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Nota da Direcção “Antes tarde do que nunca”, e “O NAVAL” sai com 5 meses de atraso! Precisamos de mais contribuições e do interesse de todos para atingirmos o objectivo da publicação com regularidade trimestral. Também da própria Direcção, facultando à Equipa do Boletim informação em tempo útil. Desde a publicação do número anterior em Dezembro.2010, aconteceu a aprovação do Plano Director do Clube em Assembleia Geral de 24 de Março, impondo-se agora a mobilização de todos na procura das vias para a implementação desta ferramenta de transformação do nosso Clube. Obtida a licença para a continuidade do aterro em Fevereiro, foi o mesmo retomado com bom ritmo, estando actualmente com evolução muito lenta por falta de material. A melhoria e ampliação do parque de estacionamento sofreram atrasos em relação ao planeado, pois não se concretizaram algumas expectativas de origens de recursos. Prevemos agora o início dos trabalhos em Setembro. O projecto da Piscina está concluído e estão em curso consultas para obtenção de propostas. O financiamento desta obra não está ainda viabilizado, estando comprometido o objectivo de iniciarmos obras no ano corrente. Clube Naval de Luanda A nossa Marina sofreu alguns danos nas borrascas de Abril, derivados de deficiente fundeio e falta de protecção, estando em curso a implementação de medidas correctivas. O Bar da Placa reabriu no final de Julho com novo concessionário, a quem desejamos os melhores sucessos, sendo este espaço de primordial importância para proporcionar o tão desejado convívio entre os Sócios. Saudações “Navais” Mário Fontes Presidente da Direcção Boletim nº6 - Setembro 2011 1 O Naval 1

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Nota da Direcção“Antes tarde do que nunca”,

e “O NAVAL” sai com 5 meses de atraso!

Precisamos de mais contribuições e do interesse de todos para atingirmos o objectivo da publicação com regularidade trimestral.

Também da própria Direcção, facultando à Equipa do Boletim informação em tempo útil.

Desde a publicação do número anterior em Dezembro.2010, aconteceu a aprovação do Plano Director do Clube em Assembleia Geral de 24 de Março, impondo-se agora a mobilização de todos na procura das vias para a implementação desta ferramenta de transformação do nosso Clube.

Obtida a licença para a continuidade do aterro em Fevereiro, foi o mesmo retomado com bom ritmo, estando actualmente com evolução muito lenta por falta de material.

A melhoria e ampliação do parque de estacionamento sofreram atrasos em relação ao planeado, pois não se concretizaram algumas expectativas de origens de recursos. Prevemos agora o início dos trabalhos em Setembro.

O projecto da Piscina está concluído e estão em curso consultas para obtenção de propostas. O financiamento desta obra não está ainda viabilizado, estando comprometido o objectivo de iniciarmos obras no ano corrente.

Clube Naval de Luanda

A nossa Marina sofreu alguns danos nas borrascas de Abril, derivados de deficiente fundeio e falta de protecção, estando em curso a implementação de medidas correctivas.

O Bar da Placa reabriu no final de Julho com novo concessionário, a quem desejamos os melhores sucessos, sendo este espaço de primordial importância para proporcionar o tão desejado convívio entre os Sócios.

Saudações “Navais”Mário Fontes

Presidente da Direcção

Boletim nº6 - Setembro 2011

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Apraz-nos registar que a Saída do nº 5 do nosso Boletim teve o condão de “agitar” a nossa Massa Associativa.

Gostaríamos de ter obtido, ainda que verbais, alguns comentários no sentido de melhorarmos o nosso aspecto gráfico, a linha redactorial e a nossa informação para a quem fundamentalmente à dirigimos.

Obtivemos, no entanto, algumas perguntas verbais a que prontamente respondemos e aqui reforçamos:

O Corpo redactorial, é completamente independente da Direcção do Clube e como tal, aceita todos os contributos que lhe forem remetidos para publicação com a garantia de que não censuramos seja o que for escrito, cumprindo a linha editorial que legalmente nos comprometemos.

Também, o Corpo redactorial se reserva a análise do que se pretenda publicar na salvaguarda dos interesses da vida interna do Clube e dos seus associados em matérias de discussão de foro interno, e que julgamos que deverão ser abordadas em reuniões de todos os Sócios, ou seja nas Reuniões das Assembleias-Gerais.

Aí, sim, entendo que devemos seguir o pensamento de GABRIEL GARCIA MARQUES na sua fase terminal

“Não serás recordado pelos teus pensamentos secretos. Pede ao Senhor a força e a sabedoria para os expressares”.

Esclarecidos, ou pelo menos, julgamos ter procurado dar força aos nossos associados para nos remeterem o valioso contributo para o engrandecimento das nossas “algas marinhas”.

A propósito, da nossa independência em relação a Direcção, achamos bem a chamada de atenção que nos foi transmitida, relativamente a mensagem do Presidente na NOTA DA DIRECÇÃO do Boletim Nº 5, que na sua parte final termina com a frase:

“Saudações Náuticas”,

que se pretende seja futuramente modificada para:

“Saudações Navais”.

Parece-me óbvio o reparo, porque para bom entendedor “meia palavra basta”. E sendo assim:

Saudações Navais

António Madaleno

Anucios de interesse para os sócios

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Boletim “O NAVAL”Nº de registo 96/B/95

Tiragem: 1000 exemplares

Director: António Madaleno

Colaboração:Nuno Pereira

Fernanda VelosoFranca

José Manuel TochPaulo CorreiaVasco Murta

Maria de Fátima G. O. S. de Lima

José Maria Batista BorgesMário Fontes

Layout e design: Eduardo Brock

Impressão: Offset, Lda

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Ficha Técnica

Clube Naval de Luandaemail:

site:telefone:

horário da secretaria

[email protected] 222 309 742das 9h00 às 20h00

Estimado Sócio ou Empresa.Se desejar anunciar a vossa empresa na nossa revista por favor

contacte o senhor Bruno Martins na secretaria do Clube Naval ou mande um email para [email protected]

Formação no ClubeEscolas de Vela, Natação, Canoagem, Remo, Carta de Marinheiro,

Patrão de Costa e Patrão de Alto Mar.

