamento das naes, imponente, comsoldados armados e a cavalaria ao redor, etodos treinados para a guerra. 8Mas Judasdisse aos seus homens: No temais a suamultido nem vos apavoreis com o seu ata-que! 9Lembrai-vos como foram salvos osnossos pais no mar Vermelho, quando o Fa-ra os perseguia com o seu exrcito. 10Vamosgritar ao cu, para que Deus tenha compai-

    4141414141 Sria: tlv. Edom (confundido na escrita com Aram = Sria); >4,29. estrangeiros, provavel-mente filisteus. 3,464,27 Desde a antiga capital Masfa, Judas organiza um exrcito. >2Mc8,16-23. 4646464646 >Jz 20,1-3; 1Sm 7,5s. 4949494949 >Dt 26; Nm 6. 5656565656 >Dt 20,5-9. 4,1-27 Embora com umexrcito menor, JudasJudasJudasJudasJudas derrotaderrotaderrotaderrotaderrota asasasasas tropastropastropastropastropas dedededede GorgiasGorgiasGorgiasGorgiasGorgias eeeee NicanorNicanorNicanorNicanorNicanor em Emas. >2Mc 8,23-29. 22222 >1,33.

    1 Macabeus 34

  • 552

    1Mc

    xo de ns e se lembre da Aliana dos nossosantepassados e esmague hoje este exrcito nossa frente. 11E todas as naes sabero queexiste Algum que resgata e liberta Israel!

    12Levantando os olhos, os estrangeiros vi-ram os judeus que vinham contra eles, 13esaram do acampamento para dar-lhes com-bate. As tropas de Judas fizeram soar a trom-beta 14e atacaram. Os estrangeiros foram der-rotados e fugiram para a plancie da Idumia,de Azoto e de Jmnia. E pereceram, dos ini-migos, cerca de trs mil. 16Ao voltar, comseu exrcito, da perseguio aos inimigos,17Judas disse ao povo: No fiqueis cobian-do os despojos, pois outro combate nos es-pera: 18Grgias e seu exrcito esto nas coli-nas, perto de ns! Ficai firmes contra estesnossos inimigos e derrotai-os. Depois,recolhereis os despojos com segurana. 19Eleainda falava, quando apareceu uma patrulhadeles, espionando do alto da montanha. 20Eviram que seus companheiros tinham sidopostos em fuga e haviam queimado o acam-pamento: a fumaa, que ainda se via, dava aentender o que tinha acontecido. 21Vendo isso,encheram-se de pavor. E quando viram oexrcito de Judas na plancie, preparado parao confronto, 22fugiram todos para a regiodos filisteus. 23Ento Judas voltou para sa-quear o acampamento: encontraram muitoouro e prata, tecidos de prpura roxa e deprpura marinha, e outras grandes riquezas.24Voltando, cantavam hinos e bendiziam aocu: Porque Ele bom, pois eterno seuamor! 25Foi grande a vitria que se alcanouem Israel naquele dia. 26Os estrangeiros queconseguiram escapar vieram contar a Lsiastudo o que acontecera. 27Ao ouvir isso, eleficou consternado e abatido, porque as coisasem Israel no tinham ocorrido como espe-rava, e o resultado era o contrrio do que lhehavia mandado o rei.

    [Campanha de Lsias. Vitria em Betsur]28No ano seguinte, Lsias recrutou sessen-

    ta mil soldados escolhidos e cinco mil cava-

    leiros, para subjugar os judeus. 29Eles forampara a Idumia e acamparam em Betsur.Judas saiu para enfrent-los com dez mil ho-mens. 30Ao ver o exrcito inimigo to pode-roso, ps-se a orar: Tu s bendito, Salva-dor de Israel, que derrotaste a fora de umgigante pela mo do teu servo Davi, e entre-gaste o acampamento dos filisteus nas mosde Jnatas, filho de Saul, e a seu escudeiro.31Entrega, pois, este exrcito nas mos deIsrael, o teu povo, e que eles, com seus sol-dados e cavaleiros, fiquem envergonhados.32Amedronta-os, e quebra a audcia da suafora, para que sejam abalados pela sua der-rota. 33Derruba-os pela espada dos que teamam, para que te louvem, com hinos, todosos que conhecem o teu Nome!

    34Travaram, pois, a batalha, e cerca de cin-co mil homens do exrcito de Lsias tomba-ram, morrendo diante deles. 35Quando Lsiasviu a derrocada do seu exrcito e a intrepi-dez da Judas, cujos homens estavam dispos-tos a viver ou morrer corajosamente, voltoupara Antioquia e comeou a recrutar estran-geiros, com a inteno de voltar Judia comum exrcito ainda mais numeroso.

    [Purificao do Templo e Dedicao]36Disse ento Judas, junto com seus irmos:

    Nossos inimigos esto derrotados. Vamossubir a Jerusalm, para purificar o lugar san-to e restaur-lo. 37Todo o exrcito se reuniu esubiram para o monte Sio. 38A viram o San-turio abandonado, o altar profanado, as por-tas incendiadas, o mato crescendo nos trioscomo num bosque ou na montanha, os apo-sentos dos sacerdotes, destrudos. 39Rasgaramsuas vestes e choraram amargamente, cobrin-do-se de cinza. 40Prostrados por terra, come-aram a gritar, ao som das trombetas, cla-mando ao cu. 41Judas ordenou a alguns deseus homens que contivessem os que esta-vam na cidadela, enquanto era purificado otemplo. 42Para esta funo escolhera sacer-dotes sem defeito, observantes da Lei, 43osquais purificaram o lugar santo e removeram

    24. 24. 24. 24. 24. >Sl 118,1. 2525252525 vitria, lit.: salvao. 4,28-35 O prprio regente LsiasLsiasLsiasLsiasLsias encarrega-se da aomilitar contra os judeus. JudasJudasJudasJudasJudas ooooo vencevencevencevencevence ememememem BetsurBetsurBetsurBetsurBetsur. 28-3528-3528-3528-3528-35 >2Mc 11,1-12. 3030303030 >1Sm 17; 14,1-23. 4,36-61Judas manda reconsagrar o templo profanado (= a festa da Dedicao) e refora a cidade. >2Mc 10,1-8. 3636363636 restaur-lo, cf. NV; LXX: fazer a sua dedicao. 3838383838 >Sl 74,2-7. 4242424242 sem defeito, lit.: sem mcula.

    1 Macabeus 4

  • 553

    1Mc

    para um lugar impuro as pedras que o profa-navam. 44Deliberaram tambm sobre o quefazer do altar dos holocaustos, que tinha sidoprofanado, 45e tiveram a boa idia de o de-molir. Assim, ele no continuaria a ser mo-tivo de desonra, pelo fato de as naes o te-rem profanado. Demoliram, pois, o altar 46edeixaram as pedras no monte do templo, emlugar conveniente, at que aparecesse o Pro-feta esperado, para decidir sobre o que fazercom elas. 47Tomaram ento pedras inteiras,no talhadas, segundo a Lei, e construramum altar novo, segundo o modelo do anterior.48Restauraram o lugar santo e consagraram aparte interna do Santurio e os trios. 49Fa-bricaram novos utenslios sagrados e intro-duziram no templo o candelabro, o altar doincenso e a mesa. 50Acenderam o fogo sobreo altar, bem como as lmpadas do candela-bro, para que iluminassem o templo. 51Colo-caram em ordem os pes sobre a mesa, pen-duraram as cortinas e deram por terminadostodos os trabalhos. 52Antes do amanhecer, nodia vinte e cinco do nono ms, isto , o msde Casleu, do ano cento e quarenta e oito,eles se levantaram 53para oferecerem o sacri-fcio, de acordo com a Lei, sobre o novo al-tar dos holocaustos que tinham construdo.54Exatamente na mesma poca e no mesmodia em que os gentios o haviam profanado, oaltar foi consagrado em meio a cnticos ectaras e liras e cmbalos. 55Todo o povo pros-trou-se por terra, em adorao, e fez subirpara o cu os seus louvores, para Aquele quelhes tinha concedido o sucesso. 56Durante oitodias celebraram a dedicao do altar, ofere-cendo holocaustos com alegria e sacrifciosde comunho e de ao de graas. 57Enfeita-ram a fachada do templo com coroas de ouroe pequenos escudos, e consagraram os por-tais bem como os aposentos, onde coloca-ram portas. 58Foi muito grande a alegria dopovo, tendo sido cancelado o oprbrio cau-sado pelas naes.

