136
1 Universidade Federal de Santa Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Demonstrações Contábeis Professora: Elisete Dahmer Pfitscher E-mail: pdahmer @ bol .com. br . Fones: Prof.0(xx48)331- 9383, 9895, 6517, 9769 (NETEC) Res. 3249-0539 4009-2220 0(xx48)9959-3957 8817-2019

1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

1

Universidade Federal de Santa Catarina – Universidade Federal de Santa Catarina – UFSCUFSC

Centro Sócio-EconômicoCentro Sócio-EconômicoCurso de Ciências ContábeisCurso de Ciências Contábeis

Disciplina: Análise Demonstrações ContábeisDisciplina: Análise Demonstrações Contábeis

Professora: Elisete Dahmer Pfitscher

E-mail: [email protected]: Prof.0(xx48)331-9383,

9895, 6517, 9769 (NETEC)Res. 3249-0539 4009-2220

0(xx48)9959-3957 8817-2019

Page 2: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

2

Plano de Ensino

A conscientização em assegurar um bom ensino não depende somente do repasse de conhecimentos e sim na reciprocidade de informações obtidas com todo público acadêmico

Estudos de Caso

Page 3: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

3

Plano de Ensino

“No mundo dos negócios, um bem apontado na atualidade como de grande relevância é a Informação. De maneira genérica, pode ser afirmado que todas as decisões tomadas envolvendo as atividades de uma empresa, qualquer que seja o nível dessa decisão, têm por base algum tipo de informação. Nesse contexto, o profissional de contabilidade tem papel importante”.Lisboa, 1997, p. 79

Page 4: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

4

Plano de Ensino - Objetivos

Objetivo GeralProporcionar uma visão contábil e econômica dos fatores

que envolvem o crescimento das empresas no mercadoObjetivos Específicos Mostrar parte introdutória, bem como vantagens e

desvantagens da análise; Apresentar métodos de análise; Mostrar a análise de alternativas de investimentos.

Page 5: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

5

Plano de Ensino - Metodologia

A metodologia utilizada é de aliar a teoria com a prática. Primeiramente são apresentadas as fundamentações teóricas de cada assunto, mostrando nas referências bibliográficas como calcular e analisar os resultados obtidos nos estudos de caso.

Page 6: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

6

Plano de Ensino –Critérios de Avaliação

Trabalhos de fixação 3Estudos de Caso 7

Conceitos:A Excelente Nota 9 a 10 Índice 4B Bom 7 a 8,9 3C Regular 5 a 6,9 2D Insuficiente Menor que 4,9 0

Page 7: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

7

Datas importantes

17.10- Simpósio anpad-Apresentação de trabalho

21.11- Apresentação Estudo de caso27.11- Apresentação Estudo de caso28.11- Apresentação Estudo de caso05.12- Prova 113.02- Prova 226.02-Entrega de notas e recuperação do

conteúdo27.02- Prova de recuperação paralela

Page 8: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

8

Plano de Ensino –Cronograma - atividades

11.09 Plano de Ensino;12.09 Histórico Análise de

Balanço;18.09 Preparação das

demonstrações contábeis para análise;

19.09 Métodos de Análise;25 e 26.09 Análise por diferenças

absolutas.

Page 9: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

9

Plano de Ensino –Cronograma - atividades

02 e 03.10 Análise Vertical ou de Estrutura;Análise Horizontal;

09, 10 e16.10 Análise por Quocientes;Índices de

Endividamento;Índices de Rotação;Índices de Rentabilidade

e Lucratividade.

Page 10: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

10

Plano de Ensino –Cronograma -atividades

23 e 24.10 Investimento em Ações;Política de Dividendos;

30 e 31.10 Análise do Capital de giro;Ciclo Operacional,

Financeiro e Econômico;Análise e dimensionamento

dos investimentos em capital de giro;

Page 11: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

11

Plano de Ensino –Cronograma -atividades

06 e 07.11 Necessidade de Investimento em Capital de Giro.

13, 14 e 20.11 Alavancagem operacional e financeira;

Apêndice Matemático – GAO e o Ponto de Equilíbrio da Empresa;21 a 28.11 Apresentação dos Estudos de Caso.

Page 12: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

12

Plano de Ensino –Cronograma -atividades04.12 Responsabilidade social e ambiental. 05.12 Prova 105 e 06.02.07 Responsabilidade Social e Ambiental nas

organizaçõesRotulagem ambiental no contexto dos negócios verdesUma proposta de modelo

12.02.07 Estratégias sociais e ambientais Balanço Social

Indicadores do Balanço Social Análise de Balanço Social.Balanço Ambiental.

Page 13: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

13

Plano de Ensino –Cronograma -atividades

13.02.07 Prova 226.02.07 Recuperação do

conteúdo27.02.07 Prova de Recuperação

Page 14: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

14

Plano de Ensino – Ementa

Conceito. Preparação das demonstrações contábeis para análise. Métodos de análise. Capital de giro. Análise de balanços em moeda constante. Situação financeira e situação econômica. Alavancagem financeira.

Ementa adicional: Responsabilidade social e ambiental. Balanço Social.

Indicadores do Balanço Social. Balanço Ambiental. Análise de Balanço Social.

Page 15: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

15

Plano de EnsinoConteúdo Programático1. Histórico da análise de balanços2. Preparação das demonstrações contábeis para análise2.1. Conceitos básicos2.1.1 Análise2.1.2 Análise das demonstrações financeiras2.2. Objetivos 2.3. Aspectos que podem não ser evidenciados pela

análise

Page 16: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

16

Contabilidade e Análise de Balanço II

3. Métodos de análise3.1. Análise de Estrutura ou Vertical3.2. Análise de Evolução ou Horizontal3.3. Análise por Diferenças Absolutas3.4. Análise por Quocientes3.5. Índices de Endividamento3.6. Índices de Rotação3.7. Índices de Rentabilidade e Lucratividade3.8. Investimento em Ações3.9. Política de Dividendos

Page 17: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

17

Contabilidade e Análise de Balanço II

4. Análise do capital de giro4.1 Ciclo operacional, financeiro e econômico4.2 Análise e dimensionamento dos investimentos em

capital de giro4.3 Necessidade de investimentos em capital de giro5. Análise de Alternativas de Investimentos5.1 Alavancagem Operacional5.2 Alavancagem Financeira5.3. Apêndice Matemático – GAO e o Ponto de

Equilíbrio da Empresa.

Page 18: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

18

6. Responsabilidade social e ambiental. 6.1 Responsabilidade Social e Ambiental nas organizações6.2 Rotulagem ambiental no contexto dos negócios verdes6.3 Uma proposta de modelo

7. Estratégias sociais e ambientais7.1 Balanço Social7.2 Indicadores do Balanço Social Análise de Balanço Social.7.3 Balanço Ambiental.

Contabilidade e Análise de Balanço II

Page 19: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

19

ReferênciasGARRISON, Ray H. NOREEN, Eric W. Contabilidade Gerencial. Rio de Janeiro: Atlas, 2001.

JUNIOR, José Hernandez Perez Junior. Auditoria de Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 1995.

MARION, José Carlos.Contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas, 2002.

MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. São Paulo: Atlas, 1998.

Page 20: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

20

ReferênciasMYER, John N. Análise das Demonstrações Financeiras. São Paulo: Atlas, 1973.NETO, Alexandre Assaf SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração de Capital de Giro. São Paulo: Atlas, 1995.NEVES, Silvério das. VICECONTI, Paulo Eduardo. Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Financeira.São Paulo: Frase, 2002.SANVICENTE. Antônio Zoratto. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1993.TACHIZAWA. Takeshy. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa. São Paulo: Atlas, 2004.TINOCO. Balanço Social. São Paulo: Atlas,2001 Artigos e Dissertações.

Page 21: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

21

1. Histórico Análise de Balanço:Segundo Matarazzo (1998 apud OLIVEIRA, SILVA E

SOUZA, 2003, p. 1): “A análise de balanços surgiu e desenvolveu-se dentro do sistema bancário que foi até hoje seu principal usuário. Seu início remonta ao final do século XIX, quando os banqueiros americanos passaram a solicitar balanços às empresas tomadoras de empréstimos”.

09.02.1895 Conselho Executivo da Associação dos Bancos do Estado de New York

Recomendação de declarações escritas e assinadas de seus ativos e passivos;

1900 Formulário de proposta de crédito;

Page 22: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

22

1. Histórico Análise de Balanço:Balanços examinados superficialmente sem nenhuma técnica

analítica;Em 1906, William Post, escreve:“Há dez anos poucos bancos exigiam que seus devedores

assinassem declarações de seus negócios. Hoje, o costume é bastante generalizado entre os banqueiros, embora ainda haja bancos que não tenham adotado essa prática...É de se notar, além disso, que os interessados relutam cada vez menos em fornecer tais declarações.”

