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Curso de Direito Tributário – Professor Érico TeixeiraConceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie- Aula 7
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aulaministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livrosdoutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º andar – Tel.: (21) 2223-1327 1Conheça nossa loja online: www.enfaseonline.com.br
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CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIOPROFESSOR: ÉRICO TEIXEIRA
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Twitter: @TeixeiraErico
IMPOSTOS ESTADUAIS
1. Introdução
Os Estados possuem competência para instituir os 3 (três) impostos previstos
no art. 155 da Constituição:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) - ITCMD
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as
operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela EC nº 3, de
1993) - ICMS
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993) - IPVA
IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO, DE QUAISQUER
BENS OU DIREITOS – ITCMD
1. Constituição e dispositivos legais
Art. 155, I e § 2º;
CTN – art. 35/42;
Lei n.º 1.427/1989 (RJ)
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2. Abordagem constitucional
2.1. Competência Tributária
Art. 155, I, da CRFB: transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou
direitos; (Redação dada pela EC nº 3, de 1993)
A Constituição de 1988 trata de dois impostos distintos:
(i) um estadual sobre transmissões a título gratuito (causa mortis e doação) -
ITCMD;
(ii) outro municipal sobre as transmissões, a título oneroso, de bens imóveis -
ITBI;
O CTN (artigos 35 a 42) trata apenas de um imposto de competência estadual
incidente sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a ele relativos. Esse artigo
não é totalmente compatível com a CRFB/88.
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens
imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador:
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens
imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil;
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os
direitos reais de garantia;
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II.
Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores
distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.
Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a
transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior:
I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em
pagamento de capital nela subscrito;
II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por
outra ou com outra.Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos
alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em
decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram
conferidos.
Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica
adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou locação de
propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição.
§ 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo
quando mais de 50% (cinquenta por cento) da receita operacional da pessoa
jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos anteriores e nos 2 (dois) anos subsequentes à
aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo.
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§ 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou
menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no
parágrafo anterior levando em conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à datada aquisição.
§ 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o
imposto, nos termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou
direito nessa data.
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos,
quando realizada em conjunto com a da totalidade do patrimônio da pessoa
jurídica alienante.
Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos
transmitidos.
Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites fixados em resolução doSenado Federal, que distinguirá, para efeito de aplicação de alíquota mais baixa,
as transmissões que atendam à política nacional de habitação.
Art. 40. O montante do imposto é dedutível do devido à União, a título do imposto
de que trata o artigo 43, sobre o provento decorrente da mesma transmissão.
Art. 41. O imposto compete ao Estado da situação do imóvel transmitido, ou sobre
que versarem os direitos cedidos, mesmo que a mutação patrimonial decorra de
sucessão aberta no estrangeiro.
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada,
como dispuser a lei.
Não há normas gerais estabelecidas por Lei Complementar tratando de toda a
matéria. O CTN, que foi recepcionado com status de lei complementar pela
Constituição de 1967, EC 01/69 e Constituição de 1988, trata apenas da incidência
sobre a transmissão de bens imóveis, conforme a Constituição em vigor à época
(Constituição de 1946 – EC 18/65). Logo, na omissão da lei de normas gerais tratando
de fato gerador, base de cálculo e contribuintes (conforme a expressa exigência do art.
146, III, a, da CRFB/1988), os Estados podem legislar sobre a matéria exercendo a
competência legislativa plena (art. 34, §§ 3º e 4º do ADCT e art. 24 da Constituição):
ADCT, Art. 34
§ 3º - Promulgada a Constituição, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão editar as leis necessárias à aplicação do sistema tributário
nacional nela previsto.
§ 4º - As leis editadas nos termos do parágrafo anterior produzirão efeitos a partir
da entrada em vigor do sistema tributário nacional previsto na Constituição.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
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§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui acompetência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da
lei estadual, no que lhe for contrário.
O tributo possui natureza eminentemente fiscal (arrecadatória).
2.2. Fixação das alíquotas máximas pelo Senado
A Constituição atribuiu ao Senado a competência para estabelecer as alíquotas
máximas do ITCMD:
Art. 155, § 1º, IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;
Sendo assim, os Estados não podem livremente estabelecer as alíquotas do
tributo, pois compete ao Senado estabelecer, por resolução, as alíquotas máximas que
poderão ser adotadas no âmbito da legislação de cada Estado.
Por outro lado, o STF entende que não é possível atrelar a alíquota estadual à
alíquota máxima fixada pelo Senado Federal, como fez, por exemplo, a Lei n.º
10.260/89 do Estado de Pernambuco.RE 226111 AgR / PE - PERNAMBUCO AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a): Min. ELLEN GRACIE Julgamento: 13/02/2001 Órgão Julgador: Primeira
Turma EMENTA: Agravo Regimental a que se nega provimento por ressentir-se o
recurso extraordinário da falta de prequestionamento e porque o Plenário do
Supremo Tribunal Federal (RE 213266) entendeu que não se coaduna com sistema
constitucional norma reveladora de automaticidade quanto à alíquota do imposto
detransmissão causa mortis, a evidenciar a correspondência com o limite máximo
fixado em resolução do Senado.
A Resolução 09/1992 fixa a alíquota máxima em 8% e autoriza que a leiestadual fixe alíquotas progressivas “em função do quinhão que cada herdeiro
receber”. Tal resolução cumpriu o que determinou a Constituição e, além disso,
estabeleceu a possibilidade da progressividade de alíquotas.
RESOLUÇÃO N° 9, DE 1992
Estabelece alíquota máxima para o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e
Doação, de que trata a alínea a, inciso l, e § 1°, inciso IV do art. 155 da
Constituição.
O SENADO FEDERAL resolve:
Art. 1° A alíquota máxima do imposto de que trata a alínea a, inciso I, do art. 155da Constituição Federal será de oito por cento, a partir de 1° de janeiro de 1992.
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Art. 2° As alíquotas dos impostos, fixadas em lei estadual, poderão ser
progressivas em função do quinhão que cada herdeiro efetivamente receber, nos
termos da Constituição Federal. Art. 3° Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário.
2.3. Progressividade
O STF possuía entendimento consolidado no sentido de que:
(i) a progressividade tem que estar autorizada na Constituição e
(ii) impostos reais não comportam progressividade.
Apenas em relação aos impostos pessoais seria possível a aplicação da
progressividade baseada na ideia de capacidade contributiva (art. 145, § 1º, da
CRFB/1988), e ainda assim, se houvesse previsão constitucional expressa.
Exemplo: Imposto de Renda (art. 153, § 2º, I, da CRFB/1988).
Esse entendimento foi adotado pelo STF em relação ao IPTU e ao ITBI,
conforme as súmulas 589, 656 e 668 do STF:
STF, Súmula. 589. É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto
predial e territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte.
STF, Súmula. 656 - É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas
para o imposto de transmissão "inter vivos" de bens imóveis - ITBI com base no
valor venal do imóvel.
STF, Súmula. 668 - É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes
da emenda constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se
destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.
Após a EC 29/2000, a progressividade passou a ser autorizada expressamente
pela Constituição em relação ao IPTU, e por essa razão o STF entendeu possível a
fixação de alíquotas progressivas do IPTU, pelas leis municipais, após a edição da
referida emenda. Logo, de acordo com a Súmula 668, a progressividade de alíquotas
em imposto real seria possível desde que autorizada expressamente pela Constituição.
O STF, porém, enfrentando novamente a questão da progressividades nos
impostos reais, entendeu que é possível a fixação de alíquotas progressivas no
ITCMD, mesmo sendo um imposto real e não havendo autorização expressa para tanto
na Constituição (inf. 510 e 520, 634 e 694):
Inf. 694: Em conclusão, o Plenário, por maioria, deu provimento a recurso
extraordinário, interposto pelo Estado do Rio Grande do Sul, para assentar a
constitucionalidade do art. 18 da Lei gaúcha 8.821/89, que prevê o sistema
progressivo de alíquotas para o imposto sobre a transmissão causa mortis dedoação - ITCD — v. Informativos 510, 520 e 634. Salientou-se, inicialmente, que o
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entendimento de que a progressividade das alíquotas do ITCD seria
inconstitucional decorreria da suposição de que o § 1º do art. 145 da CF a
admitiria exclusivamente para os impostos de caráter pessoal. Afirmou-se,entretanto, que todos os impostos estariam sujeitos ao princípio da capacidade
contributiva, mesmo os que não tivessem caráter pessoal. Esse dispositivo
estabeleceria que os impostos, sempre que possível, deveriam ter caráter pessoal.
Assim, todos os impostos, independentemente de sua classificação como de
caráter real ou pessoal, poderiam e deveriam guardar relação com a capacidade
contributiva do sujeito passivo. Aduziu-se, também, ser possível aferir a
capacidade contributiva do sujeito passivo do ITCD, pois, tratando-se de imposto
direto, a sua incidência poderia expressar, em diversas circunstâncias,
progressividade ou regressividade direta. Asseverou-se que a progressividade de
alíquotas do imposto em comento não teria como descambar para o confisco, porquanto haveria o controle do teto das alíquotas pelo Senado Federal (CF, art.