Os Interessados devem se dirigir a secretaria para obter mais informações.

Estimado Sócio,Se desejar colaborar com artigos para o nosso boletim, mande um

email para [email protected] ou fale com António Madaleno ou Wolfram Brock.

Ponte do ComodoroBreve abordagem a três pequenos temas práticos da nossa vida desportiva e social:

Campeonatos Africanos Maputo, 2 a 19 de Setembro de 2011

Enquanto escrevo estas linhas, estarão a chegar até nós os resultados das participações dos nossos jovens atletas, velejadores e canoistas, que integraram a delegação angolana. Depositamos neles a esperança dos bons resultados, mas igualmente de mais uma presença digna e de que esta participação constitua para eles nova oportunidade de aprendizagem, como futuros homens do mar e dirigentes desportivos destas modalidades.Temos esta esperança e o natural orgulho de pertencer a um Clube que se tem dedicado persistentemente à sua formação e ao desenvolvimento dos desportos do mar.

Tertúlias do Naval

Imaginamos temas de interesse para os sócios, procuramos oportunidades. Pretendemos reunir-nos em ameno convívio ou debate de ideias, em ocasiões onde possamos também aprender, conhecer, compreender, partilhar, desfrutar.

Já nos juntámos para conhecer o Projecto Palanca Negra, que nos foi apresentado pelo Dr. Pedro Pinto, e, mais recentemente, o Comandante Vasco Murta falou-nos sobre as Comunicações e Segurança no Mar. Deve seguir-se a partilha de experiências dos que desceram o Atlântico até Luanda, ao comando dos seus veleiros, o Veja Uno, o Adriana e o Cisco.

Fica o repto de os sócios proporem também outros temas ou outras formas de convívio.

Quartas FeirasDia dos Sócios (em terra)

Em terra, sonhamos com o mar. Mas, quem anda no mar sempre quer arribar a um Porto, pois um dos prazeres é também poder estar em terra. Não a seco, mas em terra.

Elegemos a Quarta-Feira como dia de encontro dos sócios em terra. Todos os dias são bons para frequentar o Clube, mas, tomando a Quarta como referencial, poderemos organizar e reservar o fim deste dia para descontrair e viver o clube. Reservem-no. Agendámos as Tertúlias para este dia, pois contamos que já esteja marcado na vossa agenda.

Para os Comodoros, a Quarta é obrigatória: estaremos lá para reunir, e também para ouvir, anotar e para conviver.

Fernanda Veloso “Comodoro”

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128º Aniversário do Clube

O 128º Aniversário do Clube Naval de Luanda não passou em branco, recheado de convivio e camaradagem,

Como habitual, o Presidente Mário Fontes fez um resumo dos avanços ao Plano Director e exitos alcançados nas Secções Desportivas durante a Época Desportiva 2010/2011.

Anunciou a preparação dos Atletas do CNL da Vela e Canoagem para a participação no Campeonato Africano de Vela e Canoagem a ser realizado em Moçambique no próximo mês de Setembro 2011.

Seguiu-se os resultados e entrega de prémios do Campeonato de Vela de Cruzeiro.Foi servido o Jantar bem recheado de quitutes da terra seguido do apagar as velas ao CNL com o brinde habitual;

E VAI A CIMA E VAI A BAIXO

E VAI À FRENTE E BOTA A BAIXO

e ninguém bate palmas...

O pé de dança, não podia faltar....

Parabéns Naval

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Festival Náutico

Depois de mais um Festival Náutico e como muito bem a nossa Comodora pediu, aqui vai um relatório sobre o mesmo.

Gostaria de enumerar os seguintes aspectos:

1. o CNL, continua a sair vencedor ao conquistar um total de 35 taças, sendo destas 14 de Ouro, 11 de Prata e 10 de Bronze, ficando o CNIL em segundo lugar com 29.

2. Canoagem:Sem duvida continuamos a ser lideres desta modalidade, não dando hipóteses à concorrência, com a prova dos 14.000 metros, que foi a primeira vez que se realizou, a ser ganha pelo CNIL.

3. Vela Ligeira: Mais uma modalidade em que o CNL é líder, porém na Classe 470 o CNIL dominou. De igual modo é de salientar, na Classe Optimist, a onda ganhadora nos femininos do CNIL, pois o CNL tem poucas atletas.

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Temos que conseguir mobilizar mais. Uma nota para se corrigir para o próximo festival é que as provas de Vela Ligeira têm que começar mais cedo, pois todos os anos acabam demasiado tarde e na altura da entrega dos prémios desta classe, já todos debandaram. Sugiro que para o ano que vem, o horário da vela Ligeira seja às 10h00 ao invés das 11h00 como tem sido habitual.

4. Pesca Infantil:Saímos vencedores, não pelo 1º lugar, mas sim pela participação massiva de jovens (o maior número até hoje 19) bem como o recorde de 598 peixes pescados no espaço de uma hora, sendo 93 pescados pelo 1º classificado, atleta de optimist. Parabéns ao Seccionista Nuno Pereira, pelo esforço desenvolvido. 5. Vela de Cruzeiro: O Tuiga contiua imbatível, está de parabéns. Esta prova deverá também ter início mais cedo, de modo a que os barcos

passem em frente ao Festival ainda no seu auge. Sugiro que partam pelo menos meia hora antes.

