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O que é MASSAGEM RELAXANTE PARA AS MÃOS As mãos são constituídas de centenas terminações nervosas a cada centímetro quadrado de pele. Estas terminações nervosas fazem das mãos e dos dedos pontos de alta estimulação pelo toque, pressão e temperatura. Mais informações sobre MASSAGEM RELAXANTE PARA AS MÃOS As mãos, tanto quanto os pés são pontos que, quando estimulados, provocam uma extrema sensação de relaxamento e prazer. A massagem tem por finalidade, alongar tendões, relaxar a musculatura e aliviar dores, principalmente para quem sofre de tendinite e problemas de articulação. O processo de relaxamento é feito em etapas como: massagem e alongamento das mãos e dedos, exfoliação, hidratação e para finalizar aplicação de protetor solar. TAGs para MASSAGEM RELAXANTE PARA AS MÃOS massagem relaxante para as mãos, massagem relaxante mãos, mãos, relaxante História da massagem Segundo estudos arqueológicos, a Massagem e o Homem têm sensivelmente a mesma idade. Já na Pré-História , o bem-estar geral e o alívio da dor e desconforto era promovido pelo Homem através da fricção no corpo, um método que actualmente é denominado por Massagem. Registos de algumas civilizações da antiguidade, cerca de 300 anos a.C.,(egípcios antigos, persas, budistas e japoneses) referiram os beneficíos da massagem para o bem-estar do Homem. No entanto as finalidades curativas desta técnica "de friccionar o corpo" foram reconhecidas, em primeiro lugar pelos chineses, que incluíram esta técnica na medicina folclórica desde 1800 a.C.. A Massagem foi pouco desenvolvida durante a Idade Média , no entanto no século XVI foi publicado um texto sobre fricções, que havia sido transcrito de uma literatura antiga,juntamente com aplicação específica em pacientes cirúrgicos por Pare de França. O trabalho deste foi reconhecido e ainda hoje a terminologia francesa é usada para técnicas específicas de massagem como Petrissage, Effleurage ou Tapotement. Outra contribuição bastante importante para o desenvolvimento da Massagem foi a do sueco Pehr Henrik Ling ao organizar a Massagem e os exercícios terapêuticos num sistema que se tornou conhecido como ginástica médica.

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O que é MASSAGEM RELAXANTE PARA AS MÃOS

As mãos são constituídas de centenas terminações nervosas a cada centímetro quadrado de pele. Estas terminações nervosas fazem das mãos e dos dedos pontos de alta estimulação pelo toque, pressão e temperatura.

Mais informações sobre MASSAGEM RELAXANTE PARA AS MÃOS

As mãos, tanto quanto os pés são pontos que, quando estimulados, provocam uma extrema sensação de relaxamento e prazer. A massagem tem por finalidade, alongar tendões, relaxar a musculatura e aliviar dores, principalmente para quem sofre de tendinite e problemas de articulação.O processo de relaxamento é feito em etapas como: massagem e alongamento das mãos e dedos, exfoliação, hidratação e para finalizar aplicação de protetor solar.

TAGs para MASSAGEM RELAXANTE PARA AS MÃOS

massagem relaxante para as mãos, massagem relaxante mãos, mãos, relaxante

História da massagem

Segundo estudos arqueológicos, a Massagem e o Homem têm sensivelmente a mesma idade. Já na Pré-História, o bem-estar geral e o alívio da dor e desconforto era promovido pelo Homem através da fricção no corpo, um método que actualmente é denominado por Massagem.

Registos de algumas civilizações da antiguidade, cerca de 300 anos a.C.,(egípcios antigos, persas, budistas e japoneses) referiram os beneficíos da massagem para o bem-estar do Homem. No entanto as finalidades curativas desta técnica "de friccionar o corpo" foram reconhecidas, em primeiro lugar pelos chineses, que incluíram esta técnica na medicina folclórica desde 1800 a.C..

A Massagem foi pouco desenvolvida durante a Idade Média, no entanto no século XVI foi publicado um texto sobre fricções, que havia sido transcrito de uma literatura antiga,juntamente com aplicação específica em pacientes cirúrgicos por Pare de França. O trabalho deste foi reconhecido e ainda hoje a terminologia francesa é usada para técnicas específicas de massagem como Petrissage, Effleurage ou Tapotement.

Outra contribuição bastante importante para o desenvolvimento da Massagem foi a do sueco Pehr Henrik Ling ao organizar a Massagem e os exercícios terapêuticos num sistema que se tornou conhecido como ginástica médica.

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Pehr Henrik Ling

Devido ao seu desenvolvimento a Massagem começou a ser adoptada em varios países. Em Inglaterra, tanto Mennell como Cyriax utilizaram uma aplicação especifica da Massagem com fricção profunda para estruturas articulares contrácteis ou não contrácteis lesadas. Na Alemanha, Dickie descobriu que a Massagem profunda sobre uma parte do corpo poderia trazer efeitos distintos e favoravelmente observáveis em partes do corpo distantes daquela que tava a ser tratada. Á nova técnica, Dickie chamou zona reflexa ou Bindegewebsmassage (ou massagem do tecido conjuntivo, como é conhecida no seu país). Outro alemão, Cornelius descreveu uma variação da Massagem de zona reflexa, aplicando pressão profunda em pontos específicos - massagem em pontos nervosos.

A evolução da Massagem tem sido acompanhada pelo crescimento da tecnologia moderna, resultando numa explosão de nova instrumentalização médica. Foi tentado substituir o toque humano por aparelhos como meio de dar assistência ao paciente, todavia foi este reconhecido como modalidade de cura, crescente do comportamento psicológico o contacto humano.

Em suma, durante séculos alguma forma de Massagem ou de sobreposição de mãos tem vindo a ser utlizada com o objectivo de curar e aliviar a dor, tornando-se assim o mais antigo e simples tratamento médico. Embora no Oriente a Massagem seja aceite naturalmente como uma forma de intervenção terapêutica, no Ocidente, só recentemente é que esta técnica se tem vindo a estender-se por outros campos.

[editar] Efeitos fisiológicos e terapeuticos

A massagem influência sempre a circulação dos diversos tipos de tecido. Condições patológicas que ocorrem numa determinada estrutura irão reflectir-se noutras estruturas interferindo com a função de todo o organismo. O efeito principal da massagem consiste em produzir estimulação mecânica dos tecidos por meio de uma pressão e estiramento ritmicamente aplicados. A pressão comprime os tecidos moles e distorce as redes de receptores nas terminações nervosas. Ao aumentar os lúmens dos vasos sanguíneos e espaços dos vasos linfáticos, estas forças afectam a circulação capilar, venosa, arterial e linfática. Alguns dos efeitos fisiológicos e terapeuticos consequentes da massagem são:

• Aumento da circulação sanguínea e linfática;• Amento do fluxo de nutrientes;• Remoção dos produtos catabólicos e metabólicos;• Estimulação do processo de cicatrização;• Resolução do edema e hematomas crónicos;• Aumento da extensibilidade do tecido conjuntivo;• Alívio da dor;• Aumento dos movimentos das articulações;• Facilitação da actividade muscular;• Estimulação das funções autonómicas;• Estimulação das funções viscerais;• Remoção das secreções pulmonares;• Aumento da temperatura periférica da pele e do corpo;• Estímulo sexual;• Promoção do relaxamento local e geral.

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• Mobilização da pele e dos tecidos subcutâneos

Os tipos de reacções serão sempre os mesmos mas, a intensidade e duração pode variar, dependendo da severidade da patologia e da força do estímulo.

[editar] Pele

Derme

A derme, um tecido conjuntivo denso irregular com poucas células adiposas, encontra-se dividida em duas camadas:

• Derme reticular é a principal camada fibrosa e é na sua maior parte constituída por colágeno.

• A derme papilar encontra-se bem abastecida com capilares.

1-Córnea, 2-Epiderme, 3- Derme, 4- Tecido adiposo subcutâneo

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Diagrama da pele humana

Epiderme

A epiderme e constituída por epitélio de descamação estratificado dividido em cinco camadas.

• A camada basal é composta por ceratinócitos, que produzem as células das camadas superficiais.

• A camada espinhosa é composta por varias fiadas de células mantidas juntas por muitos desmossomas. A camada basal e a camada espinhosa são por vezes denominadas estrato germinativo.

• A camada granulosa é constituída por células repletas de grânulos de ceratina. A morte das células ocorre neste estrato.

• A camada translúcida é composta por uma camada de células mortas transparentes.

• A camada córnea é constituída por muitas camadas de células de descamação mortas. As células mais superficiais descamam.

A ceratinização é a transformação das células vivas da camada basal em células de descamação mortas dos estrato córneo. As células ceratinizadas são repletas de ceratina e possuem um invólucro proteico, ambos contribuindo para a força estrutural.

Os espaços intercelulares são repletos com lípidos que contribuem para a impermeabilidade da epiderme em relação à agua.

Pele espessa e pele fina

A pele espessa possui todas as cinco camadas epiteliais. A derme sob a pele espessa produz as impressões digitais. A pele fina contem menos células por camada e a camada translúcida encontra-se geralmente ausente. Os pelos encontram-se apenas na pele fina.

Estruturas acessórias da pele

• Pêlos• Músculos• Glândulas• Unhas

Funções do sistema tegumentar

• Protecção- a pele evita a entrada de microorganismos, actua como barreira de permeabilidade e protege contra a abrasão e a radiação ultravioleta.

• Regulação da temperatura– através da dilatação e da contracção dos vasos sanguíneos, a pele controla a perda de calor do corpo. As glândulas sudoriparas produzem suor que evapora e faz baixar a temperatura do corpo.