155, § 1º, IV). Ademais, assinalou-se inexistir incompatibilidade com o Enunciado
668 da Súmula do STF (“É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido,
antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU,
salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade
urbana”). Por derradeiro, esclareceu-se que, diferentemente do que ocorreria com
o IPTU, no âmbito do ITCD não haveria a necessidade de emenda constitucional
para que o imposto fosse progressivo. RE 562045/RS, rel. orig. Min. Ricardo
Lewandowski, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, 6.2.2013. (RE-562045)
2.4. Definição do Estado (DF) competente para a cobrança
2.4.1. Bens imóveis e respectivos direitos
A competência para instituir e cobrar o tributo é do Estado da situação do bem
(art. 155, § 1º, I). Não importa onde foi processado o inventário ou arrolamento ou
onde estão domiciliados doador e donatário;
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da
situação do bem, ou ao Distrito Federal
Exemplo: doador em Brasília, donatário em Salvador, bem no Rio de Janeiro. OITCMD é devido ao Estado do Rio de Janeiro.
2.4.2. Bens móveis, títulos e créditos:
Neste caso, é necessário verificar se a transmissão é decorrente da morte
(sucessão causa mortis) ou de doação.
Na sucessão causa mortis, a instituição e cobrança do ITCMD compete ao
Estado (ou DF) em que se processar o inventário ou arrolamento. Na doação, O ITCMD
compete ao Estado em que tiver domicílio o doador (art. 155, §1º, II):
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II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se
processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito
Federal;2.4.3. Doador domiciliado no exterior ou de cujus que possuía bens, era
residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior:
A competência será regulada por lei complementar (155, § 1º, III, CRFB).
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário
processado no exterior;
Essa lei complementar não foi editada. A questão acaba sendo resolvida noâmbito das leis estaduais (24, § 3º, CRFB - supra).
Exemplo: Estado do Rio de Janeiro, arts. 8º e 9º da Lei n.º 1.427/ 1989
Art. 8. O imposto é devido ao Estado do Rio de Janeiro se nele estiver situado o
imóvel transmitido, seja por sucessão causa mortis ou por doação, ainda que a
mutação patrimonial tenha lugar ou resulte de sucessão aberta em outro Estado
ou no exterior.
Art. 9. No caso de transmissão de títulos, créditos, ações, quotas, valores e outros
bens móveis de qualquer natureza, bem como dos direitos a eles relativos, o
imposto é devido ao Estado do Rio de Janeiro se nele tiver domicílio:
I - o doador, ou se nele ocorrer a abertura da sucessão, nos termos da legislação
civil;{redação do Inciso I do Artigo 9.º, alterado pela Lei n.º 5.440/2009, publicada
em 06.05.2009, vigente a partir de 05.06.2009}.
[redação(ões) anterior(es) ou original]
II - o donatário, na hipótese em que o doador tenha domicílio ou residência no
exterior;
III - o herdeiro ou legatário, se a sucessão tiver sido processada no exterior;
IV - o herdeiro ou legatário, se o de cujus possuía bens, era domiciliado ou
residente no exterior, ainda que a sucessão tenha sido processada no País.3. Critério material da hipótese de incidência
O fato gerador é a transmissão causa mortis ou por doação, de quaisquer bens
ou direitos (art. 35 do CTN e CRFB/88);
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens
imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador:
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens
imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil;
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os
direitos reais de garantia;
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III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II.
Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores
distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.Na sucessão causa mortis, o artigo 1784 do Código Civil dispõe que:
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros
legítimos e testamentários.
A abertura da sucessão ocorre no momento da morte e o lançamento do
tributo deve levar em consideração a legislação em vigor nessa data (art. 144 do CTN).
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada
ou revogada.§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do
fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou
processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades
administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto,
neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos
certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o
fato gerador se considera ocorrido.
Súmula ST F 112: “O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota
vigente ao tempo da abertura da sucessão”.
O pagamento do tributo, porém, somente ocorrerá após a avaliação dos bens,
o cálculo do tributo e a homologação deste cálculo (art. 1.003 a 1.013 do CPC). O
montante devido será calculado com base no valor dos bens na data da avaliação.
Súmula 113: O imposto de transmissão "causa mortis" é calculado sobre o valor
dos bens na data da avaliação.
Súmula 114 do STF: “O imposto de transmissão causa mor tis não é exigível antes
da homologação do cálculo”.
Por outro lado, o imposto não incide na renúncia pura e simples de herança oulegado. Exemplo: Estado do Rio de Janeiro (Lei n.º 1.427/1989):
Art. 2.º Não se considera existir transferência de direito na renúncia à herança ou
legado, desde que se efetive dentro das seguintes circunstâncias concorrentes:
1. seja feita sem ressalva, em benefício do monte;
2. não tenha o renunciante praticado qualquer ato que demonstre a intenção de
aceitar a herança ou legado.
Parágrafo único - É tributável, a título de doação, a renúncia manifestada por
herdeiro ou legatário em favor de pessoa determinada ou determinável.
A doação é caracterizada, pelo espírito de liberalidade (CC art. 538):
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Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade,
transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.
De acordo com José Eduardo Soares de Mello, há diversas situações que, emtese, poderiam se caracterizar a doação, como, por exemplo: liberação de dívida,
gastos por conta de outra pessoa, liberação do devedor resultante da prescrição,
dentre outras. Nesses casos, porém, raramente, o tributo é cobrado.
A doação feita em contemplação do merecimento do donatário não perde o
caráter de liberalidade, como não o perde a doação remuneratória ou gravada, no
excedente ao encargo exigido. Código Civil.
Art. 540. A doação feita em contemplação do merecimento do donatário não
perde o caráter de liberalidade, como não o perde a doação remuneratória, ou agravada, no excedente ao valor dos serviços remunerados ou ao encargo imposto.
O pagamento de alimentos, bem como os gastos necessários à manutenção dos
filhos não podem ser considerados liberalidade, mas sim dever legal, e, portanto, não
estão sujeitos ao imposto.
Por outro lado, é considerada doação a aquisição de bem ou direito em
montante superior ao definido em lei (repartição de bens).
Exemplo: cônjuge que, na partilha de bens, fica com montante superior a 50%
dos bens adquiridos durante o casamento.
Estado do Rio de Janeiro (LEI N.º 1.427/1989):
Art. 1º, IV - a aquisição de bem ou direito em excesso pelo herdeiro, cônjuge ou
companheiro, na partilha, em sucessão causa mortis, dissolução de sociedade
conjugal ou alteração do regime de bens.
Nesse caso, o ITCMD incidirá sobre o montante recebido a maior. Por exemplo,
se há dois bens que serão partilhados e um cônjuge fica com um bem no valor de
R$100.000,00 e o outro com um bem no valor é de R$ 150.000,00 houve doação. Para
fins de apuração do montante doado é necessário verificar o patrimônio total
(R$250.000,00), quanto caberia a cada parte (R$ 125.000,00) e o excesso recebido
(R$25.000,00). O cônjuge que ficou com o bem no valor de R$ 100.000,00, na verdade,
por liberalidade, doou R$ 25.000,00 ao outro cônjuge.
4. Critério temporal
Nos bens imóveis, a transmissão da propriedade ocorre com o registro do título
translativo no Registro de Imóveis (CC, art. 1245, § 1º):
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título
translativo no Registro de Imóveis.
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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aulaministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livrosdoutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
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§ 1o
Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser
havido como dono do imóvel.
§ 2
o
Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação deinvalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser
havido como dono do imóvel.
Nos bens móveis: a transmissão se dá com a tradição (CC, art. 1267).
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos
antes da tradição.
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a
possuir pelo constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à
restituição da coisa, que se encontra em poder de terceiro; ou quando o
adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio jurídico.
As leis estaduais geralmente consideram ocorrido o fato gerador antes da
transmissão, no momento em que se firma o instrumento correspondente, se houver.
Lei n.º 1.427/1989:
Art. 18. O imposto será pago antes da realização do ato ou da lavratura do
instrumento, público ou particular, que configurar a obrigação de pagá-lo, com
exceção dos casos adiante especificados, cujos prazos para pagamento são os
seguintes:
§ 4.º A apresentação ao Registro de Imóveis de instrumento translativo de bens
imóveis ou direitos a eles relativos será sempre precedida do pagamento do
imposto de transmissão, ainda que efetivada antes do término dos prazos do
pagamento.
§ 5.º Em se tratando de doação de veículos, a apresentação do respectivo
instrumento ao Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro - DETRAN-
RJ será sempre precedida do pagamento do imposto de transmissão.
O estado a fim de resguardar seu interesse edita leis que exigem o pagamento
do imposto antes do registro, o que para a doutrina é inconstitucional.
5. Critério espacialA competência dos Estados é materialmente concorrente, ou seja, cabe a cada
Estado instituir o tributo no âmbito de seu território, observadas as regras
estabelecidas na Constituição.