6. Natação: Em relação ao CNL nada a dizer, pois temos a competição suspensa. De registar o maior numero de nadadores até hoje (46) e a participação pela primeira vez da Escola Internacional com 2 atletas, tendo logo no primeiro ano conseguido uma medalha de ouro.

7. Se queremos um Festival a subir temos que criar a Comissão das Festas, pois começa a ser necessário termos mais organização e dar mais notoriedade ao evento.

8. Tivemos os media em peso (ANGOP, Jornal dos Desportos, Rádio 5, LAC, TPA2)

9. É necessário coordenar com o CNIL, pois pelo 2º ano consecutivo organizam uma prova de natação no mesmo dia e à mesma hora, este ano tiveram uma prova de natação para atletas não federados, como é obvio houve pessoas que gostariam de estar no Festival, mas que não lhes foi possível.

10. Penso ser importante perceber o porquê da não presença, pelo segundo ano do Soba Napoleão, ele sempre foi uma pessoa presente no Festival o que voltou a não acontecer.

11.O Bruno Martins está de parabéns, pois mais um ano conseguiu organizar tudo de forma brilhante, face às limitações que tinha.

Mário Fontes

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CNL CNIL 1º AGO. LISA

CANOAGEM

OURO 8 3 0 0PRATA 5 2 0 0BRONZE 5 2 0 0TOTAL 18 7 0 0 VELA LIGEIRA OURO 4 2 0 0PRATA 5 1 0 0BRONZE 2 4 0 0TOTAL 11 7 0 0 NATAÇÃO OURO 0 7 1 1PRATA 0 2 7 0BRONZE 0 3 2 2TOTAL 0 12 10 3

PESCA INFANTIL OURO 1 0 0 0PRATA 0 1 0 0BRONZE 1 0 0 0TOTAL 2 1 0 0 VELA CRUZEIRO OURO 1 0 0 0PRATA 1 0 0 0BRONZE 1 0 0 0TOTAL 3 0 0 0 PESCA DESPORTIVA OURO 0 1 0 0PRATA 0 1 0 0BRONZE 1 0 0 0TOTAL 1 2 0 0 TOTAL OURO 14 13 1 1PRATA 11 7 7 0BRONZE 10 9 2 2 TOTAL 35 29 10 3

Classificações Desportivas

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Concurso das Matonas

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Pequenos, com classe!

Ainda não eram 13h00 e os kandengues na ilha já es-tavam agitados. Depois de experimentarem as canas disponibilizadas, rapidamente perceberam que à “mão” é que era. Com algumas linhas improvisadas e muita ansiedade deram início à pescaria.

Enquanto os Papoitos almoçavam, eles já facturavam e 30 minutos antes do início da prova, a concentração atingiu o pico com a chegada dos habituais craques da modalidade.

O Júri, após a confirmação das condições do local e os esclarecimentos obrigatórios, deu a largada da prova. Passados 2 segundos, já havia 6 pescadores a anun-ciar peixe, e no fim do primeiro minuto o saldo já era de 18 capturas.

Após ajustamentos de emergência ao modelo de con-trolo estava garantida uma boa tarde de pesca confir-mado pelo pedido do Mates, após 5 minutos de prova:

“Agua Fresca por favor!”.

A estreia de uma dezena de pescadores naturais da Ilha de Luanda (e arredores), foi preponderante e veio com-pensar a grande expectativa da organização.

Agitaram o evento e retribuíram com mais de 300 cap-turas. E claro, confirmaram os receios dos adversários directos. Pescaram mesmo Bué.

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CLUB NAVAL DE LUANDA

17° Festival Nautico

CONCURSO DAS MATONAS

CLASSIFICAÇÃO FINAL

CLASS  CAPTURAS  PESCADOR  Idade    Equipa*  

ESCALÃO A (8 a 12 anos)   

1°  93  Jeremias Moutinho  8  CNL  Peixefree 

2°  66  Nuno Aboboth (Jr)  10  CNIL  Terlicos 

3°  64  Alexandre Rosário  10  CNL  Manos 

4°  63  Ryan Magalhaes  9  CNIL  Jikula O Mesu 

5°  45  Edson Francisco  10  CNL  Pescadores 

6°  36  Alexandre Pereira  11  CNL  Lampas 

7°  33  Gilson Francisco  10  CNL  Dragões 

8°  30  Madaleno Miguel  10  CNIL  Duriam 

9°  30  Claudio Esteves    CNIL  Provider 

10°  16  Denilson Luis  12  CNL  Candengues 

11°  13  Jose Moises  11  CNL  Pirixiti 

12°  10  Leonel Cacula  12  CNL  Girassol 

13°  10  Antonio Rodrigues  10  CNL  Manos 

14°  5  Matias Filipe  8  CNL  Girassol  

ESCALÃO B  (até aos 07 anos)   

1°  36  Rafael Andala    CNIL  Terlicos  

ESCALÃO Feminino  

1°  29  Isabela Pereira  8  CNL  Lampas  

2°  19  Mafalda Garcia  11  CNIL  Dragões 

‐‐  ‐‐  Mariana Pereira    CNL  Pescadores 

‐‐  ‐‐  Ana Júlia    CNIL  Jikula O Mesu 

 

 

Júri do Torneio 

 

Rui Cristina (Presidente)  __________________ 

Fabien Mignot      __________________ 

Joshua Araujo      __________________ 

Zenaida Santos     __________________ 

 

Luanda, 24 de Janeiro de 2011 

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O Jeremias Moutinho, do Clube Naval de Luanda, a Isabela Pereira do Clube Naval de Luanda e o Rafael Andala do Clube Nautico da Ilha de Luanda, foram os vencedores nas suas classes.

Com 598 capturas em 60 minutos, houve momentos de preocupação da Kianda, manifestada nas palavras de um espectador.

