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DIÁRIO DAASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 1 ANO XXXVII - Nº 033 - SÃO LUÍS, TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010. EDIÇÃO DE HOJE: 28 PÁGINAS 25.ª SESSÃO ORDINÁRIA DA 4.ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 16.ª LEGISLATURA RELAÇÃO DE ORADORES......................................................... 04 ORDEM DO DIA .......................................................................... 04 PAUTA .......................................................................................... 05 SESSÃO ORDINÁRIA ................................................................. 05 MENSAGEM ................................................................................. 06 PROJETO DE LEI ........................................................................ 06 PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA ..............................08 SUMÁRIO DIÁRIO DA ASSEMBLEIA PALÁCIO MANOEL BEQUIMÃO ESTADO DO MARANHÃO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REQUERIMENTO ......................................................................... 11 INDICAÇÃO ................................................................................ 12 SESSÃO ESPECIAL ..................................................................... 20 PARECER ...................................................................................... 27 RESUMO DA ATA ......................................................................... 27 RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA ............................................... 28 OFÍCIO ........................................................................................ 28 Deputado Marcelo Tavares (PSB) Presidente 1. Vice-Presidente: Deputado Camilo Figueiredo (PDT) 2.° Vice-Presidente: Deputado Hélio Soares (PP) 3.° Vice-Presidente: Deputado Victor Mendes (PV) 4.° Vice-Presidente: Deputado Rigo Teles (PV) ° 1.° Secretário: Deputado Antônio Pereira (DEM) 2.° Secretário: Deputado Valdinar Barros (PT) 3.° Secretário: Deputado Stênio Rezende (PMDB) 4.° Secretário: Deputado Marcos Caldas (PRB) MESA DIRETORA LICENCIADOS BLOCO PARLAMENTAR DE OPOSIÇÃO - BPO PSDB - PDT - PSB - PT - PTC - PPS - PCdoB 1. Deputado Afonso Manoel (PMDB) 1. Deputado Camilo Figueiredo (PDT) 3. Deputada Cleide Coutinho (PSB) 4. Deputado Domingos Paz (PSB) 5. Deputado Edivaldo Holanda (PTC) 6. Deputada Eliziane Gama (PPS) 8. Deputada Graça Paz (PDT) 9. Deputada Helena Barros Heluy (PT) 10. Deputado Irmão Carlos (PSDB) 11. Deputado João Evangelista (PSDB) 12. Deputado Marcelo Tavares (PSB) 13. Deputado Pavão Filho (PDT) 24. Deputado Rigo Teles (PV) 14. Deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB) 25. Deputado Stênio Resende (PMDB) 15. Deputado Valdinar Barros (PT) BLOCO PARLAMENTAR DEMOCRÁTICO - BPD DEM - PMDB - PP - PV - PTB - PSL - PSC - PHS 6. Deputado Carlos Alberto Milhomem (DEM) 7. Deputado Carlos Braide (PMDB) 8. Deputado Celso Santos (PTB) 10. Deputada Fátima Vieira (PP) 11. Deputado Francisco Gomes (DEM) 26. Deputado Valdevino Cabral (PV) 12. Deputada Janice Braide (PTB) 13. Deputado João Batista (PP) 9. Deputado Fábio Braga (PMDB) 15. Deputado José Lima (PV) 16. Deputado Jura Filho (PMDB) 17. Deputado Manoel Ribeiro (PTB) 18. Deputada Márcia Marinho (PMDB) 19. Deputado Nonato Aragão (PSL) 20. Deputado Paulo Neto (PHS) 21. Deputado Penaldon Jorge (PSC) 22. Deputado Reinaldo Calvet (PSL) 23. Deputado Ricardo Archer (PMDB) 27. Deputado Victor Mendes (PV) Líder Deputado Carlos Alberto Milhomem Vice-Líderes Deputado Joaquim Nagib Haickel Deputado Manoel Ribeiro Deputado João Batista Deputado Raimundo Cutrim Deputado Ricardo Murad Deputado César Pires Deputado Fufuca Dantas Deputado Roberto Costa Deputado Max Barros Deputado Hélio Soares Deputado Carlos Filho Deputado Joaquim Nagib Haickel Vice-Líderes Deputada Gardênia Castelo Deputado Rubens Pereira Júnior 2. Deputado Alberto Franco (PMDB) 3. Deputado Antônio Bacelar (PV) 4. Deputado Antônio Pereira (DEM) 5. Deputado Arnaldo Melo (PMDB) 2. Deputado Chico Leitoa (PDT) 7. Deputada Gardênia Castelo (PSDB) 1. Deputado Marcos Caldas (PRB) Líder Deputado Edivaldo Holanda LIDERANÇA DO GOVERNO Líder Deputado Francisco Gomes PRB