6. Critério pessoal
De acordo com o art. 42 do CTN, o sujeito passivo é qualquer das partes da
operação tributada, como dispuser a lei (estadual):
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada,
como dispuser a lei.
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Na sucessão causa mortis, o sujeito passivo é o sucessor (herdeiro ou legatário).
Na doação, a definição caberá a lei de cada Estado (DF)
No Estado do Rio de Janeiro, a Lei n.º 1.427/1989 assim dispõe:
Art. 5.º Contribuinte do imposto é o adquirente do bem ou direito sobre imóvel,
títulos, créditos, ações, quotas, valores e outros bens móveis de qualquer
natureza, bem como dos direitos a eles relativos, assim entendida a pessoa em
favor da qual se opera a transmissão, seja por doação ou causa mortis.
A referida lei estabelece ainda diversos casos de responsabilidade tributária:
Art. 6.º Nas transmissões causa mortis ou por doação que se efetuarem sem o
pagamento do imposto devido, são solidariamente responsáveis por esse
pagamento o inventariante ou o doador, conforme o caso
Art. 21. Os oficiais de Registro Público, os tabeliães, escrivães e demais
serventuários de ofício respondem solidariamente com o contribuinte, pelos
tributos devidos sobre os atos praticados por eles e perante eles, em razão de seu
ofício, quando se impossibilite a exigência do cumprimento da obrigação principal
do contribuinte.
Parágrafo único - Os serventuários dos registros de imóveis que procederem ao
registro de formais de partilha e de cartas de adjudicação e os servidores do
Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro - DETRAN - RJ que
procederem à transferência de propriedade, por doação ou causa mortis, deveículos, sem a comprovação do pagamento do imposto de transmissão,
responderão solidariamente com o contribuinte pelo tributo devido.
Art. 22. A imposição de penalidade ou o pagamento da multa respectiva não
exime o infrator de cumprir a obrigação inobservada.
Art. 23 (servidores da Justiça)
7. Critério quantitativo
A base de cálculo do tributo, de acordo com o art. 38 do CTN, é o valor venal
(valor de mercado) dos bens ou direitos transmitidos:
Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos
transmitidos.
A lei n.º 1.427/ 1989 (Estado do Rio de Janeiro), assim dispõe:
Art. 10. A base de cálculo do imposto é o valor real dos bens ou direitos, ou o valor
do título ou crédito, transmitidos ou doados.
§ 1.º Entende-se por valor real o valor corrente de mercado do bem ou direito.
Art. 12. O valor do bem ou direito, base para o cálculo do imposto, nos casos em
que este é pago antes da transmissão, é o da data em que for efetuado o
pagamento.
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Art. 13. Nas transmissões causa mortis, quando o inventário obedecer ao rito
convencional, e nas demais transmissões não onerosas sujeitas a processos
judiciais, a base de cálculo será o valor do bem ou do direito, constante daavaliação judicial, salvo concordância expressa da Fazenda com o valor que lhe
atribuir o inventariante, ou dos herdeiros com o valor proposto pela Fazenda,
devidamente, em qualquer caso, homologado pelo Juiz.
Parágrafo único - No caso de imóvel, o valor da base de cálculo não será inferior:
I - em se tratando de imóvel urbano ou direito a ele relativo, ao fixado para o
lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU;
II - em se tratando de imóvel rural ou direito a ele relativo, ao valor total do imóvel
declarado pelo contribuinte para efeito de lançamento do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural - ITR.
8. Lançamento
O lançamento, em regra, ocorre por declaração (com base em declaração
prestada pelo contribuinte). A autoridade calcula o tributo devido com base nas
informações prestadas pelo sujeito passivo ou por terceiro (avaliação judicial, por
exemplo), o que não impede o lançamento de ofício nas hipóteses do art. 149 do CTN.
Em muitos Estados, com a evolução tecnológica, o lançamento vem ocorrendo
por homologação, pois cabe ao contribuinte, por meio eletrônico, informar a
ocorrência do fato gerador (doação, por exemplo), emitir a guia e efetuar o pagamento
do tributo, independentemente de prévia manifestação da autoridade administrativa.
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CADERNO DE QUESTÕES
QUESTÕES DE CONCURSOS – DIVIDIDAS POR BANCAS
1. BANCA CESPE
Prova: CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça
1) Antes de falecer, Ruben, viúvo, sem convivente e domiciliado em Manaus,transferiu todas as cotas que detinha sobre o capital da empresa Griffo Ltda.,
também sediada em Manaus, para seu único filho, Gustavo, com vistas a não fazê-
lo pagar o ITCMD, após seu falecimento.
Relativamente a essa situação, assinale a opção correta.
a) Uma vez que o negócio foi praticado com a finalidade de dissimular a
ocorrência do fato gerador do tributo, a Secretaria da Fazenda poderá
desconstituir o ato.
b) Na interpretação da definição legal do fato gerador do imposto citado, deve-se
considerar a validade jurídica daquele ato, já que praticado pelo contribuinte.
c) Na interpretação da definição legal do fato gerador do imposto citado, não se
deve abstrair a validade jurídica daquele ato, já que praticado pelo filho, como
responsável.
d) Na interpretação da definição legal do fato gerador do imposto citado, deve-se
considerar a validade jurídica da natureza do seu objeto.
e) Na interpretação da definição legal do fato gerador do imposto citado, não se
devem considerar os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
Prova: CESPE - 2008 - PGE-ES - Procurador de Estado
2) Considere que Joaquina tenha adquirido, por herança, um imóvel localizado no
estado do Espírito Santo que será destinado exclusivamente para a sua moradia,
pois não possui outro imóvel. Nesse caso, a operação de transferência do imóvel
para Joaquina está isenta do imposto sobre transmissão causa mortis e doações
de quaisquer bens ou direitos (ITCD).
( ) Certo ( ) Errado
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Prova: CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 2 - Primeira Fase
(Set/2009)
3) Assinale a opção correta a respeito do ITCMD.
a) Incidirá ITCMD sobre os honorários do advogado contratado pelo inventariante.
b) A cobrança de ITCMD relativamente aos bens móveis e imóveis competirá ao
estado onde se processar o inventário.
c) O ITCMD é estabelecido com base na alíquota vigente ao tempo da abertura da
sucessão.
d) Compete ao Senado Federal fixar as alíquotas mínimas e máximas do ITCMD.
Prova: CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 3 - Primeira Fase
(Jan/2010)
4) Caso o proprietário de um automóvel licenciado em Brasília – DF e de um
apartamento no Rio de Janeiro – RJ faleça em São Paulo – SP e o respectivo
inventário seja processado em Brasília, o imposto sobre transmissão causa mortis
competirá ao
a) estado do Rio de Janeiro, relativamente ao bem imóvel.
b) estado de São Paulo, relativamente ao automóvel.
c) DF, relativamente ao bem imóvel.
d) estado de São Paulo, relativamente ao bem imóvel e ao automóvel.
Prova: CESPE - 2009 - TCE-ES - Procurador Especial de Contas
5) Com relação aos tributos estaduais, assinale Certo ou Errado.
O ITCMD incide sobre bens móveis, mas não sobre os bens imóveis, haja vista a
natureza destes bens.
( ) Certo ( ) Errado
Em caso de inventário por morte presumida, incide o ITCMD.
( ) Certo ( ) Errado
Prova: CESPE - 2006 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros
6) Julgue os itens a seguir, relativos ao imposto de transmissão inter vivos (ITBI),
ao imposto de transmissão causa mortis e doação (ITCMD) e ao imposto sobre a
propriedade territorial rural (ITR).
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Considere que Adriano tenha falecido em São Paulo, tendo seu inventário sido
processado em Brasília – DF, onde era domiciliado. Ele possuía um apartamento
no Amazonas e um automóvel no Espírito Santo. Nessa situação, o ITCMD relativoà totalidade dos bens de Adriano deverá ser recolhido para o Distrito Federal.
( ) Certo ( ) Errado
Prova: CESPE - 2008 - TJ-SE - Juiz
7) Francisco decidiu presentear seu futuro genro, Carlos, com um imóvel. Para
tanto, fez contrato de promessa de doação, em 2/12/2007. Impôs, contudo, a
condição de que a doação somente se concluiria no dia seguinte à celebração do
casamento religioso e desde que já tivesse ocorrido o casamento civil, o qual foi
celebrado em 15/12/2007 e o religioso, em 15/3/2008. Em 16/3/2008, foi lavrada
a escritura de doação.
Com base na situação hipotética acima, assinale a opção correta relativamente à
ocorrência do fato gerador e do sujeito passivo da obrigação tributária, relativos
ao imposto incidente sobre a doação (ITCMD) e ao IPTU.
a) Em 1.º de janeiro de 2008, ocorreu o fato gerador do IPTU contra Carlos.
b) Em 16/3/2008, ocorreu o fato gerador do ITCMD contra Francisco.
c) A obrigação tributária do ITCMD nasceu em 2/12/2007.
d) Em 16/3/2008, nasceu a obrigação tributária do IPTU contra Carlos.
e) Não ocorrem efeitos tributários concretos, no ano de 2007, relativamente ao
ITCMD, em razão da cláusula de condição do contrato.