Século XX Comparação AC com PC

Page 23: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

23

1. Histórico Análise de Balanço:1913 Análise de depósitos bancários em relação ao exigível

bancário, contas a receber com demais itens do ativo, percentual de estoques com vendas anuais;

1915 Prática obrigatória nos Estados Unidos: Federal Reserve Board (Banco Central dos Estados Unidos) exigências para negociações financeiras concessão de créditos utilização demonstrações financeiras;

1918 Livreto de procedimentos de auditoria e princípios de preparação de demonstrações financeiras (Federal Reserve Board);

Page 24: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

24

1. Histórico Análise de Balanço:1913 Alexander Wall (pai da Análise de balanços) apresenta modelo de análise de balanços através de índices e criação de padrões de referência;

1923 James H. Biss afirma no prefácio da obra Financial and operating ratios in management que em todos os ramos de atividades existem coeficientes característicos; 1925 Stephen Gilman propõe análise horizontal;

Page 25: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

25

1. Histórico Análise de Balanço: Na década de 30, surgiu dentro da empresa Du Pont, de Nemours, um

modelo de análise da rentabilidade de empresa que decompunha a taxa de retorno em taxas de margem de lucro e giro dos negócios, chamado análise do ROI (Return on Investiment). (MATARAZZO, 1994, p. 24).

1931 Divulgação de índices-padrão nos Estados Unidos (Dun & Bradstreet);

No Brasil, até 1968, a Análise de Balanços é considerado um instrumento pouco utilizado na prática. Neste mesmo ano, tem-se a criação da SERASA (empresa central de Análise de Balanço).

Page 26: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

26

2. Preparação das demonstrações contábeis para análiseRaciocínio científico:1. Extraem-se índices das demonstrações financeiras;2. Comparam-se os índices com os padrões;3. Ponderam-se as diferentes informações e chega-se a um

diagnóstico ou conclusões;4. Recomendações;5. Tomam-se as decisões.

Segundo Matarazzo (1994,p.22): “Quando esta seqüência não é levada em conta, fatalmente a Análise de Balanços fica prejudicada”.

Page 27: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

27

2. Preparação das demonstrações contábeis para análise Análise demonstrações financeiras instrumento de

grande utilidade; Previsão de insolvência; Análise de informação objetiva do desempenho.2.1 Conceitos Básicos2.1.1 Análise: Interpretação, através de método de preparação de

dados estatísticos.2.1.2 Análise das demonstrações financeiras: Estudo detalhado

da situação patrimonial das empresas, através da decomposição, comparação e interpretação das demonstrações contábeis, com interesse na obtenção de informações analíticas e precisas.

Page 28: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

28

2. Preparação das demonstrações contábeis para análise

2.2 Objetivos

Fornecer informações numéricas de dois ou mais períodos, de modo a auxiliar ou instrumentar acionistas, administradores, fornecedores, clientes, governo, instituições financeiras, investidores e outras pessoas físicas ou jurídicas interessadas em conhecer a situação da empresa ou para tomar decisões.( NEVES E VICECONTI, 2002, p. 437).

Page 29: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

29

2. Preparação das demonstrações contábeis para análise

2.3 Aspectos que podem não ser evidenciados pela análise

a) Capacidade ociosa de máquinas e equipamentos; Verificação “in loco”;

b) Análise de tendências: através da análise comparativa de diversos períodos pode-se obter a tendência do resultado. Para melhor ilustração, a figura 1, exemplifica esta análise.

Page 30: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

30

2. Preparação das demonstrações contábeis para análise

2.3 Aspectos que podem não ser evidenciados pela análise

Empresas X6 X7 X8 X9

A 20% 17% 13% 10%

B 2% 4% 7% 8%

Figura 1: Análise de tendência da taxa de lucratividade de várias empresasFonte: NEVES & VICECONTI, 2002, p.438.

Page 31: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

31

2. Preparação das demonstrações contábeis para análise

2.3 Aspectos que podem não ser evidenciados pela análise

Qual a empresa com tendência de melhor crescimento?

Se a tendência seguir esta trajetória, a situação da empresa B em um ou dois anos estará melhor do que a empresa A.

Page 32: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

32

2. Preparação das demonstrações contábeis para análise

2.3 Aspectos que podem não ser evidenciados pela análise

c) Comparações: Com outras empresas do mesmo ramo e

porte; Com índices-padrão estabelecidos pela

média dos índices das empresas do mesmo ramo ou porte.

Objetivo: Verificar se o índice obtido pela empresa está na média, abaixo ou acima dela.

Page 33: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

33

3. Métodos de Análise3. Métodos de Análise3.1 Análise de Estrutura ou Vertical3.1 Análise de Estrutura ou Vertical

“Medir percentualmente cada componente em relação ao todo do qual faz parte, e fazer as comparações caso existam dois ou mais períodos”.

Exemplo: Medir o percentual do valor do Ativo Circulante em relação ao total do ativo.% = 520/1150 x 100=45%O ativo circulante representa 45% do total do ativo.

Page 34: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

34

3 Métodos de Análise3 Métodos de Análise3.1 Análise de Estrutura ou Vertical3.1 Análise de Estrutura ou Vertical

Questões:

Qual o grupo de ativo que tem maior participação percentual?

Qual o grupo do passivo que tem maior participação percentual?

Qual a evolução destes dados?

Page 35: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

35

3.1.1. Balanço Patrimonial

Ativo Dez/X2 AVDez/X3AV

Circulante 520 45% 612 40% Realizável LP 100 9% 80 5% Permanente 530 46% 840 55%Totais 1.150 100% 1.532 100%

Page 36: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

36

3.1.1. Balanço Patrimonial

Passivo Dez/X2 AV Dez/X3AV Circulante 285 25% 330 22% Exigível LP 250 21% 220 14% Res. Ex.Fut. - - 20 1% PL 615 54% 962

63%Totais 1.150 100% 1.532 100%

Page 37: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

37

3.1.1. Balanço Patrimonial

Notas: O grupo no ativo com maior percentual é o AP (46% e 55%), enquanto o

PL (54% e 63%);Em 20X2 a empresa trabalha com 46% (25% + 21%) de capital de

terceiros e 54% de capital próprio. No ano de 20X3 a situação melhorou, ou seja, trabalha com 36% (22% + 14%) de capital de terceiros e 64% (63% + 1%) de capital próprio;

Pode-se destacar grupo do ativo e fazer análises em separado.AP 31.12.X3 %Investimentos 190 23Imobilizado 650 77Diferido -x- -x-Total 840 100

Page 38: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

38

3.1.2. Demonstração Resultado do Exercício

DRE Pág. 441Notas:Lucro Líquido do exercício corresponde a 4% das

receitas;Lucro Bruto corresponde a 40% das vendas, enquanto as

despesas operacionais consumiram 31% do total das vendas;

O lucro operacional líquido corresponde a 5% das vendas

Page 39: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

39

3.1.3. Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos

DOAR Pág. 442 A DOAR apresenta as variações do CCL (Capital Circulante

Líquido) AC- PC=CCLIndica quais as atividades Financeiras que provocam seu

aumento ou diminuição.Análise Cia. Flor de Lis“ O CCL sofreu, uma redução no período, indicando um

decréscimo na posição financeira da empresa.Caso o Capital Circulante Líquido sofresse acréscimo, a análise

vertical indicaria qual a porcentagem das origens utilizadas no seu financiamento”.

Page 40: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

40

3.2. Análise de Evolução ou Horizontal

3.2.1. Objetivo:“Avaliar o aumento ou a diminuição dos valores que

expressam os elementos patrimoniais ou do resultado, numa determinada série histórica de exercícios”

Como fazer?Atribuir 100% e verificar a variação percentual para os

demais períodos. Conta Dez/X2 AH Dez/X3 AH DEx.: AC 520 100% 612 118% 18%

Page 41: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

41

3.2. Análise de Evolução ou Horizontal

AH = Análise HorizontalD= Variação (crescimento)Notas:1. No Ativo, o grupo que teve:- maior crescimento foi o AP, 58%.- Maior decréscimo ou involução foi o ARLP (20%).2. No Passivo, o grupo que teve:- maior crescimento foi o PL, 56%.- maior decréscimo ou involução foi o PELP (12%).

Page 42: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

42

3.2. Análise de Evolução ou Horizontal

3.2.2. Análise de Evolução Nominal“Quando não leva em consideração a inflação ocorrida

no período”.Ex.:Total do Ativo 31.12.X2 31.12.X3Valor R$ 1.150,00 R$ 1.532,00Percentuais 100% 133%Crescimento - 33%Obs.: “Este crescimento de 33% pouco ou nada representa,

tendo em vista que a inflação do período pode ter sido inferior, igual ou até superior a tal percentual”

Page 43: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

43

3.2. Análise de Evolução ou Horizontal

3.2.3. Análise de Evolução Real

“Quando leva em consideração a inflação do período e pode ser calculado por:

Índice Inflacionário ou Deflacionário.

3.2.3.1. Índice Inflacionário:“Inflacionar o período mais antigo e comparar com valores

correntes ou nominais do período atual”.

