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B O L E T I M 11/11/2014 137 NÚMERO DO DIA US$ 2,5 mil foi gasto em média por turistas estrangeiros em São Paulo durante o GP Brasil de F-1 OFERECIMENTO Atlético-PR firma parceria com o futebol da Índia POR DUDA LOPES O Atlético Paranaense fechará uma parceira com a liga indiana de futebol, com olho no mercado emergen- te do país. A Indian Super League tem chamado a atenção dos torcedores graças a contratações de nomes famosos como Zico, Del Piero e Trezeguet. Há alguns meses, o clu- be já havia fechado com a própria liga para ceder cinco jogadores por em- préstimo. Agora, o Atlético fechou para ceder o Cen- tro de Treinamento do Caju para jogadores de base da Índia, além de fornecer cursos para treinadores do país. À Máquina do Esporte, o diretor de relações internacio- nais do Atlético, Luiz Greco, explicou que a prioridade não é financeira neste momento. “O objetivo é criar uma relação cada vez mais próxi- ma com um mercado que tem muito a crescer, que faz parte do Bric e que tem um futebol em ascensão”, explicou. O contrato com a federa- ção será assinado na próxima quinta-feira, na Índia. Nesse momento, o interesse dos indianos está focado no de- senvolvimento do futebol, que tem recebido investimentos volumosos nos últimos anos. O foco é fazer boa campanha no Mundial Sub-17, que será realizado no país em 2017. Ao Atlético, fica a atenção para oportunidades futuras, entre vendas de produtos, negócios com jogadores e possíveis patrocinadores. “Ficamos mais próximos de empresas indianas que possam investir em marketing esporti- vo, inclusive no naming right para a arena, que nós ainda não fechamos”, finalizou Luiz Greco. A liga indiana, criada este ano, tem oito patrocinadores. Além de empresas locais, Pepsi, Sam- sung e Suzuki apoiam o torneio.

11/11/2014 foi gasto em média por turistas estrangeiros ... · A primeira final da Copa do Brasil ... € 94 milhões por ano ao clube. ... e na Holanda, com o encer-ramento de parceria

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B O L E T I M

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137 N ú M E r O d O d I a

US$ 2,5 milfoi gasto em média por turistas

estrangeiros em São Paulo durante o GP Brasil de F-1

O f E r E c I M E N T O

Atlético-PR firma parceria com o futebol da Índiapor DUDA LopES

O Atlético Paranaense fechará uma parceira com a liga indiana de futebol, com olho no mercado emergen-te do país. A Indian Super League tem chamado a atenção dos torcedores graças a contratações de nomes famosos como Zico, Del Piero e Trezeguet.

Há alguns meses, o clu-be já havia fechado com a própria liga para ceder cinco jogadores por em-préstimo. Agora, o Atlético fechou para ceder o Cen-tro de Treinamento do Caju para jogadores de base da Índia, além de fornecer cursos para treinadores do país.

À Máquina do Esporte, o diretor de relações internacio-nais do Atlético, Luiz Greco, explicou que a prioridade não é financeira neste momento.

“O objetivo é criar uma relação cada vez mais próxi-ma com um mercado que tem muito a crescer, que faz parte

do Bric e que tem um futebol em ascensão”, explicou.

O contrato com a federa-ção será assinado na próxima quinta-feira, na Índia. Nesse momento, o interesse dos indianos está focado no de-senvolvimento do futebol, que tem recebido investimentos volumosos nos últimos anos. O foco é fazer boa campanha no Mundial Sub-17, que será realizado no país em 2017.

Ao Atlético, fica a atenção

para oportunidades futuras, entre vendas de produtos, negócios com jogadores e possíveis patrocinadores.

“Ficamos mais próximos de empresas indianas que possam investir em marketing esporti-vo, inclusive no naming right para a arena, que nós ainda não fechamos”, finalizou Luiz Greco.

A liga indiana, criada este ano, tem oito patrocinadores. Além de empresas locais, Pepsi, Sam-sung e Suzuki apoiam o torneio.

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por DUDA LopES

Tudo parecia jogar contra. Só havia um brasileiro na pista, como mero coadjuvante da tempora-da. O autódromo, pós-reforma de R$ 160 milhões, tentava cessar as críticas da Fórmula 1.

No fim, o GP do Brasil, em Interlagos, mostrou que o evento ainda tem prestígio no mercado.

O público geral, considerando os três dias de evento, aumen-tou: saiu de 130 mil em 2013 para 133 mil neste ano. A organização não revela o público no dia da prova, estratégia adotada este ano para evitar mostrar que o público do dia da corrida, que tem ingresso mais caro, tem caído anualmente nos últimos tempos.

Mas, na TV, a F-1 também acelerou. A Globo teve 15 pontos de média em São Paulo, contra 13 pontos na corrida de 2013. O bom desem-penho de Felipe Massa certamente ajudou. Em 2012, quando a Globo teve média de 18 pontos, o piloto também ter-minou a prova no terceiro lugar.

Já a Prefeitura de São Paulo celebrou a presença dos turis-tas. A estimativa era de que eles gerassem R$ 260 milhões no fim de semana da F-1. O Ob-servatório de Turismo e Eventos

de São Paulo calcula que esse número tenha sido maior.