Prova: CESPE - 2010 - TCE-BA - Procurador
8) Julgue os itens a seguir, relativos ao direito tributário brasileiro.
Considere a seguinte situação hipotética.
Certa pessoa faleceu em 2/12/2009, deixando bens móveis e imóveis a partilhar
entre os herdeiros. Ocorre que o ITCMD só passou a ser cobrado, efetivamente,
em maio de 2010, quando sua alíquota já havia sido majorada, em abril de 2010.
Nessa situação, o ITCMD será devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura
da sucessão.
( ) Certo ( ) Errado
Prova: CESPE - 2009 - PC-RN - Delegado de Polícia
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9) Acerca do imposto de transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens
ou direitos, assinale a opção incorreta.
a) É vedada a atualização de seu valor por índice de correção estadual.
b) Deve ser calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação.
c) Não incide sobre os honorários do advogado contratado pelo inventariante.
d) Não é exigível antes da homologação do cálculo do valor devido.
e) É legítima sua incidência no inventário por morte presumida.
Prova: CESPE - 2011 - IFB - Professor - Direito
Disciplina: Direito Tributário | Assuntos: Impostos de Competência dos Estados;
10) A respeito de direito tributário, julgue os seguintes itens.
Caso o Senado Federal, por meio de resolução, fixe as alíquotas máximas para o
imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos,
caso, a aludida resolução será inconstitucional, pois o referido tributo é de
competência dos estados e do Distrito Federal (DF).
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
1) E
2) Certo3) C
4) A
5) Errado / Certo
6) Errado
7) E
8) Certo
9) A10) Errado
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2. BANCA FCC
Prova: FCC - 2009 - PGE-SP - Procurador
1) ITCMD.
I. Lei estadual pode estabelecer diferenciação de alíquotas do imposto, adotando
como critério o grau de parentesco.
II. Na hipótese de a ação de inventário tramitar em uma Comarca do Estado de
São Paulo, é devido a este Estado o imposto incidente sobre a transmissão causa
mortis de valor depositado em conta corrente do autor da herança, ainda que a
agência bancária seja situada em outro Estado da Federação.
III. É devido ao Estado de São Paulo o imposto incidente sobre a transmissão
causa mortis de imóvel situado no Município de Campinas, ainda que a ação de
inventário tramite em outro Estado da Federação.
IV. Considerando a ocorrência de um óbito em 2007, quando estava em vigor a Lei
"A", revogada pela Lei "B", que entrou em vigor em 2008, é correto afirmar que atransmissão de bens por sucessão causa mortis será regida pela Lei "A", ainda que
a ação de inventário tenha sido ajuizada em 2009 e que a Lei "B" estabeleça uma
alíquota inferior à fixada pela Lei "A".
V. É devido ao Estado de São Paulo o imposto incidente sobre a transmissão causa
mortis de direitos autorais, se o autor da herança era domiciliado na cidade de
São Paulo, ainda que a escritura pública do inventário e da partilha extrajudiciais
seja lavrada perante um tabelião de notas de outro Estado da Federação.
Está correto o que se afirma em
a) II e V, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I, III e V, apenas.
e) I, II, III, IV e V.
Prova: FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador
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2) Na sucessão causa mortis, em arrolamento de bens extra- judicial por escritura
pública lavrada em Tabelionato de Notas de Belo Horizonte, foro do domicílio do
autor da herança, a transmissão objeto deste arrolamento, referente a bensimóveis situados no município de Cuiabá/MT, sujeita-se ao Imposto de
Transmissão Causa Mortis e Doação - ITCD, cuja competência será .
a) do Estado de Minas Gerais.
b) do Estado de Mato Grosso.
c) do Município de Belo Horizonte.
d) do Município de Cuiabá.
e) concorrente dos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso.
Prova: FCC - 2008 - TCE-AL - Procurador
3) Determinado Estado da federação resolveu instituir alíquotas progressivas para
o imposto de transmissão causa mortis e doação. Nessa nova conjuntura, fixou as
seguintes faixas de alíquotas: base de cálculo de até cinqüenta mil reais terão
alíquota de 2%; de cinqüenta mil e um reais até trezentos mil reais terão alíquota
de 3%; acima de trezentos mil reais terão alíquota de 4%. Atendendo-se ao
disposto na Constituição federal e considerando o entendimento do Supremo
Tribunal Federal sobre progressividade de impostos é correto afirmar:
a) Esta progressividade é extrafiscal e por isso admitida para promover o
adequado aproveitamento do solo urbano.
b) Trata-se de progressividade fiscal, não prevista na Constituição federal para o
imposto de transmissão dos Estados, sendo, portanto, inconstitucional.
c) É inconstitucional porque a progressividade de alíquotas não é considerada em
relação à base de cálculo.
d) Trata-se de progressividade extrafiscal, prevista na Constituição federal para
atendimento dos princípios da capacidade contributiva e isonomia.
e) Este tipo de progressividade só é admitida para o imposto de transmissão inter
vivos, de competência dos Municípios, sendo, portanto, inconstitucional.
Prova: FCC - 2011 - TJ-AP - Titular de Serviços de Notas e de Registros
4) Na transmissão causa mortis, o de cujus deixou bens imóveis localizados em
diversos municípios do país, em especial em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza,
Macapá, Porto Grande e Serra do Navio. O inventário foi processado no lugar da
abertura da sucessão, ou seja, em São Paulo. O imposto incidente sobre a
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transmissão causa mortis - ITCMD, em razão da competência constitucional, é
devido ao
a) Município da situação do bem imóvel.
b) Município do lugar do inventário.
c) Município da situação do bem imóvel e ao Estado do lugar do inventário, em
partes iguais.
d) Estado do lugar do inventário.
e) Estado da situação do bem imóvel.
Prova: FCC - 2010 - PGE-AM - Procurador5) Sr. João da Silva, natural do Estado do Amazonas, sempre possuiu domicílio em
seu Estado, nele vindo a falecer. Com a abertura da sucessão, constatou-se, no
inventário que tramita na Justiça de seu Estado natal, que seu patrimônio era
constituído de 5 casas no Estado do Amazonas, recursos financeiros em uma
conta poupança no Estado do Rio de Janeiro e um apartamento no Estado de São
Paulo. A cobrança do ITCMD sobre os referidos bens compete
a) aos três Estados, devendo ser repartido de forma igual para cada Ente da
Federação.
b) aos Estados do Amazonas, do Rio de Janeiro e de São Paulo, respectivamente.
c) somente ao Estado do Amazonas, uma vez que seu inventário foi processado no
próprio Estado.
d) somente ao Estado do Amazonas, uma vez que o de cujus tinha domicílio no
Estado.
e) ao Estado do Amazonas, em relação às 5 casas e à conta poupança, e ao Estado
de São Paulo, em relação ao apartamento.
Prova: FCC - 2002 - PGE-SP - Procurador de Estado
6) No Estado de São Paulo, quanto ao ITMCD - Imposto sobre Transmissão Causa
Mortis e Doação tem-se que
a) não incide sobre a renúncia pura e simples de legado.
b) é isenta a transmissão, por doação, de bem imóvel de pessoas de baixa renda.
c) não incide sobre a doação com encargo.
d) nas transmissões causa mortis, não concordando a Fazenda com o valor
declarado ou atribuído a bem ou direito do espólio, ela requererá, de imediato,avaliação judicial.
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e) o valor da base de cálculo, nas transmissões causa mortis, será aquele existente
na abertura do inventário ou arrolamento.
Prova: FCC - 2009 - SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária -
Prova 3
7) Com relação ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de
Quaisquer Bens ou Direitos, é INCORRETO afirmar que a competência para
instituir o imposto
a) relativamente a bens imóveis e respectivos direitos é do Estado da situação do
bem, ou ao Distrito Federal, se neste estiver situado o referido bem.
b) relativamente a bens móveis, títulos e créditos é do Estado, ou do DistritoFederal, onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o
doador.
c) será regulada por lei ordinária, se o autor da herança possuía bens, era
residente ou domiciliado ou teve seu inventário processado no exterior.
d) será regulada por lei complementar, se o doador tiver domicílio ou residência
fixada no exterior.
e) sobre as transmissões de propriedade de bens por ato oneroso entre vivos
estaria excluído do rol de fatos geradores por ele alcançados.
Prova: FCC - 2006 - PGE-RR - Procurador de Estado
8) No que diz respeito ao Imposto Sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de
Quaisquer Bens ou Direitos do Estado de Roraima, é correto afirmar que
a) o contribuinte do imposto é o doador, sendo o donatário solidariamente
responsável.
b) a transmissão causa mortis ocorre no momento da abertura do inventário dos
bens do de cujus.
c) incide sobre a transmissão de bens às autarquias e Fundação instituída pelo
Poder Público.
d) é contribuinte o cedente do bem.
e) é isenta a doação a funcionário público estadual, de imóvel para seu próprio
uso, se esse não possuir nenhum outro.
