Upload
taina-portugal
View
215
Download
4
Embed Size (px)
Citation preview
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ENGENHARIA - MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ENGENHARIA -
CAMPUS DE ILHA SOLTEIRACAMPUS DE ILHA SOLTEIRA
HIDROPONIAHIDROPONIA
Adaptado de Pedro Roberto FurlaniPalestra ministrada no CBCS
• A hidroponia é a ciência de cultivar plantas sem solo, onde as A hidroponia é a ciência de cultivar plantas sem solo, onde as
raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém
água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da
planta.planta.
2
INTRODUÇÃO
Equipamentos e Estrutura Hidropônica
• Implantação da Unidade Hidropônica
→ Estufa – com objetivo de proteger as plantas
→ Recipientes para armazenar a solução nutritiva, como caixa d’água com a capacidade de 1.000 a 5.000 litros. Esse reservatório deve ser impermeabilizado, para evitar a corrosão.
→ Canalizações de abastecimento – para condução da solução nutritiva.
3
• → Conjunto de moto – bombas - para o recalque da solução nutritiva.
– → As bombas devem ser fabricadas com material não corrosível, para evitar a oxidação dos metais internos.
→ Outros equipamentos – peagômetro, condutivímetro.
Dados de 2008 – Custo de implantação com todos equipamentos necessários ficava em R$ 25.000,00 (480 m2)
4
5
Vantagens do Cultivo HidropônicoVantagens do Cultivo Hidropônico
. Produção de melhor qualidade
. O emprego de mão-de-obra
. Não apresentam necessidade de rotação de culturas
. Colheita precoce
. Menor consumo de água e adubo
Desvantagens do Cultivo HidropônicoDesvantagens do Cultivo Hidropônico
. Alto custo de instalação
. Dependência de eletricidade nos sistemas automáticos
. Necessidade de mão-de-obra especializada
66
HIDROPONIA CAMPO N.º Cultivos t/ha/ano t/ha/ano
CULTURAS
Brocolis 3 97,5 10,5 Feijão Vagem 4 46 6,0
Pepino 3 750 30,0 Alface 10 313 52,0
Piementão 3 96 10,00
Tabela 1 - Produções de algumas hortaliças cultivadas em sistema hidropônico
Fonte: adaptado Teixeira, N. T., Hidroponia: uma alternativa para pequenas áreas.
Qualidade da Água
• Quanto melhor a qualidade da água menos problemas Quanto melhor a qualidade da água menos problemas haverá no sistema. A análise química (quantidade de haverá no sistema. A análise química (quantidade de nutrientes e salinidade) e microbiológica (coliformes fecais e nutrientes e salinidade) e microbiológica (coliformes fecais e patógenos) são fundamentais. O recomendável é fazer patógenos) são fundamentais. O recomendável é fazer análise periodicamente. análise periodicamente.
7
Índices de qualidade para a água a ser usada em cultivos
hidropônicos
8
Fator Boa Aceitável Condicional Limite
CE mS.cm-1 < 0,75 0,75 – 1,50 1,6 – 1,9 2,0
pH 6,50 6,80 7,00 7,5
HCO3 mmol.L-1 1,60 3,30 4,90 6,60
Na+ mmol.L-1 0,87 1,30 1,74 2,61
Cl - mmol.L-1 1,14 1,71 2,28 2,86
SO4 - - mmol.L-1 0,83 1,26 1,67 2,08
Ca++ mmol.L-1 6,50 10,00 12,00 14,00
Fe µmol.L-1 -- -- -- 0,08
Mn µmol.L-1 -- -- -- 0,04
Zn µmol.L-1 -- -- -- 0,02
B µmol.L-1 -- -- -- 0,03Fonte: Bohme (1993) citado por Martinez (1999).
Solubilidade
• Deve – se utilizar fontes de nutrientes de alta solubilidade.Deve – se utilizar fontes de nutrientes de alta solubilidade.
• A solubilização deve ser feita de forma lenta e sob agitação, A solubilização deve ser feita de forma lenta e sob agitação, evitando que os fertilizantes precipitem no fundo do evitando que os fertilizantes precipitem no fundo do reservatório.reservatório.
