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Veículo VEJA ONLINE
Data 10/02/2015
Assunto Trote na USP
10/02/2015 - 17:58
Violência
USP assina acordo no MP para combater trotes violentos
Compromisso foi firmado com diretores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, no campus de Piracicaba, que tem fama de aplicar trotes violentos
Estudante passa por trote da USP (Alessandro Shinoda/Folhapress/VEJA)
Para evitar problemas na volta às aulas, prevista para o dia 23, a direção da Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), assinou um termo no Ministério Público se
comprometendo a combater os trotes violentos no campus de Piracicaba, interior de São Paulo. A escola
recebeu nos últimos meses denúncias de violência e abuso sexual entre os alunos, que estão sendo
investigadas por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Para evitar que calouros sofram abusos dos veteranos, uma série de medidas será colocada em prática. A
primeira delas é uma campanha de conscientização com a participação de promotores de Justiça, que farão
palestras aos estudantes e acompanharão o ambiente universitário.
O Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado prevê ainda a realização de uma "semana de integração aos
ingressantes", quando os alunos serão orientados sobre a vida na USP e sobre os canais de denúncia para
violência na instituição. "O trote não é um valor da nossa instituição e seremos ainda melhores sem ele",
afirmou em nota Luiz Gustavo Nussio, diretor da Esalq.
A direção da faculdade e o Ministério Público definiram que casos que acontecerem fora do campus também
terão repercussão interna. Desse modo, as repúblicas serão consideradas extensão da universidade. Já os
estudantes envolvidos em trotes serão objeto de sindicância sob pena de expulsão. Os alunos da Esalq,
através do Centro Acadêmico, divulgaram documento em favor de medidas para "coibir práticas opressoras
realizadas por estudantes dentro e fora da universidade".
O presidente da CPI que apura denúncias de trotes nas universidades paulistas, deputado Adriano Diogo
(PT), esteve ontem em Piracicaba. A comissão está realizando audiências públicas nesta semana e prevê
encerramento das atividades para 14 de março, ocasião em que apresentará o relatório final propondo, entre
outras coisas, que trote seja considerado crime de tortura.
Manual das calouras — Outra medida tomada pela USP para coibir trotes violentos foi a inclusão de um
Manual para Calouras, que irá orientar sobre maneiras de denunciar abusos físicos e verbais. Cerca de 15.000
cópias da cartilha serão entregues às estudantes aprovadas na Fuvest no dia da matrícula presencial, que
começa nesta quarta-feira. De acordo com a universidade, o manual foi elaborado em parceria com os
movimentos de apoio às mulheres coordenados por universitárias da USP.
(Com Estadão Conteúdo)
Veículo G1 EDUCAÇÃO
Data 11/02/2015
Assunto Trotes na USP
11/02/2015 00h00 - Atualizado em 11/02/2015 07h50
USP matricula calouros nesta quarta e quinta
em meio a polêmica dos trotes CPI apura abusos contra estudantes; USP lança disque-trote e cartilha.
Mais de 11 mil estudantes foram aprovados no vestibular da Fuvest.
Do G1, em São Paulo
Alunos do curso de Medicina da USP fazem ato contra o trote universitário durante o resultado da Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)
Os mais de 11 mil estudantes aprovados no vestibular da Fuvest fazem nesta quarta (11) e quinta-feira (12) a matrícula
presencial nos cursos da Universidade de São Paulo (USP) em meio a polêmicas envolvendo abusos em trotes e
violência sexual em algumas faculdades da instituição.
Uma CPI aberta na Assembleia Legislativa apura denúncias de abusos nos trotes e nas festas de estudantes da
Faculdade de Medicina da USP em São Paulo e Ribeirão Preto, na Escola Superior de Agronomia Luiz de
Queiroz(Esalq-USP), em Piracicaba, e no campus de Pirassununga. Além disso, o Conselho Gestor da USP aprovou
um documento que proíbe a vende de álcool e a realização de grandes festas depois que um jovem foi encontrado
morto na raia olímpica da USP após uma festa da Escola Politécnica, em setembro do ano passado.
