8/18/2019 1001 NOITES - Como Tudo Começou

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As 1001 noites - Como tudo começou

Houve, muito tempo atrás, um rei poderosíssimo, da dinastia dos antigos reis persas, que dominaram até a Índia e a China.Seu povo o amava por sua sabedoria e

prudência. Quando morreu, o poder passou àsm os do !"ho mais ve"ho, #ariar. Homem $usto, #ariar %e& quest o de que seu irm o maisnovo, #a&aman, também governasse ao seu"ado. 'eu("he, ent o, um de seus reinos, cu$acapita" era a cidade de Samarcanda.

)* cidade de Samarcanda !ca, atua"mente no+&bequist o, na %ronteira com *%eganist o.

Passaram-se vinte anos de prosperidade, cada irmão vivendoem seu reino. Mas um dia Xariar, não suportando mais a saudade,

decidiu rever Xazaman. Ordenou a seu grão-vizir [auxiliar infuentedo soberano] ue !osse at" o irmão entregar-l#e os mais ricospresentes e um convite para vir visit$-lo.

% &eu dese'o " uma ordem - disse o grão-vizir. ( partiu omais r$pido ue p)de.

*o saber ue o grão-vizir se aproximava da cidade, Xazaman!oi ao seu encontro e pediu not+cias do irmão. O grão-vizir, então,transmitiu as palavras do soberano. Xazaman cou comovido edisse

% Meu irmão, o sultão [governante mu ulmano], #onra-mecom esse convite. (stou morto de vontade de o rever. Mas precisode dez dias para preparar a viagem e partir. /i uem em meu reinoe partiremos 'untos. 0ão " preciso ue voc1s se deslo uem at" acidade armem a ui mesmo suas tendas. Ordenarei ue voc1 e asua comitiva se'am muito bem tratados2

O vizir aceitou a o!erta. Xazaman se dirigiu a &amarcandapara cuidar dos preparativos da viagem. 0omeou um consel#opara cuidar de tudo durante a sua aus1ncia3 no comando, colocouum #omem de sua total con an a. 4ez dias depois, encamin#ou-seat" onde estavam as tendas. (ntão, dese'ando abra ar a esposamais uma vez antes da partida, voltou sozin#o ao pal$cio. /oi at"

os aposentos da rain#a3 ela, ue não esperava rev1-lo tão cedo,tin#a introduzido no uarto um dos criados do marido.

5ual não !oi a emo ão de Xazaman uando, c#egando sem!azer ru+do para !azer uma surpresa 6 esposa, por uem se 'ulgavamuito amado, avistou em seu uarto, 6 luz das toc#as, um outro

#omem2 /urioso, Xazaman pegou seu sabre e, num segundo, deuaos dois o sono da morte. (m seguida, saiu da cidade e se dirigiu6s tendas. &em contar a ningu"m o ue tin#a acontecido, deuordem de partir imediatamente. *ntes de raiar o dia, partiramtodos.

7 !$cil imaginar a alegria de Xariar e Xazaman uando sereencontraram depois de tantos anos2 *bra aram-se, trocaram milmani!esta 8es de a!eto e entraram na cidade, em meio aos gritosde alegria da multidão. O sultão levou seu irmão a um pal$cio uetin#a comunica ão com o seu e possu+a um bel+ssimo 'ardim.

9 noite, celebraram o reencontro com um 'antar ue durouat" tarde. 4epois, cada um se recol#eu a seu uarto. Xazamantin#a passado momentos de alegria ao lado do irmão3 mas, uandose viu sozin#o em sua cama e pensou na in delidade da esposa,

cou angustiado. :ncapaz de dormir, levantou-se. ;ão triste estavaue seu rosto denunciava seus sentimentos. O irmão notou

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- Massud2 Massud29 uele c#amado, um #omem desceu do alto de uma $rvore

e !oi at" a sultana. Xazaman, então, percebeu ue Xariar era tãoin!eliz uanto ele. &em d@vida, a uela era a sorte de todos osmaridos serem tra+dos.

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4e noite, Xerazad !oi levada ao uarto nupcial e, c#orando,implorou ue a irmã 4inarzad pudesse passar a noite ali ao seulado. O sultão concordou. 5uando !altava uma #ora para raiar odia, a irmã !ez exatamente como Xerazad #avia pedido3 acordou-auma #ora antes do nascer do sol, dizendo

- Min#a uerida irmã, antes ue nas a o dia, conte umada uelas belas #istCrias ue voc1 con#ece2 ;alvez se'a a @ltimavez ue terei o prazer de ouvi-las2

Xerazad, então, come ou a contar uma #istCria. 5uandoc#egou a um ponto decisivo, interrompeu a narrativa, dizendo- 5ue pena, o dia '$ nasceu. 0ão vou poder contar o nal de

min#a #istCria... * continua ão " ainda mais bonita e interessante.

Mas eu não poderei contar a voc1, cara irmã, a menos ue o sultãopermita ue eu a retome na prCxima noite...

O sultão, ue '$ gostara muito do ue Xerazad contara ecara c#eio de curiosidade em saber o ue aconteceria depois,

decidiu não matar a mo a para poder ouvir o nal da uela #istCria.Mas, na noite seguinte e nas outras, Xerazad usou da mesmaast@cia. 5uando terminava uma #istCria, come ava a contar outraainda mais interessante. * cada dia, prosseguia em sua narra ão

at" um certo ponto e, !azendo suspense, interrompia-a nummomento decisivo, despertando a curiosidade do sultão, ue diziaa si mesmo

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