9
1010
FERTILIZANTES SOLUBILIDADE* NITROGENADOS
NITRATO DE AMONIO 118 NITRATO DE CALCIO 102 SULFATO DE AMONIO 71
UREIA 78
FOSFATADOS
SUPERFOSFATO SIMPLES 2 SUPERFOSFATO TRIPLO 4
ACIDO FOSFORICO 45,7
POTASSICOS
CLORETO DE POTASSIO 34 SULFATO DE POTASSIO 11
CONTENDO
MICRONUTRIENTES
BORAX 5 SULFATO DE COBRE 22 SULFATO DE FERRO 24
SULFATO DE MANGANÊS 105 SULFATO DE ZINCO 75
* Partes solubilizadas em 100 partes de água a 20 ºC
Tabela 2 – Solubilidade de alguns fertilizantes
Fonte: adaptado de Zanini et al. (Uso e manejo da fertirrigação e hidroponia)
• Salinidade
• Os sais se acumulam, as raízes apresentam maior dificuldade Os sais se acumulam, as raízes apresentam maior dificuldade de absorver água. de absorver água.
• O efeito salino nas plantas é caracterizado pelo O efeito salino nas plantas é caracterizado pelo murchamento foliar.murchamento foliar.
• A salinidade também pode ocasionar desequilíbrio A salinidade também pode ocasionar desequilíbrio nutricional nas plantas.nutricional nas plantas.
11
SOLUÇÃO NUTRITIVA
12
NÃO EXISTE UMA SOLUÇÃO NUTRITIVA IDEAL PARA TODAS AS CULTURAS.
A COMPOSIÇÃO DA SOLUÇÃO NUTRITIVA VARIA COM UMA SÉRIE DE FATORES:
• A ESPÉCIE DE PLANTA CULTIVADA (A EXIGÊNCIA NUTRICIONAL É GENETICAMENTE CONTROLADA);
• IDADE DA PLANTA E ESTÁDIO DE CRESCIMENTO;
• ÉPOCA DO ANO (DURAÇÃO DO PERÍODO DE LUZ);
• FATORES AMBIENTAIS (TEMPERATURA, UMIDADE, LUMINOSIDADE);
Solução nutritiva adequada deve possuir, pelo menos, as Solução nutritiva adequada deve possuir, pelo menos, as seguintes, características:seguintes, características:
• Conter todos os nutrientes de plantasConter todos os nutrientes de plantas
• Ser equilibrada de acordo com a culturaSer equilibrada de acordo com a cultura
• Ter potencial osmótico entre 0,5 e 1,2 atmTer potencial osmótico entre 0,5 e 1,2 atm
• Ter pH entre 5,5 e 6,5.Ter pH entre 5,5 e 6,5.
13
14
SOLUÇÃO DO SOLO SOLUÇÃO NUTRITIVA
+ ÁGUA
RAÍZES
PARTE AÉREA DA PLANTA(FOLHAS, CAULES, FLORES, FRUTOS)
N-NO3-, N-NH4
+, Cl-, P-H2PO4-/P-HPO4
2-, K+ e Mg++
S-SO42-, Mn2+, Fe2+, Zn2+, Cu2+ e Mo-MoO4
2-
Ca2+ e B-H3BO3
SOLUÇÕES NUTRITIVAS
FORMULAÇÃO
• É MUITO DIFÍCIL A FORMULAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO QUE GARANTA UM DESENVOLVIMENTO MÁXIMO, E QUE TODOS OS NUTRIENTES SEJAM FORNECIDOS EXATAMENTE NA PROPORÇÃO COM QUE SÃO ABSORVIDOS.
• PRINCIPAIS FATORES QUE AFETAM A ABSORÇÃO: ESPÉCIES, VARIEDADES, ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO, FOTOPERÍODO, INTENSIDADE LUMINOSA (RADIAÇÃO), TEMPERATURA, ETC.