    59Ento, Judas e seus irmos, e toda a as-semblia de Israel, determinaram que os dias

    da dedicao do altar seriam anualmentecelebrados, no seu devido tempo, pelo espa-o de oito dias, a partir do dia vinte e cincodo ms de Casleu, com jbilo e alegria.60Nessa ocasio, fortificaram o monte Siocom muralhas altas e torres bem fortes aoseu redor, para impedir que as naes vol-tassem, como antes, a calcar aos ps esseslugares. 61Judas postou ali uma guarniopara defend-lo, dando-lhe meios para guar-dar tambm Betsur. Assim, o povo teria umadefesa diante da Idumia.

    [Judas contra os idumeus e os amonitas]

    5 1Quando as naes circunvizinhas sou-beram que o altar tinha sido reconstru-do e que o Santurio tinha sido consagradocomo antes, ficaram muito irritadas. 2E re-solveram acabar com os descendentes deJac que viviam entre elas, comeando apersegui-los e mat-los no meio da sua po-pulao. 3Nesse meio tempo, Judas atacouos filhos de Esa, na Idumia e na Acraba-tene, pois estavam cercando Israel. Derro-tou-os fragorosamente, humilhou-os e to-mou seus despojos. 4Depois, lembrou-se daperversidade dos habitantes de Be, queeram permanente armadilha e obstculo parao povo, por causa das emboscadas que ar-mavam nos caminhos. 5Ele os obrigou a serefugiarem nas suas torres, atacou-os e vo-tou-os ao antema: ps fogo s torres, comtodos os que estavam dentro. 6Passou depoispara os amonitas, onde se deparou com umexrcito numeroso e bem armado, coman-dado por Timteo. 7Travou contra eles mui-tos combates, mas afinal foram esmagados sua vista: ele os derrotou. 8Tomou tambmJazer com as aldeias vizinhas, e voltou paraa Judia.

    [Agresso aos judeus na Galilia e ao Galaad]9Os gentios que moravam em Galaad se

    aliaram contra os israelitas que moravamem seu territrio, com a inteno de expul-

    4444444444 >1,54. 4646464646 >14,41. do templo, lit.: da Casa. o Profeta esperado: f na restaurao do profetismo parao tempo final. 4747474747 >Ex 20,25. 4949494949 >Ex 37,10-29. 5050505050 Acenderam o fogo, cf. NV; LXX: queimaram oincenso. 5454545454 Meados de dezembro de 164 aC. 5555555555 louvores, lit.: bnos. 6161616161 Betsur controla o caminhodo sul, que leva Idumia/Edom. 5,1-8. 22222 >12,53. 3-83-83-83-83-8 >2Mc 10,15-23. 55555 >Js 6,17. 66666 >Dt 2,18s. 77777Foram... sua vista: expresso teolgica: Deus os esmagou diante de Judas. 88888 >Nm 21,31s. 5,9-23.

    1 Macabeus 45

  • 554

    1Mc

    s-los. Os israelitas refugiaram-se ento nafortaleza de Datema 10e mandaram a Judase seus irmos esta mensagem: As naesao nosso redor se reuniram contra ns paranos tirar daqui, 11e se preparam para tomara fortaleza onde nos refugiamos. O coman-dante de suas foras Timteo. 12Vem ime-diatamente livrar-nos de suas mos, poismuitos dos nossos j caram. 13Todos osnossos irmos que moravam nas aldeias deTobin foram mortos: os inimigos levaramcativas suas mulheres e filhos, bem comoseus bens, e mataram cerca de mil homens.14A carta ainda estava sendo lida, quandochegaram outros mensageiros, vindos daGalilia. Estavam com as vestes rasgadas,e traziam esta notcia: A populao de Pto-lemaida, de Tiro e de Sdon, com toda a Ga-lilia dos estrangeiros, todos see uniramcontra ns, para nos aniquilar! 16Logo queJudas e o povo ouviram estas palavras, reu-niu-se uma grande assemblia para delibe-rar sobre o que fazer em favor de seus ir-mos que estavam em perigo e sendo ataca-dos. 17Disse Judas a seu irmo Simo: Es-colhe os homens necessrios e vai libertaros teus irmos que esto na Galilia. Eu enosso irmo Jnatas, iremos para o Galaad.18Na Judia ele deixou Jos, filho de Zaca-rias, e Azarias, chefes do povo, com o restan-te do exrcito, para assegurarem a guarda daregio. 19E recomendou-lhes: Comandai opovo, mas no entreis em combate contra osgentios, at a nossa volta!

    20A Simo foram designados trs mil ho-mens, para a expedio Galilia. A Judas,oito mil, para irem ao Galaad. 21De fato, Si-mo foi para a Galilia, onde travou muitoscombatres contra os gentios, que foram des-troados diante dele. 22Simo perseguiu-osat a porta de Ptolemaida, matando quasetrs mil dentre eles, e apoderando-se de seusdespojos. 23Tomou consigo os judeus queeram da Galilia e os que estavam em Arba-tes, com suas mulheres e filhos e todos osseus pertences, e conduziu-os com grandealegria para a Judia.

    [Campanha no Galaad e na Galilia]24Judas Macabeu e Jnatas, seu irmo, trans-

    puseram o rio Jordo e caminharam trs diaspelo deserto. 25Encontraram-se com osnabateus, que foram ao seu encontro pacifi-camente e lhes narraram tudo o que tinhaacontecido aos seus irmos judeus noGalaad. 26Informaram que muitos dentre elesestavam cercados em Bosora e Bosor, emAlimas, Casfo, Maced e Carnaim, cidades,todas elas, grandes e fortificadas. 27Disseramainda que outros deles estavam cercados nasrestantes cidades do Galaad, e que seus ini-migos haviam marcado o dia seguinte paraatacar as fortalezas, e prend-los e mat-lostodos num s dia. 28Imediatamente Judas eseu exrcito mudaram de direo e forampara Bosora, pelo deserto. Ocupou a cidadee incendiou-a, depois de passar a fio da es-pada toda a populao masculina e apode-rar-se de seus despojos. 29 noite puseram-se novamente a caminho, dirigindo-se at fortaleza. 30Na luz do amanhecer, ao levan-tarem os olhos, viram um exrcito numero-so, incalculvel, carregando escadas e m-quinas de guerra para assaltarem as fortale-zas, e j comeavam a atacar. 31Percebendoque j tinha comeado o combate, e o cla-mor da cidade subia ao cu em meio ao to-que das trombetas e o alarido geral, 32Judasdisse aos homens do seu exrcito: Combateihoje pelos nossos irmos! 33Dividiu o exr-cito em trs alas, por trs dos inimigos, fize-ram soar as trombetas e entoaram a oraoaos brados. 34Ao perceber que era o Macabeu,o exrcito de Timteo ps-se em fuga diantedele. Judas infligiu-lhes uma tremenda der-rota, e nesse dia cerca de oito mil homenscaram mortos.

    35Dali Judas dirigiu-se para Alimas, ata-cou-a e tomou-a, matou toda a populaomasculina, recolheu os despojos e incendioua cidade. 36Seguindo adiante, tomou Casfo,Maced, Boros e as outras cidades do Galaad.37Depois desses acontecimentos, Timteorecrutou outro exrcito e acampou diante deRafon, na outra margem da torrente. 38Judasmandou espionar o acampamento e recebeu

    5,24-55 JudasJudasJudasJudasJudas manda seu irmo SimoSimoSimoSimoSimo Galilia, enquanto ele e o irmo JnatasJnatasJnatasJnatasJnatas se dirigem ao Ga-laad, onde dispersam as tropas de Timteo. >2Mc 12,10-31. 3333333333 >1Sm 11,11. 3535353535 Alimas: NV: Masfa.