A matrícula presencial é o primeiro contato dos calouros com a universidade. Os jovens que passaram na primeira,
segunda ou terceira chamada da Fuvest precisam entregar os documentos na unidade da USP onde vão estudar. Muitos
veteranos aproveitam o dia de matrícula para receber os novos alunos.
Em geral os trotes têm como objetivo integrar o calouro ao ambiente universitário com brincadeiras como banho de
lama, guerra de água, corte de cabelo e banho de tinta, e ações sociais. Mas abusos nos anos anteriores já foram
relatados na CPI, como agressões física e verbais, chibatadas, cuspe na cara, envenenamento e até ações de tortura.
Disque trote e cartilha para calouras
A USP disponibilizou desde segunda-feira (9) o Disque Trote, que atende pelo número 0800-012-1090, para que o
aluno denuncie abusos que tenha sofrido. O serviço ficará ativo até o dia 25 de março, de segunda à sexta-feira, das 9h
às 21h.
Se o aluno já estudar em algum curso de graduação da USP, ele automaticamente perderá a vaga anterior ao fazer a
matrícula.
Além disso, a USP vai incluir no seu kit de recepção de novos estudantes, uma cartilha feita especificamente para as
calouras aprovadas na Fuvest 2015. Segundo a assessoria de imprensa da Reitoria, foram impressos 15 mil exemplares
do material "a pedido dos coletivos femininos da universidade".
A distribuição, segundo a USP, é feita especialmente aos calouros. O material será entregue aos 'bixos' durante a
matrícula, que acontece nesta quarta e quinta-feira (dias 11 e 12), junto com o Manual do Calouro e outros documentos,
como os cartões provisórios para uso do restaurante universitário e do ônibus circular.
As ações também serão aplicadas na Semana do Calouro, que acontecerá em todos os campi da USP, entre os dias 23 e
27 de fevereiro. Nesse período, as aulas regulares são substituídas por palestras, oficinas, bate-papos com egressos,
campanhas educativas e ações sociais.
Trecho da cartilha feita pela Marcha das Mulheres: Reitoria da USP vai distribuir 15 mil exemplares na recepção das calouras (Foto:
Reprodução/MMM)
VEJA O CALENDÁRIO DA FUVEST 2015
11 e
12/fev
Matrícula presencial para os
candidatos convocados nas três
primeiras chamadas
18/fev Divulgação da 4ª chamada
VEJA O CALENDÁRIO DA FUVEST 2015
20/fev Matrícula presencial dos convocados na
4ª chamada
24/fev Divulgação da 5ª chamada
26/fev Matrícula presencial dos convocados na
5ª chamada
DOCUMENTAÇÃO PARA MATRÍCULA
Universidade de São Paulo (USP)
1) Certificado de conclusão de curso de ensino médio ou equivalente e respectivo histórico escolar, ou diploma de curso
superior devidamente registrado (uma cópia);
2) Documento de identidade oficial (uma cópia);
3) Uma foto 3 x 4, datada, com menos de um ano.
A entrega dos documentos deverá ser acompanhada da apresentação do respectivo original ou de cópia autenticada para
conferência.
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
1) Prova de conclusão do ensino médio e respectivo histórico escolar;
2) Documento de Identidade – RG;
3) Cadastro de Pessoa Física – CPF;
4) Duas fotos 3 x 4 recentes.
Os documentos deverão ser apresentados em duas cópias autenticadas.
O pagamento deverá ser efetuado no ato da matrícula, de acordo com o valor do curso.
Próximas chamadas
Nos dias 18 e 24 de fevereiro serão divulgadas a quarta e a quinta chamadas – as matrículas presenciais deverão ser
feitas no dia 20, para a quarta chamada, e nos dias 26, para os convocados na quinta chamada.
Ao final da quinta chamada, o USP fará um processo de reescolha para preencher as vagas remanescentes.
Veículo G1 RIBEIRÃO E FRANCA
Data 10/02/2015
Assunto Corte de vagas em creches da USP
10/02/2015 22h14 - Atualizado em 10/02/2015 22h14
Mães exigem vagas em creche da USP após
suspensão de matrículas Unidade mantida em Ribeirão cancelou entrada de crianças selecionadas.