• Produção de vitamina D – a pele exposta a radiações ultravioletas produz colecalciferol que é modificado no fígado e depois nos rins para formar vitamina D activa. A vitamina D aumenta os níveis de cálcio no sangue promovendo o

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consumo de cálcio a partir dos intestinos, a remoção de cálcio dos ossos , e a redução da perda de cálcio a partir dos rins.

• Sensibilidade - a pele contem receptores sensoriais para a dor, tacto, calor, frio e pressão que permitem a reposta adequada ao meio.

• Excreção – as glândulas da pele removem pequenas quantidades de produtos de excreção mas que não são importantes na excreção.

[editar] Tecido subcutâneo

A pele repousa na hipoderme que a liga aos ossos e músculos subjacentes e lhe fornece vasos sanguíneos e nervos. A hipoderme é constituídos por tecido conjuntivo laxo, com fibras de colagénio e elastina. Os principais tipos de células na hipoderme são os fibroblastos, células adiposas e os macrófagos. A hipoderme que não faz parte da pele, é por vezes designada por tecido celular subcutâneo ou fáscia superficial.

Cerca de metade da gordura armazenada no corpo encontra-se na hipoderme, funcionando como acolchoamento e isolador e é responsável pelas diferenças na forma do corpo entre o homem e a mulher.

[editar] Tecido conjuntivo

O tecido conjuntivo distingue-se dos outros tipos de tecidos pelo facto de ser constituído por células separadas umas das outras por uma abundante matriz extra-celular. Esta que é não viva é a base para a classificação do tecido conjuntivo em subgrupos.

Células do tecido conjuntivo

As células especializadas dos vários tecidos conjuntivos produzem a matriz extracelular, são elas: Blastos que criam a matriz, Citos que mantêm a matriz e Clastos que degradam-na para reconstrução. A matriz extracelular tem três componentes principais: fibras proteicas, substância fundamental constituída por proteínas não fibrosas e por outras moléculas e líquido. A estrutura da matriz dá aos tipos de tecido conjuntivo a maior parte das suas características funcionais tais como a capacidade de suportar peso (ossos e cartilagens), suportar tensões (tendões e ligamentos) e suportar incisões, feridas e outras agressões (derme da pele).

Fibras proteicas da matriz

Existem três tipos de fibras proteicas: Colagénio, fibras de reticulina e elastina, que ajudam a formar o tecido conjuntivo.

O colagénio é a proteína mais comum do corpo humano e representa 1/4 a um 1/3 do total das proteínas do corpo. Cada molécula de colagénio é constituído por três cadeias de polipeptidos enrolados sobre si. O colagénio é muito forte e flexível, mas pouco elástico.

As fibras de reticulina (como uma rede) são na verdade fibras de colagénio muito finas e por isso mesmo não constituem uma categoria quimicamente distinta de fibras. São fibras muito curtas e finas que se ramificam para formar uma rede parecendo microscópicamente diferente das outras fibras de colagénio. As fibras de reticulina não

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são tão fortes como a maioria das fibras de colagénio, mas as redes de fibra de reticulina preenchem espaços entre os tecidos e os órgãos.

A Elastina é uma proteína elástica com a capacidade de voltar a forma inicial depois de ser distendida ou comprimida. As moléculas desta proteína parecem minúsculas molas enroladas e as moléculas individuais encontram-se cruzadas entre si para produzir uma teia interligada de moléculas em forma de mola que se estendem por todo o tecido

Outras moléculas da matriz

Dois tipos de macromoléculas não proteicas denominadas acido hialuronico e proteoglicanos fazem parte da matriz extracelular. Estas moléculas constituem a maior parte da substancia fundamental da matriz.

O ácido hialuronico (aparência de vidro) é uma cadeia simples de polissacáridos composta por unidades repetidas de dissacáridos. Confere uma qualidade muito oleosa aos líquidos que o contêm; por essa razão constitui um bom lubrificante para cavidades de articulações.

O proteoglicano (formado a partir de proteínas e polissacáridos) é uma macromolécula constituída por numerosos polissacáridos cada um ligado por uma das extremidades a um centro proteico comum. Tem a capacidade de armazenar água podendo voltar à sua forma original.

Classificação do tecido conjuntivo

Matriz – principalmente fibras proteicas

1. Propriamente dito 1. Laxo 2. Denso o Regular ou ordenado 1.Colagénio 2.Elástico o Irregular ou não ordenado 1.Colagénio 2.Elástico2. Especial o Adiposo o Reticular o Medula óssea

Matriz – Fibras proteicas e substância fundamental

1. Cartilagem o Hialina o Fibrosa o Elástica2. Osso o Compacto o Esponjoso

Matriz – Principalmente liquida

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1. Sangue

• Tecido conjuntivo laxo ou celular

LOCALIZAÇÂO: Largamente distribuído através do corpo; substância sobre a qual repousam as membranas basais e epiteliais; revestimento entre glândulas, músculos e nervos. Liga a pele aos tecidos subjacentes. ESTRUTURA: Células (fibroblastos, macrófagos e linfócitos) numa fina rede de fibras, a maior parte de colagénio. Funde-se frequentemente com o tecido conjuntivo mais denso. FUNÇÂO: Revestimento laxo, apoio e alimento para as estruturas com que se encontra associado.

• Tecido conjuntivo denso regular colagénico (tecido tendinoso)

LOCALIZAÇÂO: Tendões ( inserem os músculos nos ossos) e ligamentos (ligam os ossos entre si) ESTRUTURA: Matriz composta por fibras de colagénio orientadas aproximadamente na mesma direcção. FUNÇÂO: Capacidade para suportar grandes forças de tensão exercidas na direcção da orientação das fibras, grande força de tensão e resistência à distenção.

• Tecido conjuntivo denso ordenado elástico

LOCALIZAÇÂO: ligamentos entre as vértebras e ao longo da parte posterior do pescoço (nuca) e nas cordas vocais. ESTRUTURA: Matriz composta de fibras de colagénio e de elastina dispostas regularmente. FUNÇÃO: Capaz de se distender e de se encurtar como uma banda de borracha com força na direcção da orientação das fibras.

• Tecido conjuntivo denso não ordenado colagénico

LOCALIZAÇÃO: Bainha; derme; invólucros de órgãos e septos; revestimento exterior de canais e canalículos do organismo. ESTRUTURA: Matriz composta de fibras de colagénio dispostas em todas as direcções (tecido fibroso) ou em planos entrecruzados de fibras orientadas aproximadamente numa única direcção (tecido aponevrótico). FUNÇÃO: Força de tensão capaz de sopurtar distensões em todas as direcções.

• Tecido conjuntivo denso nãos ordenado elástico

LOCALIZAÇÃO: Artérias elásticas ESTRUTURA: Matriz ocmposta por agregados de bainhas de fibras do colagénio e elastina orientadas em múltiplas direcções. FUNÇÃO: Capaz de exercer força em várias direcções, distendendo ou encurtando.

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• Tecido adiposo

LOCALIZAÇÃO: Predominantemente em áreas subcutâneas, mesentéricos, bacinetes, em redor dos rins, revestindo a superfície exterior do cólon e em tecido conjuntivo laxo que penetra em espaços e fendas. ESTRUTURA: Pouco material extracelular a rodear as células. Os adipocitos encontram-se tão preenchidas de líquidos que o citoplasma é empurrado para a periferia da célula. FUNÇÃO: Revestimento de material, isolador térmico, armazenamento de energia e protecção dos órgãos contra frimentos por colisão ou vibração.

• Tecido reticular

LOCALIZAÇÃO: Nos gânglios linfáticos, baço e medula óssea. ESTRUTURA: Rede fina de fibras de reticulina irregularmente dispostas. FUNÇÃO: Premite uma rede de suporte para os tecidos linfático e hematopoético.

• Medula óssea

LOCALIZAÇÃO: Nas cavidades medulares dos ossos. Dois tipos: Medula amarela (tecido adiposo na maioria) nos corpos dos ossos longos; e medula vermelha (tecido hematopoético) nas extremidades dos osso longos e em ossos curtos, planos e de forma irregular. ESTRUTURA: Estrutura reticular com numerosas células formadoras do sangue (medula vermelha). FUNÇÃO: Produção de novos glóbulos sanguíneos (medula vermelha)

• Cartilagem hialina

LOCALIZAÇÃO: Ossos longos em crescimento, anéis cartilagíneos do sistema respiratório, cartilagem costal, cartilagem nasal, ossos das articulações superficiais e esqueleto embrionário. ESTRUTURA: Fibras de colagénio pequenas e dispersas uniformemente na matriz, tornando-a transparente. As células da cartilagem ou condrócitos encontram-se em espaços ou lacunas, na matriz rígida. FUNÇÃO: Premite o crescimento dos ossos longos. Confere rigidez com alguma flexibilidade na traqueia, bronquios, costelas e nariz. Forma superfícies articulares rugosas ou lisas e no entanto algo flexíveis. Forma o esqueleto embrionário.

• Cartilagem fibrosa

LOCALIZAÇÃO: Discos intervertebrais, sinfise púbica, meniscos interarticulares. ESTRUTURA: Fibras de colagénio, semelhantes às fibras de cartilagem hialina. As fibras

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sãomais numerosas do que em outras cartilagens e dispo~em-se em agregados espessos. FUNÇÃO: Algo flexível e capaz de suportar pressões consideráveis. Relaciona estruturas sujeitas a grandes pressões.

• Cartilagem elástica

LOCALIZAÇÃO: Ouvido externo, epiglote e trompas de Eustáquio. ESTRUTURA: Semelhante à cartilagem hialina, mas a matriz contem também fibras de elastina. FUNÇÃO: Confere rigidez com ainda maior flexibilidade que a cartilagem hialina uma vez que as fibras elásticas retornam à sua forma original depois de distendidas.

