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12/03/2019 Toninho Evangelista - ENAC 1 · 2019-03-12 · 12/03/2019 Toninho Evangelista - ENAC 4 Superar as dualidades sociais e existenciais que interferem ou comprometem nossas

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FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS

“Ninguém educa ninguém, como tãopouco ninguém se educa sozinho. Oshomens se educam em comunhãomediados pelo mundo”. (Paulo Freire)

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4Toninho Evangelista - ENAC12/03/2019

Superar as dualidades sociais e existenciais que interferem oucomprometem nossas ações e comportamentos cotidianos emrelação à fé e a política, é o primeiro passo para o agir naCampanha da Fraternidade de 2019. Ela, ao afirmar que odireito e a justiça são condições para a liberdade (Is 1,27),reconhece que a política é intrínseca à fé, e que a prática dafé também é um exercício político.

Ao reconhecer que a fraternidade exige Políticas Públicase que elas são condicionantes para se viver em fraternidade, aIgreja Católica, através desta Campanha, nos desafia atestemunhar a justiça participando efetivamente da política,quer seja defendendo, exigindo ou construindo PolíticasPúblicas que assegurem a vida e a dignidade das pessoas.

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5Toninho Evangelista - ENAC12/03/2019

Deus não surpreende Caim pela dimensão do culto, ou seja,pelo significado de sua oferta, mas por perguntar pelo seu irmão,que ele sabia onde estava. Como Caim, também estamos sendosurpreendidos por Deus nesta Campanha da Fraternidade, poissabemos onde estão os nossos irmãos. Os que ainda nãomorreram, agonizam-se de fome, ou por não terem direto àmoradia, trabalho, transporte público, educação e saúde dequalidade. Ser indiferente a esse sofrimento é responder a Deuscom a mesma dureza de Caim “Por acaso, eu sou responsávelpelo meu irmão?”

Ao defender que as Políticas Públicas são condições para afraternidade, essa campanha nos alerta para o exercício deuma escuta qualificada em relação à questão de moradia, anão efetivação desse direito é um atentado contra a vida demuitas famílias que procuram abrigo nas estribarias urbanas erurais.

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9Toninho Evangelista - ENAC12/03/2019

FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

A participação da sociedade e os valores fundamentais

Participação Reconhecer que somos filhos e filhas de Deus e que fomos

criados para cuidar de sua obra, é o primeiro modo de

participação que o cristão, cidadão do mundo e do Evangelho,

deve exercitar na sociedade.

Mesmo que na participação popular permaneçam “encontros

e desencontros” , é nela que se consolida a realização e a missão

humana na terra.

O controle social das Políticas Públicas pode ser feitocom a participação sistemática nos conselhos dedireitos, audiências públicas, nos fóruns, nas pastoraissociais, nas associações de bairro, nas escolas de fé epolítica, nos partidos políticos, entre outros.

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FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

A participação da sociedade e os valores fundamentais

Participação nos conselhos Nossa atuação nos Conselhos Paritários de Direitos é umadas possibilidades de avançarmos no desenvolvimento dasPolíticas Públicas, principalmente naquelas em que o controlesocial é atribuição desses conselhos.

Precisamos fortalecer a participação popular e a presença dasociedade civil nos conselhos de direitos.

O acolhimento e apoio sistemático a esses conselheiros(as) é fundamental para que eles se mantenhamcomprometidos com as causas do bem das pessoas.

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FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

A participação da sociedade e os valores fundamentais

Participar Ativamente A dificuldade de reconhecer Deus na pessoa humana e omedo em lidar com as ideologias políticas têm provocado odistanciamento das construções coletivas e, consequentemente,das relações pessoais e sociais. Por isso, o agir da Campanha daFraternidade deste ano nos alerta para que essas dificuldadesnão sejam maiores do que as alegrias de viver a justiça e aprática da fraternidade.

Essa Campanha desafia a sair dos referenciaismercadológicos e reforçar a democracia, participando dasociedade a partir dos processos e das construções coletivas

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12Toninho Evangelista - ENAC12/03/2019

FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

A participação da sociedade e os valores fundamentais

Participar Ativamente A Igreja, através da CF 2019 e do Documento 105, encoraja eestimula os leigos e leigas para serem sal da terra e luz domundo nos espaços políticos e coletivos de decisão.

É fundamental que os leigos e leigas que atuam e dãotestemunho cristão na política sejam acolhidos e acompanhadospor suas comunidades e paróquias.

Pelo o rosto de Deus que se manifesta junto aosempobrecidos, precisamos ter coragem e agir com efetivaparticipação nos processos políticos.

