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100 questoes com pegadinhas

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100 Questões com100 Questões com100 Questões com100 Questões com100 Questões comPegadinhasPegadinhasPegadinhasPegadinhasPegadinhas

do banco de dados da PegaNews!

por Eric Savanda

www.facebook.com/pegadinhasdeconcursos

Este ebook está sendo oferecido como brinde para osassinantes que fizeram download do meu Manual das

Pegadinhas entre janeiro e abril de 2014 ou que já eram assinantes da PegaNews! e aceitaram se recadastrar para

continuar a receber as nossas mensagens.

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AgradecimentosEric Savanda

Prezado Colaborador ou Colaboradora:

Este ebook é uma compilação revisada de 100 análises de questões com pegadinhasque foram publicadas na minha newsletter, a PegaNews! desde a sua primeiraedição em dezembro de 2009.

Está sendo enviado a você em reconhecimento pela sua atitude solidária. Ao se darao trabalho de colaborar com a nossa campanha, cujo objetivo é o de financiar oprojeto e a criação de um site interativo que possibilite aos concurseiros conhecer etreinar melhor a habilidade de identificar e solucionar questões de concursos queapresentam pegadinhas, você fez por merecê-lo e aqui ele está. Aproveite!

Nós da PegaNews! gostaríamos de poder oferecer isso a todos sem cobrar nada,mas isso seria uma proposta absolutamente fora da realidade. Então, inspirados noformato de outros sites sérios voltados à preparação para concursos que fornecemgratuitamente conteúdo de qualidade, mas dão aos assinantes a opção de pagar umapequena taxa e assim garantir as despesas com a manutenção, resolvemos adotaressa filosofia e criar algo semelhante, só que voltado ao estudo das questões compegadinhas. E a sua colaboração é que está nos ajudando a atingir esse objetivo.

PARTE I

A primeira parte contém 50 questões analisadas que também farão parte de um outroebook que futuramente pretentemos criar e distribuir gratuitamente na web com ointuito de divulgar a Análise de Pegadinhas.

PARTE II

A segunda parte contém mais 50 questões analisadas e é exclusivamente destinadaa quem colaborou com a nossa campanha, mesmo que tenha sido com o valor deR$5,00 que é o mínimo exigido pela empresa que processa as contribuiçõesefetuadas. É por isso que ele só pode ser aberto usando a sua senha individual.

É claro que não tenho como impedir que você, se quiser, copie e distribua esteebook e a sua senha individual pela Internet. Mas observe que aí ele deixará de seralgo conquistado pelo seu merecimento por haver nos ajudado. Afinal, se qualquerum pudesse obtê-lo tão facilmente, que sentido teria a sua colaboração?

do Sitedo Sitedo Sitedo Sitedo Site

O ProjetoO Projeto

PPPPPor que eu digo que este ebook que vocêacaba de baixar é EXCLISIVO?

Porque ele até hoje só foi oferecido aosdezenove colaboradores que tentaram meauxiliar há três anos atrás quando eu estavatentando levantar dinheiro para conseguircomprar a minha “alforria” para a liberaçãodos direitos de publicação dos meus primei-ros livros que legalmente pertenciam pelaminha antiga editora pelo prazo de três anos.

Fiz uma campanha online e esses dezenoveamigos que eu não conhecia pessoalmentemas que se solidarizaram comigo colabora-ram com dinheiro para que eu conseguisselevantar os fundos suficientes para pagaraquela “indenização” que na época era de 0mil reais.

Não consegui na época, obter esses fundos,mas como forma de agradecimento compuseste ebook com as 100 primeiras análises dequestões com pegadinhas publicadas naminha newsletter, a PegaNews! que naépoca já tinha quase 5 mil assinantes.

Até hoje apenas aquelas dezenove pessoasganharam uma cópia deste ebook. Ele foifeito para ser exclusivo para todos querealizassem algum esforço para colaborarcomigo.

Porque estou liberando este ebook exclusivopara mais 1019 pessoas?

Simplesmente porque uma parte desses 1019interessados nas minhas análises ou já eramassinantes da antiga PegaNews! ou secadastraram nos últimos quatro meses parabaixar o meu ebook e receber dicas depegadinhas através de um sistema de entregade emails muito fraquinho que eu haviapassado a utilizar pois a alta do dólar tornouinviável continuar publicando a PegaNews! eenviá-las para a lista de assinantes.

E agora pedi a você que MAIS UMA VEZse recadastre na minha nova lista DEFINITI-VA através da qual você poderá receberminhas mensagens e brindes como esteebook. Você topou e por isso está com elediante da sua tela! Meu muito obrigado!

Clique nas figuras para conhecer os meus novos livros de pegadinhas

Page 3: 100 questoes com pegadinhas

SSSSSuponho que grande parte das pessoas queestá lendo este ebook já conhece bem oupelo menos tenha alguma noção do que sejaa AP, ou Análise de Pegadinhas.

Mas sempre haverá aqueles para quem aideia ainda é novidade ou cujo conhecimentosobre o tema é ainda superficial. Se for oseu caso sugiro que continue lendo estacoluna. Caso contrário, isto é, se já estiverfamiliarizado com as análises de questõesde provas sob a ótica da AP, esta leitura éperfeitamente dispensável.

A Análise de Pegadinhas foi criada por mim,meio por acaso como resultado de umprocesso de aprendizagem e estudo paraconcursos públicos e de algumas felizescoincidências, como por exemplo, o fato de

eu ter descoberto um maravilhoso e infeliz-mente falecido professor de RaciocínioLógico, matéria na qual eu tinha imensadificuldade e achava que jamais conseguiriaaprender chamado Enrique Rocha.

Na época eu colecionava questões compegadinhas no meu computador, pois tinhaconsciência de que se todos os candidatosbem preparados tinham condição de passar,a vitória seria daqueles que conseguissemmanter um estado emocional detranquilidade no momento das provas e quenão se deixassem enganar pelas armadilhasexistentes em algumas questões.

Eu já havia percebido também, depois deanalisar centenas de questões compegadinhas que havia determinados elemen-tos nesse tipo de questão que estavamausentes nas demais, isto é, naquelas quenão tinham nenhum tipo de cilada.

Mas o “pulo do gato” veio quando percebique a abordagem do Prof. Enrique Rochapara tornar fácil o entendimento das ques-tões de Raciocínio Lógico, a classificaçãodos tipos de questão, poderia também seraplicada às questões com armadilhas. E foiassim que nasceu a Análise de Pegadinhas.

100 Questoescom Pegadinhas

Direito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONAL

PDC- 01Fonte: AGENTE DA PF/2000 (CESPE)

Julgue o item a seguir, relativo à Constituição de República:

Por ser o chefe do governo federal, compete ao presidente da República sancionarou vetar projetos de lei aprovados pelo Congresso Nacional, nomear ministros deEstado, editar medidas provisórias, declarar guerra e representar o Brasil nasrelações com Estados estrangeiros.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha?

E então? Você acha que este conjunto de afirmações está certo ou errado?

Embora o enunciado da questão não reproduza literalmente o texto do artigo 84 daConstituição Federal que trata das competências privativas do Presidente daRepública, todas as atribuições acima descritas realmente são exclusivas dele. Aafirmativa deve estar correta, certo?

Nem tanto! Há um pequeno detalhe que provavelmente passou despercebido pelamaioria dos concursandos que cairam nesta pegadinha. Explico:

Para julgar corretamente a questão, o candidato precisa conhecer bem as diferen-ças existentes entre Presidencialismo e Parlamentarismo. Neste último há umaclara diferenciação entre as figuras do Chefe de Estado e do Chefe do Governo. OChefe de Estado, que pode ser o rei ou o presidente, não governa. Sua funçao éapenas representar o país nas relações com outros Estados.

Por outro lado, o Chefe do Governo, que no sistema parlamentarista é o PrimeiroMinistro, é o líder do partido ou coligação majoritários. É ele quem de fato exerce opoder executivo. No sistema presidencialista as duas funções confundem-se namesma pessoa. De posse dessas informações podemos agora analisar melhor oenunciado da questão.

Ao nomear ministros, sancionar ou vetar projetos de lei ou editar medidas provisóri-as o presidente da República está agindo como chefe do Governo. Mas ao repre-sentar o Brasil nas relações com Estados estrangeiros ele age na condição dechefe de Estado. Embora concentradas no mesmo indivíduo as duas funções nãose confundem.

Ao iniciar o enunciado com a expressão "Por ser o chefe do governo federal" aquestão estabelece nexo de causalidade entre todas as competências descritas eo fato do presidente ser o Chefe do Governo. No entanto, a competência de repre-sentar o Brasil não se deve a isso, mas ao fato dele ser também Chefe do Estado.

Resposta: [FALSA]

Uma pegadinha de detalhe como essa pode eliminar milhares de candidatos!

A Análise de PeA Análise de PeA Análise de PeA Análise de PeA Análise de Pegggggadinadinadinadinadinhashashashashas

~

Eric Savanda
Nota
Infelizmente o meu amigo Enrique Rocha que fez o prefácio do meu livro sobre pegadinhas faleceu de ataque fulminante há algum tempo.
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CCCCConheça alguns dos termos habitualmenteutilizados pela Análise de Pegadinhas.

Relatividade da PegadinhaO conceito de relatividade significa que umaquestão pode apresentar uma armadilhapara um determinado tipo de candidato e aomesmo tempo ser muito fácil de ser resolvi-da por outro.

Alvo da PegadinhaÉ um dado tipo de candidato que reúnecertas características que tornam maior aprobabilidade de que ele venha cair napegadinha.

Uma mesma pessoa também pode emdeterminado momento ser um alvo e emoutro não. Por exemplo, um candidato podeestar tranquilo no início da prova e concen-trar-se facilmente. Porém no final, ao verque o tempo parece insuficiente, ficarnervoso e deixar de prestar atenção acertos detalhes do enunciado e por isso cairna armadilha.

Candidato Bem PreparadoConceito importante para a AP. Refere-seao candidato que estudou e se organizou deuma forma adequada, conhece muito bem amatéria e reúne todas as condições para terum excelente desempenho.

Não basta conhecer bem o conteúdo. Aideia de estar bem preparado inclui apreparação emocional. Um candidato queconheça muito bem todo o conteúdo exigidopelo edital, mas que fica ansioso ou angusti-ado na hora da prova não é consideradopela AP como bem preparado.

Subjetividade do CandidatoA subjetividade do candidato, suas crenças,valores, seu senso comum, contexto culturale mesmo o seu estado emocional, podem terum papel importante na escolha de determi-nada linha de raciocínio que o direcionará nadireção da resposta correta ou ao contráriopode afastá-lo dela. A AP é o único métodode análise de questões de concursos queleva em consideração a subjetividade docandidato, porque ela pode ser importantepara fazê-lo cair em uma pegadinha.

com Pegadinhas

Direito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONAL

PDC-02Fonte: SERVIDOR DO MP/PB - 2007 (COPERVE)

O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União, nos Municípios localiza-dos em Território Federal, EXCETO quando:

(A) a dívida flutuante deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por três anosconsecutivos

(B) as devidas contas não forem prestadas, conforme resolução do Tribunal deContas

(C) o mínimo exigido da receita municipal, na manutenção e desenvolvimento doensino e nas ações e serviços públicos de saúde, não tiver sido aplicado

(D) o Tribunal de Justiça der provimento a representação, para assegurar a obser-vância de princípios indicados na Constituição Federal ou para prover a execuçãode lei federal, de ordem judicial ou de decisão administrativa

(E) uma invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra tiverocorrido

Tipo: [VÁRIOS]

Onde está a pegadinha?

Aqui temos um verdadeiro cipoal de pegadinhas incrustradas nas várias opções derespostas.

A alternativa (A) é incorreta. É a partir de dois e não de três anos consecutivos sempagar a dívida fundada que a intervenção é autorizada pela lei.

Temos aí uma pegadinha de Prazo [PRZ].

A alternativa (B) também tenta induzir ao erro ao confundir duas espéciesnormativas distintas, pois é mediante lei e não via resolução que se disciplina aprestação de contas pelo Tribunal de Contas. É uma pegadinha de detalhe [DET]que usa a proximidade semântica entre o termo incorretamente citado e o corretoque deveria ter sido usado que não aparece na questão.

A alternativa (D) tem uma pegadinha de detalhe extremamente maliciosa, daquelasem que a afirmação reproduz a letra da lei com uma sutil modificação que noentanto altera totalmente o sentido da afirmação. No caso, o Tribunal de Justiça dáprovimento à representação para assegurar a observância de princípios indicadosna Constituição Estadual e não na Constituição Federal como é afirmado.

O texto do Art.35 da Carta Magna, abaixo reproduzido, é suficiente para esclarecertodas as alternativas e acabar definitivamente com essa "farra" de pegadinhas:

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem aUnião nos Municípios localizados em Território Federal,exceto quando:

I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por doisanos consecutivos, a dívida fundada;

II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;

Conheca os conceitos e a terminologia daConheca os conceitos e a terminologia daConheca os conceitos e a terminologia daConheca os conceitos e a terminologia daConheca os conceitos e a terminologia daAnalise de PegadinhasAnalise de PegadinhasAnalise de PegadinhasAnalise de PegadinhasAnalise de Pegadinhas

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Linha de Raciocínio Equivocada (LRE)Da mesma forma que a ideia de relatividadeda pegadinha encontra-se relacionada a dealvo; o conceito de subjetividade do candi-dato relaciona-se com o de Linha de Racio-cínio Equivocada.

A LRE é uma ferramenta heurística empre-gada pelo analista de pegadinhas para tentarreconstruir o processo lógico subjetivodesencadeado no candidato pela pegadinhae que o direcionou para um conclusãoequivocada, que por sua vez o fez decidir-sepor uma resposta incorreta.

Pegadinha “do Bem”Em princípio o que define uma pegadinha éa intenção consciente ou não da parte dequem a elaborou, de dificultar a tarefa docandidato em chegar à resposta correta.

No entanto, existem algumas questõesestruturadas de modo contrário. Isto é, emvez de incluirem elementos que dificultamachar a resposta correta, incluem outros quefacilitam isso para o candidato devidamenteatento a eles. Este conceito também encon-tra-se estreitamente relacionado a um outroda A.P.: O de Indicadores de Exclusão.

Indicador de ExclusãoUma palavra, locução ou expressão quesugere que algo que foi afirmado no enunci-ado ou nas opções de resposta não admitenenhuma exceção. Como em nossoordenamento jurídico a não existência deexceções é muito rara, embora exista, apresença de um Indicador de Exclusão é umforte indício de que o que está sendo afir-mado é falso.

Indicadores de Exclusão comuns são:nunca, somente, apenas, sem exceção, emnenhuma hipótese, jamais, não admite outroe quaisquer outras expressões semelhantes.

Embora não seja exatamente um “tipo” depegadinha, o Indicador de Exclusão tambémpossui um código de identificação: [IEX+].

Indicador de InclusãoTem a função oposta, isto é, indica quePODE haver exceções a uma determinadaafirmação. Como essa é a regra, a suapresença só sugere que uma opção podeestar correta se houver indicadores deexclusão em outras. Isoladamente não é umindicador muito confiável.

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Direito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONAL

III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receitamunicipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nasações e serviços públicos de saúde;(Redação incluída pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representaçãopara assegurar a observância de princípios indicados na Cons-tituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordemou de decisão judicial.

Resposta: (C)

PDA-03Fonte: GESTOR FAZENDÁRIO / MG - 2007 (ESAF)

Assinale a opção correta:

(A) o Estado-membro não pode recusar fé aos documentos que ele próprio expediu,mas pode recusá-la aos documentos públicos produzidos nos Municípios

(B) dada a autonomia dos Municípios, o Estado-membro não participa dos fenôme-nos da fusão e do desmembramento dessas pessoas jurídicas de direito público

(C) somente por emenda à Constituição Federal é possível desmembrar um Estado-membro, para a criação de um novo Estado integrante da Federação

(D) a guarda da Constituição Federal é matéria da competência comum da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

(E) o Estado-membro não pode prever na sua Constituição a possibilidade de oGovernador do Estado editar medidas provisórias

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha?

Que pegadinha malvada! Afinal quem já ouviu dizer que o governador do Estado tal,baixou uma série de medidas provisórias que estão trancando a pauta da Assem-bléia Legislativa? Para o senso comum parece algo absurdo não é mesmo? Noentanto, por incrível que pareça, de acordo com a interpretação do STF, isso é perfei-tamente possível:

Podem os Estados-Membros editar medidas provisórias em facedo princípio da simetria, obedecidas as regras básicas doprocesso legislativo no âmbito da União (CF, artigo 62). (ADI425. Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 19/12/03).

Resposta: (D)

Torcemos para que nenhum governador tenha a brilhante idéia de propor uma leiestadual concedendo a si próprio a faculdade de editar MPs, cuja admissibilidade,lembram-se? deveria estar condicionada a motivos de urgência e relevância. Infeliz-mente não é o que temos visto, no âmbito federal, desde a sua criação. Aliás, se olegislativo cumprisse essa obrigação constitucional, boa parte da enxurrada demedidas provisórias que lhe são enviadas pelo executivo sequer seria examinada!

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AAAAAlgumas pegadinhas são tão maliciosas quetêm por objetivo atrapalhar muito mais avida de quem estudou e sabe bem a matériado que aquele que conhece o assuntoquestionado. Isso pode parecer estranho,mas não é tão raro assim.

A questão inicial desta página (de númeroPDC-04) é um bom exemplo: um candidatoque não tenha a menor ideia da resposta equeira apostar na sorte tem 50% de chancede acertá-la.

Já um candidato que conheça a matériarazoavelmente, saiba quem foi o Abade deSieyès, esteja a par de que o panfleto porele publicado teve um papel importante naelaboração da ideia de um poder constituinteoriginário pode ter até um grau de probabili-dade maior de errar esta questão.

A razão disso é simples: se ele tiver estuda-do o assunto, mas não prestou muita aten-ção no detalhe do nome do panfleto escritopelo Abade, há uma grande probabilidade deque, por ter certeza de que tudo o mais queestá sendo afirmado é correto, acabeachando que o nome do tal panfleto eramesmo o sugerido pelo enunciado.

Nesse caso, a probabilidade de um alunoque estudou o tópico errar pode até sermaior do que a de um outro candidato quenão conhece bulhufas do assunto.

Esse é um ótimo exemplo de como atémesmo um candidato que esteja preparadopode se tornar o alvo de uma pegadinhabem elaborada.

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Quando Saber Atrapalha!Quando Saber Atrapalha!Quando Saber Atrapalha!Quando Saber Atrapalha!Quando Saber Atrapalha!

Direito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONAL

PDC- 04Fonte: DEFENSORIA PÚBLICA / SP - 2007 (FCC)

Em relação ao poder constituinte originário, pode-se afirmar: Sua teorização prece-deu historicamente a primeira constituição escrita, tendo como grande colaboradora figura do Abade Emmanuel de Sieyès que alguns meses antes da RevoluçãoFrancesa publicou um panfleto intitulado “A Essência da Constituição”.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha?

Pegadinhas de Detalhe [DET] junto com as de Senso Comum [SCM] são os doistipos mais frequentes de armadilhas usadas pelas bancas. Os dois tipos somadosprovavelmente constituem mais da metade das pegadinhas que elas propõem.

Tudo nesse enunciado estaria perfeitamente correto, não fosse o pequeno "deta-lhe" de que o panfleto do Abade Sieyès que descreve o poder constituinte origináriochamava-se "Que é o Terceiro Estado?" (Qu'est-ce que le tiers etat?) e não "AEssência da Constituição".

Observem que essa pegadinha tem por alvo o candidato que estudou a questão dopoder constituinte originário. Como todas as afirmações do enunciado são corre-tas, a ideia é fazer com que ele imediatamente se deixe influenciar por esse fato(que ele conhece, pois estudou) porém se esqueça do detalhe do título do panfleto.

Resposta: [FALSA]

PDC- 05Fonte: PROCURADOR PREVIDENCIÁRIO / ES - 2007 (CESPE)

O poder constituinte originário é titularizado pelo povo e pelas assembléiasconstituintes.

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha?

As pegadinhas do tipo Senso Comum [SCM] também são bastante utilizadas pelasbancas. Não cabe aqui uma longa explicação sobre elas.

Mas rapidamente é possível afirmar que da mesma forma que assumimos cren-ças, opiniões e hábitos que se tornam verdadeiros para nós sem que nos questio-nemos muito se são corretos ou não; podemos ser enganados pelo contexto deuma afirmação como essa se não percebermos bem a importância do conceito de"titularidade" (expresso pelo verbo no enunciado).

Embora o conceito de poder constituinte originário seja algo que nas democraciasformais contemporâneas esteja intimamente associado a uma assembléia consti-tuinte, é totalmente incorreto dizer que elas "titularizam" tal poder. O único titular doPCO é o POVO.

Resposta: [FALSA]

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Estrutura da PegadinhaA Análise de Pegadinhas afirma que paraque uma questão comum se transforme emuma questão com pegadinha é necessárioque certos elementos sejam nela inseridos,seja no enunciado, seja em uma ou maisalternativas de resposta no caso de questõesde múltipla escolha.

Elementos da PegadinhaUma frase, expressão, palavra, situação,prefixo ou detalhe inserido ou omitido noenunciado ou nas alternativas de respostaque, dependendo dos alvos, pode ou nãotransformar a questão em uma pegadinha.

Questão ComumUma questão cujo único objetivo é apenas ode testar o conhecimento do candidato eque não contém elementos que possaminduzí-lo a marcar uma resposta incorreta.

TCPUm acrônimo para Tabela de Classifica-ção das Pegadinhas, um conjunto inicial dequatorze estruturas identificadas por EricSavanda nas questões com pegadinhasusadas na criação dos diversos tipo depegadinhas. A TCP não pretende serdefinitiva e está sujeita a aperfeiçoamentos.Aplica-se principalmente a disciplinasrelacionadas à área jurídica, embora muitotipo de pegadinhas nela descritos tambémpossam ser encontrados em outras matérias

Código EstruturalApesar do nome sugerir algo complicado éapenas um mnemônico associado a cadaestrutura, para facilitar a identificação dotipo de pegadinha em uma dada questão. Ésempre apresentado entre colchetes e comexceção do indicador de exclusão [IEx+]são sempre escritos em maiúsculas.

Campo SemânticoUm grupo de palavras relacionadas pelosignificado que compartilham certas carac-terísticas comuns ou referenciais. Porexemplo, sapato, chinelo e sandália. Ouainda, destituição, demissão e disponibili-dade. No âmbito da AP. o conceito deCampo Semântico não tem necessariamenteo mesmo significado que tem na Linguística.

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Direito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONAL

PDC- 06Fonte: PROCURADOR PREVIDENCIÁRIO / ES - 2007 (CESPE)

Julgue o item a seguir, acerca do poder constituinte:

Uma lei que fere o processo legislativo previsto na Constituição sob cuja regência foieditada, mas que, até o advento da nova Constituição, nunca fora objeto de controlede constitucionalidade, não é considerada recebida por esta, mesmo que com elaguarde plena compatibilidade material e esteja também de acordo com o novo pro-cesso legislativo.

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha?

Pegadinha sutil que parece desafiar a nossa lógica, ou pelo menos o nosso sensocomum.

Cá entre nós. Não lhe parece perfeitamente lógico que a lei anterior apesar de outro-ra inconstitucional seja agora recebida pela nova ordem, já que está materialmentede acordo com a Constituição e o processo legislativo atuais?

Além disso, seguindo a mesma linha de raciocínio, como as leis têm presunção devalidade, pelo fato de não ter sido questionada, a lei antiga estava vigente. Portanto,nada mais sensato do que simplesmente mantê-la, já que nas condições atuais elaencontra-se material e formalmente adequada à nova Carta.

Pois apesar de toda essa argumentação "sensata", a afirmação está correta. Embo-ra a lei não tenha sido declarada inconstitucional, trata-se uma lei inválida, viciada,cujo vício não será sanado pelo advento da nova Constituição, pois tal lei jamaisdeveria ter existido da forma que foi elaborada.

Resposta: [VERDADEIRA]

Confesso que eu mesmo teria caído facilmente nessa pegadinha.

PDC- 07Fonte: GESTOR FAZENDÁRIO / MG - 2007 (ESAF)

O poder constituinte pode ser classificado em poder constituinte originário e poderconstituinte derivado, aos quais correspondem, respectivamente, os conceitos depoder constituinte de segundo grau e de poder constituinte de primeiro grau.

Tipo: [INV]

Onde está a pegadinha?

Pegadinha de Inversão de Conceitos. A técnica consiste em apresentar dois concei-tos (no caso PCO e PCD) e associar atributos de um ao outro e vice-versa.

Quando essa associação equivocada é feita entre vários conceitos (geralmente nasdiversas alternativas de resposta), temos o tipo de pegadinha denominado SaladaMista [SLM], que felizmente costuma ser bem mais raro.

O poder constituinte de primeiro grau é o originário e o poder constituinte de segundograu é o derivado. Exatamente ao contrário do que propõe o enunciado.

Resposta: [FALSA]

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Direito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONAL

PDC- 08Fonte: TÉCNICO JUDICIÁRIO TRT-17ª. REGIÃO - 2009 (CESPE)

Com relação à improbidade administrativa, julgue o item que se segue.

O indivíduo que for condenado por improbidade administrativa à perda de direitospolíticos não pode, enquanto perdurarem os efeitos da decisão judicial, propor açãopopular.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha?

Embora seja uma pegadinha de Detalhe [DET], a proposição joga também com avizinhança semântica entre os conceitos de "perda" e "suspensão", o que podecontribuir para confundir o candidato.

Mas a maior maldade da questão é outra. O autor utilizou um estratagema queembora pouco empregado em provas das diversas área sdo Direito, quando usadotem um efeito devastador, levando o candidato a perder um tempo precioso comalgo totalmente desnecessário.

Observe que aparentemente o "X" da questão é se o indívíduo condenado pode ounão propor uma ação popular. Como tratar esse fato, já que a Constituição nadanos diz sobre especificamente sobre isso? Será que o fato de se tornar inelegível oimpede também de propor uma AP?

Enquanto o candidato se faz essas perguntas nem percebe que já caiu napegadinha e que está perdendo um tempo valioso que poderia muito bem serempregado na resolução do restante da prova.

A questão não faz o menor sentido, porque a própria afirmação a ser julgada estáincorreta. Quem é condenado por improbidade administrativa jamais perde (infeliz-mente) seus direitos políticos. Está lá no Art. 37 da nossa Constituição

Art. 37 (...)

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão asuspensão dos direitos políticos, a perda da função pública,a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário,na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da açãopenal cabível.

O que ele “perde” é a função pública e não os direitos políticos. Estes são apenassuspensos e assim mesmo por um prazo temporário. E muitas vezes nem isso,pois quando saimos do mundo ideal das norma jurídicas, vemos muita gente quedeveria tê-los suspensos de imediato, circulando impunemente pela cena política,e pior ainda, administrativa do país. Que o digam certos ministros que tanto apron-taram em 2011 que obrigaram a presidente Dilma Roussef a defenestrá-los dopoder, para desgosto dos partidos que os indicaram.

Resposta: [FALSA]

Sites que todo concurseirodeveria conhecer

www.peganews.net

PegaNews!

www.pegadinhas-de-concursos.com.br

Pegadinhas de Concursos

ericsavanda.wordpress.com

Blog do Eric

100 Questoes~

Eric Savanda
Nota
Esta era a antiga página de inscrição para receber a newsletter. Hoje ela redireciona o visitante para a página de download do Manual das Pegadinhas.
Eric Savanda
Nota
Esta era a antiga homepage do nosso site. Hoje ele transformou-se em um blog dinâmico, mas o endereço é o mesmo.
Eric Savanda
Nota
Esse foi o meu primeiro blog. Na época eu não sabia nada de como mexer nisso. Até hoje ele ainda está no ar, mas agora um pouco desatualizado. Se tiver curiosidade a URL é: http://ericsavanda/wordpress.com
Page 9: 100 questoes com pegadinhas

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Direito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONALDireito CONSTITUCIONAL

PDC- 09Fonte: ADVOGADO - CIA ÁGUAS DE JOINVILE/ SC - 2006

A cláusula de reserva de plenário determina que:

(A) o Estado-membro não pode recusar fé aos documentos que ele próprio expediu,mas pode recusá-la aos documentos públicos produzidos nos Municípios

(B) dada a autonomia dos Municípios, o Estado-membro não participa dos fenôme-nos da fusão e do desmembramento dessas pessoas jurídicas de direito público

(C) somente por emenda à Constituição Federal é possível desmembrar um Estado-membro, para a criação de um novo Estado integrante da Federação

(D) a guarda da Constituição Federal é matéria da competência comum da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

(E) o Estado-membro não pode prever na sua Constituição a possibilidade de oGovernador do Estado editar medidas provisórias

Tipo [ DET]

Onde está a pegadinha?

Questão que explora a associação quase automática que fazemos inconsciente-mente entre a palavra plenário e as casas legislativas. No caso, porém, a expressãose refere ao Poder Judiciário e está relacionada ao Art.97 da Carta Magna:x

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus mem-bros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão ostribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou atonormativo do Poder Público.x

Embora a pegadinha refira-se a um detalhe relacionado à expressão “plenário” (porisso a classificação como [DET]), parece-me que ela também poderia ser classifica-da como pegadinha de Senso Comum [SCM] justamente pela naturalidade da asso-ciação que as pessoas tendem a fazer entre a palavra em questão e as reuniões dedeliberação do Poder Legislativo.

Resposta: (D)

PDC- 10Fonte: AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL - RECIFE/PE (2003 )

Quanto à ação popular, é correto afirmar:

(A) todo brasileiro pode propor a ação popular

(B) um ato praticado por uma empresa pública pode vir a ser objeto de censura emação popular

(C) julgada improcedente a ação popular, o seu autor deverá sempre ser condenadono pagamento dos ônus da sucumbência

(D) todo estrangeiro com residência permanente no Brasil, se demonstrar interessepela causa, pode propor ação popular

(E) a ação popular não é instrumento processual adequado para a proteção do meioambiente

A TA TA TA TA Teeeeecnica do Chute e acnica do Chute e acnica do Chute e acnica do Chute e acnica do Chute e aAnalise de PegadinhasAnalise de PegadinhasAnalise de PegadinhasAnalise de PegadinhasAnalise de Pegadinhas

Técnica do Chute (TC) e Análise dePegadinhas (AP) são abordagenscomplementares sobre a questão dasimulação e dissimulação dos itens por partedo examinador.

A diferença entre ambas está no privilégiomaior ou menor que cada uma dá a certoselementos da análise. A TC, por exemplo,enfatiza a importância da quantificação donúmero maior respostas erradas induzidaspela estrutura da questão e mostra como asbancas planejam esse resultado através douso de distratores. O trabalho do engenhei-ro Paulo César Pereira, mais conhecidocomo Sapoia, contribui para revelar esseaspecto pouco conhecido do que poderíamoschamar de “planejamento dos erros”.

A AP, por sua vez, sem negar a validadedessa abordagem objetiva, enfatiza aimportância do elemento subjetivo, isto é,tenta identificar a Linha de RaciocínioEquivocada (LRE) que o autor da questãobusca induzir no candidato e analisa o texto,do ponto de vista léxico, sintático esemântico para descobrir como esse texto(seja o do enunciado ou o das alternativasde resposta) foi estruturado para produzir ofalso raciocínio.

As duas abordagens incluem a análisetradicional do conteúdo da questão tal comoé feito normalmente pelos professores eautores nos cursinhos e livros de preparaçãopara concursos. Essa é a primeira etapa daanálise e é importante para que o candidatosaiba onde está o erro na questão.

Outra diferença entre ambas é que enquantoa Técnica do Chute é quase que totalmenteorientada à prática, a Análise de Pegadinhas,também se preocupa com a criação eelaboração de uma metodologia e com acriação de conceitos próprios que possamser utilizados como ferramentas na desco-berta e identificação das armadilhas..

Isso não significa que a AP não dê importân-cia à prática. Apenas que reconhece que ateoria bem utilizada pode ampliar os resulta-dos práticos obtidos no estudo.

De qualquer modo há um certo grau decomplementaridade entre as duas, poisquando a abordagem estatística da TC éaplicada a questões com pegadinhas, torna-se bastante esclarecedora no que diz respei-to aos motivos pelos quais os alunos cairamnas opções que apresentam armadilhas.

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PDC- 11Fonte: CITADA EM AULA PELO PROFESSOR FELIPE VIEIRA

Sobre a interpretação dada à palavra "Lei", quando esta ocorre no âmbito do textoconstitucional podemos dizer que:

(A) sempre que surge na Constituição Federal, a expressão "na forma da lei", semespecificar o tipo de lei, trata-se de lei ordinária

(B) sempre que surge na Constituição Federal, a expressão "na forma da lei", semespecificar o tipo de lei, trata-se de lei complementar, pois toda lei prevista oureconhecida pela Carta Magna deve necessariamente tratar-se de tal espécienormativa; a menos que explicitamente mencionada lei ordinária ou mesmodelegada

(C) embora na maioria das vezes o que se afirma em (A) seja verdadeiro, háentretanto exceções e portanto existem casos em que a expressão "na forma dalei" não se refere necessariamente a uma lei ordinária

(D) a ausência de qualificativo na expressão em questão, implica em que o consti-tuinte referiu-se à lei delegada, pois toda lei prevista pela Carta Magna em normaconstitucional de eficácia limitada necessariamente consiste em uma delegaçãodo constituinte originário ao poder legislativo regular incumbido de normatizar oordenamento jurídico no período pós-constituinte

Tipo [NON]

Onde está a pegadinha?

As ações populares estão em voga atualmente depois do projeto Ficha Limpa. A questãotrata do assunto. Primeiro, vejamos porque (B) é a resposta correta:

De acordo com o art. 5º da Constituição Federal, inciso LXXIII...

"...qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popularque vise anular ato lesivo ao patrimônio púlico ou de entidade deque o Estado participe, a moralidade administrativa, ao meioambiente, e ao patrimônio histórico e cultural, ficando ao todo,salvo comprovada má fé, isento de custas judiciais e ônus desucumbência".

O estado participa das empresas públicas, portanto um ato praticado por uma empresapública pode sim, vir a ser objeto de censura em ação popular. A pegadinha encontra-sena opção (A). O candidato deve ter em mente de que o texto da lei fala de qualquer cida-dão. Ora, nem todo brasileiro é cidadão. Logo, nem todo brasileiro pode propor a açãopopular.

Somente o cidadão, isto é, aquele brasileiro (ou português equiparado a brasileiro) natoou naturalizado em pleno gozo de seus direitos políticos.

Portanto, os incapazes, as pessoas jurídicas ou aqueles que tiverem os direitos políticossuspensos não poderão ingressar com a ação popular, ainda que sejam brasileiros. Aquestão induz o candidato a esquecer a diferença existente entre os conceitos de brasilei-ro e cidadão brasileiro. Observem a existência do Indicador de Exclusão [IEx+] nas alter-nativas (A) e (D) que poderia reduzir as probablidades de erro em caso de “chute”.

Resposta: (B)

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Onde está a pegadinha?

Ainda que muitos professores de cursinhos e livros preparatórios para concursos ensi-nem que quando a norma constitucional não menciona explicitamente a lei como com-plementar, ela estará se referindo à lei ordinária, isso não é cem por cento verdadeiro.

Acontece às vezes, principalmente no Título II, que trata dos direitos e garantias funda-mentais. Vejam este exemplo:

"Art° 5

...

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algumacoisa senão em virtude de lei;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendoassegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suasliturgias;

...

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário le-são ou ameaça a direito;"

Não faria sentido algum interpretar o disposto no Inciso II como "ninguém será obrigado afazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei ordinária". Seria um evi-dente absurdo, já que desautorizaria totalmente outras espécies normativas como a leidelegada e a própria lei complementar. Um total contrassenso.

O mesmo raciocínio vale para o disposto no Inciso XXXV. A interpretarmos literalmente aregrinha "didática", chegaríamos à conclusão de que uma lei complementar ou delegadapoderia excluir lesão ou ameaça a direito da apreciação do Poder Judiciário.

O inciso VI, por sua vez, ao dispor sobre a garantia da proteção aos locais de culto esuas liturgias, na forma da lei, não está preocupado em especificar se tal lei seria ou nãouma lei ordinária e sim a assegurar um direito considerado pelo constituinte como sendoum direito fundamental.

Por que considerei a pegadinha como não-classificada? [NON]. Porque ela joga com osdois sentidos possíveis da palavra "lei" e até hoje nunca encontrei nenhuma outra ques-tão que fizesse esse tipo de coisa, exceto por uma questão de Direito Administrativo quefazia o mesmo com dois sentidos possíveis da palavra concurso, o primeiro referindo-sea uma modalidade de licitação e o outro ao processo de seleção de candidatos para umcargo público.

Reparem que nos dois casos acontece o inverso de uma vizinhança semântica. Numapegadinha de [VZS] temos dois termos ou expressões distintos com significados muitopróximos, ainda que levemente diferente. Aqui o termo é exatamente o mesmo (lei) eapesar de ambos os sentidos possíveis dessa palavra fazerem parte do mesmo camposemântico, os signficados estão bem afastados um do outro:

Sentido I - Lei = um tipo específico de lei conhecido como “ordinária”

Sentido II - Lei = um tipo genérico de norma que pode assumir qualquer forma, inclusivemedidas provisórias e até mesmo resoluções, decretos ou normas administrativas quepouco têm a ver com a lei em seu sentido mais específico relacionado à legislação.

Resposta: (C)

Livros que todo concurseirodeveria conhecer

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PDC - 12Fonte: DELEGADO DE POLÍCIA - SP 1993

Nas questões abaixo, referentes ao ordenamento constitucional atual, marque:

A - se apenas a primeira e a quinta alternativas estiverem corretas.B - se apenas a segunda e a quarta alternativas estiverem corretas.C - se apenas a terceira e a quinta alternativas estiverem corretas.D - se as quatro primeiras alternativas estiverem corretas.E - se apenas a terceira alternativa estiver correta.

I - A remuneração dos Deputados Estaduais será fixada em cada legislatura, para asubsequente, pela Assembléia Legislativa.

II - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

III - Os Vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos, no exercíciodo mandato e na circunscrição do Município.

IV - O Estado Federado que violar direitos da pessoa humana pode sofrer interven-ção federal.

V - O Distrito Federal pode ser dividido em Municípios.

a) A ( )

b) B ( )

c) C ( )

d) D ( )

Tipo: [FRM]

Onde está a pegadinha?

Pegadinha de Forma [FRM]. Como acontece nesses casos, o formato da questãobusca dificultar o raciocínio do candidato. A repetição da mesma estrutura ("seapenas a alternativa tal e a alternativa tal estiverem corretas.") substituindo-seapenas a ordem das mesmas em cada opção tende a criar confusão mental,principalmente se o candidato já estiver cansado após o esforço dispendido pararesponder um grande número de questões anteriores da prova.