    1 Macabeus 5

  • 555

    1Mc

    estas informaes: Reuniram-se com eletodas as naes que nos cercam, formandoum exrcito muito numeroso. 39Ele contra-tou tambm rabes como reforo, e estoacampados na outra margem da torrente,prontos para virem atacar-te! Judas, porm,saiu para enfrent-los. 40Disse ento Tim-teo aos comandantes do seu exrcito: Quan-do Judas, com o seu exrcito, chegar pertoda torrente, se ele passar em nossa direopor primeiro, no poderemos resistir, e elecertamente prevalecer contra ns. 41Se,porm, hesitar e ficar acampado do outrolado, ento ns atravessaremos e prevalece-remos contra ele! 42Logo que Judas se apro-ximou da torrente, postou os escribas dopovo ao longo da margem, com esta ordem:No deixeis para trs ningum, mas fazeitodos seguirem para o combate! 43Ele atra-vessou por primeiro, ao encontro dos inimi-gos, e todo o povo o seguiu. Todos os gen-tios foram esmagados diante deles, abando-naram suas armas e refugiaram-se no tem-plo de Carnaim. 44Os judeus tomaram a ci-dade e puseram fogo ao templo, com todosos que estavam dentro: Carnaim foi arrasa-da, sem qualquer possibilidade de resistir aompeto de Judas. 45Este reuniu ento todosos israelitas que moravam no Galaad, domenor ao maior, com suas mulheres e filhose seus pertences, uma imensa multido, como objetivo de traz-los Judia. 46Assimchegaram at Efron, cidade importante e bemfortificada, que ficava no caminho. Comoera impossvel contorn-la pela direita oupela esquerda, era foroso passar por dentrodela. 47Os que estavam na cidade fecharam-se nela, barricando as portas com pedras.Judas mandou-lhes uma mensagem em ter-mos pacficos, 48dizendo: Precisamos atra-vessar a vossa terra para ir nossa, e ningumvos causar prejuzo. S precisamos passar!Eles, porm, recusaram-se a abrir. 49EntoJudas mandou avisar pelo acampamento quecada um tomasse posio para o ataque, ondequer que estivesse. 50Os soldados tomaramposio e ele comeou o assalto cidade,

    todo aquele dia e toda a noite, at que elacaiu em suas mos. 51Ele fez passar ao fioda espada toda a populao masculina, arra-sou as casas, tomou os despojos, e atravessoua cidade pisando sobre os corpos dos mor-tos. 52Transpuseram ento o Jordo, rumo grande plancie em frente de Bets. 53Judasficava reunindo os que estavam atrasados eanimava o povo por toda a viagem, at che-garem terra de Jud. 54Ento subiram aomonte Sio com alegria e jbilo, e oferece-ram holocaustos porque tinham retornado empaz, sem a perda de nenhum dos seus.

    [Os combates na zona martima e na Idumia]55Entretanto, nos dias em que Judas e J-

    natas estavam na regio do Galaad, e Simo,o irmo deles, na Galilia, diante de Pto-lemaida, 56Jos, filho de Zacarias, e Azarias,chefe do exrcito, ficaram sabendo das suasfaanhas e dos combates que eles tinhamtravado. 57E comentaram: Celebrizemostambm o nosso nome, e partamos paracombater contra as naes que esto ao nos-so redor! 58Deram ordens aos que compu-nham o seu exrcito, e marcharam contraJmnia. 59Grgias saiu da cidade com seushomens, para os enfrentar, 60e Jos e Azariasforam desbaratados e rechaados at os con-fins da Judia. Caram naquele dia cercade dois mil do povo de Israel. Foi uma de-bandada geral do povo, 61pelo fato de noterem escutado Judas e seus irmos, e por-que imaginaram que tambm eles Jos eAzarias haviam de agir valentemente. 62In-felizmente, porm, no eram da tmperadaqueles homens pelos quais a salvao foidada a Israel.

    63O valente Judas e seus irmos forammuito engrandecidos aos olhos de todo Is-rael e de todas as naes, onde quer que seouvisse o seu nome. 64As pessoas se aglo-meravam em torno deles para aplaudi-los.65Entretanto, ele partiu com os seus irmos ecomearam a atacar os filhos de Esa naregio voltada para o sul. Apoderou-se deHebron e das aldeias vizinhas, destruiu suas

    4040404040 >1Sm 14,9s. 4545454545 >Jr 31,8. 4848484848 >Nm 20,14.17s. 4141414141 >Js 6,17. 5454545454 >Jr 31,12. 5,55-68 Os judeusJos e Azarias querem celebrizar seu nome sem ordem de Judas, mas so derrotados por Grgias, o srio.Judas, entretanto, faz uma campanha no sul. 5555555555 Ptolemaida, hoje Aco. 5656565656 >5,18s. 6565656565 regio... sul =

    1 Macabeus 5

  • 556

    1Mc

    fortalezas e incendiou as torres que as ro-deavam. 66Levantou o acampamento rumo terra dos filisteus e percorreu o territriode Maresa. 67Naquele dia, pereceram emcombate alguns sacerdotes, querendo darmostras de valentia, mas metendo-se emcombate de forma temerria. 68Judas voltou-se em seguida para Azoto, na terra dos filis-teus, e a destruiu os altares, queimou as ima-gens dos seus deuses e tomou os despojosdessas cidades. Depois, regressou para a terrade Jud.

    [Morte de Antoco IV Epfanes. Antoco V]

    61O rei Antoco estava percorrendo as pro-vncias do planalto, quando ouviu dizerque havia na Prsia uma cidade famosa pe-las riquezas, pelo ouro e pela prata, chama-da Elimaida. 2Diziam que o templo nessa ci-dade era muito rico, e nela havia cortinas deouro, armaduras e escudos a deixados porAlexandre, o Macednio, filho de Filipe, quehavia reinado antes na Grcia. 3Para l sedirigiu Antoco e procurou apoderar-se dacidade para saque-la, mas no o conseguiu.Pois os habitantes de Elimaida haviam sabi-do do seu plano 4e opuseram-lhe resistncia,enfrentando-o em combate. Sendo obrigadoa bater em retirada, partiu muito contraria-do, pretendendo voltar para Babilnia. 5Eleestava ainda na Prsia, quando vieram anun-ciar-lhe que tinham sido derrotadas as tro-pas enviadas contra a Judia. 6E que Lsias,tendo logo rumado para l com um podero-so exrcito, fora posto em fuga diante dosjudeus. E que estes se haviam reforado comas armas, os recursos e os despojos abun-dantes tomados dos exrcitos que foram des-troando. 7Eles haviam tambm derrubado aAbominao que ele erguera sobre o altar deJerusalm, e ainda haviam cingido de altasmuralhas o seu lugar santo, como outrora,fazendo o mesmo em Betsur, cidade do rei.

    8Ao ouvir tais notcias, Antoco ficou apavo-rado e transtornado totalmente, caindo semforas em seu leito. Adoeceu de tristeza, porno terem sucedido as coisas conforme tinhapensado. 9Ficou a por muitos dias, aumentan-

    do nele a tristeza, cada vez mais, at pensarque ia morrer. 10Chamou ento todos os ami-gos e disse: O sono fugiu de meus olhos, emeu corao se acabrunha de tanta aflio.11Vivo dizendo para mim mesmo: A que graude aflio cheguei e em que medonha tempes-tade me vejo envolvido! E no entanto eu erafeliz e estimado quando tinha o poder nasmos! 12Agora me lembro das maldades quecometi em Jerusalm, de onde roubei todosos objetos de ouro e de prata que nela se en-contravam, e mandei exterminar os habitantesde Jud sem motivo. 13Reconheo que porisso que estas desgraas me atingiram, e agoramorro com tanta tristeza, numa terra estra-nha! 14Chamou ento Filipe, um de seus ami-gos, e colocou-o frente de todo o seu reino.15Entregou-lhe o seu diadema, o manto e oanel, para que fosse buscar o seu filho Anto-co, cuidasse da sua educao e o preparassepara ser rei. 16E ali, nesse lugar, morreu o reiAntoco, no ano cento e quarenta e nove.17Quando soube da morte do rei, Lsias pro-clamou como novo rei o jovem Antoco, aquem havia educado desde a infncia, e deu-lhe o nome de Euptor.

    [Cerco da cidadela]18A guarnio da cidadela bloqueava a pas-

    sagem dos israelitas para o lugar santo, pro-curando sempre fazer-lhes mal, enquantodava cobertura aos gentios. 19Ento Judasresolveu desaloj-los, e convocou todo o po-vo para siti-los. 20Eles reuniram-se e come-aram o cerco, no ano cento e cinquenta,construindo catapultas e outras mquinas deassalto. 21Alguns dos que estavam sendo si-tiados conseguiram escapar, e a eles se ajun-taram alguns israelitas mpios, 22os quaisforam juntos procurar o rei, para dizer-lhe:At quando tardars a fazer justia e vingaros nossos irmos? 23Ns decidimos servir ateu pai, seguindo seus preceitos e obedecen-do a seus decretos. 24Por isso, os nossos com-patriotas se afastaram de ns e comearam amatar os nossos que lhes cassem nas mose saquearam nossas propriedades. 25E se me-teram no s contra ns mas tambm contra

    Edom/Idumia. 6666666666 filisteus, lit.: estrangeiros. 6868686868 >Dt 7,5. 6,1-17 >2Mc 9; 1,11-17. 77777 >4,45; Abominao>nota 1,54. 1616161616 = 164 aC. 1717171717 >3,32s. 6,18-27. 18-5418-5418-5418-5418-54 >2Mc 13,1s.9-26. 1818181818 >1,33-36. 2525252525 teus: NV: seus.