Alicerçados pela fé, venceremos o medo,

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13Toninho Evangelista - ENAC12/03/2019

FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

A participação da sociedade e os valores fundamentais

Participar Ativamente Na condição de que somos todos irmãos e herdeiros doReino, faz se necessário perguntar:

1. Como sua comunidade acolhe as pessoas que atuam napolítica partidária?

2. Ela conhece os trabalhos desenvolvidos pelos conselhosparitários de direitos?

3. Há membros de sua comunidade/paróquia que participaem conselhos municipais, estaduais ou federal? Se positivo,o que está sendo realizado para favorecer o trabalho dessaspessoas?

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FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

Participação, mídia tradicional, internet e mídias sociais

No aprimoramento e na consolidação das Políticas Públicas, épreciso admitir tanto o papel das mídias tradicionais, quanto ouso de um elemento que começou a se consolidar no Brasil hámenos de duas décadas: as novas tecnologias de comunicação einformação. Elas se tornaram ferramentas para a busca pelopoder dos atores políticos e circulação de informação política –assim influenciando propriamente as políticas.

No âmbito das mídias tradicionais, é possível estimular adiscussão sobre direitos e necessidades públicas, por meioda divulgação de ideias, iniciativas e projetos.

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FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

Participação, mídia tradicional, internet e mídias sociais

Sugere-se, ainda, a criação de materiais específicos (emformatos de áudio, vídeo, em plataformas digitais ouimpressas).

Outro campo em aberto é o da comunicação enquantoexpressão individual e comunitária – no que se exige uma claraabordagem sobre o uso da internet, sobretudo quando ela seconfigura como “dom de Deus” a serviço de uma cultura doencontro (Mensagem para Jornada das Comunicações Sociais 2014) .

Nos últimos anos, o uso de rede sociais se tornou umcampo próprio de extensão da vida cotidiana, sobretudopara as gerações mais novas.

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16Toninho Evangelista - ENAC12/03/2019

FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

A responsabilidade é de todos

Todo cristão é convidado a se responsabilizar pelo outro.Cuidar para que direitos e deveres se tornem uma realidadevigente é papel do cristão. A política é um meio para que o viverem sociedade possa promover a vida digna de todos oscidadãos. A Doutrina Social da Igreja Católica promove a participação deseus féis leigos no campo político, em especial alerta sobre aimportância da participação da juventude, afinal aresponsabilidade não é unicamente idade, mas compromissocom o próximo, com os valores de reino, com a moral e com aética.

Não existe um partido político ideal, mas nossas escolhasdevem ser baseadas na “caridade e na busca do bemcomum”.

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17Toninho Evangelista - ENAC12/03/2019

FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

A responsabilidade é de todos

Todo cristão é convidado a se responsabilizar pelo outro.Cuidar p O jovem é impetuoso, lutador, destemido e alegre.Renovar é preciso, mas sem perder a experiência. Portanto, énecessário combinar a experiência com a vontade de crescer efazer crescer.

Os partidos são chamados a interpretar as aspirações dasociedade civil, orientando-as para o bem comum”.

Faz-se necessário, hoje, convidar e promover a juventudeao engajamento e à participação política, não apenas oincentivo e esclarecimento para o voto consciente, mascomo assumir o compromisso social com suacomunidade, com seus irmãos em Cristo.

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18Toninho Evangelista - ENAC12/03/2019

FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

Educar para o humanismo solidário

Há meio século, São Paulo VI publicou a Encíclica PopulorumProgressio. Com esse ensinamento social, ele convida mulhereshomens de boa vontade a olharem para as questões sociais e a

abraçar um modelo ético-social. “ninguém pode, a priori,sentir-se seguro em um mundo em que há sofrimento emiséria”.

Para uma eficaz participação nas PolíticasPúblicas é importante nesse tempo revisitar aDoutrina social da Igreja e partir dela, Percorrer umcaminho de subsidiariedade para uma melhorintegração social que nasça do encontro dasdimensões individual e comunitária.

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19Toninho Evangelista - ENAC12/03/2019

FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

Educar para o humanismo solidário

Nesse contexto antiético, a formação da pessoa, infelizmente,tem respondido a outras exigências: a afirmação da cultura doconsumo, da ideologia do conflito, do pensamento relativista,etc. necessário, portanto, humanizar a educação, ou seja, torná-la um processo em que cada pessoa possa desenvolver aspróprias atitudes profundas, a própria vocação e, assim,contribuir para a vocação da própria comunidade.

Nesse processo de elaboração de Políticas Públicas,derruba-se os muros da exclusividade e se promovea riqueza e a diversidade dos talentos individuais,tornando-s e uma experiência social geradora desolidariedade, partilha e comunhão.

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FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

Políticas Públicas que despertem para a cultura do diálogo

A cultura dialogal não significa somente conversar para seconhecer, mas para facilitar o encontro entre os cidadãos dediferentes setores da sociedade.

O autêntico diálogo para a participação nas Políticas Públicasocorre em um quadro ético que leva em conta a liberdade e aigualdade dos envolvidos no processo.