• Osso esponjoso

LOCALIZAÇÃO: No interior dos ossos do crânio, vértebras, esterno e pélvis; encontrado também nas extremidades dos ossos longos. ESTRUTURA: Rede entrançada de estruturas caracterizadas por trabéculas com grandes espaços entre elas. Os osteócitos ou células ósseas localizam-se no interior de lacunas nas trabéculas. FUNÇÃO: Funciona como uma armação provedora de força e suporte, sem o peso elevado dos ossos sólidos.

• Ossos compacto

LOCALIZAÇÃO: Partes exteriores de todos os ossos e diáfises dos ossos longos. ESTRUTURA: Dura, matriz óssea predominante. Muitos osteócitos encontram-se localizados em lacunas distribuídas de forma circular em torno dos canais centrais. Pequenas passagens ligam lacunas adjacentes. FUNÇÕES: Providencia grande força e suporte. Forma nos ossos um revestimento exterior sólido, que os impede de ser facilmente fracturados ou prefurados.

• Sangue

LOCALIZAÇÃO: Nos vasos sanguíneos. Produzido pelos tecidos hematopoéticos. Os leucócitos abandonam frequentemente os vasos sanguíneos e passam para os espaços intersticiais. ESTRUTURA: Vasos sanguíneos e matriz líquida. FUNÇÃO: Transporte de oxigénio, dióxido de carbono, hormonas, nutrientes, produtos de excreção e outras substâncias. Protege o corpo de infecções e encontra-se envolvido na regulação da temperatura

[editar] Tecido muscular

Tecido efector, de origem mesodérmica que responde a estímulos provenientes do meio interno e externo de uma única forma, através da contracção. A contracção é realizada por células especializadas, as fibras musculares, as quais se contraem sob estimulação

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apropriada. O Tecido Muscular é responsável pela locomoção e pelos movimentos de várias partes do corpo, tem ainda a capacidade de transformar a energia química em energia mecânica através da diminuição enzimática do ATP. O Tecido muscular é constituído por infinitas fibras musculares esqueléticas, estas são cobertas pelo sarcolema (membrana celular) que apresenta características próprias de excitabilidade e condutibilidade. As fibras musculares apresentam componentes específicos. O retículo sarcoplasmático que é responsável pela associação entre a excitação da fibra e o desencadear da actividade contráctil. As mitocôndrias (sarcossomas) estão relacionadas com a produção metabólica de energia. O último componente é os miofilamentos contrácteis que formam estruturas designadas por miofibrilhas. As miofibrilhas são constituídas por inúmeros sarcómeros que na sua constituição apresenta os filamentos de actina e miosina.

Os sarcómeros são unidades estruturais da miofibrilha responsáveis pela geração de tensão e produção de trabalho mecânico. Os sarcómeros encontram-se separados pelos discos Z. No interior do sarcómero encontram-se duas faixas: as Bandas I (claras) que contêm apenas filamentos de actina e as Bandas A (escuras) formadas por filamentos de actina e miosina justapostos. Dentro da Banda A existe uma região mais clara, a Banda H que contem apenas miosina. A actina e a miosina são responsáveis pela contracção muscular voluntária, esta ocorre pelo deslizamento dos filamentos de actina sobre a miosina. A contracção desencadeia-se por um estímulo nervoso que irá se propagar na membrana das fibras musculares atingindo o retículo sarcoplasmático, provocando a saída do cálcio do interior deste, ocorrendo despolarização do sarcolema. O cálcio dirige-se para os Tubulos T e de seguida para as cisternas ligando-se ao complexo troponina-tropomiosina, que fixa a tropomiosina à actina. O Filamento da actina liga-se ás cabeças de miosina que se prendem aos sítios activos da actina, desencadeando-se assim a contracção.

No corpo dos vertebrados existem três tipos de músculo cuja classificação se baseia no aspecto de localização dos constituintes celulares: Liso, Esquelético e Cardíaco.

• Tecido muscular liso: É um músculo que é conhecido por músculo involuntário, que se localiza na pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes vasos sanguíneos, aparelho excretor, vias áreas e pequenos feixes na derme. As fibras musculares lisas são fusiformes, apresentando um único núcleo ovóide que se encontra na parte central da célula e sem estrias transversais. Por sua vez, a sua contracção é involuntária e lenta. O estímulo para a contracção dos músculos lisos é mediado pelo sistema nervoso vegetativo.

• Tecido muscular estriado esquelético: É conhecido como um músculo voluntário. As suas contracções são voluntárias e rápidas, as quais também permitem os movimentos dos vários ossos e cartilagens do esqueleto. Este tecido é enervado pelo sistema nervoso central. As fibras musculares são cilíndricas e multinucleadas, não ramificadas e de origem mesodérmica. Os miofilamentos organizam-se em estrias longitudinais e transversais.

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• Tecido Muscular Estriado Cardíaco: Este tipo de tecido forma a maior parte do coração dos vertebrados e encontra-se também no tubo cardíaco embrionário. As fibras musculares são alongadas, irregularmente ramificadas, que se unem por estruturas especiais: discos intercalares, apresenta ainda estriação transversal. A contracção é involuntária, vigorosa e rítmica. É enervado pelo sistema nervoso vegetativo.

[editar] Tecido circulatório

Possuir um bom sistema circulatório significa ter um abastecimento eficiente dos constituintes do sangue, incluindo oxigénio e nutrientes, que atinge todas as células individuais. Este factor é vital para o funcionamento saudável de todo o organismo. Ao mesmo tempo, o aumento da circulação sanguínea acelera o sistema linfático que absorve e elimina todas as substâncias desnecessárias.

A massagem é um meio de dilatação dos vasos sanguíneos o que promove uma boa circulação sanguínea e assim uma boa regulação dos nutrientes e oxigénio. A massagem deve ser executada no sentido caudal-cefálico de forma a promover o retorno venoso do sangue e assim este chegar da melhor forma ao coração.

[editar] Tecido nervoso

O sistema nervoso é o responsável pelo desempenho da maioria das funções do controlo do nosso corpo, em conjunto com o sistema endócrino. Enquanto que o sistema nervoso controla as actividades rápidas do corpo (contracções musculares, fenómenos viscerais e intensidade de secreção de algumas glândulas endócrinas) através de impulsos electroquímicos, o sistema endócrino regula as funções metabólicas corporais, através da actuação de substâncias químicashormonas.

O sistema nervoso é constituído por mais de 100 biliões de neurónios, e estes são considerados a sua unidade funcional básica. Diferenciam-se das células dos outros tipos de tecidos devido aos seus prolongamentos (dendrites e axónios), há ausência de replicação e de regeneração e ainda devido á sua principal característica de sinapse entre si. O neurónio é constituído por: um corpo celular ou soma, os dendrites e o axónio. O corpo celular contém o núcleo da célula que é bastante volumoso, e várias estruturas responsáveis pelo metabolismo, crescimento e reparação do neurónio, como por exemplo retículo endoplasmático, corpúsculos de Nissl, lisossomas, mitocôndrias, aparelhos de Golgi, etc. Os dendrites são mais curtos que os axónios sendo maioritariamente os responsáveis pela recepção dos estímulos (sinapse axo-dendrítica), embora em alguns casos o corpo celular e o axónio, nos nódulos de Ranvier, também possam participar nesta recepção (sinapse axo-somática e axo-axónica respectivamente). Os axónios são os prolongamentos mais longos existindo apenas um por neurónio. Estes podem ser, ou não, envolvidos por uma bainha de mielina, passando a ser designados por mielínicos ou amielínicos respectivamente. A mielina apresenta uma capacidade isoladora e assume um importante papel nas trocas iónicas, tornando-as, assim, mais rápidas e com menos gastos de energia. Esta bainha não é contínua ao longo do axónio, apresentando intervalos designados por nódulos de Ranvier, sendo a este nível possível as trocas iónicas. Nas

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extremidades dos axónios encontram-se os botões terminais que estão em “contacto” com os receptores do neurónio seguinte (dendrites, corpo celular ou axónio), estabelecendo-se, assim, uma sinapse. Existem diferentes tipos de neurónios dependendo do número de dendrites que apresentam. Sendo assim, os que apresentam vários dendrites são designados por neurónios multipolares e são mais frequentes, existindo também os bipolares, que apresentam um dendrite e um axónio, e os unipolares, que apresentam um prolongamento comum que sai do corpo celular e que depois se divide no axónio e no dendrite. No entanto, o sistema nervoso também apresenta outro tipo de células que têm como função principal o suporte dos neurónios, chamadas as células da nevróglia. Estas têm a capacidade de se replicarem ao longo da vida e dividem-se no sistema nervoso central em oligodendrócitos, astrócitos e micróglia, e no sistema nervoso periférico em células de Schwann. Embora, as células da nevróglia não participem na condução nervosa, apresentam outras importantes funções no tecido nervoso, como as funções mecânicas e de suporte, preenchimento de espaços no tecido nervoso e separação de estruturas, transporte de substâncias, isolamento eléctrico dos neurónios, regulação do seu metabolismo e formação da bainha de mielina.

[editar] Tecido linfático

Tecido linfático

Sistema Linfático

O tecido linfático é um tipo de tecido conjuntivo especializado que contém grande quantidade de linfócitos. Este é formado a partir da filtração do excesso de líquido intercelular extravazado dos capilares sanguíneos. As células mais abundantes no tecido linfático são os linfócitos. Este, no entanto, é desprovido de hemácias e de plaquetas.

O sistema linfático consiste em um líquido, chamado linfa, que flui dentro dos vasos linfáticos, diversas estruturas e órgãos que contêm tecido linfático e medula óssea vermelha, que aloja as células-tronco que se desenvolvem em linfócitos. A composição do líquido intersticial e da linfa é, basicamente, a mesma. A diferença maior entre os dois é a localização. Após o líquido passar dos espaços intersticiais para os vasos linfáticos, é chamado de linfa.