Gabarito
1) E
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2) B
3) B (a questão está sendo revista pelo STF)
4) E
5) E
6) A
7) C
8) A
3. OUTRAS BANCAS
Prova: FMP-RS - 2011 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Ciências Jurídicas e
Sociais
1) Marque Certo ou Errado
A competência para a instituição do imposto incidente sobre a transmissão causa
mortis e doação deverá ser regulada por lei complementar se o de cujus possuísse
bens, fosse residente ou domiciliado no exterior ou lá tiver sido processado seu
inventário.
( ) Certo ( ) Errado
Prova: VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros
2) Assinale a alternativa correta no que diz respeito ao imposto sobre a
transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos.
a) Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado onde
se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao
Distrito Federal.
b) Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da
situação do bem ou ao Distrito Federal.
c) Se o doador tiver domicílio ou residência no exterior, a competência para sua
instituição será regulada por lei ordinária.
d) Se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu
inventário processado no exterior, a competência para sua instituição será
regulada por lei ordinária.
e) Terá suas alíquotas máximas e mínimas fixadas por lei complementar.
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Prova: VUNESP - 2011 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros
3) Acerca do ITCMD incidente nos inventários, é correto afirmar que
a) para cada falecimento ocorre um fato gerador, independentemente do número
de herdeiros ou legatários.
b) o ITCMD é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura do inventário.
c) suas alíquotas mínimas serão fixadas pelo Senado Federal.
d) a escolha do tabelião que lavrará o inventário influencia o elemento espacial do
fato gerador.
Prova: MPE-PR - 2008 - MPE-PR - Promotor de Justiça4) Certo ou Errado:
Compete aos municípios instituir impostos sobre transmissão "inter vivos", a
qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física,
e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição. Este tributo também incide sobre a transmissão de bens
ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de
capital, bem como, em todos os casos em que haja a transmissão de bens ou
direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica.
Prova: FGV - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 3 - Primeira Fase
(Fev/2011)
5) Nos autos de uma ação de divórcio, os ex-cônjuges, casados em regime de
comunhão total de bens, dividiram o patrimônio total existente da seguinte
maneira: o imóvel situado no Município X, no valor de R$ 50.000,00, pertencerá
ao ex-marido, enquanto o imóvel situado no Município Y, no valor de R$
30.000,00, pertencerá à ex-esposa.
Assinale a alternativa correta quanto à tributação incidente nessa partilha.
a) O tributo a ser recolhido será o ITCMD, de competência do Estado, e incidirá
sobre a base de cálculo no valor de R$ 10.000,00.
b) O tributo a ser recolhido será o ITBI, sobre ambos os imóveis, cada qual para o
município de localização do bem.
c) O tributo a ser recolhido será o ITBI, de competência do Município, e incidirá
sobre a base de cálculo no valor de R$ 10.000,00.
d) Não há tributo a ser recolhido, pois, como o regime de casamento era o da
comunhão total de bens, não há transferência de bens, mas simples repartição dopatrimônio comum de cada ex-cônjuge.
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Prova: FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - Fiscal de Rendas - Prova 2
6) Com relação aos tributos de competência dos Estados é correto afirmar que:
a) o ICMS deverá ser seletivo em função da essencialidade das mercadorias e dos
serviços.
b) o ITCMD terá a competência para sua instituição regulada por lei
complementar, caso o doador tenha domicílio ou residência no exterior.
c) o ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o
montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito
Federal, sendo que, em casos de isenção ou não incidência, salvo determinaçãoem contrário da legislação, não ocorrerá a anulação do crédito relativo às
operações anteriores.
d) em razão de expressa disposição constitucional e atendimento ao princípio da
capacidade contributiva, o IPVA não poderá ter alíquotas diferenciadas em função
do tipo e utilização dos veículos.
e) o ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas por resolução do Confaz.
Prova: ESAF - 2008 - Prefeitura de Natal - RN - Auditor do Tesouro Municipal -Prova 1
7) Julgue o item a seguir:
A instituição do ITCMD compete ao Distrito Federal, quando o doador tiver
domicílio ou residência no exterior.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
1) Certo
2) B
3) D
4) Errado
5) A
6) B
7) Errado
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IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES - IPVA
1. Constituição e dispositivos legais Art. 155, III e § 6º;
Não está previsto no CTN;
Lei n.º 2.877 de 22 de dezembro de 1997 alterações posteriores (RJ)
2. Abordagem constitucional
2.1. Competência Tributária
A Constituição de 1988 atribui aos Estados competência para instituir imposto
sobre a propriedade de veículos automotores: Art. 155, III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)
2.2. Repartição de Receitas
Embora seja um tributo estadual, 50% do valor arrecadado deve ser entregue
aos Municípios em relação aos veículos licenciados em seus territórios:
Art. 158, III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus
territórios;
2.3. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Imunidade
O STF tem diversos julgados no sentido de preservar a imunidade da EBCT em
relação ao IPVA, no que diz respeito aos veículos de sua propriedade:
EMENTA Tributário. Imunidade recíproca. Art. 150, VI, "a", da Constituição
Federal. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Empresa pública
prestadora de serviço público. Precedentes. 1. A jurisprudência deste Supremo
Tribunal Federal, desde o julgamento do RE nº 407.099/RS, Relator o Ministro
Carlos Velloso, DJ de 6/8/04, firmou-se no sentido de que a Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos, empresa pública prestadora de serviço público, é
beneficiária da imunidade tributária recíproca prevista no art. 150, VI, "a", da
Constituição da República. Esse entendimento foi confirmado pelo Plenário desta
Corte na ACO nº 765/RJ, Redator para o acórdão o Ministro Menezes Direito. 2.
Ação cível originária julgada procedente. ACO 789 / PI - PIAUÍ
2.4. Anterioridade
O IPVA deve observar a anterioridade do art. 150, III, “b” e “c”, salvo em
relação às alterações da base de cálculo do tributo, que não precisa observar o
disposto no art. 150, III, c, da Constituição (art. 150, §1º).
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A redução ou a extinção de desconto para pagamento de tributo sob
determinadas condições previstas em lei, como o pagamento antecipado em parcela
única, não pode ser equiparada à majoração do tributo ADI 4016 MC / PREMENTA: Medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade. 2. Art. 3º da
Lei nº 15.747, de 24 de dezembro de 2007, do Estado do Paraná, que estabelece
como data inicial de vigência da lei a data de sua publicação. 3. Alteração de
dispositivos da Lei nº 14.260/2003, do Estado do Paraná, a qual dispõe sobre o
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA. 4. Alegada violação
ao art. 150, III, alínea "c", da Constituição Federal. 5. A redução ou a extinção de
desconto para pagamento de tributo sob determinadas condições previstas em lei,
como o pagamento antecipado em parcela única, não pode ser equiparada à
majoração do tributo em questão, no caso, o IPVA. Não-incidência do princípio daanterioridade tributária. 6. Vencida a tese de que a redução ou supressão de
desconto previsto em lei implica, automática e aritmeticamente, aumento do valor
do tributo devido. 7. Medida cautelar indeferida. ADI 4016 MC / PR - PARANÁ
O Supremo Tribunal Federal, nas oportunidades em que teve de resolver sobre
a aplicação da regra da anterioridade tributária, também fixou as seguintes balizas:
1) A modificação dos fatores de indexação, simples atualização monetária, não
se confunde com a majoração do tributo (RE 200.844-AgR);
2) Alteração do prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeito aoprincípio da anterioridade (Súmula 669);
3) “Revogada a isenção, o tributo torna-se imediatamente exigível. Em caso
assim, não há que se observar o princípio da anterioridade, dado que o tributo já é
existente.” (RE 204.062).
2.5. Iniciativa de projeto de lei
A Assembleia Legislativa detém competência para dar início ao processo
legislativo para a elaboração de lei que estabeleça benefício relativo ao IPVA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 553/2000, DO ESTADO DO
AMAPÁ. DESCONTO NO PAGAMENTO ANTECIPADO DO IPVA E PARCELAMENTO
DO VALOR DEVIDO. BENEFÍCIOS TRIBUTÁRIOS. LEI DE INICIATIVA PARLAMENTAR.
AUSÊNCIA DE VÍCIO FORMAL. 1. Não ofende o art. 61, § 1º, II, b da Constituição
Federal lei oriunda de projeto elaborado na Assembléia Legislativa estadual que
trate sobre matéria tributária, uma vez que a aplicação deste dispositivo está
circunscrita às iniciativas privativas do Chefe do Poder Executivo Federal na órbita
exclusiva dos territórios federais. Precedentes: ADI nº 2.724, rel. Min. Gilmar
Mendes, DJ 02.04.04, ADI nº 2.304, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 15.12.2000 e
ADI nº 2.599-MC, rel. Min. Moreira Alves, DJ 13.12.02 2. A reserva de iniciativa prevista no art. 165, II da Carta Magna, por referir-se a normas concernentes às
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diretrizes orçamentárias, não se aplica a normas que tratam de direito tributário,
como são aquelas que concedem benefícios fiscais. Precedentes: ADI nº 724-MC,
rel. Min. Celso de Mello, DJ 27.04.01 e ADI nº 2.659, rel. Min. Nelson Jobim, DJ de06.02.04. 3. Ação direta de inconstitucionalidade cujo pedido se julga
improcedente ADI 2464 / AP - AMAPÁ
2.6. Ausência de normas gerais previstas em lei complementar
O IPVA somente foi previsto na CR de 1967 (EC 1/69), na redação dada pela EC
27/85, razão pela qual o CTN não faz menção ao tributo.