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POLÍTICAS PÚBLICAS

Políticas Públicas e a globalização da esperança

Em uma sociedade globalizada, que respalda muitas de suasdecisões na ciência, cabe a pergunta de como fortalecer que acultura leve em conta o ser humano e sua busca de sentido e daverdade. Tal cultura deve partir da certeza da mensagem deesperança contida na verdade que é Jesus Cristo.

Globalizar a esperança é um indicativo na elaboração dePolíticas Públicas e se realiza por meio da construção de relaçõeseducativas e pedagógicas que cooperem para a criação degrupos embasados na fraternidade, na solidariedade, na justiçae na verdade.

Globalizar a esperança significa também promover asesperanças da globalização.

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FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

Políticas Públicas e a verdadeira inclusão

Para cumprir sua função, os projetos de elaboração dePolíticas Públicas visam alguns objetivos fundamentais. Primeiro,o objetivo principal é permitir que cada cidadão se sintaativamente participante na construção das Políticas Públicas.

Os cidadãos de hoje, de fato, devem ser solidários com osseus contemporâneos onde quer que estejam, mas também comos futuros cidadãos do planeta.

Na elaboração de Políticas Públicas que visam o bem detodos os cidadãos, cuidamos da humanidade do futuro.Sermos solidários, fazendo escolhas responsáveis, porque épor meio delas que são apresentadas as competênciasnecessárias para fazer escolhas decisivas para o equilíbriodos sistemas humano-sociais, naturais, ambientais, etc.

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FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

Políticas Públicas e as redes de cooperação

Tecer redes de cooperação, em prol das Políticas Públicas,significa ativar dinâmicas inclusivas, principalmente dos maispobres. Lembrando que os recursos são limitados aos maisvulneráveis, considerando que há parcelas da humanidadeque sofrem com a falta de instituições idôneas para o seudesenvolvimento, a elaboração de Políticas Públicas deveconsistir na socialização delas, por meio da organização deredes de cooperação.

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24Toninho Evangelista - ENAC12/03/2019

FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

Políticas Públicas e honestidade

Em todas as culturas existem multíplices convergências éticas,expressão de uma comum sabedoria moral, em cuja ordemobjetiva se funda a dignidade da pessoa.

Os homens, mesmo aspirando com todo coração ao bem e àverdade, frequentemente sucumbem a interesses de parte, aabusos e a práticas iníquas, fontes de graves sofrimentos paratodo o gênero humano e especialmente para os indefesos e osmais fracos.

Toda a atividade humana, de fato, é chamada a produzir ofruto da honestidade, tal chamado constitui um convitepermanente para a liberdade autenticamente humana,

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25Toninho Evangelista - ENAC12/03/2019

FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

Bem comum

O cenário atual de definição e aplicação de Políticas Públicasprioritárias, inclusivas e eficazes nos campos da saúde, educação,seguridade social e alimentar, acesso à terra e à moradia, mostraque não pode existir democracia verdadeira e estável sem justiçasocial, sem divisão real de poderes e sem a vigência do estado dedireito.

Percebe-se nestes anos de ajuste do modelo neoliberalum importante descuido do gasto social, em particular nasáreas da educação, da saúde e da segurança social, na medidaem que se deu preferência ao pagamento da dívida externa oua desvios dos escassos recursos públicos para interesses deuma minoria. Isso levou as populações da América Latina e doCaribe a uma situação de maior pobreza e desalento, com umarepercussão negativa no desenvolvimento das comunidades.

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FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

Pistas de ação (Participação, Cidadania, Bem Comum)

Estimular o uso dos serviços públicos de forma consciente,organizada e cuidadosa, valorizando e respeitando sempre osprofissionais que lá trabalham, com vistas ainda a uma melhorotimização dos recursos existentes.

Fortalecer canais de participação efetiva da sociedade e desuas entidades representativas na formulação, implantação econtrole das Políticas Públicas, por exemplo, a participação emconselhos de controle social, em suas diversas instâncias,constituindo espaços privilegiados para o alcance deste objetivo.

Garantir que a prevenção avance para além dainformação. É necessário visar não só ao bem-estarindividual, mas também ao familiar e de todos, através deações educativas abrangentes e inclusivas.

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27Toninho Evangelista - ENAC12/03/2019

FRATERNIDADE E

POLÍTICAS PÚBLICAS

Observatório Social do Brasil

Como exemplo da participação, da cidadania e do bem comum, pode-se apresentar o Observatório Social do Brasil (OSB). O OSB é um espaçopara o exercício da cidadania, que deve ser democrático e apartidário ereunir o maior número possível de entidades representativas dasociedade civil com o objetivo de contribuir para a melhoria da gestãopública.

