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Prof. Dr. Marcelo Augusto Batista Especialização em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas Faculdade Assis Gurgacz FAG Cascavel/2012

1 - Morfologia Do Solo

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Page 1: 1 - Morfologia Do Solo

Prof. Dr. Marcelo Augusto Batista

Especialização em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas Faculdade Assis Gurgacz – FAG Cascavel/2012

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Presença de camadas; Cores diferenciadas; Profundidade do perfil; Transição entre as

camadas; Espessura das

camadas; Vegetação? Relevo? Pedregosidade?

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Diversos solos possuem propriedades possíveis de serem medidas ou descritas, as quais possibilitam classificá-los, descrevê-los e cartografá-los.

As diferenças entre os solos podem ser locais ou regionais e são evidentes tanto no aspecto que apresentam à superfície, como também em profundidade através do perfil.

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Solos diferentes são resultados de diferentes combinações dos fatores de formação do solo.

Diferindo quanto aos seus:

Atributos físicos;

Atributos químicos;

Atributos mineralógicos;

Atributos biológicos; e

Atributos morfológicos.

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A morfologia do solo é a expressão da aparência desse solo, segundo características macroscópicas prontamente perceptíveis.

A morfologia corresponde a “anatomia do solo”

Somada a descrição morfológica de um solo são necessárias outras determinações de laboratório.

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Além de sua importância para a caracterização do solo, poderá fornecer elementos para determinadas deduções de importância agrícola, tais como: Drenagem,

Permeabilidade,

Compactação,

Susceptibilidade à erosão,

Facilidade do trabalho de máquinas agrícolas etc.

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Importante para:

Levantamento de solos,

Classificação dos solos,

Separar no campo diferentes classes de solos.

Em alguns casos é possível determinar a

classe de solo, somente pela morfologia.

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Espessura dos horizontes; Arranjamento dos

horizontes; Número de horizontes; Transição entre os

horizontes; Cor; Textura; Estrutura;

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Porosidade; Cerosidade, outros

revestimentos e superfícies de fricção;

Consistência; Cimentação Eflorescências; Ocorrência de nódulos

e concreções.

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Além das características morfológicas referentes aos horizontes, descrevem-se também as características da paisagem no local do perfil, como: Declividade;

Drenagem;

Vegetação;

Ocorrência de pedras e matacões;

Erosão;

Material de origem;

Relevo regional;

Altitude.

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Trincheiras recém

abertas (2m);

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Cortes de estradas

convenientemente limpos (+ ou – 40 cm dentro do barranco).

Latossolo

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Em levantamento

expeditos pode se realizar descrições dos perfis por tradagem.

Dificuldades – Estrutura, Cerosidade, Transição…

Vantagens – Expedito

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Pedon

Polipedon

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É o conjunto de todos os horizontes e/ou camadas, acrescidos do material mineral subjacente pouco ou nada transformado e do manto superficial de resíduos orgânicos que influenciam a gênese e comportamento do solo.

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São partes de um perfil do solo, mais ou menos paralelas à superfície do terreno, resultantes da atuação dos processos pedogenéticos (adição, perdas, translocação e transformação).

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São partes de um perfil do solo, mais ou menos paralelas à superfície pouco ou nada afetadas pelos processos pedogenéticos (adição, perdas, translocação e transformação).

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O – Horizonte ou camada superficial orgânica pouco decomposta;

H – horizonte ou camada superficial ou não superficial, orgânica de ambientes alagados (hidromorfismo);

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A – horizonte mineral

superficial com acúmulo de húmus;

E – horizonte mineral mais claro que o horizonte A devido a remoção vertical de argila e/ou matéria orgânica;

A

E

B

Argissolo mesoálico textura arenosa / média.

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B – horizonte mineral de

máxima expressão de cor, consistência e estrutura (B latossólico, ou B nítico se a cerosidade for muito evidente); ou de concentração de argila removida dos horizontes A, ou A+E (B textural), ou de concentração de matéria orgânica e/ou ferro removidos dos horizontes A ou A+E (B espódico);

A

E

B

Argissolo mesoálico textura arenosa / média.