15
16
EQUAÇÃO GERAL DOS GASES PERFEITOS: * V = n R T
Onde, - pressão em atmosferas• V - volume em litros• n - número de moles de íons em solução• R - constante universal dos gases perfeitos =
• 0,082 atm.L / mol. K• T - temperatura em K (t C + 273)
SOLUÇÕES NUTRITIVAS – FORMULAÇÕES DE ACORDO SOLUÇÕES NUTRITIVAS – FORMULAÇÕES DE ACORDO COM A EXTRAÇÃO DE MACRONUTRIENTESCOM A EXTRAÇÃO DE MACRONUTRIENTES
17
DEFINIR CONDIÇÕES1. PRESSÃO OU POTENCIAL OSMÓTICO ( )
ADEQUADO AO CRESCIMENTO DAS PLANTAS =- 0,70 a - 1,20 atm
2. VOLUME = 1 L; t = 27 C; R = 0,082 atm.L / mol.K
3. USO DA FÓRMULA:n = * V / R * T = 0,80 * 1 / 0,082 * 300
4. n = 0,8 / 0,082 * 300 = 0,8 / 24,6 = 0,0325 mol L-1 ou 32,50 mmol L-1
SOLUÇÃO NUTRITIVA - ESTIMATIVA DA NECESSIDADE EM mmoles de íons / L (n)
SOLUÇÃO NUTRITIVA - FATOR DE CONVERSÃO PARA
CORREÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE ÍONS
Nutriente % MS mg 100gMS-1
Peso Atômico
mmol / vol. Solução
Nitrogênio (N)
4,0 4.000 14 285,71
Fósforo (P) 0,7 700 31 22,58
Potássio (K)
5,0 5.000 39 128,20
Cálcio (Ca) 2,0 2.000 40 50,00
Magnésio (Mg)
0,5 500 24 20,83
Enxofre (S) 0,6 600 32 18,75
18 TOTAL 526,07
19
SOLUÇÃO NUTRITIVASOLUÇÃO NUTRITIVA FATOR DE CONVERSÃO PARA CORREÇÃO FATOR DE CONVERSÃO PARA CORREÇÃO
DA CONCENTRAÇÃO DE ÍONSDA CONCENTRAÇÃO DE ÍONS
Número de mmoles de íons/ L para uma pressão de 0,80 atm = 32,50 mmol L-1
Número de mmoles de íons / volume de solução = 526,07
FATOR DE CONVERSÃO = 32,50 / 526,07 = 0,0618
20
COMPOSIÇÃO DA SOLUÇÃO NUTRITIVA mmol / L
(corr.)NITROGÊNIO (N) 285,71 * 0,0618 17,67
FÓSFORO (P) 22,58 * 0,0618 1,40
POTÁSSIO (K) 128,20 * 0,0618 7,92
CÁLCIO (Ca) 50,00 * 0,0618 3,09
MAGNÉSIO (Mg) 20,83 * 0,0618 1,29
ENXOFRE (S) 18,75 * 0,0618 1,16
TOTAL --- 32,53
FORMULAÇÃO DE FORMULAÇÃO DE ACORDO COM A COM A EXTRAÇÃO DE NUTRIENTES - EXTRAÇÃO DE NUTRIENTES - COMPOSIÇÃO EM mmol / LCOMPOSIÇÃO EM mmol / L
Multiplica-se a necessidade em mmol L-1 pelo peso atômico do elemento em questão, obtendo-se a necessidade em mg L-1 ou
g 1000L-1.Nutriente mmol L-1 Peso atômico mg L-1 ou g
1000L-1
N – NO3- 16,00 14 224,00
N – NH4+ 1,78 14 24,92
P – H2PO4- 1,40 31 43,40
K+ 7,92 39 308,88
Ca++ 3,11 40 124,40
Mg++ 1,30 24 31,20
S – SO4- - 1,17 32 37,44
21
Cálculos dos sais ou fertilizantes para satisfazer as necessidades para 1000L de solução nutritiva.
Calcula-se a exigência em gramas de sal ou fertilizante, considerando-se a porcentagem do elemento que nele contém. Iniciam-se os cálculos pelos elementos com apenas uma fonte, pois existe produto que fornece mais de um nutriente.
22
Sais ou fertilizantes usados como fonte de macronutrientes para o preparo de soluções nutritivas.
23
Sal ou fertilizante Nutriente fornecido Concentração(%)
Nitrato de potássio(13 – 0 – 44)
KN – NO3
36,513,0
Nitrato de cálcio Hidro® CaN – NO3
N – NH4
19,014,5 1,0
Magnitra L® 41%, D = 1,35 MgN – NO3
6,07,0
Fosfato monoamônio (MAP) purificado (11-60-00)
N – NH4
P11,026,0
Nitrato de amônio N – NH4
N – NO3
16,516,5
Fosfato monopotássico (MKP) (0 – 52 – 34)
KP
29,023,0
Cloreto de potássio (branco) KCl
52,047,0
Sulfato de potássio KS
41,017,0
Sulfato de magnésio MgS
10,017,0
Acido fosfórico 85% D=1,7 P 27,0Fonte: Furlani et al. (2004)
K (311,22 g.1000 L-1), como Nitrato de potássio, que fornece 13% de N – (NO3)- e 36,5% de K.