Todas as quatro primeiras afirmações estão corretas. O erro está na última, já queo DF não pode ser dividido em municípios, um fato bem conhecido e que, de certaforma facilita encontrar a resposta correta apesar da complexidade da estruturacriada pelo examinador para confundir os candidatos.

Resposta: [D]

FFFFFalar em responsabilidade social doconcurseiro é o mesmo que falar na respon-sabilidade social do servidor ou do emprega-do público. Porque um é o outro amanhã.

Muitos já notaram que em certos exemplosde análises de questões com pegadinhas,quando o assunto é pertinente e isso podeser relacionado ao contexto, não me furto ainserir nos comentários críticas à certaspráticas de exploração financeira, como asaltas e injustificáveis tarifas cobradas pelosbancos no Brasil, à corrupção dos políticos,ao corporativismo de alguns setores dojudiciário e a certas manifestações deautoritarismo que volta e meia são expres-sadas por algumas figuras influentes denosso país.

Devem ter notado também que essascríticas, nunca são colocadas em primeiroplano ou desviam a atenção do objetivoprincipal da análise que é o de explicarcomo a pegadinha foi inserida na questãopara alertar o candidato e também fazercom que ele aprenda sobre o assunto.

Faço isso porque acredito que esta é aatitude correta que a maioria deveria ter.Apesar de nos concentrarmosprioritariamente em nosso trabalho e nascoisas que fazemos diariamente, devemosao mesmo tempo estar conscientes daquiloque nos cerca e que pode nos prejudicar.

A consciência que vem da informação, aqual por sua vez só existe quando temosuma imprensa livre, é fundamental para quenão nos deixemos explorar cada vez maispor aqueles que possuem condições e odesejo de fazer isso.

Muita gente sabe como terminou o últimocapítulo da novela, os detalhes da vida destaou daquela celebridade ou são capazes decitar perfeitamente a escalação definidapelo técnico do seu time de futebol na últimapartida. Mas quantos sabem, por exemplo,que quase 40% do que pagam em sua contade energia elétrica refere-se a impostos,muitos dos quais sequer são mencionadosna cobrança que chega todos os meses?

O concurseiro, futuro servidor público,muitas vezes com ótima remuneração nãodeve ser egoísta e pensar apenas no padrãode vida que terá após a aprovação. Deveestar consciente de que os erros existem eele precisa participar do esforço paracombatê-los em vez de acomodar-se.

A Responsabilidade SocialA Responsabilidade SocialA Responsabilidade SocialA Responsabilidade SocialA Responsabilidade Socialdo Concurseirodo Concurseirodo Concurseirodo Concurseirodo Concurseiro

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PDC - 13Fonte: PROMOTOR DE JUSTIÇA - RS - Concurso LX (1993)

Entende-se por legislatura:

(A) cada ano de mandato parlamentar

(B) as sessões legislativas ordinárias e extraordinárias

(C) o período de quatro anos em que o parlamentar exerce seu mandato, no caso dedeputado, ou metade do mandato, no caso de senador

(D) o poder e o ato de fazer leis

(E) nenhuma das alternativas anteriores está correta

Tipo: [VZS]

Onde está a pegadinha? A questão procura explorar a proximidade semântica entre osconceitos de "sessão legislativa" e "legislatura".

O artº 44, parágafo único da Carta Magna afirma que a legislatura tem a duração de 4anos. Já a sessão legislativa tem a duração de um ano e portanto quatro sessõeslegislativas correspondem a uma legislatura. As pegadinhas estão nas duas primeirasalternativas que poderiam ser assinaladas pelos candidatos com dúvidas sobre essetópico.

Resposta : (C)

Uma pegadinha muito bem elaborada!

PDC - 14Fonte: ANALISTA DE CONTROLE INTERNO - MPU - 2007 (FCC)

Sobre o ensino no Brasil, analise:

I. Um dos princípios que regem o ensino é a garantia de padrão de qualidade.

II. O ensino é livre à iniciativa privada, não sendo necessária autorização do PoderPúblico.

III. Os Municípios atuarão prioritariamente na educação infantil e no ensino médio.

IV. O Estado deve garantir progressiva universalização do ensino médio gratuito.

Está correto o que consta APENAS em

(A) III e IV

(B) II e IV

(C) II e III

(D) I e IV

(E) I e II

A A A A A vizinhança ou proximidade semânticaentre dois ou mais termos, expressões ouconceitos é um truque muito usado paraconfundir o candidato.

Os dois maiores alvos das pegadinhas quecontém esse elemento são em primeirolugar aqueles que embora conheçam otópico exigido na questão, não dominamcom precisão o signficado de todos osconceitos envolvidos cujo conhecimento énecessário para uma resposta consciente.

Em segundo lugar aqueles que no momentoda resolver a questão, por qualquer motivo,encontram-se em um estado mental demenor concentração, ou distraídos.

Não devemos confundir o elemento ou oconceito de vizinhança semântica com o tipode pegadinha que tem o mesmo nome e cujocódigo é [VZS].

A vizinhança ou proximidade semântica nãoé utilizada apenas nas [VZS]. Algumaspegadinhas de Detalhe [DET] e de SensoComum [SCM] também a utilizam natentativa de confundir os alvos.

A diferença está no fato de que em umaverdadeira pegadinha de Vizinhança Semân-tica [VZS] os dois ou mais termos ouexpressões que pertencem ao mesmocampo semântico aparecem explicitamentequer no enunciado, quer nas opções derespostas apresentadas.

Já nas pegadinhas de Detalhe [DET] ou nas[SCM] que lançam mão desse artifício,apenas um dos termos ou expressõesaparece explicitamente na questão e o autorda armadilha conta com a associaçãoinconsciente do próprio candidato para gerarem sua mente a Linha de RaciocínioEquivocada que o levará a escolher umaresposta incorreta.

Um exemplo de pegadinha assim poderia,por exemplo, usar em uma das opções deresposta incorreta, a expressão “perda”ou“cassação” em vez de “suspensão” (dedireitos políticos por ato de improbidade)esperando que o candidato, influenciadopelo uso da expressão no dia-a-dia identifi-casse ambas como tendo o mesmo signifi-cado, o que seria incorreto.

Cuidado com aCuidado com aCuidado com aCuidado com aCuidado com aVizinhanca Semantica!Vizinhanca Semantica!Vizinhanca Semantica!Vizinhanca Semantica!Vizinhanca Semantica!

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Conheça os conceitos e a terminologia daAnálise de Pegadinhas

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? Por incrível que pareça, apesar da trágica situação escolar emnosso país a garantia do padrão de qualidade é um princípio constituicional explicita-mente declarado no inciso VII do Artº 206 da Constituição Federal. Confira:

"Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintesprincípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência naescola;

...

VII - garantia de padrão de qualidade.

...

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias detrabalhadores considerados profissionais da educação básica esobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seusplanos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela EmendaConstitucional nº 53, de 2006)"x

É triste a gente ter que admitir que isso é uma pegadinha, mas será que alguém quedesconheça o texto constitucional e tente acertar a questão usando apenas o bomsenso, iria mesmo imaginar que um dos princípios que regem o ensino em nosso paísé a garantia de qualidade?

Quanto à universalização do ensino médio gratuito, isso parece andar longe das priori-dades governamentais. Durante as campanhas eleitorais, os temas mais citados peloscandidatos são saúde e educação, justamente as duas áreas que menos os preocu-pam depois de eleito, às quais são destinadas menos verbas e onde mais costumamocorrer desvios e casos de corrupção, raramente punidos.

Resposta: (D)

PDC - 15Fonte: AGENTE DE INTELIGÊNCIA - ABIN - 2008 (CESPE)

Julgue a afirmação a seguir:

Considerando-se a hipótese de que um cidadão esteja internado em entidade civil deinternação coletiva e professe como religião o candomblé, nessa hipótese, sendo oEstado brasileiro laico, não será a União obrigada a assegurar a esse interno as condi-ções para que ele tenha assistência religiosa.

Tipos: [DET] e [SCM]

A ideia aqui é induzir o candidato a associar o fato do Estado brasileiro ser laico (tam-bém conhecido como "não-confessional") com a desobrigação da prestação da assis-tência religiosa, o que a princípio parece fazer algum sentido.

Para tentar confundir ainda mais, a questão usa como hipótese de exemplo, o candom-blé, uma religião que além de não ser atualmente uma das mais professadas pelapopulação brasileira (como o catolicismo ou os cultos genericamente conhecidos como

Prova Final

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Humor & ConcursosHumor & ConcursosHumor & ConcursosHumor & ConcursosHumor & Concursos

evangélicos), é às vezes alvo de preconceito e considerada pejorativamente como "seita".Um candidato culturalmente condicionado a pensar dessa forma, provavelmente achariaabsurdo o Estado ser obrigado a assegurar condições para dar assistência religiosa a um"macumbeiro" e tenderia a considerar a afirmação proposta como correta.

No entanto, é justamente pelo fato de o Estado ser laico é que não lhe é permitido fazerdistinções entre esta ou aquela religião, independentemente do número de seus seguido-res ou da visão sóciocultural negativa que parte da população venha dela ter.

No famoso Art. 5° da Constituição que trata dos Direitos e Garantias Fundamentais, naparte que trata da liberdade de consciência, de crença e de culto temos os incisos VI e VIIque disciplinam o fato, determinando a inviolabilidade da liberdade de consciência e asse-gurando o livre exercício dos cultos religiosos.

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendoassegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suasliturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistênciareligiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

Se como lemos no Inciso VII, a Constituição Federal expressamente determinou que "éassegurada”,a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares deinternação coletiva" a União não poderá furtar-se a cumprir a determinação constitucional,independentemente da religião professada pelos internos ou por uma parte deles sercatólica, evangélica, judaica ou afrobrasileira. Qualquer interpretação em contrário seriaresultante de puro preconceito ou de intolerância religiosa.

Resposta: (FALSA)

PDC - 16Fonte: AGENTE DE INTELIGÊNCIA - ABIN - 2008 (CESPE)

Julgue a afirmação a seguir:

A regra constitucional que determina o limite máximo de remuneração e subsídio na admi-nistração pública não é autoaplicável.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha?Esta é uma pegadinha de detalhe que provavelmente não seria uma armadilha para umaluno ou profissional do Direito, mas observe que a questão foi proposta em um concursopara um cargo não exatamente da área jurídica.

O que está sendo cobrado é o conhecimento do candidato sobre os vários aspectosrelacionados à classificação das normas constitucionais, ou mais especificamente, à suaaplicabilidade o que é diferente da sua eficácia.

Todas as normas constitucionais possuem eficácia, ou seja, a capacidade de realizar osobjetivos para os quais elas foram editadas. Já a aplicabilidade depende da norma ser deeficácia Plena, Contida ou Limitada.

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AAAAAlgumas pegadinhas são tão maliciosas quetêm por objetivo atrapalhar muito mais avida de quem estudou e sabe bem a matériado que aquele que conhece o assuntoquestionado. Isso pode parecer estranho,mas não é tão raro assim.

A questão inicial desta página (de númeroPDC-04) é um bom exemplo: um candidatoque não tenha a menor ideia da resposta equeira aposta na sorte tem 50% de chancede acertá-la.

Já um candidato que conheça a matériarazoavelmente, saiba quem foi o Abade deSieyès, esteja a par de que o panfleto porele publicado teve um papel importante naelaboração da ideia de um poder constituinteoriginário pode ter até um grau de probabili-dade maior de errar esta questão.

A razão disso é simples: se ele tiver estuda-do o assunto, mas não prestou muita aten-ção no nome do panfleto escrito pelo Abade,há uma grande probabilidade de que, por tercerteza de que tudo o mais que está sendoafirmado é correto, acabe achando que onome do tal panfleto era mesmo o sugeridopelo enunciado.

Nesse caso, a probabilidade de um alunoque estudou o tópico errar pode até sermaior do que a de um outro candidato quenão conhece bulhufas do assunto.

Esse é um ótimo exemplo de como atémesmo um candidato que esteja preparadopode se tornar o alvo de uma pegadinhabem elaborada.

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Quando Saber Atrapalha!Quando Saber Atrapalha!Quando Saber Atrapalha!Quando Saber Atrapalha!Quando Saber Atrapalha!

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Segundo o conceituado constitucionalista, José Afonso da Silva, citado no blog Eu vouTirar 10 por Leonardo Rocha, esta é a classificação das normas constitucionais:

* Normas de Eficácia Plena (aplicabilidade direta e imediata): são aquelas que nãodependem da edição de nenhuma legislação posterior. Produzem efeitos imediata-mente, não sendo necessária a edição de uma norma regulamentadora. Desde suaentrada em vigor, essas normas produzem ou podem produzir todos os seus efeitosessenciais. Ex.: Art. 5°, II, da CF/88: "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazeralguma coisa senão em virtude de lei".

* Normas de Eficácia Contida (aplicabilidade direta e imediata): são aquelas em queo legislador constituinte regulou suficiente a matéria, mas deixou margem à atuaçãorestritiva por parte da competência discricionária do Poder Público, nos termos emque a lei estabelecer. Ex.: art. 5°, XIII, da CF/88: "é livre o exercício de qualquer traba-lho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabele-cer".

* Normas de Eficácia Limitada (aplicabilidade diferida, mediata ou reduzida): sãoaquelas que, no momento de sua entrada em vigor ainda não têm o condão deproduzir todos os seus efeitos, necessitando que uma lei infra-constitucional venhacomplementá-la. É necessário destacar, porém, que essas normas não são totalmentedesprovidas de efeitos, posto que têm, no mínimo, o efeito de vincular o legisladorinfra-constitucional aos seus parâmetros.

Subdividem-se em:

a) Normas de Princípio Institutivo: são aquelas que dependem de lei para criar asinstituições, pessoas e órgãos previstos na Constituição.

b) Normas de Princípio Programático: são as que estabelecem programas a seremdesenvolvidos mediante uma legislação posterior que venha a implementar avontade constituinte.

O dispositivo constitucional ao qual o enunciado se refere é o artigo 37, inciso XI, daConstituição Federal, que afirma:

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, fun-ções e empregos públicos da administração direta, autárquica efundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentoresde mandato eletivo e dos demais agentes políticos e osproventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidoscumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou dequalquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio men-sal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Pre-feito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensaldo Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dosDeputados Estaduais e Distritais no âmbito do PoderLegislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal deJustiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centési-mos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros doSupremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, apli-cável este limite aos membros do Ministério Público, aos Pro-curadores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela EmendaConstitucional nº 41, 19.12.2003)

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UbuntuUbuntuUbuntuUbuntuUbuntu

Essa é uma norma de eficácia plena e por isso tem aplicação imediata, pois começou aproduzir efeitos imediatamente após entrar vigor e não pode ser restringida posteriormentepelo legislador infraconstitucional.

Ora, dizer que determinada norma tem aplicação imediata é o mesmo que dizer que ela éautoaplicável. A pegadinha consiste em exigir que o aluno saiba que apesar da primeiraexpressão ser mais utilizada ambas significam a mesma coisa. De certa forma é tambémuma pegadinha de sinônimo. [SYN].

Vale aqui a regra da relatividade das pegadinhas. Isso só é cilada para candidatos nãoprovenientes da área jurídica ou com pouco conhecimento do assunto, já que a classifica-ção das normas da CF é assunto básico de Direito Constitucional e cobradíssimo emconcursos que exigem esta matéria.

PDC - 17Fonte: OAB/SP - EXAME DE ORDEM 135

Segundo a Constituição de 1988, constitui crime inafiançável e imprescritível:

(A) a prática da tortura

(B) a prática do racismo

(C) o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins

(D) o definido em lei como hediondo

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha?Quis o legislador que certos crimes, por configurarem comportamentos consideradosrepugnantes pela sociedade, ficassem excluidos de alguns benefícios como a fiança e aprescrição. Com certeza aqueles mencionados nas quatro opções de resposta enqua-dram-se nessa condição e em geral são considerados por nosso senso comum comomerecedores de punição exemplar, pois afrontam a dignidade de ser humano.

Apesar disso, o tratamento dados a eles pela Constituição de 98 é diferenciado. Apenas ocrime de racismo, segundo a Carta Magna, além de também ser inafiançável apresentatambém a característica da imprescritibilidade. É o que diz o...

Art. 5º

...

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável eimprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

Já a tortura, terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e crimes hediondos são apenasinafiançáveis e insuscetíveis de anistia. Está logo no inciso seguinte:

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis degraça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entor-pecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimeshediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e osque, podendo evitá-los, se omitirem;

Um antropólogo estava estudan-do os usos e costumes de umatribo africana chamada Ubuntue, quando terminou seu trabalho,teve que esperar pelo transporteque o levaria até o aeroporto devolta pra casa. Sobrava muitotempo, e para distrair-se propôsuma brincadeira para as crianças,que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces eguloseimas na cidade, botou tudonum cesto bem bonito com laçode fita e tudo e colocou debaixode uma árvore. Aí ele chamou ascrianças e combinou que quandoele dissesse "já!", elas deveriamsair correndo até o cesto, e a quechegasse primeiro ganharia todosos doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram nalinha demarcatória que eledesenhou no chão e esperarampelo sinal combinado. Quando eledisse "já!", instantaneamentetodas as crianças se deram asmãos e saíram correndo emdireção à árvore com o cesto.Chegando lá, começaram adistribuir os doces entre si e acomerem felizes.

O antropólogo foi ao encontrodelas e perguntou porque elastinham ido todas juntas se uma sópoderia ficar com tudo que haviano cesto e, assim, ganhar muitomais doces.

Elas simplesmente responderam:"Ubuntu, tio. Como uma de nóspoderia ficar feliz se todas asoutras estivessem tristes?"

Ele ficou desconcertado! Mesese meses trabalhando nisso,estudando a tribo, e ainda nãohavia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Oujamais teria proposto uma compe-tição, certo?

Ubuntu significa: "Sou quem sou,porque somos todos nós!"

100 Questoes~

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Voce costuma repassarVoce costuma repassarVoce costuma repassarVoce costuma repassarVoce costuma repassarmensagens de email?mensagens de email?mensagens de email?mensagens de email?mensagens de email?

Apenas é previsto como inafiançável e imprescritível o crime de racismo. Algo muito bomde ser lembrado, pois essa pegadinha de Senso Comum [SCM] já apareceu não apenasem exames da OAB como também em provas para diversos concursos, ainda que comvariações na forma ou no enunciado.

Resposta: (B)

PDC - 18Fonte: ABIN - OFICIAL DE INTELIGÊNCIA / 2000 (CESPE)

Compete à União legislar privativamente sobre direito processual, mas a competênciapara legislar sobre procedimentos é concorrente entre a União, os estados e o DF. Sendoassim, na ausência de legislação federal sobre normas gerais acerca de procedimentos,os estados e o DF poderão disciplinar de forma plena esse tema até que sobrevenha a leigeral federal, quando então serão as normas legais estaduais e distritais recepcionadascomo leis federais.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha?Quem acompanha o nosso trabalho e as centenas de questões que analisamos sob aótica da Análise de Pegadinhas, seja em livros, as disponibilizadas na PegaNews ou emoutros canais da Web, já deve ter percebido que a maioria das ciladas são do tipo "deta-lhe" [DET]. Quase metade daquelas que encontramos em questões jurídicas podem serassim classificadas.

No entanto, ao aprofundar o estudo dessa espécie de armadilha percebi que embora essaclassificação não seja incorreta, poderia ser trabalhada de forma mais elaborada, poisdescobri que nesse tipo de pegadinha existem diversas possibilidades de se trabalhar odetalhe para induzir alguém ao erro. Infelizmente não disponho de muito tempo parainvestir nessa pesquisa, mas gostaria muito de investigar mais a fundo essas variações.

Por exemplo, existem pegadinhas [DET] que incluem no enunciado ou até mesmo nasopções de respostas, muitos dados absolutamente irrelevantes para a solução da questãoe cujo único objetivo é dificultá-la, fazendo o candidato perder tempo analisando informa-ções que não levam a nada.

Outras, por sua vez, propõem uma pergunta que dentro do contexto do enunciado não fazo menor sentido, devido a algum outro detalhe que não foi percebido. Um exemplo típicodessa estrutura é a pergunta: "Quantos animais de cada espécie Moisés colocou naArca?" Se a pessoa não perceber o detalhe malicioso inserido no enunciado, isto é, quequem construiu a Arca foi Noé, e não Moisés, perderá um tempo valioso tentando respon-der a uma pergunta (Quantos animais?) que naquele contexto, não faz sentido algum.Acreditem ou não, esse tipo de construção algumas vezes é utilizado em questões deconcursos públicos!

Na presente questão, proposta pelo CESPE, a forma de trabalhar o detalhe é baseadanuma técnica que consiste em fazer uma série de afirmações verdadeiras, de modo acondicionar o cérebro do ouvinte a achar que tudo o que vier em seguida, também sejaverdade. É um velho e conhecido truque de persuasão usado por políticos ehipnotizadores. Veja como eles utilizam essa estrutura para induzir os respectivos alvos,no caso, eleitor e paciente, a inconscientemente realizar a ação por eles desejada:

POLÍTICO (Discursando em um cidade com altos índices de violência):

Proposição 1 (Verdadeira) - A criminalidade está aumentando em nossa cidade!

Proposição 2 (Verdadeira) - O povo não se sente mais seguro e tem medo de sairde casa, principalmente à noite!

É muito comum recebermos emails comfotografias bonitinhas, mensagens edificantesno PowerPoint ou mesmo comentáriossobre um assunto de interesse de um grupogrande do qual fazemos parte, por exemplo,concurseiros que entraram com uma ação najustiça em litisconsórcio, ou mesmo quedesejam ficar informados sobre os desdo-bramentos, a possível prorrogação, etc,sobre um concurso realizado por todos.

É frequente também que o criador damensagem, com a melhor das intençõessolicite aos destinatários que “repassem” amensagem. O problema é que ao fazer isso,a maioria das pessoas, por puro desconhe-cimento, não fica atenta aos perigos queessa prática pode acarretar caso não tomemas devidas precauções.

Ao enviar uma mensagem para mais do quedois destinatários é fundamental que nãocoloquemos todos os endereços de email nolugar que normalmente fazemos quandomandamos para um só, ou seja, no campoPara: (To: se seu email for em inglês).

Tampouco deveríamos colocar muitosemails no campo Cc:, porque da mesmaforma serão vistos por todos os destinatári-os, mas o perigo não é exatamente este.

O perigo é que existem programas automáti-cos escritos por indivíduos inescrupulosos emuitas vezes copiados por outros indivíduosainda piores cuja função é procurar pelaInternet mensagens de email que tenhammuitos símbolos de @. Daí que você deveapagar o “rabo” das mensagens antigas casoelas tenham muitos endereços no corpo dotexto já lido.

Esses programas roubam os endereços deemails e criam grandes bancos de dados quedepois são vendidos para empresas queenviarão propaganda não desejada (spam)ou pior ainda, para disseminadores de vírus,cavalos de Tróia e outras pragas virtuais.

Ao enviar mensagens para muitas pessoas,use sempre o campo Cco: por uma questãode segurança.

100 Questoes~

Eric Savanda
Nota
Não deixe de ler este texto que revela uma coisa importantíssima para todos nós.
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A Aguia que Virou GalinhaA Aguia que Virou GalinhaA Aguia que Virou GalinhaA Aguia que Virou GalinhaA Aguia que Virou Galinha

Proposição 3 (???) - ... e É POR ISSO QUE vocês precisam votar em mim paraprefeito da nossa cidade.

TERAPEUTA (Induzindo o paciente a entrar em transe hipnótico)

Proposição 1 (Verdadeira) - Você pode perceber a penumbra neste consultório queestá com pouca iluminação...

Proposição 2 (Verdadeira) - Você pode ouvir... pausadamente... o som tranquilo daminha voz...

Proposição 3 (Verdadeira) - Você pode sentir as suas costas, tocando confortavel-mente o divã.

Proposição 4 (???) - ... e ISSO FAZ COM QUE você relaxe...

Ora, não há necessariamente nenhum nexo de causalidade entre a solução da violência nacidade e a necessidade de o eleitor votar em tal candidato. No entanto, ao ouvir as duasprimeiras afirmativas, provavelmente a maioria concordará com elas e inconscientementeficará predisposta a assumir que a próxima também será verdadeira.

Também não há nenhuma relação causal entre os fatos, absolutamente óbvios, de o paci-ente ter a capacidade de perceber que o consultório está pouco iluminado, escutar a voz doterapeuta ou sentir suas costas tocando no divã com o fato dele relaxar o corpo (e assimficar mais suscetível a entrar em transe), mas na prática é o que acabará acontecendo.Pura técnica psicológica!

Notou que eu enfatizei, colocando em maiúsculas, as expressões usadas pelo político epelo terapeuta para estabelecer uma pretensa relação de causalidade entre as afirmaçõesanteriores e aquela que declara o que o agente deseja que seja aceito como verdade?

No primeiro exemplo é a expressão "...e É POR ISSO QUE" e no segundo "...e ISSO FAZCOM QUE". Elas são o instrumento ou gatilho linguístico utilizado para iniciar (de formainconsciente) a linha de raciocínio equivocada que induzirá no alvo o comportamento dese-jado: Votar no político manipulador, entrar em transe ou se o "hipnotizador" for o CESPE oua FCC... marcar a resposta errada em uma questão da prova.

No enunciado desta questão a expressão QUANDO ENTÃO, tem exatamente o mesmoobjetivo. Vamos desmembrar as suas proposições para que você possa perceber a extra-ordinária semelhança da estrutura da pegadinha com os exemplos acima apresentados.

CESPE:

Proposição 1 (Verdadeira) - Compete à União legislar privativamente sobre direitoprocessual (CF/88 - Art. 22)

Proposição 2 (Verdadeira) - A competência para legislar sobre procedimentos éconcorrente entre a União, os estados e o DF (CF/88 - Art. 24)

Proposição 3 (Verdadeira) - Na ausência de legislação federal (...) os estados e o DFpoderão disciplinar de forma plena até que sobrevenha a lei geral federal (CF/88 - Art.24 § 3º)

Proposição 4 (FALSA!) - QUANDO ENTÃO serão as normas legais estaduais edistritais recepcionadas como leis federais

Era uma vez uma grande montanhaonde as águias tinham seus ninhos.Um dia, um tremor de terra fez comque um dos ovos de águia rolassemontanha abaixo. Ele rolou até pararno terreiro de uma fazenda ao pé damontanha. As galinhas, como sempremuito responsáveis, decidiram cuidardo ovo e uma galinha mais velha ficoucom a incumbência de chocá-lo ecuidar da educação da pequena ave.

Após algumas semanas, o ovo seabriu e uma bela águia nasceu. Infeliz-mente, a pequena águia foi criadacomo uma galinha e passou a acredi-tar que era mais uma ave do galinhei-ro da fazenda. A águia amava seu lare sua família, mas, intimamente, seuespírito sonhava com algo mais.

Um dia, enquanto ciscava o chão àprocura de insetos, a águia olhoupara o céu e viu um grupo de pode-rosas águias voando muito alto."OH", a águia gritou, "como eugostaria de voar como aquelas aves".As galinhas zombaram: "Você nãopode voar como aquelas aves. Vocêé uma galinha, e galinhas não voam".

A águia continuou a mirar sua verda-deira família, sonhando que poderiaestar lá em cima com aquelas belasaves. Toda vez que ela revelava seussonhos, era lembrada que isto nãoera possível. Isto foi o que a águiaaprendeu a acreditar. Com o passardo tempo, a águia parou de sonhar econtinuou a viver sua vida de galinha.Finalmente, após muitos anos vivendocomo galinha, a águia morreu.

Moral da história: você se tornaaquilo que você acredita que é.Assim, se você sonha que é umaáguia, siga seus sonhos e não osconselhos das galinhas. Ilustra umadas formas mais comuns de bloqueiosà criatividade, os bloqueios culturais:barreiras que impomos a nós mes-mos, geradas por pressões da socie-dade, cultura ou grupo a que perten-cemos.

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A suposta conclusão que a questão sutilmente tenta induzir o candidato a aceitar estáincorreta à luz do §4º do mesmo Art. 24 da Constituição que afirma:

"A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende aeficácia da lei estadual, no que lhe for contrário."

Sei que essa explicação ficou um pouco longa. No entanto, fiz questão de analisá-la nãoapenas sob o aspecto jurídico-constitucional, mas também sob o linguístico e o psicológi-co. Veja como a utilização em conjunto de conceitos e categorias de áreas variadas doconhecimento proporcionam um entendimento muito melhor das pegadinhas (e de comocaimos nelas) do que uma explicação baseada apenas no conteúdo da matéria exigida:

Aspecto:

Jurídico-Constituiconal - Avalia a correção ou incorreção de cada proposição àluz do texto constitucional

Taxonômico - Inclui a armadilha dentro de um determinado tipo (na verdade um sub-tipo) dentro da metodologia de classificação proposta pela Análise de Pegadinhas

Linguístico - Analisa as expressões da língua utilizadas para desencadear a açãona mente do candidato

Psicológico - Analisa os processos psicológicos usados para induzí-lo a uma falsaconclusão baseando-se em uma tendência bem conhecida do cérebro humano

Procurei demonstrar através dessa análise um pouco mais aprofundada que o método daAnálise de Pegadinhas é diferente tudo o que foi até hoje produzido nas análises de ques-tões de concursos, pois adota uma abordagem interdisciplinar levando em consideraçãoaspectos que sempre foram negligenciados, como os processos psicológicos que ocor-rem na mente do candidato e que o levam a adotar uma Linha de Raciocínio Equivocada(LRE), e também as expressões da língua que podem ser utilizadas como pistas para aidentificação da presença de um determinado tipo de pegadinha.

.

PDC - 19Fonte: SIMULADO DA INTERNET

Analise as questões abaixo:

I - servidor é a pessoa legalmente investida em cargo públicoII - a investidura em cargo público ocorrerá com a posseIII - a readaptação é uma das formas de provimento de cargo públicoIV - a posse de cargo público independe de inspeção médica

Marque a alternativa correta:

(A) a questão III, está incorreta(B) a questão III e a IV estão incorretas(C) todas estão corretas, exceto a questão IV(D) todas estão corretas, exceto a questão II

Tipo: [FRM]

Humor & ConcursosHumor & ConcursosHumor & ConcursosHumor & ConcursosHumor & Concursos

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Como este e-bookComo este e-bookComo este e-bookComo este e-bookComo este e-bookfoi divididofoi divididofoi divididofoi divididofoi dividido

Pegadinhas de Forma ou [FRM] são aquelas em que a armadilha não está no conteúdo e simna forma como o enunciado ou as alternativas de resposta foram estruturadas.

Onde está a pegadinha?Esta é uma receita comum para a criação do tipo clássico da pegadinha de forma [FRM]:

Passo 1 - Transforma-se o enunciado de modo que as proposições a serem julgadas fiquemem forma de lista numerada, geralmente em romanos, ao contrário do habitual.

Para quê? Geralmente nas questões em que se pede para avaliar o que é dito no enunciado,as afirmações ou negações, são inseridas diretamente nele, em forma de texto corrido. Asalternativas de resposta é que costumam ser estruturadas em uma lista ordenada. Colocá-las em lista exige do candidato maior grau de atenção já que inconscientemente ele estácondicionado frases numeradas e opções de resposta.

Passo 2 - Utiliza-se conceitos relacionados ao tópico abordado que estejam semanticamentepróximos de modo que possam ser facilmente confundidos

Para quê? A finalidade aqui é testar o conhecimento do candidato sobre o tópico. A rigor, issoisoladamente não poderia ser considerado uma pegadinha, porém a vizinhança semânticaentre os conceitos contribui para dificultar o entendimento e reduzir as chances de quem nãosabe examente o que cada um deles significa. Os conceitos de investidura, readaptação,provimento e posse, encontram-se todos dentro do mesmo campo semântico.

Passo 3 - As opções de resposta propriamente ditas são estruturadas de forma a embaralhara compreensão do candidato, jogando-se com as inúmeras possibilidades de cada proposi-ção estar ou não correta, além de incluir possíveis exceções, expressas ou pela palavra"exceto", ou em alguns casos pela inclusão de negações invertidas (que parecem afirma-ções) como "não está incorreta", "está desprovida de incorreções" e similares.

Para quê? - Dificultar ainda mais e aumentar a exigência de atenção ao tentar confundir oraciocínio lógico do candidato.

Resposta: (C)

Para quem conhece bem o tópico e os conceitos relacionados ao provimento e à vacância, apegadinha não chega a assustar. Mas lembre-se de que sempre é possível complicar muitomais a estrutura das sentenças nas opções de respostas, o que pode dificultar a vida docandidato distraído, mesmo que bem preparado.

Termino aqui a primeira parte dasquestões com pegadinhas deDireito Constitucional. Veremosagora algumas pegadinhas queapareceram em provas de DireitoAdministrativo, tanto em provas denível médio, quanto superior.

Se você está se preparando parafazer uma prova de nível médio,técnico judiciário da área adminis-trativa, por exemplo, não deve seassustar pelo fato de encontraraqui algumas pegadinhas queapareceram em provas para ana-lista, juiz ou procurador.

Lembre-se de que o estudo atravésda Análise de Pegadinhas temdupla finalidade. A primeira é amesma de qualquer estudo: apren-der e assimilar o conteúdo exigidonas questões.

Mas quando você estuda questõescom pegadinhas, tem também umoutro objetivo: ir aos poucos sefamiliarizando com as estruturasutilizadas pelas bancas para criaras armadilhas. Para esse segundoobjetivo, não tem muita importânciase a questão não trata de um as-sunto que vai cair na sua prova esim que você entenda como apegadinha foi montada. Como elassão muito bem explicadas, vocêtambém estará treinando a habili-dade de reconhecer pegadinhas.

Por outro lado, se vai prestar umconcurso para um cargo que exigemaiores conhecimentos jurídicos,tal como juiz ou procurador, tambénão deve desprezar o estudo dequestões com pegadinhas deprovas para cargos de nível médio.E isso pelo mesmo motivo. Aindaque saiba as respostas só de olharrapidamente o enunciado, será útiller a análise e entender bem comoa armadilha foi montada.

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PDA - 20Fonte: AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL - 2002 (ESAF)

O ato administrativo que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, cujas vontadesse unem para formar um ato único, denomina-se:

(A) ato singular

(B) ato procedimental

(C) ato duplo

(D) ato complexo

(E) ato composto

Tipo: [VZS]

Onde está a pegadinha?Manjadíssima pegadinha que tenta explorar a grande vizinhança semântica entre osconceitos "complexo" e "composto" referentes à classificação dos atos administrativosquanto à vontade. Para quem conhece bem a matéria não é nenhum desafio. No entanto,devido à grande quantidade de material a ser estudado pelo candidato, é natural que àsvezes ele se esqueça e fique confuso mesmo em relação a um assunto já estudado.

O tema pode gerar dúvidas porque os adjetivos “complexo” e “composto” encontram-seno mesmo campo semântico e por isso às vezes podem ser confundidos. Se o ato de-pende da manifestação da vontade de mais de um órgão então ele é um ato complexo.

Para que você nunca mais se esqueça da diferença entre atos complexos e atos com-postos imagine as situações a seguir:

Você e sua esposa ou marido resolvem comprar um apartamento novo para onde preten-dem se mudar. Juntam as economias e saem por aí pesquisando um imóvel adequado.

Para que o ato (isto é a compra do apartamento) seja finalizado de forma adequada épreciso que ambos estejam de acordo, isto é, a sua vontade e a da sua esposa ou maridose somem para tomar a decisão final. Logo, trata-se de um ato complexo.

Agora digamos, que você resolva alugar um apartamento. Procura e descobre um que éideal, muito bem localizado que você simplesmente adorou. O problema é que o proprie-tário ou a imobiliária insiste em só alugar caso você apresentem um fiador. Você entãoconversa com aquele amigo do peito (desses que não se encontra mais hoje em dia) quetambém é proprietário e que concorda em assinar um documentoem que se compromete a ser o seu fiador.

O ato de alugar e responsabilizar-se pelo pagamento do aluguel foi resultado apenas dasua vontade mas só foi possível finalizá-lo e efetivamente receber as chaves depois queuma outra pessoa (o seu amigo fiador) manifestou a vontade de colaborar com você eresponsabilizar-se solidariamente pela quitação dos aluguéis caso você venha a faltarcom a sua palavra. Trata-se portanto de um ato composto.

Lembre-se sempre dessa historinha, quando ficar na dúvida sobre se um ato administrati-vo é complexo ou composto.

O homem é do tamanho do seu sonho.Fernando Pessoa

Quem não sente a ânsia de ser mais,não chegará a ser nada.

Miguel De Unamuno

Tudo vale a pena se a alma não épequena.

Fernando Pessoa

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Conheça os conceitos e a terminologia daAnálise de Pegadinhas

PDA - 21Fonte: ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU - 2006 (ESAF)

O regime jurídico-administrativo é entendido por toda a doutrina de Direito Administrativocomo o conjunto de regras e princípios que norteiam a atuação da Administração Pública,de modo muito distinto das relações privadas. Assinale no rol abaixo qual a situação jurídicaque não é submetida a este regime.

(A) Contrato de locação de imóvel firmado com a Administração Pública

(B) Ato de nomeação de servidor público aprovado em concurso público

(C) Concessão de alvará de funcionamento para estabelecimento comercial pela PrefeituraMunicipal

(D) Decreto de utilidade pública de um imóvel para fins de desapropriação

(E) Aplicação de penalidade a fornecedor privado da Administração

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha?As pegadinhas do tipo Senso Comum [SCM] têm por alvo aquele candidato que está emdúvida entre duas ou mais alternativas e precisa usar a lógica e algum senso crítico paraanalisar, dentre elas, qual tem maior probabilidade de ser a que deve ser marcada. Geral-mente isso acontece quando o candidato ou candidata se depara com uma questão queversa sobre algum tema não estudado ou ainda não completamente dominado.

No caso, a questão parece utilizar a dicotomia existente entre os adjetivos público e privadopara estimular uma associação inconsciente no candidato de modo que este seja induzidoa imaginar que a última opção, que se refere a um fornecedor "privado", não indique umarelação norteada pelo regime jurídico-administrativo. Afinal, aplicação de penalidade tam-bém é uma característica de contratos celebrados no âmbito da esfera privada, não sendoportanto exclusividade da Administração Pública.

Por outro lado, ainda seguindo um raciocínio baseado no senso comum (lembrem-se deque ele não conhece bem o assunto), um contrato de locação de imóvel feito com a Admi-nistração Pública, geralmente tem por objetivo a instalação de algum órgão ou entidade aela ligada no prédio em questão, cujo funcionamento tem tudo a ver com o regime jurídico-administrativo.

No entanto, no caso específico da locação de imóvel a Administração apresenta-se emigualdade de condições, não prevalecendo portanto o princípio da supremacia da Adminis-tração sobre o particular.