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C – horizonte ou camada mineral de material inconsolidado de rocha alterada pouco influenciada pelos processos pedogenéticos; e

R – Rocha inalterada. R

C

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F – horizonte ou

camada de material mineral consolidado rico em óxidos de ferro e/ou alumínio e pobre em matéria orgânica que ocorre abaixo dos horizontes A, ou E, e B;

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Horizontes miscigenados, nos quais, propriedades de dois horizontes principais se associam conjuntamente em fusão, evidenciando coexistência de propriedades comuns a ambos, de tal modo que não há individualização de partes distintas de um e de outro.

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São horizontes mesclados nos quais porções de um horizonte principal são envolvidas por material de outro horizonte principal, sendo as distintas partes identificáveis como pertencentes aos respectivos horizontes em causa.

A

B

A/B

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Horizontes

A, B, C, E, O, H, F e R

Horizontes Transicionais

AO, AH, AB, EB, BA, BE, BC e CB

Horizontes Intermediários

A/B, A/C, E/B, B/C B/C/R

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Números como prefixos indicam descontinuidade litológica.

Ex.: A, E, B, 2B e 2C

A E B 2B

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Números como sufixos indicam seccionamento vertical em um determinado horizonte ou camada.

Ex.: Bt1 – Bt2 – Btx1 – Btx2

Ex2.: Bs1 – Bs2 – 2Bs3-2Bs4

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a - Propriedades ândicas (A, B e C)

Designa a presença de material amorfo de natureza mineral, de origem vulcânica. Este material determina que o horizonte possua valores de densidade inferiores a 1 g cm-3, alta capacidade de fixação de fósforo e teor de alumínio extraível em ácido oxálico superior a 2%.

b - Horizonte enterrado (O, A, E, B e F)

Designa horizontes diagnósticos cujas características pedogenéticas principais podem ser identificados, formadas antes do horizonte(s) ser(em) enterrado(s).

c - Nódulos e Concreções Minerais (A, E, B e C)

Designa a acumulação significativa de nódulos ou concreções cimentados pôr material outro que não seja sílica. Há principalmente o acúmulo de ferro, alumínio, manganês ou titânio (Petroplintita).

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d - Material orgânico acentuadamente decomposto (O e H)

Designa a acumulação de matéria orgânica em avançado grau de decomposição, de difícil reconhecimento da estrutura das plantas acumuladas.

e - Matéria orgânica recobrindo externamente os agregados (B e parte do A)

Designa o recobrimento externo dos agregados do solo pôr matéria orgânica não associada à sesquióxidos de ferro.

f – Plintita (A, B e C)

Designa a presença de concentração localizada de minerais secundários de ferro e/ou alumínio, pobre em matéria orgânica, misturada com argila e quartzo de coloração avermelhada ou amarelada de consistência firme a muito firme quando úmido, dura a muito dura quando seco.

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g – Glei (A, E, B e C)

Designa o desenvolvimento de cores cinzentas, azuladas, esverdeadas ou mosqueadas devido à redução do ferro.

h - Matéria Orgânica iluvial (B)

Designa a acumulação em sub superfície de matéria orgânica, complexos orgânicos-sesquióxidos amorfos dispersos (dominado pôr alumínio em baixas concentrações) podendo recobrir partículas de areias e silte ou individualmente.

i - Horizonte B-incipiente (B)

Designa a presença de horizonte B onde houve pouca composição do material de origem, não havendo muita formação de argila secundária, cor ou estrutura diferenciada do material de origem. No caso de materiais areno-quartzosos há desenvolvimento de cor.

j – Tiomorfismo (H, A, B e C)

Designa a presença de material mineral ou orgânica de origem palustre, rico em sulfetos.

k - Presença de Carbonatos (A, B e C)

Designa a presença de carbonatos alcalinos terrosos (principalmente de cálcio), remanescente do material de origem.

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Perfil representativo do Gleissolo Tiomórfico (Original: Igo F.Lepsch)

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ҟ - Presença de Carbonato de Cálcio Secundário (A, B e C)

Designa horizonte de enriquecimento com carbonato de cálcio secundário, contendo, simultaneamente 15% (pôr peso) ou mais de carbonato de cálcio e no 5% (pôr peso) a mais que o horizonte ou camada subjacente.

m - Forte Cimentação (B e C)

Designa a presença de cimentação pedogenética extraordinária e irreversível em mais de 90% do horizonte.

n - Acumulação de Sódio Trocável (H, A, B e C)

Designa o acúmulo de sódio trocável em termos de : 100 Na/CTC maior ou igual a 6%.

o - Material Orgânico Pouco ou não Decomposto (H e O)

Designa a presença de material orgânico onde é possível identificar a estrutura dos tecidos vegetais.

p - Aração ou outras Pedoturbações (H, O ou B)

Designa o revolvimento do solo pôr aração, pastoreio ou outras pedoturbações.

q - Sílica Acumulada (B ou C)

Designa o acúmulo de sílica secundária (na forma de opala ou outras formas de sílica) no horizonte.