Vasos linfáticos e circulação linfática

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Os vasos linfáticos começam como capilares linfáticos, tubos terminais fechados localizados nos espaços entre as células. Assim como os capilares sanguíneos convergem para formar vênulas e veias, os capilares linfáticos se unem para formar vasos linfáticos maiores, que se parecem com veias em estrutura, porém têm paredes mais finas e mais válvulas. Em intervalos variados ao longo dos vasos linfáticos, a linfa flui através das estruturas do tecido linfático chamadas linfonodos.

A linfa passa dos capilares linfáticos para os vasos linfáticos e, depois, através dos linfonodos. Os vasos linfáticos que saem dos linfonodos passam a linfa para outro linfonodo e assim sucessivamente. Os vasos linfáticos se unem para formar um tronco linfático. Os principais troncos são os troncos lombar, intestinal, broncomediastínico, subclávio e jugular. Os troncos principais passam sua linfa para o ducto torácico e para o ducto linfático direito. A linfa do ducto toráxico passa para o sangue venoso a nível da veia subclávia esquerda e a linfa do ducto linfático direito passa para o sangue venoso a nível da veia subclávia direita.

Formação e fluxo da linfa

A maioria dos componentes do plasma sanguíneo infiltra-se livremente através das paredes dos capilares para formar o líquido intersticial. Mais líquido é removido dos capilares sanguíneos do que retorna para eles através da reabsorção. Esse excesso (aproximadamente 3 litros por dia) é drenado para os vasos linfáticos e torna-se linfa. Portanto, a seqüência do fluxo de líquido é capilares sanguíneos (sangue) - espaços intersticiais (líquido intersticial) - capilares linfáticos (linfa) - vasos linfáticos (linfa) - ductos linfáticos (linfa) - veias subclávias (sangue).

Órgãos e tecidos linfáticos

Os órgãos e tecidos do sistema linfático, amplamente distribuídos por todo o corpo, são classificados em dois grupos, baseados nas suas funções. Órgãos e tecidos linfáticos primários propiciam o ambiente apropriado para as células-tronco se dividirem e se tornarem completamente desenvolvidas nas células B ou células T, que são os tipos de linfócitos que executam as respostas imunes. Os órgãos linfáticos primários são a medula óssea vermelha e o timo. Células-tronco hematopoiéticas situadas na medula óssea vermelha, dão origem às células B maduras e às pré-células T. As pré-células T migram para o timo e tornam-se completamente desenvolvidas nele. Os órgãos e tecidos linfáticos secundários, que são locais onde ocorre a maioria das respostas imunes, incluem os linfonodos, o baço e os nódulos linfáticos. O timo, os linfonodos e o baço são considerados órgãos porque cada um é envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo. Os nódulos linfáticos, ao contrário, não são órgãos porque não têm cápsula.

Funções do sistema linfático• Drenagem do líquido intersticial. Os vasos linfáticos drenam o excesso de líquido intersticial dos espaços teciduais evitando assim a formação de edema. • Transporte de lipídios dietéticos. Os vasos linfáticos transportam os lipídios e as vitaminas solúveis em lipídios (A, D, E e K) absorvidas pelo trato gastrintestinal para o sangue. • O sistema do corpo responsável pela imunidade é o sistema linfático. • Facilitar as respostas imunes. O tecido linfático inicia respostas altamente específicas, direcionadas contra micróbios específicos ou células anormais. Os linfócitos, auxiliados pelos macrófagos, reconhecem as células estranhas, micróbios, toxinas e células cancerígenas e respondem a elas de duas formas básicas: os linfócitos chamados células T destroem os

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invasores, causando-lhes ruptura ou liberando substâncias citotóxicas (destruidoras de célula) e os linfócitos chamados células B se diferenciam nos plasmócitos, que secretam anticorpos que destroem substâncias estranhas específicas causando sua destruição.

Efeitos fisiológicos e mecânicos da massagem Os efeitos mecânicos da massagem dão origem a uma série de efeitos fisiológicos importantes. A manipulação da pele e dos tecidos subjacentes exercem um efeito considerável no fluxo sangüíneo e linfático nestes tecidos tratados. Especificamente sobre o tecido linfático, colabora com o retorno linfático formando "nova linfa" através da pressão nos tecidos. Melhora as defesas por activar a circulação dos linfócitos e direccionar mais "líquido" para os linfonodos.

Efeitos mecânicos Movimentos de: linfa; sangue venoso; secreções pulmonares; edema; conteúdo intestinal; conteúdo de hematomas. Mobilização de: fibras musculares; massas musculares; tendões; tendões em bainha; pele e tecidos subcutâneos; tecidos cicatricial; aderências.

Efeitos fisiológicos

• Aumento da circulação sangüínea e linfática;• Amento do fluxo de nutrientes;• Remoção dos produtos catabólicos e metabólicos;• Estimulação do processo de cicatrização;• Resolução do edema e hematomas crônicos;• Aumento da extensibilidade do tecido conjuntivo;• Alívio da dor;• Aumento dos movimentos das articulações;• Facilitação da atividade muscular;• Estimulação das funções autonômicas;• Estimulação das funções viscerais;• Remoção das secreções pulmonares;• Estímulo sexual;• Promoção do relaxamento local e geral

[editar] Precauções e contra-indicações da massagem

A massagem é contra-indicada sobre ferimentos abertos, tromboflebite e tecidos infectados, sintoma de erupção cutânea, como bolhas, feridas e escabiose, ou contusões, varizes, febre, fracturas, hemorragias, articulações inflamadas, úlceras abertas, tumores e inchaços não diagnosticados, cancro, problemas cardiovasculares como trombose ou outros males circulatórios, sobre o abdómen, no caso de gravidez, ou de náuseas, vómitos e diarreia, situações pós-cirurgicas,

Podem ser esperadas reacções adversas em 3 tipos diferentes de circunstâncias:

• Quando a massagem é contra-indicada para o paciente;• Quando a técnica é inapropriada para a condição que está sendo tratada• Quando uma técnica inapropriada é incorrectamente aplicada.

Muitos dos efeitos sugeridos para a massagem, podem ser explicados e compreendidos no contexto de princípios científicos, mas é desejável que estes princípios sejam suportados

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por resultados de investigações. Estas afirmações podem ser vistas com um certo cepticismo, ate que pelo menos seja dada uma explicação convincente e o terapeuta esteja certo que parte da nossa compreensão é baseada em explicações biológicas e não em explicações científicas.

Assim, no geral, os efeitos da massagem podem ser caracterizados através dos seguintes pontos entre outros:

• A massagem pode reduzir o edema;• Aumenta a circulação em membros imóveis;• A vasodilatação causada pela massagem possivelmente cria uma necessidade de

reactivar os vasos dormentes;• Reduz o desconforto das fibroses;• Reduz espasmos nos músculos, devido à sensibilidade aumentada;• Reduz o tónus muscular, aumentando a amplitude de movimento e reduzindo a

dor;• Aumenta a flexibilidade geral;• A recuperação sensorial pode ocorrer mais rapidamente com a massagem;• A recuperação dos tecidos de ligações durante o processo de cicatrização pode ser

facilitado pela massagem;• Os reflexos autónomos são estimulados pela massagem.

Índice

[esconder]

• 1 Palpação de Estruturas o 1.1 Técnica de Palpação o 1.2 Execícios para desenvolver a palpação

• 2 Preparação para a Massagem o 2.1 Meio de Interface (tipo e meio de aplicação) o 2.2 Posicionamento do paciente o 2.3 Segurança e Ambiente

o 2.4 Postura/Movimento/Ritmo

[editar] Palpação de Estruturas

[editar] Técnica de Palpação

A técnica correcta de palpação pode ser executada com a ponta dos dedos (face palmar da 3ª falange dos dedos da mão), visto que é uma área altamente enervada, logo com maior sensibilidade, e não com as pontas dos mesmos, e deverão ser os braços a produzir os movimentos em oposição aos músculos intrínsecos da mão.

[editar] Execícios para desenvolver a palpação

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• Preparar duas taças com dois tipos distintos de farinha, colocar simultaneamente ambas as mãos em ambas as taças e esfregar os dedos uns nos outros de modo a descrever as diferentes sensações sentidas em cada taça.

• Juntar diferentes lixas com diferentes graus de dureza, e organizá-las de acordo com esse mesmos graus.

• Sentir as diferentes viscosidades entre diversos líquidos comparando-os (água, óleo de cozinha, creme hidratante, etc)

• Colocar diversos objectos (ex. clips, fósforos, grãos de arroz, etc) cobertos por um pano e identificá-los, repetir os processo com tecidos mais espessos e outros materiais como espuma, tentar compreender as diferentes sensações dependendo das pressões aplicadas.

• Com o dedo efectuar pequenos batimentos em diversas zonas do corpo (na face, no braço, no joelho, etc) tentando perceber as diferenças, a nível da textura, temperatura a nível da pele e a diferente hidratação das diferentes zonas.

• Praticar a palpação na zona do punho e antebraço. A face anterior do punho é uma boa zona para treinar a palpação visto ter um grande número de tendões e veias. Começar por colocar os dedos de uma mão no punho contra lateral muito suavemente e sentir as estruturas sem esticar a pele, repetir o processo com maior pressão de modo a que a pele acompanhe o movimento dos dedos, assim a informação sobre as estruturas que se encontram sob a pele deverá ser em maior quantidade, repetir novamente o processo mas aplicando ainda mais pressão, desta vez de modo a que as estruturas fiquem pressionadas de encontra o osso, sendo assim mais difícil de diferenciar as estruturas.