12345 1 ESTADO DO MARANHÃO 12345 ASSEMBLEIA … · Deputado João Batista Deputado Penaldon Jorge VIII - Comissão de Defesa do Consumidor Titulares Deputada Graça Paz Deputado

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 112345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123

ANO XXXVII - Nº 033 - SÃO LUÍS, TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010. EDIÇÃO DE HOJE: 28 PÁGINAS25.ª SESSÃO ORDINÁRIA DA 4.ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 16.ª LEGISLATURA

123451234512345

RELAÇÃO DE ORADORES.........................................................04

ORDEM DO DIA ..........................................................................04

PAUTA ..........................................................................................05

SESSÃO ORDINÁRIA .................................................................05

MENSAGEM .................................................................................06

PROJETO DE LEI ........................................................................06

PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA ..............................08

SUMÁRIO

DIÁRIO DA ASSEMBLEIA

PALÁCIO MANOEL BEQUIMÃO

ESTADO DO MARANHÃOASSEMBLEIA LEGISLATIVA

REQUERIMENTO .........................................................................11

INDICAÇÃO ................................................................................12

SESSÃO ESPECIAL .....................................................................20

PARECER ......................................................................................27

RESUMO DA ATA .........................................................................27

RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA ...............................................28

OFÍCIO ........................................................................................28

Deputado Marcelo Tavares (PSB)Presidente

1. Vice-Presidente: Deputado Camilo Figueiredo (PDT)2.° Vice-Presidente: Deputado Hélio Soares (PP)3.° Vice-Presidente: Deputado Victor Mendes (PV)4.° Vice-Presidente: Deputado Rigo Teles (PV)

° 1.° Secretário: Deputado Antônio Pereira (DEM) 2.° Secretário: Deputado Valdinar Barros (PT)3.° Secretário: Deputado Stênio Rezende (PMDB)4.° Secretário: Deputado Marcos Caldas (PRB)

MESA DIRETORA

LICENCIADOS

BLOCO PARLAMENTAR DE OPOSIÇÃO - BPOPSDB - PDT - PSB - PT - PTC - PPS - PCdoB

1. Deputado Afonso Manoel (PMDB)

1. Deputado Camilo Figueiredo (PDT)

3. Deputada Cleide Coutinho (PSB)4. Deputado Domingos Paz (PSB)5. Deputado Edivaldo Holanda (PTC)6. Deputada Eliziane Gama (PPS)

8. Deputada Graça Paz (PDT)

9. Deputada Helena Barros Heluy (PT)10. Deputado Irmão Carlos (PSDB)11. Deputado João Evangelista (PSDB)12. Deputado Marcelo Tavares (PSB)13. Deputado Pavão Filho (PDT)

24. Deputado Rigo Teles (PV)

14. Deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB)

25. Deputado Stênio Resende (PMDB)

15. Deputado Valdinar Barros (PT)

BLOCO PARLAMENTAR DEMOCRÁTICO - BPDDEM - PMDB - PP - PV - PTB - PSL - PSC - PHS

6. Deputado Carlos Alberto Milhomem (DEM)7. Deputado Carlos Braide (PMDB)8. Deputado Celso Santos (PTB)

10. Deputada Fátima Vieira (PP)11. Deputado Francisco Gomes (DEM)

26. Deputado Valdevino Cabral (PV)12. Deputada Janice Braide (PTB)13. Deputado João Batista (PP)

9. Deputado Fábio Braga (PMDB)

15. Deputado José Lima (PV)16. Deputado Jura Filho (PMDB)17. Deputado Manoel Ribeiro (PTB)18. Deputada Márcia Marinho (PMDB)19. Deputado Nonato Aragão (PSL)20. Deputado Paulo Neto (PHS)21. Deputado Penaldon Jorge (PSC)22. Deputado Reinaldo Calvet (PSL)23. Deputado Ricardo Archer (PMDB)

27. Deputado Victor Mendes (PV)LíderDeputado Carlos Alberto Milhomem

Vice-LíderesDeputado Joaquim Nagib HaickelDeputado Manoel RibeiroDeputado João Batista