“Oh senhor Júri, isso não pode ser!!”

Esses miúdos estão a pescar mais de 9 peixes por minuto!!! Resta-me passar a mensagem dos putos.

“Vamos ver os Kotas no próximo fim de semana. Es-taremos juntos para receber os prémios e comparar as capturas. Até Carapau verde e amarelo pescamos. Era primo afastado dum dourado”.

Um Grande abraço

Nuno Pereira

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Pesca DesportivaBALANÇO PESCA DESPORTIVA

Finalizada a época com o Torneio Aniversario do CNL em Maio ultimo, sem qualquer margem de duvidas, o balanço foi claramente positivo.

Ao Peixe-Free, aos Candengues, aos Lampas e ao Mbiri Mbiri, equipas que representaram o CNL na época anterior, juntaram-se reforços importantissimos com a transferência conseguida dos Pescadores, do Team Delta e do Girassol, e a recuperação dos Manos e do Team Durian.

Houve ainda aparições de alguns mais cotas só para mostrar como é que se fazem as coisas e confirmar as estórias e histórias que por aí se contam.

Competitivamente temos a registrar uma participação de destaque confirmada pela a presença azul na disputa permanente de lugares cimeiros durante os 8 torneios que constituíram o Campeonato em que somente factores não gerenciáveis e de sexta dimensão não permitiram mais lugares no podium.

Destaco a abertura do campeonato com a captura de 2 Marlins pelos os Pescadores que somente 6 semanas depois, e no ultimo dia do torneio foram ultrapassados . No Luanda Sailfish Classic, o torneio que registou uma participação superior a 40 equipas, os Candengues, os Lampas , e o Team Preta estiveram sempre na linha da frente.

No Billfish Challange, o Torneio do Club Militar, só mesmo o mau tempo (e não só!), impediu a ocupação dos primeiros lugares pelo o Team Delta e o Girassol. O Peixe Free que se debateu nos Torneio 24H de Luanda acabando em terceiro Lugar.

E claro, o destaque será sempre para a prova no Lobito.

O Naval10

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Depois de toda a mobilização e logística, e navegadas as 240 milhas, a grande supresa foi a fuga de informação.

Afinal os peixes estavam sob aviso e, pior, tinham alterado radicalmente o comportamento e os seus locais habitués. Mas a onda azul readequou-se e o Team Delta e os Candengues souberam dar a volta e garantiram o segundo e o quarto lugar, com a captura de veleiros na praia.

Portanto, foi conseguido o objectivo de relançar a competição com o aumento dos participantes azulados, com o reforço da camaradagem e da dinâmica no seio da família.

Se a estes resultados juntar mos o dia de pesca dos Kanucos, estamos mesmo de parabéns deixando apenas a recomendação de continuar mos a apostar nos kotas para que estes pesquem tanto como a nova geração. Se nos relembramos, os putos, em 60 minutos, pescaram 498 peixes. Só as duas primeiras classificadas (gênero feminino, 8 e 10 anos) pescaram 48 peixes, mais do que o total de Marlins capturados por todas as equipas no Campeonato.

Secção de Pesca

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Saída de Barco dia 29 de Abril do ano da graça do senhor de 2011

11.30 - No principio da noite de um dia que viu nascer uma futura rainha de In-glaterra e em que a ilha dos grandes pi-ratas gerou mais um monarca 4, quatro insatisfeitos, inconformados, inconse-quentes e intransigentes filhos de um Deus menor, daqueles pequenos tipo Tamagochi decidiram que a vida que le-vavam era secundária terciária precária e por conta de outrem e então, ao tocar as doze badaladas que nem cinderelas de havaianas partiram rumo à Muserra, terra virgem, ou pelo menos assim es-tavam convictos estes quatro piratas de tasca, à procura de um lugar fresco, verde e virgem de ideias, e onde, acred-itavam eles, o FMI ainda não tivesses chegado...

O barco, o inefável Pé de Vento, con-formou-se, o único que ainda man-tinha algum do seu pudor a recordar os grandes piratas que deixaram nome à volta do mundo em baías e enseadas e, à primeira chamada “destes” marin-heiros levantou âncora e lançou-se ao mar. Algo confuso e envergonhado a principio com os gritos de bombo-rdo e estibordo, que por falta de com-preensão lá se trocaram por direita e esquerda, não se fez rogado e enfren-tou a escuridão da meia noite sem luz desviando-se de barcos encalhados na baia, casinos que com as suas luzes in-undavam a penumbra das suas velas e dos próprios marinheiros que teimavam em desdizer a sabedoria intemporal do seu velho e sábio casco...

Estoicamente resistiu e por momentos houve até quem confessasse ter es-cutado um sussurro a invocar o regres-so dos grandes que outrora atraves-saram este mar que transportavam no seu passaporte os nomes destas baias e enseadas... Drake, oh drake, my king-dom for a drake...

Dia 30

01.30 - Duas horas depois, parece que a tripulação encontrou a sua harmonia, acalmou-se o mar e acalmaram-se as vozes introduzindo uma nova etapa

nesta nossa viagem. Entramos numa era mais oriental e zen, de jardins de jas-mim e orientação pelas estrelas, tarefa destinada ao nosso ancião (que não o é mas que guarda a insígnia atribuída pela experiência num barco ocupado exclu-sivamente pelos filhos de uma geração que tomou lsd e queimou os soutiens sem saber muito bem porquê).