Resposta: (A)

PDA - 22Fonte: MINISTÉRIO PÚBLICO / RS - 2003

Assinale a alternativa correta:

(A) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preenchamos requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

Arrisque-se! Toda vida é um risco. Ohomem que vai mais longe é geralmenteaquele que está disposto a fazer e aousar. O barco da segurança nunca vaimuito além da margem.

Dale Carnegie

A coragem é a primeira das qualidadeshumanas, porque é a qualidade quegarante as demais.

Winston Churchill

É proibido chorar sem aprender,levantar-se um dia sem saber o quefazer, ter medo de suas lembranças.

Pablo Neruda

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Conheça os conceitos e a terminologia daAnálise de Pegadinhas

(B) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis somente aos brasileiros natosque preencham os requisitos estabelecidos em lei

(C) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis somente aos brasileiros quepreencham os requisitos estabelecidos em lei

(D) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preen-cham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, desde que resi-dentes no Brasil há mais de 5 (cinco) anos

(E) nda

Tipo: [FRM]

Onde está a pegadinha:

Questão relativamente fácil, mas que foi colocada quase no final de prova com setentaquestões quando boa parte dos candidatos provavelmente já se encontrava bastante epressionada pelo tempo. Nessas condições de cansaço psicológico, a similaridade doinício e no final das frases repetidas à exaustão nas diversas opções facilmente induz àconfusão dificultando o raciocínio. A estruturação das frases aparentemente visando esseobjetivo indica uma pegadinha de forma.

Como soe acontecer com frequência em pegadinhas formais [FRM] o alvo aqui é o candi-dato cansado pelo esforço mental e portanto com maiores dificuldades para manter o focoe a concentração

Resposta: (A)

PDA - 23Fonte: ANALISTA JUDICIÁRIO TJ / PE - 2003 (FCC)

Como centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, osórgãos públicos:

(A) gozam de capacidade processual para a defesa de suas prerrogativas funcionais,posto que possuem personalidade jurídica própria

(B) possuem vontade própria e detêm personalidade jurídica de direito público

(C) são dotados de vontade e capazes de exercer direitos e contrair obrigações para aconsecução de seus fins institucionais

(D) representa juridicamente a pessoa jurídica que eles integram em virtude da teoria daimputação

(E) colegiados atuam e decidem por meio de um único agente, uma vez que são originári-os da Constituição Federal e representativos dos Poderes do Estadox

Tipo: [DTR]

Onde está a pegadinha?Exemplo de pegadinha de doutrina [DTR]. Para entender essa espécie de pegadinha faz-se necessária uma explicação:

No mundo jurídico é comum haver divergência entre os especialistas sobre determinadoponto da doutrina. Isso ocorre em praticamente todos os ramos do direito. Às vezes, com o

Só existem dois dias no ano em quevocê não pode fazer nada pela suavida: Ontem e Amanhã.

Dalai Lama

Seja a mudança que você quer ver no mundo.

Dalai Lama

Quem pergunta é bobo por cincominutos. Quem não pergunta é bobopara sempre.

Confúcio

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Conheça os conceitos e a terminologia daAnálise de Pegadinhas

tempo, determinada opinião torna-se dominante e consagra-se como a principal correntedoutrinária. Em outras, os doutrinadores ficam divididos e diversas opiniões respeitáveis,todas primando pela coerência, seguem disputando pela primazia.

Por exemplo, embora os conceitos, categorias e opiniões do famoso Hely Lopes Meirellessejam preponderantes nas questões de Direito Administrativo, nada impede, e isso efetiva-mente por vezes acontece, que uma banca qualquer adote conceitos, categorizações oupontos de vista distintos e até mesmo divergentes sobre determinado tópico, defendido poroutro doutrinador de renome, como a ilustre Maria Sylvia Zanella di Pietro e outros.

No caso específico desta questão, é necessário ter em mente a diferença entre órgãospúblicos e entidades administrativas. A diferença mais importante entre ambos é que osprimeiros não possuem personalidade jurídica própria e atuam sempre em nome da entidadeà qual encontram-se integrados, seja ela política ou administrativa. Uma boa parte dosdoutrinadores entende que os órgãos não são dotados de vontade própria, pois esta seria umatributo da entidade que integram. Os órgãos, por intemédio dos agentes que nestes atuamexpressariam portanto a vontade daquela.

Nesta questão, porém, a FCC adotou a visão do professor Celso Antonio Bandeira de Mello,para quem os órgãos públicos, apesar de destituídos de personalidade jurídica são dotadosde vontade na sua área de competência. Embora perfeitamente legítima a adoção de um viésdoutrinário por uma banca qualquer, isso acaba (talvez até involuntariamente) dando origem auma espécie distinta de pegadinha, que chamo de pegadinha de doutrina.

Quanto menos dominante é a linha doutrinária seguida pela banca, mais podemos dizer queestamos diante de uma pegadinha doutrinária. Adotando portanto a linha defendida peloprofessor Bandeira de Mello, podemos dizer que é correta a alternativa (C). Embora nãomuito freqüentes, quanto maior o grau de especialização jurídica exigido pelo cargo disputa-do, maior a probabilidade de nos depararmos com uma pegadinha doutrinária. Por isso,torna-se ainda mais importante ater-se à bibliografia indicada no edital, como forma de evitar-mos a desagradável surpresa de respondermos "corretamente" a uma questão, porém forado universo doutrinário adotado pela banca realizadora da prova.

Resposta: (C)

PDA - 24

Fonte: PROMOTOR DE JUSTIÇA - MP/MG Concurso 41

Assinale a opção incorreta:

(A) Pelo princípio da especialidade, os órgãos públicos e as entidades da AdministraçãoPública só podem exercer poderes funcionais e atividades para alcançar os seus fins deter-minados e limitados no seu ato de criação ou de regência.

(B) Pelo princípio da eficácia, o ato administrativo deve estar apto para produzir todos osseus efeitos jurídicos, como também o de dar bons resultados práticos.

(C) A Constituição Federal adota, no que concerne às entidades de direito público, a respon-sabilidade objetiva, com base na Teoria do Risco Integral, sendo que a culpa da vítima situa-se como irrelevante jurídico para influir na fixação na responsabilidade civil do Estado.

(D) O Estado coloca-se como devedor solidário no caso de descumprimento dos encargosprevidenciários pelo executor do contrato administrativo.

(E) O regime geral de remuneração não se confunde com o regime decorrente dereestruturação, mesmo em valores diferenciados, para determinadas categorias de servido-res com cargos e atribuições próprios.

Tipo: [DET]

Fait que tes rêves soient plus longsque la nuit

Anônimo

Escolha um trabalho que ame e nãoterás que trabalhar um único dia emsua vida.

Confúcio

No final tudo dá certo. Se ainda nãodeu é porque não chegou ao final.

Jean Rostand

100 Questoes~

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Conheça os conceitos e a terminologia daAnálise de Pegadinhas

Onde está a pegadinha?Mesmo considerando que a prova é para um cargo que exige elevado grau de conheci-mentos jurídicos, nesta questão o candidato pode perfeitamente enganar-se caso nãoconheça as nuances da Teoria do Risco tão bem explicadas por Maria Sylvia Zanella DiPietro e considerar correto o que está na alternativa (C), que deve ser assinalada, já queexatamente a opção incorreta a solicitada.

É fato bem conhecido que a Teoria do Risco fundamenta a responsabilidade objetiva doEstado. Nessa teoria, a ideia de culpa é substituída pela ideia de nexo de causalidade entrea ação do agente público (ou do funcionamento do serviço) e o prejuízo sofrido pelo admi-nistrado. Portanto parece perfeitamente correto, afirmar, como o faz a alternativa (C) que aculpa da vítima torna-se irrelevante.

De fato, a nossa Constituição adotou, no que concerne às entidades de direito público aTeoria do Risco e ideia da responsabilidade objetiva, porém não na modalidade do RiscoIntegral, e é esse o pequeno detalhe que pode levar o candidato ao erro.

A Teoria do Risco possui duas modalidades:

a) Teoria do Risco Administrativo

b) Teoria do Risco Integral

A diferença entre as duas é que a primeira admite causas excludentes daresponsabilidade do estado - culpa exclusiva da vítima, culpa de terceiros ou força maior. Ateoria do

Risco Integral, combatida por boa parte dos doutrinadores que a acham extremada, nãoadmite nenhum tipo de exclusão e não foi adotada pela nossa Constituição, o que torna aafirmativa (C), de fato, incorreta.

Resposta: (C)

PDC - 25Fonte: Exame da OAB/SP (1998)

O ato que investe uma pessoa jurídica privada no direito de executar e explorar um serviçopúblico, por sua conta e risco, chama-se

(A) contrato administrativo, para concessão, permissão ou autorização.

(B) autorização legislativa.

(C) outorga de concessão, mediante contrato administrativo, e de permissão, medianteato administrativo.

(D) ato vinculado ou discricionário, para concessão, permissão ou autorização.

Tipo: [VZS]

Onde está a pegadinha?A proximidade semântica entre os conceitos de contrato, autorização e ato para conces-são, etc podem criar confusão no candidato. Confesso que eu mesmo ao me deparar coma questão me deixei enganar por sua suposta facilidade e apressadamente fui logo mar-cando a primeira alternativa.

Preocupe-se mais com seu caráter doque com sua reputação, porque seucaráter é o que você realmente é,enquanto a reputação é apenas o queos outros pensam que você é. E o queos outros pensam, é problema deles!

John Wooden.

Procure ser uma pessoa de valor emvez de procurar ser uma pessoa desucesso, o sucesso é consequência.

Albert Einstein

Um homem que não se alimenta de seussonhos, envelhece cedo.

William Shakespeare

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Mas basta raciocionar com um pouco mais de calma que chegaremos a conclusão de que ocontrato administrativo é apenas o instrumento material e formal que valida o ato descritopelo enunciado: a outorga de concessão. Muito boa para pegar os distraídos!

Resposta: (C)

PDA - 26Fonte: ANALISTA JUDICIÁRIO - TSE - 2007 (CESPE)

Na licitação realizada na modalidade pregão, é inviável a opção pelo tipo técnica e preço. Essaafirmação é:

(A) correta

(B) errada, pois o pregão não é uma modalidade de licitação e sim uma espécie de tomada depreços

(C) errada, pois o pregão não é uma modalidade licitatória e sim uma espécie de leilão

(D) errada, pois a opção pelo tipo técnica e preço é viável sempre que se tratar de pregão paraa contratação de serviços de natureza predominantemente intelectual

Tipo: [FRM]

Onde está a pegadinha?

A questão, bastante fácil para quem estudou a Lei 8666/93, também conhecida como Lei dasLicitações, apresenta uma pegadinha de forma para quem não conhece o assunto e precisachutar uma resposta.

Ao estudar questões de provas passadas ou realizar simulados, é muito comum que o candi-dato ao conferir o gabarito se depare com uma estrutura de opções como esta, na qual a

maioria das alternativas propõe alguma coisa (no caso que a afirmação do enunciado estariaerrada) e apenas uma propõe o contrário, como faz a alternativa (A).

Na maioria das vezes, para dificultar a escolha, a resposta correta é a que ocorre mais vezesnas alternativas. Esse fato não passa desapercebido ao candidato observador, portanto, in-conscientemente ele acaba inclinado a achar que a resposta "diferente", nunca é a correta. Namaioria das vezes não é mesmo...

Seguindo esse critério de raciocínio, o candidato eliminaria imediatamente a alternativa (A) ecaso tivesse conhecimento de que tanto o pregão, como leilão e a tomada de preços, sãomodalidades licitatórias, eliminaria também (B) e (C) e assinalaria a última opção, chutandototalmente para fora do gol.

As pegadinhas de forma, não são as mais frequentes, mas costumam pegar três tipos decandidatos: os que por algum motivo perderam a concentração, os que analisam a forma comofoi estruturada a questão em busca de padrões que se repitam, e aqueles que procuram algu-ma base para eliminar opções a fim de aumentar a probabilidade de chutar corretamente umaquestão cuja resposta não conhecem.

Resposta: (A)

Mude seus pensamentos e vocêmudará seu mundo.

Norman Vincent Peale

Assumir a responsabilidade pornossos atos, com coragem edisposição, nos coloca a favor davida e ela nos apóia.

Zíbia Gasparetto

Dominar-se a si próprio é umavitória maior do que vencer amilhares em uma batalha.

Sakyamuni

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Conheça os conceitos e a terminologia daAnálise de Pegadinhas

PDA - 27Fonte: PROCURADOR DO ESTADO / RS - (1977)

Assinale a alternativa CORRETA:

(A) A passagem ao poder concedente dos bens do concessionário aplicados ao serviço,uma vez suspensa a concessão, se chama retorno

(B) A passagem ao poder concedente dos bens do concessionário aplicados ao serviço,uma vez extinta a concessão, se chama retorno

(C) A passagem ao poder concedente dos bens do concessionário aplicados ao serviço,uma vez suspensa a concessão, se chama reversão

(D) A passagem ao poder concedente dos bens do concessionário aplicados ao serviço,uma vez extinta a concessão, se chama reversão

(E) A passagem ao poder concedente dos bens do concessionário aplicados ou não aoserviço, uma vez suspensa a concessão, se chama reversão

Tipo: [SLM] - [FRM]

Onde está a pegadinha?A questão brinca com a proximidade semântica entre os conceitos de retorno, reversão,suspensão e extinção. Além disso ao manter a mesma estrutura da proposição em todas asopções, alternando e embaralhando esses quatro conceitos (o que por si só já é umapegadinha de forma) cria uma verdadeira salada mista. É claro que no meio de toda essaconfusão deliberada há uma única alternativa correta, no caso a (D).

Felizmente as saladas mistas [SLM] não são um tipo de pegadinhas muito frequente nasprovas. Mas quando surgem, costumam maltratar os neurônios do candidato.

Resposta: (D)

PDA - 28Fonte: EXAME DA OAB - MG (Mar/2002)

Marque a opção INCORRETA, segundo a sistemática constitucional vigente: O servidorpúblico estável, federal, estadual, distrital e municipal da Administração Pública:

(A) Tem direito à permanência no serviço público, o que não significa garantia de manuten-ção do cargo ocupado

(B) Pode ser exonerado a pedido, preenchidas as formalidades legais

(C) Na hipótese de extinção do cargo, pode ser posto em disponibilidade, com vencimentoproporcional ao tempo de serviço

(D) Só pode perder o cargo, se condenado em processo administrativo disciplinar ou secondenado em ação judicial cuja decisão tenha transitado em julgado

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Na palavrinha "Só", que inicia a alternativa (D). Se ela não estivesselá, a afirmação estaria correta. No entanto, não se pode dizer que a perda do cargo do

Podemos facilmente perdoar umacriança que tem medo do escuro; areal tragédia da vida é quando oshomens têm medo da luz.

Platão

Talvez você esqueça amanhã aspalavras gentis que disse hoje, mas apessoa que recebeu lembrará portoda a vida.

Dale Carnegie

A cada dia que vivo, mais meconvenço de que o desperdício davida está no amor que não damos, nasforças que não usamos, na prudênciaegoísta que nada arrisca, e que,esquivando-se do sofrimento,perdemos também a felicidade.

Carlos Drummond De Andrade

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servidor público estável está limitada àquelas duas hipóteses, pois o Inciso III do § 1° doArt. 41, incluído pela EC 19/98 estabelece uma terceira, muito fácil de ser esquecida: aperda do cargo em decorrência de avaliação periódica de desempenho.

"Art. 41...§ 1º O servidor público só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja asseguradaampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho,na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa;"

São, portanto três, os casos em que o servidor público estável poderá perder o cargo enão duas, como despretensiosamente afirma a opção com o objetivo de parecer correta elhe aplicar uma "rasteira", querido bacharel.

P.S: Observe que neste caso a palavrinha “só” funcionou como Indicador de Exclusão[IEx+]. Mas você não deve considerá-la sempre como sendo um deles, pois há muitoscasos em que ela pode estar presente em afirmativas verdadeiras, ao contrário de outrasmais enfáticas como “exclusivamente”, “em qualquer hipótese”, “sem exceção” que quasesempre excluem a possibilidade de existirem outras alternativas ou exceções.

Resposta: (D)

PDA - 29Fonte: PROCURADOR DO ESTADO- RS (1997)

(A) A empresa pública tem regime jurídico de direito privado e personalidade de direitopúblico, criada apenas para explorar atividade econômica

(B) A empresa pública tem personalidade jurídica de direito privado e regime Jurídico dedireito público, criada apenas para prestar serviço público típico.

(C) A empresa pública tem personalidade e regime jurídico de direito público, criada paraprestar serviço público e explorar atividade econômica

(D) A empresa pública tem personalidade e regime jurídico de direito privado, criada ape-nas para explorar atividade econômica

(E) A empresa pública tem personalidade de direito privado, criada para prestar serviçopúblico ou explorar atividade econômica

Tipo (IEx+)

A questão não é difícil para o candidato bem preparado. Ele precisa apenas ter o cuidadode manter a concentração, pois a forma repetitiva das alternativas cria uma dificuldadeadicional, pois pode eventualmente confundí-lo se estiver cansado ou momentaneamentedistraído.

Já o candidato que tiver dúvidas pode utilizar o conceito de Indicador de Exclusão comoferramenta de auxílio e de cara, eliminar (A), (B) e (D) reduzindo assim bastante as possi-bilidades de erro.

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Conheça os conceitos e a terminologia daAnálise de Pegadinhas

Fait que tes rêves soient plus longsque la nuit...

Eric Savanda

Ninguém é tão sábio que nada tenhapara aprender, nem tão tolo que nadatenha pra ensinar.

Blaise Pascal

Quando o poder do amor superar oamor pelo poder, o mundo finalmenteconhecerá a paz.

Jimi Hendrix

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O dia mais desperdiçado de todos é odia sem sorriso.

E.E.Cummings

A maior inimiga da verdade não é amentira, mas a convicção

Nietsche

O homem não morre quando deixa deviver, mas sim quando deixa de amar.

Charles Chaplin

Mesmo que ele não tivesse a menor ideia da resposta, ainda assim teria aumentado as suaschances de acerto de 20 para 50%.

A razão para eliminar as opções acima citadas está na presença do Indicador de Exclusãoapenas nas respectivas proposições. Assim fazendo, o candidato-alvo da pegadinha (aqueleque não sabe a resposta ou mesmo tendo algum conhecimento do assunto ainda está emdúvida) só precisará escolher entre (C) e (E).

A única diferença entre elas está nos conectivos lógicos "e" e "ou" empregados na segundaparte da proposição composta:

(C) criada para prestar serviço público E explorar atividade econômica

(E) criada para prestar serviço público OU explorar atividade econômica

E aqui o candidato poderia usar um pouco o seu bom senso e lembrar, por exemplo, que háempresas públicas como a COMLURB (Companhia de Limpeza Urbana) do Rio de Janeiroe similares em outras unidades da Federação que prestam o serviço público de coleta delixo, não tendo essa atividade caráter econômico.

Essa constatação, por si só, eliminaria (C). Tanto mais que existem empresas como aCaixa Econômica Federal ou a ECT que exploram somente uma atividade econômica.

Este exemplo demonstra como até mesmo alguém que desconheça completamente oassunto pode resolver logicamente uma questão de prova usando recursos como o bomsenso e os indicadores de exclusão.

É claro que isso não é um método alternativo ao estudo intensivo do programa dos editais,mas apenas um último recurso a ser utilizado quando não há outra alternativa além dechutar a resposta de uma forma inteligente.

Resposta: (E)

PDA - 30Fonte: PROMOTOR DE JUSTIÇA DO MP/RS - Concurso XLII

Assinale a alternativa INCORRETA:

(A) O controle da administração pública é feito pelo Executivo, Legislativo e Judiciário sobresuas próprias atividades administrativas

(B) A ação civil pública é um dos instrumentos que propicia a efetivação do controlejurisdicional dos atos administrativos

(C) No reexame das decisões da Administração Pública, o direito de petição não se confun-de com o direito de representação.

(D) O recurso administrativo tem sempre efeito suspensivo e devolutivo

(E) O controle jurisdicional dos atos administrativos não abrange o exame do mérito admi-nistrativo

Tipo: (IEx+)

Neste caso o indicador de exclusão [IEX+] é também a chave da pegadinha, ou seja, aquelapalavra, frase ou expressão que quando identificada revela a existência da pegadinha.

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A esperança tem asas. Faz a almavoar. Canta a melodia mesmo semsaber a letra. E nunca desiste.Nunca!

Emily Dickinson

A vida se contrai e se expandeproporcionalmente à coragem doindivíduo.

Anaïs Nin

Amigo: alguém que sabe de tudo a seurespeito e gosta de ti assim mesmo.

Elbert Hubbard

Como sabemos, no mundo das normas, apenas muito raramente alguma delas não compor-ta algum tipo de exceção. Aqui, mais do que em qualquer outro lugar aplica-se a famosaregrinha segundo a qual "toda regra tem exceção" (inclusive ESSA regra).

Se você não sabe a resposta e se depara com uma questão como essa que lhe pede paramarcar a reposta INCORRETA, a probabilidade de que ela seja a única alternativa que apre-sente um indicador de exclusão, é muito grande. É o que acontece nesta questão. Aquele"sempre" na opção (C) parece estar gritando para o candidato "Marque esta, Marque esta!".

Resposta: (C)

Lembre-se: O indicador de exclusão não é um tipo de pegadinha, apesar de também ter sidoassinalado a ele um código entre colchetes [IEx+]. O código é apenas para chamar a atençãoda sua importância, pois como já dissemos em outra parte deste ebook, se a questão tivessemesmo uma pegadinha, essa seria uma pegadinha “às avessas”.

PDA - 31Fonte: PROMOTOR DE JUSTIÇA DO MP/RS - Concurso XLI

Assinale a alternativa INCORRETA:

(A) Somente pode ser classificado como ato de improbidade administrativa, a ação ou omis-são dolosa que enseje perda patrimonial da União, Estados e Municípios, bem como de suasentidades autárquicas ou fundacionais.

(B) Constitui ato de improbidade administrativa a ação do agente que permite que pessoajurídica privada utilize bens do Estado, sem a observância das formalidades legais ou regula-mentares aplicáveis à espécie.

(C) Constitui ato de improbidade administrativa do agente, o retardamento, indevido, de ato deofício.

(D) A suspensão de direitos políticos é penalidade cominada a todas as formas deimprobidade administrativa.

(E) Tanto a autoridade administrativa como a judicial, poderá determinar o afastamento doagente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração,quando a medida se fizer necessária à instrução do processo.

Resposta: (A)

Outro exemplo de um [IEX+] que também é a chave da pegadinha: o termo "Somente" queinicia o texto da primeira alternativa.

Mas aqui há uma curiosidade. Uma pegadinha dentro da pegadinha. Se o candidato é experi-ente e identifica os indicadores de exclusão (mesmo que não os chame por esse nome)poderá se dar mal se considerar que a palavra "todas" na alternativa (D) é um deles.

Como dissemos, todas as regras tem exceção, inclusive esta. Este é um raro exemplo deum caso onde não há exceções. Temos aqui a regra que confirma a exceção.

A suspensão de direito políticos é, de fato, uma penalidade cominada a TODAS as formas deimprobidade.

O que aliás, é bem-feito, para os agentes públicos corruptos e improbos. Pena que o nossoordenamento jurídico ainda mantenha a excrescência do foro privilegiado para os agentespolíticos que através de mil artimanhas conseguem adiar indefinidamente aquela suspensão.

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Qualquer homem pode alcançar oêxito, se dirigir seus pensamentosnuma direção e insistir neles até queaconteça alguma coisa.

Thomas Edson

Se nós fizéssemos tudo o que somoscapazes, literalmente nossurpreenderíamos.

Thomas Edson

Escolhe um trabalho de que gostes, enão terás que trabalhar nem um dia natua vida.

Confúncio

PDA - 32Fonte: PROMOTOR DE JUSTIÇA DO MP/SP - (2002)

Assinale a alternativa INCORRETA

Escolha a opção que contraria norma constitucional referente aos princípios da Administra-ção Pública.

(A) A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas decompetência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma dalei.

(B) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão sersuperiores aos pagos pelo Poder Executivo.

(C) A divulgação de programas e obras dos órgãos públicos é absolutamente vedada.

(D) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, porigual período.

(E) Em regra, é proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, mas admitem-seexceções.

Tipo: (IEx+) e (INc+)

O Indicador de Exclusão por excelência dá o ar de sua graça na alternativa (C). Umaproposição que afirme absolutamente qualquer coisa tem poucas chances de sercorreta. O advérbio é neste caso também a chave da pegadinha.

É claro que a divulgação de programas e obras dos órgãos públicos é francamentepermitida. Aliás, se o concurso onde a questão apareceu tivesse sido realizado hoje,bastaria ao candidato olhar ao redor para os enormes gastos do governo com a publi-cidade em torno de obras e programas para perceber que nessa área, muito poucacoisa é vedada.

Resposta: (C)

Os Indicadores de Exclusão, são um excelente recurso auxiliar para o concurseiro. Maslembem-se que eles indicam apenas uma tendência ou probabilidade. Na dúvida, poderemosutilizá-los para aumentar as nossas chances de acerto ou para fugir de uma opção errada deresposta. O "absolutamente" definitivamente também não se aplica a eles.

Indicadores de Inclusão - Além do indicador de exclusão, temos ainda o seu oposto, isto é, oindicador de inclusão. Ele é expresso geralmente por palavras como em regra, em geral,quase sempre, via de regra e similares.

Em regra (e isto também é, um indicador de inclusão), a presença de uma dessas palavrastende a indicar que o que está sendo afirmado nas alternativas onde elas aparecem é verda-deiro. Na minha opinião, o grau de confiabilidade desses indicadores no sentido de confirma-rem a veracidade de uma afirmação é bem menor do que o dos indicadores de exclusão emnegá-la.

No entanto, quando aparecem em uma alternativa de uma questão que apresenta indicado-res de exclusão em outras, a probabilidade de que o que ela estiver afirmando seja verdadei-ro passa a ser bem maior.

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É fazendo que se aprende a fazeraquilo que se deve aprender a fazer.

Aristóteles

Somente os extremamente sábios eos extremamente estúpidos é que nãomudam.

Aristóteles

Apressa-te a viver bem e pensa quecada dia é, por si só, uma vida.

Sêneca

PDA - 33Fonte: DELEGADO DE POLÍCIA - DF - (2004)

O ato administrativo motivado poderá ser controlado através da verificação da compatibilida-de das razões de fato apresentadas pela Administração Pública com a realidade e dasrazões de direito com a lei. O fundamento para o controle do ato administrativo na hipóteseacima retratada é:

(A) teoria dos motivos determinantes(B) principio da razoabilidade(C) principio da discricionariedade(D) conceitos legais indeterminados(E) desvio de poder

Tipo: [FRM]

Onde está a pegadinha? No próprio enunciado caracterizando uma pegadinha deforma. O texto está escrito de forma confusa. A expressão "com a realidade" parecemeio deslocada na frase que exige maior esforço mental para apreender o significadoda mesma. Veja como ficaria muito mais compreensível se o parágrafo fosse reescritoda seguinte maneira:

"O ato administrativo motivado poderá ser controlado através da verificação da compatibili-dade com a realidade das razões de fato apresentadas pela Administração Pública e dasrazões de direito com a lei."

ou melhor ainda...

"O ato administrativo motivado poderá ser controlado através da comparação das razõesapresentadas pela Administração Pública e sua adequação à realidade com as razões dedireito definidas por lei."

Assim apresentada ficaria muito mais fácil ao candidato que estudou bem o assunto identifi-car rapidamente a Teoria dos Motivos Determinantes como fundamento para a situaçãodescrita na questão. Como é do conhecimento geral, essa teoria afirma que mesmo quandoa autoridade não estiver obrigada a motivar um determinado ato, se o fizer, ficará vinculadaaos motivos que apresentou para editá-lo.

Resposta: (A)

PDA - 34Fonte: ANALISTA JUDICIÁRIO / TSE - DF - (2007)

Na licitação realizada na modalidade pregão, é inviável a opção pelo tipo técnica e preço.Essa afirmação é:

(A) correta(B) errada, pois o pregão não é uma modalidade de licitação e sim uma espécie de tomadade preços(C) errada, pois o pregão não é uma modalidade licitatória e sim uma espécie de leilão(D) errada, pois a opção pelo tipo técnica e preço é viável sempre que se tratar de pregãopara a contratação de serviços de natureza predominantemente intelectual

Tipo: [FRM]

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Deus, para a felicidade do homem,inventou a fé e o amor. O Diabo,invejoso, fez o homem confundir fécom religião e amor com casamento.

Machado de Assis

O único lugar onde o sucesso vemantes do trabalho é no dicionário.

Albert Einstein

Duas coisas são infinitas: o universo ea estupidez humana. Mas, no querespeita ao universo, ainda não adquiria certeza absoluta

Albert Einstein

Onde está a pegadinha? A questão, bastante fácil para quem estudou a Lei 8666/93, tambémconhecida como Lei das Licitações, apresenta uma pegadinha de forma para quem nãoconhece o assunto e decide chutar a resposta.

O interessante é que se trata de uma "metapegadinha", ou seja, a questão tem como alvojustamente o candidato que observa a forma pela qual as questões são montadas paradetectar padrões que lhe aumentem suas chances de acerto e eventualmente fugir daspegadinhas. Vou explicar:

Ao estudar questões de provas passadas ou realizar simulados, é muito comum que o candi-dato ao conferir o gabarito se depare com uma estrutura de opções como esta, na qual amaioria das alternativas propõe alguma coisa (no caso que a afirmação do enunciado estariaerrada) e apenas uma propõe o contrário, como faz a alternativa (A).

Na maioria das vezes, para dificultar a escolha, a resposta correta é a que ocorre mais vezesnas alternativas. Esse fato não passa desapercebido ao candidato observador, portanto,inconscientemente ele acaba inclinado a achar que a resposta "diferente", nunca é a correta.Seguindo esse critério de raciocínio, o candidato eliminaria imediatamente a alternativa (A) ecaso tivesse conhecimento de que tanto o pregão, como leilão e a tomada de preços, sãomodalidades licitatórias, eliminaria também (B) e (C) e assinalaria a última opção, chutandototalmente para fora do gol.

Resposta: (A)

PDA - 35Fonte: PROCURADOR TCE / AP

Dentre outras características, distingue-se a autarquia das empresas estatais em razão de aprimeira

(A) ser criada por lei, enquanto as empresas estatais podem ser constituídas por decreto

(B) submeter-se a processo especial de execução, ainda que também não goze de imunida-de tributária

(C) gozar de imunidade tributária, embora seus bens também não sejam protegidos pelaimpenhorabilidade e pela imprescritibilidade

(D) poder editar atos dotados de imperatividade e executoriedade, enquanto as estatais sãoregidas pelo regime jurídico de direito privado

(E) integrar a administração direta, embora não goze de juízo privativo, enquanto as empre-sas estatais fazem parte da administração indireta

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Em um detalhe que pode passar despercebido ao candidato.É mais do que sabido que um dos atributos mais característicos da autarquia é queesta necessariamente tem que ser criada por lei. Isso é um das primeiras coisas queaprendemos ao estudar a administração indireta em Direito Administrativo. Bem, equanto às estatais?

Elas também dependem de lei, porém de forma indireta. É necessário que exista uma leiautorizando a sua criação. Porém, como sabemos as empresas públicas são pessoasjurídicas de direito privado. Ora, pessoas jurídicas de direito privado são efetivamente criadas

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Conheça os conceitos e a terminologia daAnálise de Pegadinhas

A tradição é a personalidade dosimbecis.

Albert Einstein

O dinheiro não traz felicidade — paraquem não sabe o que fazer com ele.Machado de Assis

Machado de Assis

Uma vida não questionada nãomerece ser vivida.

Platão

(ou "constituídas", para usar a expressão empregada na primeira opção) com o registro deseus atos constitutivos no registro público. Sua constituição, portanto, não ocorre pordecreto.

E sendo de direito privado também não podem editar atos dotados de imperatividade eexecutoriedade, pois nessa hipótese ao exercerem determinada atividade econômica teriamuma vantagem injustificada sobre os concorrentes do setor privado. Imagine, por exemplo, aEmpresa de Correios e Telégrafos desfrutando da imperatividade. Ela poderia editar umaresolução exigindo que todas as encomendas e volumes a serem despachados para osórgãos e entidades da administração direta ou indireta o fossem exclusivamente pelosCorreios. Ou a Caixa Econômica exigindo dos ganhadores dos prêmios da megasena quemantivessem uma parte do prêmio recebido em uma conta corrente daquela instituição,impedindo-os de transferir a totalidade do dinheiro para outra instituição bancária. Estesexemplos, embora um tanto absurdos, explicam bem porque a resposta correta é a (D).

Resposta: (D)

PDA - 36Fonte: TÉCNICO DE CONTABILIDADE /MS - (2010)

Caso a administração pública pretenda vender bens móveis, tal alienação estará subordina-da à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação ede licitação e dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta eentidades autárquicas e fundacionais.

Certo ou errado?

Tipo: [PFR]

Onde está a pegadinha? Temos aqui uma pegadinha uma pegadinha de "Prefixo" [PRF], queé uma variação da pegadinha de inversão de conceitos. A chave da pegadinha é a palavra"móveis", pois para que o conjunto de proposições e portanto o enunciado como um todoestivesse correto, em seu lugar deveria estar escrito "imóveis". Ao retirar o prefixo, a bancainverteu a questão tornando-a incorreta.

A justificativa para a solução está na Lei 8666/93, a famosa Lei das Licitações, nos doisprimeiros incisos de seu décimo-sétimo artigo:

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinadaà existência de interesse público devidamente justificado, seráprecedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para ór-gãos da administração direta e entidades autárquicas efundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais,dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de con-corrência, dispensada esta nos seguintes casos:

(...)

II – quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação,dispensada esta nos seguintes casos:

a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interessesocial, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;

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A força não provém da capacidadefísica e sim de uma vontadeindomável.

Mahatma Gandhi

A alegria não está nas coisas, estáem nós.

Goethe

"Gostar é provavelmente a melhormaneira de ter. Ter deve ser a piormaneira de gostar."

José Saramago

Onde está a pegadinha? A questão, bastante fácil para quem estudou a Lei 8666/93, tambémconhecida como Lei das Licitações, apresenta uma pegadinha de forma para quem nãoconhece o assunto e decide chutar a resposta.

O interessante é que se trata de uma "metapegadinha", ou seja, a questão tem como alvojustamente o candidato que observa a forma pela qual as questões são montadas paradetectar padrões que lhe aumentem suas chances de acerto e eventualmente fugir daspegadinhas. Vou explicar:

Ao estudar questões de provas passadas ou realizar simulados, é muito comum que o candi-dato ao conferir o gabarito se depare com uma estrutura de opções como esta, na qual amaioria das alternativas propõe alguma coisa (no caso que a afirmação do enunciado estariaerrada) e apenas uma propõe o contrário, como faz a alternativa (A).

Na maioria das vezes, para dificultar a escolha, a resposta correta é a que ocorre mais vezesnas alternativas. Esse fato não passa desapercebido ao candidato observador, portanto,inconscientemente ele acaba inclinado a achar que a resposta "diferente", nunca é a correta.Seguindo esse critério de raciocínio, o candidato eliminaria imediatamente a alternativa (A) ecaso tivesse conhecimento de que tanto o pregão, como leilão e a tomada de preços, sãomodalidades licitatórias, eliminaria também (B) e (C) e assinalaria a última opção, chutandototalmente para fora do gol.

Resposta: (A)

PDA - 35Fonte: PROCURADOR TCE / AP

Dentre outras características, distingue-se a autarquia das empresas estatais em razão de aprimeira

(A) ser criada por lei, enquanto as empresas estatais podem ser constituídas por decreto

(B) submeter-se a processo especial de execução, ainda que também não goze de imunida-de tributária

(C) gozar de imunidade tributária, embora seus bens também não sejam protegidos pelaimpenhorabilidade e pela imprescritibilidade

(D) poder editar atos dotados de imperatividade e executoriedade, enquanto as estatais sãoregidas pelo regime jurídico de direito privado

(E) integrar a administração direta, embora não goze de juízo privativo, enquanto as empre-sas estatais fazem parte da administração indireta

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Em um detalhe que pode passar despercebido ao candidato.É mais do que sabido que um dos atributos mais característicos da autarquia é queesta necessariamente tem que ser criada por lei. Isso é um das primeiras coisas queaprendemos ao estudar a administração indireta em Direito Administrativo. Bem, equanto às estatais?

Elas também dependem de lei, porém de forma indireta. É necessário que exista uma leiautorizando a sua criação. Porém, como sabemos as empresas públicas são pessoasjurídicas de direito privado. Ora, pessoas jurídicas de direito privado são efetivamente criadas

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Sentir é criar. Sentir é pensar semideias, e por isso é compreender ouniverso, visto que o universo não temideias.

Fernando Pessoa

Felicidade se acha é em horinhas dedescuido

Guimarães Rosa

Infelicidade é uma questão de prefixo.Guimarães Rosa

(ou "constituídas", para usar a expressão empregada na primeira opção) com o registro deseus atos constitutivos no registro público. Sua constituição, portanto, não ocorre pordecreto.

E sendo de direito privado também não podem editar atos dotados de imperatividade eexecutoriedade, pois nessa hipótese ao exercerem determinada atividade econômica teriamuma vantagem injustificada sobre os concorrentes do setor privado. Imagine, por exemplo, aEmpresa de Correios e Telégrafos desfrutando da imperatividade. Ela poderia editar umaresolução exigindo que todas as encomendas e volumes a serem despachados para osórgãos e entidades da administração direta ou indireta o fossem exclusivamente pelosCorreios. Ou a Caixa Econômica exigindo dos ganhadores dos prêmios da megasena quemantivessem uma parte do prêmio recebido em uma conta corrente daquela instituição,impedindo-os de transferir a totalidade do dinheiro para outra instituição bancária. Estesexemplos, embora um tanto absurdos, explicam bem porque a resposta correta é a (D).

Resposta: (D)

PDA - 36Fonte: TÉCNICO DE CONTABILIDADE /MS - (2010)

Caso a administração pública pretenda vender bens móveis, tal alienação estará subordina-da à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação ede licitação e dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta eentidades autárquicas e fundacionais.

Certo ou errado?

Tipo: [PFR]

Onde está a pegadinha? Temos aqui uma pegadinha uma pegadinha de "Prefixo" [PRF], queé uma variação da pegadinha de inversão de conceitos. A chave da pegadinha é a palavra"móveis", pois para que o conjunto de proposições e portanto o enunciado como um todoestivesse correto, em seu lugar deveria estar escrito "imóveis". Ao retirar o prefixo, a bancainverteu a questão tornando-a incorreta.