Famílias souberam da decisão uma semana antes do início das aulas.
Amanda Pioli
Do G1 Ribeirão e Franca
Pais se
reuniram em frente à creche na USP para pedir a matrícula de 21 crianças (Foto: Amanda Pioli/G1)
Um grupo de aproximadamente 50 pais e mães se reuniu nesta terça-feira (10) para um protesto contra a suspensão da
matrícula de 21 crianças selecionadas pela Creche Carochinha - mantida pela Universidade de São Paulo (USP), em
Ribeirão Preto (SP), para tomar conta de filhos de funcionários e de alunos da instituição. Procurada pelo G1, a reitoria
não comentou o assunto.
Segundo os manifestantes, após as crianças passarem por processo seletivo e terem seu ingresso confirmado, a
Superintendência de Assistência Social (SAS) - entidade da USP que responde pela creche - enviou um e-mail aos pais,
em 26 de janeiro, informando que a matrícula não seria possível porque a escola já estava acima da sua capacidade de
alunos em relação ao número de funcionários. O aviso foi dado uma semana antes do início das aulas.
Diante do problema, as mães se organizaram pelas redes sociais para a manifestação “Eu abraço a creche Carochinha”,
com mais de dois mil apoiadores, para um abraço simbólico em torno da creche com o intuito de mostrar o significado
da instituição para as famílias que dependem do serviço.
“Ano passado, que minha filha era muito pequenininha, eu a levei em todas as aulas que tive. Este ano eu contava com
a creche, mas me avisaram em cima da hora. Caso contrário, eu teria procurado outra escolinha do município. Eu já fui
atrás e não tem vaga de jeito nenhum”, reclama a estudante de música Kelly Araújo Oliveira, mãe de uma menina de 1
ano, que contava com a vaga para conseguir continuar o seu curso.
Natural de Fortaleza (CE), ela ressalta que não tem com quem deixar a menina já que não possuiu família na cidade.
"Ou a coloco nesta creche ou tranco o curso."
O mesmo acontece com a aluna da pós-graduação de medicina Lisandra Cristina da Silva, que esperou dois anos por
uma vaga para a filha de 5 anos. “Desisti de procurar outra escola assim que foi confirmado que eu poderia matricular
minha filha aqui. As outras escolas já não têm mais vagas. E a gente não sabe o que fazer com as crianças”, diz.
Sem ter onde deixar a filha, Yuna cogita desistir da faculdade (Foto: Amanda Pioli/G1)
Poucos professores
A Creche Carochinha atualmente atende 98 alunos de seis meses a 5 anos, divididos em dez turmas em período
integral. A escola tem capacidade para 122 crianças, em 12 turmas, mas não possui equipe suficiente.
No último ano, sete funcionários, entre eles quatro professores, aderiram ao programa de incentivo à demissão
voluntária e não foram substituídos. Dessa forma, a creche não tem docentes o bastante para cuidar de novas turmas de
berçário, faixa etária em que se enquadram 11 das 21 crianças selecionadas para se matricularem este ano.
Os demais alunos selecionados poderiam ser recebidos em turmas já formadas pela creche.
Começo do fim
Para as mães que já têm seus filhos matriculados há mais de um ano, a decisão da SAS de cancelar as vagas significa,
em longo prazo, o fim da Creche da Carochinha, que em 2015 completa 30 anos.
Pais registraram a presença na manifestação em uma lousa da creche (Foto:
Amanda Pioli/G1)
“Eles alegam que o berçário não tem como fechar turma, por falta de professor. Mas é uma estratégia política porque,
se o berçário não continua, em poucos anos fecha a creche por não ter mais alunos”, avalia a estudante de pedagogia
Yuna Lelis Lopes, mãe de uma menina de nove meses.
Ela cogita desistir do curso, já que não tem com quem deixar a filha e procurou a Defensoria Pública para ingressar
com uma ação pleiteando seu direito à vaga.