Deputado Raimundo CutrimDeputado Ricardo MuradDeputado César PiresDeputado Fufuca DantasDeputado Roberto CostaDeputado Max BarrosDeputado Hélio SoaresDeputado Carlos FilhoDeputado Joaquim Nagib Haickel

Vice-LíderesDeputada Gardênia CasteloDeputado Rubens Pereira Júnior

2. Deputado Alberto Franco (PMDB)3. Deputado Antônio Bacelar (PV)4. Deputado Antônio Pereira (DEM)5. Deputado Arnaldo Melo (PMDB)

2. Deputado Chico Leitoa (PDT)

7. Deputada Gardênia Castelo (PSDB)

1. Deputado Marcos Caldas (PRB)

LíderDeputado Edivaldo Holanda

LIDERANÇA DO GOVERNOLíderDeputado Francisco Gomes

PRB

Page 2: 12345 1 ESTADO DO MARANHÃO 12345 ASSEMBLEIA … · Deputado João Batista Deputado Penaldon Jorge VIII - Comissão de Defesa do Consumidor Titulares Deputada Graça Paz Deputado

TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA2

I - Comissão de Constituição, Justiça e Redação FinalTitulares Suplentes

Deputada Gardênia CasteloDeputada Cleide CoutinhoDeputado Francisco GomesDeputado Carlos BraideDeputado Penaldon Jorge

II - Comissão de Orçamento, Finanças e FiscalizaçãoTitulares

Deputado Carlos Braide - PRESIDENTEDeputada Cleide Coutinho - VICE-PRESIDENTEDeputado Jura FilhoDeputado Joaquim Nagib HaickelDeputado Chico Leitoa

SuplentesDeputado Edivaldo HolandaDeputado Pavão FilhoDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Nonato AragãoDeputado Francisco Gomes

III - Comissão de Política Agrária, Produção e Desenvolvimento SustentávelTitulares

Deputado Domingos Paz - PRESIDENTEDeputado Francisco Gomes - VICE-PRESIDENTEDeputado João BatistaDeputado Irmão CarlosDeputado Paulo Neto

SuplentesDeputado Edivaldo HolandaDeputado Chico LeitoaDeputado José LimaDeputado Carlos FilhoDeputado Antonio Bacelar

IV - Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e DesportoTitulares

Deputado Pavão FilhoDeputada Gardênia CasteloDeputado Antonio Bacelar

Deputado Jura Filho - VICE-PRESIDENTEDeputado Alberto Franco - PRESIDENTE

SuplentesDeputada Eliziane GamaDeputado Rubens Pereira JúniorDeputado Joaquim Nagib HaickelDeputado Arnaldo MeloDeputado José Lima

V - Comissão de Relações do Trabalho e Administração PúblicaTitulares

Deputado Carlos Braide - VICE-PRESIDENTEDeputada Gardênia CasteloDeputado Chico LeitoaDeputado Arnaldo Melo

Deputado Carlos Alberto Milhomem - PRESIDENTESuplentes

Deputada Helena Barros HeluyDeputado Pavão FilhoDeputado Paulo NetoDeputado Nonato AragãoDeputado Carlos Filho

Titulares SuplentesDeputada Gardênia CasteloDeputado Chico LeitoaDeputado Afonso ManoelDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Carlos Braide

VI - Comissão de Saúde

VII - Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento RegionalTitulares

Deputada Fátima VieiraDeputado Manoel RibeiroDeputado Carlos Filho

Deputada Gardênia CasteoDeputado Irmão Carlos

SuplentesDeputado João EvangelistaDeputado Edivaldo HolandaDeputado Joaquim Nagib HaickelDeputado João BatistaDeputado Penaldon Jorge

VIII - Comissão de Defesa do ConsumidorTitulares

Deputada Graça Paz

Deputado Penaldon Jorge - PRESIDENTEDeputado João Batista - VICE-PRESIDENTEDeputado Edivaldo Holanda

Deputado Joaquim Nagib Haickel

SuplentesDeputada Cleide CoutinhoDeputada Eliziane GamaDeputado Alberto FrancoDeputado Paulo NetoDeputado Carlos Filho

IX - Comissão de Defesa dos Direitos HumanosTitulares

Deputada Graça Paz - PRESIDENTEDeputada Helena Barros Heluy - VICE-PRESIDENTEDeputada Fátima Vieira