    1 Macabeus 56

  • 557

    1Mc

    todos os teus territrios. 26Hoje, por exem-plo, esto atacando a cidadela de Jerusalm,procurando apoderar-se dessa posio. E jfortificaram seu santurio e ainda Betsur.27Se no te antecipares a eles rapidamente,faro coisas ainda piores e no poders maiscont-los!

    [Batalha de Bet-Zacarias]28Ao ouvir isso, o rei ficou furioso e con-

    vocou todos os seus amigos, os chefes doexrcito e os comandantes dos carros deguerra. 29Tambm dos outros reinos e dasilhas do mar vieram exrcitos mercenrios.30O contingente desse exrcito era de cemmil soldados de infantaria, vinte mil cava-leiros, e trinta e dois elefantes treinados paraa guerra. 31Eles vieram pela Idumia e acam-param junto a Betsur. Atacaram-na por mui-tos dias, empregando suas mquinas de guer-ra, mas os sitiados, saindo, ateavam-lhes fogoe resistiam valentemente. 32Ento Judas dei-xou o cerco da cidadela em Jerusalm e veiotomar posio em Bet-Zacarias, diante doacampamento do rei. 33Este, levantando-semuito cedo, lanou seu exrcito impetuosa-mente na direo de Bet-Zacarias. Ambosos exrcitos prepararam-se para a batalha etocaram as trombetas. 34Para instigar os ele-fantes ao combate, os gentios mostraram-lhessuco de uva e de amora. 35Distriburam es-ses animais por entre as legies, colocandojunto a cada elefante mil homens encoura-ados com malhas de ferro e capacetes debronze. Alm disso, destacaram para cadaelefante quinhentos cavaleiros escolhidos,36que seguiam seus movimentos, estandoonde ele estava e indo para onde ia, semjamais se afastarem dele. 37Sobre cada ele-fante havia, presa ao animal por correias,uma torre de madeira toda coberta e bemslida, de dentro da qual combatiam, l decima, quatro guerreiros, alm do seu con-dutor. 38O rei disps o restante da cavalariade um lado e do outro, nos dois flancos doexrcito, para incitar e proteger as legies.

    39Quando o sol comeou a brilhar nos escu-dos de ouro e de bronze, as montanhas seiluminaram ao seu claro e resplandeciamcomo tochas acesas. 40Uma parte do exrci-to real se espalhou no alto dos montes e outraparte nos lugares mais baixos. E avanavamcom cuidado e em ordem de batalha. 41Fi-cavam apavorados todos os que ouviam ofragor da multido, o avano das tropas e otinir das armas: era um exrcito imenso epoderoso. 42Judas e seu exrcito avanarampara o combate, e do exrcito do rei caramseiscentos homens. 43Foi quando Eleazar, oAuar, viu um dos elefantes encouraadocom as armaduras reais e mais alto queos outros, e pareceu-lhe que a estava o rei.44Sacrificou-se, ento, para salvar o seupovo e adquirir renome imortal: 45precipi-tou-se em direo do animal corajosamen-te, atravs da legio, matando direita e esquerda, enquanto os inimigos abriam bre-cha diante dele, de um e do outro lado. 46Eleconseguiu chegar at o elefante, colocou-sedebaixo do animal e o matou. O elefante,porm, caiu por cima de Eleazar, que mor-reu ali, esmagado. 47Entretanto, ao verem afora do reino e o mpeto das suas tropas, osjudeus retiraram-se do combate.

    [Cerco do monte Sio]48Os soldados do exrcito do rei subiram

    para se defrontar com os judeus em Jerusa-lm. Assim, o rei aproximou-se da Judia edo monte Sio. 49Antes, porm, concluiu apaz com os habitantes de Betsur: estes sa-ram da fortaleza, por no terem mais manti-mentos, pois haviam ficado ali cercados e,alm disso, era o ano sabtico. 50Assim, o reitomou Betsur, e deixou ali uma guarniopara defender a cidade. 51Depois acampoujunto ao lugar santo por muitos dias, e aliinstalou baterias e mquinas de assdio, lan-a-chamas e catapultas, escorpies para o lan-amento de flechas e, ainda, muitas fundas.52Por sua vez, os judeus tambm fizeram m-quinas contra as dos inimigos e resistiram

    6,28-47 Antoco V e Lsias fazem campanha na Judia (Bet-Zacarias) com um imenso exrcito. MorteMorteMorteMorteMortevoluntriavoluntriavoluntriavoluntriavoluntria dedededede EleazarEleazarEleazarEleazarEleazar. 3232323232 NV: Betzacara (tb. no v. 33). 3737373737 correias, lit.: mquinas. condutor, lit.:indiano; os elefantes e seus condutores vinham da ndia. 6,48-54 DuranteDuranteDuranteDuranteDurante ooooo anoanoanoanoano sabtico,sabtico,sabtico,sabtico,sabtico, AntocoAntocoAntocoAntocoAntoco VVVVVtomatomatomatomatoma BetsurBetsurBetsurBetsurBetsur eeeee cercacercacercacercacerca JerusalmJerusalmJerusalmJerusalmJerusalm. >2Mc 13,18-26. 4949494949 ano sabtico, lit.: o sbado da terra, >Lv 25,2-7.

    1 Macabeus 6

  • 558

    1Mc

    durante muitos dias. 53Mas no havia maisprovises nos celeiros, pois era o stimo ano,e os que tinham vindo das naes para a Ju-dia haviam consumido as ltimas reservas.54Assim, permaneceram no santurio s pou-cos homens, pois a fome os tinha apertado. Ese dispersaram, cada um para a sua terra.

    [Antoco V concede aos judeus a liberdade religiosa]55-56Por aquele tempo, Lsias veio a saber

    que Filipe tinha voltado da Prsia e da M-dia, com o exrcito que partira com o rei, eprocurava assumir os negcios do reino.(Filipe era a pessoa a quem o rei Antocoainda em vida havia encarregado de educare de preparar para o trono seu filho \do mes-mo nome, Antoco). 57Ento Lsias apressou-se em dar a entender que se devia partir, di-zendo ao rei, aos chefes do exrcito e a seushomens: Estamos a cada dia mais fracos, oalimento se torna escasso, e o lugar que es-tamos sitiando bem fortificado. Alm dis-so, os negcios do reino chamam a nossaateno. 58Vamos, pois, estender a mo a estagente e fazer a paz com eles e com todo oseu povo. 59Reconheamos a eles o direitode observarem as suas leis, como antes, pois por causa de suas leis, que abolimos, queeles se exasperaram e fizeram tudo isto. 60Aproposta agradou ao rei e aos chefes. Lsiasenviou, pois, aos judeus, a proposta de paz,e eles a aceitaram. 61O rei e os chefes fize-ram o juramento, e os judeus, com essascondies, saram da fortaleza. 62Ao entrar,porm, no monte Sio, logo que viu as for-tificaes do lugar, o rei quebrou o juramentoque havia feito e mandou demolir a muralhaao redor. 63Em seguida, partiu s pressas, devolta para Antioquia, onde encontrou Filipecomo senhor da cidade. Entrou em luta con-tra ele e tomou a cidade fora.

    [Demtrio I no trono e Bquides e Alcimo na Judia]

    7 1No ano cento e cinquenta e um, Dem-trio, filho de Seleuco, partiu de Roma edesembarcou com poucos homens numa ci-

    dade do litoral, onde se proclamou rei. 2Pou-co depois, logo que ele entrou no palcio realde seus pais, o exrcito prendeu Antoco eLsias, para lev-los sua presena. 3Saben-do do fato, porm, disse: No me faais vero rosto desses dois! 4Ento o exrcito osexecutou, e Demtrio sentou-se no trono real.5Foi quando vieram ter com ele alguns israe-litas mpios e inqos, chefiados por Alcimo,que cobiava o cargo de sumo sacerdote. 6Ecomearam a acusar seu prprio povo dian-te do rei, dizendo: Judas e seus irmos fize-ram perecer todos os teus amigos e nos ex-pulsaram de nossa terra. 7Manda, pois, al-gum da tua confiana, para que veja todoo estrago que ele fez contra ns e na provn-cia do rei, e o castigue, a ele e a todos os queo apoiam!