Page 44: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

44

3.2. Análise de Evolução ou Horizontal

3.2.3. Análise de Evolução Real3.2.3.1. Índice Inflacionário: INPC= Índice Nacional de Preço ao

Consumidor – Dez 2000 – 5,97 Dez 2001-7,67Exemplo:

Total do Ativo31.12.X2 31.12.X3R$ 1.150 1.532 -106% Crescimento Real = 6% X 1,25 1.437 -100% (106% - 100%)

(1532/1.437)

3.2.3.2. Índice Deflacionário:“Deflacionar o período atual e comparar com valores correntes ou

nominais do período antigo”.Crescimento Real = 6% 31.12.X2 31.12.X3

R$ 1.150 – 100% 1.532(1.532 x 080 = 1.225) 1.225 – 106% 1.532

Coeficiente de Atualização = INPC 31.12.X1 /INPC 31.12.X2 = 50/40= 1,25

Coeficiente de Atualização = INPC 31.12.X0 /INPC 31.12.X3 = 40/50= 0,80

Page 45: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

45

3.2. Análise de Evolução ou Horizontal

3.2.3. Análise de Evolução RealTotal do Ativo

31.12.X2 31.12.X3 Variação

Índice Inflacionário

Valor InflacionadoR$ 1.437

Valor Corrente ou nominalR$ 1.532

6%

Índice Deflacionário

Valor Corrente ou nominalR$ 1.150

Valor DeflacionadoR$ 1.225

6%

Quadro Resumo

3.3. Análise por Diferenças AbsolutasObjetivo:“Avaliar qualitativa e quantitativamente os novos recursos injetados na empresa e a forma como esses recursos foram aplicados”

Page 46: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

46

3.3. Análise por diferenças AbsolutasContas do Ativo Aumentos = Aplicações

Diminuições=Origens

Contas do Passivo Aumentos= OrigensDiminuições= Aplicações

Contas de Natureza Devedora Aumentos=AplicaçõesDiminuições=Origens

Contas de NaturezaCredora

Aumentos= OrigensDiminuições=Aplicações

“Baseia-se na diferença dos saldos do inicio e fim do período,para determinar o fluxo de origens e aplicações de recursos” Origens – O grupo que apresenta a maior origem é o Patrimônio Líquido (347).Somando-se as origens: Ativo 20 + Passivo 412= 432Aplicações – O grupo que apresenta a maior aplicação é oAtivo Permanente (310).Somando-se as aplicações: Ativo 402 + Passivo 30= 432

Page 47: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

47

3.3. Análise por diferenças Absolutas

Componentes 31.12.X2 31.12.X3 Origens Aplicações

ACARLPAP

520100530

61280

840

-20

-

92-

310Total do Ativo

1.150 1.532 20 402

PCPELPREFPL

285250

-615

330220

20962

45-

20347

-30

--

Total do Passivo

1.150 1.532 412 30

Page 48: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

48

3.4. Análise por Quocientes“É determinada em função da relação existente entre dois elementos, indicando quantas vezes um contém o outro

ou a proporção de um em relação ao outro”.

3.4. Índices de Liquidez“Avaliar a capacidade financeira da empresa, para satisfazer

compromissos de pagamento com terceiros”.3.4.1. Liquidez Absoluta, Imediata ou Instantânea (LI)

Li = D / PC 70/330 0,213.4.2. Liquidez Seca (LS)

LS = AC – Estoques/PC 612 –350/330 0,79“Se o quociente fosse igual a 1, indicaria que os estoques

da empresa estariam totalmente livres de dívidas, ou seja, se a empresa negociasse o AC (sem os estoques),pagaria as dívidas de curto prazo (PC) e restaria todo o

estoque livre de dívidas, para que a empresa pudesse trabalhar”.

Page 49: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

49

3.4. Análise por Quocientes3.4. Índices de Liquidez

3.4.2. Liquidez Corrente (LC)LC = AC/PC

LC = 612/330 = 1,85

3.4.3. Liquidez Geral (LG)LG = AC + ARLP / PC + PELP ou LG = AC + ARLP / PE

PE= PC + PELPLG= 612 + 80 / 550 = 1,25

3.4.4. Solvência Geral (SG)SG= AT/PE Ativo Total/ Passivo Exigível

SG= 1.532/550= 2,7“Indica que, para cada real de dívidas totais com

terceiros (Passivo Exigível), a empresa dispõe de R$ 2,78no ativo total para pagar, ou seja, se negociar o ativo total,

para cada R$ 2,78 que receber, paga R$ 1,00 e sobram R$ 1,78”.

Page 50: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

50

3.4. Análise por Quocientes3.4. Índices de Liquidez

Notas:“Se o grau de solvência for:

1. Igual a um, a empresa estaria operando em estado de pré-insolvência (situação nula);

2. Menor que um, a empresa seria insolvente, ou seja, estaria em estado de passivo a descoberto;

3. Maior que um, quanto mais elevado pode ser uma situação de vantagem competitiva no mercado, aparentando

ser uma situação boa. Relatório dos assessores:

“Pela análise dos índices de liquidez constatamos que a empresa tem condições de realizar os pagamentos de suas obrigações

mas, sem dúvida, sua capacidade ou condição de curto prazo é sensivelmente melhor do que a de longo prazo, o que foi

verificado pela análise de índices de Liquidez Corrente e Geral”.

Page 51: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

51

3.5. Índices de Endividamento3.5.1. Endividamento Total

ET = PE / AT = Passivo Exigível (PC + PELP) / Ativo TotalET = 550/1.532 = 0,36

Para cada real (R$) do ativo total, R$ 0,36 estão presos a dívidas, R$ 0,64 estão livres.

Se o grau de endividamento fosse:a) Igual a um, a empresa estaria operando em estado de

pré-insolvência (situação nula);b) Maior que um, a empresa

Relatório dos assessores:“Pela análise dos índices de liquidez constatamos que a empresa

tem condições de realizar os pagamentos de suas obrigaçõesmas, sem dúvida, sua capacidade ou condição de curto prazo é

sensivelmente melhor do que a de longo prazo, o que foi verificado pela análise de índices de Liquidez Corrente e Geral”.

Page 52: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

52

3.5. Índices de Endividamento3.5.2. Garantia de Capital de Terceiros (GT)

GT = PL/PE = Patrimônio Líquido Passivo Exigível (PC + PELP)

GT= 962/550 = 1,74

Indica que para cada real de dívidas com terceiros,existem R$ 1,74 de Capital Próprio.

Obs.: “Alguns analistas costumam calcular tal índice

da seguinte forma:GT = PE/PL = 550/962 = 0,57

“Indica que para cada real (R$) de capital próprio (PL), Existem R$ 0,57 de capital de terceiros (PE)”.

Page 53: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

53

3.5. Índices de Endividamento

3.5.3 Relação de Dívidas de Curto Prazo (PC) com Dívidas Totais com Terceiros (PE)

Quociente = PC/PE Passivo Circulante/ Passivo Exigível (PC + PELP)

330/550 = 0,60

“Indica que, para cada real (R$) de dívidas totais com Terceiros (PE), R$ 0,60 são de curto prazo (PC) e R$ 0,40

(R$ 1,00 – R$ 0,60) são de longo prazo (PELP)”.

Page 54: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

54

3.6. Índices de Rotação

Determinam o giro (velocidade) dos valores aplicados.

3.6.1. Rotação do Ativo

Giro = Vendas/ AT3.000/1.532 = 1,95

“Vendas promovem o giro de 1,95 o Ativo total. Quanto maior for o índice, melhor será o

aproveitamento dos recursos aplicados no ativo”

Page 55: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

55

3.6. Índices de RotaçãoDeterminam o giro (velocidade) dos

valores aplicados.

3.6.2. Rotação do Patrimônio Líquido

Giro = Vendas/ PL3.000/ 962 = 3,11

“Se as vendas tivessem sido atendidas somente com os recursos próprios da empresa (PL), teriam um giro de

3,11 vezes o valor do PL”. Quanto maior for o índice, melhor será o

aproveitamento dos recursos aplicados pelos sócios ou acionistas no PL”

Page 56: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

56

3.6. Índices de Rotação

Determinam o giro (velocidade) dos valores aplicados.

3.6.3. Rotação ou Giro do Ativo Operacional (RAO)

RAO = Vendas Líquidas / Ativo Operacional3.000/ 1.262 = 2,37

AO = AC + AP (Imobilizado e Diferido)

“ Vendas promovem um giro de 2,37 vezes o montante dos Recursos aplicados no AO”.

Quanto maior for o índice, melhor será o aproveitamento dos

recursos aplicados no ativo operacional”

Page 57: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

57

3.6. Índices de RotaçãoDeterminam o giro (velocidade) dos

valores aplicados.

3.6.4. Rotação ou Giro do Ativo Total MédioGiro = VL / ATM

Vendas Líquidas/ Ativo Total MédioAtivo Total Médio = Ativo Inicial + Ativo Final/2

1.150 (X2) + 1.532 (X3)/2 = 1.341Giro = 3.000/1.341 = 2,24

“ Vendas promovem um giro de 2,24 vezes ovalor aplicado no ativo total médio.

Quanto maior for o índice, melhor será o aproveitamento dos

recursos aplicados no ativo”

Page 58: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

58

3.6. Índices de RotaçãoDeterminam o giro (velocidade) dos

valores aplicados.

3.6.5. Prazo Médio de Renovação de Estoques:Giro = CMV ou CPV/ EM

Estoque Médio = Estoque Inicial (X2) + Estoque Final(X3)/2Estoque Médio= 220+350/2 = 285

Giro = 1.800/285 = 6,31“O estoque girou (Renovação) mais de 6 vezes durante o ano.

Quanto maior o índice, melhor será a rotatividade dos estoques”

Prazo = Período / Giro = 36- dias/6,31 = 57 dias“ A cada 57 dias, a empresa renova totalmente seus estoques.

Se o giro fosse 12, a cada mês (30 dias) a empresa renovaria seus estoques”.

Page 59: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

59

3.6. Índices de RotaçãoDeterminam o giro (velocidade) dos

valores aplicados.

3.6.6. Prazo Médio de Recebimento de Contas a Receber

Giro= Vendas a Prazo / Média de Valores a Receber

Média de Valores a Receber = MVRMVR= Dupls. A Receber (Inicial (X2) + Final (X3)/2

MVR= 260+200/2= 230

Giro= 3.000 (X3)/230 = 13 vezes Prazo = Período/ Giro = 360/13 = 27 dias

“A cada 27 dias em média houve uma venda completa, ou seja, venda e recebimento. A empresa vendeu e

recebeu 13 vezes durante o ano”

Page 60: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

60

3.6. Índices de RotaçãoDeterminam o giro (velocidade) dos

valores aplicados.