Diante da ausência de normas gerais (ou seja, de lei complementar tratando de
fato gerador, base de cálculo e contribuinte, conforme determina o artigo 146, III, “a”
da Constituição de 1988), os Estados podem exercer a competência legislativa plena(art. 24, §§, da Constituição).
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES.
AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR NACIONAL QUE DISPONHA SOBRE O TRIBUTO
NOS TERMOS DO ART. 146, III, A, DA CONSTITUIÇÃO. EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA
TRIBUTÁRIA PLENA PELOS ESTADOS MEMBROS COM AMPARO NO ART. 24, § 3º,
DA CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. PREVISÃO DE ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS EM
RAZÃO DO TIPO DE VEÍCULO. POSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – Ante a
omissão do legislador federal em estabelecer as normas gerais pertinentes ao
imposto sobre a doação de bens móveis, os Estados-membros podem fazer uso de
sua competência legislativa plena com fulcro no art. 24, § 3º, da Constituição. RE
601247 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL
Agravo regimental. Recurso extraordinário. IPVA. Estado de Minas Gerais.
Legalidade da cobrança, independentemente de existência de pretérita lei
complementar. Precedentes desta Corte. Agravo improvido. 1. A exação em tela se
mostra perfeitamente legal, prescindindo da edição de lei complementar,
bastando, para tanto, a lei estadual, ainda que editada anteriormente à vigência
da Constituição Federal de 1988 . 2. Pacífica jurisprudência desta Corte. 3. Agravoregimental desprovido. RE 262643 AgR / MG - MINAS GERAIS
3. Critério material da hipótese de incidência
Não há lei nacional tratando da matéria, o que defere aos Estados a
competência legislativa plena. A Constituição, porém, delimita o âmbito da tributação:
“propriedade de veículo automotor”. A hipótese de incidência tributária (aspecto
material) é, portanto, encontrar-se alguém na propriedade de veículo automotor.
A Lei do Estado do Rio de Janeiro (Lei n.º 2.877/1997) assim dispõe:
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Art. 1.º O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores Terrestres, devido
anualmente, tem como fato gerador a propriedade de veículo automotor terrestre
por proprietário domiciliado ou residente no Estado do Rio de Janeiro.O STF entende que o campo de incidência não abrange as embarcações e
aeronaves, na medida em que o tributo sucedeu a antiga Taxa Rodoviária Única:
Informativo 441. IPVA e Embarcações. RE - 379572
O Tribunal iniciou julgamento de recurso extraordinário em que se discute a
constitucionalidade da incidência do IPVA sobre embarcações. O Min. Gilmar
Mendes, relator, deu provimento ao recurso para declarar a não-recepção do
inciso II do art. 5º da Lei 948/85, do Estado do Rio de Janeiro, no que foi
acompanhado pelos Ministros Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Britto e
Sepúlveda Pertence. Adotou a orientação fixada pela Corte no julgamento do RE134509/AM (DJU de 13.9.2002), no sentido de que o IPVA é sucedâneo da antiga
Taxa Rodoviária Única - TRU, cujo campo de incidência não inclui embarcações e
aeronaves. Em divergência, o Min. Joaquim Barbosa negou provimento ao recurso
por considerar que o IPVA incide também sobre embarcações, já que o art. 155, III,
da CF tem aptidão para abranger a propriedade de todo e qualquer veículo que
tenha propulsão própria e sirva ao transporte de pessoas e coisas. Em seguida, o
julgamento foi suspenso em virtude do pedido de vista do Min. Cezar Peluso. RE
379572/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 20.9.2006. (RE-379572)
Informativo 462. IPVA e Embarcações – 2. RE - 379572. Adotou-se a orientação
fixada pela Corte no julgamento do RE 134509/AM (DJU de 13.9.2002), no sentido
de que o IPVA é sucedâneo da antiga Taxa Rodoviária Única - TRU, cujo campo de
incidência não inclui embarcações e aeronaves. Vencidos os Ministros Joaquim
Barbosa e Marco Aurélio que negavam provimento ao recurso por considerar que
o IPVA incide também sobre embarcações. RE 379572/RJ, rel. Min. Gilmar
Mendes, 11.4.2007. (RE-379572)
4. Critério temporal
A lei deve fixar o momento em que ocorre o fato gerador (aspecto temporal dahipótese de incidência). O tributo é devido anualmente no local onde o veículo deva
ser registrado e licenciado (domicílio ou residência do proprietário).
O fato gerador (fato imponível) ocorre (aspecto temporal) anualmente, no dia
01 de janeiro. Em se tratando de veículo novo, o primeiro fato gerador ocorre na data
da primeira aquisição por consumidor final (e a partir daí, anualmente, a cada dia 01
de janeiro). Em se sendo veículo importado, o fato gerador ocorre na data do
desembaraço aduaneiro, pelo consumidor final (e a partir daí, anualmente, a cada dia
01 de janeiro).
A Lei do Rio de Janeiro (Lei n.º 2.877/1997) assim dispõe:
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Art. 1.º O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores Terrestres, devido
anualmente, tem como fato gerador a propriedade de veículo automotor terrestre
por proprietário domiciliado ou residente no Estado do Rio de Janeiro.Parágrafo único - Considera-se ocorrido o fato gerador:
I - em 1º de janeiro de cada exercício ou quando o veículo for encontrado no
território do Estado do Rio de Janeiro sem o comprovante do pagamento do
imposto objeto desta Lei;
II - na data de sua primeira aquisição por consumidor final, no caso de veículo
novo;
III - na data do desembaraço aduaneiro, em se tratando de veículo novo ou usado
importado do exterior pelo consumidor final.
5. Critério espacial
A competência dos Estados é materialmente concorrente, ou seja, cabe a cada
Estado instituir o tributo no âmbito de seu território. O Estado competente é aquele
em que seja residente ou domiciliado o proprietário do veículo automotor.
A Constituição, no inc. III, do art. 158, prevê destinação de 50% (cinquenta por
cento) do produto da arrecadação do IPVA ao Município onde o veículo estiver
licenciado.
O art. 120 do Código de Trânsito (Lei 9.503/1997) dispõe que:
“Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, deve serregistrado perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal,
no Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei”.
Existe discussão a respeito do local onde deve ser pago o IPVA, principalmente
diante de situações em que pessoas físicas e jurídicas licenciam e registram o veículo
em um estado, mas o utilizam em outro.
O estado de São Paulo, através da Lei 13.296/2008, assim tratou da questão
“Art. 4º - O imposto será devido no local do domicílio ou da residência do
proprietário do veículo neste Estado.§ 1º - Para os efeitos desta lei, considerar-se-á domicílio:
( . . . )
2 - se o proprietário for pessoa jurídica de direito privado:
a) o estabelecimento situado no território deste Estado, quanto aos veículos
automotores que a ele estejam vinculados na data da ocorrência do fato gerador;
b) o estabelecimento onde o veículo estiver disponível para entrega ao locatário
na data da ocorrência do fato gerador, na hipótese de contrato de locação avulsa;
c) o local do domicílio do locatário ao qual estiver vinculado o veículo na data da
ocorrência do fato gerador, na hipótese de locação de veículo para integrar sua
frota;
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( . . . )
§ 4º - No caso de pessoas jurídicas de direito privado, não sendo possível
determinar a vinculação do veículo na data da ocorrência do fato gerador, nostermos do item 2 do § 1º deste artigo, presume-se como domicílio o local do
estabelecimento onde haja indícios de utilização do veículo com predominância
sobre os demais estabelecimentos da mesma pessoa jurídica.
( . . . )
§ 6º - Em se tratando de veículo de propriedade de empresa de arrendamento
mercantil (leasing), o imposto será devido no local do domicílio ou residência do
arrendatário, nos termos deste artigo.
§ 7º - Para os efeitos da alínea “b” do item 2 do § 1º deste artigo, equipara-se a
estabelecimento da empresa locadora neste Estado, o lugar de situação dos
veículos mantidos ou colocados à disposição para locação”.
Na ADI 4376, foram apontadas como inconstitucionais as regras do art. 3º,
inciso X, alíneas “a”, “b” e “c”, e parágrafo único; art. 4º, § 1º, item 2, alíneas “a”, “b” e
“c”, §§ 4º, 6º e 7º; art. 6º, incisos VIII, IX e X, e § 2º.
6. Critério pessoal
6.1. Contribuinte
É o proprietário do veículo. A simples posse de veículo a título precário ou a
mera detenção não representa fato gerador.
Por outro lado, a interpretação dada pelo STF e STJ ao termo propriedade
utilizado pela Constituição (IPTU, IPVA e ITR) engloba não apenas a propriedade em
sentido estrito (formal), mas também o domínio útil e a posse exercida com animus
domini , ou seja, o exercício da posse, pelo seu titular, como se proprietário fosse.