    8O rei escolheu Bquides, um de seusamigos, governador das provncias do Alm-Eufrates, homem importante no reino e fielao rei. Enviou-o 9junto com o mpio Alcimo,a quem conferiu o cargo de sumo sacerdotee encarregou de tirar vingana dos filhos deIsrael. 10Eles vieram, pois, com um grandeexrcito, para a terra de Jud, e enviarammensageiros a Judas e seus irmos, com fal-sas propostas de paz. 11Os judeus, porm,vendo que vinham com um grande exrcito,no confiaram nas palavras deles. 12Apesarde tudo, uma delegao de escribas foi tercom Alcimo e Bquides, a fim de lhes pro-porem o que fosse justo. 13Eram hassideusesses primeiros israelitas que vieram solici-tar a paz, 14e que assim pensavam: Quemveio um sacerdote da descendncia deAaro, e no ir trair-nos! 15De fato, Alcimofalou-lhes palavras de paz e assegurou-lhescom juramento: No vos faremos mal al-gum, nem tampouco a vossos amigos! 16En-to acreditaram nele.Mas Alcimo mandou prender sessenta

    dentre eles e os trucidou no mesmo dia, se-gundo o que est escrito: 17Espalharam aoredor de Jerusalm os cadveres e o sanguede teus santos, e no havia quem lhes dessesepultura. 18Diante disso, o medo e o pavor

    6,55-63 Movido por interesses pessoais e pela resistncia dos judeus, Lsias abandona Jerusalm dando-lhe liberdade religiosa. >2Mc 11,13-15(38). 5555555555 >6,14s. 7,1-24 VoltandoVoltandoVoltandoVoltandoVoltando dedededede Roma,Roma,Roma,Roma,Roma, DemtrioDemtrioDemtrioDemtrioDemtrio sesesesese proclamaproclamaproclamaproclamaproclamareireireireirei, afasta Lsias e Antoco, e encarrega Bquides e o sacerdote Alcimo da represso na Judia. Mas JudasMacabeu intervm. >2Mc 14,1-10. 11111 Data: 161 aC. 88888 >nota Esd 4,10. 1313131313 >nota 2,42. 1717171717 >Sl 79,2s.

    1 Macabeus 67

  • 559

    1Mc

    tomaram conta de todo o povo, que comeoua dizer: No h verdade nem justia neles,pois transgrediram o pacto e o juramento quefizeram! 19Bquides partiu de Jerusalm efoi acampar em Bet-Zet. A mandou pren-der muitos dos que tinham passado para oseu lado e mais alguns dentre o povo: orde-nou que os matassem e os atirassem numagrande cisterna. 20Entregou a Alcimo o gover-no da provncia e deixou com ele um exr-cito para sustent-lo. Depois, voltou parajunto do rei.

    21Entretanto, Alcimo se empenhava por seucargo de sumo sacerdote. 22Em torno delereuniram-se todos os que perturbavam o seupovo, e conseguiram apossar-se da terra deJud, fazendo grandes estragos em Israel.23Judas viu que a maldade praticada contraos israelitas por Alcimo e pelos que estavamcom ele era pior ainda que a dos gentios, 24esaiu por todo o territrio da Judia, dando omerecido castigo aos desertores, os quaisento cessaram de circular pela regio.

    [Nicanor na Judia. Derrota e morte]25Ao ver que Judas e seus companheiros

    estavam se tornando mais fortes e perceben-do que no poderia enfrent-los, Alcimovoltou para junto do rei e acusou-os de mui-tas maldades. 26O rei enviou Nicanor, um deseus generais mais ilustres, que demonstra-va dio e hostilidade contra Israel, com aordem de exterminar esse povo. 27Nicanor,pois, chegou a Jerusalm com um poderosoexrcito, e dirigiu a Judas, bem como a seusirmos, falsas propostas de paz: 28No hajaguerra entre mim e vs! Estou indo com pou-cos homens, para uma entrevista pacfica.29De fato, ele veio ter com Judas. Saudaram-se amistosamente, mas os inimigos estavampreparados para seqestrar o chefe judeu.30Judas, porm, percebeu que Nicanor vieracom segundas intenes e retirou-se por pre-cauo, no querendo encontrar-se com ele.31Por sua vez, reconhecendo que seu ardilfora descoberto, Nicanor partiu no encalo

    de Judas para lhe dar combate, perto de Ca-farsalama. 32Sucumbiram cerca de quinhen-tos homens do exrcito de Nicanor, e osoutros refugiaram-se na cidade de Davi.

    [Derrota e morte de Nicanor]33Depois disso, o prprio Nicanor subiu

    para o monte Sio. Alguns sacerdotes e an-cios do povo saram do lugar santo parasaud-lo cordialmente e mostrar-lhe oholocausto que estava sendo oferecido pelorei. 34Ele, porm, os escarneceu, desprezou,cuspiu neles e falou com insolncia. 35E ain-da proferiu, cheio de clera, este juramento:Se desta vez Judas no for entregue s mi-nhas mos, e com ele o seu exrcito, ime-diatamente, juro que incendiarei esta Casaao regressar vitorioso! E foi-se embora,cheio de fria. 36Os sacerdotes voltaram-see, de p ante o altar e o templo, oraram cho-rando: Tu escolheste esta Casa para que teuNome fosse aqui invocado, e para que elaseja casa de orao e de splica para o teupovo. Executa a vingana contra este homeme seu exrcito, e caiam sob a espada. Lem-bra-te de suas blasfmias e no lhes conce-das trgua!

    39Nicanor partiu de Jerusalm e foi acam-par em Bet-Horon, onde um exrcito da Sriaveio ajuntar-se a ele. 40Judas por sua vezacampou em Hadasa, com trs mil guerrei-ros, e fez esta orao: 41Senhor, quando osmensageiros do rei da Assria blasfemaram,teu Anjo interveio e feriu cento e oitenta ecinco mil dentre eles. 42Da mesma forma,hoje, esmaga este exrcito diante de ns, paraque saibam, todos, que Nicanor blasfemoucontra o teu lugar santo! Julga-o segundo asua maldade! 43Os exrcitos se enfrentaramno dia treze do ms de Adar, e o de Nicanorfoi esmagado: ele prprio foi o primeiro acair em combate. 44Quando o seu exrcitoviu que ele tinha morrido, largaram as ar-mas e puseram-se a fugir. 45Os judeus osperseguiram durante um dia, desde Hadasaat chegarem a Gazara, tocando as trombe-

    7,25-38 Por ordem de Demtrio, Nicanor tenta armar uma cilada para Judas, mas noconsegue, e profana o sacerdote do templo. >2Mc 14,1115,36. 2626262626 >3,38. 3232323232 a cidadede Davi: a cidadela, >1,33. 3636363636 >Jl 2,17. 37a37a37a37a37a aqui, lit.: sobre ela. 7,39-50 Nicanor vencido por Judas e morre na batalha de Bet-Horon. 4141414141 >2Rs 18,17-35; 19,35.

    1 Macabeus 7

  • 560

    1Mc

    tas atrs deles para todos saberem. 46De to-das as aldeias da Judia ao redor saram gru-pos para cerc-los e faz-los voltar atrs. Etodos pereceram ao fio da espada, no esca-pando um s. 47Recolhidos os despojos e osaque, cortaram a cabea de Nicanor e suamo direita, que ele tinha erguido com tantainsolncia. Trouxeram-nas e as penduraram vista de todos em Jerusalm. 48O povo sen-tiu uma grande alegria, e passaram aqueledia num jbilo indescritvel. 49Resolveramento celebrar cada ano essa data, no dia trezedo ms de Adar. 50E a terra de Jud esteveem paz durante certo tempo.