100 g de KNO3 --------------------- 36,5 g de K+
d1 -------------------------------- 308,88 g de K+
d1 = 846,25 g de KNO3
Que fornecerá: 100 g de KNO3 --------------13 g de N – (NO3
-)
846,25 g de KNO3 ----------d
d = 110,01 g de N – (NO3-)
24
Para preparar 1000 L de solução nutritiva, segundo a necessidade inicial, precisa-se:
Produto Quantidade (g 1000 L-1)
Fosfato monoamônio 166,92
Sulfato de Magnésio 220,23
Nitrato de Cálcio 654,74
Nitrato de potássio 846,25
Nitrato de amônio 55,18
25
Micronutrientes
A recomendação é mais empírica. Como as quantidades utilizadas são muito pequenas, a adição de micronutrientes não provocará alterações significativas para a pressão osmótica nem para a concentração de macronutrientes.
26
Manutenção do nível de água
O volume da solução nutritiva gasto deve ser periodicamente reposto com água de boa qualidade e pura, principalmente, no verão quando a perda de água por evapotranspiração é maior.
As plantas absorvem mais rapidamente água que nutrientes, então se a reposição for realizada com solução nutritiva, pode haver aumento na concentração de íons em solução e, conseqüentemente, da pressão osmótica nas raízes, dificultando ou paralisando a absorção de água e nutrientes.
27
Manutenção do pH
As soluções nutritivas não têm poder tampão.
O pH sofre grandes variações em pequenos intervalos de tempo.
Deve ser ajustado diariamente com a adição de ácido ou de base.
O pH ideal em soluções nutritivas varia de 5,5 e 6,5.
28
Modos para a correção do pH
Usar um peagâmetro portátil e fazer a correção no tanque, mediante agitação constante e adição de ácido (HCl) ou de base (NaOH).
Retirar amostras de volume conhecido de cada tanque, ler o pH, fazer o ajuste com HCl ou NaOH diluídos, calculando-se então a necessidade de HCl ou NaOH para corrigir o volume do tanque.
Obs. O manuseio desses produtos deve ser bastante cuidadoso, evitando-se contatos diretos com a pele e com os olhos.
29
Manutenção da concentração de nutrientes e renovação das soluções.
Renovação periódica da solução nutritiva ao controle da concentração salina da solução nutritiva.
Análise química periódica da solução nutritiva.
Em cultivo comercial usa-se a correlação entre a condutividade elétrica (CE) e a concentração da solução para manutenção da concentração dos nutrientes. A CE varia entre 2 a 4 mS.cm-1.
A leitura fornecida pelo condutivímetro não discrimina os nutrientes, podendo ocasionar desequilíbrios
Monitorar um elemento de fácil análise e alta exigência pelas plantas é outra forma de determinar o momento da troca ou readição de nutrientes, por exemplo, o K.
30
Sugestões de soluções nutritivas para hortaliças no sistema NFT (valores em g/1000 L). (Castellane & Araujo, 1994)
31
Sal Tomate Pimentão Berinjela Pepino Melão Alface Morango
Nitrato de cálcio 900 650 750 960 900 950 700
Nitrato de potássio 270 506 632 485 455 900 303
Sulfato de potássio 122 - - - 22 - -
Cloreto de potássio 141 - - - - - -
Fosfato de potássio1 272 170 204 245 170 272 204
Sulfato de magnésio 216 246 370 418 246 246 246
Nitrato de magnésio2 228 50 20 - - - -
Fe – DTPA 43 37 32 43 22 50 25
Sulfato manganês 4.23 1.70 2.54 4.23 2.54 1.70 1.70
Bórax 1.90 2.40 2.40 1.90 1.90 2.85 1.90
Sulfato de zinco 1.15 1.15 1.45 1.15 1.15 1.15 1.15
Sulfato de cobre 0.12 0.12 0.12 0.12 0.12 0.19 0.12
Molibdato de sódio 0.12 0.12 0.12 0.12 0.12 0.12 0.12
1 – 35% de K2O e 53% de P2O5 2 – 7% de N e 10% de MgO; líquido (kg = 770 ml)
32
33
Maternidade
Mesas de cultivo hidroponico
Espuma Fenólica
34
Cultivo de Abobrinha Cultivo de Alface
35
36
37
38
FERTIRRIGAÇÃO
39
Fertirrigação• Aplicação simultânea de água e fertilizantes
no solo
• Mineral: adubos químicos
• Orgânica: resíduos orgânicos
40
• Vantagens da fertirrigação sobre a aplicação
convencional de fertilizantes:
41
FertirrigaçãoFertirrigação
Vantagens• Economia de mão-de-obra e energia:
– Basta a preparação da calda, que o sistema de irrigação se encarrega da aplicação, dispensando o funcionário para outras atividades. Economiza-se também com óleo diesel e desgaste do maquinário.