3.6.7. Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores

Giro = Compras à Prazo/Média de Fornecedores

1930/190 = 10“A empresa comprou e pagou em

média 10 vezes durante o ano”Compras CMV =Ei + C – EF

1800 = 220 + C –350C= 1800 – 220 + 350 = 1930

Média de fornecedores = Fornecedores (inicial + final)/2180 + 200 / 2 = 190

Page 61: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

61

3.6. Índices de RotaçãoDeterminam o giro (velocidade) dos

valores aplicados.

3.6.7. Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores

Prazo= Período / giro = 360/10 = 36 dias

“ A cada 36 dias, em média, a empresa efetuou uma compra completa, ou seja, comprou e pagou”.

Notas:1. Prazo – fixado em número de dias;

2. Prazos Médios – cuidado com o efeito da sazonalidade do valor;

3. Período – correspondente ao balanço a ser analisado, ou seja. 1 ano ou 360 dias comerciais.

Page 62: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

62

3.6. Índices de Rotação

Determinam o giro (velocidade) dos valores aplicados.

3.6.8. Imobilização do Capital Próprio (ICP)

ICP = AP/ PL = 840/962

Análise:

87% do PL estão aplicados no AP, e13% do PL estão aplicados no restante do ativo (AC + ARLP)

Page 63: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

63

3.7. Índices de rentabilidade e Lucratividade

Avaliar o rendimento.

3.7.1. Índices de Lucratividade

3.7.1.1. Lucratividade s/ Vendas ou Margem Líquida

Taxa = LLE x 100/VL = 120x 100/ 2000 = 4%

LLE corresponde a 4% das Vendas Líquidas.

3.7.1.2. Lucratividade Operacional ou Margem Operacional

Taxa = LOL x 100/ Vl = 170/3000 x 100 = 5,6%O LOL corresponde a 5,6% do valor das Vl.

Page 64: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

64

3.7. Índices de rentabilidade e Lucratividade

Avaliar o rendimento.

3.7.1. Índices de Lucratividade

3.7.1.3. Lucratividade Bruta ou Margem Bruta sobre Vendas

Taxa = Lb x 100/Vl = 1200/3000 x 100 = 40%

“O LB corresponde a 40% do valor das Vl”

Page 65: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

65

3.7. Índices de rentabilidade e Lucratividade

Avaliar o rendimento.

3.7.1. Índices de Lucratividade

3.7.1.4. Lucratividade Não-Operacional ou]Margem Não-Operacional

Receita Não-Operacional 20(-) Despesas Não Operacional 30(=) Prejuízo Não-Operacional 10

Taxa = RNO / Vl = 10/3000 x 100 = 0,33%

“ O prejuízo não-operacional corresponde a 0,33% do valor das Vl. Este resultado contribuiu

para a redução do LLE”.

Page 66: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

66

3.7. Índices de rentabilidade e Lucratividade

Avaliar o rendimento.

3.7.2. Índice de RentabilidadeRepresentam a relação correspondente aos

rendimentos e o capital investido na empresa.

3.7.2.1. Rentabilidade do Capital Próprio (PL) ou Taxa de Retorno sobre o PL

Taxa = LLE x 100/ PL = 120 x 100/962 = 12,47%“Indica a remuneração do capital dos proprietários (PL)

aplicados na empresa. É possível calcular também a rentabilidade do capital próprio inicial e médio,

bastando colocar no denominador o PL inicial ou a médiaentre os PL inicial e final”.

Page 67: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

67

3.7. Índices de rentabilidade e Lucratividade

3.7.2.2. Rentabilidade do Ativo Final ou Taxa de Retorno sobre o Ativo Final

Taxa = LLE x 100/ Ativo Total = 120 x 100/15322 = 7,83%“Indica o retorno do Lucro Líquido sobre o valor do

ativo total. Podemos calcular a rentabilidade do Ativo Total Médio ou do Ativo Total do início do período.

3.7.2.3. Rentabilidade do Ativo Total Médio ou Taxa de Retorno sobre o Ativo Total Médio ou

Taxa de Retorno sobre o Investimento Total

Taxa = LLE/VL x VL/ATM x 100 = LLE/ATM x 100Taxa = 120 x 100/1.341 = 9%

(O LLE corresponde a 9% do ATM)

Page 68: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

68

3.7. Índices de rentabilidade e Lucratividade

3.7.2.3. Rentabilidade do Ativo Total Médio ou Taxa de Retorno sobre o Ativo Total Médio ou

Taxa de Retorno sobre o Investimento Total

Taxa (TRI) = Margem Líquida x Giro do Ativo Médio4 x 2,24 = 9% (Ver ítem 3.7.1.1 e 3.6.4)

“Esta taxa mede o poder de ganho da empresa, ou seja, para cada R$ 100,00 investidos há um ganho de R$ 9,00 ( R$ 100,00 x 9%). Um índice que pode ser calculado

A partir da TRI é o chamado pay-back do investimentoou tempo de recuperação do capital investido, que indica quantos anos demora, em média,

para que a empresa obtenha de volta seu investimento”.

Page 69: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

69

3.7. Índices de rentabilidade e Lucratividade

Pay-Back = 100/tri= 100/9= 11,11 anosO retorno do investimento é de 11 anos.

3.7.2.4.Taxa de Rentabilidade sobre o Capital realizadoLLE x 100/CR = 120/500 x 100 = 24%

Indica o retorno do Lucro Líquido sobre o valor do Capital Realizado. Podemos calcular a rentabilidade do Capital

Realizado Médio e no início do Período.

3.7.2.5. Taxa de Retorno sobre o Investimento OperacionalTaxa = LOL x 100/ VL x VL / AO

LOL / AO (*) x 100 • A0 = ítem 3.6.3

• Taxa = 170 x 100/ 1.262 = 17.000/1.262 = 13%

Page 70: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

70

3.7. Índices de rentabilidade e Lucratividade

Taxa = Margem Operacional x Giro do Ativo OperacionalTaxa= 5,6 x 2,37 = 13%

Ítem 3.7.1.2 e 3.6.3“Significa que as vendas produziram um retorno, em termos de Lucro Operacional Líquido (LOL), de 13%

dos valores aplicados no Ativo Operacional. AO = AC + AP (Imobilizado e Diferido)

Este índice pretende medir a eficiência, ou seja, como os administradores aplicaram os recursos em investimentos

destinados a uso e operação na empresa (ativo Operacional),de modo a contribuir para a geração de vendas.

A análise mostra que, para aumentar a rentabilidadesobre os recursos aplicados no ativo operacional, a

empresa dispõe de três caminhos: aumentar a margem operacional, aumentar o giro do ativo ou uma

combinação desses dois”.

Page 71: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

71

3.8. Investimento em Ações O capital é dividido em ações (S/A).Obs.: “Na formação ou constituição de Cia. ou Sociedade Anônima, o capital será dividido em ações e o Estatuto Social fixará o número de ações eestabelecerá se estas terão ou não valor nominal”.

3.8.1. Tipos de ações3.8.1.1. Quanto a naturezaAções Ordinárias: de Cia Fechada poderão ser de classes diversas em função de:• Forma ou conversibilidade de uma forma em outra;• Conversibilidade em ações preferenciais;• Exigência da nacionalidade brasileira do acionista;• Direito de voto em separado para o preenchimento de determinados cargos nos órgãos administrativos.

Page 72: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

72

3.8. Investimento em Ações3.8.1. Tipos de ações3.8.1.1. Quanto a naturezaAções Preferenciais: são aquelas que têm a preferência ouvantagem:• Na distribuição de dividendos;• No reembolso de capital, com ou sem prêmio;• A acumulação das vantagens mencionadas;3.8.1.2. Quanto a formaAções Nominativas: realizada pela inscrição do nome do acionista no livro de Registro de Ações Nominativas, e as transferências deverão por termo no Livro de Transferência de ações Nominativas datado e assinado pelocedente, pelo cessionário ou seus legítimos representantes.Ações Escriturais: quando são mantidas em contas de Depósitos, em nome de titulares, na instituição que designar, sem emissão de certificados.

Page 73: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

73

3.8. Investimento em Ações3.8.1. Tipos de ações3.8.1.1.Ações Escriturais:”Somente instituições autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) podem manter serviços de ações escriturais”.

3.8.1.2.Ações com Valor Nominal: Quando a ação possui valor de face ou expresso.Exemplo:a)Composição do capital social – ações com valornominal:100.000 ações ordinárias......................R$ 100.000,00200.000 ações preferenciais.................. 200.000,00300.000 ações no total de...................... 300.000,00

Page 74: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

74

3.8. Investimento em Ações3.8.1. Tipos de ações3.8.1.2. Ações com valor nominalb) Patrimônio LíquidoCapital Social Realizado 300.000,Reserva Legal 50.000,Reservas Estatutárias 140.000,Lucros Acumulados 50.000,

Total 540.000,c) “A assembléia geral delibera a aprovação do aumentodo Capital social mediante capitalização de reservas estatutárias no montante de R$ 120.000,00”Solução:a) Cia. tem emissão de 120.000 ações novas;b) Distribuição das 120.000 ações, em relação ao total120.000/300.000 = 0,4Ações ordinárias.................... 100.000 x 0,4= 40.000Ações preferências................. 200.000 x 0,4= 80.000

120.000

Page 75: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

75

3.8.Investimento em Ações

3.8.1.2. Ações com valor nominalc) Composição do novo capital social:140.000 ações ordinárias........ R$ 140.000, (100.000, + 40.000,)280.000 ações preferenciais... R$ 280.000, (200.000, + 80.000,)Totais......................................R$ 420.000,d) Composição do novo patrimônio líquido:Capital Social realizado.........R$420.000,Reserva Legal........................R$ 50.000,Reservas Estatutárias.............R$ 20.000,Lucros Acumulados...............R$ 50.000,Total.......................................R$ 540.000,Notas: A ação permaneceu no mesmo valor R$ 1,00; Aumento somente no número de ações.