A justificativa para a solução está na Lei 8666/93, a famosa Lei das Licitações, nos doisprimeiros incisos de seu décimo-sétimo artigo:

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinadaà existência de interesse público devidamente justificado, seráprecedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para ór-gãos da administração direta e entidades autárquicas efundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais,dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de con-corrência, dispensada esta nos seguintes casos:

(...)

II – quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação,dispensada esta nos seguintes casos:

a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interessesocial, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;

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Qualquer amor já é um pouquinho desaúde, um descanso na loucura.

Guimarães Rosa

Tudo o que muda a vida vem quietono escuro, sem preparos de avisar

Guimarães Rosa

Para que serve o arrependimento,se isso não muda nada do que sepassou? O melhor arrependimentoé, simplesmente, mudar.

José Saramago

b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades daAdministração Pública;

c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada alegislação específica;

d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;

e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou enti-dades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;

f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entida-des da Administração Pública, sem utilização previsível por quemdeles dispõe."

Portanto, a autorização legislativa só é necessária para alienação de bens imóveis. Para osmóveis, salvaguardadas as exceções legais, bastam a avaliação prévia e a licitação, desdeque o interesse público seja respeitado, é claro.

Resposta: [INCORRETA]

PDA - 37Fonte: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT / RJ - 2008 (CESPE)

Assinale a opção correta:

(A) - Os cargos públicos são acessíveis apenas aos brasileiros natos ou naturalizados.

(B) - O regime de trabalho do servidor se sujeita ao limite mínimo de 6 horas diárias.

(C) - É garantido a todo servidor público o exercício do direito de greve.

(D) - O concurso de títulos, mediante seleção por currículos, para provimento de cargo isola-do, terá validade de um ano, prorrogável por igual período.

(E) - A impossibilidade física de entrar em exercício acarreta a possibilidade de fazê-lo pormeio de procuração pública.

Tipo: [DET] e [IEx+]

Onde está a pegadinha? Há duas pegadinhas de detalhe [DET] nas alternativas apresenta-das. Na opção (C) temos um caso típico dessa pegadinha em que para julgar consciente-mente a afirmativa, o candidato não pode deixar de considerar um detalhe muito fácil de seresquecido: Que o direito de greve é vedado aos servidores militares. De qualquer forma háum indicador de exclusão [IEx-], a palavra "todo" que pode ajudar o candidato que estiver emdúvida nessa alternativa. Como sabemos, palavras que indicam a ausência absoluta deexceções geralmente encontram-se em proposições incorretas, como ocorre neste caso.

Constituição Federal:

Art. 142, § 3, IV:

"ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;"

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Sente-se uma insatisfação, sobretudodos jovens, perante um mundo que jánão oferece nada, só vende!

José Saramago

O homem realmente culto não seenvergonha de fazer perguntastambém aos menos instruídos.

Lao Tsé

Conhecer os outros é inteligência,conhecer-se a si próprio é verdadeirasabedoria. Controlar os outros é força,controlar-se a si próprio é verdadeiropoder.

Lao Tsé

A outra pegadinha, também de detalhe, utiliza a proximidade semântica entre osconceitos exercício e posse (que não aparece explicitamente na questão e por issoela não é uma [VZS]). Neste caso a solução não deve ser procurada na Carta Magnae sim na Lei 8.112/90, o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União.

Art. 13,

...

§ 3:

"A posse poderá dar-se mediante procuração específica."

Porém, mesmo sem conhecer o texto legal, o candidato inteligente, daquele tipo que nãoconfia apenas na memória e busca entender o sentido das normas, poderia facilmenteperceber a contradição que seria criada caso a alternativa (E) estivesse correta. O"exercício" consiste em assumir sua função no órgão para o qual foi nomeado. Ou seja, nopróprio ato de trabalhar. Se como diz a alternativa, existe uma impossibilidade física, não hácomo passar uma procuração para que outro vá trabalhar em seu lugar, ainda quetemporariamente!

A título de curiosidade, eu disputei esse concurso. Eu sabia a resposta correta, mas mesmose não soubesse e tivesse que responder de forma aleatória, jamais teria marcado asalternativas (C) ou (E), o que matematicamente aumentaria minhas chances de acerto de20 para 33%.

Resposta: (B)

PDA - 38Fonte: TÉC. JUDICIÁRIO - TRT 17ª REGIÃO - 2009 (CESPE)

Com relação à improbidade administrativa, julgue o item que se segue.

O indivíduo que for condenado por improbidade administrativa à perda de direitos políticosnão pode, enquanto perdurarem os efeitos da decisão judicial, propor ação popular.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Embora seja uma pegadinha de Detalhe [DET], a proposição jogatambém com a vizinhança semântica entre os conceitos de "perda" e "suspensão" quepode contribuir para confundir o candidato.

A malícia da questão está justamente aí. O autor utilizou um estratagema que emborapouco empregado em provas das diversas áreas do Direito, quando usado induz o candida-to a perder um tempo precioso com uma resposta desnecessária. Já comentamos bastan-te essa técnica na edição passada inclusive fazendo uma analogia com a pegadinha popu-lar que há na questão: "Quantos animais de cada espécie Moisés colocou na Arca?"

Observe que aparentemente o "X" da questão é se o indívíduo condenado pode ou nãopropor ação popular. Como tratar esse fato, já que a Constituição nada nos diz especifica-mente sobre o assunto? Será que o fato de se tornar inelegível o impede também de proporuma AP?

Enquanto o candidato se faz essas perguntas nem percebe que já caiu na pegadinha e queestá perdendo um tempo valioso que poderia se empregado na resolução do resto da prova.

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A gratidão ajuda você a crescer eexpandir-se. A gratidão leva o sorrisoe a alegria à sua vida e à vidadaqueles com quem você convive.

Eileen Caddy

Os homens fariam maiores coisas,se não julgassem tantas coisasimpossíveis.

Malesherbes

Ninguém é melhor do que ninguém,quem somos por dentro é maisimportante

Justin Bieber

A questão não faz sentido, porque a própria afirmação a ser julgada está incorreta. Quem écondenado por improbidade administrativa jamais perde (infelizmente) seus direitos políticos.Eles são apenas suspensos e por um prazo temporário. O que ele "perde" é a função públicaque exercia. Está lá no Art. 37 da nossa Constituição:

Art. 37 (...)

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensãodos direitos políticos, a perda da função pública, aindisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma egradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Esta é uma variação ou “subtipo” de pegadinha de Detalhe [DET]. Ainda bem que ela nãocostuma ser muito comum, pois é muito perigosa até mesmo para os mais bem preparados.

Resposta: (INCORRETA)

PDA - 39Fonte: Simulado Internet

Analise as questões abaixo:

I - servidor é a pessoa legalmente investida em cargo públicoII - a investidura em cargo público ocorrerá com a posseIII - a readaptação é uma das formas de provimento de cargo públicoIV - a posse de cargo público independe de inspeção médica

Marque a alternativa correta:

(A) a questão III, está incorreta(B) a questão III e a IV estão incorretas(C) todas estão corretas, exceto a questão IV(D) todas estão corretas, exceto a questão II

Tipo: [FRM]

Onde está a pegadinha? Pegadinhas de Forma ou [FRM] são aquelas em que a armadilhanão está no conteúdo e sim na forma como o enunciado ou as alternativas de resposta foramestruturadas.

Esta é uma receita comum para a criação do tipo clássico da pegadinha de Forma

Passo 1 - Transforma-se o enunciado de modo que as proposições a serem julgadas fiquemem forma de lista numerada, geralmente em romanos, ao contrário do habitual.

Para quê? Geralmente nas questões em que se pede para avaliar o que é dito no enunciado,as afirmações ou negações, são inseridas diretamente nele, em forma de texto corrido. Asalternativas de resposta é que costumam ser estruturadas em uma lista ordenada. Colocá-las em lista exige do candidato maior grau de atenção já que inconscientemente ele estácondicionado frases numeradas e opções de resposta.

Passo 2 - Utiliza-se conceitos relacionados ao tópico abordado que estejam semanticamentepróximos de modo que possam ser facilmente confundidos.

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Deus me ajudou e eu ganhei 200vezes na Loteria

João Alves (ex-deputado)

A Saúde no Brasil está quase perfeitaLula

Estupra... mas não mata!Paulo Maluf

Para quê? A finalidade aqui é testar o conhecimento do candidato sobre o tópico. A rigor, issoisoladamente não poderia ser considerado uma pegadinha, porém a vizinhança semânticaentre os conceitos contribui para dificultar o entendimento e reduzir as chances de quem nãosabe examente o que cada um deles significa. Os conceitos de investidura, readaptação,provimento e posse, encontram-se todos dentro do mesmo campo semântico.

Passo 3 - As opções de resposta propriamente ditas são estruturadas de forma aembaralhar a compreensão do candidato, jogando-se com as inúmeras possibilidades decada proposição estar ou não correta, além de incluir possíveis exceções, expressas ou pelapalavra "exceto", ou em alguns casos pela inclusão de negações invertidas (que parecemafirmações) como "não está incorreta", "está desprovida de incorreções" e similares.

Para quê? - Dificultar ainda mais e aumentar a exigência de atenção ao tentar confundir oraciocínio lógico do candidato.

Para quem conhece bem o tópico e os conceitos relacionados ao provimento e à vacância, apegadinha não chega a assustar. Mas lembre-se de que é possível complicar muito mais aestrutura das sentenças nas opções de repostas, o que pode dificultar a vida do candidatodistraído, mesmo que ele conheça bem o assunto.

Resposta: (C)

PDA - 40Fonte: ASSISTENTE SOCIAL - DPU - 2010 (CESPE)

De acordo com o disposto na Lei n.º 8.112/1990, na hipótese de inassiduidade habitual, apenalidade disciplinar a ser aplicada ao servidor público é de

(A) suspensão de até 30 dias(B) multa(C) suspensão de até 15 dias(D) demissão(E) advertência

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? Trata-se de uma pegadinha de senso comum [SCM]. Vamos fazeruma análise subjetiva para entender por que. A ideia que normalmente se tem do serviçopúblico é a de que nele há um grau maior de tolerância em relação às falhas do funcionárioquando comparado ao que existe na esfera privada e de certa forma isso não deixa de serverdadeiro. Por outro lado, a palavra "inassiduidade habitual" sugere que a pessoa de vez emquando falta ou/e costuma chegar atrasada ao trabalho. Certamente numa empresa privadaesse tipo de comportamento seria muito menos aceito do que no serviço público e a tolerân-cia bem menor.

Mas como sabemos, a terminologia jurídica busca sempre a precisão. Quando a lei 8.112/90fala em inassiduidade habitual não está se referindo simplesmente a um comportamento deum servidor relapso que costuma chegar atrasado e que falta ao trabalho de formaimprevisível, porém delimita o conceito com grande precisão. As condições para que secaracterize a falta (grave) definida como inassuidade habitual são:

1 - Faltas sem justificação2 - Cometidas habitualmente3 - Que ocorram no mínimo sessenta vezes no período de um ano4 - Que ocorram interpoladamente e não de forma contínua (o que caracterizaria abandonodo cargo)

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A Lei da Ficha Limpa é prioridade dasociedade, não do governo

Romero Jucá

O inimigo mais terrível é aquele quejá foi nosso amigo, pois conhece asnossas fraquezas.

Fernando Guimarães

Rir de tudo é coisa dos tontos, masnão rir de nada é coisa dosestúpidos.

Erasmo de Roterdam

Ou seja, se você é servidor público, vive chegando atrasado na repartição e faltou 59 vezes aotrabalho no período de um ano, comportamento mais do que suficiente para conjurar as maistemíveis sanções em uma empresa privada, ainda assim não pode ser considerado um adep-to da "inassiduidade habitual". Mas se completar a sexagésima falta, aí não tem jeito. Cometeuinfração gravíssima suscetível de demissão e aí a suposta "tolerância" deixa de existir.

Para o profissional ou estudante de Direito, habituado com a precisão dos conceitos e expres-sões jurídicas isso não causaria surpresa. Mas observem que a questão foi proposta em umaprova em que as vagas disputadas eram para o cargo de Assistente Social. Portanto é muitopouco provável que uma candidata que não tenha estudado o assunto e resolva chutar, assi-nale a resposta correta. É bem mais plausível imaginar que adote uma linha de raciocínioequivocada (LRE) e conclua que como no serviço público há maior tolerância a penalidadeaplicada, pelo menos da primeira vez, seja a suspensão de 15 ou 30 dias, o que a fará marcara opção (A) ou mesmo a (C).

Denomina-se inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessentadias, interpoladamente, durante o período de doze meses (Lei 8.112/90).

Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço,sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, duranteo período de doze meses.

A inassiduidade habitual, por sua vez, autoriza a demissão do servidor, conforme determina oart. 132 da Lei 8.112/90.

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - crime contra a administração pública;

II - abandono de cargo;

III - inassiduidade habitual;

Resposta: (D)

PDA - 41Fonte: SIMULADO INTERNET

Analise as alternativas abaixo e marque a questão correta:

(A) o vencimento, a remuneração e o provento não serão objetos de arresto, sequestro oupenhora,exceto nos casos de prestação de alimentos resultante da decisão judicial

(B) o vencimento, a remuneração e o provento não serão objetos de arresto, sequestro oupenhora

(C) o vencimento, a remuneração e o provento não serão objetos de arresto, sequestro oupenhora, exceto nos casos de prestação de alimentos independendo da decisão judicial

(D) o vencimento, a remuneração e o provento não serão objetos de arresto, sequestro oupenhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante da decisão judicial podendose estender a cassação de aposentadoria ou disponibilidade

Tipo: [EMC]

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Estou me lixando para a opiniãopública. Até porque parte da opiniãopública não acredita no que vocês daimprensa escrevem. Vocês batem,mas a gente se reelege.

Dep. Sérgio Moraes

Não trabalhem demais, porque issobaiano não gosta

Nelson Jobim

A solidez de um negócio se mede peloseu lucro líquido.

Barão de Itararé

Onde está a pegadinha? Pegadinha do tipo "Escolha a Mais Certa" [EMC]. Essa pegadinhaconsiste em apresentar duas ou mais alternativas que a rigor não podem ser consideradasincorretas. Porém uma delas é mais precisa, mais completa, ou reproduz literalmente aletra seca da lei e portanto deve ser assinalada já que é "a mais certa", embora a outra ououtras não necessariamente estejam erradas.

Não é incorreto afirmar que "o vencimento, a remuneração e o provento não serão objetosde arresto, sequestro ou penhora", como está em (B) - A proposição apenas não cita aúnica exceção em que a norma não é aplicável. (A) por sua vez, a menciona o que a tornamais completa e portanto a resposta esperada pela banca.

A norma legal que valida tal conclusão está no Art. 45 da Lei 8.112/90, o famoso Estatutodos Servidores Públicos Civil da União que dispõe (isto é, define com força de lei) sobre oregime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundaçõespúblicas federais.

Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão obje-to de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestaçãode alimentos resultante de decisão judicial.

Os alvos desse tipo de pegadinha são aqueles candidatos apressados que ao encontraremuma afirmação que consideram correta correm logo a marcá-la para ganhar tempo sem sepreocupar em analisar detalhadamente as demais alternativas. Ora, muitas vezes umaopção correta deixa de sê-lo (no contexto da questão) em razão da existência de outra maisabrangente. Por isso, mesmo tendo certeza de que o afirmado por determinada alternativa éverdadeiro, é necessário SEMPRE analisar todas.

Resposta: (A)

PDA - 42Fonte: EXAME DA OAB - MG - Março 2002

Marque a opção INCORRETA, segundo a sistemática constitucional vigente: O servidorpúblico estável, federal, estadual, distrital e municipal da Administração Pública:

(A) Tem direito à permanência no serviço público, o que não significa garantia de manuten-ção do cargo ocupado

(B) Pode ser exonerado a pedido, preenchidas as formalidades legais

(C) Na hipótese de extinção do cargo, pode ser posto em disponibilidade, com vencimentoproporcional ao tempo de serviço

(D) Só pode perder o cargo, se condenado em processo administrativo disciplinar ou secondenado em ação judicial cuja decisão tenha transitado em julgado

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Na palavrinha "Só", que inicia a alternativa (D). Se ela não estives-se lá, a afirmação estaria correta. No entanto, não se pode dizer que a perda do cargo doservidor público estável está limitada àquelas duas hipóteses, pois o Inciso III do § 1° do Art.41, incluído pela EC 19/98 estabelece uma terceira, muito fácil de ser esquecida: a perda docargo em decorrência de avaliação periódica de desempenho.

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A moral dos políticos é como umelevador: Sobe e desce. Porém, emgeral, enguiça por falta de energia, ouentão não funciona definitivamente,deixando desesperados os infelizes queconfiam nele.

Barão de Itararé

Senso de humor é o sentimento quefaz você rir daquilo que o deixarialouco de raiva se acontecesse comvocê.

Barão de Itararé

Adolescência é a idade em que ogaroto se recusa a acreditar que umdia ficará chato como o pai.

Barão de Itararé

"Art. 41...§ 1º O servidor público só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja asseguradaampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho,na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa;"

São, portanto três, os casos em que o servidor público estável poderá perder o cargo e nãoduas, como despretensiosamente afirma a opção com o objetivo de parecer correta e lheaplicar uma "rasteira", querido bacharel.

Resposta: (D)

PDA - 43Fonte: EXAME 135 DA OAB / SP

Com base na Lei n.º 8.112/1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicoscivis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, assinale a opção correta.

(A) Servidor é a pessoa legalmente investida em função pública

(B) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estruturaorganizacional que deve ser cometido a um servidor

(C) Os cargos públicos são criados por lei, com denominação própria e vencimento pagopelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão, como regra,mas é possível que ato infralegal, como um decreto, crie cargos públicos

(D) É permitida, em regra, a prestação de serviços gratuitos por parte do servidor público.

Tipo: [VZS]

Onde está a pegadinha? Ela está logo na primeira alternativa. Aproveitando a forteproximidade semântica entre os conceitos de "cargo público" e "função pública", apegadinha tem como alvo aqueles que desconhecem a diferença sutil entre as duasexpressões.

A Lei 8.112/90 define como servidor a pessoa investida em cargo e não em funçãopública:

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmenteinvestida em cargo público.

E logo a seguir o legislador define o que entende por cargo público:

Art. 3o:

(...)

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A corrupção não é uma invençãobrasileira, mas a impunidade é umacoisa muito nossa.

Jô Soares

Não trabalhem demais, porque issobaiano não gosta

Nelson Jobim

Jogador tem que ser completo como opato, que é um bicho aquático egramático.

Vicente Matheus

Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasi-leiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimentopago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ouem comissão.

Para responder com conhecimento de causa é necessário ainda saber o sentido que aexpressão "função pública" assume no campo do Direito Administrativo:

* Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, função "é o conjunto de atribuições às quais nãocorresponde um cargo ou emprego".

*(ref. site: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/290191/funcao-publica )

Apesar de ter aparecido em uma prova para Exame de Ordem, a questão poderia perfeita-mente aparecer em um concurso para o cargo de Analista ou Técnico Judiciário. Nestaúltima hipótese poderia também ser considerada uma pegadinha do tipo Senso Comum[SCM] para os candidatos pouco preparados ou sem formação jurídica.

Resposta: (B)

PDA - 44Fonte: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 9ª REGIÃO - 2010 (FCC)

Analise as seguintes assertivas acerca do tema cargos, empregos e funções públicas:

I. As funções de confiança podem ser exercidas por servidores ocupantes de cargoefetivo ou não e destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia eassessoramento.

II. Nas funções exercidas por servidores contratados temporariamente, como ocorrenos casos de contratação por prazo determinado, não se exige, necessariamente,concurso público.

III. A extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos, exige lei de iniciativaprivativa do Chefe do Poder Executivo.

IV. Empregos públicos são núcleos de encargos de trabalho permanentes a serempreenchidos por agentes contratados para desempenhá-los, sob relação trabalhista.

Está correto o que consta APENAS em

(A) I e III

(B) I, III e IV

(C) II e IV

(D) I e IV

(E) II e III

Tipo: [DET]

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Só quero que saibam que quandofalamos de guerra, estamos narealidade falando de paz.

George Bush

Eu sou filho de uma mulher que nasceuanalfabeta

Lula

Com justiça perdemos tanto tempofalando sobre a África. A África é umanação incrivelmente enferma.

George Bush

Onde está a pegadinha? Pegadinha de detalhe. A proposição III pode induzir o alvo a acharque ela está correta. É por demais conhecido que a extinção de funções ou cargos quandovagos é de iniciativa do Chefe do Poder Executivo. Porém, caso o candidato concentretotalmente o foco da sua atenção neste fato, poderá deixar passar batido o detalhe de queessa prerrogativa deve ser exercida através de Decreto, como está no Art. 84º da Constitui-ção Federal:

VI - dispor, mediante decreto, sobre:(Redação dada pela EmendaConstitucional nº 32, de 2001)...b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;(Incluídapela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

Essa Linha de Raciocínio Equivocada (LRE) fatalmente o induziria a assinalar aalternativa (B), em lugar de (C), a correta.

Quanto à proposição I, ela está incorreta de acordo com art. 37, V da CF88,

Art. 37º...

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servido-res ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serempreenchidos por servidores de carreira nos casos, condições epercentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atri-buições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pelaEmenda Constitucional nº19, de 1998)

Resposta: (C)

A título de curiosidade a proposição IV repoduz literalmente a conceituação dada por CelsoAntônio Bandeira de Mello (in Curso de direito administrativo, 8ª ed., São Paulo: Malheiros,1996, p. 139).

PDA - 45Fonte: ANALISTA JUDICIÁRIO - MPU - 2007 (FCC)

Analise as seguintes assertivas acerca do tema cargos, empregos e funções públicas:

No que toca aos órgãos públicos, analise:

I. São centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, atravésde seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.

II. Embora despersonalizados, mantêm relações funcionais entre si e com terceiros, dasquais resultam efeitos jurídicos internos e externos, na forma legal ou regulamentar.

III. São chamados de singulares ou unipessoais os que reúnem na sua estrutura outrosórgãos menores, com função principal idêntica ou funções auxiliares diversificadas.

IV. Órgãos independentes são os originários da Constituição e representativos dos Poderesde Estado, como Ministérios, Secretarias de Estados e demais órgãos subordinados direta-mente aos Chefes de Poderes.

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Alguém sabe onde será o Festival deCannes este ano?

Cristina Aguillera

Vou viajar para Roma, porque é a terraonde nasceu Jesus Cristo

Shakira

Belém (PA) - Terra do menino Jesus!Claudiomiro

É correto o que consta APENAS em

(A) II, III e IV

(B) II e IV

(C) I, II e IV

(D) I e II

Tipo: [CAT] / [FRM]

Onde está a pegadinha? Temos aqui duas pegadinhas curiosamente destinadas a alvosopostos. Na primeira temos uma cilada de categorização. A proposição III (Falsa) buscaconfundir na mente do candidato a categoria dos órgãos singulares ou unipessoais com acategoria dos órgãos simples ou unitários. A proximidade semântica entre os conceitosinduzirá a uma Linha de Raciocínio Equivocada [LRE] caso o candidato incorra no erro deassociar um conceito ao outro. É evidente que o alvo dessa pegadinha é aquele que estudourazoavelmente o assunto a ponto de ter algum conhecimento sobre as formas de classifica-ção dos órgãos públicos.

Singulares ou unipessoais: sua composição é um único agente (Presidente da República) Xcoletivos/colegiados ou pluripessoais

Simples ou unitários: detém um único centro de atribuições x compostos : vários órgãos(ministérios, secretarias..)

Por outro lado, há também aqui uma pegadinha de forma [FRM] cujo alvo é o tipo oposto, ouseja, aquele candidato que está "boiando" nesse tópico e por não ter a menor ideia da res-posta resolve chutar.

A maioria dos concurseiros sabe que é uma prática comum das bancas colocar a respostaque deve ser assinalada em uma opção onde haja um item correto que ocorra também namaioria das outras. Aquelas com itens que aparecem menos vezes costumam ter menorprobabildade de serem verdadeiras.

Nesta questão isso até foi feito com o item II. Maldosamente ele aparece em todas as op-ções e portanto não oferece nenhuma pista para o chute, pois a única coisa que podemosdeduzir desse fato é que a proposição é verdadeira. Mas de que adianta saber disso se IIaparece em todas as alternativas?

Meu palpite é que o autor da questão fez isso de propósito para chamar a atenção do alvopara a frequência maior ou menor com que os algarismos romanos das proposições foramdistribuídos nas alternativas. Ao perceber que II aparece em todas elas, com certeza irátambém notar que o item que se refere à proposição III aparece apenas uma única vez, oque o levaria de imediato a descartar (A) .

Ora, ele já sabe que II está correta. Se conclui que III "deve" estar errada, então sobram (C).(D) e (E) o que equivale a dizer que ele precisa decidir entre I e IV qual é a certa. Como IVaparece mais vezes do que I é provável é que ele opte por considerá-la verdadeira. Nessecaso o lógico seria escolher (B), pois se II e IV "são" corretas (de acordo com a sua LRE) Ideve "necessariamente" ser errada também, já que aparece nas duas últimas alternativas eambas não podem estar simultaneamente corretas.

Não nego que na maioria das vezes a premissa adotada (que no caso revelou-se incorreta)possa ser útil. Eu mesmo já lancei mão com sucesso dessa técnica "probabilística" para

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Não há nada a temer, a não ser opróprio medo

Marilyn Monroe

É melhor conhecer a realidade ou ascoisas como são que não conhecer eé bom ter o mínimo possível de ilusões

Marilyn Monroe

Deus criou o amor e a fé, o diabo,senhor da enganação, criou ocasamento e a religião

Machado de Assis

acertar questões cuja solução eu não tinha a menor ideia. Mas em alguns casos, felizmentepoucos, o autor da questão antecipa-se à lógica do candidato e aí...

Resposta: (D)

Obs: Chamo isso de "metapegadinha" isto é, uma pegadinha cujo alvo é o candidato queacha que a questão tem uma pegadinha. A pegadinha consiste de NÃO ser a pegadinhaque ele imagina.

PDA - 46Fonte: ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMIN. - TRT - 1ª REGIÃO - 2008 (CESPE)

Assinale a opção que apresenta situações que geram a aplicação de penalidade dedemissão.

(A) Aliciar subordinados a filiarem-se a partido político e ausentar-se do serviço durante oexpediente, sem prévia autorização do chefe imediato

(B) Aceitar comissão ou pensão de Estado estrangeiro e apresentar inassiduidade habitual

(C) Promover manifestação de desapreço no recinto da repartição e abandonar o cargo

(D) Abandonar o cargo e recusar fé a documento público

(E) Opor resistência injustificada ao andamento de documento na repartição e revelarsegredo do qual se apropriou em razão do cargo

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? Para o nosso senso comum a expressão "abandono de emprego"costuma estar associada à demissão e para quem não conhece bem a Lei 8112/90:

Art. 117. Ao servidor é proibido:

...

XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

O candidato poderia argumentar que o citado artigo, nem mesmo em seu parágrafo únicomenciona a pena de demissão como consequência da proibição. Porém mais adiante, noArt. 132 isso está claramente explicitado :

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

...

XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

Por outro lado, coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profis-sional ou sindical, ou a partido político (Art. 117 - Inciso VII); conduta a nosso ver totalmenteimoral e indigna de um agente público é punida com simples advertência.

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Se a ciência provar que algumascrenças do budismo são erradas,então o budismo vai ter de mudar.

Dalai Lama

Aprenda as regras e quebre algumas.Dalai Lama

Todos vigiam a todos para queninguém faça o que todos gostariamde fazer

José Angelo Gaiarsa

Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos deviolação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII eXIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regula-mentação ou norma interna, que não justifique imposição de penali-dade mais grave.

Mas seria querer demais que uma punição maior que essa fosse aplicada em um país ondea influência partidária na escolha dos cargos em comissão nos órgãos e empresas públicasé muito mais regra do que exceção.

Resposta: [D]

PDA - 47Fonte: TÉCNICO DE CONTABILIDADE - MS - 2010 (CESPE)

O servidor público que não for aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável,reintegrado ao cargo anteriormente ocupado.

Certo ou errado?

Tipo: [VZS]

Onde está a pegadinha? Trata-se de uma pegadinha de vizinhança (ou similaridade) semân-tica [VZS] na qual a armadilha consiste em usar uma palavra ou expressão que se refere aum conceito de significado muito próximo do correto, porém ainda assim distinto. No caso,recondução x reintegração.

A proposição está errada, porque se o servidor não for aprovado no estágio probatório, háduas alternativas: ser exonerado ou, se for estável, ser reconduzido ao cargo anteriormentepor ele ocupado. Veja o que diz a norma:

Lei 8.112/90 - Art. 20.

(...)

§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exoneradoou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, obser-vado o disposto no parágrafo único do art. 29.

A recondução é instituto, previsto no art. 29 da Lei 8.112/90:

"Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo ante-riormente ocupado e decorrerá de:I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;"

Por outro lado, a reintegração é a reinvestidura do servidor quando invalidada a demis-são por decisão administrativa ou judicial com compensação pelos benefícios que emfunção desse fato (reconhecido como resultante de uma decisão anterior injusta ouincorreta) ele tenha deixado de auferir.

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável nocargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua trans-formação, quando invalidada a sua demissão por decisão administra-tiva ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens

Resposta: (INCORRETA)

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Se você acredita que tudo aquilo emque acredita é a mais absolutaexpressão da verdade estáenganando a si mesmo.

Eric Savanda

Aprende que não importa o quantovocê se importe, algumas pessoassimplesmente não se importam.

Shakespeare

Nossas dúvidas são traidoras e nosfazem perder o que, com freqüência,poderíamos ganhar, por simples medode arriscar.

Shakespeare

PDA - 48Fonte: ANALISTA JUDICIÁRIO / TRT 8ª REGIÃO - EXEC. MANDADOS - 2010 (FCC)

Nos termos da Lei nº 8.112/90, a prática de determinado ato considerado irregular por servi-dor público em face de suas atribuições, implica na

(A) inafastabilidade da responsabilidade administrativa do servidor no caso de absolviçãocriminal que negue a existência do fato ou sua autoria

(B) obrigação de reparar o dano estendida aos sucessores e contra eles executada, até olimite do valor da herança recebida

(C) responsabilização civil-administrativa, somente se resultante de ato comissivo e nãoomissivo, praticado em razão da qualidade de funcionário público e não em razão da suafunção

(D) inaplicabilidade das sanções civis, penais e administrativas cumulativamente, por seremindependentes entre si

(E) não responsabilização do servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva,tratando-se de dano causado a terceiros

Tipo: [PFX]

Onde está a pegadinha? Questão relativamente fácil, mas que pode apresentar uma armadi-lha para o candidato apressado que ao ler o texto sem a devida atenção falhe em perceberque a aposição do prefixo "in" nos substantivos afastabilidade e aplicabilidade respectiva-mente nas alternativas (A) e (E) inverte o sentido das proposições tornando-as falsas.

Trata-se aqui de uma pegadinha "de prefixo" [PFX], caso particular de pegadinha de "Inver-são de Conceito" [INV]. Caso você ainda esteja confuso em relação a esses tipos e códigos,consulte a TCP, ou Tabela de Classificação das Pegadinhas do meu e-book "Pegadinhas deConcursos", que pode ser baixado oficialmente do nosso site oficial. www.pegadinhas-de-concursos.com.br ou clicando na figura do livro abaixo.

Resposta: (B)

PDA - 49Fonte: MINISTÉRIO PÚBLICO / RS (2003)

Assinale a alternativa correta:

(A) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preenchamos requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei

(B) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis somente aos brasileiros natosque preencham os requisitos estabelecidos em lei

(C) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis somente aos brasileiros quepreencham os requisitos estabelecidos em lei

(D) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preenchamos requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, desde que residentes noBrasil há mais de 5 (cinco) anos

(E) nda

Tipo: [FRM]

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Uma coisa não é forçosamenteverdadeira só porque um homemmorreu por ela

Oscar Wilde

Os homens não sabem dar valor àssuas próprias mulheres. Deixam issopara os outros.

Oscar Wilde

Lembrar que vou morrer é a melhormaneira para eu saber evitar empensar que tenho algo a perder. Nãohá razão para não seguir o coração.

Steve Jobs

Onde está a pegadinha: Questão fácil, mas que foi colocada quase no final de prova comsetenta questões quando boa parte dos candidatos provavelmente já se encontrava pressio-nada pelo tempo. Nessas condições de cansaço psicológico, a similaridade do início e nofinal das frases repetidas à exaustão nas diversas opções facilmente induz à confusãodificultando o raciocínio. A estruturação das frases aparentemente visando esse objetivoindica uma pegadinha de forma.

O alvo é o candidato cansado pelo esforço mental e portanto com maiores dificuldades paramanter o foco e a concentração.

Resposta: (A)

PDA - 50Fonte: ANALISTA JUDICIÁRIO - TSE - 2007 (CESPE)

Na licitação realizada na modalidade pregão, é inviável a opção pelo tipo técnica e preço.Essa afirmação é:

(A) correta

(B) errada, pois o pregão não é uma modalidade de licitação e sim uma espécie de tomadade preços

(C) errada, pois o pregão não é uma modalidade licitatória e sim uma espécie de leilão

(D) errada, pois a opção pelo tipo técnica e preço é viável sempre que se tratar de pregãopara a contratação de serviços de natureza predominantemente intelectual

Tipo: [FRM]

Onde está a pegadinha? A questão, bastante fácil para quem estudou a Lei 8666/93, tambémconhecida como Lei das Licitações, apresenta uma pegadinha de forma para quem nãoconhece o assunto e tem que chutar uma resposta.

Ao estudar questões de provas passadas ou realizar simulados, é muito comum que ocandidato ao conferir o gabarito se depare com uma estrutura de opções como esta, na quala maioria das alternativas propõe alguma coisa (no caso que a afirmação do enunciadoestaria errada) e apenas uma propõe o contrário, como faz a alternativa (A).

Na maioria das vezes, para dificultar a escolha, a resposta correta é a que ocorre maisvezes nas alternativas. Esse fato não passa desapercebido ao candidato observador, portan-to, inconscientemente ele acaba inclinado a achar que a resposta "diferente", nunca é acorreta. E na maioria das vezes não é mesmo...

Mas aqui, como em uma brincadeira de gato e rato a ideia é "pegar" justamente aquelecandidato que imagina ter descoberto uma armadilha na questão. Chamo isso demetapegadinha. Uma pegadinha para quem não quer cair na pegadinha!

Bem, seguindo essa linha de raciocínio, o candidato eliminaria imediatamente a alternativa(A) e caso tivesse conhecimento de que tanto o pregão, como leilão e a tomada de preços,são modalidades licitatórias, eliminaria também (B) e (C) e assinalaria a última opção, chu-tando totalmente para fora do gol.

Resposta: (A)

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PARTE II

Esta segunda parte deste ebook contém uma seção inicial comanálises de questões com pegadinhas de Direito Civil e em seguidauma série de questões das mais variadas disciplinas, inclusivedaquelas já abordadasna Parte II, Direito Administrativo e DireitoConstitucional, além de mais algumas sobre Direito Civil

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Direito CIVILDireito CIVILDireito CIVILDireito CIVILDireito CIVIL

A abstinência é um boa coisa, desdeque praticada com moderação

Anônimo

O casamento é o preço que os homenspagam pelo sexo; o sexo é o preço queas mulheres pagam pelo casamento

Anônimo

O primeiro economista do mundo foiCristóvão Colombo: quando saiu, nãosabia para onde ia; quando chegou,não sabia onde estava. E tudo porconta do governo.

Ronaldo Costa Couto

PDA - 51Fonte: SIMULADO INTERNET

Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência se for extremamenteprovável a morte de quem estava em perigo de vida ou se alguém, desaparecido em cam-panha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o início da guerra.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Pegadinha de Detalhe. O enunciado reproduz quase literalmente oInciso II do Art 7º do novo Código Civil. A chave da pegadinha é a palavra "término".

Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação deausência:

I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigode vida;

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, nãofor encontrado até dois anos após o término da guerra.

É claro que o alvo de uma pegadinha como essa são aqueles candidatos que preferemdecorar em detrimento de entender o sentido da norma. Basta usar um pouco de bomsenso na análise da afirmativa para perceber que não faz o menor sentido contar o prazo dedois anos a partir do início da guerra. E se ela durar dez anos? (A do Iraque já vai completarsete!) - Agora, começar a contagem do prazo após o término do conflito é muito mais lógico,vocês não acham?

Resposta: (CORRETA)

PDA - 52Fonte: ADVOGADO JUNIOR - PETROBRÁS 2007 (CESPE)

Em se tratando de obrigação pecuniária constituída em moeda estrangeira e desde que aspartes tenham convencionado a sua conversão em moeda nacional, esta deve ocorrer pelataxa oficial vigente na data do vencimento da obrigação ou da constituição em mora dodevedor, mesmo quando a quitação dessa obrigação ocorrer em data posterior.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Conhecem aquela brincadeira que consiste em fazer uma perguntapara fazer a pessoa pensar em uma resposta, só que a própria pergunta é feita da maneiraerrada com o objetivo de confundir o perguntado?

Exemplo: "Quantos animais de cada sexo Moisés (chave da pegadinha) colocou na arca?"ou ainda "Como se chamavam as famosas três caravelas com que a expedição deColombo (chave da pegadinha) chegou aqui?". Se você fizer a pergunta bem rápido, o seuinterlocutor provavelmente não terá tempo de perceber o erro e concentrará toda a suaatenção na busca de uma resposta que não existe.

Pois isso é uma variante específica das pegadinhas de detalhe que também é utilizada emconcursos. Felizmente ela não é muito comum porque quando aparece costuma ser bas-tante perigosa.

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Direito CIVILDireito CIVILDireito CIVILDireito CIVILDireito CIVIL

Quando alguém lhe disser que não éuma questão de dinheiro, mas deprincípio, trata-se de uma questão dedinheiro.

K.Hubbard

Eu sempre quis ter o corpo de umatleta. Graças ao Ronaldo isso já épossível.

Anônimo

Hoje em dia, você tem que pedirdesculpas ao ladrão por ter poucopara dar

Dercy Gonçalves

O truque consiste em apresentar logo no começo uma afirmação ou fato aparentementetido como verdadeiro e possível (as partes convencionaram a conversão em moeda nacio-nal) e que supostamente está ali apenas para contextualizar a falsa questão que neste casoseria qual a data correta para realizar a conversão.

Além disso, acrescente-se outro detalhe inútil cujo objetivo é desviar ainda mais a atençãodo erro fundamental do enunciado, a quitação ocorrer em dia posterior. Ora, nada do queestá sendo perguntado faz o menor sentido diante do Art. 318 do nosso Código Civil.

Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moedaestrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valordesta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na le-gislação especial.

É claro que existem exceções e elas estão previstas em diversas leis. Por exemplo, oscontratos e títulos referentes a importação ou exportação, contratos de compra e venda decâmbio e outras. No entanto a questão não faz referência a nenhuma delas e induz o candi-dato a pensar que esse tipo de obrigação seja válido como regra geral.