Exemplo da cidade de Maringá/PR

O Observatório Social é pioneiro no controle da legalidade dogasto público. Uma equipe contratada e dezenas de voluntáriosacompanham editais, análise dos processos e a entrega dosserviços contratados.

O trabalho é custeado por associações, pessoas físicas eempresas. E rendeu premiações como o melhor projeto deInovação Social da América Latina e Caribe, em 2009, pela ONU.

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JORNADA

MUNDIAL DOS POBRESSemana da Solidariedade

Tema:

11 a 18 de novembro de 2018.

O Papa Francisco propôs a toda Igreja a JornadaMundial do Pobre para que as comunidadescristãs se tornem, em todo o mundo, cada vezmais sinal concreto do amor de Cristo pelosúltimos e os mais pobres.

Tema:

As palavras do salmista tornam-se também as nossas nomomento em que somos chamados a nos encontrar com asdiversas condições de sofrimento e marginalização em quevivem tantos irmãos e irmãs que estamos habituados adesignar com o termo genérico de “pobres”

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JORNADA

MUNDIAL DOS POBRESSemana da Solidariedade

Tema:

11 a 18 de novembro de 2018.

O salmo expressa com três verbos a atitude do pobre e a sua relação com Deus.

“Gritar”

“Responder”

“Libertar”

O Papa convida a Igreja inteira e os homens e as mulheres deboa vontade a fixarem o olhar, neste dia, em todos aquelesque estendem as suas mãos invocando ajuda e pedindo anossa solidariedade.

Ao mesmo tempo, o convite é dirigido a todos,independentemente da sua pertença religiosa, para que seabram à partilha com os pobres em todas as formas desolidariedade, como sinal concreto de fraternidade.

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JORNADA

MUNDIAL DOS POBRESSemana da Solidariedade

Tema:

11 a 18 de novembro de 2018.

O Santo Padre dirige inclusive uma palavra específica aosministros ordenados:

convido os irmãos bispos, os sacerdotes e, de modo particular, os

diáconos, a quem foram impostas as mãos para o serviço aospobres (At 6,1-7), juntamente às pessoas consagradas e tantosleigos e leigas que nas paróquias, nas associações e nosmovimentos tornam palpável a resposta da Igreja ao grito dospobres, a viver este Dia Mundial como um momento privilegiadode nova evangelização. Os pobres nos evangelizam, ajudando-nosa descobrir cada dia a beleza do Evangelho. Não deixemos cair novazio esta oportunidade de graça.

A Jornada Mundial do Pobre ( JMP – 2019) será em 17 denovembro, o 33º domingo do Tempo Comum.

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JORNADA

MUNDIAL DOS POBRESSemana da Solidariedade

Tema:

11 a 18 de novembro de 2018.

O desejo do Santo Padre é que, na semana anterior ao DiaMundial dos Pobres, sejam realizadas ações concretas, taiscomo:

Convidar os pobres e os voluntários para participarem, juntos,

na Eucaristia desse domingo, de modo que, no domingo seguinte, acelebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus CristoRei do Universo seja ainda mais autêntica. Na verdade, a realeza deCristo aparece em todo o seu significado precisamente noGólgota, quando o Inocente, pregado na cruz, pobre, nu e privadode tudo, encarna e revela a plenitude do amor de Deus. O seucompleto abandono ao Pai, ao mesmo tempo que exprime a suapobreza total, torna evidente a força desse amor, que o ressuscitapara uma vida nova no dia de Páscoa.

Nesse domingo, se vivem em nossos bairros pobres que buscamproteção e ajuda, aproximemo-nos deles; será um momentopropício para encontrar o Deus que buscamos.

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JORNADA

MUNDIAL DOS POBRESSemana da Solidariedade

Tema:

11 a 18 de novembro de 2018.

O desejo do Santo Padre é que, na semana anterior ao DiaMundial dos Pobres, sejam realizadas ações concretas, taiscomo:

Ruas solidárias...

Visitas e realização de atividades em orfanatos ouabrigos de crianças e adolescentes, asilos, presídios,hospitais...

Círculos bíblicos

Oração do Terço

Rodas de conversa

Celebrações

Mesas fraternas

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JORNADA

MUNDIAL DOS POBRESSemana da Solidariedade

Tema:

11 a 18 de novembro de 2018.

Quem são os sujeitos destinatários dessas ações?a. Pessoas em situação de rua.b. Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade

social.c. Povos e comunidades indígenas e quilombolas.d. Trabalhadores sem-teto.e. Mulheres e homens encarcerados.f. Pessoas com necessidades especiais.g. Doentes.h. Vítimas de violências.i. Catadores(as) de materiais recicláveis.j. Comunidades e paróquias.k. Pessoas que, de acordo com a realidade local, necessitam da

solidariedade e ações de acolhimento, escuta e mobilizaçãopara efetivação dos direitos.

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FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS

OBRIGADO

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