Page 76: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

76

3.8.Investimento em Ações3.8.1.3. Ações sem valor nominal“Quando a ação não possui valor expresso ou de face, assume um valor capitalizado, que é

obtido através da divisão do Capital Social Realizado pelo número de ações que o compõem”.

Valor Capitalizado da Ação (VCA)VCA = CR / NACR = Capital RealizadoNA = Número de ações que compõe o Capital Social Realizado.Exemplo:a) Patrimônio Líquido:Capital Social Realizado...................... R$ 145.000,Reservas de Capital.............................. R$ 55.000,Reservas de Lucros.............................. R$ 60.000,Lucros Acumulados............................. R$ 40.000,Total..................................................... R$ 300.000,b) Número de ações do capital social realizado – 100.000VCA = 145.000,/100.000 = R$ 1,45Incorporando lucros acumulados de R$ 40.000, o valor do capital socialpassa a ser R4 185.000, e o número de ações constante, ou seja,VCA = R$ 185.000, / 100.000 = R$ 1,85

Page 77: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

77

3.8.Investimento em Ações3.8.1.4. Valor patrimonial da ação“Resulta da divisão do montante do PL pelo número de ações do Capital Social

Realizado”.Valor Patrimonial da Ação (VPA)VCA = PL / NAPL = Patrimônio LíquidoNA = Número de ações que compõe o Capital Social Realizado.Exemplos:VPA = R$ 540.000,/ 420.000, (Composição do novo patrimônio líquido das Ações com

valor nominal/ Composição do capital social)VPA = R$ 1,28

VPA = R$ 300.000,/100.000, (Composição do PL sem valor nominal/ número de ações que compõe o capital realizado)

VPA= 3,003.8.1.5. Valor econômico da ação“É o valor monetário obtido com base na cotação da ação no mercado, valor de patrimônio

líquido ou avaliação de perspectivas de rentabilidade. O Valor Econômico da Ação é a base para fixação de seu preço para lançamento de novas ações no mercado”.

Page 78: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

78

3.8.Investimento em Ações3.8.1.5. Relação Preço/ Lucro“Expressa o número de anos que seriam necessários para

reaver o capital investido numa determinada ação. Assim, quando comparamos P/L de duas ou mais ações o que for menor demonstrará que o investimento poderá retornar ao investidor em menor tempo; logo, o P/L é um indicador de oportunidades de investimento entre alternativas oferecidas.

a) Lucro por ação: LA = LD/NALA = Lucro por açãoLD = Lucro Disponível (antes de distribuição de dividendos)NA = Número de ações do capital realizado

Page 79: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

79

3.8.Investimento em Ações3.8.1.5. Relação Preço/ Lucrob) Relação P/L PL = P ou P LD/NA LA

LA = Lucro por açãoLD = Lucro Disponível (antes de distribuição de

dividendos)NA = Número de ações do capital realizadoP = Preço cotado da ação em Bolsa de Valores

Page 80: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

80

3.8.Investimento em Ações3.8.1.5. Relação Preço/ LucroExemplo:

Ano 19X2 P LD NA

Empresas Preço cotado da ação

Lucro Disponível

No. de ações do capital realizado

ALFA 9,00 2.700.000, 9.000.000,

BETA 12,00 2.400.000, 3.000.000,

GAMA 10,80 5.400.000, 9.000.000,

Page 81: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

81

3.8.Investimento em Ações3.8.1.5. Relação Preço/ LucroLA = LD / NA P/L = P/LA

Alfa = 2.700.000,/ 9.000.000, = 0,30 9,00/0,30 = 30 anos

Beta = 2.400.000,/3.000.000, = 0,80 12,00/0,80 = 15 anos

Gama =5.400.000,/9.000.000, = 0,60 10,80/0,60 = 18 anosConclusões:“A ação de Alfa é mais cara porque o prazo de retorno de investimentos é

maior, ou seja, 30 anos e a ação de Beta, está mais barata, porque o prazo de retorno de investimentos é menor, 15 anos”.

Pregão Recinto de negociação de ações das Bolsas de Valores;Cotação Preço de uma ação negociada no pregão;Bonificação ou ações Bonificadas “Título de conta que registra as ações

recebidas em decorrência do aumento de capital social efetivado pela cia. com o aproveitamento de Reservas e Lucros Acumulados”.

Page 82: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

82

3.9. Política de Dividendos3.9.1. IntroduçãoTeoria de relevância dos investimentos;Teoria de irrelevância de dividendos e;Teoria residual dos dividendos.

Reter ou distribuir lucros?Capacidade de Geração de valor e Riscos de seus ativos?

Franco Modiglian e Merton Miller (1961) precursos Política de Dividendos.

3.9.2. Teoria da relevância dos dividendos“A teoria da relevância dos dividendos defende que, quanto mais

dividendos forem distribuídos pela empresa, maior será o preço de suas ações e menor será o custo do seu capital próprio”.

Page 83: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

83

3.9. Política de Dividendos3.9.2. Teoria da relevância dos dividendosCritérios de MM Nenhuma política ótima de dividendos; A empresa deveria fixar um nível alto de política de

dividendos; Manter o pagamento de dividendos em níveis

baixos, para maximizar o preço das ações. Empresas dependem dos lucros retidos como fonte de

financiamento;“A percentagem distribuída em dinheiro aos acionistas –

reduz os lucros retidos da empresa, uma decisão de dividendos é uma decisão de financiamento”

Page 84: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

84

3.9. Política de Dividendos3.9.2. Teoria da relevância dos dividendosPreferência pelos dividendos ou efeito clientela:“Alguns investidores preferem empresas que tenham uma

política de distribuição e de estabilidade dos dividendos, pois reduzem a incerteza e aumentam o valor das ações. Para estes investidores é importante que a empresa tenha uma política de dividendos compatível com seu perfil”.

Índice de distribuição de dividendos:Dividendos em dinheiro / lucros retidos“Enquanto os projetos de investimento da empresa tiverem retornos

acima do exigido, ela usará os lucros retidos – e tanto endividamento quanto seu capital próprio permitir – para financiar esses projetos. Se a empresa ainda ficar com lucros retidos depois de financiar todas as oportunidades aceitáveis de investimento, estes lucros serão distribuídos pelos acionistas sob a forma de dividendos em dinheiro”

Page 85: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

85

3.9. Política de Dividendos3.9.2. Teoria da relevância dos dividendosÍndice de distribuição de dividendos:Dividendos em dinheiro / lucros retidos“Se não ficar com um saldo de lucros retidos, não haverá

dividendos.Se o número de oportunidades aceitáveis de investimento exigir uma importância total em dinheiro superior ao valor dos lucros retidos mais o endividamento permitido por eles, a empresa financiará a diferença com uma combinação de nova emissão de ações e obrigações preferenciais”.

Dividendos com resíduo passivo:Os dividendos são mais do que um simples meio de distribuir

dividendos ociosos.A política de dividendos deve ser uma variável ativa de decisão.“...os dividendos não vêm ao acaso, de modo que as variações do

índice de distribuição de dividendos não afetam a riqueza dos acionistas”.

Page 86: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

86

3.9. Política de Dividendos3.9.2. Teoria da relevância dos dividendosConteúdo informacional dos dividendos:“Os dividendos podem sinalizar a capacidade de a empresa gerar

caixa, enquanto que a administração diz a respeito das excelentes perspectivas da empresa e de seu potencial de ganhos de capital não é tão claro” MM insistem “o valor é determinado pelos lucros atuais e esperados para o futuro”.“...os dividendos são encarados pelos investidores como indicadores do desempenho futuro da empresa; transmitem as expectativas da administração quanto ao futuro”.

Impostos pagos pelo investidor:“...parece haver uma grande vantagem na retenção de lucros, pois os

ganhos de capital são tributados a uma alíquota muito mais baixa que os dividendos. Atualmente 60% de qualquer ganho de capital realizado pela venda de um título cuja posse tenha sido mantida de no mínimo doze meses é isento do imposto de renda”.

Page 87: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

87

3.9. Política de Dividendos3.9.2. Teoria da relevância dos dividendosCustos de lançamento:“A irrelevância do pagamento de dividendos baseia-se na idéia de

que, de acordo com a política de investimento da empresa, os recursos por ela distribuídos têm que ser substituídos por recursos provenientes de financiamento de terceiros. Para cada dólar de dividendos pagos pela empresa, ela não consegue um dólar líquido de financiamento, depois de deduzidos os custos de lançamento”.

Custos de transação e divisibilidade dos títulos:“Os custos de transação na venda de títulos tendem a limitar o

processo de troca de posições da mesma maneira que o endividamento.Os mercados de capitais perfeitos também partem da premissa de que os títulos sejam divisíveis ad infinitum”.