    [Elogio dos romanos]

    8 1Judas teve conhecimento da fama dosromanos, dos quais se dizia que eramvalentes guerreiros e que atendiam a tudo oque se pedisse deles; que estabeleciam pac-tos de amizade com todos os que os procu-rassem, 2e que o seu poder era grande. Fala-ram-lhe tambm de suas batalhas, e das fa-anhas que realizaram na Galcia, onde elesvenceram e sujeitaram essa regio ao tribu-to; 3tambm de tudo o que fizeram na regioda Espanha, onde conquistaram as minas deprata e ouro que l existem; 4e, ainda, comodominavam todos os pases com habilidadee persistncia, mesmo no caso de pases dis-tantes; da mesma forma os reis, que vieramdas extremidades da terra para atac-los, elesos venceram e lhes infligiram grandes per-das, enquanto outros simplesmente lhes pa-gam tributo cada ano. 5Falaram tambm deFilipe e de Perseu, reis dos ceteus, e de to-dos os que pegaram em armas contra eles,como os romanos os derrotaram na guerra eos venceram. 6Tambm Antoco o grande,rei da sia, que tinha marchado contra elescom cento e vinte elefantes, cavalaria, car-ros de guerra e numerosssima infantaria, foipor eles desbaratado. 7Os romanos o captu-raram vivo e determinaram que ele e seussucessores lhes pagariam um pesado tribu-to, alm de ele ter de entregar refns paracumprir o estabelecido. 8Antoco teve de

    entregar tambm as regies da Jnia, daMisia e da Ldia, dentre as melhores de suasprovncias, e os romanos por sua vez as de-ram ao rei Eumenes. 9Quando os povos daGrcia planejaram fazer uma expedio con-tra eles, os romanos, cientes do plano, 10en-viaram um s general para enfrent-los, emuitos deles foram mortos, mulheres e crian-as foram levadas para o cativeiro, os roma-nos saquearam seus bens, subjugaram o pas,destruram suas fortalezas e os reduziram auma escravido que dura at hoje. 11Outrosreinos e ilhas que lhes haviam resistido porum tempo, eles os derrotaram e dominaram.12Com seus amigos, porm, e com os queneles confiavam, os romanos mantiveram aamizade. Eles submeteram reis, tanto os deperto como os de longe; e todos os que ou-viam o seu nome ficavam com medo. 13Defato, aqueles a quem eles quisessem ajudarnas suas pretenses ao reino, ficavam reis;aos que eles quisessem depor, depunham.Chegaram ao auge do seu poder. 14Apesarde tudo, nenhum deles cingiu a coroa ou sevestiu de prpura, para se engrandecer.15Construram para si um edifcio de reuniesonde diariamente deliberam trezentos e vin-te homens acerca dos assuntos do povo, paralhes garantir a boa ordem. 16Cada ano con-fiam a um s dentre eles o encargo de reinare dominar sobre todo o seu territrio, e to-dos lhe obedecem, sem inveja ou rivalidade.

    [Aliana dos judeus com os romanos]17Judas escolheu Euplemo, filho de Joo,

    filho de Acor, e Jaso, filho de Eleazar, e osenviou a Roma para firmarem com eles umpacto de amizade e colaborao. 18Deviampedir que os romanos lhes tirassem o jugo,pois viam que o reino dos gregos estava re-duzindo Israel servido. 19Eles partiram,pois, para Roma. Depois de longa viagem,entraram no senado e assim falaram: 20JudasMacabeu e seus irmos e o povo dos judeusnos enviam a vs para firmarmos convoscouma aliana de paz, e para sermos inscritosno rol dos vossos aliados e amigos. 21A pro-

    4949494949 o dia de Nicanor, celebrado na vspera de >Purim. 8,1-16 JudasJudasJudasJudasJudas sesesesese aproximaaproximaaproximaaproximaaproxima dosdosdosdosdosromanosromanosromanosromanosromanos. Descrio da valentia e virtudes deste povo conquistador... 88888 Jnia (Grcia): NV: ndia. Msia: NV: Mdia. 8,17-32 Judas firma um pactopactopactopactopacto dedededede mtuomtuomtuomtuomtuo apoioapoioapoioapoioapoio comcomcomcomcom ososososos romanosromanosromanosromanosromanos. 1717171717 >12,1s;

    1 Macabeus 78

  • 561

    1Mc

    posta agradou aos senadores. 22E este o tex-to da carta que eles gravaram em placas debronze e remeteram a Jerusalm, para que afosse conservada, entre os judeus, comomemorial de paz e de aliana: 23Prosperidadeaos romanos e nao dos judeus, em terra eno mar, para sempre! Longe deles a espada eo inimigo! 24Se for declarada a guerra primeiroaos romanos ou a qualquer dos seus aliadosem todos os seus domnios, 25a nao dosjudeus lhes trar auxlio de todo o corao,segundo as exigncias do momento. 26Aosagressores eles no daro nem fornecero tri-go, armas, dinheiro, ou navios, conforme ti-ver parecido bem a Roma, e cumpriro estasclusulas sem nada receber. 27Da mesma for-ma, porm, se a nao dos judeus for envol-vida em guerra, os romanos lhes daro ajudade todo o corao, segundo as possibilidadesdo momento. 28Aos agressores no se forne-cer trigo, nem armas, dinheiro, ou navios,conforme tiver parecido bem a Roma; e elesguardaro estas clusulas sem falsidade. 29Foinesses termos que os romanos fizeram alian-a com o povo dos judeus. 30Se, no futuro,uns e outros decidirem acrescentar ou supri-mir alguma coisa, faam-no livremente: o quefor acrescentado, ou suprimido, ser ratifica-do. 31Quanto aos danos que o rei Demtriocausou, ns lhe escrevemos nestes termos:Por que fizeste pesar o teu jugo sobre osjudeus, nossos amigos e aliados? 32Se eles denovo nos procurarem para se queixar de ti,ns lhes faremos justia e combateremoscontra ti, por mar e por terra!

    [Morte de Judas Macabeu]

    9 1Quando Demtrio soube que Nicanor esuas tropas tinham sucumbido em com-bate, resolveu mandar de novo Bquides eAlcimo at a Judia, com a ala direita doexrcito real. 2Eles partiram na direo deGlgala e acamparam em Masalot, perto deArbelas, tomando-a e matando grande n-mero de pessoas. 3No primeiro ms do anocento e cinqenta e dois, acamparam pertode Jerusalm. 4Dali prosseguiram at Beret,com vinte mil homens de infantaria e dois

    mil cavaleiros. 5Judas acampara em Elasa,tendo consigo trs mil guerreiros escolhi-dos. 6Ao verem o tamanho de um exrcitoto numeroso, ficaram com muito medo.Muitos desertaram do acampamento, per-manecendo a apenas oitocentos homens.7Judas viu que seu exrcito se reduzira, jus-tamente quando urgia a batalha. Com o co-rao partido, por no ter mais tempo dereagrupar os seus, 8desfaleceu. Logo, porm,disse aos que haviam permanecido com ele:Partamos ao encontro dos nossos advers-rios, e vamos enfrent-los! 9Os companhei-ros tentaram demov-lo: No conseguire-mos! Salvemos agora nossas vidas e depoisvoltaremos, ns e nossos irmos, para lutarcontra eles. Agora somos poucos demais!10Judas replicou: Longe de ns, fugir de-les! Se chegou a nossa hora, morramos co-rajosamente em favor de nossos irmos e nodeixemos que se empane a nossa glria!

    11Entretanto, o exrcito inimigo deixou oacampamento e tomou posio para atac-los. Sua cavalaria dividiu-se em duas alas,enquanto os atiradores de funda e os arquei-ros iam frente do exrcito, com os maisvalentes na primeira linha. 12Bquides esta-va na ala direita. A legio avanava dos doislados, ao som das trombetas. Os do lado deJudas tambm tocaram suas trombetas 13e aterra tremeu com o confronto dos dois exr-citos. O combate durou desde a manh at oentardecer. 14Judas viu que Bquides e a partemais forte do seu exrcito estavam do ladodireito, e com ele reuniram-se todos os maisvalentes. 15A ala direita foi por eles desman-telada, e Judas os perseguiu at o monte deAzor. Os da ala esquerda, quando viram aala direita destroada, foram no encalo deJudas e seus companheiros, atacando-ospelas costas. 17A batalha tornou-se ainda maisrenhida, e de ambos os lados houve muitasbaixas. 18Tambm Judas sucumbiu, e os ou-tros fugiram. 19Jnatas e Simo, irmos deJudas, recolheram o seu corpo e o sepulta-ram no sepulcro da famlia, em Modin. 20To-do o povo de Israel o lamentou e chorou pro-fundamente, guardando luto por ele durantemuitos dias. 21No paravam de lamentar:

    15,15; 2Mc 4,11. 9,1-22 Ao perseguir as tropas de Bquides e Alcimo, JudasJudasJudasJudasJudas morto.morto.morto.morto.morto.SepultamentoSepultamentoSepultamentoSepultamentoSepultamento ememememem ModinModinModinModinModin. 33333 Abril-maio de 160 aC. 1515151515 NV: Azot. 2121212121 >2Sm 1,27.