Dizem uns que somos inconscientes mas foi a partir da formação da con-sciência que começamos a lutar por esse regresso, à procura do caminho para casa, das chaves da porta das traseiras e o voltar a viver as aventuras que vivemos no nosso quintal, sujos de terra em que os berros surdos dos nossos progenitores apenas vinham a acrescentar uma componente de ainda maior perigo às nossas viagens. Hoje assumimos essa inconsciência de peito aberto (apetecia-me dizer de pau feito mas a censura própria é ainda pior que a outra), idiotas com o olhar posto num escuro do qual não percebemos nada mas que procuramos explicar com dou-toral sapiência enquanto viajamos, via-jamos, viajamos... Os outros de quem vos falei no início deste diário fazia es-sas viagens à procura de algo novo hoje fazemo-las à procura de nós próprios...

08.00 - Ao acordar o homem do leme informou-nos que o vento tinha caído e que tínhamos avançado pouco durante a noite. 6 horas uma média de 3 nós atrasou-nos consideravelmente e neste momento ponderamos seriamente a al-teração de rota para outra mais curta.

Instalada alguma frustração que ap-enas é compensada pelo silêncio e por aquele embalo do mar decidimos tomar o pequeno almoço na esperança de re-temperar forças. O nosso capitão brin-dou-nos com queijo presidente, umas belas fatias de presunto de Parma e outros enchidos e fumados igualmente saborosos.

Já refeitos da falta de vento e quando apenas pensávamos na digestão do “presidente” fomos agraciados com a presença de uma escola de mais de uma centena de golfinhos... Acompan-haram-nos durante quase vinte minutos

à proa do barco, exibiram-se com saltos e piruetas e às tantas foram-se embora porque, ao contrário de alguns, até para os golfinhos, a vaidade tem limites...

12.00 - Definitivamente entramos em modo Zen. A previsão de chegada à Muserra parecíamos mais optimistas era exactamente este meio dia em que nos encontramos. Mas nem o cepticismo valente de alguns como eu (que acredi-tava que nunca chegaríamos antes das 2) fez prever a total falta de vento pois encontramo-nos neste momento ainda a dez/doze horas do nosso destino.

O mundo em câmara lenta tem a sua graça quando essa contemplação é fei-ta por escolha... Comparo esta marcha lenta com a outra diária do transito em Luanda. Esta apenas com um cenário de um azul imutável a outra cheia de cor e movimento, mas e apesar de tudo, esta tem uma graciosidade que a outra perde pelo stress que causa.

Ponderamos alterar a nossa rota devido à falta de vento. E agora surge nos outro dilema. Saiu hoje ao nosso encontro o Dolce Vita, embarcação com uma trip-ulação de agua doce. Claro que, por preguiça, esses senhores arrancaram a motor de Luanda. Neste vosso Pé de Vento a tripulação foge da palavra mo-tor como o diabo da cruz. Mas voltando, mesmo com motor, a simples suposição que o Dolce Vita chegue onde quer que seja antes do Pé de Vento é, no mínimo, insultuoso e sente-se esse mal estar na tripulação. O nosso comandante sobe desce caça e folga num frenesim com o olhar posto no horizonte e sem se-quer olhar para trás pois, em cada vulto que avista imagina o Dolce Vita e o seu Capitão à proa lançando o seu riso cav-ernoso...

16.30 - A pessoa que vos escreve neste diário é outra, aliás, desde a última entrada neste diário que toda a tripulação é outra. A nossa história mu-dou, transfigurou-se, entramos na toca do coelho da Alice e tudo o que era até agora deixou de ser. Senão vejamos, às 13.00 almoçamos uns chouriços e uma picanha cozinhadas por este vosso es-criba virado cozinheiro. E por falar em vi-

Rumo ao Norte! “Pé de vento” e “Dolce Vita”

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rar os cheiros do chouriço fizeram com que o Pimentel virasse, ele também, o barco e virasse também um verde osga que só há cerca de meia hora e com um xanax no bucho é que começou a voltar às suas cores originais.

Agora, como eu vos dizia, nada é o que parece, eu deitei me por meia hora e quando me deitei íamos rumo ao Norte. Ao acordar vi a terra do lado errado do barco. Estamos em direcção a sudeste, à Ponta do Catumbo com uma chegada prevista para o final da tarde. Eu acordei com a espinha de um atum a meu lado, brincadeira digna do gato das riscas da Alice, mas foi mesmo graçola do nosso capitão. Mas é como vos digo, caros leitores, apesar do salto dentro da toca do coelho, atingimos os 5,5 nós, e com isso uma nova moral. O barco anda, a Natibel tira fotos, o Pimentel recupera a cor e eu escrevo... Estamos bem! Com as ideias megalómanas da Muserra definitivamente para trás das costas a tripulação ganhou nova vida com novos ventos e novos destinos, novos objec-tivos e um belo atum à espera do seu fim na grelha após a nossa chegada ao Catumbo.

19.00 - Assim que anoiteceu chegamos ao Catumbo e ancoramos já de noite. A moral continuava alta. Celebrou-se a chegada com gin tónicos debaixo de uma vela anti mosquito enquanto se es-perava a chegada do Dolce Vita. Pelas 22.00 avistamos ao longe a dar a curva pela falésia uma luz que desde então

tem vindo a ficar cada vez mais forte. As 20.15 tentamos estabelecer contacto via rádio mas do outro lado só rece-bíamos sons algo estranhas para este tipo de situações: “Estou fazendo amor com outra pessoa” “This is your captain speaking, please put on your seatbelts and this flight is no smoking flight” foram algumas das pérolas ouvidas pela rá-dio. Existem muitas histórias de demên-cia e de gangrena causadas pelo mar, mas nunca esperei estar tão próximo de uma... O melhor nestas situações é fingir que não aconteceram pois a nós, com ou sem loucura, interessava-nos o forno do Dolce Vita para que pudés-semos jantar...