Page 88: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

88

3.9. Política de Dividendos3.9.2. Teoria da relevância dos dividendosRestrições institucionais:“A lei limita o tipo de ações ordinárias que podem

ser compradas por certos investidores institucionais. No caso de ações ordinárias, o beneficiário tem direito aos dividendos, mas não à receita da venda de ações. Por causa deste dispositivo, o administrador dos investimentos pode sentir-se constrangido a prestar especial atenção à renda de dividendos e procurar ações que paguem bons dividendos”.

Page 89: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

89

3.9. Política de Dividendos3.9.2. Teoria da relevância dos dividendosNota:Segundo Jaffe et al: “ As ações preferenciais

representam capital próprio de uma empresa, mas diferem das ações ordinárias porque possuem prioridade em relação ao pagamento de dividendos e aos ativos da empresa em caso de liquidação. A preferência significa apenas que o titular de ações preferenciais recebe um dividendo (se a empresa tiver funcionando normalmente) antes de que os portadores de ações ordinárias recebam qualquer coisa”.

Page 90: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

90

3.9. Política de Dividendos3.9.2. Teoria da relevância dos dividendosRetornosRetornos Absolutos:“Suponhamos que a Video Concept Company tenha várias

milhares de ações em seu capital e que você seja um de seus acionistas. Suponha-se ainda mais que tenha adquirido algumas das ações dessa empresa no início do ano; chegou-se agora ao final do ano e se quer saber qual foi o desempenho desse investimento...”

Compra de ações= 100Valor da ação= 37,00Investimento= 37 x 100 = R$ 3.700,

Page 91: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

91

3.9. Política de Dividendos3.9.2. Teoria da relevância dos dividendosRetornosRetornos Absolutos:Durante o ano teve um dividendo de R$ 1,85Rendimentos= 1,85 x 100 = R$ 185,00

No final do período, a ação teve um aumento de preços e está em R$ 40,33

Ganho= (40,33 – 37,00) x 100 = R$ 333,00

Retorno total = Dividendo + Ganho de CapitalRetorno de Capital = R$ 185,00 + R$ 333,00= R$ 518,00Volume total de dinheiro = Investimento Inicial + retorno totalVolume total de dinheiro = R$ 3.700,00 + R$ 518,00 = R$ 4.218,00

Page 92: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

92

3.9. Política de Dividendos3.9.2. Teoria da relevância dos dividendosRetornosRetornos Percentuais“Em nosso exemplo, o preço no início do ano era de R$

37,00 e o dividendo pago durante o ano igual a R$ 1,85 por ação”.

Taxa de dividendo = Div t + 1/ Pt= 1,85/ 37,= 0,05 ou 5%

Ganho de capital: P t + 1 – Pt/ Pt (40,33 – 37,00)/ 37,00

9%

Page 93: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

93

3.9. Política de Dividendos3.9.3. Teoria residual dos dividendos“A teoria residual dos dividendos defende que os dividendos pagos pela

empresa seriam o montante remanescente após todas as oportunidades de investimentos aceitáveis terem sido aproveitadas”

“Considera-se que se as necessidades de capital excederem os lucros retidos, nenhum dividendo em dinheiro será pago”

Etapas pela opção: Perfil de oportunidades de investimentos, determinando o nível

ótimo de orçamento de capital; Montante de financiamento com capital próprio necessário para que

a empresa aproveite as oportunidades de investimento aceitáveis, sem alterar a estrutura ótima de capital;

“Se os lucros retidos forem suficientes para satisfazer às exigências do ítem dois, reter os lucros e não distribuir dividendo. Se os lucros retidos forem insuficientes, lançar novas ações. Se forem superiores às necessidades, distribuir como dividendo”.

Page 94: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

94

3.9. Política de Dividendos3.9.3. Teoria residual dos dividendosExemplo: Suponha que a DP Empreendimentos tenha, de

lucros retidos, R$ 3.000.000,00 e possua atualmente as oportunidades de investimentos mostradas a seguir. O custo de capital da empresa para investimentos até R$ 1.500.000,00 é de 14,60% e para investimentos acima deste valor é de 16,84%. Sua estrutura ótima de capital é formada por 70% do capital próprio e 30% do capital de terceiros. Questões a serem respondidas:

Quanto a DP deveria reter? Quanto deveria distribuir como dividendos? Qual seu índice de distribuição de dividendos?

Page 95: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

95

3.9. Política de Dividendos3.9.3. Teoria residual dos dividendos Ítens Programa de Oportunidade de

Investimentos

(1) Oportunidades de investimentos viáveis 2.400.000,00

(2) Lucros retidos 3.000.000,00

(3) Capital Próprio necessário (2.400.000,00 x 65%) 1.560.000,00

(4) Dividendos a serem distribuídos em dinheiro

1.440.000,00

(5) Índice de distribuição de dividendos (4:2)

48%

A DP Empreendimentos deveria reter R$ 1.560.000,00 e Distribuir dividendos no valor de R$ 1.440.000,00 e seu índice de distribuição de dividendos seria de 48%

Page 96: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

96

3.9. Política de Dividendos3.9.3. Teoria residual dos dividendos Passos a serem observados:

Lucros retidos = 3.000.000,00

Oportunidades de investimento:1.500.000, x 14,60% = 219.000,002.000.000, x 16,84% = 336.800,00

O que fazer?1.500.000, + (3.000.000, x 30%) = 3.150.000,00

Obs.: 30% por ser este o valor de capital de terceiros

Oportunidade de Investimento= 1.500.000, + 900.000,=2.400.000,00

Page 97: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

97

4. Análise de Capital de Giro Recursos de uma empresa para

financiar suas necessidades; Os elementos que compõem o AC não costumam

apresentar sincronização temporal equilibrada em seus níveis de atividade. Evidentemente, se as atividades de seus vários elementos ocorressem de forma perfeitamente sincronizada, não haveria necessidade de se manterem recursos aplicados em capital de giro. (NETO & SILVA, 1995, p.15).

Exemplo: * Vendas à vista não necessitam valores a receber

* Sincronização entre produção e vendas, evita estoque de produtos acabados.

Page 98: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

98

4. Análise de Capital de Giro4.1. Ciclo Operacional, Financeiro e Econômico

Imprimir alta rotação (giro); Dinamismo no fluxo de operações; Satisfação das expectativas de retorno das

fontes de financiamentos.

Compra de matéria-prima

Início da fabricação

Fim da fabricação

Venda Recebimento da Venda

Figura 2: Ciclo operacional de empresa industrialFonte: Adaptado de NETO & SILVA, 1995, p.19

Page 99: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

99

4. Análise de Capital de Giro4.1. Ciclo Operacional, Financeiro e Econômico

A duração são determinados pelos prazos: Assim a compra de matérias-primas denota um

prazo de estocagem (PME); a fabricação, o tempo que se despende para transformar os materiais em produtos acabados( PMF) os produtos acabados, o prazo necessário à venda (PMV); e o recebimento, o período de cobrança das vendas realizadas a prazo (PMC). (NETO & SILVA, 1995, p.19)

Page 100: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

100

4. Análise de Capital de Giro4.1. Ciclo Operacional, Financeiro e Econômico

Tempo médio decorrido desde a compra de matéria-prima até o momento do recebimento do valor da venda=

PME + PMF+ PMV+ PMCE= estocagem; F= fabricação; V=venda; C=cobrança.

Obs.: Quanto mais longo se apresentar este período, maior será, a necessidade de financiamento para o giro da empresa.

Page 101: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

101

4. Análise de Capital de Giro Ciclo Operacional

Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – PMPF – PMDD

Ciclo Econômico = Ciclo Operacional – PMC

PMDF = Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores;PMDD= Prazo Médio de Desconto de Duplicatas

Page 102: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

102

4. Análise de Capital de GiroDecisões financeiras risco e retorno

Equilíbrio financeiro obrigações financeiras lastreadas em ativos com prazos similares

Abrangência do fluxo de caixa

4.2. Análise e Dimensionamento dos Investimentos em Capital de Giro

Necessidade de Investimento em Capital de Giro (NIG) = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional

Page 103: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

103

4. Análise de Capital de Giro Por outro lado, a necessidade de investimentos em

capital de giro pode também ser negativa, evidenciando-se neste caso um excesso de funcionamento – fontes operacionais de fundos – em relação aos investimentos operacionais em circulante. Esta situação denota, de maneira inversa, que os passivos de funcionamento se encontram financiando não somente os ativos circulantes operacionais, mas também outros elementos do ativo. É o caso, por exemplo, de uma empresa que adquire uma mercadoria para pagamentos em 40 dias, e a vende – e recebe – em 25 dias, direcionando os recursos levantados para fora do âmbito do circulante. (NETO & SILVA, 1995, p.56).

Page 104: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

104

4. Análise de Capital de GiroNTFP=NIG + Investimento Permanente

NTFP = Necessidade total de financiamento permanenteNIG = Necessidade de Investimento em capital de giroInvestimento Permanente = AP + ARLP

Saldo de Disponível (SD) = Passivo Permanente – NTFPPassivo Permanente = Exigibilidades a longo prazo + PL Ocorrendo de o total dos passivos permanentes superar a

NTFP, conclui-se que a empresa mantém um saldo disponível – SD – positivo, ou seja, há sobras de recursos financeiros disponíveis para aplicações diversas. Caso contrário, quando a NTFP for maior que os passivos permanentes, o SD é negativo, indicando que a empresa esta financiando parte de suas necessidades de longo prazo (permanentes) com fundos vencíveis a curto prazo, denotando maior dependência financeira pela renovação destas dívidas. (NETO & SILVA, 1995, p.56).