Deputada Márcia Marinho

SuplentesDeputado Rubens Pereira JúniorDeputado João EvangelistaDeputado Valdevino Cabral

Deputado Alberto FrancoDeputado João Batista Deputado Paulo Neto

Deputado Carlos Alberto Milhomem - PRESIDENTEDeputado Jura Filho - VICE-PRESIDENTEDeputado Rubens Pereira JúniorDeputado Edivaldo HolandaDeputado Manoel Ribeiro

Deputada Cleide Coutinho - PRESIDENTEDeputado Arnaldo Melo - VICE-PRESIDENTEDeputado João EvangelistaDeputada Márcia MarinhoDeputado Nonato Aragão

REUNIÃOTerças-Feiras às 08:30h

Glacimar Melo FernandesSecretária

REUNIÃOQuartas-Feiras às 08:30h

Silva Teresa Nogueira MarquesSecretária

REUNIÃOQuartas-Feiras às 08:30hSilvana Roberta Almeida

Secretária

REUNIÃOQuintas-Feiras às 08:30h

Maria das Dores Pinto MagalhãesSecretária

REUNIÃOSegundas-Feiras às 15:00hValdenise Fernandes Dias

Secretária

REUNIÃOTerças-Feiras às 08:00h

Regina Maria de Paula VerdeSecretária

REUNIÃOQuartas-Feiras às 08:00h

Elizabeth Rocha Lisboa RibeiroSecretária

REUNIÃOQuintas-Feiras às 08:30hLeilemar Vieira Ribeiro

Secretária

REUNIÃOSegundas-Feiras às 15:00h

Lucimar Ribeiro de MeloSecretária

Page 3: 12345 1 ESTADO DO MARANHÃO 12345 ASSEMBLEIA … · Deputado João Batista Deputado Penaldon Jorge VIII - Comissão de Defesa do Consumidor Titulares Deputada Graça Paz Deputado

DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 3

X - Comissão de Obras, Serviços Públicos e HabitaçãoTitulares

Deputado Rubens Pereira Júnior

Deputado Antonio Bacelar

Deputado Manoel Ribeiro - VICE-PRESIDENTEDeputado Francisco Gomes - PRESIDENTE

SuplentesDeputado Domingos PazDeputado Irmão CarlosDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Fábio BragaDeputado Jura Filho

Titulares

Deputado Penaldon Jorge - VICE-PRESIDENTEDeputado Nonato Aragão

Deputado José Lima

Deputado Antonio Bacelar - PRESIDENTE

Deputado Domingos PazDeputado João Evangelista

SuplentesDeputada Eliziane GamaDeputado Chico LeitoaDeputado Carlos BraideDeputado Jura FilhoDeputado Afonso Manoel

XI - Comissão de Meio Ambiente, Minas e Energia

XII - Comissão de ÉticaTitulares

Deputado Domingos PazDeputado Edivaldo Holanda

Deputado Carlos Alberto MIlhomemDeputado Arnaldo MeloDeputado Carlos Braide

SuplentesDeputada Graça PazDeputado Irmão CarlosDeputado Afonso ManoelDeputado João BatistaDeputado Francisco Gomes

XIII - Comissão de Economia, Indústria, Comércio e TurismoTitulares

Deputado Afonso Manoel

Deputado José LimaDeputado Nonato Aragão

Deputado irmão Carlos

Deputado João EvangelistaSuplentes

Deputado Domingos PazDeputado Arnaldo MeloDeputada Janice BraideDeputado Alberto Franco

XIV - Comissão de Legislação ParticipativaTitulares

Deputado João EvangelistaDeputado Pavão FilhoDeputado Afonso ManoelDeputado Fábio BragaDeputado Valdevino Cabral

SuplentesDeputada Graça PazDeputado Irmão CarlosDeputado Paulo NetoDeputado Antonio BacelarDeputada Janice Braide

XV - Comissão de Previdência, Assistência Social e da FamíliaTitulares

Deputada Márcia Marinho - PRESIDENTEDeputada Graça Paz - VICE-PRESIDENTEDeputado Pavão FilhoDeputado Valdevino CabralDeputada Janice Braide

SuplentesDeputada Gardênia CasteloDeputada Helena Barros HeluyDeputado Manoel RibeiroDeputado Joaquim Nagib HaickelDeputado Alberto Franco