• Palpar a própria coxa. Tomar especial atenção á pressão que é necessário fazer para alcançar uma profundidade em que seja possível obter informação sobre a tonicidade dos músculos daquela região. Com toda a mão pegar e puxar os músculos e registar a resistência sentida pelos tecidos e possíveis alterações da mesma.

[editar] Preparação para a Massagem

[editar] Meio de Interface (tipo e meio de aplicação)

Antes de se referir aos meios de interface é importante referir-se que as mãos devem estar limpas e as unhas bem cortadas e cuidadas, visto ser de extrema importância tanto para o paciente como para o terapeuta. Nos tratamentos por massagem, as mãos executam duas funções: dão o movimento à pele, tecidos, músculos e outras estruturas, e adquirem informações sobre o estado destes tecidos. Para massagear, é necessário empregar um produto que facilite o deslizamento das mãos sobre os tegumentos. Servimo-nos para este fim de diversos ingredientes que têm cada um as suas vantagens e os seus inconvenientes.

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• Pó de Talco: O pó tem uma grande vantagem quando comparado aos óleos e cremes, uma vez que nos permite manipular os tecidos sem corrermos o risco de as mãos escorregarem. O pó de talco dá bons resultados, além disso é um produto barato. Deve empregar-se para a massagem geral, assim que se trata de praticar o deslizamento e mobilização sobre superfícies largas.

• Óleos e Cremes: Estas substâncias são úteis no tratamento, especialmente sobre cicatrizes, pele seca e em áreas deficientemente nutridas. Podemos utilizar vários tipos de cremes, porém devem ser ligeiramente absorvidos pela pele, dependendo da quantidade exata de cada tipo de pele e das mãos do terapeuta. Os óleos são um bom produto de massagem. Têm no entanto, o inconveniente de deslizar demasiado, tornando difíceis e sobretudo imprecisas certas manipulações.

[editar] Posicionamento do paciente

A posição do paciente é muito importante para se obter um bom resultado, pois é preciso que o paciente se encontre bem relaxado, para que a massagem seja bem sucedida. O paciente deve ser aquecido durante a massagem, e a parte que não for massajada deverá ficar coberta. A sala deve estar aquecida, sem barulho, e de preferência o paciente deverá ser tratado individualmente.

A posição de decúbito é recomendada uma vez que permite o relaxamento dos músculos abdominais, e as coxas encontram-se apoiadas de modo a melhorar o fluxo venoso e linfático desde a parte distal de extremidade inferior, recorrendo-se para isso a uma almofada que suporta os membros inferiores e diminui a lordose lombar. Porém em todas as posições a cabeça, os ombros e as outras partes do corpo deverão estar apoiadas.

Posições mais comuns:

• Decúbito dorsal;

• Decúbito ventral;

• Sentado (com as costas erectas) numa mesa acolchoada;

• Sentado (com as costas erectas) em um banco ou cadeira;

• Sentado (com as costas erectas) em um banco voltado para uma mesa acolchoada.

[editar] Segurança e Ambiente

O ambiente e a segurança em Massagem são dois aspectos a ter em consideração e cabe ao terapeuta responsabilizar-se por eles.

Relativamente ao ambiente, este deve ser arejado e espaçoso para que, nem o terapeuta nem o utente, sofram acidentes desnecessários como tropeçar ou cair. Como um dos objectivos iniciais da massagem é o relaxamento do paciente, o ambiente deve permanecer tranquilo e silencioso. Caso isto não seja possível podemos colocar música que o agrade e seja propícia à finalidade da massagem. A sala de tratamento deve estar a

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uma temperatura amena e o terapeuta deve assegurar-se que a sessão não é interrompida e que a privacidade do utente é salva-guardada.

O equipamento mais importante para uma boa Massagem são umas mãos experientes orientadas por uma mente inteligente. No entanto, são necessários outros materiais que garantam o conforto e a segurança do utente, tais como a marquesa de tratamento, almofadas, lençóis e o tipo de interface utilizado (sendo importante que todos eles permaneçam junto da marquesa evitando, assim, a interrupção da massagem). Para permitir que o paciente esteja seguro em todas as posições, a marquesa deve obedecer a alguns requisitos: ser de altura ajustável (melhorando também o posicionamento do terapeuta), ter uma secção removível (para acomodar a face do utente), estar coberta por um lençol e, principalmente, estar trancada.

Na maioria das situações, a massagem requer o uso de um interface para facilitar o movimento das mãos pelos tecidos do corpo, como por exemplo, pó talco, cremes e óleos. Contudo, é necessário saber se o paciente é alérgico a algum deles.

Antes de iniciar a massagem, o terapeuta deve ter alguns cuidados. Uma vez que as mãos vão ser o seu instrumento de trabalho, devem estar limpas, quentes, secas e bem cuidadas. As unhas devem estar curtas para não magoar o utente durante algumas das técnicas e mãos com lesões na pele, como cortes ou feridas, não devem executar a massagem. Para além dos cuidados com as mãos, o terapeuta deve ter uma roupa confortável e apropriada, não deve usar qualquer tipo de jóias ou acessórios (tais como anéis, relógios, etc.) e o cabelo, se comprido, deve estar preso.

No caso da massagem ser realizada num hospital ou numa clínica há que ter em conta a existência de regulamentos de controlo de infecções, regulamentos esses que o terapeuta deve conhecer. Estes são os factores que condicionam o ambiente e a segurança em massagem e, quando respeitados, revelam profissionalismo e responsabilidade por parte dos terapeutas.

[editar] Postura/Movimento/Ritmo

Os terapeutas que executam e massagem regularmente, estão cientes que esta actividade lhes coloca exigências acima das suas capacidades físicas. A não ser que a sua postura e movimento sejam direccionados de acordo com a direcção do movimento. O terapeuta/estudante descobrirá que fazer tratamentos de massagem é fatigante. Também tem o potencial de induzir o síndrome de uso excessivo (overuse).Para alcançar máxima efectividade o terapeuta deveria agir de acordo com os princípios orgânicos, ou seja, ter em atenção a segurança da sua posição e postura para com a organização dos seus movimentos. Embora pareça ser complicado, quando no princípio se aprende a massajar, o estudante e futuro terapeuta não se deve sentir desencorajado. Como em qualquer outra habilidade psicomotora, o aperfeiçoamento da técnica é alcançado com a prática.

Base de (suporte) Sustentação:

A posição dos pés é importante por três razões.

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• Em primeiro lugar, o posicionamento dos pés deve ser correcto, permitindo ao terapeuta alcançar todas as partes do corpo do paciente, sem esforço. As articulações das mãos, braços e coluna podem e devem ser suportadas, numa posição livre de stress, se o peso do corpo for transferido de um pé para o outro. Deste modo reduz-se a necessidade de posicionamentos incorrectos para se conseguir alcançar a parte do corpo pretendida.

• Em segundo lugar, a posição na qual os pés estão virados/direccionados é importante para capacitar a transferência de peso sem ocorrer rotação do tronco. O joelho para o qual o peso é transferido dobra-se, resultando numa postura pulmonar.

• Por último, a posição do pé é importante para o equilíbrio. O corpo depende dos pés para o suporte da base. A área que fecha os pés e os abrange. Quanto mais distantes os pés estiverem um do outro, mais larga é a base de sustentação. O peso do corpo é transferido para o solo através da linha de gravidade, ficando o corpo mais estável quando a linha de gravidade se encontra no centro da base se sustentação. Se a linha de gravidade cair fora da base, o corpo não se consegue equilibrar, este deslocamento improvável acontece quando a base de sustentação é larga. Estabilidade e balanço fazem com que o corpo seja capaz de se manter numa posição relaxada, permitindo ao terapeuta realizar a massagem numa posição harmoniosa e sem esforço dos grupos musculares.

Posição:

O Terapeuta encara, ou seja, coloca-se de frente na direcção das manipulações da massagem. Isto varia de acordo com a área do corpo que vai ser tratada. Os exemplos seguintes podem ser adoptados para envolver outras técnicas de massagem.

• Manipulações longas / técnicas de effleurage: Área do corpo : costas. A terapeuta está de pé mais perto do lado esquerdo da marquesa, onde ela possa colocar as suas mãos no princípio da área a manipular, sem que ocorra rotação do tronco. O pé esquerdo encontra-se confortavelmente posicionado em frente ao pé direito. O pé esquerdo encontra-se direccionado para a cabeceira da marquesa e o pé direito está numa posição angular relativamente ao pé esquerdo.No início da execução da técnica de massagem o peso do corpo encontra-se distribuído.

• Manipulações de pequena amplitude numa estrutura específica: Para a técnica de fricção, o terapeuta posiciona-se de frente à estrutura a tratar. O pé esquerdo posiciona-se à frente do pé direito. A mão esquerda suporta a coxa do paciente, enquanto que a mão direita realiza a manipulação. Como se trata de uma técnica profunda é necessário haver uma transferência de peso substancial para o paciente, através dos braços do terapeuta, os quais exercem uma pressão sobre os tecidos moles.

Postura e Movimento:

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O terapeuta deverá aplicar sempre, os princípios gerais de segurança postural quando está a dar uma massagem, como prevenção do sistema músculo-esquelético. As maiores áreas de risco são identificadas abaixo e são sugeridos os respectivos modos de prevenção:

• Excessivas causas de alcançar movimentos do tronco desprotegido. O excessivo alongamento da posição corporal do terapeuta causa instabilidade no movimento do tronco e está relacionado com o músculo fatigado e lesões dos tecidos moles. Prevenção: o terapeuta deverá colocar-se junto da marquesa. O posicionamento correcto irá assegurar-lhe o alcance de todas as partes do corpo a tratar.