Page 105: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

105

4. Análise de Capital de Giro4.3 Necessidade de Investimento em Capital de Giro Capital de Giro (Circulante) Líquido = NIG + SD

Cálculo de Necessidade de Investimento em Capital de Giro a partir do Ciclo Financeiro

NIG = (PME + PMF+ PMV + PMC) – (PMPF + PMPD)

Prazo Médio de Estocagem das Matérias-primas – PMEPME = Matéria-prima x 120 = 30 dias

Consumo de matéria-primaPME = 400 x 120

1.600

Page 106: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

106

4. Análise de Capital de GiroPrazo Médio de Fabricação – PMF = 12,0 dias

PMF = Produto em processo x 120 = 12 diasCusto dos produtos elaborados

PMF = 700 x 1207.000

Prazo Médio de Venda– PMVPMV = Produtos acabados x 120 = 18 dias

Custo do produto vendidoPME = 1050 x 120

7.000

Prazo Médio de Cobrança – PMC = 60,0 diasPMC = Duplicatas a receber x 120 = 60 dias

VendasPME = 7.500 x 120

15.000

Page 107: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

107

4. Análise de Capital de GiroPrazo Médio de Pagamento a Fornecedores – PMPF =

80,0 diasPMPF = Fornecedores a pagar x 120 = 80,0 dias

ComprasPMPF = 4.000 x 120

6.000

Prazo Médio de Pagamento de Despesas Operacionais– PMPD = 20,0 dias

PMPD = Despesas a pagar x 120 = 20,0 diasDespesas incorridasPMDF = 400 x 120

2.400

Page 108: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

108

4. Análise de Capital de Giro Pelo ciclo financeiro é demonstrado que nos primeiros 30

dias a empresa investe em matéria-prima, ou seja, mantém estes materiais estocados por um mês à espera de serem futuramente consumidos pela produção. A partir do 30o dia, a Cia. aplica recursos por mais 12 dias no processo de produção. Do 42o dia até o 60o dia, a empresa investe recursos nos produtos acabados, os quais permanecem estocados em média 18 dias antes de serem vendidos. A partir do 60o, mais investimentos são demandados visando cobrir os 60 dias de prazo de pagamento concedido a seus clientes.

(NETO & SILVA, 1995, p.69).

A empresa se financia por 80 dias; representando o PMPF;

Ciclo financeiro= 120 – 80 = 40 dias

Page 109: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

109

4. Análise de Capital de Giro

R$ Dias

Duplicatas a ReceberEstoques:Matérias-primasProdutos em processoProdutos acabadosAtivo Circulante OperacionalFornecedoresDespesas a PagarPassivo Circulante OperacionalNecessidade de Investimento em Giro NIG):

7.500

400700

1.0509.6504.000

4004.4005.250

60,0

30,012,018,0

120,080,020,0

100,020,0

Page 110: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

110

4. Análise de Capital de Giro

NLCDG = ACO - PCO

T = ACF - PCF

LP = EXLP - RLP

CDG = PL- AP

TSF (%) = Tesouraria x 100

NLCDG

Necessidade Líquida de Capital de Giro

Tesouraria

Longo Prazo

Capital de Giro Próprio

Termômetro da Situação Financeira

Page 111: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

111

5. Análise de Alternativas de Investimentos5.1. Alavancagem Operacional“...Efeito desproporcional entre a força efetuada

numa ponta (atividade de produção) e força obtida ou resultante na outra (a do lucro).

Exemplo:Força no nível de atividade = incremento da

produção na ordem de 50%;Força obtida ou resultante = incremento de 250% no

lucro.GAO = Percentagem de variação no lucro/

Percentagem de variação no volumeGAO = 250/ 50 = 5

Page 112: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

112

5. Análise de Alternativas de Investimentos5.1. Alavancagem Operacional5.1.1. Relação entre o G.A.0. E o Ponto de

Equilíbrio“Quanto maior for o volume de produção e

quanto mais distante a empresa estiver de seu ponto de equilíbrio, menor será seu grau de alavancagem operacional, pois a variação (acréscimo ou redução) no volume de produção provocará menor impacto no percentual de lucro”.

Page 113: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

113

5. Análise de Alternativas de Investimentos5.1. Alavancagem Operacional5.1.1. Relação entre o G.A.0. E o Ponto de

EquilíbrioExemplo:

a) Preço de venda unitário.............R$ 35,00b) Custos e despesas fixas...............R$3.000.000,c) Custos e despesas variáveis........R$ 25,00d) Ponto de Equilíbrio................300.000 unidadese) Nível real de produção...........400.000 unidades

Page 114: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

114

5. Análise de Alternativas de Investimentos5.1. Alavancagem Operacional5.1.1. Relação entre o G.A.0. E o Ponto de EquilíbrioCálculos:Preço de Venda................................R$ 35,00( - ) Custos e Despesas Variáveis....R$ 25,00( =) Margem de Contribuição.........R$ 10,00Ponto de Equilíbrio....................300.000 unidades( x ) Margem de Contribuição........R$ 10,00( = ) Custos e Despesas Fixas...R$ 3.000.000,

Page 115: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

115

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.1. Alavancagem Operacional5.1.1. Relação entre o G.A.0. E o Ponto deEquilíbrioConclusões: “As primeiras 300.000 unidades servem para cobrir os

custos e despesas fixas; Nas 100.000 unidades adicionais (400.000 - 300.000), há

uma margem de contribuição de R$ 10,00 por unidade; Nível de Lucro na produção de 400 unidades: 100

unidades x R$ 10,00 = R$ 1.000.000,”

Page 116: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

116

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.1. Alavancagem Operacional5.1.1. Relação entre o G.A.0. E o Ponto deEquilíbrio5.1.1.1. Variação na Produção – Aumento da ProduçãoSe a produção aumentar em 200.000 unidades (50%),

passando a empresa a produzir 600.000 unidades (400.000, + 200.000,) e mantendo-se os demais valores, haverá um lucro nas unidades acima do ponto de equilíbrio da ordem de R$ 3.000.000,00 R$ 10,00 x (600.000 - 300.000).

Page 117: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

117

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.1. Alavancagem Operacional5.1.1. Relação entre o G.A.0. E o Ponto deEquilíbrio5.1.1.1. Variação na Produção – Aumento da Produção600.000 unidades x R$ 35,00......R$ 21.000.000,( - ) Custos e Despesas Fixas...... ( 3.000.000,)( - ) Custos e Despesas Variáveis

600.000 unidades x R$ 25,00.. (15.000.000,)( = ) Lucro.................................... 3.000.000,

Page 118: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

118

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.1. Alavancagem Operacional5.1.1. Relação entre o G.A.0. E o Ponto deEquilíbrioNota:O aumento de 50% na produção provocou aumento de

200% no lucro, ou seja, de R$ 1.000.000,00 para R$ 3.000.000,00.

Grau de Alavancagem OperacionalGAO = % lucro/ % produção = 200%/50% = 4O aumento na produção de 50% provocou aumento no

lucro de 200% (50% x 4)

Page 119: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

119

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.1. Alavancagem Operacional5.1.1. Relação entre o G.A.0. E o Ponto deEquilíbrioDiminuição da Produção1. “Se ocorrer uma diminuição no volume de produção na ordem de

10%, haverá uma perda de 40% (10% x 4), no lucro da Cia.”.Exemplo:A produção sendo de 360.000 unidades(redução de 10% na

produção), a empresa terá um lucro de R$ 600.000,00

Lucro antes da Redução R$ 1.000.000,

( - ) Redução de 10%

( x ) GAO 4

( x ) Lucro R$ 1.000.000,00 (R$ 400.000,00)

( = ) Novo Lucro R$ 600.000,00

Page 120: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

120

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.1. Alavancagem Operacional5.1.1. Relação entre o G.A.0. E o Ponto deEquilíbrio2. “Se a produção passar para 432.000 unidades (20% de aumento em

relação ao primeiro exemplo), a empresa passará a ter um lucro de R$ 1.320.000,00 ( aumento correspondente a 120% sobre os R$ 600.000,00). Ao nível de 360.000 unidades(Primeiro exemplo), a alavancagem será:

GAO = % Lucro / %Volume = 120%/20% = 6

3. “Quanto mais distante a empresa estiver de seu ponto de equilíbrio, menor será o seu grau de alavancagem operacional, pois o impacto percentual da variação (redução ou aumento na produção), sobre o lucro, será menor.

Ponto de Equilíbrio 300.000 unidadesProdução de 360.000 unidades GAO = 6Produção de 600.000 unidades GAO = 4

Page 121: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

121

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.1. Alavancagem Operacional5.1.1. Relação entre o G.A.0. E o Ponto deEquilíbrioNotas:“1. Trabalhando cada vez acima do ponto de equilíbrio,

tanto o GAO quanto o risco de gerar prejuízos tendem ser menores;

2. Quanto maior for GAO, mais próximos estaremos do ponto de equilíbrio, com altos riscos de melhorar ou piorar o resultado segundo aumento ou redução no volume de produção”.