XVI - Comissão de Segurança Pública e CidadaniaTitulares

Deputado Chico Leitoa - PRESIDENTEDeputado Francisco Gomes - VICE-PRESIDENTEDeputado Penaldon JorgeDeputada Helena Barros Heluy

SuplentesDeputado Rubens Pereira JúniorDeputado Domingos PazDeputado Arnaldo MeloDeputada Fátima VieiraDeputado João Batista

XVII - Comissão da Infância, Juventude e IdosoTitulares

Deputado Carlos FilhoDeputada Márcia MarinhoDeputado Fábio Braga

Deputada Eliziane Gama - VICE-PRESIDENTE

SuplentesDeputada Helena Barros HeluyDeputado Pavão FilhoDeputado Manoel RibeiroDeputada Fátima VieiraDeputado Valdevino Cabral

XVIII - Comissão de Defesa dos Direitos da MulherTitulares

Deputada Eliziane Gama - PRESIDENTEDeputada Helena Barros Heluy - VICE-PRESIDENTEDeputada Fátima VieiraDeputada Janice BraideDeputado Paulo Neto

SuplentesDeputada Graça PazDeputada Cleide CoutinhoDeputado Manoel RibeiroDeputado Nonato AragãoDeputado Fábio Braga

REUNIÃOTerças-Feiras às 08:30h

Eunes Maria Borges SantosSecretária

REUNIÃOQuintas-Feiras às 08:30h

Lúcia Maria Oliveira FurtadoSecretária

REUNIÃOQuintas-Feiras às 08:30h

Vera Lúcia Teixeira e SousaSecretária

REUNIÃOQuartas-Feiras às 08:30h

Leibe Prazeres BarrosSecretária

REUNIÃOQuartas-Feiras às 08:30h

Maria Helena Bandeira de Melo TribuziSecretária

REUNIÃOTerças-Feiras às 08:30hDulcimar Cutrim Fonseca

Secretária

REUNIÃOQuartas-Feiras às 08:30h

Antonia AndradeSecretária

REUNIÃOQuartas-Feiras às 08:30hIranise Lemos de Castro

Secretária

REUNIÃOQuartas-Feiras às 08:30h

Célia PimentelSecretária

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TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA4SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 23/03/2010 - 3a FEIRA

GRANDE EXPEDIENTE

1.º ORADOR (A) - 30 MINUTOS

TEMPO DOS BLOCOS PARLAMENTARES

1. BLOCO PARLAMENTAR DEMOCRÁTICO - BPD - 35 MINUTOS2. BLOCO PARLAMENTAR DE OPOSIÇÃO - BPO - 25 MINUTOS3. PARTIDOS RESERVAS (ART. 110, §4º DO R.I) - PRB

ORDEM DO DIASESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 23.03.2010 – TERÇA-FEIRA

I – PROJETOS DE LEI EM DISCUSSÃO E VOTAÇÃO1º E 2º TURNOS – REGIME DE URGÊNCIA

1. PROJETO DE LEI Nº 238/2009, DE AUTORIA DODEPUTADO JURA FILHO, QUE DISPÕE SOBRE A POLÍTICAESTADUAL DO COOPERATIVISMO NO ESTADO DOMARANHÃO. COM EMENDAS. DEPENDE DE PARECERESDAS COMISSÕES DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃOFINAL; E COMISSÃO DE SAÚDE. TRANSFERIDA ADISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIADO DIA 16.03.2010, POR FALTA DE QUORUM REGIMENTAL,ASSIM COMO DA SESSÃO ORDINÁRIA ANTERIOR.

2. PROJETO DE LEI N° 017/2010, DE AUTORIA DODEPUTADO MANOEL RIBEIRO, QUE DISPÕE SOBRE ACRIAÇÃO DO CENTRO DE ENSINO SUPERIOR NOMUNICÍPIO DE ARARI-MA. COM PARECER FAVORÁVELOFERECIDO PELA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇAE REDAÇÃO FINAL. RELATOR DEPUTADO CARLOSALBERTO MILHOMEM; DEPENDE DE PARECER DACOMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA,CULTURA E DESPORTO. TRANSFERIDA A DISCUSSÃO EVOTAÇÃO DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO DIA 16.03.2010,POR FALTA DE QUORUM REGIMENTAL, ASSIM COMO DASESSÃO ORDINÁRIA ANTERIOR.