00.00 - Foi nos preparado um belo repasto a bordo do Dolce Vita. Infeliz-mente dois dos nossos marinheiros recolheram-se antes de poder usufruir de tão belo repasto. O cansaço da via-gem aliado ao descanso da chegada fez com que eles se fossem deitar mais cedo. O capitão e eu não só satis-fizemos a gula como ainda a nossa veia de jogadores tendo ficado até esta hora a jogar King. Com alguma vergonha vos confesso que eu perdi para todos os outros jogadores, situação que não se coaduna com o passado nem o pre-sente glorioso do Pé de Vento.

Dia 01 de Maio

Dia do trabalhador - Feriado até para os escribas mais dedicados.

Dia 02 de Maio

07.30 - Alvorada. Após um belo dia de descanso no Catumbo com ostras, idas a terra e picanha regadas a cerveja, chá com rum e muito bom humor as duas tripulações estão prontas para iniciar o seu regresso. Após um pequeno al-moço com tortilha espanhola vivemos o momento mais duro de toda esta via-gem que foi o levantar da âncora. Duro não só fisicamente mas espiritualmente também pois significava o princípio do fim da nossa viagem. Às 09.15 já tínhamos as velas ao vento e o motor desligado e com bons ventos matinais fomos deslizando à velocidade de 4,5 a 5 nós rumo a Luanda...

O dia de regresso foi melhorando em termos de vento até à entrada na baía de Luanda onde atingimos o pico a 7 nós. Um belo dia de vela que contou ai-nda com duas cerejas em cima de um, já por si muito recheado, bolo. Uma bela Macoa de 7 kilos e um peixe serra que foram devidamente acondicionados e serão mais tarde degustados para re-cordar esta bela aventura marítima.

Over and Out...

Grande Abraço,Capitão Vingança

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A Vela em Luanda - A regata Cabo Rio

A vela de pequenas embarcações (snipes, finns e outros), tinha, desde a década de cinquenta, razoável divulgação, em Angola, produzindo alguns campeões nacionais e, até, europeus. Porém, a vela em barcos de maior di-mensão (cruisers racers), só na segunda metade dos anos sessenta, começou a despertar.

Com a realização das primeiras regatas Luanda/Lobito, os velejadores mais afoitos ambicionaram por uma representa-ção angolana naquela que era, à época, a mais longa regata do mundo: a CapeTown/Rio de Janeiro (“Cape to Rio Race”).

Escolhido um barco (um Pioneer 10) construído em um dos melhores estaleiros, da Europa (E.G.Van de Stadt, de Ame-sterdão), este chegou a Luanda em princípios de 1972 e logo se iniciaram os treinos intensivos (barco e tripulação), que se prolongaram por cerca de oito meses.

A tripulação era composta por seis elementos incluindo o seu skipper Humberto Baptista da Costa.

O “Patrícia II” (o barco em causa), seria, segundo o entendi-mento actual, um cruiser race pequeno, cujas medidas obe-deciam às mínimas permitidas em regatas transoceânicas.

A vontade de se estar presente em tão importante competição, superou insuficiências e receios e, a 13 de Janeiro de 1973, pela vez primeira, uma representação angolana tomava parte em uma regata oceânica: de Cape Town partiu-se à aventura,

na tentativa da vela angolana atingir a sua maioridade. A importância que a África do Sul dava ao desporto da vela

chegou ao ponto de o Mayor da Cidade de Cape Town insti-tuir o dia da grande largada como feriado municipal: calcu-lou-se que, da Marginal, estariam a assistir cerca de 200.000 pessoas.

Largas centenas de barcos de recreio, de pesca e outros, bem como helicópteros e avionetes, infernizavam as manobras dos cerca de sessenta veleiros, que aguardavam pelo tiro de largada.

Emocionante e arrazador ! O “Patrícia”, na primeira semana da regata, chegou a estar em 5º. lugar, mas a brusca mudança de direcção da alta pressão do Atlân-tico Sul, imobilizou-o durante três longos dias (o mesmo aconteceu ao barco dos E.U.A., que acabou por desistir).

Sob um calor tórrido sucederam-se borrascas tropicais, com ventos da ordem dos 50 nós (90 kms./hora). O esforço dos tripulantes só era superado pelo seu entusiasmo.

Após quase trinta dias de viagem, sem escala, o “Patrícia II” terminou em 28º. lugar e, numa pequena regata, dita da amizade, realizada na Baía de Guanabara (em que participaram não só os barcos da Cabo/Rio como inúmeros outros, locais), alcançou o 1º. lugar, da sua classe.

Hoje, com 72 anos (nasceu em Luanda, em 1936), Humberto Bap-

Chegada do Patrícia à Cidade do Cabo

Largada da Regata Cape - Rio

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O Barco á Vela

tista da Costa, recorda, com saudade, a longa luta encetada para a expansão da vela oceânica, angolana, e lamenta não se ter proporcionado a realização, em 1975 (Centenário da Ci-dade de S. Paulo de Luanda) da regata Luanda/Rio de Janei-ro, cujos trabalhos haviam sido iniciados em Agosto de 1973.

Tripulação do Patrícia II lê o correio no Rio de Janeiro após a chegada.

Baptista da Costa responde aos órgãos de informação sobre questões relacionadas com a Regata Cabo Rio Nota da Redacção: Humberto Baptista da Costa foi membro de várias direcções da Casa de Angola de Portugal tendo falecido em Julho de 2009 sendo a essa data Vice- Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

José Manuel Tocha

A vela em um barco baseia-se no prin-cipio de Bernoulli, o mesmo principio que explica a sustentação das asas de um avião, contudo num veleiro está co-locada na vertical.

Quando viaja na direcção do vento, o veleiro é submetido á simples pressão do vento em sua vela; essa pressão im-pele a embarcação para a frente.

Mas quando ao navegar contra o vento, a vela é exposta um conjunto mais com-plexo de forças.