• A elevação prolongada dos braços necessita dum trabalho estático por parte dos músculos estabilizadores da cintura escapular. Estes, ao entrarem em fadiga podem originar uma lesão nos tecidos moles e um compromisso a nível dos nervos periféricos. Prevenção: O terapeuta deverá colocar-se junto da área a tratar, para evitar a flexão dos ombros acima dos 45º.

• Forças excessivamente compulsivas causam lesões articulares. A articulação do punho e dedos são as de maior risco na massagem. Prevenção: Evitar movimentos de hiperextensão repetidas nessas articulações, mantendo-as em posição neutra.

• Actividade muscular prolongada dos braços, dos ombros e das mãos causam fadiga muscular. Prevenção: Evitar a utilização de músculos específicos para criar pressão. O melhor método é através da transferência de peso das mãos do terapeuta. Os ombros, os braços e as mãos devem estar livres da tensão muscular. É necessário adoptar uma posição correcta e confortável, com uma boa base de sustentação para haver um balanço dinâmico, através da transferência de peso de um pé para outro.

Massagem Clássica

História

A Massagem Sueca deriva das antigas formas de massagem aplicadas na Grécia, tendo sido sobretudo no início do séc. XIX que esta técnica voltou às "luzes da ribalta", tornando-se popular na Europa através do desenvolvimento dado pelo ginasta sueco Per Henrik Ling que aliou os seus conhecimentos de ginástica à prática da massagem aprendida na China, criando assim a técnica que ficou conhecida por Massagem Sueca. A Massagem Sueca consiste em fazer pressão, sempre no sentido do fluxo sanguíneo, em diferentes pontos do corpo. Recorre-se também a técnicas de fricção para melhorar o retorno do sangue ao coração. Neste tipo de massagem costuma ser usual a aplicação de determinados óleos de massagem ou pó de talco, para reduzir a sensação de fricção.Os efeitos da massagem clássica podem ser divididos em: circulatórios, neuromusculares, metabólicos e reflexos.

Os Efeitos

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• Os Efeitos Circulatórios: Na circulação sangüínea localizada há o deslocamento intermitente do liquido nos vasos, aumento da velocidade do fluxo e da troca de substancias com as células tissulares. Como efeito secundário, há aumento da irrigação periférica, da concentração de eritrócitos e da excreção renal da água. Estes efeitos são parcialmente reflexos e devidos a liberação de histamina e acetilcolina nos tecidos. A massagem profunda produz aumento na circulação sangüínea no membro contralateral não tratado. Na circulação sangüínea ocorre também o chamado efeito reflexo, verificado no deslizamento, proporcionando uma vasodilatação capilar por desencadeamento dos mecanismos vasorreflexos que intensificam a circulação, melhorando as condições de trocas iônicas nos tecidos e por ação nervosa, produzindo sedação e dão estimulações sensoriais, que promovem uma reflexa mediana pela medula espinhal, e também a massagem aumenta transitoriamente o fluxo superficial de sangue.

• Os Efeitos Neuromusculares: As manobras da massagem clássica apresentam efeitos benéficos pós-exercícios por aumentar a circulação com eliminação mais rápida de substâncias residuais, melhoram a nutrição das miofibrilhas e eliminam o líquido extracelular, possibilitando um aumento na excitabilidade e contabilidade. Bell defende o repouso intercalado com a massagem, ao invés do repouso isolado para o alívio da fadiga muscular. Segundo os pesquisadores Kellog e Despard, a massagem produz um aumento do músculo, tornando-o mais firme e elástico. Entretanto Mennel não concorda que a massagem aumenta a força muscular e salienta que a massagem não é substituída do exercício. A massagem não aumenta a força e nem o tónus muscular. A força se desenvolve nos músculos que estão se contraindo activamente, preferivelmente contra resistência. Outro efeito da massagem que gera controvérsia é a acção que este recurso promove na recuperação da musculatura após actividade física. Muitos autores acreditam na efectividade dessa modalidade terapêutica após uma actividade física intensa, promovendo uma recuperação muscular mais rápida, além da diminuição da dor. Esses estudiosos acreditam que existe poucas evidencias que sustentam essa tese.Contudo, alem da explicação fisiológica do alivio da dor via massagem, o efeito psicológico desencadeado pelo toque, além do efeito relaxante associado, também tem grande influencia nesse processo.

• Os Efeitos Metabólicos: A massagem não aumenta o consumo de oxigênio e nem causa produção de acido láctico. Relatam que a massagem abdominal causa diurese. Esta diurese é acompanhada por elevada excreção de nitrogênio, fósforo inorgânico e cloreto de sódio. Estudiosos clínicos realizados por Kalb e Wright em pacientes obesos revelaram que a massagem não tem efeito sobre a obesidade generalizado ou deposito de gordura, sendo ineficaz para a redução de peso. Também não se encontra fundamentação cientifica para as chamadas “massagens modeladoras”, as quais se atribui um deslocamento de tecido gorduroso para determinadas regiões.

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• Efeitos Reflexos: Os efeitos reflexos podem ser explicados pelas ações da massagem nos sistemas nervosos central, autonômico e periférico. As respostas encontradas foram aumento na atividade simpática, aumento da pressão sangüínea sistolica, da freqüência cardíaca, da atividade de glândulas sudoríparas, da temperatura periférica da pele, da temperatura corporal e diminuição da freqüência respiratória.O método se baseia na premissa da existência de zonas reflexas na pele, que quando comprometidas refletem alterações decorrentes de vários órgãos viscerais, e a manipulação pode interferir nesse processo.

As Manobras Básicas da Massagem Clássica

• Deslizamento Superficial: Consiste em movimentos deslizantes em grandes superfícies, leves, suaves e rítmicos. A direcção das manobras é indiferente, uma vez que a pressão exercida é insuficiente para afectar a circulação. Mantendo-se um ritmo uniforme, assegura-se um bom relaxamento. O seu principal efeito se faz via reflexa, produzindo uma analgésica neuromuscular. Provoca uma diminuição da excitabilidade das terminações nervosas livres e auxilia na regeneração da pele. Deve-se iniciar e finalizar a massagem pelo deslizamento superficial, que tenha a função de aumentar o limiar de sensibilidade, tornando mais agradáveis as manobras subsequentes.

• Deslizamento Profundo: É o movimento exercido com pressão suficiente para causar efeitos mecânicos e reflexos. É indispensável que o grupo muscular a ser submetido ao deslizamento profundo esteja relaxado e que seja observado o sentido da drenagem venosa e linfática, favorecendo o esvaziamento venoso e linfático, actua sobre a pele e o tecido celular subcutâneo, melhorando as condições de circulação, nutrição e drenagem dos líquidos tecidulares. O músculo sofre compressões alternadas no sentido da disposição de suas fibras. A pressão é exercida é intermitente, deve-se evitar o pinçamento da pele e dos tecidos superficiais. O seu principal efeito é mecânico, melhorando suas condições circulatórias da musculatura, liberando as aderências, resíduos metabólicos e aumentando a sua nutrição.

• Fricção: São movimentos circulares ou transversais. O seu principal objectivo é a quebrar de aderências por acção mecânica nos tecidos musculares, além de sua prevenção após traumatismos.

• Vibração: É o impulso vibratório transmitido à área a ser tratada. Técnica de difícil execução devido à dificuldade em se manter os tecidos a uma frequência constante de vibração. De entre os seus defeitos está a diminuição da excitabilidade nervosa.

• Percussão: Técnica de massagem na qual os tecidos são submetidos a golpes manuais ritmados, utilizando-se o bordo cubital da mão espalmada ou fechada. Auxilia na drenagem postural por libertação das secreções.

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Indicações da Massagem Clássica:

• Edema e hematoma;• Cicatrizes aderentes;• Tensão muscular;• Dor e diminuição da amplitude de movimento.

Contra – Indicações da Massagem Clássica:

• Tumores benignos ou malignos;• Doenças da pele (eczema, acne, furúnculos etc.);• Gravidez – para massagens abdominais mais profundas;

[editar] Massagem do Tecido Conjuntivo

A Massagem do Tecido Conjuntivo (MTC) é um sistema total de técnicas de massagem especializadas, originalmente desenvolvido na Europa entre as 2 guerras mundiais. a intervenção dada a uma parte do corpo é considerada como exercendo um efeito profundo em tecidos aparentemente relacionados ao local tratado. acunpuntura, reflexologia e o conceito mais moderno de estimulação dos pontos deflagrados compartilham este fundamento conceitual. A mtc foi desenvolvida originalmente por uma fisioterapeuta alemã, elizabeth dicke, no final da década de 20 e início dos anos 30. dicke coroou seus estudos criando o método da Bindegewebsmassage (mtc), actualmente, em amplo uso na Europa, princípio na Alemanha. Em termos amplos, dicke e outros pesquisadores afirmam que esta massagem afecta o sistema nervoso autónomo e, por reacção reflexa, corrige disfunções vegetativas do corpo. Um conceito terapêutico fundamental da mtc é que, considerando-se que a patologia visceral reconhecidamente acarreta alterações nos tecidos conjuntivos da pele em zonas bem definidas, o tratamento aos tecidos conjuntivos da pele de uma zona definida poderia gerar efeitos em outras estruturas que são derivadas do mesmo segmento mesodermico. Isso forma uma parte extremamente importante do raciocínio desenvolvido para os efeitos da mtc. Nitidamente existem 2 tipos diferentes de movimentos da mtc. Um é o movimento “diagnóstico”, e o outro, uma técnica terapêutica. Técnicas manuais são utilizadas na identificação áreas de alteração do tecido conjuntivo que podem não estar visíveis. Estas técnicas diagnósticas são usadas de modo simétrico e bilateral, para a comparação dos dois lados do corpo. As manobras são iniciadas nas regiões lombar e pélvica, facto este denominado de construção de base. A palpação diagnóstica pode evidenciar áreas bem delimitadas, unilaterais, ou edemaciadas com uma certa rigidez ou tensão. Alem das acções a distancia, acções locais como calor e dermografismo elevado. - Rolinho: Consiste na elevação do tecido subcutâneo, com o polegar e o dedo médio movendo todo o tecido contra a fascia. - Traço: Com a polpa dos dedos, move-se a pele sobre as estruturas subjacentes, criando uma tracção com manobras curtas e firmes no tecido conjuntivo e nas inserções musculares.