42
• Evita compactação do solo, pois não há entrada de máquinas
• Comodidade, pois, uma única unidade de injeção pode ser utilizada para toda área
43
VantagensVantagens
• Distribuição homogênea do fertilizante – dependendo do tipo de aplicação.
• Maior eficiência de uso e economia de
fertilizante, pois estes chegam às plantas na
forma prontamente absorvível, reduzindo
perdas ???
44
VantagensVantagens
• Melhor aproveitamento dos equipamentos de
irrigação, pois realiza duas operações ao mesmo
tempo.
• Controle da profundidade de aplicação de
acordo com a lâmina aplicada.
45
VantagensVantagens
• Flexibilidade de aplicação:– Aplicação em qualquer época, permite
parcelamento e adequação às necessidades das culturas.
• Controle e aplicação da quantidade certa:– Pouca interferência do homem, como, por
exemplo, velocidade do trator.
46
VantagensVantagens
• Facilita a aplicação de micronutrientes
• É uma excelente opção de aplicação, porém deve-se tomar alguns cuidados.
47
VantagensVantagens
Limitações• Escolha de fertilizantes:
– Não é técnica apropriada para fertilizantes poucos solúveis.
• Corrosão do sistema de irrigação:– Corrosão das partes metálicas, adotar medidas
como lavagem do equipamento.
48
• Reação dos fertilizantes na linha de irrigação:– Fosfatados podem precipitar, em reação ao pH, P
ou Ca, obstruindo emissores.
• Contaminações e envenenamentos:– Instalar válvulas que impeçam reversão de fluxo,
evitando a contaminação do lençol freático.
49
LimitaçõesLimitações
• Para que a operação de fertirrigação tenha sucesso, alguns requisitos básicos devem ser observados, tais como:– Escolha do fertilizante;
– Uniformidade do sistema de irrigação e operação.
50
LimitaçõesLimitações
Características desejadas de um fertilizante
– Solubilidade rápida e completa
– Baixa capacidade corrosiva
– Fácil manipulação
51
– Compatibilidade
– Baixa toxicidade
– Pureza
– Ser econômico
52
Características Características desejadas de um desejadas de um
fertilizantefertilizante
53
Determinação da dosagem apropriada Determinação da dosagem apropriada
de nutrientes;de nutrientes;
Freqüência de aplicação;Freqüência de aplicação;
Concentração da solução a ser Concentração da solução a ser
injetada;injetada;
Vazão;Vazão;
Tempo de aplicação.Tempo de aplicação.
Manejo da fertirrigação: Manejo da fertirrigação:
1212
54
55
56
Solubilidade
Compatibilidade
Obs: tomar cuidado com a incompatibilidade usando fosfato de amônio e nitrato de cálcio.
Solução: quelatos (alta solubilidade)
CUIDADOS NA ESCOLHA DOS FERTILIZANTES
57
Fertilizante Concentração do Nutriente (g kg-1)
Solubilidade (g L-1)
Sulfato de cobre 250 Cu 220 Sulfato de
manganês 280 Mn 1.050
Molibdato de sódio 390 Mo 560
Molibdato de amônio 480 Mo 400
Sulfato de zinco 220 Zn 750 Quelato de zinco Na2ZnEDTA 140 Zn -
Ácido bórico 160 B 50 Bórax 110 B 50 Solubor
(Na2B8)O13.4H2O 200 B 220
Sulfato de ferro 190 Fe 240 Tenso TM Fe 60 Fe Alta Quelato de ferro
NaFeEDDHA 60 Fe 140
Hydroplus TM Micro
30 B + 120 Cu + 38 Fe-EDTA + 32 Fe-DTPA + 120 Mn
+ 41 Mo + 140 Zn -
Tenso Cocktail
5,2 B + 25,7 Ca-EDTA + 5,3 Cu-EDTA + 21 Fe-EDTA +
17,4 Fe-DTPA + 25,7 Mn-EDTA + 1,3 Mo + 5,3 Zn-
EDTA
Alta
Fertilizantes com micronutrientes
58
59
Fertilizantes Fluidos
60
1. Introdução
O que são fertilizantes fluidos?