Resposta: (INCORRETA)

PDA - 53Fonte: ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE - CGU 2006 (ESAF)

Assinale a opção verdadeira:

A) O estado civil é uno e indivisível, pois ninguém pode ser simultaneamente casado esolteiro, maior e menor, brasileiro e estrangeiro, salvo nos casos de dupla nacionalidade

B) Artista plástico menor, com 16 anos de idade, que habitualmente, expõe, mediante remu-neração, numa galeria, não adquire capacidade

C) A condenação criminal acarreta incapacidade civil

D) A capacidade de exercício pressupõe a de gozo e esta não pode subsistir sem a de fatoou de exercício

E) Se alguém desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até doisanos após o término da guerra, seus parentes poderão requerer ao juiz a declaração de suaausência e a nomeação de curador.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Novamente o alvo da pegadinha é o candidato que não se prepa-rou adequadamente e vai ter que chutar a resposta usando o senso comum. Mas, parado-xalmente, aqui a pegadinha não é do tipo Senso Comum [SCM] e sim de detalhe ou [DET].

Um dos recursos que utilizamos na Análise de Pegadinhas é a simulação de uma possívellinha de raciocínio do candidato quando tenta utilizar a lógica e o bom senso diante dealternativas que o deixam em dúvida ou que desconhece completamente. E o fazemosporque tudo parece apontar no sentido de que, seja de forma consciente ou inconsciente,quem cria questões com pegadinhas leva isso em consideração e tenta induzir o candidatoa seguir certa linha de pensamento. A A.P. tenta reconstruir essa virtual sequência subjetivaaté chegar à falsa conclusão que leva ao erro.

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Direito CIVILDireito CIVILDireito CIVILDireito CIVILDireito CIVIL

Se a vida lhe der um limão, faça umalimonada. Se a vida lhe der umalaranja, faça uma laranjada. Se a vidalhe der um cágado, cuide bem dobichinho.

Ary Toledo

É fácil reprovar uma ideia, difícil éter uma.

Homer Simpson

As pessoas boas dormem muito melhorà noite do que as pessoas más. Claro,durante o dia as pessoas más sedivertem muito mais.

Woody Allen

Vamos imaginar um candidato não muito bem preparado, mas que conheça medianamentea LICC e o básico da parte Geral do Código Civil. No entanto, o nosso candidato (oucandidata) não tem segurança para julgar com plena consciência as afirmações propostasnas diversas alternativas e terá que usar o famoso recurso do chute. Não aleatoriamente, éclaro, mas testando o sentido lógico das diversas opções:

"B)" seria imediatamente eliminada. Primeiro porque a questão sequer afirma de que tipo decapacidade se trata. Seria a capacidade plena para os atos da vida civil? Seria a capacidadelimitada de que o menor, "com" 16 anos (e não menor "de" 16 anos) já desfruta? Ou seria acapacidade de gozo da qual toda pessoa é titular, até mesmo o recém-nascido? Além disso,a questão insinua, ainda que não afirme categoricamente, que o fato de expor "habitualmen-te" na galeria parece permitir a ele ter economia própria, tornando-se portanto legalmenteemancipado.

"C)" também não faz o menor sentido. Afinal o preso pode até casar-se na prisão e portantoainda goza de alguma capacidade civil.

"D)" é totalmente absurda para quem sabe a diferença entre capacidade de gozo e deexercício, um conhecimento tão básico em Direito Civil, que quem não souber isso nemdeveria arriscar-se em uma prova onde tal matéria fosse exigida.

Restam a primeira e a última alternativa. Se o nosso candidato fictício tentasse decidirqual a correta utilizando apenas o seu senso comum teria uma desagradável surpresa.

Vamos analisar a primeira alternativa, a correta. O parágrafo é composto por duas orações,cada uma com a sua proposição. Vamos desmembrá-las para efeitos didáticos:

Proposição I - O estado civil é uno e indivisível.

Supondo que o candidato nunca tenha estudado em detalhes o conceito de estado civil eseus atributos, essa primeira proposição seria uma fonte de dúvidas para ele.

Proposição II - Ninguém pode ser simultaneamente casado e solteiro, maior e menor, brasi-leiro e estrangeiro, salvo nos casos de dupla nacionalidade.

Mesmo sem nunca ter estudado nenhuma teoria jurídica sobre o estado civil, ninguém emsã consciência, discordaria de tal afirmação. E o senso comum nos diz que se não existesimultaneidade ou multiplicidade de atributos contrários é bem lógico aplicar ao estado civilos conceitos de unidade e indivisibilidade. Concorda?

Portanto, mesmo sem muitos conhecimentos jurídicos o senso comum indica que a alterna-tiva está correta. E de fato está. Seguindo essa lógica, se ele parasse por aqui acertaria aquestão.

Bem, mas o bom candidato nunca deixa uma alternativa sem analisar, mesmo que descon-fie que já encontrou a resposta correta. Afinal, ele sabe muito bem que existem pegadinhasdo tipo "Escolha a mais Certa" [EMC] nas quais uma alternativa correta acaba perdendo aprimazia para outra mais completa e melhor formulada. O próximo passo, portanto, seriaanalisar a última opção.

Pelo senso comum, a opção faz perfeitamente sentido. Exceto pelo detalhe legal (que elenão conhece) da declaração de ausência. Aliás, tudo o que está ali afirmado faz muitosentido. Observe ainda que esse é um detalhe simples para um estudante de Direito, mas aprova em questão não é exatamente para um cargo que exija formação jurídica.

A tentativa de usar o "bom senso" nesse caso levaria à conclusão de que ambas as alterna-tivas são verdadeiras.

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Direito CIVILDireito CIVILDireito CIVILDireito CIVILDireito CIVIL

Embora ninguém possa voltar atrás efazer um novo começo, qualquer umpode começar agora e fazer um novofim.

Chico Xavier

Por mais que na batalha se vença a umou mais inimigos, a vitória sobre a simesmo é a maior de todas as vitórias.

Buda

Quando houver mais de umaexplicação, a mais simples em geral éa certa.

Dan Brown

A pegadinha, como vimos, está no detalhe da desnecessidade da declaração de ausência,como reza o Código Civil:

Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação deausência:

I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigode vida;

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, nãofor encontrado até dois anos após o término da guerra.

Resposta: [A]

PDA - 54Fonte: ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU 2005/06 (ESAF)

Assinale a opção FALSA:

A) A capacidade de fato é a aptidão de exercer por si os atos da vida civil

B) O portador de doença neurológica degenerativa progressiva por não ter discernimento étido como absolutamente incapaz

C) A capacidade dos índios, pela sua gradativa assimilação à civilização, deverá ser regidapor leis especiais

D) Admite-se a morte presumida sem decretação de ausência, em casos excepcionais (p.ex.naufrágio), para viabilizar o registro de óbito, resolver problemas jurídicos gerados com odesaparecimento e regular a sucessão causa mortis

E) A curatela é um instituto de interesse público, ou melhor é um munus público, cometidopor lei a alguém somente para administrar os bens de pessoa maior que, por si só, não estáem condições de fazê-lo, em razão de enfermidade mental ou de prodigalidade

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Quem estiver familiarizado com o conceito de chave da pegadinha,mesmo sem conhecer o assunto, desconfiará que o que é afirmado na última alternativaestá incorreto e a marcará. Palavras como somente, nunca, exclusivamente, sempre,jamais, completamente e outras semelhantes são usadas com frequência como chaves depegadinha.

O detalhe aqui é que embora a descrição do instituto da curatela esteja absolutamentecorreta, existem diversas outras situações em razão das quais um maior pode vir a sercuratelado e não "somente" aquele que não está em condições de administrar seus bensem razão de enfermidade mental ou prodigalidade. Confira a norma:

Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:

I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tive-rem o necessário discernimento para os atos da vida civil;

II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimira sua vontade;

III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados emtóxicos;

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Direito CIVILDireito CIVILDireito CIVILDireito CIVILDireito CIVIL

O futebol é o ópio do povo e onarcotráfico da mídia.

Millôr Fernandes

Quem mata o tempo não é assassino: ésuicida.

Millôr Fernandes

"Errado" é um termo relativo, queindica o oposto do que você chama de"certo". Neale Donald Walsch

Neale Donald Walsch

IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento mental;

V - os pródigos.

Como vemos, a lei inclui outras categorias de pessoas como os ébrios, os excepcionaissem completo desenvolvimento mental e os viciados em tóxicos.

Resposta: (E)

PDA - 55Fonte: EXAME DA OAB / TO - 2007

Acerca das pessoas e do domicílio, assinale a opção incorreta.

A) Não é cabível a desconsideração da personalidade jurídica em se tratando de firmaindividual

B) A fundação de direito privado não pode ter fins lucrativos

C) A República Federativa do Brasil é pessoa jurídica de direito público interno

D) Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar e o preso

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Pegadinhas que às vezes também aparece em questões deDireito Constitucional. União, Estados, Municípios e o Distrito Federal integram a organiza-ção político-administrativa da República Federativa do Brasil e são pessoas de direitopúblico interno. Aqueles são entes autônomos, esta soberana. A pegadinha busca fazercom que inconscientemente o candidato associe à República uma característica que per-tence à União. O detalhe pode passar despercebido porque os conceitos de República eUnião são semanticamente muito próximos.

Resposta: (C)

PDA - 56Fonte: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE/RN - 2005 (FCC)

José, ao reformar sua casa, resolveu demolir dois cômodos e cortar duas árvores frutíferasdo quintal para possibilitar o aumento de área de uma edícula ali existente. Os galhos etroncos foram serrados, enfeixados e amontoados próximos à churrasqueira, com o fim deservirem como lenha. As janelas retiradas dos cômodos demolidos foram encostadas nomuro da divisa, para serem reaproveitadas na edícula. Nesse caso,

(A) a casa de José é um bem imóvel, assim como as duas árvores frutíferas, apesar decortadas, uma vez que eram acessórios do solo

(B) apenas a casa de José é um bem imóvel

(C) a casa de José é um bem imóvel, assim como os galhos, os troncos e as janelas

(D) as árvores, porque frutíferas, são bens móveis por antecipação

(E) a casa de José é um bem imóvel, assim como as janelas

100 Questoes~

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Você não vive cada dia paradescobrir o que ele lhe trará, mas simpara criá-lo.

Neale Donald Walsch

Que ninguém se engane, só seconsegue a simplicidade através demuito trabalho.

Clarice Lispector

O que é que faz um DeputadoFederal? Na verdade eu não sei. Masvote em mim que eu te conto depois!

Tiririca

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? a questão exige o conhecimento minucioso dos Art. 79 a 84, queestão na parte inicial do livro II (Dos Bens) do Código de 2002 e que especificam bem adistinção entre bens móveis e imóveis, cada um tratado em sua respectiva Seção.

Seção IDos Bens Imóveis

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporarnatural ou artificialmente.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a suaunidade, forem removidas para outro local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, paranele se reempregarem.

Seção IIDos Bens Móveis

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, oude remoção por força alheia, sem alteração da substância ou dadestinação econômico-social.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspon-dentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivasações.

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto nãoforem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquiremessa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

Os autores das questões sabem que por mais preparado que seja o candidato ou candidata,é quase impossível para alguém recordar todos os detalhes de todas as normas legaisrelacionadas ao conteúdo descrito no edital e que podem vir a ser cobrado na prova. Aindamais considerando-se o fato de que geralmente são várias as matérias da área jurídica aserem estudadas.

Basta portanto exigir o conhecimento de um detalhe que a primeira vista não pareça muitoimportante para inserir na questão uma pegadinha que terá como alvo todos os candidatos

100 Questoes~

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Estes são os meus princípios. Se vocênão gosta deles, eu tenho outros.

Groucho Marx

Há tantas coisas na vida maisimportantes que o dinheiro! Mas,custam tanto!

Groucho Marx

É melhor cair em contradição do quedo oitavo andar.

Falcão

que não conhecem a norma em sua totalidade. Na verdade não existem detalhes que nãosejam importantes, pois qualquer detalhe, por mínimo que pareça ser pode vir a ser cobradoem uma prova.

Devido a enorme quantidade de artigos, leis, caputs, incisos, etc., que o candidato ideal(aquele teoricamente capaz de conscientemente responder todas as questões da prova,independentemente do conteúdo nela exigido) deveria conhecer em sua totalidade, pode-mos entender porque as pegadinhas de detalhes são as mais frequentes nos concursos.

Mesmo um candidato muito bem preparado que tivesse estudado sobre bens móveis eimóveis poderia diante do enunciado da questão, deixar passar o detalhe (aparentementesem importância) de que as janelas "encostadas no muro" tinham por finalidade seremreaproveitadas na tal "edícula."

No entanto esse é um detalhe fundamental, pois embora o senso comum nos induza aconsiderar janelas "encostadas" em um muro (assim como galhos e troncos "serrados,enfeixados e amontoados") como bens tipicamente móveis, para responder corretamente énecessário que o candidato se lembre do que diz o Inciso II do Art. 81, pois janelas encosta-das em um muro para serem reaproveitadas não perdem o caráter de bens imóveis.

Apenas como curiosidade, observe que a relação de causalidade expressa na opção (D) étotalmente sem sentido. Afirmar que uma árvore é bem móvel pelo fato de ser frutífera é umtotal absurdo. A conclusão lógica seria de que as mangueiras, jaqueiras e jabuticabeirasseriam bens móveis, ao passo que ipês, jacarandás, jatobás e seringueiras seriam bensimóveis uma vez que não produzem frutos adequados ao consumo humano.

É importante observar a ocorrência de tais alternativas absurdas, pois elas podem ser muitoúteis naqueles casos em que não temos a menor ideia ou conhecimento da alternativacorreta e tenhamos que proceder por eliminação.

Resposta: (E)

PDA - 57Fonte: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT / 9ª REGIÃO RN - 2006 (FCC)

As pessoas jurídicas têm por domicílio:

(A) Distrito Federal, capitais estaduais, local onde funcione aadministração municipal e o lugar onde funcionem as respectivas diretorias eadministrações, ou onde elegerem domicílio especial nos seus estatutos ou atosconstitutivos

(B) União, Distrito Federal, Estados, Municípios, sede das empresasprivadas ou onde elegerem domicílio especial nos seus estatutos ou atos constitutivos

(C) residência dos chefes de governo e sede das empresas privadas

(D) União, Distrito Federal, Estados, Municípios, sede das empresas privadas

(E) União, Estados, Municípios e comarcas onde existir a sede das empresas privadas

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? Em todas as alternativas que incluem a União. O domicílio implicaa existência de um local onde o domiciliado possa ser encontrado. Ao contrário dos estados,municípios e do Distrito Federal, a União não possui uma base territórial. Ninguém poderesidir ou ser domiciliado "na União". Pegadinha para distraídos

Resposta: (A)

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Ajuda-te que o Céu te ajudará

La Fontaine

Há um único recanto do universo quepodemos ter certeza de melhorar: onosso próprio eu.

Aldous Huxley

Proibir algo é despertar o desejo

Michel des Montaigne

PDA - 58Fonte: ADVOGADO JUNIOR - 2006 (CESPE)Em relação ao direito das coisas, julgue o item a seguir:

O proprietário de imóvel que se tornar encravado parcialmente em virtude de ocnstrução porele edificada, objetivando a exploração econômica do imóvel, tem direito de exigir do vizinhoque lhe deixe pasaagem, comunicação com via pública, mediante pagamento deindenização.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Para responder esta questão devemos conhecer o Art.1285 doCódigo Civil:

Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública,nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal,constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicial-mente fixado, se necessário.

§ 1º Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural efacilmente se prestar à passagem.

§ 2º Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma daspartes perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprie-tário da outra deve tolerar a passagem.

§ 3º Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando,antes da alienação, existia passagem através de imóvel vizinho, nãoestando o proprietário deste constrangido, depois, a dar uma outra.

Um dos conceitos importantes propostos pela AP é o de "chave da pegadinha". Uma chave éuma palavra, expressão ou frase que quando identificada revela de imediato a estrutura daarmadilha criada. Neste exemplo, ao compararmos o enunciado da questão com o que diz anorma, percebemos que a regra só se aplica aos imóveis que não tiverem acesso a viapública, nascente ou porto. Isto é, o encravamento deve ser total, já que se parcial, aindaassim existirá acesso, não importando a distância ou grau de dificuldade deste.Ora, a questão menciona um imóvel "parcialmente" encravado. Há portanto algum tipo deacesso. A palavra "parcialmente" é a chave da pegadinha porque a sua presença é que tornaa questão errada. Pegadinha de Detalhe.

Resposta: (INCORRETA)

PDA - 59Fonte: FCC / 2005 - Contador - CEAL

A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacânciafar-se-á com a:

(A) inclusão da data da publicação e a exclusão do último dia do prazo,entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral

(B) inclusão da data da publicação e a exclusão do último dia do prazo,entrando em vigor no mesmo dia de sua consumação integral

(C) exclusão da data da publicação e a inclusão do último dia do prazo,entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral

100 Questoes~

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As viagens dão uma grande aberturaà mente: saímos do círculo depreconceitos do próprio país e nãonos sentimos dispostos a assumiraqueles dos estrangeiros..

Montesquieu

Pobre não é aquele que tem pouco,mas antes aquele que muito deseja.

Sêneca

A linguagem política, destina-se afazer com que a mentira soe comoverdade e o crime se tornerespeitável, bem como a imprimir aovento uma aparência de solidez.

George Orwell

(D) inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no diasubsequente à sua consumação integral

(E) exclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no diasubsequente à sua consumação integral

Tipo: [FRM] [DET]

Onde estão as pegadinhas? Há aqui duas armadilhas: a primeira delas, tenta confundir pelagrande semelhança na sintaxe das cinco alternativas, o que exige grande atenção do candi-dato para não perder o significado exato de cada uma das proposições.

Trata-se de uma pegadinha de forma [FRM] cujo alvo é o candidato que eventualmente sedistraia ou que premido pelo tempo, principalmente nos momento finais da prova precisaresponder rapidamente para economizar minutos precisos. Candidatos bem preparadosemocionalmente e que conhecem bem o tópico raramente caem nesse tipo de cilada.

A segunda pegadinha, de detalhe [DET] é muito mais maldosa, pois exige da parte docandidato o conhecimento de uma Lei Complementar pouco conhecida, a LC 95/1998. Hámuito o que comentar sobre a questão que versa sobre a contagem dos prazos da "vacatiolegis", o período decorrido entre a data da publicação e a data de entrada em vigor da lei.

A primeira coisa que vem à mente ao nos depararmos com uma questão como esta é oconhecidíssimo Art. 132 do Código Civil e o não menos conhecido Art. 184 do Código deProcesso Civil.

Código Civil

Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário,computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o dovencimento

Código do Processo Civil

Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos,excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. (Redaçãodada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Observe, no entanto que o primeiro artigo citado integra o Capítulo III do CC que trata daCondição, do Termo e do Encargo, referindo-se portanto aos negócios jurídicos em geral eaplicando-se especialmente aos contratos. O segundo, por sua vez, encontra-se tambémno Capítulo III do CPC que trata dos Prazos Processuais.

Podemos então supor que em se tratando de "prazos", a regra geral é excluir o dia docomeço e incluir o do vencimento. Se terminamos aqui o raciocínio, a conclusão lógica é ade que a alternativa correta deve ser a (C):

"(C) exclusão da data da publicação e a inclusão do último dia do prazo, entrando emvigor no dia subsequente à sua consumação integral"

No entanto, tais considerações são insuficientes para termos condições de responder comconsciência à pergunta formulada. Há outras normas importantíssimas que é preciso levarem conta:

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Proibir algo é despertar o desejo

Michel des Montaigne

A primeira delas encontra-se no Decreto-Lei n. 4.657/42, a famosa LICC, ou Lei de Introdu-ção ao Código Civil, que ao contrário do que se poderia pensar, aplica-se não apenas a este,mas a todas as outras espécies normativas, possuindo portanto uma abrangência muitomais ampla do que o nome pelo qual ficou conhecida poderia sugerir. Em seu Art. 2º, logo nosegundo parágrafo é declarado que...

" § 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiaisa par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior"

O detalhe oculto da pegadinha.

Observem que o enunciado da questão refere-se à entrada em vigor de leis que estabele-çam "período de vacância". Essa expressão, que é a chave da pegadinha, nos fornece apista para a correta solução. Trata-se de um caso específico de prazo tratado pela LeiComplementar 95/1998. Apesar de tratar de assunto importante, ela é bem menos conheci-da pelos candidatos. Por isso vale a pena falar um pouco sobre ela. Vejamos o que diz suaementa que é a parte que explicita, logo abaixo da epígrafe, o objeto da lei.

LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998

"Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolida-ção das leis, conforme determina o parágrafo único do art. 59 daConstituição Federal, e estabelece normas para a consolidação dosatos normativos que menciona."

O citado artigo da CF trata do Processo Legislativo e em seu parágrafo único exige que asleis que disponham sobre outras leis sejam constituídas sob a forma de Lei Complementar:

"Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:......

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, re-dação, alteração e consolidação das leis."

E agora vamos ao que interessa: o parágrafo 1º do Art. 8º dessa Lei Complementar trataum caso específico de contagem de prazo, a saber o das leis que estabelecem período devacância.

"Art. 8º ...

§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis queestabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data dapublicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia sub-seqüente à sua consumação integral.

(Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)"

É o caso previsto pela LICC. Essa lei estabelece uma contagem de prazo diferente da regrageralmente adotada que exclui a data de publicação. Por ser uma norma de aplicaçãoespecífica (às leis que estabelecem período de vacância) ela não pode ser revogada poruma norma geral, mesmo que essa regra venha a ser estabelecida por uma lei posterior.Portanto, baseando-nos no que afirma a LC 95/1988 a resposta correta é a (D).

Resposta: (D)

100 Questoes~

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As viagens dão uma grande aberturaà mente: saímos do círculo depreconceitos do próprio país e nãonos sentimos dispostos a assumiraqueles dos estrangeiros..

Montesquieu

Pobre não é aquele que tem pouco,mas antes aquele que muito deseja.

Sêneca

A linguagem política, destina-se afazer com que a mentira soe comoverdade e o crime se tornerespeitável, bem como a imprimir aovento uma aparência de solidez.

George Orwell

PDA - 59Fonte: CESPE /2007 - Analista Judiciário - TSE

As leis, por serem preceitos de ordem pública, ou seja, de observância obrigatória, sejamcogentes ou dispositivas, têm força coercitiva e não podem ser derrogadas por convenção

entre as partes.

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? Esta pegadinha tem por alvo o candidato que não conhece adiferença entre os conceitos de leis cogentes e leis dispositivas. As primeiras, tambémconhecidas como injuntivas são aquelas de ordem pública, não podendo portanto sermodificadas pela vontade das partes e nem mesmo pela vontade do juiz. São de caráterimperativo quando impõem um determinado comportamento e proibitivas quando impõemuma abstenção.

Já as leis dispositivas, também conhecidas como supletivas ou permissivas visam a tutelarinteresses patrimoniais, razão pela qual podem ser modificadas pelas partes.

A questão, fácil para quem domina esses conceitos, torna-se uma pegadinha para quem osdesconhece. Nessa situação o candidato ou candidata pode ficar tentado a desconsiderar aimportância dos mesmos. Ao tentar uma resposta baseando-se no senso comum poderáser influenciado pela parte inicial do enunciado que afirma que as leis são de observânciaobrigatória. A afirmação está incorreta porque as leis dispositivas podem sim ser alteradaspelas partes.

Se o enunciado falasse em ab-rogação em vez de derrogação poderia ser interpretadocomo correto, já que a ab-rogação significaria uma revogação total da lei, o que evidente-mente está fora das possibilidades das partes.

Resposta: [INCORRETA]

PDA - 60Fonte: CESPE /20087 - Analista Judiciário - TSE - 2008 (CESPE)

Diante da existência de incapacidade relativa de uma das partes do negócio jurídico, a outraparte não poderá invocar tal condição para gerar a nulidade em seu benefício.

Entretanto, a parte incapaz poderá alegar tal condição para invalidar o negócio, se dessefato tiver consciência, uma vez que o instituto da incapacidade existe para proteger os seusdireitos.

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? Vamos analisar cada uma das proposições existentes no enuncia-do da questão.

A primeira parte da questão está correta e de acordo com o Art. 105 do Código Civil:

Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode serinvocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, forindivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.

100 Questoes~

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Justificar tragédias como "vontadedivina" tira da gente aresponsabilidade por nossas escolhas.

Umberto Eco

Para todo problema econômico degrande complexidade, existe sempreuma solução muito simples, e errada.

Gustavo Franco

Tamanho nada significa. Olhe paramim. Pelo meu tamanho você me julga?

Yoda

A segunda parte tenta induzir o candidato a considerar a resposta como correta citando ofato, bem conhecido e coerente com o nosso senso comum, de que o instituto da incapaci-dade existe para proteger os direitos do incapaz.

Observe, no entanto, que o texto menciona a hipótese de que ele está consciente do fato.Trata-se portanto de incapacidade relativa, como aquela que a lei atribui ao menor entredezesseis e dezoito anos. De acordo com a norma legal:

Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, paraeximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente aocultou quando inquirido pela outra parte, ouse, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.

Portanto, mesmo que o instituto da incapacidade tenha por objetivo proteger o incapaz, estenão pode aproveitar-se disso para malandramente eximir-se de uma obrigação que consci-entemente assumiu enquanto escondia de outrem a sua condição. Logo, apesar da malicio-sa menção aos objetivos de proteção dos direitos do incapaz pelo autor da questão, aassertiva está mesmo incorreta.

Resposta: [INCORRETA]

PDA - 61Fonte: SIMULADO

O contrato segundo o qual alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticaratos ou administrar interesses, denomina-se:

(A) gestão de negócios

(B) delegação

(C) mandato

(D) procuração

Tipo: [VZS]

Este exemplo foi identificado de um site especializado em concursos públicos, Infelizmentenão havia nenhuma menção ao certame, ano ou banca relacionados à questão proposta.

De qualquer forma esta é uma típica armadilha que poderia aparecer em provas para fun-ções de nível médio. Porém, dificilmente a veríamos em uma prova para cargos maisespecializados da área jurídica, como Juiz ou Procurador, pois de acordo com o princípio darelatividade das pegadinhas é necessário que exista na estrutura da questão, algo quedificulte o entendimento por parte do candidato daquilo que lhe está sendo cobrado.

Uma pessoa formada e com vivência em Direito já está familiarizada com as sutis diferen-ças entre esses conceitos e portanto não há na questão nenhum obstáculo ao seu entendi-mento. Logo para esse tipo de candidato não há que se falar em pegadinha.

Isso significa que o conceito de relatividade da pegadinha está diretamente relacionado aoconceito de alvo ou destinatário da mesma.

Já o candidato de nível médio ou formado em área distinta da jurídica terá mais dificuldadeem perceber o significado exato de cada conceito assim como as tênues diferenças entreeles. Isso acontece porque todos encontram-se dentro do mesmo espaço ou camposemântico.

100 Questoes~

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A ironia é a expressão mais perfeitado pensamento

Florbela Espanca

Em si, a vida é neutra. Nós a fazemosbela, nós a fazemos feia; a vida é aenergia que trazemos a ela.

Osho

Por isso que falo por parábolas;porque vendo não vêem e ouvindo, nãoouvem e nem entendem..

Jesus Cristo

Um exemplo mais concreto servirá para explicar melhor. Laranja, tangerina e limão encon-tram-se no mesmo campo semântico e estão muito próximos uns dos outros.

Podemos afirmar também que as palavras acerola e melancia também fazem parte dessecampo semântico. Porém, observe que apesar disso encontram-se mais "afastadas", poisainda que também sejam frutas (mesmo campo semântico) não são cítricas como asprimeiras e portanto o seu grau de vizinhança semântica com elas é menor.

As quatro opções de resposta encontram-se todas no mesmo campo semântico, poisreferem-se à responsabilidade assumida por alguém para de alguma forma, cuidar dosnegócios de outra pessoa.

No entanto, a delegação implica também em uma relação hierárquica que não existe nocaso das outras alternativas. Por sua vez, a gestão de negócios (no sentido explícito emque a expressão é usada nem Direito Civil) é uma relação desprovida de formalidade oucaráter oficial, o que não ocorre no caso do mandato e da procuração.

Por isso, embora todas as opções de resposta encontrem-se a grosso modo, no mesmocampo semântico, a vizinhança entre mandato e procuração é muito maior já que ambos:

1 - Revestem-se de oficialidade2 - São geralmente necessários à constituição de uma ação3 - Não pressupõem uma relação hierárquica entre as partes

Com frequência, ainda que incorretamente, são usados na linguagem cotidiana como sefossem sinônimos.

O mandato (no Direito Civil) é um tipo de contrato pelo qual uma pessoa recebe de outrapoderes para praticar determinados atos ou administrar interesses em seu nome.

A procuração, por sua vez, é o instrumento do mandato. O primeiro se refere à relação/acordo considerados de forma abstrata. A segunda é a expressão dessa relação concreti-zada materialmente em um documento.

Caso o candidato não tenha clara consciência dessa diferença entre os significados decada um, a grande proximidade semântica entre ambos, fará com que sua mente busqueassociações que tenderão a identificá-los como sendo iguais. Mesmo que o candidatoelimine as duas primeiras alternativas, terá dificuldade em decidir entre (C) e (D).

A análise desta questão, que também é uma análise do conceito de Vizinhança ou Similari-dade semântica, amplamente utiizado na Análise de Pegadinhas, apresenta ainda outroaspecto dessa disciplina: a importância de se levar em consideração os processos subjeti-vos, muitas vezes inconscientes que podem ocorrer na mente do candidato e induzi-lo aerrar a questão.

Não conheço qualquer tipo de análise que leve esse fator em conta. É possível que isso nãopossa ter nenhuma validação "científica", mas é algo que está muito próximo à realidade docandidato. Qualquer um, ao revisar uma questão com pegadinha na qual tenha marcado aresposta errada, será capaz de reviver passo-a-passo a linha de raciocínio equivocada queseguiu, provavelmente induzido pela estrutura ardilosa como a questão foi elaborada.

A AP simplesmente tenta desvendar (e se possível antecipar) esse processo, pois uma vezidentificado fica eliminada a possibilidade do candidato "cair" na pegadinha através daqueletipo de raciocínio.

Ao mesmo tempo ele vai desenvolvendo a habilidade de reconhecer estruturassemelhantes em outras questões que possam vir a induzí-lo a adotar uma linha deraciocínio semelhante.

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Se você quer transformar o mundo,mexa primeiro em seu interior.

Dalai Lama

As circunstâncias não fazem o homem,elas o revelam.

James A. Van Allen

É melhor ir deitar-se sem jantar que selevantar com dívidas.

Benjamin Franklin

Indicadores de Exclusão - Aprenda a usá-los a seu favor

A partir do meu novo livro "100 Pegadinhas de Direito Civil" a ser lançado em breve, passei autilizar nas análises um novo conceito da AP que denominei "Indicador de Exclusão" quepode ser utilizado como ferramenta auxiliar do candidato, tanto para ajudar a identificar aresposta a ser assinalada (e nesse caso ele também é a "chave da pegadinha"), como paraeliminar uma alternativa incorreta.

Quando isso acontece, isto é, quando o indicador de exclusão é também a chave da pegadi-nha, temos algo curioso: a questão torna-se uma espécie de pegadinha "às avessas", pois oindicador está dando uma informação relevante para que o candidato chegue à respostacerta, muitas vezes até mesmo sem conhecer o assunto da questão.

Indicadores de exclusão são palavras que eliminam, isto é, excluem a possibilidade deexceções. Como toda regra tem exceção (inclusive a regra que afirma isto), a probabilidadedo indicador ser um forte indício do que deve ou não deve ser considerado certo, é muitogrande. Claro que a regra não é infalível, pois sempre existirão alguns raros casos onde nãohaverá exceções.

Dentre as palavras e expressões mais comuns, nunca, sempre, em nenhuma hipótese,jamais, exclusivamente, apenas, costumam funcionar como indicadores de exclusão.

Vejamos alguns exemplos de questões, para os mais variados cargos, nas quais o conheci-mento dos indicadores de exclusão poderia nos auxiliar a acertar a resposta ou pelo menosa eliminar diversas alternativas erradas.

PDA - 62Fonte: PROCURADOR DO ESTADO / RS (1997)

(A) A empresa pública tem regime jurídico de direito privado e personalidade de direito públi-co, criada apenas para explorar atividade econômica.

(B) A empresa pública tem personalidade jurídica de direito privado e regime jurídico dedireito público, criada apenas para prestar serviço público típico.

(C) A empresa pública tem personalidade e regime jurídico de direito público, criada paraprestar serviço público e explorar atividade econômica.

(D) A empresa pública tem personalidade e regime jurídico de direito privado, criada apenaspara explorar atividade econômica.

(E) A empresa pública tem personalidade de direito privado, criada para prestar serviçopúblico ou explorar atividade econômica.

Tipo: [FRM] - [IEx+]

A questão não é difícil para o candidato bem preparado. Ele precisa apenas ter o cuidado demanter a concentração, pois a forma repetitiva das alternativas cria uma dificuldadeadicional, pois pode eventualmente confundí-lo se estiver cansado ou momentaneamentedistraído.

Já o candidato que tiver dúvidas pode utilizar o conceito de Indicador de Exclusão comoferramenta de auxílio e de cara, eliminar (A), (B) e (D) reduzindo assim bastante as possibili-dades de erro.

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Não gosto dos donos da verdade,quaisquer que sejam eles. Assustam-me e me entediam. Sou fanaticamenteantifanático. ~ Frase de Luis Buñuel

Luis Buñel

Bebo porque é líquido. Se fosse sólidocomê-lo-ia

Janio Quadros

O cinismo consiste em ver as coisascomo realmente são, e não comodeveriam ser.

Oscar Wilde

Mesmo que ele não tivesse a menor ideia da resposta, ainda assim teria aumentado assuas chances de acerto de 20 para 50%.

A razão para eliminar as opções acima citadas está na presença indicador de exclusãoapenas nas respectivas proposições. Assim fazendo, o candidato-alvo da pegadinha (aque-le que não sabe a resposta ou mesmo tendo algum conhecimento do assunto ainda estáem dúvida) só precisará escolher entre (C) e (E).

A única diferença entre elas está nos conectivos lógicos "e" e "ou" empregados na segundaparte da proposição composta:

(C) criada para prestar serviço público E explorar atividade econômica

(E) criada para prestar serviço público OU explorar atividade econômica

E aqui o candidato poderia usar um pouco o seu bom senso e lembrar, por exemplo, que háempresas públicas como a COMLURB (Companhia de Limpeza Urbana) do Rio de Janeiroe similares em outras unidades da federação que prestam o serviço público de coleta delixo, não tendo essa atividade caráter econômico.

Essa constatação, por si só, eliminaria (C). Tanto mais que existem empresas como aCaixa Econômica Federal ou a ECT que exploram somente uma atividade econômica.

Este exemplo demonstra como até mesmo alguém que desconheça completamente oassunto pode resolver logicamente uma questão de prova usando recursos como o bomsenso e os indicadores de exclusão.

É claro que isso não é um método alternativo ao estudo intensivo do programa dos editais,mas apenas um último recurso a ser utilizado quando não há outra alternativa além dechutar a resposta de uma forma inteligente.

Resposta: (E)

PDA - 63Fonte: TRT - PB - Analista Judiciario - 2005 (CESPE)

Cessará, para os menores, a incapacidade pela concessão dos pais, ou de um deles nafalta do outro, mediante instrumento

(A) particular ou público, com posterior homologação judicial obrigatória

(B) necessariamente particular e independentemente de homologação judicial

(C) necessariamente público, e com posterior homologação judicial obrigatória

(D) necessariamente particular e com posterior homologação judicial obrigatória

(E) necessariamente público e independentemente de homologação judicial

Tipo: [FRM]

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Direito CIVILDireito CIVILDireito CIVILDireito CIVILDireito CIVIL

Não é tarefa fácil dirigir os homens;empurrá-los, por sua vez, é muito fácil.

Rabindranath Tagore

As circunstâncias não fazem o homem,elas o revelam.

James A. Van Allen

O homem criativo não é um homemcomum ao qual se acrescentou algo.Criativo é o homem comum do qualnada se tirou. ~ Frase de AbrahamMaslow

Abraham Maslow

A forma muito semelhante e repetitiva das alternativas contribui para confundir o candidato.Muitas vezes questões com essa estrutura são estrategicamente colocadas no final daprova para explorar o estado de desconforto físico ou emocional. Para quem conhece oassunto basta manter-se totalmente concentrado.

Resposta: (E)

PDA - 64Fonte: Prefeitura de SP - Agente Fiscal de Rendas - 2006

A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacânciafar-se-á com a:

(A) inclusão da data da publicação e a exclusão do último dia do prazo, entrando em vigor nodia subsequente à sua consumação integral

(B) inclusão da data da publicação e a exclusão do último dia do prazo, entrando em vigorno mesmo dia de sua consumação integral

(C) exclusão da data da publicação e a inclusão do último dia do prazo, entrando em vigorno dia subsequente à sua consumação integral

(D) inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no diasubsequente à sua consumação integral

(E) exclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no diasubsequente à sua consumação integral

Tipo:[PRZ] [FRM] [DET] [TEC]

Onde estão as pegadinhas? Eis aqui um caso raríssimo que apresenta simultanea-mente quatro tipos de estruturas de montagem de pegadinhas. Não se trata apenas deuma pegadinha de prazo [PRZ]. Há aqui diversas outras armadilhas: de forma [FRM],pois tenta confundir pela grande semelhança na sintaxe das cinco alternativas, o queexige grande atenção do candidato para não perder o significado exato de cada umadas proposições.

A terceira pegadinha, de detalhe [DET] é a pior de todas, pois exige da parte do can-didato familiaridade com uma Lei Complementar pouquíssimo conhecida, a LC 95/1998.

Há muito o que comentar sobre a questão que versa sobre a contagem dos prazos davacatio legis, o período decorrido entre a data da publicação e a data de entrada emvigor da lei.A primeira coisa que vem à mente ao nos depararmos com uma questão como esta éo conhecidíssimo Art. 132 do Código Civil e o não menos conhecido Art. 184 do Códi-go de Processo Civil.

Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário,computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o dovencimento

Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos,excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. (Redaçãodada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

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O que é necessário para mudar umapessoa é mudar sua consciência de simesma. ~ Frase de Abraham Maslow

Abraham Maslow

Podemos escolher recuar em direçãoà segurança ou avançar em direção aocrescimento. A opção pelo crescimentotem que ser feita repetidas vezes. E omedo tem que ser superado a cadamomento.

Abraham Maslow

O cinismo consiste em ver as coisascomo realmente são, e não comodeveriam ser.