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r - Rocha Pouco Alterada ou Saprolito (C)

Designa a presença de material mineral intemperizado, preservando muitas características do material de origem, podendo ser cortado com uma pá.

s - Presença de Matéria Orgânica e Sesquióxidos Iluvial (B)

Designa a acumulação de matéria orgânica e sesquióxidos amorfos dispersos que determinam cores com croma e valor maiores que 3.

t - Presença de Argila Iluvial (B)

Designa o acúmulo de argila subsuperficial que pode ser translocada pôr iluviação como formada in situ.

u - Presença de Acumulações Antropogênicas (A, H e O)

Designa a adição e acúmulo de material orgânico, material mineral como ossos, cerâmica pôr períodos relativamente longos.

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v - Características Vérticas (B e C)

Designa a presença de minerais de argila com pronunciada expansão e contração, alteração de volume dependendo da umidade resultando em superfície de fricção (slikensides), numa estrutura em blocos ou prismática, cuneiforme e paralelepipedal.

w - Presença de Intenso Intemperismo (B)

Designa a formação de material mineral em estágio avançado de intemperismo, não havendo expressiva acumulação de argila (CTC < 17 cmolc kg-1 de argila), com ou sem acúmulo de sesquióxidos de ferro e alumínio.

x - Cimentação Aparente (B, C e ocasionalmente E)

Designa a presença de material pseudo cimentado, sendo sua rigidez reversível sobre umedecimento com água.

y - Acúmulo de CaSO4 . 2H2O (A e B)

Designa o acúmulo de sulfato de cálcio.

z - Acúmulo de Sais mais Solúveis que o CaSO4 . 2H2O (H, A, B e C)

Designa o acúmulo de sais mais solúveis em água fria que o sulfato de cálcio.

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Os sufixos designativos de características específicas não são utilizados em todos os horizontes ou camadas, mas podem ser utilizados em vários. Assim temos para cada horizonte.

O = d, o, p H = d, j, n, o, p, u, z A = a, b, c, e, f, g, k, ҟ, n, p, u, z E = b, c, g, x B = a, b, c, e, f, g, j, k, ҟ, m, n, q, v, x, y, z, h, i, s, t, w C = a, c, f, g, j, k, ҟ, m, n, q, v, x, y, z, r F = b

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Abre-se a trincheira; Separação de

horizontes, subhorizontes e/ou camadas, por meio da: Cor, textura, estrutura,

cosistência etc.

Canivete ajuda diferenciar alterações na consitência, estrutura e textura ao longo do perfil

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Tomar as profundidades;

Determinar cor; Determinar estrutura; Determinar textura; Determinar

consistência:

Seca;

Úmida; e

Molhada

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Transições entre horizontes;

Presença de linha de pedra;

Concreções ou nódulos;

Acúmulo de sais; Compactação; Altura do lençol

freático; Etc.

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A transição entre os horizontes, que se refere a nitidez ou contraste de separação entre os memso é classificada quanto ao grau de distinção em:

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Transição Gradual

Transição Abrupta

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Quanto a topografia as transições são classificadas em:

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Cor Textura Porosidade Cerosidade, outros revestimentos e

superfícies de fricção Consistência Cimentação Nódulos e concreções minerais Eflorescências

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A cor é a impressão que a luz refletida pelos corpos produz no órgão da visão.

É uma das características mais fáceis de serem percebidas.

É usada para relacionar propriedades químicas, físicas e mineralógicas do solo, como: Profundidade do lençol freático, Drenagem, Constituintes químicos, Formação, e Horizontes.

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Matéria orgânica (Carbono) É um agente de coloração muito forte. Deixa o

solo escuro ou preto no horizonte A ou outros horizontes superficiais.