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[editar] Massagem dos Trigger Points (Pontos Gatilho)

As zonas de ponto-gatilhos foram primeiramente descritas em 1936 com a reprodução de dor referida para ombro e braço por pressão na área superior da escápula. Travel relata estudos sobre estes pontos desde 1942. O ponto gatilho é um lugar irritável, localizado em uma estrutura de tecido mole, mais frequentemente no músculo, caracterizado por baixa resistência e pela alta sensibilidade em relação a outras áreas. Quando se estimula esse ponto por 30 segundos com uma pressão moderada, surge uma dor referida. Um ponto gatilho é dito activo quando é um foco de hiper-irritabilidade sintomática no músculo ou fáscia com padrão de dor referida (dor espontânea ou ao movimento, diminuição da amplitude de movimento, diminuição de força, dor à palpação e bandas tensas). O ponto em forma latente não causa dor, mas pode tornar-se activo por qualquer evento (trauma, stress), gerando a dor referida. A técnica dos trigger points (ou pontos de gatilho) reduz os espasmos musculares e a dor que ocorrem nos músculos lesados. Quando a técnica de fricção das fibras cruzadas é aplicada na fase sub-aguda e de maturação do processo de cura melhor a formação dos tecidos além de deixá-los mais fortes, o que é vital para manter o região livre de dores permitindo assim movimentos de maior amplitude durante a fase de reabilitação.

[editar] Massagem Miofascial

O deslizamento miofascial, é uma modalidade de massagem, originária nos Estados Unidos, na década de 70. Foi fundada por um fisioterapeuta, de nome John F. Barnes. Cansado da fisioterapia tradicional, e percebendo que nem sempre os resultados eram tão duradouros, John foi a procura de uma técnica que pudesse trazer resultados mais satisfatórios. A técnica chamada de MyofascialRelease, baseia-se na fáscia do músculo como função primária, para um bom alongamento das fibras musculares. Todo músculo do nosso corpo é envolvido por um tecido conjuntivo chamado fáscia. Ela não só envolve os músculos como também as vísceras, as artérias e as veias. Podemos desta forma então entender a sua grande extensão, e sua importância. Através de um toque, com pressão leve ou moderada, focado nos locais de restrições musculares, o terapeuta busca um aumento da circulação sanguínea na região, alterações bioquímicas locais, e dessa forma um alongamento da fáscia, e por consequência do músculo. De uma forma geral, a maioria das técnicas tradicionais visa o alongamento somente do músculo, esquecendo do componente fáscia. Se a fáscia não é trabalhada, o músculo retornará a sua posição original. Daí os resultados menos duradouros nas técnicas tradicionais. É importante frisar que a fáscia tem a propriedade de guardar a memória da posição muscular, e dessa forma, ao manipulá-la durante a terapia o paciente pode vir a lembrar certos episódios ou fatos que ocorrerão no passado com aquele músculo, ou região. Ela pode ser aplicada nas mais diversas patologias músculo esqueléticas, desde um desportista com uma lesão muscular, até um paciente reumatológico idoso com grau de comprometimento maior.

Esta técnica de massagem também pode estar associada a um síndrome com o mesmo nome: A síndrome dolorosa miofascial é definida como uma disfunção neuromuscular regional que tem como característica a presença de regiões sensíveis em bandas musculares contracturadas / tensas que produzem dor referida em áreas distantes ou adjacentes. Esta dor miofascial pode se originar em um único músculo ou pode envolver vários músculos, gerando padrões complexos e variáveis de dor.

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Stroking

O Stroking é uma massagem unidireccional em que o sentido do movimento ocorre de proximal para distal, ou seja, no sentido cefálico para caudal. A profundidade e a velocidade de execução da massagem irá estar de acordo com o efeito desejado, uma massagem mais lenta proporciona um efeito mais relaxante, enquanto que uma massagem mais rápida oferece um efeito tonificante. Uma maior profundidade é mais facilmente obtida se essa massagem for executada a um ritmo mais lento, no entanto, dor ou espasmos musculares podem ser factores limitantes quando o objectivo pretendido é uma massagem que tenha um efeito calmante. Quando tal acontece, a profundidade deve ser diminuída de modo a promover melhor relaxamento e uma diminuição da dor, no entanto o ritmo deve ser mantido. A massagem deve ser iniciada com um contacto mais firme e terminar de um modo mais suave. As mãos devem estar posicionadas obliquamente ou de modo a que o calcanhar da mão chegue primeiro. É de extrema importância nunca perder o contacto ao longo da área a ser tratada, pois é fundamental que o doente se sinta confortável.

Existem duas categorias distintas: o Long Stroking e o Thousand Hands.

[editar] Long Stroking

Long Stroking, a manipulação inicia-se na porção mais proximal da área a ser tratada.

• O terapeuta coloca toda a porção das suas mãos em contacto com a pele.• É mantida uma pressão suave mas firme.• As mãos são puxadas em direcção ao terapeuta, destacando-se o movimento com

o calcanhar da mão.• É mantida uma pressão ainda mais intensa à medida que as mãos se moldam aos

contornos do corpo.• As mão são levantadas suavemente ao alcançar a porção distal da região em

tratamento, sem arrastar os dedos.• Cada passagem sobrepõe-se à anterior, continuando até toda a região do corpo

estar coberta.• A manipulação pode ser adaptada pelo terapeuta a pequenas áreas, utilizando

apenas uma mão, os dedos ou polegares.

[editar] Thousand hands

Thousand Hands, o terapeuta coloca uma mão em contacto com a pele, na porção mais proximal da região a tratar.

• Executa o movimento no sentido distal, abrangendo cerca de 15cm.• A outra mão sucede a primeira, num movimento ao longo da mesma linha de

tratamento, iniciando antes desta ser retirada.• Existe sempre uma mão em contacto com a pele.• Os dedos não devem ser arrastados quando a mão é levantada.• O movimento é contínuo, até atingir a porção distal da região a tratar.

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• A manipulação é repetida na área adjacente, até toda a região do corpo ter sido coberta.

[editar] Effleurage

A effleurage é uma técnica de massagem que deve ser utilizada no início de cada sessão.

Tem como objectivo relaxar os tecidos preparando o fisioterapeuta para a sessão de tratamento que se inicia e o habituando o doente ao toque. Esta técnica pode ser utilizada como “ponte” entre outras técnicas para descontrair os tecidos após a utilização de uma técnica dolorosa como é o caso de alguns componentes da Petrissage e da Massagem Transversal Profunda.Para executar a effleurage as mãos devem estar descontraídas e devem adaptar-se aos contornos do corpo. Os movimentos devem ser longos, suavizantes e acariciantes, exercendo-se maior pressão no sentido do coração para promover a circulação e o fluxo linfático.Deve-se usar as mãos todas quando se pretende trabalhar áreas grandes ou os dedos quando se trabalha áreas reduzidas. Esta massagem pode ser realizada apenas com uma mão, com a outra a dar-lhe apoio, ambas as mãos em simultâneo ou ambas alternadamente devendo manter-se sempre em contacto com a pele do utente. Para a boa execução desta técnica é essencial o uso de meio de interface com a pele como cremes, óleos ou pó de talco.

Mão após mão

Esta manobra é uma das componentes da Effleurage e pode ser utilizada nos membros inferiores, membros superiores e tronco.

Para a sua correcta execução o terapeuta deve encontrar-se perpendicularmente ao segmento a massajar e as mãos devem ser colocadas transversalmente ao eixo longitudinal do segmento.

Nesta técnica assim que a primeira mão tenha passado até um pouco acima, a segunda segue-a, nunca se perdendo o contacto com a pele, numa colaboração mútua de ambas as mãos desde uma ponta à outra do segmento.

Polegares

A técnica de Effleurage em que se utilizam os polegares é iniciada com as duas mãos colocadas uma de cada lado da coluna lombar e com os polegares destacados dos restantes dedos, paralelamente um ao outro. Deve-se ter o cuidado de não sobrepor os polegares às apófises espinhosas da coluna vertebral.

A técnica é executada com ambas as mãos assentes na região a massajar aplicando-se a pressão apenas nos polegares.

O movimento é aplicado continuamente ao longo de todo o segmento, retornando à posição inicial sem qualquer pressão, sem no entanto se perder a área de contacto.

Ao contrário de todas as outras técnicas, esta é a que abrange uma área mais específica.

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Duas mãos Tal como a técnica explicada anteriormente, esta técnica pertence à Effleurage e pode ser igualmente executada nos membros superiores, inferiores e tronco.

O movimento é iniciado com a ponta dos dedos colocadas paralelamente, de cada lado da coluna lombar, seguida de uma abertura das mãos, em que a área de contacto passa a ser toda a face palmar estando os dedos unidos e os polegares destacados de forma a formar um triângulo com os indicadores.

O movimento deve ser leve, rítmico e a pressão moderada.

No final do movimento as mãos devem regressar à posição inicial mantendo-se sempre o contacto com a pele, mas com uma pressão inferior à exercida no sentido caudal-cefálico.