Os fertilizantes fluidos, como o próprio nome sugere, são produtos fertilizantes simples ou complexos, cuja característica principal é poderem ser manipulados, transportados, armazenados e distribuídos na lavoura na forma fluida, quando no estado líquido.
61
2. Classificação e Tipos de Fertilizantes Fluidos
A. Classificação
A.1. Fertilizantes Fluidos
Em suspensão: fertilizantes parcialmente dissolvidos em água e parte mantido em suspensão geralmente graças à adição de uma pequena quantidade de argila (12-06-18).
Líquidos: fertilizantes totalmente dissolvidos em água formando uma solução clara (06-03-12/32-00-00/20-00-00+S).
62
A.2. Fertilizante sob pressão Solução de amônia, com ou sem outro fertilizante, exigindo armazenamento sob pressão (Aquamônia 18% de N).
A.3. Fertilizante gasoso Aplica-se a amônia anidra (82% de N).
63
B. Tipos de Fertilizantes Fluidos
B.1. Amônia Anidra
O mais antigo dos fertilizantes líquidos existentes no mercado, sua vantagem é a alta concentração em N (82%).
Gás liquefeito.
Desvantagens: armazenamento e aplicação sob pressão, que exige investimentos altos e manuseio por pessoas especializadas, devido à alta toxidade e periculosidade do produto. Este produto não é utilizado no Brasil.
64
B.2. Soluções Nitrogenadas
B.2.1. Aquamônia
Conhecido por licor amoniacal, licor de amônia ou amoníaco. Nada mais é do que a amônia anidra dissolvida em água. Sua concentração em N pode variar de 15 a 20%. Desvantagens do produto é sua baixa concentração em N, alto
custo em transporte, estocagem e aplicação. Embora a sua toxidez seja inferior à amônia anidra, este produto
também apresenta riscos no manuseio.
65
B.2.2. Soluções de Nitrato/Sulfato de Amônio e Uréia
São misturas de nitrato/sulfato de amônio com uréia, que diluídas em água origina soluções nitrogenadas à pressão normal.
O produto final pode apresentar de 20% a 32% de N. São utilizadas para aplicações diretas no solo, aplicações
foliares/fertirrigação, bem como matéria-prima líquida, na elaboração de fórmulas NPK líquidas
Exemplos 20-00-00+S (Sulfuran) e o 32-00-00 (Uran).
66
B.3. Misturas Líquidas
B.3.1. Soluções Perfeitas, Soluções Claras ou “Clear” São obtidas através da total dissolução das matérias-primas em
meio líquido. Não exigem agitação. Transporte em caminhões tanque normalmente usados para
produtos químicos. O armazenamento poderá ser feito em tanques de aço carbono
(revestido com resinas), alvenaria, aço inox, fibra de vidro ou matérias sintéticos.
Deve evitar para transporte e armazenagem o cobre e sua ligas.
67
B.3.2. Suspensões “Coloidais”
O produto é obtido a partir da reação entre amônia anidra e ácido fosfórico.
As características de cor, viscosidade e concentração são variáveis, conforme o tipo de ácido fosfórico usado.
Quando estocado, no produto ocorre uma separação de fases (sinerese), devendo, portanto, ser agitado antes de sua utilização.
Exemplo formulação 06-30-00, a qual possui consistência espessa, com viscosidade relativamente alta.
68
B.3.3. Misturas em Suspensão
São obtidas a partir da mistura das matérias-primas líquidas (32-00-00, 20-00-00+S, 06-30-00) com cloreto de potássio.