II – REQUERIMENTOS À DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO

1. REQUERIMENTO Nº 069/2010, DE AUTORIA DODEPUTADO MANOEL RIBEIRO, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDO O PLENÁRIO, SEJA DISCUTIDO E VOTADO EMREGIME DE URGÊNCIA, EM UMA SESSÃOEXTRAORDINÁRIA, LOGO APÓS A PRESENTE SESSÃO, OSPROJETOS DE LEI: NºS. 001/2010, QUE INSTITUI O PROGRAMADE CONVIVÊNCIA COMUNITÁRIA E CIDADANIA E 019/2010,QUE DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE DIÁRIAS AOSSERVIDORES DO INSTITUTO DE METROLOGIA EQUALIDADE INDUSTRIAL DO MARANHÃO – INMEQ-MA,AMBOS DE AUTORIA DO PODER EXECUTIVO.TRANSFERIDA A DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA SESSÃOORDINÁRIA ANTERIOR POR FALTA DE QUORUMREGIMENTAL.

2. REQUERIMENTO Nº 070/2009, DE AUTORIA DODEPUTADO FÁBIO BRAGA, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDO O PLENÁRIO, SEJA DISPENSADO DOS TRÂMITESREGIMENTAIS, PARA DISCUSSÃO E VOTAÇÃO EM REGIMEDE URGÊNCIA NA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA, A REALIZAR-SE LOGO APÓS A PRESENTE SESSÃO O PROJETO DE LEI Nº014/2010, QUE DÁ DENOMINAÇÃO À RODOVIA ESTADUALMA-270, QUE LIGA OS MUNICÍPIOS DE COLINAS E BURITIBRAVO/MA. TRANSFERIDA A DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DASESSÃO ORDINÁRIA ANTERIOR POR FALTA DE QUORUMREGIMENTAL.

3. REQUERIMENTO Nº 072/2010, DE AUTORIA DODEPUTADO VICTOR MENDES, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDO O PLENÁRIO, SEJA ENCAMINHADA MENSAGEMDE CONGRATULAÇÕES À DIRETORIA REELEITA DA ORDEMDOS ADVOGADOS DO BRASIL, DA SUBSEÇÃO DE PINHEIRO,QUE SERÁ REEMPOSSADA NO DIA 26/03/2010, TENDO COMOPRESIDENTE O DOUTOR ANTONIO CARLOS RODRIGUESVIANA, PARABENIZANDO-O, ASSIM COMO OS DEMAISMEMBROS, POR SUAS RECONDUÇÕES. TRANSFERIDA ADISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA SESSÃO ORDINÁRIAANTERIOR POR FALTA DE QUORUM REGIMENTAL.

4. REQUERIMENTO Nº 073/2010, DE AUTORIA DADEPUTADA GARDÊNIA CASTELO, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDO O PLENÁRIO, SEJAM DISCUTIDAS E VOTADAS EMREGIME DE URGÊNCIA, EM UMA SESSÃOEXTRAORDINÁRIA, A REALIZAR-SE LOGO APÓS APRESENTE SESSÃO, AS SEGUINTES PROPOSIÇÕES: PROJETODE LEI: Nº 023/2009 DISPÕE SOBRE CAMPANHACONTINUADA DE REPÚDIO AOS CRIMES DE VIOLÊNCIAPRATICADOS CONTRA A MULHER E PROJETO DE LEI Nº077/2009, DISPÕE SOBREA INSTITUIÇÃO DO SELO“EMPRESA INCLUSA” EM RECONHECIMENTO ÀSINICIATIVAS EMPRESARIAIS QUE FAVOREÇAM AINTEGRAÇÃO DAS PESSOAS PORTADORAS DENECESSIDADES ESPECIAIS NO ÂMBITO DO ESTADO DOMARANHÃO, AMBOS DE SUA AUTORIA. TRANSFERIDA ADISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA SESSÃO ORDINÁRIAANTERIOR POR FALTA DE QUORUM REGIMENTAL

5. REQUERIMENTO Nº 074/2010, DE AUTORIA DODEPUTADO MARCOS CALDAS, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDO O PLENÁRIO, SEJA DISPENSADO DOS TRÂMITESREGIMENTAIS, PARA DISCUSSÃO E VOTAÇÃO EM REGIMEDE URGÊNCIA NUMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA, LOGOAPÓS A PRESENTE SESSÃO O PROJETO DE LEI Nº 421/2009,QUE DISPÕE SOBRE A LEGITIMAÇÃO DE TERRAS DOSREMANESCENTES DAS COMUNIDADES DOS QUILOMBOSE DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS, DE MINHA AUTORIA.