6.2. Responsáveis
A Lei do Estado do Rio de Janeiro (Lei n.º 2.877 de 22 de dezembro de 1997)
estabelece que:
Art. 3.º O adquirente do veículo responde solidariamente pelo impostoanteriormente devido e não pago.
Parágrafo único - A solidariedade prevista neste artigo não comporta benefício de
ordem.
7. Critério quantitativo
7.1. Alíquotas
A Emenda Constitucional 42/03 promoveu alterações na Constituição de 1988
em relação às alíquotas do IPVA.
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A Constituição determina que as alíquotas mínimas sejam fixadas pelo Senado
Federal (art. 155, § 6º, I, CRFB):
CRFB, art. 155, § 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
As alíquotas poderão ser diferenciadas em função do tipo (utilitários e de
passeio, por exemplo) e da utilização do veículo (táxi, transporte escolar, por exemplo,
podem ter alíquotas menores).
A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que, mesmo antes da
EC 42/03 – que incluiu o § 6º, II, ao art. 155 da CF –, já era permitida a instituição dealíquotas de IPVA diferenciadas:
A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que, mesmo antes da EC
42/03 – que incluiu o § 6º, II, ao art. 155 da CF – , já era permitida a instituição de
alíquotas de IPVA diferenciadas segundo critérios que não levem em conta a
capacidade contributiva do sujeito passivo, por não ensejar a progressividade do
tributo. É o que se observa no caso dos autos, em que as alíquotas do imposto
foram estabelecidas em razão do tipo e da utilização do veículo. III – Agravo
regimental improvido. RE 601247 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL
O STF não admite que sejam fixadas alíquotas diferenciadas para veículosnacionais e importados. Tal previsão violaria o princípio da isonomia, o art. 152 da
CRFB/1988, além de representar uma nova tributação sobre a importação.
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
TRIBUTÁRIO.IPVA. VEÍCULO IMPORTADO. ALÍQUOTA DIFERENCIADA. 1. Não se
admite a alíquota diferenciada de IPVA para veículos importados e os de
procedência nacional. 2. O tratamento desigual significaria uma nova tributação
pelo fato gerador da importação. Precedentes. Agravo regimental a que se nega
provimento. RE 367785 AgR / RJ
Por outro lado, atualmente o STF admite alíquotas progressivas nos impostos
reais, mesmo que não haja previsão expressa na CR/88
A Lei do Estado do Rio de Janeiro (Lei n.º 2.877 de 22 de dezembro de 1997)
estabelece diversas alíquotas diferenciadas, conforme o tipo e a utilização do veículo,
tendo inclusive resolvido o problema relativo aos veículos bicombustíveis:
Art. 10. A alíquota do imposto é de:
II - 4% (quatro por cento) para automóveis de passeio e camionetas, exceto
utilitários;
II-A - 3% (três por cento) para automóveis de passeio e camionetas bi-combustíveis, movidos a álcool e/ou gasolina;
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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aulaministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livrosdoutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
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III - 3% (três por cento) para utilitários;
IV - 2% (dois por cento) para ônibus, microônibus, motocicletas e ciclomotores;
V - 1% (um por cento) para caminhões, caminhões-tratores e veículos detransporte de passageiros a taxímetro pertencentes a pessoas jurídicas; {redação
do inciso V do artigo 10, alterado pela Lei n.º 5.430/2009, vigente a partir de
02.04.2009}
VI - 2% (dois por cento) para automóveis movidos a álcool;
VII - 1% (um por cento) para veículos que utilizem gás natural ou energia elétrica;
VIII - 0,5% (meio por cento) para veículos destinados exclusivamente à locação, de
propriedade de pessoa jurídica com atividade de locação devidamente
comprovada nos termos da legislação aplicável, ou na sua posse em virtude de
contrato formal de arrendamento mercantil ou propriedade fiduciária.
IX - 4% (quatro por cento) para demais veículos não alcançados pelos incisosanteriores, inclusive os veículos de procedência estrangeira;
§ 1.º Para a aplicação do disposto neste artigo, define-se utilitário como veículo
destinado ao transporte de carga, podendo transportar até 2 passageiros,
exclusive o condutor.
§ 2.º Ficam anistiados de multas e mora, referente aos débitos dos exercícios até
1998, os contribuintes que recolherem o IPVA em cota única. {redação do Artigo
10, alterado pela Lei n.º 3.335/99, vigente a partir de 01.01.2000}
§ 3.º O disposto no inciso V também se aplica aos veículos que, utilizados como
táxi por pessoa jurídica, sejam objeto de contrato de arrendamento mercantil
(leasing). {redação do § 3.º, do Artigo 10, acrescentado pela Lei n.º 3.422/2000,
vigente a partir de 01.01.2000}
§ 4.º Quando se tratar de ônibus usado, a alíquota a que se refere o inciso IV, será
reduzida nos anos 2000 a 2004 de forma a corresponder aos seguintes
percentuais.
I - 1,0% (um por cento) para o ano de 2000;
II - 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) para o ano de 2001;
III - 1,4% (um inteiro e quatro décimos por cento) para o ano de 2002;
IV - 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento) para o ano de 2003;
V - 1,8% (um inteiro e oito décimos por cento) para o ano de 2004;VI - 2,0 (dois por cento) para o ano de 2005.
§ 5.º Para efeitos do disposto no parágrafo anterior, o ônibus é considerado usado
no exercício seguinte ao do primeiro registro de sua propriedade no órgão de
trânsito competente.
7.2. Base de Cálculo
A base de cálculo é o valor venal (mercado) do veículo;
A alteração da base de cálculo não precisa observar o disposto no artigo 150,
III, c, da Constituição, conforme acima mencionado.
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A lei pode estabelecer que os valores relativos a cada veículo, para fins de
tributação, seja fixado por tabela publicada pelo Poder Executivo:
IPVA – AUTOMÓVEIS USADOS – VALOR VENAL – DEFINIÇÃO PELO PODER
EXECUTIVO. Prevendo a lei a incidência da alíquota do Imposto sobre Propriedade
de Veículos Automotores – IPVA sobre o valor venal do veículo, não conflita com a
Carta da República a remessa da definição do quantitativo ao Executivo. RE
424991 AgR / MG - MINAS GERAIS
A Lei do Estado do Rio de Janeiro (Lei n.º 2.877 de 22 de dezembro de 1997)
assim dispõe:
Art. 8.º No caso de veículo novo , o valor venal será o preço comercial tabelado
pelo órgão competente ou, na sua falta, o preço à vista constante do documento
fiscal emitido pelo revendedor.
§ 1.º Entende-se como veículo novo, se de fabricação nacional, aquele entregue,
sem uso, pelo fabricante, pela concessionária ou agente, ao primeiro adquirente,
qualquer que seja o ano de sua fabricação.
§ 2.º Na hipótese deste artigo, a base de cálculo do imposto não poderá ser
inferior à que prevalecer para a fixação do valor do imposto devido por veículo
usado de iguais características, de fabricação mais recente, constante da tabela a
que se refere o artigo 7º.
§ 3.º Quando se tratar de veículo cuja montagem final resulte da conjugação de
atividades de fabricantes, montadores ou prestadores de serviços, em diversasetapas, o valor venal será, no mínimo, o somatório dos valores constantes dos
documentos relativos à participação de cada um deles para a obtenção do veículo
acabado.
Art. 7.º Tratando-se de veículo usado , o valor do imposto constará de tabela
baixada, anualmente, pelo Secretário de Estado de Fazenda.
Parágrafo único - Para a apuração do valor venal poderão ser levados em conta os
preços mensalmente praticados no mercado e os preços médios aferidos por
publicações especializadas, podendo ainda ser considerados: peso, potência,
capacidade máxima de tração, cilindrada, número de eixos, tipo de combustível e
dimensões do veículo.
Art. 9.º Veículos novos ou usados, importados diretamente do exterior pelo
consumidor final, terão como base de cálculo o valor constante do documento de
importação, acrescido dos valores dos tributos e quaisquer despesas aduaneiras
devidos pela importação, ainda que não recolhidos pelo importador.
8. Cobrança e recolhimento
A lei estadual estabelece as regras referentes ao pagamento do tributo. As
principais são as relativas à primeira aquisição, bem como os abatimentos cabíveis em
caso de roubo e sinistro:
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Art. 11. O imposto é devido anualmente e recolhido nos prazos e forma previstos
em resolução do Secretário de Estado de Fazenda, podendo ser parcelado para
pagamento em até três cotas, iguais, mensais, a critério do contribuinte.§ 1.º O imposto poderá ser pago á vista, ou em três parcelas, mensais e iguais,
sem acréscimo;
§ 2.º Sobre o valor do imposto a ser recolhido integralmente poderá ser concedido
desconto a ser fixado por Decreto do Poder Executivo Estadual.
§ 3.º O recolhimento do imposto deverá ser efetuado no prazo de 30 (trinta) dias
contados da data da emissão da nota fiscal referente à aquisição do veículo.