    1 Macabeus 89

  • 562

    1Mc

    Como foi sucumbir o heri, aquele quesalvava o povo de Israel? 22O restante dasaes de Judas e suas batalhas, as proezasque realizou, a sua grandeza, no pode seraqui descrito. Seria assunto demais.

    JNATAS MACABEU[Jnatas sucede a Judas]

    23Depois da morte de Judas, reapareceramos mpios por todo o territrio de Israel, e osque praticam a maldade reergueram a cabe-a. 24Por essa ocasio alastrou-se uma fometerrvel, e a regio entregou-se a eles, ade-rindo a seu partido. 25Por sua vez, Bquidesescolheu homens mpios para governarem opas. Estes comearam a procurar e devassaros partidrios de Judas, entregando-os aBquides, o qual se vingava deles e os co-bria de escrnios. 27Foi grande ento a tribu-lao em Israel, como nunca houve desde ofim do tempo dos profetas. 28Reuniram-seento os partidrios de Judas e disseram aJnatas: 29Desde que teu irmo Judas mor-reu, no h mais algum como ele, que lide-re a luta contra os inimigos, contra Bquidese todos os adversrios de nossa nao. 30Porisso te escolhemos hoje em lugar dele, paraseres o nosso guia e chefe, e para levaresadiante a nossa luta. 31Jnatas, de fato, as-sumiu nesse tempo o comando, sucedendo aJudas, seu irmo.

    [Jnatas no deserto de Tcoa e na terra de Moab]32Sabendo disso, Bquides procurava ma-

    tar a Jnatas. 33Por esse motivo, Jnatas eSimo, seu irmo, e todos os seus compa-nheiros, fugiram para o deserto de Tcoa eacamparam perto das guas da cisterna deAsfar. 34 (Bquides soube disso num dia desbado e transportou-se, com todo o seu exr-cito, para o outro lado do Jordo.) 35Jnatasenviou seu irmo Joo, um dos chefes doexrcito, para pedir aos nabateus, seus ami-gos, que lhes emprestassem seu equipamen-

    to de guerra, que era considervel. 36Mas osfilhos de Jambri, saindo de Mdaba, seqes-traram Joo e tudo o que levava e se foram,carregando a presa. 37Pouco depois, Jnatas eSimo, seu irmo, souberam que os filhos deJambri iam celebrar um grande casamento, ej estavam conduzindo a noiva, filha de umdos grandes de Cana, num solene cortejo,desde Nadabat. 38Recordaram-se da sangren-ta morte de seu irmo Joo e subiram a ummonte, onde ficaram espreita. 39Erguendoos olhos, viram um bando ruidoso, com onoivo frente e seus amigos e irmos, aoencontro da noiva, com tamborins, msicos emuitas armas. 40Ento os judeus, saindo dasua emboscada por cima deles, os massacra-ram: muitos caram mortos, os sobreviventesescaparam pelos montes, e eles carregaramtodos os seus despojos. 41Assim, as bodas setransformaram em luto, e o canto de seusmsicos, em lamento. 42Tendo assim vingadoo sangue de seu irmo, os judeus voltarampara as margens do rio Jordo. 43Ao saberdisso, Bquides tambm veio, com um gran-de exrcito, para as margens do Jordo, numdia de sbado. 44Jnatas disse aos companhei-ros: Vamos lutar por nossa prpria vida! Poishoje no como das outras vezes: 45temos ocombate nossa frente, e as guas do Jordode um lado, e brejo e matagal do outro. Noh por onde bater em retirada. 46Agora, ergueiao cu o vosso clamor, a fim de poderdeslivrar-vos das mos de vossos inimigos! Tra-vou-se o combate, 47e Jnatas esteve a pontode atingir Bquides, mas este escapou, des-viando-se para trs. 48A um certo momento,Jnatas e seus companheiros saltaram para oJordo e o atravessaram a nado, enquanto osinimigos no entraram no rio ao seu encalo.49Do exrcito de Bquides pereceram, nessedia, cerca de mil homens.

    [Bquides ergue fortificaes na Judia.Morte de Alcimo]Os homens de Bquides voltaram a Jeru-

    salm 50e comearam a construir cidades for-

    9,23-31 Diante dos abusos de Bquides, Jnatas,Jnatas,Jnatas,Jnatas,Jnatas, irmoirmoirmoirmoirmo dedededede Judas,Judas,Judas,Judas,Judas, assumeassumeassumeassumeassume aaaaa lideranalideranalideranalideranaliderana dadadadada resistnciaresistnciaresistnciaresistnciaresistnciajudaicajudaicajudaicajudaicajudaica. 9,32-49 BquidesBquidesBquidesBquidesBquides matamatamatamatamata JooJooJooJooJoo MacabeuMacabeuMacabeuMacabeuMacabeu eeeee procuraprocuraprocuraprocuraprocura matarmatarmatarmatarmatar JnatasJnatasJnatasJnatasJnatas, que bate em retirada. 3535353535>5,25. 3434343434 Este v. uma duplicata do v. 43, onde est melhor colocado. 4444444444 Lit.: como ontem e anteontem. 9,50-57 Bquides fortifica as cidades de Jud, e Alcimo empreende modificaes no templo, mas morre

    1 Macabeus 9

  • 563

    1Mc

    tificadas na Judia: as fortalezas que haviaem Jeric, Emas, Bet-Horon, Betel, Tam-nata, Faraton e Tefon, todas ficaram com al-tas muralhas, com portas e ferrolhos. 51B-quides deixou guarnies em cada uma de-las, para que fizessem incurses contra Is-rael. 52Fortificou tambm as cidades deBetsur e Gazara, alm da cidadela, deixandoa tropas e reservas de mantimentos. 53Almdisso, tomou como refns os filhos das prin-cipais famlias do pas e os aprisionou nacidadela, em Jerusalm.

    54No ano cento e cinqenta e trs, no se-gundo ms, Alcimo mandou derrubar o murodo trio interno do lugar santo, destruindoassim a obra dos profetas. Mas apenas co-meou a executar a demolio, 55pois nessemesmo instante foi atingido por Deus, e ostrabalhos foram interrompidos. Seu rosto separalisou, ele perdeu os sentidos, no pdemais pronunciar uma s palavra nem sequerrepartir os seus bens. 56Pouco depois fale-ceu, no meio dos maiores sofrimentos. 57Ven-do que Alcimo estava morto, Bquides vol-tou para junto do rei, e a terra de Jud gozoude paz durante dois anos.

    [Bquides derrotado e deixa a Judia]58Entretanto, todos os mpios comearam

    a dizer: Reparai como Jnatas e seus com-panheiros esto vivendo tranqilos e descui-dados. o momento de chamarmos Bqui-des, e ele os prender todos numa s noite!59E foram falar com ele sobre o assunto.60Bquides ps-se a caminho com um grandeexrcito, e mandou instrues secretas a seuscolaboradores na Judia, para que capturas-sem Jnatas e seus companheiros. Mas nopuderam faz-lo, pois o plano fora descober-to. 61Em represlia, os judeus prenderam emataram uns cinqenta homens do territ-rio, que eram os cabeas dessa traio. 62En-to, Jnatas e Simo, com os seus compa-nheiros, retiraram-se para Bet-Basi, na re-

    gio do deserto, restaurando e fortificandoo lugar. 63Sabendo disso, Bquides reuniutodas as suas tropas e mandou avisar seuspartidrios da Judia. 64Veio tomar posiodiante de Bet-Basi e atacou-a durante muitosdias, inclusive com mquinas de assdio.65Deixando seu irmo Simo na cidade, J-natas saiu para campo aberto com um peque-no destacamento. 66Bateu Odomera e seusirmos, assim como os filhos de Fasiron emsuas tendas, comeando assim a vencer e acrescer em foras. 67Enquanto isso, Simo eseus homens saram da cidade, incendiaramas mquinas de assalto 68e enfrentaram oprprio Bquides, que acabou derrotado poreles. Isso o afligiu profundamente, porqueo seu plano e a sua expedio tinham malo-grado. 69Ele ficou furioso contra os homensmpios que lhe haviam dado o conselho defazer essa expedio, matou a muitos delese resolveu voltar para a sua terra. 70Ao ter co-nhecimento disso, Jnatas mandou-lhe men-sageiros para negociar a paz e combinar atroca de prisioneiros. 71Ele aceitou e fez oque Jnatas propunha, jurando nunca maisprejudic-lo todos os dias de sua vida. 72De-volveu-lhe os prisioneiros que havia feito naterra de Jud, voltou para o seu pas, e nun-ca mais pensou em vir para o territrio dosjudeus. 73Assim, a espada cessou de afligirIsrael. Jnatas foi morar em Macmas, e alicomeou a governar o povo. E fez desapa-recer os mpios do meio de Israel.