Compostos de ferro Ferro é o elemento dominante no solo, quando o

solo está em condições oxidantes (aerado) estes compostos recobrem as demais partículas dando cores amareladas, avermelhadas, alaranjadas e amarronzadas

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Reduzida Oxidada Oxidada Hidratada Fe2+ Fe3+ Fe3+

Cinzento Amarelo Vermelho α-FeOOH α-Fe2O3

Goethita Hematita

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A cor do solo é determinada pelo sistema Munsell de cores (Munsell Soil Color Charts)

Este sistema é composto por 3 variáveis

Matiz (Hue)

Valor (Value)

Croma (Chroma) 2.5 YR 3 / 4

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O matiz é o comprimento de onda espectral dominante

Vermelho (R)

Amarelo (Y)

Verde (G)

Azul (B)

Roxo (P)

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Red

Yellow-Red

Yellow

0 R 2.5 R 5 R 7.5 R 10 R

0 YR 2.5 YR 5 YR 7.5 YR 10 YR

0 R 2.5 R 5 R 7.5 R 10 R

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O Valor ou tonalidade da cor é indicado no sentido vertical por números de 0 a 10, correspondendo, respectivamente, ao preto e ao branco absoluto.

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O croma ou pureza da cor representa diferentes proporções de cinza nos matizes e varia no sentido horizontal, de 0 a 8, na representação de Munsell para solos.

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A carta de cores de Munsell é utilizada para a notação das cores do solo de forma padrão. Matiz - espectro da cor

dominante. Valor – o grau de claro ou

escuro de uma cor em relação a escala de cinza neutro.

Croma – intensidade de saturação do matiz.

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Luz natural; Dia de sol e tempo limpo; Próximo ao meio do dia; A luz em ângulo correto; Umidade do solo correta; e Não usar óculos de sol.

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Drenagem; Matéria orgânica; Forma e conteúdo de ferro; Fixação de fósforo; e Fertilidade.

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Em condições de excesso de água o ambiente é de redução, nesta condição:

Fe2+ → Fe3+

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De forma geral a cor escura expressa teores de matéria orgânica.

Solos com muita hematita pode não apresentar relação entre cor e teor de matéria orgânica.

Vertissolos podem apresentar colorações mais escuras, porém com baixo teor de matéria orgânica.

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As cores dominantes nos horizontes B dos solos brasileiros estão relacionados, basicamente, com dois componentes:

Goethita (amarelo) α - FeOOH

Hematita (vermelho) α – Fe2O3

Em ambientes mais secos tendem a predominar a hematita.

Em ambientes mais úmidos tende a aumentar a concentração de goethita

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Quando o material de origem for pobre em

ferro, a liberação for lenta, houver alta atividade de matéria orgânica do solo e condições de redução, haverá preferência para a formação de goethita.

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LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Fonte: ww.agencia.cnptia.embrapa.br/

LATOSSOLO VERMELHO Fonte: Apostila Classificação do Solo – Prof. Viana DAG - UEM

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Rochas claras → Goethita Rochas escuras → Hematita

Bioclima úmido → Goethita Bioclima seco → Hematita

Altos teores de matéria orgânica → Goethita Baixos teores de matéria orgânica → Hematita

Horizontes superficiais tem maior relação Gt/Hm

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Quanto maior o teor de óxidos de ferro maior

a fixação de P devido a grande afinidade entre o P e os sítio de ligação dos óxidos de ferro.

De forma geral a goethita tende a fixar mais o P do que a hematita

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Solos mais vermelhos tendem a ter mais

micronutrientes e P total.

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Notação Cor

▪ Cor do fundo

▪ Cor do mosqueado

Quantidade ▪ Pouco - < 2%

▪ Comum – 2 a 20%

▪ Abundante - > 20%

Tamanho ▪ Pequeno - < 5mm

▪ Média – 5 a 15 mm

▪ Grande - > 15 mm

Quanto ao contraste ▪ Difuso

▪ Distinto

▪ Proeminente

Sequência: quantidade, tamanho, contraste, nome da cor em português , notação de Munsell

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Esses mosqueados são comuns (abundância), pequenos a médios (tamanho), distintos (contraste) e claros (bordas), bruno-forte, 7,5 YR 5/8 e 5/6.

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Refere-se à proporção relativa das frações granulométricas que compõem a massa de solo.