Oscar Wilde

Observe, no entanto que o primeiro artigo citado integra o Capítulo III do CC que trata daCondição, do Termo e do Encargo, referindo-se portanto aos negócios jurídicos em geral eaplicando-se especialmente aos contratos. O segundo, por sua vez, encontra-se tambémno Capítulo III do CPC que trata dos Prazos Processuais.Podemos então supor que em se tratando de "prazos", a regra geral é excluir o dia docomeço e incluir o do vencimento. Se terminamos aqui o raciocínio, a conclusão lógica é ade que a alternativa correta deve ser a (C):

"C) exclusão da data da publicação e a inclusão do último dia do prazo, entrando em vigorno dia subsequente à sua consumação integral"

No entanto, tais considerações são insuficientes para termos condições de responder comconsciência à pergunta formulada. Há outras normas importantes que é preciso levar emconta:A primeira delas encontra-se no Decreto-Lei n. 4.657/42, a famosa LICC, ou Lei de Introdu-ção ao Código Civil, que ao contrário do que se poderia pensar, aplica-se não apenas aeste, mas a todas as outras espécies normativas, possuindo portanto uma abrangênciamuito mais ampla do que o nome pelo qual ficou conhecida poderia sugerir. Em seu Art. 2º,logo no segundo parágrafo é declarado que...

" § 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiaisa par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior"Agora o detalhe oculto da pegadinha.Observem que o enunciado da questão refere-se à entrada em vigor de leis "que estabele-çam período de vacância". Essa expressão, que é a chave da pegadinha, nos fornece apista para a correta solução.

Trata-se de um caso específico de prazo tratado pela Lei Complementar 95/1998. Apesarde tratar de assunto importante, ela é bem menos conhecida pelos candidatos. Por issovale a pena falar um pouco sobre ela. Vejamos o que diz sua ementa que é a parte queexplicita, logo abaixo da epígrafe, o objeto da lei.

LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998"Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolida-ção das leis, conforme determina o parágrafo único do art. 59 daConstituição Federal, e estabelece normas para a consolidação dosatos normativos que menciona."

O citado artigo da CF trata do Processo Legislativo e em seu parágrafo único exige que asleis que disponham sobre outras leis sejam constituídas sob a forma de Lei Complementar:

"Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:...

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, re-dação, alteração e consolidação das leis."

E agora vamos ao que interessa: o parágrafo 1º do Art. 8º dessa Lei Complementar trataum caso específico de contagem de prazo, a saber o das leis que estabelecem período devacância.

"Art. 8º

...

§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que esta-beleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data dapublicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia sub-seqüente à sua consumação integral. (Parágrafo incluído pela LeiComplementar nº 107, de 26.4.2001)"

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Os talentos atingem metas queninguém mais pode atingir, os gêniosatingem metas que ninguém jamaisconsegue ver

Schopenhauer

Não é benéfico ajudar um amigocolocando moedas em seus bolsosquando existem buracos neles.

Douglas Hurd

"Não se pode ensinar tudo a alguém,pode-se apenas ajudá-lo a encontrarpor si mesmo.

Galileu Galilei

PDA - 65Fonte: Simulado

Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência se for extremamenteprovável a morte de quem estava em perigo de vida ou se alguém, desaparecido em cam-panha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o início da guerra.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Pegadinha de detalhe. O enunciado reproduz quase literalmente oInciso II do Art 7º do novo Código Civil. A chave da pegadinha é a palavra "término".

Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação deausência:

I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigode vida;

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, nãofor encontrado até dois anos após o término da guerra.

É claro que o alvo de uma pegadinha como essa são aqueles candidatos que preferemdecorar em detrimento de entender o sentido da norma. Basta usar um pouco de bomsenso na análise da afirmativa para perceber que não faz o menor sentido contar o prazo dedois anos a partir do início da guerra. E se ela durar dez anos? (A do Iraque durou quaseisso) - Agora, começar a contagem do prazo após o término do conflito é muito mais lógico,vocês não acham?

Resposta: [INCORRETA]

PDA - 66Fonte: Exame da OAB - PR (2004)

Vamos variar um pouco e apresentar uma questão surgida em um exame de Ordem. Elanão tem uma pegadinha no sentido tradicional da palavra, mas envolve um tipo de conceitoque utilizamos em nossas análises chamado "Indicador de Exclusão". Se você não sabe oque isso significa sugiro que baixe a versão mais recente do e-book "Pegadinhas-de-Con-cursos" disponível em nosso site oficial, o www.pegadinhas-de-concursos.com.br onde estee outros conceitos básicos da metodologia da Análise de Pegadinhas são explicados.

Indicadores de exclusão são palavras ou expressões que fazem com que a probabilidadede uma proposição estar incorreta seja bem elevada. Concurseiros com experiência apren-dem intuitivamente a reconhecê-los e quando não sabem a resposta levá-los em considera-ção. Exemplos são "nunca", "jamais", "em nenhuma hipótese" e muitas outras semelhantes.Há também outro conceito mais raro, o indicador de Inclusão, que aparece na questão e quetem o efeito contrário, isto é, aumenta a probabilidade da proposição estar correta (depen-dendo, é claro, das outras opções).

Os indicadores de exclusão transformam a questão em uma espécie de pegadinha "dobem", já que em vez de dificultar a busca do candidato para encontrar a resposta correta,acaba facilitando-a. O motivo fundamental para prestarmos atenção a eles é o fato de que

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Quando se aposentarem, por favor, nãofiquem em casa atrapalhando a família.Tem que procurar alguma coisa parafazer.

Lula

Todo brasileiro tem motivos para sesentir otimista. As perspectivas só sãoruins para os desempregados.

Lula

Não vou me sujar por pouco. Vou mesujar por alguns milhões de dólares, éclaro. Pego esses milhões de dólarese faço a benemerência que eu quiser.Isso não é desonestidade. Isso éoportunidade.

Clodovil

no ordenamento jurídico são raras as normas cuja abrangência é absoluta, pois na esmaga-dora maioria das vezes sempre existe uma ou outra exceção. Vamos à questão que vocêentenderá melhor se for esta a primeira vez que se depara com a ideia.

Assinale a alternativa correta:

(A) A liberdade de forma é princípio contratual básico que não admite exceções, vez queassegurada pela autonomia da vontade

(B) A boa-fé objetiva é princípio contratual com diversas diferentes funções, não se limitandoà regra de interpretação do negócio jurídico

(C) Pelo princípio da liberdade contratual autoriza-se a celebração de qualquer tipo de con-trato, desde que sua escolha recaia sobre um dos tipos contratuais previstos no Código Civil

(D) O princípio da "pacta sunt servanda" não admite exceções, uma vez que qualquer revi-são do contrato atentaria contra o princípio da boa-fé, atualmente consagrado no art. 422 dalei 10.406/2002

Tipo: [IEx+]

Irei analisar cada alternativa apontando o indicador de exclusão:

(A) ERRADA - Indicador de Exclusão: "não admite exceções"

Todo candidato sabe (ou deveria saber) que há exceções sim, pois existem restrições naliberdade de forma em alguns tipos de contrato, como por exemplo, no contrato de casa-mento e no contrato de compra e venda de imóveis.

(B) CORRETA - Indicador de Inclusão: "não se limitando à"

É a resposta correta. Observe que a expressão "não se limitando à" tem um efeito contrárioao de um indicador de exclusão, em vez de restingir ela amplia aas possibilidades de aplica-ção do princípio mencionado. Ela "inclui" a possibilidade de existirem outros casos ou exce-ções.

(C) ERRADA - Indicador de Exclusão: "qualquer tipo"

Raramente as normas legais prevêem regras absolutas. A liberdade contratual também temsuas limitações como podem ver consultando o Código Civil:

Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e noslimites da função social do contrato.

(D) ERRADA - Indicador de Exclusão: "não admite exceções"

Desconfie sempre de afirmativas que dizer não haver exceções. Em mais de noventa ecinco por cento dos casos elas costumam estar erradas.

Em relação ao que afirma a alternativa, eu poderia citar como exemplo de exceção válida aoprincipio "pacta sunt servanda" (que afirma que o que está no contrato sempre deve serobservado, mesmo que chova canivetes) a aplicação da Teoria da Imprevisão. Aliás depen-dendo do que tiver sido estipulado, uma chuva de canivetes seria um bom motivo paraaplicar essa teoria a um contrato.

Resposta: [B]

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Não é tarefa fácil dirigir os homens;empurrá-los, por sua vez, é muito fácil.

Rabindranath Tagore

As circunstâncias não fazem o homem,elas o revelam.

James A. Van Allen

O homem criativo não é um homemcomum ao qual se acrescentou algo.Criativo é o homem comum do qualnada se tirou. - Frase de AbrahamMaslow

Abraham Maslow

PDA - 67Fonte: PETROBRÁS - ADVOGADO JR. - 2007 - (CESPE)

Em se tratando de obrigação pecuniária constituída em moeda estrangeira e desde que aspartes tenham convencionado a sua conversão em moeda nacional, esta deve ocorrer pelataxa oficial vigente na data do vencimento da obrigação ou da constituição em mora dodevedor, mesmo quando a quitação dessa obrigação ocorrer em data posterior.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Lembra-se que aí em cima, na análise da pegadinha 068, mencio-nei que há variações na forma como as pegadinhas de detalhes [DET] podem serestruturadas? Naquele exemplo o truque usado para disfarçar o detalhe era fazer uma sériede proposições verdadeiras e deixar a falsa (onde se escondia o detalhe) para o final alémde usar expressões como "Sendo assim" e "Quando então..." para dar a impressão de umaconclusão lógica. Falei também de outra variante das [DET]. É o caso da presente questãode Direito Civil.

Sabe aquela brincadeira que consiste em fazer uma pergunta para fazer a pessoa pensarem uma resposta, só que a própria pergunta é feita da maneira errada com o objetivo deconfundir a quem se perguntou?

Exemplo: "Como se chamavam as famosas três caravelas com que a expedição deColombo (chave da pegadinha) chegou aqui?". Se você fizer a pergunta bem rápido, o seuinterlocutor provavelmente não terá tempo de perceber o erro e concentrará toda a suaatenção na busca de uma resposta que não há. Afinal, quem chegou aqui foi Cabral, lem-bra?

Pois essa é exatamente uma variante específica das pegadinhas de detalhe que mencioneiali. Felizmente ela não é muito comum porque quando aparece costuma ser bastante peri-gosa.

O truque, como dissemos, consiste em apresentar logo no começo uma afirmação ou fatoaparentemente tido como verdadeiro e possível (as partes convencionaram a conversão emmoeda nacional) e que supostamente está ali apenas para contextualizar a falsa questãoque neste caso seria qual a data correta para realizar a conversão.

Além disso, acrescente-se outro detalhe inútil cujo objetivo é desviar ainda mais a atençãodo erro fundamental do enunciado, a quitação ocorrer em dia posterior. Ora, nada do queestá sendo perguntado faz o menor sentido diante do Art. 318 do nosso Código Civil.

Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moedaestrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valordesta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na le-gislação especial.

É claro que há exceções previstas em algumas leis, como por exem-plo, os contratos e títulos referentes a importação ou exportação,contratos de compra e venda de câmbio e outras. No entanto a ques-tão não faz referência a nenhuma delas e induz o candidato a pen-sar que esse tipo de obrigação seja válido como regra geral.

Resposta: (INCORRETA)

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Esqueçam que eu existo!

ex-presidente Figueiredo

Esqueçam tudo o que eu escrevi antes!

ex-presidente Fenando Henrique

Sou uma metamorfose ambulante!

ex-presidente Lula

PDA - 68Fonte: OAB/PR - 2004

Assinale a alternativa correta:

(A) A liberdade de forma é princípio contratual básico que não admite exceções, vez queassegurada pela autonomia da vontade

(B) A boa-fé objetiva é princípio contratual com diversas diferentes funções, não se limitandoà regra de interpretação do negócio jurídico

(C) Pelo princípio da liberdade contratual autoriza-se a celebração de qualquer tipo de con-trato, desde que sua escolha recaia sobre um dos tipos contratuais previstos no CódigoCivil

(D) O princípio da "pacta sunt servanda" não admite exceções, uma vez que qualquerrevisão do contrato atentaria contra o princípio da boa-fé, atualmente consagrado no art. 422da lei 10.406/2002

Tipo: [IEx-] / [INc+]

Onde está a pegadinha? Por diversas vezes assinalamos a importância de se prestaratenção aos Indicadores de Exclusão [IEx-] e em menor grau aos Indicadores de Inclusão[INc+] que embora menos frequentes, quando aparecem geralmente servem reforçar aindicação daqueles. É o que acontece nesta questão.

Como sabemos, a importância dos indicadores de exclusão está no fato de que dificilmenteuma norma deixa de comportar algum tipo de exceção. Por isso qualquer proposição queexclua a possibilidade da ocorrência de exceções tem grandes chances de estar incorreta.É o que acontece nas opções (A), (C) e (D):

(A) A liberdade de forma é princípio contratual básico que não admite exceções, vez queassegurada pela autonomia da vontade.

"Não admite exceções" é o indicador de exclusão por excelência. É claro que a proposiçãoestá errada. Exemplo da liberdade de forma são os casos em que a própria lei estabeleceaquela através da qual o contrato deve ser celebrado, como acontece com a Compra eVenda de imóveis, em que se deve comparecer a um cartório extrajudicial ou ainda nocasamento, um contrato que geralmente começa com "Meu Bem" e termina com "Meusbens".

(C) Pelo princípio da liberdade contratual autoriza-se a celebração de qualquer tipo de con-trato, desde que sua escolha recaia sobre um dos tipos contratuais previstos no CódigoCivil.

Neste contexto a expressão "qualquer tipo" também pode ser considerada um indicador deexclusão, pois significa que não há exceções nos tipos de contrato que podem ser celebra-dos A própria alternativa demonstra certa contradição, pois ao mesmo tempo que diz que"qualquer tipo" de contrato está autorizado, afirma também que ele precisa enquadrar-se aum dos tipos previstos em lei. Não existe essa tipificação imperativa dos contratos, apenasas normas gerais devem ser observadas conforme demonstra o Art. 425 do Código:

Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, obser-vadas as normas gerais fixadas neste Código.

Não fora esse motivo suficiente para se desconfiar da opção, há ainda o fato de que aliberdade de contratar deve adaptar-se aos limites da função social do contrato. Portanto,não é qualquer tipo de contrato que pode ser celebrado. Por exemplo, não é lícito a uma

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Nunca ande pelo caminho traçado,pois ele conduz somente até onde osoutros foram."

Alexandre Graham Bell

Cada um na sua e Deus na de todos.

Eric Savanda

Se a gente toma banho para deixar ocorpo limpo, por que é que lavamos atoalha depois?

Anônimo

construtora contratar uma empresa para retirar areia de praia para utilizá-la na obra deconstrução de um prédio, pois o objeto de tal contrato além de contribuir para destruir umbem de uso comum do povo (a praia) coloca em risco a segurança dos futuros moradores,já que a areia de praia não é adequada a esse tipo de utilização.

Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e noslimites da função social do contrato.

(D) O princípio da "pacta sunt servanda" não admite exceções, uma vez que qualquer revi-são do contrato atentaria contra o princípio da boa-fé, atualmente consagrado no art. 422 dalei 10.406/2002.

Novamente a expressão indicadora de exclusão trai a incorreção do que é afirmado. Oprincípio "pacta sunt servanda" admite sim, exceções, quando então pode ser aplicada aoscontratos a famosa Teoria da Imprevisão.

Vejamos agora como a expressão "não se limitando à" funciona como Indicador de Inclusão[INc+], ampliando as possibilidade de aplicação do princípio da boa-fé objetiva para além dasimples interpretação do negócio jurídico.

(B) A boa-fé objetiva é princípio contratual com diversas diferentes funções, não se limitandoà regra de interpretação do negócio jurídico.

O princípio aplica-se a todas as fases do contrato. Além de estar explícito no Art. 422, da leimencionada na alternativa (D), o princípio da boa-fé também fundamenta os dois artigos quese seguem:

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na con-clusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probi-dade e boa-fé.

Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguasou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorá-vel ao aderente.

Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que es-tipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante danatureza do negócio.

A propósito a Lei 10.406/2002 é nada mais nada menos que o nosso atual Codigo Civil.

Resposta: (B)

PDA - 69Fonte: Analista Judiciário - TRF 1ª Região - 2006 (FCC)

De acordo com o Código Civil brasileiro, considera-se condição a cláusula que, derivando

(A) exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a eventofuturo e incerto

(B) da vontade das partes, da lei e de terceiros, subordina o efeito do negócio jurídico aevento futuro e certo

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Os que menos sabem governar-se sãoos que mais ambicionam governar osoutros

Marques de Maricá

Aprende como uma das tuas primeirasobrigações, a dominar-te a ti mesmo.

Pitágoras

Tudo já foi dito uma vez, mas comoninguém escuta é preciso dizer denovo.

André Gide

(C) exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a eventofuturo e certo

(D) da vontade das partes, da lei e de terceiros, subordina o efeito do negócio jurídico aevento futuro e incerto.

(E) exclusivamente da lei, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e certo

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Apesar de ser relativamente fácil, pois a opção de resposta corretareproduz quase inteiramente o texto do Art. 121 do Código Civil, a questão pode encerraruma pegadinha justamente para quem estudou e conhece bem o tópico.

É que existe uma diferença entre a definição doutrinária e a adotada pelo Código Civil, quena verdade é um caso particular daquela.

Para a Doutrina, condição é o evento futuro e incerto que condiciona o início dos efeitos donegócio jurídico. De acordo com a abordagem doutrinária, a condição classifica-se em:

a) pura (própria/simples): aquela que depende exclusivamente da vontade das partes

b) imprópria (legal/conditio iuris): requisito imposto pela lei para que o negócio jurídicoproduza efeitos.

É perfeitamente possível que um candidato que tenha estudado a fundo o assunto se deixeenvolver pela riqueza de detalhes que este suscita (há a condição causal, potestativa, pura-mente potestativa, suspensiva, resolutiva, etc) e acabe esquecendo que a questão não serefere à definição doutrinária da condição aprendida na sala de aula e sim àquela definidapelo Código Civil.

Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusi-vamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurí-dico a evento futuro e incerto.

Se prestar atenção, notará que o CC limita a definição ao que a doutrina denomina condiçãopura (própria ou simples) ignorando a conditio iuris, ou seja, aquele tipo de condição que éum requisito imposto por lei para que o negócio jurídico venha a prosperar.

Observação: Se você acompanha nossas análises mensais e conhece o conceito de indi-cador de exclusão (palavra ou expressão que indica ausência de exceções e que sugereque a alternativa em que aparece é incorreta) deve ter percebido que esta questão apresen-ta um dos raros casos em que a palavra "exclusivamente" NÃO funciona como indicador deexclusão.

Pelo contrário, um candidato (muito fraco, por sinal) que desconhecesse totalmente o as-sunto e resolvesse chutar uma resposta eliminando as opções (A) e (C) baseando-se paraisso apenas na presença da palavra "exclusivamente", erraria a questão, já que a primeiraalternativa é a correta.

Resposta: (A)

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Nunca ande pelo caminho traçado,pois ele conduz somente até onde osoutros foram."

Alexandre Graham Bell

Cada um na sua e Deus na de todos.

Eric Savanda

Se a gente toma banho para deixar ocorpo limpo, por que é que lavamos atoalha depois?

Anônimo

PDA - 70Fonte: FCC / 2005 - Contador - CEAL

(A) A empresa pública tem regime jurídico de direito privado e personalidade de direitopúblico, criada apenas para explorar atividade econômica.

(B) A empresa pública tem personalidade jurídica de direito privado e regime Jurídico dedireito público, criada apenas para prestar serviço público típico.

(C) A empresa pública tem personalidade e regime jurídico de direito público, criada paraprestar serviço público e explorar atividade econômica.

(D) A empresa pública tem personalidade e regime jurídico de direito privado, criada apenaspara explorar atividade econômica.

(E) A empresa pública tem personalidade de direito privado, criada para prestar serviçopúblico ou explorar atividade econômica.

Tipo: [FRM]

Onde está a pegadinha? A questão não é difícil para o candidato bem preparado. Ele precisaapenas ter o cuidado de manter a concentração, pois a forma repetitiva das alternativas criauma dificuldade adicional, pois pode eventualmente confundí-lo se estiver cansado oumomentaneamente distraído.

Já o candidato que tiver dúvidas pode utilizar o conceito de Indicador de Exclusão comoferramenta de auxílio e de cara, eliminar (A), (B) e (D) reduzindo assim bastante as possibi-lidades de erro.

Mesmo que ele não tivesse a menor ideia da resposta, ainda assim teria aumentado assuas chances de acerto de 20 para 50%.

A razão para eliminar as opções acima citadas está na presença indicador de exclusãoapenas nas respectivas proposições. Assim fazendo, o candidato-alvo da pegadinha (aque-le que não sabe a resposta ou mesmo tendo algum conhecimento do assunto ainda estáem dúvida) só precisará escolher entre (C) e (E).

A única diferença entre elas está nos conectivos lógicos "e" e "ou" empregados na segundaparte da proposição composta:

(C) criada para prestar serviço público E explorar atividade econômica

(E) criada para prestar serviço público OU explorar atividade econômica

E aqui o candidato poderia usar um pouco o seu bom senso e lembrar, por exemplo, que háempresas públicas como a COMLURB (Companhia de Limpeza Urbana) do Rio de Janeiroe similares em outras unidades da Federação que prestam o serviço público de coleta delixo, não tendo essa atividade caráter econômico.

Essa constatação, por si só, eliminaria (C). Tanto mais que existem empresas como aCaixa Econômica Federal ou a ECT que exploram somente uma atividade econômica.

Este exemplo demonstra como até mesmo alguém que desconheça completamente oassunto pode resolver logicamente uma questão de prova usando recursos como o bomsenso e os indicadores de exclusão.

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Os que menos sabem governar-se sãoos que mais ambicionam governar osoutros

Marques de Maricá

Aprende como uma das tuas primeirasobrigações, a dominar-te a ti mesmo.

Pitágoras

Tudo já foi dito uma vez, mas comoninguém escuta é preciso dizer denovo.

André Gide

É claro que isso não é um método alternativo ao estudo intensivo do programa dos editais,mas apenas um último recurso a ser utilizado quando não há outra alternativa além dechutar a resposta de uma forma inteligente.

Resposta: [E]

PDA - 71Fonte::Analista Judiciário - TRT-DF -2004 (CESPE)

Julgue a afirmação:

Considera-se fiança o contrato de garantia real pelo qual uma pessoa obriga-se a pagar um débito de outra pessoa.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Questão relacionada ao direito das obrigações e queexige conhecimento detalhado dos conceitos que se referem às formas degarantia previstas no Código Civil. Uma leitura desatenta do seu Art. 818poderia induzir o candidato a considerar correta a proposição:

Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigaçãoassumida pelo devedor, caso este não a cumpra.

A palavra-chave da norma em relação à questão é "pessoa". E para entendermos melhor énecessário conhecer a natureza da fiança. Esta é uma das espécies dos contratos degarantia. As garantias, por sua vez, podem ser reais ou fidejussórias.

Garantia real é aquela que se constitui num bem móvel ou imóvel que édestacado do patrimônio do garantidor de forma a que seu valor ou rendimento respondapelo eventual inadimplemento da obrigação principal. Exemplos dessa espécie de garantiasão a hipoteca, o penhor e a anticrese.

Já a garantia fidejussória, por seu turno, é aquela outorgada por umterceiro, estranho à relação obrigacional, que se compromete a assegurarpessoalmente o adimplemento da obrigação principal, dando ao credor

uma segurança maior em relação à possibilidade ou expectativa de vir a

receber aquilo que lhe é devido.

O contrato de fiança é típico exemplo de garantia fidejussória e sendo esta

pessoal, não vincula especificamente determinado bem do fiador à obrigação

por ele assumida em relação ao contrato principal. O erro da questão consiste em afirmarincorretamente que a fiança consiste em um contrato de garantia real.

Resposta: (CORRETA)

PDA - 72Fonte::Cargo: Analista de Administração Pública - SGA/DF (2005)

Sobre as normas vigentes relativas à prescrição e à decadência,julgue os seguintes itens.

(A) No direito civil brasileiro, a prescrição ordinária ocorre em dez anos para as açõespessoais e reais, contados a partir da data em que poderiam ter sido propostas

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Quem muito tem, muito vale. Quemnada tem, nada vale.

Meu avô Laudelino

Cada macaco no seu galho

Provérbio Popular

Quem nunca comeu mel, com ferroserá ferido

Chaves

(B) Ao contrário do que ocorre com a decadência legal, a decadência convencional nãopode ser conhecida de ofício pelo juiz, devendo ser alegada pela parte a quem ela aproveitana primeira oportunidade de falar nos autos, sob pena de preclusão

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? A primeira opção é muito fácil e apenas testa o conhecimento docandidato sobre a prescrição ordinária. Nenhuma pegadinha, portanto.

O alvo aqui são os distraídos. De tanto ouvir nas aulas, seja na faculdade seja em cursi-nhos preparatórios que a decadência convencional não pode ser conhecida de ofício pelojuiz (a primeira proposição do segundo parágrafo), o candidato pode inconscientementeassumir que a afirmação que a segue também está correta, o que não é absolutamenteverdadeiro.

Há duas chaves de pegadinha em (B): a palavra "devendo" que deveria ser substituída por"podendo" e a expressão final do período "sob pena de preclusão".

É principalmente aí que podemos detectar o equívoco. A decadência convencional pode seralegada a qualquer tempo. Os artigos a seguir solucionam tanto (A) quanto (B).

Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quandoestabelecida por lei.

Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem apro-veita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz nãopode suprir a alegação.

Neste caso não há que se falar em preclusão.

Respostas:

(A)= (CORRETA)(B)= (INCORRETA)

PDA - 73Fonte: OAB - PR (2004)

Vejamos agora um exemplo de uma pegadinha "do bem". Estritamente falando essa espé-cie de questão não poderia ser considerada uma verdadeira pegadinha, pois por definiçãouma pegadinha tem por objetivo dificultar a vida do candidato e não facilitá-la. No entanto,isso existe. Geralmente fazem uso do que a Análise de Pegadinhas denomina "Indicador deExclusão" cujo código é [IEx+]. O sinal de + tem por finalidade ressaltar que a estrutura daquestão pode ajudar na solução em vez de atrapalhar.

O indicador de exclusão é uma palavra ou expressão que sempre passa a ideia de que oque está sendo afirmado não admite nenhuma exceção. Como em nosso ordenamentojurídico isso é raríssimo acontecer (mas acontece, afinal se toda regra tem exceção, essatambém teria que ter), a probabilidade da afirmação ser falsa é muito grande.

Exemplos de Indicadores de Exclusão são: todo, todas, nenhum, sempre, qualquer tipo,sem exceção, não admite exceções, e qualquer outra expressão do gênero.

Assinale a alternativa correta:

(A) A liberdade de forma é princípio contratual básico que não admite exceções, vez queassegurada pela autonomia da vontade.

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Page 79: 100 questoes com pegadinhas

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A árvore quando está sendo cortadaobserva com tristeza que o cabo domachado é de madeira.

Provérbio Árabe

Um inimigo inteligente é melhor queum amigo estúpido.

Provérbio Africano

Quem quer que se importe emaprender encontrará sempre umprofessor

Provérbio Alemão

(B) A boa-fé objetiva é princípio contratual com diversas diferentes funções, não se limitandoà regra de interpretação do negócio jurídico.

(C) Pelo princípio da liberdade contratual autoriza-se a celebração de qualquer tipo de con-trato, desde que sua escolha recaia sobre um dos tipos contratuais previstos no CódigoCivil.

(D) O princípio da "pacta sunt servanda" não admite exceções, uma vez que qualquerrevisão do contrato atentaria contra o princípio da boa-fé, atualmente consagrado no art. 422da lei 10.406/2002.

Com exceção da alternativa correta, cada uma das outras apresenta um [IEx+] o que ébastante raro, pois isso é quase o mesmo que dar a resposta para o candidato emuma bandeja, mesmo que ele não conheça bem o assunto cobrado. Vamos analisarcada uma das opções de resposta para ver como funciona:

(A) A liberdade de forma é princípio contratual básico que não admite exceções, vez queassegurada pela autonomia da vontade.

INCORRETA. A liberdade de forma admite exceções, por exemplo, quando a próprialei define a forma através da qual o contrato deve ser celebrado. Exemplo: Compra eVenda de imóveis, em que se deve comparecer em cartório extrajudicial ou casamen-to. Mesmo que o candidato não soubesse absolutamente nada sobre contratos des-confiaria da afirmação simplesmente pela presença da expressão "não admite exce-ções" e tenderia a considerá-la Falsa.

(C) Pelo princípio da liberdade contratual autoriza-se a celebração de qualquer tipo de con-trato, desde que sua escolha recaia sobre um dos tipos contratuais previstos no CódigoCivil.

INCORRETA. É perfeitamente aceitável que as partes escolham tipos contratuais nãoprevistos no Código Civil, desde que sejam observadas as regras gerais do Código:

Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, obser-vadas as normas gerais fixadas neste Código.

Ademais, a liberdade contratual é limitada pela função social do contrato:

Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e noslimites da função social do contrato.

Nesse caso o Indicador de Exclusão é a palavra "qualquer" que exclui a possibilidade dehaver contratos não autorizados. Além disso o que deve ser seguido são as normas geraisfixadas no CC. Não há uma tipificação taxativa do contratos prevista que tenha que serrigorosamente seguida. Fácil de eliminar, mesmo não sabendo a matéria.

(D) O princípio da "pacta sunt servanda" não admite exceções, uma vez que qualquerrevisão do contrato atentaria contra o princípio da boa-fé, atualmente consagrado no art. 422da lei 10.406/2002.

INCORRETA. Todo candidato bem preparado sabe que princípio da obrigatoriedade doscontratos ("pacta sunt servanda") pode ser excetuado quando, por exemplo, é aplicada ateoria da imprevisão.

100 Questoes~

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Há três coisas que jamais voltam: aflecha lançada, a palavra dita e aoportunidade perdida.

Provérbio Tibetano

Assim como as pedras são polidas poratrito , as provações tornam oshomens brilhantes.

Provérbio Indiano

Uma consciência culpada nãonecessita de nenhum acusador.

Provérbio Judaico

Novamente o [IEX+] entrega o ouro de graça com esse "não admite exceções".Agora uma observação interessante sobre (B), a alternativa correta:

(B) A boa-fé objetiva é princípio contratual com diversas diferentes funções, não se limitandoà regra de interpretação do negócio jurídico.

O princípio da boa fé (art. 420, CC) possui diversas nuances que devem ser aplicados emtodas as fases contratuais, principalmente na fase das negociações preliminares e naexecução do contrato (um exemplo é a responsabilidade do fornecedor após a entrega doproduto). Observe que há na alternativa uma expressão cuja função é exatamente o opostodaquela de um Indicador de Exclusão: "não se limitando à", pois ela elimina a possibilidadede não haver exceções à regra de interpretação do negócio jurídico. Poderíamos bemdenominar esse tipo de expressão de indicador "de Inclusão".

Essa questão foi elaborada de tal forma que o candidato (no caso o bacharel em Direito)experiente em resolver questões de concursos públicos facilmente marcaria a respostacorreta ainda que não soubesse nada sobre contratos. Mas não se animem muito com isso.Questões dessa espécie não costumam ser frequentes.

Tipo: [IEx+]

Resposta: (B)

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Site Oficial: www.pegadinhas-de-concursos.com.br

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Os que não se impacientam colherãoos frutos daquilo a que de coraçãoaspiram

Provérbio Budista

É preferível ser dono de uma moedado que escravo de duas.

Provérbio Grego

Cana na fazenda dá pinga; pinga nacidade dá cana

Provérbio Brasileiro

PDA - 74PGE-PB /2008 - CESPE

Com base na CF, julgue os itens seguintes, acerca dos direitos dos trabalhadores.

I O trabalhador tem direito ao seguro-desemprego no caso de desemprego voluntário.

II O salário mínimo, fixado em lei complementar, deve ser capaz de atender às necessida-des básicas do trabalhador e às de sua família, com moradia, alimentação, educação,saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicosque lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.

III O salário pode ser reduzido por convenção ou acordo coletivo de trabalho.

IV O repouso semanal remunerado deve ser concedido, necessariamente, aos domingos.

V As férias anuais devem ser remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que osalário normal.

Estão certos apenas os itens

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) III e V.

e) IV e V.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Ela está na proposição II cujo texto reproduz quase integralmen-te o Inciso IV do § 7° da Constituição, mas retirando a expressão "nacionalmente unifica-do", o que por si só não tornaria a afirmativa incorreta. Porém, além disso o elaborador daquestão sorrateiramente qualificou a lei como complementar, o que não ocorre na normaconstitucional como podemos verificar a seguir:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além deoutros que visem à melhoria de sua condição social:

...

IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado,capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de suafamília com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuá-rio, higiene, transporte e previdência social, com reajustes pe-riódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada suavinculação para qualquer fim;

Um tipo de pegadinha muito comum que visa diretamente quem estudaconfiando apenas na capacidade de memorizar, que é importante,não há dúvida, porém precisa estar acompanhada do raciocínio quebusca a compreensão do espírito da lei e da cuidadosa análise doenunciado da questão, assim como das opções apresentadas, pormais semelhantes que estas aparentem ser com relação ao texto dalei.

100 Questoes~

Page 82: 100 questoes com pegadinhas

A verdade é um espelho que caiu dasmãos de Deus e se quebrou. Cada umrecolhe o pedaço e diz que toda averdade está naquele caco.

Provérbio Iraniano

Espere o melhor, prepare-se para opior e aceite o que vier.

Provérbio Chinês

Quando falares, cuida para que tuaspalavras sejam melhores que osilêncio.

Provérbio Indiano

Como vocês podem perceber pelo código do botão [DET] esta também é uma pegadinhaque tenta induzir ao erro através de um pequeno detalhe, que se não for percebido fará ocandidato marcar uma opção incorreta. A chave da pegadinha aqui consiste no adjetivo"complementar".

Resposta: (d)

PDA - 75Fonte: ESCRITURÁRIO CEF - 2008 (CESGRANRIO)

Quais dos seguintes elementos se encaixam na definição de arquivo?

(A) E-mail e CPU

(B) Documento Word e Disco Rígido

(c) Disco Rígido e Internet

(D) Programa e Internet

(E) Pasta (contendo diversos arquivos do Word) e imagem JPEG

Tipo: [TEC]

Onde está a pegadinha? Esta questão ilustra bem o conceito de "relatividade" daspegadinhas proposto pela A.P. Tivesse a questão sido proposta em uma prova para Técnicoou Analista na área de Informática ou Tecnologia da Informação, não poderíamos considerá-la uma pegadinha.

Mesmo supondo que atualmente um escriturário seja alguém razoavelmente familiarizadocom o uso básico de um computador e conhecedor dos recursos mais importantes doWindows, é exigir demais que ele conheça um detalhe técnico como esse, aliás, totalmenteirrelevante para o seu trabalho. Para ele, basta saber que uma pasta é o "lugar" onde eleguarda os seus arquivos e ponto final. Embora a questão não seja tão difícil, pois mesmosem ter certeza de que uma pasta é um tipo de arquivo ele poderia chegar a essa conclu-são por eliminação, eu definiria essa questão como tendo uma pegadinha técnica.

Resposta: (E)

PDA - 76Fonte: Agente da Fiscalização Financeira - TCE/SP 2005 (FCC)

Diversos modelos de barramento tais como ISA e PCI, por exemplo, são disponibilizados naplaca mãe dos microcomputadores por meio de conectores chamados de

(A) clocks

(B) boots

(C) bios

(D) cmos

(E) slots

Tipo: [TEC]

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100 Questoes~

Page 83: 100 questoes com pegadinhas

EEEEEste é um dos possíveis exemplos dapágina principal do site que tenho em menteao qual provisoriamente dei o nome deQuestões & Pegadinhas.

Se quiser ter uma ideia mais precisa da suaaparência e até ver como as questões compegadinhas ficariam distribuídas em parte dosite, basta clicar na imagem acima. Algumasversões do Adobe Reader exigem que vocêsimultaneamente aperte a tecla Ctrl oupedem uma confirmação para abrir umanova janela de seu navegador padrão.

Se você tiver a curiosidade de visitar essesite de exemplo, verá que a sua interface éestática, isto é, não permite que vocêinteraja com ele, inscreva-se ou tenhaacesso à alguma área especial restrita aosassinantes. Nas abas superiores, pode-se teruma ideia de como seriam as análises daspegadinhas organizadas por diversas matéri-as, como Direito Administrativo, Constituci-onal, Civil, Informática, etc.

Esse conteúdo seria gratuito. O conteúdopago seria ainda mais completo e apresenta-ria recursos como videoaulas, respostas adúvidas dos assinantes e talvez até mesmocursos voltados à Análise de Pegadinhas.

do Sitedo Sitedo Sitedo Sitedo Site

O ProjetoO Projeto

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Onde está a pegadinha? Sempre que vejo uma questão como essa fico me perguntan-do por que, neste mundo de meu Deus, um Agente de Fiscalização Financeira terianecessidade de conhecer o nome daquela canaleta retangular com um orifício no meioonde os técnicos que fazem a montagem e manutenção das máquinas enfiam asplacas de expansão!!!

Resposta: (E)

PDA - 77Fonte: Contador - CEAL - 2005 (FCC)

Um firewall tradicional:

(A) permite realizar filtragem de serviços e impor políticas de segurança

(B) bem configurado em uma rede corporativa realiza a proteção contra vírus, tornan-do-se desnecessária a aquisição de ferramentas antivírus

(C) protege a rede contra bugs e falhas nos equipamentos decorrentes da não atuali-zação dos sistemas operacionais

(D) evita colisões na rede interna e externa da empresa, melhorando, com isto, odesempenho do ambiente organizacional

(E) deve ser configurado com base em regras permissivas (todos podem fazer tudo oque não for proibido), restringindo-se acessos apenas quando necessário, comomelhor política de segurança

Tipo: [TEC]

Onde está a pegadinha? Aqui a banca extrapolou. Exigir de um pobre contador queconheça detalhes de segurança envolvidos na implantação de firewalls é demais. Piorainda, para responder com consciência (isto é, sabendo porque cada opção é verda-deira ou falsa) o nosso pobre candidato precisaria também conhecer o conceito técni-co de colisão, um fenômeno que ocorre nas redes que utilizam um protocolo chamadoCSMA/CD ou Carrier Sense Multiple Access/Collision Detection. Cáspite!

Mesmo considerando-se que hoje em dia o conceito de firewall já é relativamenteconhecido pelos usuários que procuram evitar falhas de segurança em seus computa-dores, o grau de dificuldade técnica da questão em relação ao cargo é exagerado,ainda mais se levarmos em conta que a prova foi realizada há seis anos atrás.