Um dos motivos é o tempo maior de permanência na cidade, que passou de 2,34 para 2,67 dias entre os brasileiros e 3,58 para 3,83 dias entre os estrangeiros. Além disso, os turistas gastaram mais, em média, neste ano.

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GP Brasil de F-1 vê alta no público e na audiência de TV

Erich Beting é diretor da Máquina do Esporte

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O bordão de que o cliente tem sempre a razão pode se aplicar a tudo, menos ao esporte brasileiro.

A primeira final da Copa do Brasil ser disputada no acanhado estádio Independência, para 20 mil pessoas, com ingressos entre R$ 200 e R$ 700 é a prova da falta de visão dos gestores esportivos sobre seu pro-duto e, mais ainda, sobre seu cliente.

Não houvesse, na mesma Belo Ho-rizonte, o Mineirão recém-reforma-do e com capacidade para mais de

60 mil pessoas, até que a escolha do Atlético-MG de fazer a final no In-dependência fosse mais aceitável.

Mas, diante das circunstâncias, soa como uma afronta ao torcedor limitar a primeira decisão nacional envolvendo Atlético e Cruzeiro ser limitada a 20 mil pessoas no campo.

Da mesma forma, a declaração de Paulo Nobre, presidente do Palmei-ras, à TV Gazeta, de que fazer um clássico de futebol com uma só tor-cida é mais seguro e melhor para o

torcedor é de uma tremenda estupi-dez, para não dizer incompetência.

O esporte brasileiro segue sem perceber o óbvio. O cliente não é o atleta, muito menos o dirigente ou o patrocindor. O torcedor tem de ser o motivo para o qual o esporte vive.

É a massa de pessoas apaixonadas o combustível de todo o restante da indústria. A Copa do Mundo deu esse sinal para o futebol no Brasil.

Quatro meses depois, parece que nenhuma lição foi absorvida...

O cliente tem sempre razão. Menos no esporte brasileiro...

por rEDAção

A Goodyear ativou o patrocínio à Juventus de Turim com um vídeo divertido com a participação de Pirlo, Morata, Evra e Roberto Pereyra.

Durante treino, os quatro erram chutes fáceis. No final do vídeo, descobre-se que nenhum deles usa chuteiras. Morata está de botas, Evra calça tamancos, e Pereyra porta pés de pato. Pirlo, o mais hilário de todos, veste pantufas zebradas.

Os jogadores entraram na campanha da empre-sa sobre a importância do uso de pneus adequa-dos na temporada de neve. “Estamos satisfeitos que quatro estrelas da Juventus colaboraram na produção desse vídeo, que faz parte do nosso compromisso para a segurança rodoviária”, afir-mou Lucas Crepaccioli, CEO da Goodyear.

Segundo o executivo, o uso da imagem dos jogadores faz parte de uma estratégia de comuni-

cação mais ampla. “São muitas e variadas iniciati-vas que a Goodyear possui nessa área. Todas têm um denominador comum: conscientizar os moto-ristas sobre a importância de ter o equipamento adequado em todos os momentos para seguran-ça do motorista pegar a estrada.”

A empresa é patrocinadora da Juventus desde 2011 e recentemente renovou por mais três anos. A Juventus faz parte do grupo automotivo Fiat.

da rEdaçÃO

Pirlo calça pantufa para ativar marca

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por ADALbErto LEiStEr fiLho

A Nike deverá enfrentar, a partir do ano que vem, uma nova reali-dade no mercado europeu, vital para as pretensões da marca de ser líder em vendas no futebol.

A empresa terá menor visi-bilidade no continente, com a perda dos contratos de clubes importantes, como Manchester United, Arsenal e Juventus. Tam-bém enfrentará dura negociação para renovar com o Barcelona, seu principal parceiro atual.

O revés mais sentido foi o fim da parceria com o Manchester United. Os Diabos Vermelhos vão vestir a Adidas a partir de 2015, em acordo que renderá

€ 94 milhões por ano ao clube. É o maior patrocínio de ca-misa de futebol do mundo.

No mesmo país, a Nike tam-bém perdeu o Arsenal, após qua-se 20 anos de parceria. A Puma tornou-se o novo fornecedor, com acordo de € 190 milhões por cinco temporadas, já em vigor.

Uma das hipóteses para a retirada da Nike do Manches-ter United seria acabar com a capacidade de investimento dos alemães. Isso poderia gerar brecha para levar o Real Madrid, hoje em poder do concorrente.

Mas antes de sonhar com a camisa merengue, a Nike terá que negociar a renovação com o

Barcelona. Diante da nova reali-dade do mercado, o clube da Ca-talunha quer um bom aumento.

Na Itália, a empresa sofreu outro golpe, com a perda da camisa da Juventus a partir de 2015. A tricampeã italiana será vestida pela Adidas, em troca de € 23 milhões por temporada, um aumento de quase 44% em relação ao contrato com a Nike.

Perdas menores foram senti-das também em Portugal, com a ida do Porto para a Warrior, e na Holanda, com o encer-ramento de parceria de 20 anos com o PSV Eindhoven.

Procurada, a Nike do Brasil afir-mou que não iria se pronunciar.

Nike soma perdas importantes de clubes no mercado europeu