Nas suspensões uma parcela do potássio é solubilizada, e a outra parte é mantida na fórmula em suspensão, através de argilas, que aumentando a viscosidade do meio, sustentam os cristais de cloreto de potássio.
69
As argilas mais usadas são: a atapulgita e bentonita.
Com as suspensões, pode-se obter fórmulas finais de concentrações maiores do que as soluções claras, barateando o custo de transporte, estocagem e aplicação.
Devem ser transportadas, armazenadas e aplicadas com sistema de agitação, para manter a homogeneidade do produto.
70
3. Matérias-Primas
Matérias-primas nitrogenadas
Amônia anidra. É transformada em hidróxido de amônio, com teores de 16 a 25
% de nitrogênio. Quanto ao mercado nacional, a oferta interna de amônia anidra é
normalmente suficiente para atendimento à indústria produtora de fertilizantes fluidos.
71
Matérias-primas fosfatadas
Ácido fosfórico (ácido ortofosfórico) predomina na grande maioria das unidades.
MAP. A oferta de MAP e ácido fosfórico nacionais normalmente é
limitada, existindo a possibilidade e abastecimento complementar de origem estrangeira.
72
Matérias-primas potássicas
Todas as unidades brasileiras em operação utilizam exclusivamente o cloreto de potássio.
A oferta de matérias-primas potássicas é, na maioria, de produto importado em grande escala por importadores tradicionais, como a própria industria de fertilizantes fluidos.
73
74
Foto 1. Implementos para aplicação de fertilizantes Foto 1. Implementos para aplicação de fertilizantes fluidos.fluidos.
75
Foto 2. Aplicação de fertilizante fluido em faixa na cultura Foto 2. Aplicação de fertilizante fluido em faixa na cultura do feijão. do feijão.
76
Foto 3. Aplicação de fertilizante fluido em citrus. Foto 3. Aplicação de fertilizante fluido em citrus.
77
Foto 4. Aplicação de fertilizantes fluidos em cana-de-Foto 4. Aplicação de fertilizantes fluidos em cana-de-açúcar em área sem palhada.açúcar em área sem palhada.
78
Foto 5. Aplicação de fertilizantes fluidos em cana-de-Foto 5. Aplicação de fertilizantes fluidos em cana-de-açúcar em área com palhada.açúcar em área com palhada.
79
Disco de CorteHaste Ikeda
Disco
Rolo
Saída de Adubo
80
Foto 7. Aplicação de fertilizantes fluidos em cana-de-Foto 7. Aplicação de fertilizantes fluidos em cana-de-açúcar em área com palhada.açúcar em área com palhada.
81
82
Adubação verde é definida como uma prática conservacionista pela qual certas espécies de plantas são cultivadas e, a seguir, incorporadas ou mantidas na superfície do solo, em determinado estádio fenológico, com a finalidade de assegurar ou aumentar a capacidade produtiva do solo (CALEGARI et al., 1993).
83
Consiste na utilização de determinadas espécies de plantas apresentando características peculiares, com finalidade de melhorar ou preservar as características físicas, químicas e biológicas do solo, de forma a contribuir para o incremento da produtividade do sistema (FANCELLI, 2004).
84
• melhorar ou manter o potencial produtivo
do solo em médio e em longo prazo;
• controlar as erosões hídrica e eólica;
• preservar o meio ambiente mediante uso
racional dos recursos naturais,
principalmente, solo e água.
85
Produzir grande biomassa em pouco tempo.
Cobrir o solo com rapidez e eficiência. Fixar nitrogênio (leguminosas). Ter uma alta afinidade com micorrizas, para
melhorar o poder de inóculo do solo para a disponibilização do fósforo “fixado”.
86
87
Ter sementes disponíveis e baratas, sendo fácil seu cultivo para obtenção de sementes.
Demandar pouca mão-de-obra e ser de fácil cultivo (aprendizado facilitado).
Não ser planta hospedeira das mesmas doenças e pragas das culturas agrícolas locais.
ESCOLHA DO ADUBO VERDE
88
Possuir robusticidade e praticabilidade fitossanitária.
Possuir alta resistência a doenças.
Ser facilmente controlável, para não haver algum descontrole de população (tornando-se invasora, agressiva e indesejável).
ESCOLHA DO ADUBO VERDE
89
90
Os efeitos promovidos pela adubação verde nas propriedades químicas do solo são bastante variáveis, dependendo de fatores como:
espécie utilizada;
manejo dado a biomassa;
91
época de plantio;
corte do adubo verde;
tempo de permanência dos resíduos no solo;
as condições locais.