Quando o ar em movimento designado por vento aparente, passa por trás do lado côncavo da vela ou barlavento a sua velocidade diminui, principalmente quando a vela forma um saco (côncavi-dade maior), por essa razão se procura ter uma vela o mais plana quanto pos-sível, para que o vento escape e não exerça força lateral, ficando “preso”” na valuma (lado maior do triangulo), e

quando passa pela parte dianteira ou sotavento o ar flui mais rápidamente, isso origina uma zona de alta pressão atrás da vela e uma zona de baixa pressão á sua frente.

A diferença de pressão dos dois la-dos cria uma força para a frente num ângulo com o vento. O veleiro ainda se submete a uma força lateral devido á resistencia da água, como tal as obras vivas do casco devem estar bem limpas e deslizantes para que criem o menor atrito possível.

A composição das duas forças cria a força resultante da direcção do movi-mento.Cuidem das vossas velas!

~~~_/)~~~_/)~~~_/)~~_/)~~~~~~~ Bons ventos~~~~

Paulo Correia

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Homenagem à KiandaAo longe vejo uma velaNeste mar grande e distanteO vento vai-a levandoAo sabor do doce mar.Que é que ele teráPara a tantos encantar?

As suas calemas grandesEncantam a qualquer umComo se a Kianda pedisseA prenda a cada um.

A tradição vai-se esquecendo.Festejam à custa dela.Comem e bebem demais,Mas ninguém já pensa nela.

Que linda que era a Festa…No meu tempo de criança!Todos vinham para o marAtirando uma lembrança.

Hoje todos fazem festaEm benefício próprioAcabando por esquecerO porquê do seu propósito.Para nos dar um bom anoCheio de peixe e mar calmo. Não esqueçam meus amigosDa Kianda à moda antiga.Essa festa era bonitaE sempre muito querida.

Até vinho atiravamPara acalmar a Kianda.Tradições lindas não esquecemE são para recordar.

É passado muito lindoComo os velhinhos faziam…Eles sabiam festejar!

Tendo pouco ou tendo muitoTinham sempre algo para dar.Eles sabiam festejar!

Venho-vos convidarPara celebrar à moda antigaO dia da nossa Kianda.Vamos lançar uma florÀ nossa querida amiga.

Motivo para nos juntarmosNa data da sua festa.A Kianda festejarmosUm fim de tarde lançarmosAs flores numa amena brincadeiraE roam lá a casaca no finalEm divertida cavaqueira.

Maria de Fátima G. O. S. de Lima

Conheca o peixe que apanhaXARÉU MACÔA CARANX HIPPOS (LINEU)

Vulgarmente conhecida em Angola por Macôa, é um dos carangídeos mais comuns nas costas Angolanas, em outras costas Africanas, na Índia, China e Malásia.

Sobe os Rios de planície até 10 kmts da foz e é capaz portanto de sobreviver em águas pouco salobras onde vai desovar.

Na foz do Rio Kwanza atinge tamanhos consideráveis e o actual recorde IGFA do Mundo está num exemplar de 26 kg pescado pelo Ian Nicolson.

Trata-se de um bruto de força e teimosia, que nas suas lutas com o pescador tem o cuidado de se colocar paralelo ao barco usando a sua grande força como arma e o seu corpo volumoso como escudo, de largueza feito.

Para qualquer pescador é sempre um prazer combater um adversário terrível de força e poder e a Macôa dá-lhe sempre essa sensação.

O seu corpo de um azul esverdeado, pigmentado por um amarelo vivo espalhado na dorsal, na caudal, na anal e ao longo do ventre, é caracterizado por uma mancha redonda e negra no fim do opérculo.

Pode atingir os 30 kg de peso e nenhum pescador está livre de executar com este poderoso adversário o mais épico combate de que tem memória.

Um Recorde do Mundo da IGFA acontece não se procura, eu em 1988 bati esse recorde com um exemplar de 23,800kg mas fui destronado pelo Ian com uma Macôa de 26 kg, o que vem provar que em Angola temos os maiores exemplares deste peixe.

A Macôa vale pela luta aguerrida que dá, mas o seu valor culinário deixa muito a desejar.

Os exemplares pequenos de 1 a 2 kg são suportáveis devidamente grelhados com muita manteiga e gindungo. Os exemplares gigantescos com a sua carne vermelha, só são comestíveis em filetes feitos pela Luz Albuquerque,

possivelmente num Calulu de peixe, ou numa cebolada temperada de um dia para o outro.

Depois da pesca: Macôas pequenas grelhadas com manteiga, limão e salsa picada não deixam de ter um certo sabor.

Os peixes maiores cortados em filetes finos, colocados de molho em leite e sal durante 60 minutos, esfregados com mais sal e gindungo, colocados num tabuleiro de ir ao forno e á mesa, bem regados com sumo de limão, ananás ou abacaxi, polvilhados de pimenta negra moída na altura e encimados com colheres de manteiga e algum gengibre, cobertos com muito tomate assado e coado ao qual se incorporou um “amparo moral” de farinha de trigo e algum açúcar, polvilhados com pão ralado e depois devidamente estufados a meio lume.

Chama-se a este prato “ Xaréus á Somalilândia.”

Baptista.Borges

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Boia cónica

Boia ilíndrica

Boia esférica

Boia de fuso

Boia de antena

Boia de barril

Superboia

Na navegação em geral, com espe-cial incidência na navegação costeira ou em águas restritas, (por Ex. Baía do MUSSULO) a informação que é forneci-da aos navegadores através das bóias é importante e fundamental o seu con-hecimento.