{redação dos §§ 1.º, 2.º e 3.º, acrescentados pela Lei n.º 3.335/99, vigente a partir
de 01.01.2000}
Art. 12. O imposto é devido por duodécimos ou fração que faltem para o término
do exercício, nas hipóteses de:I - aquisição, no exercício, de veículo novo, por adquirente consumidor final;
II - importação, no exercício, de veículo novo ou usado, por consumidor final que o
importe diretamente;
III - perda da condição de não-incidência ou de isenção.
Art. 13. Na perda total por sinistro, roubo ou furto, o imposto é devido por
duodécimo ou fração, contado até a data da ocorrência, não cabendo restituição,
se o imposto tiver sido pago anteriormente ao evento.
Parágrafo único - Advindas a recuperação e a liberação do veículo, o imposto será
devido:
I - por duodécimos correspondentes ao período que faltar para o encerramento do
exercício, quando a perda ocorrer em exercício anterior ao da liberação;
II - por duodécimos correspondentes ao período em que o veículo estiver na posse
do proprietário, quando a perda e a liberação ocorrerem no mesmo exercício. {§
1.º, renumerado para parágrafo único pela Lei n.º 3.507, vigente desde
01.01.2001}.
O direito ao pagamento proporcional ou à eventual restituição em caso de
sinistro é um direito concedido pelo estado, pois os acontecimentos posteriores ao
fato gerador não tornam indevido o tributo corretamente pago.
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CADERNO DE QUESTÕES
Questões CESPE/ESAF E FCC
Prova: CESPE - 2008 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 1 - Primeira Fase
(Mai/2008)
1) Dado que a Constituição Federal atribuiu competência para os estados
legislarem sobre o IPVA, essa prerrogativa envolve o pleno poder de legislar sobre
esse tributo. Todavia, essa competência, consoante o Código Tributário Nacional
(CTN), está, em tese, submetida às limitações
a) do próprio CTN, da Constituição Federal e da respectiva constituição estadual.
b) do próprio CTN, da Constituição Federal e dos tratados internacionais.
c) do próprio CTN, dos tratados internacionais e da respectiva constituição
estadual.
d) dos tratados internacionais, da Constituição Federal e da respectiva
constituição estadual.
Prova: CESPE - 2008 - PGE-ES - Procurador de Estado
2) Acerca dos tributos estaduais, julgue os itens que se seguem.
Os proprietários dos veículos automotores terrestres com mais de dez anos de
fabricação, licenciados no território do estado do Espírito Santo, estão isentos do
pagamento do IPVA.
( ) Certo ( ) Errado
Prova: CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz
3) Certo ou Errado
O IPVA, cobrado anualmente, submete-se, no que tange à alteração de sua base
de cálculo, ao princípio da anterioridade, inclusive a nonagesimal.
( ) Certo ( ) Errado
Prova: CESPE - 2010 - TCE-BA - Procurador
4) Julgue os itens a seguir, relativos ao direito tributário brasileiro.
Considere a seguinte situação hipotética.
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Pedro adquiriu automóvel de passeio e o licenciou em estado da Federação
diverso daquele em que reside, pagando alíquota de IPVA inferior à que pagaria
no estado em que reside. Nessa situação, Pedro praticou o crime de falsidadeideológica não em razão da indicação de endereço falso, mas, sim, da supressão
ou redução de imposto.
( ) Certo ( ) Errado
Prova: ESAF - 2005 - SET-RN - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - Prova 2
5) Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com
F as falsas; em seguida, marque a resposta correta.
( ) O imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA), de competênciados Estados e do Distrito Federal, terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado
Federal.
( ) Não se admite a fixação de alíquotas diferenciadas do IPVA em função do tipo e
utilização de veículo automotor.
( ) A Constituição Federal exige deliberação conjunta dos Estados e do Distrito
Federal, na forma regulada em lei complementar da União, para fixação de
alíquotas máximas do IPVA.
a) F, F, V.
b) F, V, F.
c) V, F, F.
d) V, V, F.
e) V, V, V.
Prova: FCC - 2009 - PGE-SP - Procurador
6) IPVA.I. Segundo o Supremo Tribunal Federal, é constitucional a lei estadual que institui
o imposto sobre a propriedade de aeronaves e embarcações náuticas.
II. Lei estadual pode fixar alíquotas diversas do IPVA para dois automóveis com as
mesmas caracterís- ticas e faixa de valor, caso um deles seja nacional e o outro
importado.
III. Lei estadual pode fixar alíquotas diversas do IPVA para dois automóveis com as
mesmas características e faixa de valor, caso um deles seja movido a gasolina e o
outro a álcool.
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IV. Lei estadual pode fixar alíquotas diversas do IPVA para dois automóveis com a
mesma potência e faixa de valor, caso um deles seja destinado ao transporte
coletivo de passageiros e o outro seja caracterizado como automóvel de passeio.V. Lei federal pode instituir isenção do IPVA aos portadores de deficiência física
que necessitem de veículos adaptados.
Está correto o que se afirma em
a) II e V, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I, III e V, apenas.
e) I, II, III, IV e V.
Prova: FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça
7) São impostos de competência da União e do Distrito Federal, respectivamente,
os impostos sobre circulação de mercadorias e sobre a propriedade de veículos
automotores.
( ) Certo ( ) Errado
Prova: FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador
8) Sobre o IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores é correto
afirmar que.
a) tem seu fato gerador, base de cálculo e contribuintes definidos no Código
Tributário Nacional.
b) a majoração de alíquota não se submete à regra da anterioridade nonagesimal.
c) terá alíquotas mínimas fixadas por resolução do Senado Federal.
d) considera-se veículo automotor, para fins de incidência do IPVA, apenas os de
circulação terrestre.
e) segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, pode ter alíquotas
progressivas em razão do valor venal do veículo automotor.
Prova: FCC - 2010 - SEFAZ-SP - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
Públicas - Prova 2
9) Sobre o IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, écorreto afirmar que
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a) é de competência dos Municípios e Distrito Federal.
b) é de competência da União.
c) haverá isenção em relação aos veículos de domínio dos Estados e Distrito
Federal.
d) haverá imunidade em relação aos veículos de domínio dos entes federados.
e) incide sobre os veículos das pessoas jurídicas de direito público e privado.
Prova: FCC - 2010 - PGE-AM - Procurador
10) Em relação às alíquotas do IPVA, a legislação tributária do Estado poderá
estabelecera) apenas valores venais distintos, não podendo alterar as alíquotas.
b) alíquotas diferentes em função do tipo e utilização, desde que observe a
alíquota mínima fixada pelo Senado Federal.
c) apenas a base de cálculo, devendo adotar a mesma alíquota dos demais
Estados, em função do princípio da uniformidade geográfica.
d) alíquotas diferentes em função do tipo e utilização, desde que observe a
alíquota máxima fixada pelo Senado Federal.
e) alíquotas em função do tipo, utilização e marca, aplicando- se apenas os limitesestabelecidos na Lei Orgânica do Estado.
Prova: FCC - 2005 - PGE-SE - Procurador de Estado
11) Quando veículo automotor importado do estrangeiro é adquirido por pessoa
física residente no País,
a) o IPVA incidirá no momento da celebração do contrato de compra e venda.
b) o IPVA incidirá no momento em que o veículo automotor for liberado pelas
autoridades estrangeiras para a exportação.
c) o IPVA incidirá no momento em que o veículo automotor estiver aportado em
porto nacional.
d) não há incidência do IPVA porque a importação foi realizada por pessoa física.
e) o IPVA incidirá no momento em que houver o desembaraço aduaneiro do
veículo automotor.
Prova(s): FCC - 2009 - SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária
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12) Em 2005, Arquimedes comprou em determinada concessionária um veículo
automotor por meio de contrato de arrendamento mercantil, financiando-o em
60 meses. Registre-se que durante a vigência desse contrato, a instituiçãofinanceira arrendante continua sendo proprietária do veículo e o comprador,
Arquimedes, chamado arrendatário, é o seu possuidor indireto. Arquimedes não
pagou o IPVA referente aos anos de 2006, 2007 e 2008. Para a cobrança do
tributo devido, o Fisco
I. não poderá exigir o imposto do arrendatário, posto que o IPVA incide sobre a
propriedade do veículo.
II. somente poderá exigir o imposto da Instituição Financeira arrendante, posto
que ela é a proprietária do veículo, contribuinte do imposto.
III. poderá exigir o imposto tanto do arrendante quanto do arrendatário, uma vezque existe responsabilidade solidária para o pagamento do IPVA nos termos da
legislação.
IV. poderá exigir o imposto da concessionária em que o veículo foi adquirido.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) I e IV.
Gabarito
1) A
2) Errado
3) Errado4) Certo (A afirmação está equivocada diante do posicionamento do STF e do
STJ no sentido de que o crime de falsidade seria meio para se atingir a supressão
do tributo, sendo aplicável o princípio da consunção (vide inf. 601 do STF)
5) C
6) B
7) Errado
8) C (De acordo com o entendimento do STF, a letra D também estaria correta);
9) D
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10) B
11) E
12) C