92
Aumento no teor de matéria orgânica do solo, ao longo dos anos, pela adição da fitomassa total e outros organismos;
Aumento na disponibilidade de macro e micronutrientes no solo, em formas assimiláveis pelas plantas;
Diminuição nos teores de alumínio trocável (complexação).
93
A decomposição e a mineralização da matéria orgânica, principalmente das plantas leguminosas, trazem à camada do solo, exploradas pelas raízes das culturas subseqüentes, o nitrogênio, o fósforo, o cálcio, o enxofre e demais nutrientes, além de, através do húmus, conferir maior capacidade de troca catiônica (CTC) e assim diminuir a taxa de perdas por lixiviação de nutrientes.
94
Os efeitos dos resíduos dos adubos verdes
ou de outras plantas nas características
físicas do solo são função da qualidade e tipo
do manejo dado ao material adicionado, bem
como dos fatores climáticos e das
características específicas do solo.
95
Características que sofrem influência dos resíduos: estrutura, agregação; capacidade de retenção de água; a consistência; a densidade; a infiltração; a porosidade; a aeração e a condutividade elétrica.
96
melhoria na estruturação do solo; aumento da capacidade de armazenamento de água no solo; densidade; taxa de infiltração; porosidade; aeração; diminuição no gradiente de oscilação térmica.
97
A presença de material orgânico no
solo é determinante na atividade dos
microorganismos, bem como no seu
montante populacional, uma vez que a
matéria orgânica é fonte de energia para
os organismos do solo.
98
aumento na presença de bactérias
fixadoras de nitrogênio; aumento na presença de minhocas; aumento no número de espécies de
organismos que vivem no solo, levando a
um equilíbrio natural, sem haver
predominância de uma espécie que possa
comprometer o desenvolvimento da cultura.
99
Tabela 4 - Efeito de espécies de adubos verdes no controle de nematóides num latossolo vermelho-escuro (LE) de cerrado.
P = Pratylenchus brachyurus; M = Meloydogyne javanica; D = Ditylenchus spA = Aphelenchoides sp; AA = Aphelenchoides avena; T = Tylenchus sp;M = Macrosposthora; PT = Paratrichodorus minor; *aumento da população
Fonte: Sharma et al. (1982).
100
Molish (1937)
- criou o termo alelopatia - organismo
doador e organismo receptor→ allelon = mútuo→ pathos = prejuízo
101
Entende-se como todas as interferências
desencadeadas entre as plantas e
microorganismos, provocadas pela liberação
de substâncias químicas por eles elaboradas,
através de tecidos vivos ou mortos.
Compreende os efeitos benéficos e
prejudiciais, provocados por um organismo
(doador) sobre outro (receptor).
102
Materiais que apresentam efeito supressor e/ou alelopático às diferentes invasoras
103
Guandu (Cajanus cajam); Milheto (Pennissetum sp.); Labe-Labe (Lablab purpurum); Mucuna (Mucuna sp.); Crotalária (Crotalária sp); Braquiária (Brachiaria brizantha); Feijão-de-porco ( Canavalia ensiformis); Tremoço (Lupinus sp.); Nabo forrageiro (Rophanus sativus); Aveia (Avena sativa); Ervilhaca Peluda (Vicia villosa).
Mais utilizadas
104
MILHETO
SORGOBrachiaria brizantha
Uso de Gramíneas no Plantio Direto de Feijão
Fonte: SIMIDU (2007)
105
PALHADA
Fonte: SIMIDU (2007)
106
2ª Época de Plantio
(Pérola, Preto, Carioca Precoce)
1ª Época de Plantio
(Pérola, Preto, Carioca Precoce)
Fonte: SIMIDU (2007)
107
Figura: Crotalaria spectabilis cultivadanas entrelinhas de uma lavoura de cafépara fins de adubação verde.
108
109
110
A adubação verde deve ser um componente a fazer parte de um elenco de práticas de manejo integrado de solo e água.
A adubação verde necessariamente tem que estar presente nos sistemas de produção agropecuários.
Permite uma eficiência na cobertura e proteção do solo, diminui nematóides e melhora as condições físicas, químicas e biológicas do solo.
111
OBRIGADO!