    [Alexandre Balas nomeia Jnatas sumo sacerdote]

    10 1No ano cento e sessenta, AlexandreEpfanes, filho de Antoco, desem-barcou em Ptolemaida e a ocupou. Bem re-cebido, comeou a o seu reinado. 2Ao sa-ber disso, o rei Demtrio reuniu um enormeexrcito e partiu para enfrent-lo. 3Demtriomandou tambm uma carta a Jnatas em ter-mos cordiais, fazendo-lhe grandes promes-

    de derrame. Bquides volta Sria. 5454545454 Abril-maio 159 aC. 5555555555 repartir os seus bens, lit.:dispor sobre sua prpria casa. 9,58-73 Numa tentativa de voltar Judia para reforar ahegemonia sria, Bquides derrotado e deixa definitivamente a regio. 7373737373 >Jz 2,16. governar,lit.: julgar (imitao estilstica dos livros antigos). 10,1-21 DianteDianteDianteDianteDiante dadadadada rivalidaderivalidaderivalidaderivalidaderivalidade dedededede AlexandreAlexandreAlexandreAlexandreAlexandreBalas,Balas,Balas,Balas,Balas, ooooo reireireireirei DemtrioDemtrioDemtrioDemtrioDemtrio fazfazfazfazfaz dedededede JnatasJnatasJnatasJnatasJnatas seuseuseuseuseu aliadoaliadoaliadoaliadoaliado, dando-lhe grande liberdade. Mas Alexan-dre lhe oferece mais: ooooo sumosumosumosumosumo sacerdciosacerdciosacerdciosacerdciosacerdcio eeeee ooooo ttulottulottulottulottulo dedededede amigoamigoamigoamigoamigo dododododo rei... rei... rei... rei... rei... 11111 Data: 152 aC.

    1 Macabeus 910

  • 564

    1Mc

    sas. 4Pois dizia consigo: Apressemo-nos emfirmar a paz com ele, antes que ele o faacom Alexandre contra ns. 5Pois Jnatas cer-tamente se recorda de todos os males quecausamos a ele e a seu irmo e a todo o seupovo. 6Nessa carta dava-lhe autorizaopara recrutar um exrcito e fabricar armas,e a se conduzir como seu aliado. Prometiatambm entregar-lhe os refns que se encon-travam na cidadela. 7Jnatas veio ento aJerusalm e leu a carta diante de todo o povoe daqueles que se encontravam na cidadela.8Todos ficaram muito assustados ao ouviremque o rei lhe dava autorizao para recrutarum exrcito. 9Os que estavam na cidadelaentregaram os refns a Jnatas, e este os de-volveu a seus pais. 10Jnatas passou a morarem Jerusalm, e comeou a reconstruir e res-taurar a cidade. 11Aos que estavam executan-do os trabalhos, ordenou que levantassemos muros ao redor do monte Sio usandopedras quadradas para maior resistncia, eeles assim o fizeram. 12Ento os estrangeiros,que estavam nas fortalezas construdas porBquides, puseram-se em fuga. 13Cada umabandonou o seu posto e foram-se embora,para sua terra. 14Somente em Betsur perma-neceram alguns dos que tinham abandonadoa Lei e os mandamentos: ali era o seu lugarde refgio.

    15O rei Alexandre soube das promessas queDemtrio tinha feito a Jnatas. Contaram-lhe tambm as batalhas e faanhas que J-natas e seus irmos tinham realizado e ossofrimentos que tinham suportado. 16Entocomentou: Onde encontraremos um ho-mem igual a este? Vamos fazer dele agora onosso amigo e aliado! 17Escreveu-lhe, pois,uma carta, nestes termos: 18O rei Alexandrea seu irmo Jnatas, saudaes. 19Ouvimos,a teu respeito, que s um homem valente ecorajoso, e que s digno de ser nosso amigo.20Por isso te nomeamos hoje sumo sacerdo-te da tua nao e te concedemos o ttulo deamigo do rei, para que nos apoies em nossosobjetivose nos conserves a tua amizade. Emandou-lhe um manto de prpura e umacoroa de ouro.

    21Jnatas revestiu-se com a tnica sagradano stimo ms do ano cento e sessenta, nafesta das Tendas. Enquanto isso, ia recrutan-do soldados e fabricando muitas armas.

    [Contraproposta de Demtrio I]22Demtrio ouviu falar disso e comentou,

    muito contrariado: 23Que fizemos para queAlexandre tenha passado nossa frente,conquistando a amizade dos judeus e firman-do assim a sua posio? 24Tambm eu lhesescreverei em termos persuasivos, e lhes ofe-recerei cargos e presentes, para que me ga-rantam o seu apoio! 25De fato, escreveu-lhesdeste modo: O rei Demtrio nao dosjudeus, saudaes. 26Ficamos muito conten-tes em saber que observastes a aliana feitaconosco e permanecestes em nossa amiza-de, sem passar para o lado dos nossos inimi-gos. 27Continuai, pois, a guardar a vossa fi-delidade para conosco e vos retribuiremoscom benefcios tudo aquilo que fizerdes porns. 28Ns vos isentaremos de muitos impos-tos e, pelo contrrio, vos faremos doaes.29A partir de agora, vos libero, e declaro isen-tos todos os judeus, dos tributos, do impostosobre o sal e das coroas. 30Alm disso, renun-cio tera parte da semeadura e metadedos frutos das rvores, que me caberiam pordireito; de hoje em diante, deixo de arrecad-los terra de Jud e aos trs distritos que lheforam anexos, bem como Samaria e Galilia. Isto, a partir de hoje e para sempre.31Jerusalm seja uma cidade santa e isenta,assim como seu territrio, sem dzimos nemtributos. 32Renuncio tambm ao poder sobrea cidadela de Jerusalm e a entrego ao sumosacerdote, para que ele estabelea ali umaguarnio de sua escolha, para defend-la.33A todo judeu que tiver sido levado prisio-neiro da terra de Jud e se encontre em qual-quer parte do meu reino, restituo-lhe a liber-dade, sem exigir resgate. Que todos sejamisentos dos impostos, inclusive do seu gado.34E todos os dias de festa, os sbados e asluas novas, as solenidades prescritas bemcomo os trs dias antes e trs dias depois,sejam todos dias de imunidade e de anistia

    10,22-45 Diante das vantagens oferecidas por Alexandre Balas, Demtrio fazgenerosa contraproposta a Judas. 24-5424-5424-5424-5424-54 >2Mc 12,10-31. 3030303030 >11,34.

    1 Macabeus 10

  • 565

    1Mc

    para todos os judeus do meu reino. 35Nessesdias ningum tem autorizao para cobrarcoisa alguma ou perturb-los por qualquermotivo que seja. 36Sejam recrutados at trin-ta mil soldados, entre os judeus, para o exr-cito do rei, e recebero o mesmo soldo queas demais tropas do reino. 37Alguns delessero destacados para as maiores fortalezasdo rei, e outros sero nomeados para cargosde confiana no reino. Seus chefes e coman-dantes sero escolhidos entre eles, e poderoviver segundo suas prprias leis, como oordenou o rei para a terra de Jud. 38Quantoaos trs distritos da provncia da Samaria, queforam acrescentados Judia, sejam anexa-dos de tal modo que fiquem dependendo deum s homem, isentos da obedincia a qual-quer autoridade que no seja a do sumo sacer-dote. 39Entrego Ptolemaida e seu territrioao santurio de Jerusalm, para as despesasnecessrias do culto. 40De minha parte, dareitodos os anos quinze mil moedas de prata,descontados das rendas reais, auferidas nosdiversos lugares. 41E tudo o que ficou atrasa-do, o que no foi pago pelos meus adminis-tradores nos anos precedentes, de ora emdiante o entregaro para as obras do templo.42Alm disso, os cinco mil siclos de prata queeram recolhidos, cada ano, das receitas doSanturio, tambm estes sero deixados, poispertencem aos sacerdotes em exerccio. 43To-dos os que se refugiarem no templo de Jeru-salm ou dentro de seus limites, por causade dbitos para com o rei ou por qualqueroutro motivo, fiquem anistiados, com todosos bens que possuam no meu reino. 44Almdisso, as despesas com as obras de recons-truo ou restaurao do Santuri