Resposta: (A)

100 Questoes~

Eric Savanda
Nota
O texto antigo original deste ebook. Mantive para que o leitor possa ter uma ideia da historia do projeto Pegadinhas e das dificuldades que enfrentamos.
Eric Savanda
Nota
Antigo banner (e bem amador) de divulgação da saudosa PegaNews!
Eric Savanda
Nota
Essas são as duas primeiras edições dos meus livros de pegadinhas pela antiga editora. Já estão esgotados embora possa ser possível encontrar um ou outro volume nas livrarias virtuais da vida.
Page 84: 100 questoes com pegadinhas

Livros que todo concurseirodeveria conhecer

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PDA - 78Matéria: INFORMÁTICAFonte: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 24ª Região - 2006 (FCC)

Um conjunto de dois ou mais discos rígidos com objetivos básicos de tornar o sistema dedisco mais rápido, por meio de uma técnica chamada divisão de dados, e/ou tornar o sistemade disco mais seguro, por meio de uma técnica chamada espelhamento, denomina-se

(A) sistema RAID

(B) tecnologia VT (Intel)

(C) sistema Athlon

(D) tecnologia HyperThreading

(E) sistema Radeon

Tipo: [ORT] e [TEC]

Onde está a pegadinha? Questão fácil para micreiros e profissionais de Tecnologia da Infor-mação, mas muito difícil para leigos no assunto, a maioria dos candidatos a um cargo comoesse. Além da evidente pegadinha técnica [TEC] quando observamos o contexto do cargopara o qual a questão foi proposta, existe aqui também uma pegadinha de semelhança orto-gráfica [ORT]. Entenda:

As opções (A) e (E) foram colocadas para confundir pela semelhança entre as palavras RAIDe Radeon. A primeira significa Rapid Array of Intelligent Disks e designa a tecnologia descritano enunciado da questão. Radeon é apenas um tipo bastante conhecido de placas de vídeoutilizadas em computadores.

Resposta: (A)

PDA - 79Matéria: DIREITO DO TRABALHOFonte: PGE/PB - 2008 (CESPE)

Com base na CF, julgue os itens seguintes, acerca dos direitos dos trabalhadores.

I O trabalhador tem direito ao seguro-desemprego no caso de desemprego voluntário.

II O salário mínimo, fixado em lei complementar, deve ser capaz de atender às necessi-dades básicas do trabalhador e às de sua família, com moradia, alimentação, educa-ção, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustesperiódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação paraqualquer fim.

III O salário pode ser reduzido por convenção ou acordo coletivo de trabalho.

IV O repouso semanal remunerado deve ser concedido, necessariamente, aosdomingos.

V As férias anuais devem ser remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que osalário normal.

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Page 85: 100 questoes com pegadinhas

Sites que todo concurseirodeveria conhecer

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Estão certos apenas os itens

(A) I e II.

(B) I e IV.

(C) II e III.

(D) III e V.

(E) IV e V.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Ela está na proposição II cujo texto reproduz quase integralmente oInciso IV do § 7° da Constituição, mas retirando a expressão "nacionalmente unificado", oque por si só não tornaria a afirmativa incorreta. Porém, além disso o elaborador da questãosorrateiramente qualificou a lei como complementar, o que não ocorre na norma constitucio-nal como podemos verificar a seguir:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além deoutros que visem à melhoria de sua condição social:

...

IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, ca-paz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua famí-lia com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicosque lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculaçãopara qualquer fim.

Um tipo de pegadinha muito comum que visa diretamente quem estuda confiando apenas nacapacidade de memorizar, que é importante, não há dúvida, porém precisa estar acompa-nhada do raciocínio que busca a compreensão do espírito da lei e da cuidadosa análise doenunciado da questão, assim como das opções apresentadas, por mais semelhantes queestas aparentem ser com relação ao texto da lei.

Resposta: (D)

PDA - 80Matéria - NOÇÕES DE INFORMÁTICAFonte: CESGRANRIO / 2008 - Escriturário da CEF

As páginas disponíveis na World Wide Web podem ser classificadas em estáticas e dinâmi-cas. Considerando o tipo de processamento realizado no servidor, o que caracteriza umapágina dinâmica, em comparação a uma estática?

* a) Permitir a exibição de figuras animadas no navegador

* b) Realizar processamento otimizado da página no navegador

* c) Ser capaz de exibir objetos de áudio e vídeo sincronizados dinamicamente nonavegador

100 Questoes~

Page 86: 100 questoes com pegadinhas

Humor & ChargesHumor & ChargesHumor & ChargesHumor & ChargesHumor & Charges

* d) Ser interpretada no servidor, para retornar um resultado capaz de ser exibido pelonavegador

* e) Traduzir o código HTML da página, para apresentar o seu conteúdo no navegador

Tipo: [TEC]

Onde está a pegadinha? No caso da Informática Básica, o número de estruturas usadasnas pegadinhas é menor do que nas áreas jurídicas. As pegadinhas técnicas [TEC], isto é,aquelas que exigem do candidato um conhecimento mais aprofundado do que seria desupor para o cargo em questão são bem mais comuns. Pegadinhas ortográficas [ORT]principalmente as que usam parônimos para confundir também são muito mais frequentes.

No caso a diferença entre páginas estáticas e dinâmicas, embora não seja exatamente umtópico avançado de Informática (do tipo que poderia ser perguntado em uma prova para umcargo especializado), também não é um conhecimento tão trivial que o futuro funcionárionecessite para desempenhar a contento as funções de escriturário.

Resposta: (D)

PDA - 80Matéria - NOÇÕES DE INFORMÁTICAFonte: CESGRANRIO / 2008 - Escriturário da CEF

Mainframe é um tipo de computador de

(A) pequeno porte, ideal para uso doméstico, assim como os PC

(B) pequeno porte, utilizado na computação móvel

(C) grande porte, com clientes avançados, utilizado na gerência de banco de dados

(D) grande porte, com terminais utilizados para processar o quadro principal de umarede intranet

(E) grande porte, capaz de oferecer serviços de processamento a múltiplos usuários

Tipo: [TEC]

Onde está a pegadinha? Outra pegadinha técnica. Será mesmo que um escriturário daCaixa Econômica precisa saber esse tipo de detalhe relacionado a um mainframe? É certoque o mundo mudou e que atualmente um escriturário é muito mais que um simples datiló-grafo e deve ter bons fundamentos sobre computação.

O candidato que não soubesse a resposta poderia utilizar-se da técnica de chuteprobabilística, que afirma que a resposta certa, na maior parte das vezes, encontra-se naopção repetida mais frequentemente. Dessa forma ele eliminaria as duas primeiras op-ções, reduzindo em 25% as chances de marcar a resposta errada.

Observe ainda que um mainframe, ou computador de grande porte poderia ser utilizandona gerência de banco de dados por clientes avançados, mas essa seria uma aplicaçãoespecífica da máquina e não um atributo essencial necessário à sua definição.

Resposta: (E)

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Page 87: 100 questoes com pegadinhas

FFFFFalar em responsabilidade social doconcurseiro é o mesmo que falar na respon-sabilidade social do servidor ou do emprega-do público. Porque um é o outro amanhã.

Muitos já notaram que em certos exemplosde análises de questões com pegadinhas,quando o assunto é pertinente e isso podeser relacionado ao contexto, não me furto ainserir nos comentários críticas à certaspráticas de exploração financeira, como asaltas e injustificáveis tarifas cobradas pelosbancos no Brasil, à corrupção dos políticos,ao corporativismo de alguns setores dojudiciário e a certas manifestações deautoritarismo que volta e meia são expres-sadas por algumas figuras influentes denosso país.

Devem ter notado também que essascríticas, nunca são colocadas em primeiroplano ou desviam a atenção do objetivoprincipal da análise que é o de explicarcomo a pegadinha foi inserida na questãopara alertar o candidato e também fazercom que ele aprenda sobre o assunto.

Faço isso porque acredito que esta é aatitude correta que a maioria deveria ter.Apesar de nos concentrarmosprioritariamente em nosso trabalho e nascoisas que fazemos diariamente, devemosao mesmo tempo estar conscientes daquiloque nos cerca e que pode nos prejudicar.

A consciência que vem da informação, aqual por sua vez só existe quando temosuma imprensa livre, é fundamental para quenão nos deixemos explorar cada vez maispor aqueles que possuem condições e odesejo de fazer isso.

Muita gente sabe como terminou o últimocapítulo da novela, os detalhes da vida destaou daquela celebridade ou são capazes decitar perfeitamente a escalação definidapelo técnico do seu time de futebol na últimapartida. Mas quantos sabem, por exemplo,que quase 40% do que pagam em sua contade energia elétrica refere-se a impostos,muitos dos quais sequer são mencionadosna cobrança que chega todos os meses?

O concurseiro, futuro servidor público,muitas vezes com ótima remuneração nãodeve ser egoísta e pensar apenas no padrãode vida que terá após a aprovação. Deveestar consciente de que os erros existem eele precisa participar do esforço paracombatê-los em vez de acomodar-se.

A Responsabilidade SocialA Responsabilidade SocialA Responsabilidade SocialA Responsabilidade SocialA Responsabilidade Socialdo Concurseirodo Concurseirodo Concurseirodo Concurseirodo Concurseiro

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PDA - 81Matéria - INFORMÁTICAFonte: ANALISTA JUDICÁRIO - AREA ADMINISTRATIVA - TRE /MS 2007 (FCC)

Com relação ao Outlook Express, considere as afirmativas abaixo.

I. Para alterar senhas ou protocolos, é preciso seguir o caminhoFerramentas>Contas>Email>(conta de email)>Propriedades.

II. Para acessar opções de classificação de mensagens é preciso clicar em Classificarpor no menu Exibir.

III. O Outlook importa catálogos de endereços somente no formato LDIF.

É correto o que se afirma em

* a) I, apenas.

* b) I e II, apenas.

* c) I, II e III.

* d) II e III, apenas.

* e) III, apenas.

Tipo: [IEX+]

Onde está a pegadinha? Em seu novo livro "100 Pegadinhas de Direito Civil" a ser lançadoem breve, Eric Savanda já utiliza nas análises um novo conceito da AP chamado "Indicadorde Exclusão" que pode ser utilizado como ferramenta auxiliar do candidato, tanto para ajudara identificar a resposta a ser assinalada (e nesse caso ele também é a "chave dapegadinha"), como para eliminar uma alternativa incorreta.

Quando isso acontece, isto é, quando o indicador de exclusão é também a chave dapegadinha, temos algo curioso: a questão torna-se uma espécie de pegadinha "às avessas",pois o indicador está dando uma informação relevante para que o candidato chegue à res-posta certa, muitas vezes até mesmo sem saber qual ela é.

Indicadores de exclusão são palavras que eliminam, isto é, excluem a possibilidade de exce-ções. Como toda regra tem exceção (inclusive a regra que afirma isto), a probabilidade doindicador ser um forte indício do que deve ou não deve ser considerado certo, é muito gran-de. Claro que a regra não é infalível, pois sempre haverá alguns raros casos onde não haveráexceções.

Dentre as palavras e expressões mais comuns, nunca, sempre, em nenhuma hipótese,somente e apenas costumam funcionar como indicadores de exclusão. Nesta questão,mesmo não sabendo a resposta, o candidato deve desconfiar da proposição III, pois asoperações de importação na maioria dos programas não estão limitadas a um único formato.

Resposta: (B)

100 Questoes~

Page 88: 100 questoes com pegadinhas

UbuntuUbuntuUbuntuUbuntuUbuntu

Um antropólogo estava estudan-do os usos e costumes de umatribo africana chamada Ubuntue, quando terminou seu trabalho,teve que esperar pelo transporteque o levaria até o aeroporto devolta pra casa. Sobrava muitotempo, e para distrair-se propôsuma brincadeira para as crianças,que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces eguloseimas na cidade, botou tudonum cesto bem bonito com laçode fita e tudo e colocou debaixode uma árvore. Aí ele chamou ascrianças e combinou que quandoele dissesse "já!", elas deveriamsair correndo até o cesto, e a quechegasse primeiro ganharia todosos doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram nalinha demarcatória que eledesenhou no chão e esperarampelo sinal combinado. Quando eledisse "já!", instantaneamentetodas as crianças se deram asmãos e saíram correndo emdireção à árvore com o cesto.Chegando lá, começaram adistribuir os doces entre si e acomerem felizes.

O antropólogo foi ao encontrodelas e perguntou porque elastinham ido todas juntas se uma sópoderia ficar com tudo que haviano cesto e, assim, ganhar muitomais doces.

Elas simplesmente responderam:"Ubuntu, tio. Como uma de nóspoderia ficar feliz se todas asoutras estivessem tristes?"

Ele ficou desconcertado! Mesese meses trabalhando nisso,estudando a tribo, e ainda nãohavia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Oujamais teria proposto uma compe-tição, certo?

Ubuntu significa: "Sou quem sou,porque somos todos nós!"

PDA - 82Matéria - PORTUGUÊSFonte: UOL VESTIBULAR - PROF. DÍLSON CATARINO

Creio que devemos ser honestos o bastante para reconhecermos as nossas limitações.Devido ao meu conhecimento limitado da linguística e das regras e normas gramaticais nãofui ainda capaz de estabelecer uma tipologia das estruturas das pegadinhas em questões deLíngua Portuguesa. Até tentei, mas não deu. Eu precisaria estudar muito ou ter uma parceriacom um excelente professor ou professora do nosso idioma que quisesse realizar comigoesse tipo de pesquisa.

No entanto, o Português é uma das matérias que mais dão margem à criação de questõescom pegadinhas, sendo de grande utilidade ao candidato conhecê-las, seja qual for o cargoque esteja pleiteando.

Por isso, resolvi assumir a minha ignorância em relação ao assunto e para não deixar osassinantes na mão, a partir desta edição vamos incluir comentários de professoresrenomados sobre temas da Língua Portuguesa que dão ensejo à criação de pegadinhas. Nãoé algo tão completo como o método desenvolvido na análise das questões jurídicas ou deInformática, mas já ajuda bastante.

Vejam esses comentários, do prof. Dílson Catarino retirado do site Vestibular Uol que aquireproduzimos. Quem quiser ler diretamente, o link é este aqui.http://vestibular.uol.com.br/pegadinhas/entreguei-ao-despachante-que-eu-nao-lembro-o-nome.jhtm

"Entreguei ao despachante que eu não lembro o nome"

Entreguei o documento ao despachante que eu não lembro o nome dele...

Essa frase fez parte de uma propaganda de rádio na cidade em que moro, Londrina, Pr. Ainadequação apresentada é muito corriqueira; poucos são os que dominam o uso dessepronome considerado extremamente difícil pelos estudantes do Brasil: trata-se do pronomerelativo.

Há seis pronomes relativos, que recebem esse nome porque relacionam uma oração queeles introduzem a um substantivo ou equivalente que substituem e que se situamanteriormente a eles na frase. São os seguintes: que, quem, qual, onde, quanto e cujo. Elesimpedem a repetição de um substantivo, ligando duas orações em um mesmo período. Porexemplo:

"As crianças foram atacadas por dois cães estranhos; as crianças estavam brincando nopátio; os cães foram abatidos pelo síndico do prédio".

Para evitar a repetição dos substantivos "crianças" e "cães", poderíamos utilizar os prono-mes pessoais "elas" e "eles" respectivamente:

"As crianças foram atacadas por dois cães estranhos; elas estavam brincando no pátio; elesforam abatidos pelo síndico do prédio".

Essa substituição, porém, não impede a formação de frases telegráficas, frases curtas. Paraevitar isso, utiliza-se o pronome relativo que:

"As crianças que estavam brincando no pátio foram atacadas por dois cães estranhos, queforam abatidos pelo síndico do prédio".

Humor & ChargesHumor & ChargesHumor & ChargesHumor & ChargesHumor & Charges

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Voce costuma Voce costuma Voce costuma Voce costuma Voce costuma repassarrepassarrepassarrepassarrepassarmensagem de email?mensagem de email?mensagem de email?mensagem de email?mensagem de email?

É muito comum recebermos emails comfotografias bonitinhas, mensagens edificantesno PowerPoint ou mesmo comentáriossobre um assunto de interesse de um grupogrande do qual fazemos parte, por exemplo,concurseiros que entraram com uma ação najustiça em litisconsórcio, ou mesmo quedesejam ficar informados sobre os desdo-bramentos, a possível prorrogação, etc,sobre um concurso realizado por todos.

É frequente também que o criador damensagem, com a melhor das intençõessolicite aos destinatários que “repassem” amensagem. O problema é que ao fazer isso,a maioria das pessoas, por puro desconhe-cimento, não fica atenta aos perigos queessa prática pode acarretar caso não tomemas devidas precauções.

Ao enviar uma mensagem para mais do quedois destinatários é fundamental que nãocoloquemos todos os endereços de email nolugar que normalmente fazemos quandomandamos para um só, ou seja, no campoPara: (To: se seu email for em inglês).

Tampouco deveríamos colocar muitosemails no campo Cc:, porque da mesmaforma serão vistos por todos os destinatári-os, mas o perigo não é exatamente este.

O perigo é que existem programas automáti-cos escritos por indivíduos inescrupulosos emuitas vezes copiados por outros indivíduosainda piores cuja função é procurar pelaInternet mensagens de email que tenhammuitos símbolos de @. Daí que você deveapagar o “rabo” das mensagens antigas casoelas tenham muitos endereços no corpo dotexto já lido.

Esses programas roubam os endereços deemails e criam grandes bancos de dados quedepois são vendidos para empresas queenviarão propaganda não desejada (spam)ou pior ainda, para disseminadores de vírus,cavalos de Tróia e outras pragas virtuais.

Ao enviar mensagens para muitas pessoas,use sempre o campo Cco: por uma questãode segurança.

O pronome relativo que substitui tanto pessoas quanto qualquer outro elemento, comoocorreu na frase acima.

O pronome relativo quem substitui apenas pessoas, nunca funciona como sujeito da oraçãonem pode ser usado sem preposição. Por exemplo:

"Você falou do despachante; não me lembro do despachante" = "Não me lembro do despa-chante de quem você falou".

"O professor cometeu um equívoco; estudamos com o professor: = "O professor com quemestudamos cometeu um equívoco".

"O professor desculpou-se com os alunos; o professor cometeu um equívoco" = "O profes-sor que cometeu um equívoco desculpou-se com os alunos".

Nesse último caso, não se pode usar o pronome quem, pois ele funcionaria como sujeito daoração.

O pronome relativo qual (o qual, a qual, os quais, as quais) substituem que e quem:

"As crianças as quais estavam brincando no pátio foram atacadas por dois cães estranhos,os quais foram abatidos pelo síndico do prédio".

"Não me lembro do despachante do qual você falou".

"O professor com o qual estudamos cometeu um equívoco".

"O professor o qual cometeu um equívoco desculpou-se com os alunos".

O pronome relativo onde substitui "em que" na indicação de lugar:

"Essa frase faz parte de uma propaganda de rádio na cidade em que moro" = "Essa frasefaz parte de uma propaganda de rádio na cidade onde moro".

O pronome relativo cujo indica posse. Somente será usado quando substituir a frase "algo dealguém". Com a utilização desse pronome, haverá a frase "alguém cujo algo":

"Os cabelos da menina = A menina cujos cabelos";

"O livro da professora = A professora cujo livro";

"Os pais do menino = O menino cujos pais".

Não se deve usar artigo (o, a, os, as) após cujo, pois ele está contraído com o próprio prono-me: "cujo + os cabelos = cujos cabelos"

A razão pela qual a frase apresentada está inadequada aos padrões cultos da Língua Portu-guesa é que há a indicação de posse: "O nome do despachante"; o pronome relativo usado,então, deve ser "cujo": "O despachante cujo nome". Deveria ser assim estruturada:

Entreguei o documento ao despachante cujo nome não lembro...

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Leve 2 e Pague 1Leve 2 e Pague 1Leve 2 e Pague 1Leve 2 e Pague 1Leve 2 e Pague 1

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PDA - 83Matéria - PORTUGUÊSFonte: UOL VESTIBULAR - PROF. DÍLSON CATARINO

Como exercício de desenvolvimento das minhas técnicas de analisar pegadinhas, resolvi,nos casos em que isso seja possível, adaptar os comentários e análises dos professores dePortuguês criando questões simuladas baseados neles. Por enquanto isso só é possívelquando o tipo da pegadinha puder ser enquadrada em uma das estruturas que aplico àsquestões jurídicas. Com o tempo e com a colaboração de outras pessoas, espero identificaralguns tipos de estruturas especificamente usadas nas questões de Língua Portuguesa.

A questão simulada a seguir tem uma pegadinha que de acordo com a metodologia daAnálise de Pegadinhas poderia ser classificada como sendo de Vizinhança Semântica.

Assinale a frase correta:

(A) Minha estadia em Itapoá foi ótima

(B) Minha estada em Itapoá foi ótima

(C) Minha estância em Itapoá foi ótima

(D) O período da minha estadia em Itapoá foi ótimo

Resposta: (B)

Tipo: [VZS]

Onde está a pegadinha? De acordo com o professor Dílson Catarino, Estadia é a permanên-cia de um navio no porto, helicóptero ou avião no aeroporto ou hangar, automóvel, ônibus,caminhão ou motocicleta na garagem ou no estacionamento.

A permanência de uma pessoa em algum lugar deverá ser caracterizada pela palavra esta-da. Portanto, a única opção correta é a da letra (B).

E por que (C) estaria errada?

No Rio Grande do Sul, estância (que quer dizer lugar de estar) é o estabelecimento ruraldestinado especialmente à criação de gado bovino, podendo haver também ovinos ouequinos. Portanto, considerando-se que (C) estivesse fazendo referência a um estabeleci-mento rural em Itapoá, a frase faria sentido, não fosse a forma incorreta de utilização doverbo que deveria ser:

"Minha estância em Itapoá era ótima"

Nesse caso, o leitor poderia concluir que eu tinha uma estância naquela cidade catarinensee que posteriormente a vendi. Ou que ela tenha sido confiscada pela prefeitura ou mesmoque tenha sido destruída completamente por uma invasão do MST (risos). Dizer que umaestância "foi" ótima, é uma afirmação pouco precisa e que não faz muito sentido.

Finalmente, (D) está incorreta pelo mesmo motivo que (A).

– Onde está Jamie? – gritou minha primaLee Ann.

"Meu Deus, onde está Jamie?", pensei, nabeira da piscina da casa de meus pais. Apergunta sobre o desaparecimento momen-tâneo de meu filho de cinco anos produziuondas de choque em todo o meu corpo.

A piscina era cercada por uma faixa desegurança e o fundo descia em rampassuaves até uma profundidade máxima deapenas um metro e vinte. As criançasestavam acostumadas a passar a tarde napiscina da avó enquanto ficávamos tomandoconta delas, encharcados de água e deentusiasmo infantil.

Na inesquecível tarde do grito de Lee Ann,Jamie estava andando perto da faixa desegurança e escorregou, caindo na partemais funda. Foi só tirarmos os olhos de cimadele por uma fração de segundo, e pronto!Também numa fração de segundo avisteiJamie e mergulhei.

Quando o puxei para cima, ele veioesperneando, chorando de medo e gritandoque queria sair da água. Minha culpa queriaatender ao seu desejo e tirá-lo da água, masmeu instinto paterno me disse para ficar napiscina com ele. Nós dois estávamos tre-mendo, mas continuei falando com ele,dizendo que devemos respeitar a água, queàs vezes pode assustar. Eu o abraçavafirmemente, andando dentro da piscina. Unsdois minutos depois, o susto tinha passado eele começou a brincar novamente.

Senti-me culpado e triste por ser mau pai."Um bom pai não deixa o filho quase seafogar", dizia para mim mesmo. No auge domeu festival de autopiedade, Lee Annchegou perto de mim, dizendo:

– Você é um pai incrível! Admiro seu jeitopara manejar a situação. Ele nunca mais vaiter medo de água!

Lee Ann nos salvou aquele dia. Salvou avida do meu filho gritando "Onde estáJamie?" e salvou minha vida como pai! Seucomentário elogioso me levou da piedade aoorgulho. É impresssionante o que podeacontecer quando a gente se olha atravésdos olhos de outro.

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Conta-se uma história de um empregado emum frigorifico da Noruega.

Certo dia ao término do trabalho, foi inspecio-nar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, aporta se fechou e ele ficou preso dentro dacâmara. Bateu na porta com força, gritou porsocorro, mas ninguém o ouviu. Todos jáhaviam saido para suas casas e era impossí-vel que alguém pudesse escutá-lo.

Já estava quase cinco horas preso, debilitadocom a temperatura insuportável. De repente aporta se abriu e o vigia entrou na câmara e oresgatou com vida.

Depois de salvar a vida do homem, pergunta-ram ao vigia:

Porque foi abrir a porta da câmara se isto nãofazia parte da sua rotina de trabalho?

Ele explicou: Trabalho nesta empresa há 35anos. Centenas de empregados entram esaem aqui todos os dias e ele é o único queme cumprimenta ao chegar pela manhã e sedespede de mim ao sair.

Hoje pela manhã ele disse "Bom dia" quandochegou.

Entretanto não se despediu de mim na horada saída. Imaginei que poderia ter-lhe aconte-cido algo. Por isto o procurei e o encontrei...

Pergunta: Será que você seria salvo?

PDA - 84Matéria - NOÇÕES DE INFORMÁTICAFonte: INTERNET

Com relação ao Outlook Express, considere as afirmativas abaixo.

I. Para alterar senhas ou protocolos, é preciso seguir o caminhoFerramentas>Contas>Email>(conta de email)>Propriedades.

II. Para acessar opções de classificação de mensagens é preciso clicar em Classificar porno menu Exibir.

III. O Outlook importa catálogos de endereços somente no formato LDIF.

É correto o que se afirma em

(A) I, apenas.

(B) I e II, apenas.

(C) I, II e III.

(D) II e III, apenas.

(E) III, apenas.

Tipo: [IEx+]

O Indicador de Exclusão [IEx] aqui não é a palavra "apenas" repetida em todas as opções. Éclaro que se uma palavra está em todas as alternativas não estará indicando nada. (Ela sónão está presente na terceira alternativa porque essa engloba todas as proposições).

Nesse caso o [IEx] é a palavra "somente". Mesmo não sabendo a resposta, o candidato devedesconfiar da proposição III, pois as operações de importação na maioria dos programasnão estão limitadas a um único formato.

Peço desculpas aos assinantes por repetir este exemplo da edição passada, mais ele éexcelente para ilustrar o conceito que estamos aqui apresentando.

Resposta: (B)

PDA - 85Matéria - NOÇÕES DE INFORMÁTICAFonte: ADMINISTRADOR - PM - SANTOS - 2005 (FCC)

A realização das transferências dos documentos da Web entre os computadores da rede,bem como a localização destes documentos, são possibilitadas, respectivamente, pelos:

(A) URL e WWW

(B) HTML e URL

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(C) HTTP e URL

(D) WWW e HTTP

(E) WWW e FTP

Tipo: [TEC]

Onde está a pegadinha? Por princípio sou contra pegadinhas técnicas, embora a minhaopinião seja totalmente irrelevante, já que elas continuarão a existir. O problema com apegadinha técnica é que ela exige o conhecimento de assuntos que guardam pouca ounenhuma relação com o cargo disputado pelo candidato, ou então um grau deaprofundamento muito maior do que o que seria razoável exigir, no máximo noções básicassobre o tema.

Neste exemplo, não consigo atinar porque um administrador para trabalhar numa prefeituraprecise conhecer as sutis diferenças e as funções específicas dos protocolos e linguagensde marcação da Internet. É claro que para um técnico de Informática a questão é muito fácil,pois isso faz parte do corpo de conhecimentos utilizado no seu dia-a-dia profissional. Masum administrador? (a menos que fosse um administrador de redes.)

Depois de deixar aqui registrado o meu protesto, vamos à solução do enigma:

WWW é um acrônimo para World Wide Web (isto é, aquela parte da internet que pode servisualizada através de navegadores como o Internet Explorer e o Chrome). Não é exatamen-te um "protocolo" (conjunto de regras convencionadas para que diferentes agentes obtenhamo mesmo resultado) embora às vezes a gente ouça falar em "protocolo www".

HTML é um acrônimo para Hypertext Markup Language, uma linguagem "de marcação" quedefine determinadas "tags" para serem interpretadas pelos navegadores.

HTTP é o protocolo de fato que permite que as páginas criadas no formato HTML possamser encontradas (através de uma URL) e processadas pelos navegadores. O protocolo éresponsável por "servir" (enviar) o conteúdo de uma página solicitada pelo navegador dousuário de modo que na volta, este possa apresentá-lo visualmente na tela do computador.

URL como expliquei acima é um identificador, um acrônimo para Universal Resource Locator(Localizador Universal de Recursos) e consiste na forma como é apresentado o endereçocompleto da página (ou outro recurso qualquer, como uma imagem ou programa) para osistema de modo que o recurso possa ser localizado.

De posse dessas informações, você já pode concluir que a realização das transferênciasdos documentos da Web entre computadores da rede é possibilitada pelo protocolo HTTP ea localização dos documentos (que podem ser páginas .html, arquivos do Word ou PDFs) épossibilitada pelo URL, o que torna a alternativa (C) a única correta.

Resposta: [C]

Agora me digam. Alguém que vá trabalhar com Administração precisa mesmo saber isso?

Nada se cria. Tudo se copia.

Chacrinha

O hábito é o melhor dos servos, ou opior dos amos.

Nathaniel Emmons

É fácil ser diferente, difícil é sermelhor!

Jonathan Ive

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Se queres ser feliz amanhã, tentahoje mesmo.

Liang Tzu

O que é verdadeiramente imoral é terdesistido de si mesmo.

Clarice Lispector

O homem de bem exige tudo de sipróprio; o homem medíocre esperatudo dos outros.

Confúcio

PDA - 86Matéria: INFORMÁTICA BÁSICAFonte: ANALISTA DO TSE - 2008 (CESPE)

Tipo: [FRM] / [ORT] (por analogia)

Onde está a pegadinha? Aqui existem duas. A alternativa B tenta confundir o candidatocom um enunciado complicado, invertendo a ordem lógica que seria descrever asequência de ações e depois dizer qual seria o resultado. É a chamada pegadinha deforma [FRM], um tipo de armadilha que você irá encontrar em qualquer matéria em qual-quer tipo de concurso.

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O tempo não pára! Só a saudade éque faz as coisas pararem notempo...

Mário Quintana

Até cortar os próprios defeitos podeser perigoso. Nunca se sabe qual é odefeito que sustenta nosso edifíciointeiro.

Clarice Lispector

O segredo é não correr atrás dasborboletas... É cuidar do jardimpara que elas venham até você.

Mário Quintana

Essa no entanto NÃO é a pegadinha mais difícil da questão. Há uma outra na alternativa C.Ainda não tenho um nome adequado para esse tipo de pegadinha, pois ela é específica dede matérias como Informática e TI, que costumam usar capturas de telas para ilustrar asquestões. Como expliquei acima, a lógica dessa armadilha é análoga a usada naspegadinhas de semelhança ortográfica [ORT] nas quais a banca tenta confundir o candidatojogando com a similaridade das palavras (por exemplo, usando parônimos, que são pala-vras que escrevem da mesma forma, mas que dependendo do contexto assumem signifi-cado distinto).

Em C acontece algo bem parecido com isso. A diferença é que em vez de uma palavra éutilizado um símbolo ou ícone, o x. Ao se clicar nele seguindo a sequência de ações descri-ta naquela alternativa, a parte esquerda da tela que exibe as pastas será simplesmentefechada, mas nem a pasta "Documentos Antigos" nem nenhuma outra será apagada.

E por que há uma pegadinha? Porque em vários outros contextos não apenas no Windows,como também no Linux, o ícone X (geralmente um pouco maior) é usado para apagar,deletar ou fechar objetos, como por exemplo as janelas que sempre apresentam essesímbolo no canto superior direito, fazendo com que inconscientemente ele esteja associadoà ideia de eliminar alguma coisa.

É uma pegadinha perigosa para aquele tipo de pessoa que usa o computador apenas"como máquina de escrever" sem se preocupar muito em entender a organização dosarquivos, onde eles ficam gravados e que não costuma criar uma divisão lógica do seu HDpara saber sempre onde eles estão. Essas pessoas geralmente costumam gravar tudo napasta "Meus Documentos" e não utilizam com frequência o Windows Explorer ou o "MeuComputador", aceitando passivamente as opções de local de gravação sugerida pelosprogramas que estão usando.

Comentário sobre as demais opções

A maioria das pessoas que hoje em dia usa um computador facilmente perceberá que aprimeira alternativa A está errada, pois esse sinal de + serve para exibir os itens que nãoestão sendo visualizados na janela. Nada a ver com a formatação do disquete.

D finalmente, é a alternativa correta, como todo usuário de computadores com um nívelmédio de conhecimento facilmente irá reconhecer.

Resposta: [D]

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Clique para conhecer

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A minha vontade é forte, mas a minhadisposição de obedecer-lhe é fraca.

Carlos Drummond de Andrade

A preguiça é a mãe do progresso. Seo homem não tivesse preguiça decaminhar, não teria inventado a roda.

Mário Quintana

Há 2 espécies de chatos: os chatospropriamente ditos e ... os amigos,que são os nossos chatos prediletos.

Mário Quintana

PDA - 87Matéria: INFORMÁTICA BÁSICAFonte: TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL - 2003 (FCC)

Um SGBD - Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados deve possibilitar um acessoeficiente aos dados. Com relação a um SGBD, é correto afirmar que

(A) para ler corretamente um dado deve-se, obrigatoriamente, configurar todas as tabelas dobanco com relacionamento muitos-para-muitos

(B) para alterar corretamente um dado deve-se, obrigatoriamente, configurar todas as tabe-las do banco com relacionamento um-para-um

(C) um campo que contenha o número de CPF de uma pessoa pode ser utilizado comocampo-chave

(D) um campo que contenha o nome de uma pessoa deve ser utilizado como campo-chave,permitindo assim o acesso direto às informações armazenadas sobre a referida pessoa

(E) ele deve permitir apenas relacionamentos um-para-um, evitando assim a mistura dedados e garantindo a segurança do sistema

Tipo: [TEC]

Onde está a pegadinha? Chamo de pegadinhas do tipo "técnico" ou [TEC] aquelas questõesque cobram do candidato um conhecimento muito além do que seria necessário ao desem-penho das funções do cargo pretendido. Caso ele seja aprovado e nomeado tal conhecimen-to provavelmente jamais será utilizado.

É verdade que técnicos ou funcionários da área administrativa atualmente precisam adquirirboas noções sobre a utilização de computadores. É válido exigir que um candidato a essetipo de cargo saiba o que é um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados, um registroe um campo. Afinal, funcionários administrativos muitas vezes passam um bom tempoinserindo ou alterando dados (processuais, por exemplo) em aplicações criadas nessaespécie de sistema.

Mas apenas quem vai criar essas aplicações, isto é aquele que vai projetar as tabelas deacordo com a necessidade da organização é que precisa definir e portanto conhecer até talnível de detalhe, os vários tipos de relacionamentos entre as diversas tabelas de um bancode dados. Um técnico administrativo será apenas o usuário final do programa responsávelpela operação do sistema de acordo com as determinações do órgão ou entidade e só.

Esta seria uma questão muito válida se a prova fosse para o cargo de técnico de deInformática ou Analista de TI, mas a nosso ver, não há cabimento ou utilidade para um técni-co da área administrativa ou mesmo da fiscal.

Por outro lado, é útil que o funcionário saiba o que é um campo-chave, um campo cujosvalores nele inserido não podem estar repetidos porque ele vai ser usado como índice (umaespécie de identificador) da singularidade de cada registro. No caso o CPF é um campo quese presta muito bem a isso, já que em tese, não há dois CPFs com números idênticos.Saber disso por exemplo, permite que ele descubra rapidamente porque determinado CPFque ele por engano digitou duas vezes no sistema está dando um erro.

Isso talvez seja uma espécie de "atenuante" para a pegadinha, já que mesmo um candidatoque tenha um conhecimento básico sobre bancos de dados poderá perceber que (C) estácorreta. Provavelmente a marcaria sem saber porque as outras alternativas são incorretas.

Resposta: (C)

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Um gênio é uma pessoa de talentoque faz toda a lição de casa.

Thomas Edison

O encontro da preparação com aoportunidade gera o rebento quechamamos sorte.

Anthony Robins

Falta de tempo é desculpa daquelesque perdem tempo por falta demétodos.

Albert Einstein

PDA - 88Matéria: INFORMÁTICA BÁSICAFonte: FCC / 2003 - Técnico da Receita Federal

Uma interrupção pode ser considerada como uma solicitação de atenção feita aoprocessador. Sempre que o processador recebe uma interrupção ele [SCM]

(A) desliga-se imediatamente

(B) acessa o BIOS, faz uma varredura no HD e transfere o controle para o usuário

(C) suspende suas operações do momento, salva o status do trabalho e transfere o controlepara o teclado

(D) suspende suas operações do momento, salva o status do trabalho e transfere o controlepara uma determinada rotina de tratamento de interrupção

(E) acelera suas operações do momento para salvar os arquivos abertos e transfere o contro-le para o usuário

Tipo: [TEC] [SCM]

Onde está a pegadinha? Outra questão com uma pegadinha com alto nível de exigência deconhecimento bem além daquilo que poderia ser chamado de "Informática Básica". Duvidomuito que um técnico da Receita em seu dia-a-dia se preocupe com rotinas de tratamentosde interrupções de processadores!

Além disso, há uma curiosa pegadinha de senso comum [SCM] em relação a esse termotécnico. Assim como as palavras "intempestivamente" e "execução" costumam ser normal-mente usadas pela maioria das pessoas com significados totalmente diversos dos atribuídospelos estudantes e operadores do Direito, com a palavra "interrupção" acontece a mesmacoisa. Normalmente ela aparece associada ao ato de "parar ou ser obrigado a parar de fazeralguma coisa", o que poderia induzir o candidato a seguir uma Linha de Raciocínio Equivoca-da [LRE] fazendo-o erroneamente optar pela alternativa [A].

Resposta: (D)

PDA - 89Matéria: INFORMÁTICA BÁSICA PARA CONCURSOSFonte: SEBRAE - TRAINEE - 2010

As informações sobre o desempenho do computador e sobre os aplicativos e processos emexecução do Windows 2000 são obtidas por meio do recurso

(A) Propriedades

(B) Gerenciador de Tarefas do Windows

(C) Administrador de grupo de trabalho

(D) Gerenciador de dispositivos

Tipo: [NON] ?

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A vida é muito mais gratificante sevocê se esforçar para algo, mais doque é dado a você em um prato

Amy Winehouse

Quem não sabe ser feliz em nadapode contribuir para a felicidadealheia

Montesquieu

O tempo fortalece as amizades eenfraquece o amor"

La Bruyére

Onde está a Pegadinha? Este é um dos casos em que claramente existe uma pegadinha naquestão, mas que somente utilizando a Tabela de Classificação de Pegadinhas (a famosaTCP), eu não conseguiria enquadrar em nenhum daqueles tipos que tão bem se encaixamàs questões dos diversos ramos da área jurídica. Por isso, humildemente me limitarei aexplicar porque existe aí uma pegadinha.