Nós dos dedos

Face dorsal das falanges, também é uma tecnica Effeurage. Essa tecnica intensifica o fluxo linfático ascendente,auxiliando a auto-regulação corporal. É realizada com os nós-dos-dedos acompanhando e envolvendo o contorno do músculo a ser tratado. É essencialmente que coloque as mãos de forma a que os nós-dos-dedos deslizem firmemente sobre a secção sem que haja interrupções ou corte da circulação.

Relógio

Uma variação da técnica Effeurage é realizada com uma das mãos do terapeuta com a face metocárpica (Punho) é essencialmente importante que se coloque as mãos de forma a que a mão que acompanha na face interna se possa orintar discretamente ao longo do movimento!

Ex: Nas costas a mão que acompanha o movimento,deve estar em cima do processo espinhoso da coluna vertebral para orientar,enquanto a outra mão realizará o movimento.

Nas pernas ou em qualquer outra parte do corpo que será executado essa variação,deve estar sempre com atenção as duas mãos.Uma faz a orientação,a outra executa o movimento.

[editar] Petrissage

Introdução

Petrissage, também designada por amassamento, é a técnica em que o terapeuta se propõe a agir sobre a pele, tecidos subcutâneos e músculos. É fundamental um pré-relaxamento muscular, inicia-se este tipo de manipulação com uma pressão de média intensidade que vai aumentando até atingir a camada tecidular mais profunda.

Efeitos

Aumento da circulação sanguínea e linfática, promovendo a drenagem linfática.

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• Aumento da temperatura local.• Promoção da analgesia dos tecidos.• Melhoria da mobilidade do tecido subcutâneo.

Contra-Indicações

• Ruptura muscular aguda• Inflamação articular aguda• Tromboflebites• Alterações do tónus muscular• Doenças malígnas• Infecções bacterianas

[editar] Kneading

Técnica de manipulação de tecidos executada de forma a que a pele e os tecidos subcutâneos sejam movimentados de forma circular sobre as estruturas subjacentes. Pode ser executada com a mão na sua totalidade, com a palma da mão, com todos os dedos ou apenas com os polegares. Independentemente da área de trabalho, é sempre executado um movimento circular pela superfície da mão que está em contacto com a pele. Ao se descrever esse círculo, há que ter em conta que a pressão deverá ser exercida apenas no sentido de distal para proximal.(falta foto)

[editar] Wringing

É uma técnica onde os tecidos são alternadamente comprimidos e relaxados contra as estruturas subjacentes, antes de serem levantados. É também conhecido como técnica de amassamento.

Objectivo

• mobilizar músculos individualizados ou grupos musculares.• aumentar a mobilidade muscular para facilitar a função articular normal.

Execução da Técnica

As mãos são colocadas ao longo do eixo muscular com os polegares bem abduzidos em relação aos dedos. Os tecidos são inicialmente comprimidos contra as estruturas subjacentes e depois levantados. Quando elevados, as mãos movem-se alternadamente em sentido transverso ao eixo muscular em direcções opostas empurrando as fibras musculares.(falta foto)

[editar] Rolling

Técnica aplicada a tecidos superficiais e profundos. Os tecidos, rolam sobre os tecidos mais profundos, quer estes sejam musculares, aponevróticos, ou ósseos.

Objectivo

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• mobilizar a pele e tecidos sub-cutâneos• melhorar a circulação superficial

Execução da Técnica

Esta técnica pode ser executada com rolamento da pele entre os dedos e o polegar, através da compressão dos tecidos entre estes e o seu rolamento em movimentos ondulares, ou entre os dedos e as estruturas subjacentes, através da pressão em movimentos ondulares. (falta foto)

[editar] Shaking

Objectivo

Técnica que tem por base a promoção do relaxamento das estruturas musculares e articulares. Exerce uma acção mecânica directa sobre os tecidos e vasos.

Execução da Técnica

Esta deverá ser a última técnica a ser utilizada dentro das técnicas de amassamento. As grandes massas musculares devem ser agitados/sacudidos e a manipulação deve ser executada focalizando os músculos principais tais como bicípete, tricípete ou quadrícepete. Para a execução desta técnica são várias as formas de colocação das mãos:

• Polegar sobre um dos lados do ventre muscular e os restantes no lado oposto - tracciona-se o ventre muscular e "agita-se" energeticamente.

• Com a mão ligeiramente flectida, coloca-se o polegar num dos lados do ventre muscular, os restantes dedos no outro lado, executando um movimento transversal às fibras musculares com a mão.

• Agarra-se o segmento onde se encontra a massa muscular, na zona mais distal, e abana-se vigorosamente.(falta foto)

[editar] Tapottement

O Tapottement é uma técnica de massagem constituída por movimentos sucessivos, curtos, rápidos e ritmados. A variação da sua frequência pode ter um efeito tonificante (uma maior frequência estimula e aumenta os disparos do fuso neuromuscular, facilitando a contracção muscular) ou relaxante (menor frequência).

Inicialmente, durante a utilização do tapottement ocorre vasoconstrição devido à estimulação dos nervos vasomotores seguida pela vasodilatação. Sobre as fibras musculares produz um efeito de estiramento que facilita a contracção muscular (reflexo de estiramento). As terminações nervosas sensitivas (sobretudo mecanorreceptores) são estimuladas promovendo um efeito analgésico.

O efeito mecânico desta técnica quando aplicada na região torácica promove a libertação do muco que se encontra nas vias respiratórias e consequente expulsão do mesmo.

Usos terapeuticos do tapottement

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• tratamento ao nível dos distúrbios crónicos do tórax• efeito estimulante geral• alivia a nevralgia após amputação, traumatismo ou outro processo patológico• aumento da circulação sanguínea e linfática promovendo a drenagem tecidular• aumento a temperatura local

Contra-indicações do tapottement

• insuficiência cardíaca• embolia pulmonar aguda• hipertensão• hiperestesia• flacidez• espasticidade• tecido cicatricial recém formado• edema agudo• doenças malignas

[editar] Clapping

Clapping é um movimento com uma ou ambas as mãos alternadamente, em que as mãos, em concha, golpeiam rapidamente a superfície cutânea, comprimindo o ar e provocando uma onda de vibração que penetra nos tecidos.

O movimento é executado pela extensão e flexão dos punhos alternadamente com grande rapidez, com o objectivo de estimular os tecidos. A velocidade é determinada pela capacidade do terapeuta em coordenar os movimentos dos punhos e pelo objectivo da massagem.

[editar] Hacking

O Hacking é um movimento efectuado com uma ou duas mãos, em que o bordo cubital destas golpeia a superfície da pele em rápida sucessão, com o objectivo de criar um efeito estimulante e vigoroso da pele, tecidos subcutâneos e musculares.

A velocidade do movimento é aplicada com a maior rapidez possível, necessitando coordenação rítmica do terapeuta para uma melhor eficiência do movimento. Quanto a pressão utilizada, deve-se utilizar suavidade no movimento, contudo é aplicada uma maior pressão numa área menor.

[editar] Pounding

O pounding é um movimento em que os bordos cubitais dos pulsos cerrados golpeiam alternadamente e em rápida sucessão a área sob tratamento. A sua finalidade é estimulante, sendo mais profundo que o hacking.

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O movimento deve ser realizado tão rápido quanto o permita a coordenação do terapeuta. Assim, o pounding é utilizado para estimulação de massas musculares grandes e profundas.

[editar] Tapping

Este movimento é executado com uma ou duas mãos, em que o pulso ligeiramente cerrado golpeia a área corporal, de modo que o aspecto dorsal das falanges médias e distais dos dedos entram em contacto com os tecidos. Embora seja executada de forma semelhante ao clapping, o tapping é mais estimulante, sendo mais útil em áreas de pequena dimensão

É executado com movimentos alternados do aspecto dorsal das falanges médias e distais das mãos.

[editar] Vibration

A vibração é realizada com uma só mão, o ombro do terapeuta deve estar abduzido e o cotovelo em ligeira flexão. A mão é colocada sobre a pele com os dedos abduzidos, os tecidos são alternadamente comprimidos e soltos enquanto se aplicam pequenas oscilações movendo todo o braço, produzindo um efeito vibratório que atravessa os tecidos a serem tratados. Ao trabalharem áreas muito pequenas, as pontas dos dedos podem ser utilizadas para realizarem esta técnica.

Effleurage

[editar] Objectivos

• Provocar o retorno do fluxo venoso e linfático;• Ajudar na remoção dos produtos resultantes do metabolismo celular;• facilitar a mobilidade entre os tecidos;• Alongar as fibras musculares;• Diminuir o tonús muscular.

[editar] Quando usar

• No início e fim de cada sessão e, frequentemente, entre as diversas técnicas;• Deve ser realizar também sobre os glânglios linfáticos;• Utiliza-se uma ou duas mãos, os dedos ou polegares.

[editar] Aplicação

• O movimento realizado ocorre de distal para cefálico;• Manter sempre o contacto com a pele e aplicar uma pressão moderada;• Fazer movimentos extensos até ao topo da área a massajar, moldando as mãos aos

contornos do corpo mantendo uma mesma pressão ao longo do movimento;• Manter a pressão enquanto se realiza o movimento caudal-cefálico.

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[editar] Stroking

[editar] Objectivos

• Para relaxar o cão;• Introduzir o toque;• Sedar (Stroking lento);• Diminuir o tonús muscular.

[editar] Quando usar

• No início e fim da massagem;• Quando o tempo disponível é curto;• Para acalmar e relaxar o cão numa situação stressante• A qualquer altura.

[editar] Aplicação

• É normalmente aplicado no sentido de proximal para distal;• Realizada com toda a mão em contacto com a pele;• Toque gentil mas com uma firme pressão;• Começar na zona mais distal da área a ser trabalhada.