É avaliada por meio do tato, pela sensação ao esfregar um pouco de solo úmido entre os dedos.

Areia – aspereza

Silte – sedosidade

Argila – pegajosidade

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FRAÇÃO GRANULOMÉTRICA

DIÂMETRO (mm)

Matacão > 200 Calhau 200 –20

Cascalho 20 - 2 Areia grossa 2 – 0,2

Areia fina 0,2 – 0,05 Silte 0,05 – 0,002

Argila < 0,002

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Figura 1 – Diagrama triangular simplificado (utilizado pela Embrapa) para a classificação textural do solo.

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Figura 2 – Diagrama triangular utilizado para a classificação textural do solo (Atterbeg).

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FRAÇÕES

GRANULOMÉTRICAS

DO SOLO – SBCS

Cascalho 20 – 2 mm

Areia 2 – 0,05

Silte 0,05 – 0,002

Argila < 0,002

NITOSSOLO (ARGILA 73; SILTE 12; AREIA 15)

LATOSSOLO (ARGILA 22; SILTE 1; AREIA 77)

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Muito cascalhenta - > 50% de cascalho

Cascalhenta – 15 a 50% de cascalho

Com cascalho – quando tiver de 8 a 15% de

cascalho

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É a agregação das partículas primárias do solo em unidades estruturais compostas, separadas entre sí pelas superfícies de fraquezas.

Três características fundamentam a designação da estrutura Forma; Tamanho; e Grau de desenvolvimento.

Ex: Latossolo (pó de café) estrutura forte muito

pequena granular

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Laminar

Colunar

Prismática

Blocos angulares

Bloco subangulares

Fonte: http://soils.usda.gov/technical/manual/contents/chapter3.html

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Granular simples

Granular grumosa

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Entende-se por porosidade o volume do solo ocupado pela água e pelo ar.

No campo, a porosidade deverá ser determinada quanto ao tamanho e quanto à quantidade de macroporos

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TAMANHO

Muito pequenos – 1 a 2 mm

Pequenos – 2 a 5 mm

Médios – 5 a 10 mm

Muito grandes - > 10mm

QUANTIDADE

Poucos poros B gleizado

Poros comuns B textural

Muitos poros B latossólico

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É o aspecto um tanto brilhante e ceroso que ocorre por vezes na superfície das unidades de estrutura, manifestada frequentemente por um brilho matizado.

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QUANTO AO GRAU

Fraca

Moderada

Forte

QUANTO A QUANTIDADE

Pouco

Comum

Abundante

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Superfícies foscas ou

“coatings”

Superfícies de fricção ou “slikensides”

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É o termo usado para designar manifestações das forças físicas de coesão e adesão entre as partículas do solo, conforme variação da umidade.

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Comprimir um torrão de 3 cm entre o polegar e o indicador Solta – não coerente

Macia – fracamente coerente

Ligeiramente dura – facilmente quebrável

Dura – pode ser quebrado com as mãos

Muito dura – com dificuldade quebra com as mãos

Extremamente dura – não pode ser quebrado com as mãos

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Caracterizado pela friabilidade

Solta – não coerente

Muito friável – esboroa com pressão muito leve

Friável – esboroa sob pressão fraca

Firme – esboroa sob pressão moderada

Muito firme – esboroa sob pressão forte

Extremamente firme – somente se esboroa sob pressão muito forte

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Caracterizado pela plasticidade e

pegajosidade.

Umedecer o material, amassá-lo e formar um cilindro fino de 3 a 4 mm de diâmetro e 4 cm de comprimento.

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Não-plástica – quando muito, forma-se um fio, que é facilmente deformado

Ligeiramente plástica – forma-se um fio que é facilmente deformado

Plástica – forma-se um fio, sendo necessário pressão moderada para sua formação

Muito plástica - forma-se um fio, sendo necessário muita pressão para sua formação

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Capacidade da massa de solo aderir a outros objetos

Não pegajosa

Ligeriamente pegajosa

Pegajosa

Muito pegajosa

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Muito pegajosa

Ligeiramente pegajosa

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Qualquer agente cimentante que não seja argilomineral como:

Carbonato de cálcio

Sílica

Óxidos de ferro

Óxidos de alumínio

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Tipicamente, o material de solo cimentado não se altera com o umedecimento, persistindo a sua dureza quando molhado. Portanto, a descrição da cimentação, salvo observação contrária, refere-se à condição em que o material é muito pouco ou nada alterado pelo umedecimento.