Page 122: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

122

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.2. Alavancagem Financeira“Representa a diferença entre a obtenção de recursos de terceiros

a um determinado custo e a aplicação desses recursos no ativo da empresa a uma determinada taxa; essa diferença (para mais ou para menos) provoca alteração na taxa de retorno sobre o patrimônio líquido”

Exemplo:“A empresa PVSN Comercial Exportadora S/A recorre a terceiros

para financiar o seu ativo, enquanto que a Cia. SDN utiliza apenas capital próprio para financiar o investimento no seu ativo. Os dados para análise constam das hipóteses abaixo”.

Page 123: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

123

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.2. Alavancagem FinanceiraHipótese 1: Custo do financiamento (40%) é

igual à taxa de retorno sobre o Ativo (40%) Elementos PVSN S/A Cia. SDN

AtivoPassivo ExigívelPatrimônio Líquido

2.0001.0001.000

2.000-

2.000

Lucro antes dos jurosJuros PassivosLucro depois dos juros

800400400

800-

800

“Conclusão: O retorno sobre o valor do patrimônio líquido é idêntico, 40%; não houve transferência aos proprietáriosdo custo do financiamento”.

Page 124: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

124

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.2. Alavancagem FinanceiraHipótese 2: Custo do financiamento (30%) é

inferior à taxa de retorno sobre o Ativo (40%)Elementos PVSN S/A Cia. SDN

AtivoPassivo ExigívelPatrimônio Líquido

2.0001.0001.000

2.000-

2.000

Lucro antes dos jurosJuros PassivosLucro depois dos juros

800300500

800-

800

“Conclusão: O retorno sobre o valor do patrimônio líquido da empresa PVSN S/A é de 50%; enquanto que o da Cia. SDN é de 40%, a empresa PVSN S/A obteve 10 pontos percentuais a mais de rentabilidade que a Cia. SDN, pelo uso do capital de terceiros (financiamento)”.

Page 125: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

125

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.2. Alavancagem FinanceiraHipótese 3: Custo do financiamento (50%) superior à

taxa de retorno sobre o Ativo (40%)Elementos PVSN S/A Cia. SDN

AtivoPassivo ExigívelPatrimônio Líquido

2.0001.0001.000

2.000-

2.000

Lucro antes dos jurosJuros PassivosLucro depois dos juros

800500300

800-

800

“Conclusão: O retorno sobre o valor do patrimônio líquido da empresa PVSN S/A é de 30%; enquanto que o da Cia. SDN é de 40%, a empresa PVSN S/A obteve 10 pontos percentuais a menos de rentabilidade que a Cia. SDN, pelo uso do capital de terceiros (financiamento)”.

Page 126: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

126

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.2. Alavancagem Financeira

Comparações: “Caso a taxa de financiamento de recursos obtidos pelo empréstimo seja inferior à taxa de retorno pelo emprego e giro dos recursos no ativo, o endividamento beneficia os acionistas.Se as taxas forem as mesmas, o resultado do endividamento é neutro”.

5.2.1. Fórmula

GAF = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido MédioLucro Líquido + Despesas Financeiras /

Ativo Total Médio

GAF= LLE/PLM x ATM/ LLE +DF

Page 127: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

127

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.2. Alavancagem Financeira

LLE= Lucro Líquido do ExercícioPLM = Patrimônio Líquido MédioATM = Ativo Total MédioDF = Despesas Financeiras

Pode calcular o GAF sobre o Ativo e Patrimônio Líquido (PL)iniciais e finais, porém a média reflete melhor a realidade.

Dados em 31.12.X3 Valores em R$

Ativo no início do Período (31.12.X2) 200.000,00

Ativo no final do período (31.12.X3) 400.000,00

PL no início do período (31.12.X2) 100.000,00

PL no final do período (31.12.X3) 240.000,00

Lucro Líquido do Exercício em 19X3 40.000,00

Despesas Financeiras em 19X3 10.000,00

Page 128: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

128

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.2. Alavancagem Financeira

Cálculos:

ATM = 200.000,00 + 400.000,00/2 =R$ 300.000,00

PLM = 100.000,00 + 240.000,00/2 = R$ 170.000,00

LLE + DF = 40.000,00 + 10.000,00 = R$ 50.000,00

GAF = 40.000,00/170.000,00 x 300.000,00/50.000,00 = 0,235 x 6 = 1,41.

Page 129: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

129

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.2. Alavancagem Financeira

Dados em 31.12.X4 Valores em R$

Ativo no início do Período (31.12.X3) 400.000,00

Ativo no final do período (31.12.X4) 720.000,00

PL no início do período (31.12.X3) 240.000,00

PL no final do período (31.12.X4) 260.000,00

Lucro Líquido do Exercício em 19X3 50.000,00

Despesas Financeiras em 19X3 20.000,00

GAF= LLE/PLM x ATM/ LLE +DF50.000,00/ 250.000,00 x 560.000,00/ 70.000,00 0,20 x 8 = 1,60Nota: “O GAF em 31.12.X4, é maior que o do ano anterior, 31.12.X3, nesse caso o benefício aos proprietários foi prolongado e acentuado, devido à política de endividamento anteriormente adotada”.

Page 130: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

130

5. Análise de Alternativas de Investimentos

5.2. Alavancagem Financeira

Conclusões:“O GAF representa o retorno sobre o patrimônio líquido obtido com a combinação de recursos de terceiros e próprios. Essa combinação deverá ser comparada com o retorno que seria obtido se a empresa utilizar apenas recursos próprios.Se o grau de alavancagem financeira é maior que 1, o endividamento provoca efeito de alavanca sobre o lucro, ou seja, puxa para cima a taxa de retorno dos proprietários”.

Page 131: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

131

5. Análise de Alternativas de Investimentos5.3. Apêndice Matemático – GAO e o Ponto de Equilíbrio da

Empresa

Pv = Preço unitário de venda do produtoCvu = Custo variável unitário (constante na faixa de produção

considerada)MCu = Margem de contribuição unitária (Pv – Cvu)L = Lucro antes dos tributosQ1 = Quantidade produzida inicialmenteQ2 = Quantidade após o aumento do nível de produção

GAO = Q1 . MCu / Q1. Mcu – CF

Page 132: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

132

6. Correção Monetária das Demonstrações Financeiras e Correção Integral

6.1. Fatos geradores ocorridos a partir de 01.01.96“A Lei no 9.249/95, em seu artigo 4o, revogou a sistemática de

correção monetária das demonstrações financeiras, inclusive para fins societários. A última correção monetária ocorreu em 31.12.95, tomando-se por base o valor da UFIR vigente em 01.01.96, que correspondeu a R$ 0,8287. A Receita Federal continuou a divulgar os valores da UFIR (em 1996, semestral e em 1997, anual), entretanto eles não são mais utilizados para fins de correção monetária societária”.

Reavaliação do Ativo Permanente com pessoas especializadas

Page 133: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

133

7. Resultados de Investimentos no Exterior7.1. Tributação até 31.12.1995“Os lucros, rendimentos e ganhos de capital, provenientes de atividades

exercidas no exterior, por pessoa jurídica domiciliada no país não eram tributados pelo Imposto de Renda, até 31.12.1995, por força do disposto no art. 337 do Regulamento do IR aprovado pelo Decreto-lei no 1.041/94 (RIR/94)”.

7.2. Tributação a partir de 01.01.1996“O objetivo dessa modificação, conforme exposição de motivos do Poder

Executivo na remessa do anteprojeto de lei ao Congresso Nacional, foi impedir a evasão fiscal praticada por algumas empresas brasileiras, que concentravam suas atividades em filiais, sucursais, coligadas ou controladas sediadas em países denominados paraísos fiscais”.

Países em que a carga tributária é ínfima ou inexistente

Page 134: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

134

7. Resultados de Investimentos no ExteriorOs resultados positivos provenientes do exterior serão computados

na determinação do lucro real da pessoa jurídica:

a) integralmente, quando se tratar de rendimentos ou ganhos de capital ou de lucros apurados por filial ou sucursal; proporcionalmente a sua participação no capital social, quando auferidos através de controladas ou coligadas;

b) de forma individualizada por controlada ou coligada, vedada a consolidação de valores, ainda que todos estejam localizados em um mesmo país;

c) de forma consolidada por país, caso se trate de lucros auferidos por filiais e sucursais e matriz indique uma delas como entidade líder;

Page 135: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

135

7. Resultados de Investimentos no ExteriorOs resultados positivos provenientes do exterior serão computados

na determinação do lucro real da pessoa jurídica:d) consideradas pelos seus valores antes de descontado o imposto

cobrado no país de origem;e) mesmo que sejam auferidos por intermédio de outra pessoa

jurídica sediada no exterior, da qual participe a filial, sucursal, coligada ou controlada, ainda que indiretamente; nesse caso, os resultados serão consolidados no balanço da entidade que detenha a participação societária;

f) em se tratando de lucros, através da adição ao lucro líquido do período-base, na parte A do LALUR, correspondente ao balanço levantado em 31 de dezembro do ano-calendário em que tiverem sido disponibilizados no exterior;

Page 136: 1 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Sócio-Econômico Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Análise Demonstrações Contábeis Professora:

136

7. Resultados de Investimentos no ExteriorOs resultados positivos provenientes do exterior serão

computados na determinação do lucro real da pessoa jurídica:

g) em se tratando de rendimentos e ganhos de capital auferidos diretamente no exterior, através de sua integração aos resultados da pessoa jurídica;

h) os resultados decorrentes de aplicações financeiras no exterior, inclusive os decorrentes de operações de cobertura (hedge) em mercado de liquidação futura podem ser consolidados por país de origem, para esse fim.