A bióloga aposentada Maria Helena Malta também lamenta a situação. Ela conta que fez parte da turma que
reivindicou a creche dentro da USP, há 30 anos. “Meus dois filhos fizeram todo o ensino infantil aqui. O mais velho foi
da primeira turma. Eu ainda estava grávida quando a gente estava lutando por ela. Isso não pode acabar. Seria uma
perda muito grande”, ressalta.
Nova reunião
Três estudantes responsáveis por representar as mães das 21 crianças selecionadas participarão de uma reunião com o
superintendente da SAS, Waldyr Antonio Jorge, em São Paulo na quinta-feira (12) para tentar negociar uma solução.
“Três pais terão uma reunião para ter uma resposta da entrada dessas crianças. Caso seja negativa, teremos que reunir
esses pais e ver que medidas tomaremos com o intuito de defender a entrada delas”, informou o presidente da
Associação de Pais e Educadores da Creche Carochinha (Apecc), Gustavo Henrique Pires Queiróz.
Antes disso, em uma reunião preliminar na segunda-feira (9), a associação alegou ter se encontrado com o reitor da
universidade, Marcos Antonio Zago. Este, segundo Queiróz, não se manifestou. “Ele escutou as reivindicações dos
pais, mas a colocação dele foi somente para aguardar uma posição do SAS”, afirmou.
Em ato simbólico, os manifestantes deram as mãos para "abraçar" a creche (Foto: Amanda Pioli/G1)
Veículo G1 SÃO CARLOS E ARARAQUARA
Data 11/02/2015
Assunto Pesquisa EESC
11/02/2015 07h13 - Atualizado em 11/02/2015 07h45
Desmatamento aumenta em 20 vezes a perda
de água da chuva, aponta USP Nos lugares em que a mata é preservada, apenas 1% da água vai embora.
Grupo de São Carlos, SP, passou 4 anos estudando a absorção no cerrado.
Do G1 São Carlos e Araraquara
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos (SP) provaram que o desmatamento em áreas de
cerrado altera o balanço hídrico da região, além de potencializar os efeitos da erosão. Segundo o estudo, nos lugares em
que a mata é preservada, apenas 1% da água vai embora e, quando a vegetação é arrancada, o total sobre para 20%.
O grupo passou quatro anos tentando medir a quantidade de água que a vegetação conseguia segurar. Para isso, os
cientistas utilizaram vários equipamentos em uma fazenda em Itirapina. A estação meteorológica, instalada acima da
copa das árvores, contabilizou o total de chuvas. Pluviômetros registraram a quantidade de água que chegava ao chão e
coletores captavam o volume que escorria pelos troncos.
Seca afeta abastecimento
“Com a chuva total, menos a somatória do escoamento pelo tronco das árvores e a que atinge o solo, a gente
consegue medir a interceptação, ou seja, o que fica absorvido nas árvores. E esse total foi de aproximadamente
20%”, explicou o pesquisador em hidrologia Paulo Tarso.
Nas regiões preservadas, o que escorre para o chão também não é perdido porque as folhas caídas também retêm
água. Para comprovar isso, a equipe instalou calhas em áreas de 100 metros quadrados. Quando chovia, a quantidade
que o solo não absorvia escorria para essas calhas e seguia por um tubo até uma caixa d'água.
Com os cálculos, eles quantificaram de que forma a cobertura vegetal contribui para a absorção e, consequentemente,
para a erosão e o abastecimento dos lenços freáticos. “O que acontece é que a água da chuva escoa muito rapidamente,
vai para o rio, vai embora, e não fica retida para permitir o preenchimento desses reservatórios subterrâneos e, mesmo
depois, a contribuição para os rios de uma forma mais lenta, espaçada no tempo, que permita a utilização dessa água
para abastecimento público” disse Edson Wendland, pesquisador e professor em hidrogeologia.