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Pode ser:

Fracamente cimentado – pode ser quebrada com as mãos

Fortemente cimentado – pode ser quebrado facilmente com martelo pedológico

Extremamente cimentado – pode ser quebrada com golpes vigorosos de martelo pedológico

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São corpos cimentados que podem ser removidos intactos da matriz do solo

Concreções distinguem-se dos nódulos pela organização interna:

Concreções – simetria interna disposta em torno de um ponto (organizado)

Nódulos – carecem de uma organização interna ordenada

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Figura 11. Concreções de Ferro. (a) carapaça laterítica goethítica protegendo material calcário (Ohio-EUA). (b) concreção de Ferro (Maringá-PR). (c). Petroplintita hematítita-goethítica de um Plintossolo (Iguatemi-PR) (d). Petroplintita goethítica (Paranavaí-PR). (e) Concreção de Ferro e Manganês (Maringá - PR). (f). Nódulos goethíticos em formato de raíz.

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Quantidade

Muito pouco ▪ < 5% do volume

Pouco ▪ 5 a 15% do volume

Frequente ▪ 15 a 40% do volume

Muito frequente ▪ 40 a 80% do volume

Dominante ▪ > 80% do volume

Tamanho

Pequeno ▪ < 1cm de diâmetro

Grande ▪ > 1 cm de diâmetro

Dureza

Mácio

Duro

Forma, cor e natureza

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Presença de carbonatos

No campo, efervescência do material após adição de algumas gotas de HCl 10%

Presenca de manganês

No campo, efervescência do material após adição de algumas gotas de peróxido de hidrogênio (20%)

Presença de sulfetos

Presença de eflorescência amarela (jarosita) (Gleissolos Tiomórficos e Organossolos Tiomórficos)

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Perfil representativo do Gleissolo Tiomórfico (Original: Igo F.Lepsch)

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Precipitação de sais na superfície do solo.

Cloreto de sódio

Sulfato de cálcio

Sulfato de magnésio

Sulfato de potássio

Carbonato de calcio (raramente)

Acumulação de sais na superfície do solo

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Pedregosidade

Refere-se a proporção de cascalhos (2-20 cm de diâmetro) e matacões (20-100 cm de diâmetro sobre a superfície e/ou na massa de solo.

Page 114: 1 - Morfologia Do Solo

As classes são: Não pedregosa

Ligeiramente pedregosa ▪ < 1%

Moderadamente pedregosa ▪ 1 a 3%

Pedregosa ▪ 3 a 15%

Muito pedregosa ▪ 15 a 50%

Extremamente pedregosa ▪ > 50%

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Rochosidade

Refere-se aos afloramentos rochosos, maiores que matacões com diâmetro maior que 100cm.

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As classes de rochosidade são: Não rochosa

▪ < 2%

Ligeiramente rochosa ▪ 2 a 10%

Moderamente rochosa ▪ 10 a 25%

Rochosa ▪ 25 a 50%

Muito rochosa ▪ 50 a 90%

Extremamente rochosa ▪ > 90%

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1. Plano (< 3% de declividade) 2. Suave ondulado (3 a 8%) 3. Ondulado (8a 20%) 4. Forte ondulado (20 a 45%) 5. Montanhoso (45 a 75%) 6. Escarpado (> 75%)

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Excessivamente drenado Por alta porosidade e por

relevo Fortemente drenado

Latossolos Acentuadamente

dreanado Latossolos e Nitossolos

Bem drenado Argissolos e Latossolos

coesos

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Moderamdamente drenado Argissolos coesos e

Cambissolos de textura argilosa

Imperfeitamente drenado Vertissolos, Plitossolos e

Planossolos) Mal drenado

Gleissolos, Plintossolos, Planossolos e Espodossolos

Muito mal drenado Gleissolos , Organossolos

hidromórficos e Gleissolos Tiomórficos

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Universidade Estadual de Maringá Departamento de Agronomia

Prof. Dr. Marcelo Augusto Batista Tel.: (44) 3011-8928

E-mail: [email protected] Av. Colombo, 5790 - Bloco J-45 - Sala 5

Maringá-PR, CEP 87020-900

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