Pegadinha sim, porque as Propriedades que podem ser acessadas através do ícone MeuComputador oferecem algumas dicas sobre o desempenho do equipamento e isso podeconfundir. Muitos usuários de computador sabem que clicando com o botão direito naqueleícone podem ter acesso a coisas como por exemplo tipo e velocidade dos processadores,quantidade de memória instalada ou, no Windows 7, se o sistema operacional é de 32 ou 64bits e esses são dados que com certeza fornecem informações valiosas sobre o desempe-nho da máquina.

Ora, não é pequeno o número de pessoas familiarizadas com as Propriedades do MeuComputador, mas que nunca tiveram a mínima curiosidade de saber para que serve oGerenciador de Tarefas do Windows. Até mesmo porque o atalho para ele não se encontraem nenhum menu facilmente identificável. O acesso a essa ferramenta do sistema é feitoatravés da combinação Ctrl +Alt + Del ou digitando-se "taskmgr" na área de execução noMenu Iniciar.

Usuários nessas condições facilmente cairiam na pegadinha e marcariam a primeira opção(A), "Propriedades", achando que a a questão refere-se às propriedades do MeuComputador.

Resposta: (D)

PDA - 90Matéria: INFORMÁTICA BÁSICA PARA CONCURSOSFonte: TCE - SP (2005)

Um dos princípios básicos da informática é o tratamento das informações em meio digitalcuja manipulação por dispositivos periféricos pode ser somente de entrada de informações,somente de saída de informações ou de ambas. É tipicamente um periférico de tratamentode dupla direção (entrada/saída) de informações. Trata-se

(A) da caixa de som

(B) do scanner

(C) da impressora

(D) do teclado

(E) do disco rígido

Tipo: [SCM]

Onde está a Pegadinha? Pegadinhas do tipo Senso Comum ou [SCM] são aquelas ques-tões cuja lógica parece contrariar a nossa experiência do dia-a-dia, seja dando a uma pala-vra ou expressão significado técnico diferente daquilo a que estamos normalmente habitua-dos, seja designando uma operação mais complexa do que nos parece com uma palavrasimples. É por isso que os leigos em determinada matéria são as maiores vítimas dessaespécie de pegadinha.

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Um gênio é uma pessoa de talentoque faz toda a lição de casa.

Thomas Edison

O encontro da preparação com aoportunidade gera o rebento quechamamos sorte.

Anthony Robins

Falta de tempo é desculpa daquelesque perdem tempo por falta demétodos.

Albert Einstein

Para muita gente, pouco familiarizada com os usos e expressões correntes no mundo daInformática, pode parecer estranho dizer que um disco rígido (ou HD, como se fala maiscomumente) seja um periférico de entrada e saída de dados. É fácil para essas pessoasentenderem que seja um dispositivo de entrada. Afinal nós "gravamos" os dados que inseri-mos num arquivo do Word. Eles se encontravam primeiro em nossa mente e através dosnossos dedos e do teclado "entram" no arquivo e no disco rígido do computador. Um proces-so portanto "de fora para dentro".

Mas como considerar (pensam elas) o HD um dispositivo de saída? Uma impressora tudobem, os dados "saem" da máquina para fora, mas o disco rígido é algo interno que está"dentro" da máquina. Onde está a tal "saída"?

Acontece que quando se trata de computadores, essas expressões referem-se não aoambiente externo da máquina e sim ao seu processador, também conhecido como UnidadeCentral de Processamento ou CPU (isso mesmo, agora você já sabe o mico que paga todavez que se refere ao gabinete sem o monitor e o teclado como CPU!).

Portanto quando você "salva" um arquivo no HD, essa é uma operação de "saída", já que osseus dados foram processados pela CPU, armazenados temporariamente na memória RAMpara serem reprocessados ou gravados no disco sob a forma de arquivo. Já quando osdados que estão lá são carregados para a memória para serem processados pela CPU,temos aí uma operação de "entrada".

Resposta: (E)

PDA - 91Matéria: INFORMÁTICA BÁSICA PARA CONCURSOSFonte: ANALISTA DE CONTROLE INTERNO - MPU - 2007 (FCC)

Um monitor de vídeo de 15 polegadas significa que o tamanho é representado pela medida

(A) somada dos quatro lados da tela

(B) da horizontal da tela

(C) da vertical da tela

(D) somada da altura mais a largura da tela

(E) da diagonal da tela

Tipo: [?]

Onde está a pegadinha? Outra pegadinha de Informática que me deixou em dúvida se seriapossível aplicar nela algum dos tipos definidos na TCP. Pensei que talvez pudesseclassificá-la como uma pegadinha técnica [TEC], mas depois percebi que embora existammuitas pessoas que não sabem que o tamanho de um monitor em polegadas é representa-do pela diagonal da tela, devido à popularização dos aparelhos de TV de grandes dimensões(sempre medidas em polegadas) muitas gente já tem esse conhecimento.

Mesmo assim muita gente não sabe e para esses trata-se mesmo de uma pegadinha. Masnão estou certo se ela pode ser classificada em um dos tipos que identifiquei.

Resposta: (E)

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"O irracional respeito à autoridade éo maior inimigo da verdade."

Albert Einstein

As mães são o maior particoconservador do mundo.

José Ângelo Gaiarsa

O tempo fortalece as amizades eenfraquece o amor"

La Bruyére

PDA - 92Matéria: DIREITO PENALFonte: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 1ª REGIÃO - 2006 (FCC)

Luiz, tão logo seu tio faleceu, alterou o testamento particular por ele deixado para lhe atribuirparte da herança. Luiz responderá por crime de

(A) supressão de documento

(B) falsificação de documento particular

(C) falsidade ideológica

(D) falsidade material de atestado ou certidão

(E) falsificação de documento público

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? À primeira vista, guiado somente pelo senso comum, o candidatopoderia achar que (B) é a alternativa correta. Os alvos da pegadinha são aqueles que desco-nhecem que o testamento, apesar de ser documento particular é equiparado por lei aodocumento público.

Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, oualterar documento público verdadeiro:.§2° - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público oemanado de entidade paraestatal, o título ao portador outransmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, oslivros mercantis e o testamento particular.

Resposta: (E)

PDA - 93Matéria - DIREITO PREVIDENCIÁRIOFonte: TÉCNICO DO INSS - 2005 (CESGRANRIO)

A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderespúblicos e da sociedade, destinado a assegurar os direitos relativos a:

I. saúde;

II. educação;

III. habitação;

IV. assistência social;

V. previdência social.

100 Questoes~

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Um gênio é uma pessoa de talentoque faz toda a lição de casa.

Thomas Edison

O encontro da preparação com aoportunidade gera o rebento quechamamos sorte.

Anthony Robins

Falta de tempo é desculpa daquelesque perdem tempo por falta demétodos.

Albert Einstein

Estão corretos os itens:

(A) IV e V, apenas

(B) I, II e V, apenas

(C) I, IV e V, apenas

(D) II, III e IV, apenas

(E) I, II, III e IV, apenas

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? As pegadinhas do tipo Senso Comum tem por alvo candidatos queembora tenham estudado o tópico perguntado ainda têm algumas dúvidas. Também costu-mam ser alvos aqueles para quem o estudo de determinada matéria é novidade, como é ocaso de candidatos a cargos de nível médio, que ao contrário do Português e da Matemáticaprovavelmente nunca estudaram Direito Previdenciário. É claro que se estudarem comafinco durante um período de tempo razoavelmente longo também ficarão familiarizados epreparados contra essa espécie de pegadinha.

Quando alguém ignora um conceito ou fato específico que faz parte da questão tende apreencher essa lacuna de conhecimento com as informações que seu cérebro está acostu-mado a receber no dia-a-dia e é por isso que falamos em pegadinha de Senso Comum.

No caso desta questão, mesmo sem conhecer bem o tópico, é fácil para o candidato perce-ber que educação e habitação não estão diretamente relacionados à previdência social ou àassistência social. (Note que esses dois conceitos são semanticamente próximos, mas aquiisso não está sendo usado para dificultar a questão).

Quando o governo militar unificou os antigos institutos de aposentadoria e pensão (IAPI,IAPC, IAPTEC, etc) e criou o INPS a assistência médica aos segurados era prestada atra-vés do INAMPS o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. É comumaté hoje pessoas idosas associarem a obrigação de prestação de serviços médicos àpopulação ao INSS (que muitas ainda chamam de INPS!). Ainda não havia SUS que foicriado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira tenha acessoao atendimento público de saúde e que é independente do INSS.

A população mais jovem (e é claro, os mais velhos bem informados também) conhece bemessa distinção, mas nem sempre isso é percebido com clareza. Afinal o INSS realiza períci-as médicas para a concessão de benefícios por doenças graves que impeçam a pessoa detrabalhar ou por invalidez temporária.

Dessa forma embora o INSS não seja responsável pelo atendimento médico da população,sua existência também implica em um conjunto de ações de iniciativa dos poderespúblicos,destinado a assegurar direitos relativos à saúde (ou a ausência dela) como estádeclarado na própria Constituição Federal:

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado deações de iniciativa dosPoderes Públicos e da sociedade, destinadasa assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à as-sistência social." (grifo nosso)

Resposta: [C]

Concluindo, se o candidato ficar em dúvida pode achar que pelo fato do SUS não estardiretamente vinculado à previdência (como estava o INAMPS) isso signifique que aseguridade social não seja destinada a assegurar nenhum tipo de direito à saúde e optarpela alternativa (A) em vez da (C) que inclui esse direito.

100 Questoes~

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Os que menos sabem governar-se sãoos que mais ambicionam governar osoutros

Marques de Maricá

Aprende como uma das tuas primeirasobrigações, a dominar-te a ti mesmo.

Pitágoras

Tudo já foi dito uma vez, mas comoninguém escuta é preciso dizer denovo.

André Gide

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PDA - 94Matéria - DIREITO CONSTITUCIONALFonte: Delegado de Polícia - (1993)

A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacânciafar-se-á com a:

(A) inclusão da data da publicação e a exclusão do último dia do prazo,entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral

(B) inclusão da data da publicação e a exclusão do último dia do prazo,entrando em vigor no mesmo dia de sua consumação integral

(C) exclusão da data da publicação e a inclusão do último dia do prazo,entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral

(D) inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no diasubsequente à sua consumação integral

(E) exclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no diasubsequente à sua consumação integral

Tipo: [FRM] [DET]

Onde estão as pegadinhas? Há aqui duas armadilhas: a primeira delas, tenta confundirpela grande semelhança na sintaxe das cinco alternativas, o que exige grande atenção docandidato para não perder o significado exato de cada uma das proposições.

Trata-se de uma pegadinha de forma [FRM] cujo alvo é o candidato que eventualmente sedistraia ou que premido pelo tempo, principalmente nos momento finais da prova precisaresponder rapidamente para economizar minutos precisos. Candidatos bem preparadospsicologicamente e com conhecimento adequado do tópico raramente caem nesse tipo dearmadilha.

A segunda pegadinha, de detalhe [DET] é muito mais maldosa, pois exige da parte docandidato o conhecimento de uma Lei Complementar pouco conhecida, a LC 95/1998. Hámuito o que comentar sobre a questão que versa sobre a contagem dos prazos da"vacatio legis", o período decorrido entre a data da publicação e a data de entrada em vigorda lei.

A primeira coisa que vem à mente ao nos depararmos com uma questão como esta é oconhecidíssimo Art. 132 do Código Civil e o não menos conhecido Art. 184 do Código deProcesso Civil.

CÓDIGO CIVIL

"Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário,computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o dovencimento"

CÓDIGO DO PROCESSO CIVIL

"Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os pra-zos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. (Re-dação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)"

100 Questoes~

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Quem muito tem, muito vale. Quemnada tem, nada vale.

Meu avô Laudelino

Cada macaco no seu galho

Provérbio Popular

Quem nunca comeu mel, com ferroserá ferido

Chaves

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Observe, no entanto que o primeiro artigo citado integra o Capítulo III do CC quetrata da Condição, do Termo e do Encargo, referindo-se portanto aos negóciosjurídicos em geral e aplicando-se especialmente aos contratos. O segundo, por suavez, encontra-se também no Capítulo III do CPC que trata dos Prazos Processuais.

Podemos então supor que em se tratando de "prazos", a regra geral é excluir o diado começo e incluir o do vencimento. Se terminamos aqui o raciocínio, a conclusãológica é a de que a alternativa correta deve ser a (C):

"(C) exclusão da data da publicação e a inclusão do último dia do prazo, entrandoem vigor no dia subsequente à sua consumação integral"

No entanto, tais considerações são insuficientes para termos condições de respon-der com consciência à pergunta formulada. Há outras normas importantíssimasque é preciso levar em conta:

A primeira delas encontra-se no Decreto-Lei n. 4.657/42, a famosa LICC, ou Lei deIntrodução ao Código Civil, que ao contrário do que se poderia pensar, aplica-se nãoapenas a este, mas a todas as outras espécies normativas, possuindo portantouma abrangência muito mais ampla do que o nome pelo qual ficou conhecidapoderia sugerir. Em seu Art. 2º, logo no segundo parágrafo é declarado que...

" § 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou es-peciais a par das já existentes, não revoga nem modifica alei anterior"

Eis o detalhe oculto da pegadinha. (E é por isso que apesar de versar sobre prazos,esta é muito mais uma pegadinha de Detalhe [DET] que uma pegadinha de Prazos[PRZ])

Observem que o enunciado da questão refere-se à entrada em vigor de leis queestabeleçam "período de vacância". Essa expressão, que é a chave da pegadinha,nos fornece a pista para a correta solução. Trata-se de um caso específico deprazo tratado pela Lei Complementar 95/1998. Apesar de tratar de assunto impor-tante, ela é bem menos conhecida pelos candidatos. Por isso vale a pena falar umpouco sobre ela. Vejamos o que diz sua ementa que é a parte que explicita, logoabaixo da epígrafe, o objeto da lei.

LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998

"Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a con-solidação das leis, conforme determina o parágrafo único doart. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para aconsolidação dos atos normativos que menciona."

O citado artigo da CF trata do Processo Legislativo e em seu parágrafo único exigeque as leis que disponham sobre outras leis sejam constituídas sob a forma de LeiComplementar:

"Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:......

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elabora-ção, redação, alteração e consolidação das leis."

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A ironia é a expressão mais perfeitado pensamento

Florbela Espanca

Boa romaria faz, quem em sua casafica em paz.

Meu avô Laudelino

Por isso que falo por parábolas;porque vendo não vêem e ouvindo, nãoouvem e nem entendem..

Jesus Cristo

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E agora vamos ao que interessa: o parágrafo 1º do Art. 8º dessa LeiComplementar trata um [i]caso específico[/i] de contagem de prazo, a saber o das leisque estabelecem período de vacância.

"Art. 8º ...

§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis queestabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da datada publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor nodia subseqüente à sua consumação integral. (Parágrafo incluídopela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)"

É o caso previsto pela LICC. Essa lei estabelece uma contagem de prazo diferente daregra geralmente adotada que exclui a data de publicação. Por ser uma norma de apli-cação específica (às leis que estabelecem período de vacância) ela não pode serrevogada por uma norma geral, mesmo que essa regra venha a ser estabelecida poruma lei posterior.

Portanto, baseando-nos no que afirma a LC 95/1988 a resposta correta é a (D)

Resposta: (D)

PDA - 95Matéria - DIREITO CONSTITUCIONALFonte: Perito Papiloscópico - PC/ES - 2008 (CESPE)

É possível a impetração de habeas corpus contra um hospital particular que estejaprivando um paciente do seu direito de liberdade de locomoção.

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? Essa questão traz um exemplo interessante de como a nossaexperiência do dia-a-dia, isto é, o nosso senso comum, pode ser induzido a criar deter-minados tipos de associações sem maiores questionamentos.

Qual a primeira imagem que nos vem à cabeça diante da situação descrita no enuncia-do? A de um paciente sem condições físicas ou mentais suficientes para locomover-see querendo a qualquer custo levantar-se ou ir embora pondo em risco sua própria inte-gridade ou a de terceiros. Em tal caso, é claro que não caberia o habeas-corpus, pois aprivação da liberdade de locomoção tem por objetivo a própria segurança do paciente oua proteção de sua integridade física.

Vendo a coisa por esse aspecto é grande a tentação de marcar um "Errado" assumindoque a afirmação a ser julgada é totalmente fora de propósito. Mas, como sempre, épreciso analisar a situação de uma forma mais aprofundada. Em primeiro lugar, há quese considerar a própria natureza do habeas-corpus, o mais abrangente dos remédiosconstitucionais, descrito no Inciso LXVIII do Art. 5º:

Art. 5º

...LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguémsofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação emsua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de

poder;

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Page 104: 100 questoes com pegadinhas

Se você quer transformar o mundo,mexa primeiro em seu interior.

Dalai Lama

As circunstâncias não fazem o homem,elas o revelam.

James A. Van Allen

É melhor ir deitar-se sem jantar quese levantar com dívidas.

Benjamin Franklin

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Observem que a norma constitucional está focada na defesa do direito do coagido nãodelimitando de qualquer maneira o agente coator. Pelo contrário, ela nos deixa livres paraassim considerar qualquer um que a ameace a liberdade de locomoção de outrem e nãoespecifica se quem está coagindo é pessoa física ou jurídica, se se trata de uma autoridadeou não. O coagido, esse, sim necessariamente tem que ser uma pessoa física, até porquepessoa jurídica não se locomove, no máximo muda de endereço.

O Habeas Corpus é tão abrangente que pode ser impetrado por uma pessoa física embenefício de outra pessoa física, ou por pessoa jurídica em benefício de uma pessoa físicaa ela vinculada. Não há quase nenhuma restrição. Qualquer um do povo, nacional ou es-trangeiro, pode impetrá-lo e ao contrário do que ocorre com a ação popular, nem mesmo énecessário que seja cidadão. Também não precisa de advogado e é sempre gratuito dis-pensando praticamente qualquer espécie de formalidade.

Nesse sentido, uma pessoa em condições normais que seja impedida de deixar o hospitalporque não tem dinheiro para pagar a conta do atendimento ou um funcionário retido contraa vontade em suas dependências pela direção, podem perfeitamente impetrar habeas-corpus.

Resposta: (INCORRETA)

PDA - 96Matéria: DIREITO CONSTITUCIONALFonte: Perito Papiloscópico - PC/ES - 2008 (CESPE)

A característica de relatividade dos direitos fundamentais possibilita que a própria Constitui-ção Federal de 1988 (CF) ou o legislador ordinário venham a impor restrições ao exercíciodesses direitos.

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? Exemplo de pegadinha relativa. Fosse a questão destinada aprofissionais da área jurídica sequer seria considerada uma pegadinha, pois como qualquerestudante ou operador de Direito sabe, não existem direitos absolutos em nossa Constitui-ção. Nem mesmo os assim denominados "Fundamentais". Até mesmo o direito à vida, omais básico de todos os direitos, não é absoluto, pois a pena de morte é prevista excepcio-nalmente em caso de guerra.

Observem no entanto que a prova era destinada ao preenchimento de vagas para um cargopara o qual não é exigida formação superior em Direito. Mesmo um candidato estudioso ecom bons conhecimentos do Título II da CF, que trata dos Direitos e Garantias Fundamen-tais, poderia desconhecer essa característica relativa dos direitos definidos pela lei.

Observem ainda que de certa forma quando o texto menciona a “característica derelatividade direitos fundamentais”, poderia dar a um leigo a impressão de que existamoutros direitos que não tenham essa mesma característica relativa, o que evidentementenão é correto.

Resposta: (CORRETA)

Visite o nosso blog: http://ericsavanda.wordpress.com

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Page 105: 100 questoes com pegadinhas

A TA TA TA TA Teeeeecnica do Chute e acnica do Chute e acnica do Chute e acnica do Chute e acnica do Chute e aAnalise de PegadinhasAnalise de PegadinhasAnalise de PegadinhasAnalise de PegadinhasAnalise de Pegadinhas

Técnica do Chute (TC) e Análise dePegadinhas (AP) são abordagenscomplementares sobre a questão dasimulação e dissimulação dos itens por partedo examinador.

A diferença entre ambas está no privilégiomaior ou menor que cada uma dá a certoselementos da análise. A TC, por exemplo,enfatiza a importância da quantificação donúmero maior respostas erradas induzidaspela estrutura da questão e mostra como asbancas planejam esse resultado através douso de distratores. O trabalho do engenhei-ro Paulo César Pereira, mais conhecidocomo Sapoia, contribui para revelar esseaspecto pouco conhecido do que poderíamoschamar de “planejamento dos erros”.

A AP, por sua vez, sem negar a validadedessa abordagem objetiva, enfatiza aimportância do elemento subjetivo, isto é,tenta identificar a Linha de RaciocínioEquivocada (LRE) que o autor da questãobusca induzir no candidato e analisa o texto,do ponto de vista léxico, sintático esemântico para descobrir como esse texto(seja o do enunciado ou o das alternativasde resposta) foi estruturado para produzir ofalso raciocínio.

As duas abordagens incluem a análisetradicional do conteúdo da questão tal comoé feito normalmente pelos professores eautores nos cursinhos e livros de preparaçãopara concursos. Essa é a primeira etapa daanálise e é importante para que o candidatosaiba onde está o erro na questão.

Outra diferença entre ambas é que enquantoa Técnica do Chute é quase que totalmenteorientada à prática, a Análise de Pegadinhas,também se preocupa com a criação eelaboração de uma metodologia e com acriação de conceitos próprios que possamser utilizados como ferramentas na desco-berta e identificação das armadilhas..

Isso não significa que a AP não dê importân-cia à prática. Apenas que reconhece que ateoria bem utilizada pode ampliar os resulta-dos práticos obtidos no estudo.

De qualquer modo há um certo grau decomplementaridade entre as duas, poisquando a abordagem estatística da TC éaplicada a questões com pegadinhas, torna-se bastante esclarecedora no que diz respei-to aos motivos pelos quais os alunos cairamnas opções que apresentam armadilhas.

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PDA - 97Matéria - DIREITO CONSTITUCIONALFonte: Professor - IFB - 2011 (CESPE)

Acerca da aplicabilidade e da interpretação das normas da Constituição, julgue ositem a seguir.

Enquanto, nas normas de eficácia contida, as leis podem restringir-lhes o alcance,nas normas de eficácia limitada, o seu alcance poderá ser ampliado.

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? Ao contrário da análise tradicional que por focar apenas oconteúdo e a resposta das questões adota um enfoque puramente objetivo, a Análisede Pegadinhas vai além. Sem negar o papel dos elementos objetivos envolvidos nasolução do problema, considera ainda a importância dos elementos subjetivos quepossam induzir o candidato a assumir uma premissa equivocada que contaminarátodo o seu raciocínio ulterior, levando-o necessariamente a uma conclusão erradaque se materializará na resposta errada.

Ao compreender "como" errou a questão o candidato desenvolve a capacidade deperceber estruturas semelhantes em outras questões. É principalmente naspegadinhas do tipo Senso Comum [SCM] que esse processo subjetivo pode sermelhor observado. Essa espécie de cilada conta com as associações que fazemoshabitualmente e de forma inconsciente entre uma palavra ou expressão (significante)e o que ela quer dizer realmente em um dado contexto (significado). Veja como issoacontece neste exemplo:

Habitualmente o nosso cérebro está acostumado a associar a ideia de limitação aoutra, semanticamente próxima de restrição. Para o nosso senso comum a ideia delimitação (ou restrição) é oposta a ideia de ampliação, pois "restringir" ou "limitar" é ocontrário de "ampliar". Não é difícil para o candidato, distraído ou pressionado pelotempo que falta para terminar a prova, cair na armadilha de achar que uma norma"limitada" é o oposto de uma norma "ampliada", em vez de raciocinar (corretamente)que justamente pelo fato de ter sido originalmente limitada ela poderá posteriormenteter seu alcance ampliado pelo legislador ordinário.

Esse é um exemplo típico daquilo que a Análise de Pegadinhas chama de Linha deRaciocínio Equivocada ou LRE.

Vamos analisar mais detalhadamente a questão, agora também sob o aspecto doconteúdo:

A norma constitucional de eficácia limitada prescreve um direito, mas inviabiliza o seuexercício imediato já que ela torna esse direito dependente de uma regulamentaçãoinfraconstitucional. A lei regulamentadora então vem para potencializar a eficácia danorma e não para restringí-la. Portanto, como afirma corretamente o enunciado daquestão, o seu alcance poderá ser ampliado pelo legislador, embora isso não aconte-ça sempre.

Pode até mesmo ocorrer que que o legislador ordinário não tenha interesse emampliar a eficácia da norma constitucional e fique adiando ad aeternum a leiregulamentadora contra a própria intenção do constituinte originário. Um bom exem-plo disso é o Art. 150º § 5º da CF que prescreve:

§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidoressejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mer-cadorias e serviços.

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Page 106: 100 questoes com pegadinhas

Sites que todo concurseirodeveria conhecer

www.portuguesconcurso.com

Português para Concursos

Até Passar

http://vitor-cruz.blogspot.com

Blog Vítor Cruz

www.atepassar.com

www.euvoupassar.com.br

Eu Vou Passar

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Esta é uma norma de eficácia limitada que para atingir plenamente a sua finalidadehá muito já deveria ter ser ampliada por uma lei ordinária que regulamentasse odireito dos consumidores de saber quanto pagam de impostos em cada produto ouserviço que consomem, por exemplo, estabelecendo-se a obrigatoriedade da discri-minação detalhada do valor ou do percentual de cada imposto cobrado nas embala-gens dos produtos ou nas notas dos serviços pagos por eles.

No entanto, não interessa aos nossos governantes e políticos informar aos contribu-intes quanto da sua renda é drenada pelos impostos. Nem mesmo a Lei de Defesado Consumidor ousou tocar no assunto. Como consequência, desde a promulgaçãoda Constituição em 1988 nenhuma iniciativa foi tomada no sentido de ampliar oescopo daquela norma de eficácia limitada.

Já, as normas de eficácia contida são aquelas para as quais a CF autorizou a limita-ção de seu alcance por parte do legislador ordinário. Michel Temer (ele mesmo, o

vice-presidente da Dilma) propõe uma denominação mais adequada para elas,chamando-as de normas de eficácia contível o que dá uma ideia mais exata da suanatureza, pois originalmente sua eficácia é plena, podendo (ou não) vir a ser posteri-ormente restingida pelo legislador.

A norma de eficácia contida produz todos os seus efeitos desde o início, mas podevir a ser restingida por outras normas.

Em resumo: a regulamentação "amplia" os efeitos norma de eficácia limitada e"restringe" os efeitos da norma de eficácia contida. Portanto a afirmação a serjulgada está correta.

Resposta: (CORRETA)

PDA - 98Matéria - DIREITO CONSTITUCIONALFonte: Juiz - TJ-MG 2006 (EJEF)

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal vem adotando, quanto ao valor jurídicodo preâmbulo constitucional, a teoria da:

(A) relevância jurídica

(B) relevância jurídica direta

(C) irrelevância jurídica

(D) relevância jurídica indireta

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? Temos aqui um exemplo do que poderia ser outrapegadinha destinada a enganar o senso comum do candidato, não tivesse esta sidoproposta em uma prova para um cargo bastante especializado da área jurídica. Paraalguém suficientemente preparado para disputar uma vaga de juiz deve (ou deveria)ser uma questão relativamente fácil.

No entanto em uma prova para um cargo menos técnico ou de outras áreas seriauma típica pegadinha de Senso Comum, pois seria lógico a um candidato compoucos conhecimentos de Técnica Legislativa imaginar que algo tão importante

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Page 107: 100 questoes com pegadinhas

O que é necessário para mudar umapessoa é mudar sua consciência de simesma. ~ Frase de Abraham Maslow

Abraham Maslow

Podemos escolher recuar em direção àsegurança ou avançar em direção aocrescimento. A opção pelo crescimentotem que ser feita repetidas vezes. E omedo tem que ser superado a cadamomento.

Abraham Maslow

O cinismo consiste em ver as coisascomo realmente são, e não comodeveriam ser.

Oscar Wilde

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como um preâmbulo constitucional tivesse grande relevância. E realmente tem, mastrata-se de uma relevância formal, pois introduz e apresenta o documento em que sebaseia a constituição do Estado e que fundamenta todo o arcabouço jurídico que o segue.

Juridicamente, porém, o preâmbulo é irrelevante como bem definu o STF na ADI n.º2.076-AC que declara a irrelevância jurídica dos preâmbulos.

Na decisão o relator, ministro Carlos Velloso reconheceu que o preâmbulo da Constituiçãonão tem valor normativo, "apresentando-se destituído de força cogente".

Resposta: (C)

PDA - 99Matéria - DIREITO CONSTITUCIONALFonte: OAB-SP - Exame 135

Segundo a Constituição de 1988, constitui crime inafiançável e imprescritível:

(A) a prática da tortura

(B) a prática do racismo

(C) o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins

(D) o definido em lei como hediondo

Tipo: [SCM]

Onde está a pegadinha? Quis o legislador que certos crimes, por configurarem comporta-mentos considerados repugnantes pela sociedade, fossem excluídos de alguns benefíci-os tais como a fiança e a prescrição. Com certeza aqueles mencionados nas quatroopções de resposta enquadram-se nessa condição e em geral são considerados pornosso senso comum como merecedores de punição exemplar, pois afrontam a dignidadede ser humano.

Apesar disso, o tratamento dados a eles pela Constituição de 98 é diferenciado. Apenas ocrime de racismo, segundo a Carta Magna, além de também ser inafiançável apresentatambém a característica da imprescritibilidade. É o que diz o...

Art. 5º

...

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável eimprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

Já a tortura, terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e cri-mes hediondos são apenas inafiançáveis e insuscetíveis de anis-tia. Está logo no inciso seguinte:

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis degraça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de en-torpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como cri-mes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores eos que, podendo evitá-los, se omitirem;

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Page 108: 100 questoes com pegadinhas

Os talentos atingem metas queninguém mais pode atingir, os gêniosatingem metas que ninguém jamaisconsegue ver

Schopenhauer

Não é benéfico ajudar um amigocolocando moedas em seus bolsosquando existem buracos neles.

Douglas Hurd

"Não se pode ensinar tudo a alguém,pode-se apenas ajudá-lo a encontrarpor si mesmo.

Galileu Galilei

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Apenas é previsto como inafiançável e imprescritível o crime de racismo. Algo muito bom deser lembrado, pois essa pegadinha de Senso Comum [SCM] já apareceu não apenas emexames da OAB como também em provas para diversos concursos, ainda que com varia-ções na forma ou no enunciado.

Realmente afronta o nosso senso comum (e o de todos o que não conhecem a normaconstitucional) o fato de que o crime de racismo seja imprescritível e o crime de tortura,igualmente repugnante e que provavelmente cause sofrimento ainda maior à vítima não oseja. Portanto um excelente tópico para criarem uma [SCM] como esta.

Para variar, vamos sair um pouco da seara do Direito Constitucional e as pegadinhas deSenso Comum e apresentar algumas armadilhas de outro tipo e de outras áreas diferentes.

Resposta: (C)

PDA - 100Matéria - DIREITO DO TRABALHOFonte: Procurador Geral do Estado - PB - 2008 (CESPE)

Com base na CF, julgue os itens seguintes, acerca dos direitos dos trabalhadores.

I O trabalhador tem direito ao seguro-desemprego no caso de desemprego voluntário.

II O salário mínimo, fixado em lei complementar, deve ser capaz de atender às necessida-des básicas do trabalhador e às de sua família, com moradia, alimentação, educação,saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicosque lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.

III O salário pode ser reduzido por convenção ou acordo coletivo de trabalho.

IV O repouso semanal remunerado deve ser concedido, necessariamente, aos domingos.

V As férias anuais devem ser remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que osalário normal.

Estão certos apenas os itens

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) III e V.

e) IV e V.

Tipo: [DET]

Onde está a pegadinha? Ela está na proposição II cujo texto reproduz quase integralmente oInciso IV do § 7° da Constituição, mas retirando a expressão "nacionalmente unificado", oque por si só não tornaria a afirmativa incorreta. Porém, além disso o elaborador da questãosorrateiramente qualificou a lei como complementar, o que não ocorre na norma constitucio-nal como podemos verificar a seguir:

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Page 109: 100 questoes com pegadinhas

Alguém sabe onde será o Festival deCannes este ano?

Cristina Aguillera

Vou viajar para Roma, porque é aterra onde nasceu Jesus Cristo

Shakira

Belém (PA) - Terra do menino Jesus!Claudiomiro

com Pegadinhas

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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além deoutros que visem à melhoria de sua condição social:

...

IV - salário mínimo , fixado em lei (sempre que a CF não quali-ficar a palavra "lei" considera-se que ela se refere à lei ordi-nária), nacionalmente unificado, capaz de atender a suas neces-sidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimen-tação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte eprevidência social, com reajustes periódicos que lhe preservem opoder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

Um tipo de pegadinha muito comum que visa diretamente quem estuda confiando ape-nas na capacidade de memorizar, que é importante, não há dúvida, porém precisa estaracompanhada do raciocínio que busca a compreensão do espírito da lei e da cuidadosaanálise do enunciado da questão, assim como das opções apresentadas, por maissemelhantes que estas aparentem ser com relação ao texto da lei.

Como vocês podem perceber pelo código do botão [DET] esta também é umapegadinha que tenta induzir ao erro através de um pequeno detalhe, que se não forpercebido fará o candidato marcar uma opção incorreta. A chave da pegadinha aqui é oadjetivo "complementar".

Resposta: (D)

PREZADO COLABORADOR

Este e-book foi criado especialmente para você que colaborou com a nossacampanha para levantar recursos para a criação de um site interativo comanálises de questões com pegadinhas.

Infelizmente não conseguimos divulgar esta campanha o bastante para queum número suficiente de concurseiros que poderiam vir a ser beneficiadoscom a leitura deste material, pudesse contribuir o suficiente, mesmo que coma módica quantia de cinco reais, para darmos início ao projeto do site.

A minha intenção não era simplesmente lhe pedir dinheiro para a construçãodo site. Eu queria que mesmo contribuindo para um projeto que no futuropoderia lhe beneficiar, você também recebesse alguma coisa em troca dasua contribuição, independentemente do valor dela.

Por isso ofereço a você, caro colaborador ou colaboradora, este trabalho (edeu mesmo muito trabalho para fazer!) com 100 análises de questões deconcursos com pegadinhas do banco de dados da PegaNews! a nossa revistaeletrônica sobre Análise de Pegadinhas.

Este ebook é individual e não será nem disponibilizado gratuitamente e nemvendido. É um presente exclusivo para quem ajudou em nossa campanha.

Eric Savanda

100 Questoes~

Page 110: 100 questoes com pegadinhas

Analise dePegadinhas

EEEEEste foi um esboço da homepage do novosite que eu tinha em mente em 2011 quandoainda estava vinculado a um contrato comuma antiga editora que inicialmente recusou-se a liberar os meus direitos de publicaçãoque eu havia solicitado. A editora não eraespecializada na área de concursos e nãoinvestia em divulgação para tornar-se conhe-cida do público de concursos. Eu queria sair!

Minha ideia era contratar a publicação dosmeus livros com outra editora ou criar umsite de concursos cobrando uma pequenataxa para o acesso a todo o material deanálises de questões com pegadinhas, casonão encontrasse uma empresa publicadoraadequada.

A exigência da empresa era que fosse ressar-cida em R$ 9,000,00 pela liberação dosdireito de publicação, o que eu não poderiafazer, até porque nunca cheguei a ganharesse valor mesmo somando tudo que eu jáhavia ganhado em royalties dos meus livros.

O site se chamaria Questões & Pegadinhas.e a página principal seria como a da imagemacima. Para conseguir o dinheiro fiz umacampanha online. Não obtivemos o valorpedido, apenas algumas centenas de reais.Mesmo assim criei um brinde exclusivo paraquem colaborou.

Todas as dezenove pessoas que contribuiramcom qualquer valor a partir de R$5,00receberam este ebook que você está lendoagora. E não o ofereci a mais ninguém estematerial incrível com as 100 primeirasanálises de pegadinhas publicadas na minhaantiga Newsletter, a PegaNews!

www.pegadinhas-de-concursos.com.br

Este é o site inicial que utilizei para apresentar aos concurseiros a proposta de estu-dar objetivamente as questões com pegadinhas.

Ele pode ser considerado o site oficial da AP, pois é o melhor local para alguém quenão conheça nada do assunto se informar sobre a disciplina. Através dele é possívelbaixar um ebook gratuito chamado “Pegadinhas de Concursos” onde são explicadosos fundamentos da AP. Até o presente já foram realizados mais de 100.000downloads desse ebook.

http://ericsavanda.wordpress.com

Este é o nosso blog. A proposta nesse caso é além de dar uma visão rápida, menoscompleta do que a do site, sobre a Análise de Pegadinhas e deixar o visitante infor-mado sobre fatos e atividades mais recentes sobre o tema. Também permite que ovistitante se manifeste e deixe a sua opinião, o que ainda não é possível fazer atravésdosite oficial..

http://my.aboogy.com/pegadinhas

Este é o endereço web do Portal do Candidato. Apesar do nome, a proposta dele émuito mais ampla. Consiste em uma página com centenas de links para sites, blogs evideoaulas úteis para os concurseiros. A diferença é que antes de ser colocado lá,cada link foi minuciosamente examinado por mim ou por um dos meus colaboradorespara avaliar a qualidade do recurso e saber se realmente ele merece ter o link publi-cado no Portal.

http://my.aboogy.com/linklegal

Este site é semelhante ao anterior e iniciamente tinha a intenção de substituí-lo,incluindo um formulário para que sugestões de novos links pudessem ser feitas pelosvisitantes. No entanto, percebemos que o tempo necessário para implementar esserecurso seria muito longo. Então deixamos que ele ficasse como um complemento doPortal do Candidato. No Link Legal você poderá encontrar muitos links para sites eblogs também de ótima qualidade que não estão relacionados no Portal.

http://www.peganews.net

Através desse link você pode cadastrar-se para receber gratuitamente todos osmeses no seu email, a PegaNews! a nossa revista eletrônica de Análise dePegadinhas que além de trazer questões com pegadinhas analisadas e comentadas,também traz notícias e novos recursos de qualidade para quem estuda para concur-sos públicos.

do Sitedo Sitedo Sitedo Sitedo Site

O Projeto 2O Projeto 2

Analise dePegadinhas

Sites e Outros RecursosSites e Outros Recursos

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Eric Savanda
Riscado
Eric Savanda
Nota
Este site foi desativado pela empresa que fornecia os servidores de aplicativo gratuito para prestar este serviço. Uma pena!
Eric Savanda
Riscado
Eric Savanda
Nota
Idem a nota anterior
Eric Savanda
Nota
Este texto é antigo. O site continua no ar, mas agora apenas redireciona o visitante para o Manual das Pegadinhas.