Desde 1957 se instituiu o sistema de balizagem, mas só em 1980, na Re-união de Tóquio, houve concertação a nível mundial na uniformização desta informação, por balizas e bóias, sendo até essa altura, a informação diferente de País para País, e por vezes, dentro do mesmo País, diferente de Porto para Porto.

É matéria de formação nos cursos de Desportista Náuticos a nível de Marin-heiro e Patrão de Costa, mas nunca será demais a informação, pelo que proponho a publicação deste artigo, respondendo ao pedido de um artigo que ajudasse a preencher ½ página ou 1 página do Jornal do Clube Naval de Luanda.

A sinalização e estabelecimentos de re-gras de “circulação” de embarcações de diversas dimensões e propulsão, e demais equipamentos flutuantes, que se encontram a navegar, nas zonas aci-ma definidas, e/ou se vão cruzar em zo-

NAVEGAÇÃO DE RECREIO

SISTEMA DE BALIZAGEM IALA

SIMBOLOGIA DAS BOIAS IMPRESSAS NAS CARTAS DE NAVEGAÇÃO

(PAPEL e / ou ELECTRÓNICAS)

Ilustrações retiradas da NET no site da IALA.Vasco Murta – sócio 141

nas de maior ou menor intensidade de navegação, tais como entradas ou saí-das de Portos, Barras, Navegação em Canais, contornar perigos permanentes, temporários ou isolados, está assegura-do pela implementação de boias, cujo significado e modo de procedimento é o que abaixo vai ser ilustrado.

O Sistema IALA abreviatura de - International Association of Marine Aids to Navigation and Lighthouse Authority - di-vide o mundo em duas zonas distintas – ZONA A e ZONA B, .

Esta divisão, é basicamente no sistema de Boias Later-ais, sendo que na informação no sistema Cardinal, Perigos Isolados e Águas Limpas são iguais nas zonas A e B.

ZONA A –EUROPA, AFRICA e Grande parte da ÁSIA.

ZONA B - América, Japão, Coreia e Fili-pinas.

ANGOLA encontra-se na ZONA A, por essa razão e por se tratar de navegação de recreio local, vamos incidir a informa-ção nesta ZONA A.

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Zona A:

Canal Secundário,ficando o Canal Principal a BOMBORDO. A Luz é vermelha com um ritmo de 2 + 1 relâmpagos, seguido duma ocultação.

Canal Secundário, ficando o Canal Principal a ESTIBORDOA luz é Verde, com um ritmo de 2 +1 relâmpagos, seguido duma ocultação.

Zona A:

ESQUEMA SIMPLIFICADO de Canal Secundário, ficando o Canal Principal a BOMBORDO

ESQUEMA SIMPLIFICADO de Canal Secundário, ficando o Canal Principal a ESTIBORDO.

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CANAL PRINCIPAL A BOMBORDO

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ou

CANAL

PRINCIPAL

Sistema de Balizagem Lateral

Características das BOIAS:

Vermelhas, Cilíndricas, Troncónicas ou de Antena, Numeração Par e de noite com Luz Vermelha e no ritmo indicado nas cartas.

Verdes, Cónicas, Troncónicas ou de Antena, Numeração Impar e de noite com Luz Verde e no ritmo indicado nas cartas.

Na Zona A - As BOIAS, são lidas no sentido do ALTO MAR para o DESTINO, na Zona A, vão coincidir com o BOMBORDO e ESTIBORDO da embarcação, isto é, O BOMBORDO da embarcação coincide com as BOIAS Vermelhas e o ESTIBORDO da embarcação coincide com as BOIAS Verdes.

Na Zona B coincidem com os bordo da embarcação na Navegação de Saída em direção ao ALTO MAR, e as boias de separação para Canais secundários também diferem, invertendo as cores, onde está o Verde fica Vermelho e onde está Ver-melho fica o Verde.

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CANAL PRINCIPAL A ESTIBORDO

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CANAL PRINCIPAL

São BOIAS / BALIZAS que se encontram na entrada e percurso de Barras, Portos e Canais de Navegação, (principais e secundários).

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BOIA que se passa navegando a NORTE destas Boias troncónicas amarelas com lista negras e com luz no sistema de relâmpagos, cor branca, com ritmo seguido.

BOIA que se passa navegando a SUL destas Boias. troncónicas amarelas com lista negras e com luz no sistema de relâmpagos, cor branca com ritmo de três relâmpagos seguidos de uma ocultação.

BOIA que se passa navegando a LESTE destas Boias troncónicas amarelas com lista negras e com luz no sistema de relâmpagos, cor branca com ritmos de seis relâmpagos seguidos de uma ocultação.

Exemplo pratico

Onde se devem contornar as BOIAS deixando estas sempre por fora, nun-ca passando por dentro das mes-mas.

Sistema de Boias Cardinais

Boias Isoladas

PERIGO ISOLADO

numa zona de águas LIMPAS. (Escolhos, Naufrágio)Boia preta, com faixas horizontais ver-melhas, de forma cilíndrica encimadas com duas bolas pretas sobrepostas e de noite emitem luz branca no sistema de 2 relâmpagos.

MARCAS ESPECIAIS TEMPORÁRIAS,

(Exercícios militares, Navegação de Recreio – Boias de regata, Zona de despejos, Separação de tráfegos, Ca-bos ou Tubagens submersas). A Luz é de cor amarela se usada.

MARCA de ÁGUAS LIMPAS

Indicam que não há perigos ou zonas perigosas ou fundos perigosos em re-dor pode sinalizar o eixo dum canal, de-vendo nesse caso dar sempre o BOM-BORDO, isto é, passar pela lado direito desta, a luz é de cor branca e no ritmo que estiver sinalizado nas cartas.

BOIA que se passa navegando a OESTE destas Boias troncónicas amarelas com lista negras e com luz no sistema de relâmpagos, cor brancacom ritmos de nove relâmpagos seguidos de uma ocultação.

Ilustrações retiradas da NET no site da IALA Vasco Murta

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