Pesquisa da USP sobre o impacto do desmatamento na absorção durou 4 anos (Foto: Ely Venâncio/EPTV)
Apesar de hoje o Estado de São Paulo ter apenas 10% das áreas originais de cerrado, segundo o Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os pesquisadores reforçam a importância do bioma. “É
uma área que numericamente parece pequena, mas se a gente for ver a área do Estado de São Paulo, é uma área
relativamente grande e tem capacidade para contribuir muito para a retenção de água”, afirmou Wendland.
E o agrônomo Eric Storani sabe bem disso. Ele é responsável pela revitalização de cinco fazendas, onde foram
plantadas 120 mil mudas nos últimos anos para aumentar a área de cerrado. “Em algumas nascentes que já estavam
quase secando, a gente percebeu que essa água voltou, cresceu, quer dizer, estamos produzindo água. Quando o
produtor preserva, cuida, ele contribui, ele tem água para ele e para todos. É uma lição que tem que ser colocada em
prática o mais rápido possível”.
Veículo VEJA ONLINE
Data 10/02/2015
Assunto Pesquisa FE
Educação 10/02/2015 - 15:32
Ensino básico
Uso de tecnologia ainda é desafio para escolas
Pesquisa mostra que tecnologia não é usada para aprendizagem nas escolas públicas. Nas particulares, ferramentas são subutilizadas
Tecnologia na sala de aula ainda não é bem recebida por pais e professores, mostra pesquisa (Divulgação/Intel/VEJA)
Apesar de estar cada vez mais presente nas salas de aula, a tecnologia representada por celulares, tablets e
computadores ainda impõe desafios para professores e alunos. Na rede pública, estudo mostra que os alunos
não veem a presença de aparelhos tecnológicos como parte do seu processo de aprendizagem.
Segundo a tese de mestrado de André Toreli Salatino, da Faculdade da Educação da Universidade de São
Paulo (USP), alunos do ensino médio de escolas na periferia da cidade de São Paulo fazem uso constante de
aparelhos celulares na escola, mas, sem nenhuma orientação ou intervenção de seus professores, os
aparelhos não são aproveitados no aprendizado. Para Salatino, a responsabilidade de criar situações de
aprendizagem que incluam a utilização dos diversos aparelhos tecnológicos é do professor.
Segundo o pesquisador, as escolas recorrem à proibição e pouco fazem para reverter o mau uso dos
aparelhos. "Temos que considerar que a proibição não retirou os aparelhos da escola", diz o pesquisador.
Ainda segundo a pesquisa da USP, a tecnologia poderia contribuir mais com a aprendizagem dos alunos se
fosse utilizada para criar uma relação com o conteúdo das disciplinas estudadas.
Na rede privada, a pesquisa Do Giz ao Tablet, documentada em vídeo pela consultoria em engajamento Santo
Caos, mostra que muitas escolas não entendem como podem usar a tecnologia para potencializar a educação.
"Por mais que tablets, lousas digitais ou ferramentas tecnológicas proporcionem alto potencial na sala de aula,
eles são utilizados, na maioria das vezes, como mera apostila digital, apenas uma forma de acessar conteúdos
que a escola disponibiliza", diz Guilherme Françolin, sócio da Santo Caos. O levantamento mapeou o uso da
tecnologia em oito escolas de São Paulo, sendo duas públicas e seis privadas, e reuniu mais de 100 horas de
gravação com diretores, professores, pais e especialistas.
Segundo Françolin, os professores não apostam no uso da tecnologia para melhorar a qualidade da educação
no país. De acordo com educadores ouvidos na pesquisa, o problema da má qualidade do ensino reside
nos programas pedagógicos. "Os conteúdos passados visam apenas o ingresso dos jovens nas universidades e
não melhor preparo para a vida adulta. A escola está focada apenas no conteúdo e a tecnologia não colabora
para mudar esse modelo", observa.
Françolin defende que as escolas trabalhem com mais clareza as competências que serão exigidas no mercado
de trabalho e não apenas o ensino das disciplinas obrigatórias. Ainda de acordo com especialistas ouvidos pela
pesquisa, as tecnologias devem ser consideradas apenas como uma ferramenta e 'não a resposta para todos
os problemas'.
(Com informações Agência USP)