6. REQUERIMENTO Nº 075/2010, DE AUTORIA DODEPUTADO RICARDO ACHER, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDO O PLENÁRIO, SEJA FORMADA UMA COMISSÃO DEDEPUTADOS PARA IREM ATÉ O MUNICÍPIO DE CODÓ ONDEPODERÃO AVALIAR AS ATUAIS CONDIÇÕES EM QUE SEENCONTRA A SAÚDE DAQUELE MUNICÍPIO.

7. REQUERIMENTO Nº 078/2010, DE AUTORIA DODEPUTADO RUBENS PEREIRA JUNIOR, QUE REQUER DEPOISDE OUVIDO O PLENÁRIO, SEJA CONSTITUÍDA UMACOMISSÃO TRIPARTITE, COM 03 (TRÊS) PARLAMENTARESCOM ASSENTO NESTA CASA, 01 (UM) REPRESENTANTE DOGOVERNO DO ESTADO E 01 (UM) REPRESENTANTE DOSINPROESSEMA PARA DISCUTIR O ESTATUTO DOMAGISTÉRIO.

8. REQUERIMENTO Nº 079/2010, DE AUTORIA DODEPUTADO MARCOS CALDAS, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDO O PLENÁRIO, SEJA DISCUTIDO E VOTADO EMREGIME DE URGÊNCIA, EM UMA SESSÃOEXTRAORDINÁRIA, LOGO APÓS A PRESENTE SESSÃO, OPROJETO DE LEI Nº 049/2010, DE MINHA AUTORIA, QUEDENOMINA “VIVA LILI SÁ” O ESPAÇO PÚBLICOCONSTRUÍDO PELO PODER EXECUTIVO ESTADUAL,LOCALIZADO NO BAIRRO DO CARATATÍUA.

III – REQUERIMENTOS À DELIBERAÇÃO DA MESA

1. REQUERIMENTO Nº 065/2010, DE AUTORIA DODEPUTADO PENALDON JORGE, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDA A MESA, SEJA INSERIDA NOS ANAIS DO PODERLEGISLATIVO E PUBLICADA NO DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA, A“ATA DA REUINIÃO DA MESA DIRETORA DO PARLAMENTO

Page 5: 12345 1 ESTADO DO MARANHÃO 12345 ASSEMBLEIA … · Deputado João Batista Deputado Penaldon Jorge VIII - Comissão de Defesa do Consumidor Titulares Deputada Graça Paz Deputado

DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 5AMAZÔNICO-PARLAMAZ”, REALIZADA NO DIA 11 DEMARÇO DE 2010. TRANSFERIDA A DISCUSSÃO E VOTAÇÃODA SESSÃO ORDINÁRIA ANTERIOR EM VIRTUDE DAAUSÊNCIA DO AUTOR EM PLENÁRIO.

2. REQUERIMENTO Nº 076/2010, DE AUTORIA DODEPUTADO RUBENS PEREIRA JUNIOR, QUE REQUER DEPOISDE OUVIDA A MESA, SEJAM SOLICITADAS AO DEPUTADORICARDO MURAD, SECRETÁRIO DE SAÚDE, AS SEGUINTESINFORMAÇÕES; CÓPIA DO CONVÊNIO FIRMADO ENTRE OMINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E O GOVERNODO ESTADO; QUAL O VALOR DOS RECURSOS FINANCEIROREPASSADOS AO ESTADO DO MARANHÃO; QUANTIDADEDE LEITE FORNECIDO DIARIAMENTE, QUAL AMODALIDADE DE LICITAÇÃO ADOTADA PELO GOVERNODO ESTADO DO MARANHÃO; QUAL O VALOR PAGO PORLITRO; CÓPIA DOS CONTRATOS COM OS FORNECEDORES;QUAL O VALOR PAGO ATE A PRESENTE DATA AOSFORNECEDORES E CÓPIA DO PROCESSO ADMINISTRATIVODA EMPRESA LATICÍNIO SÃO JOSÉ.

3. REQUERIMENTO Nº 077/2010, DE AUTORIA DODEPUTADO RUBENS PEREIRA JUNIOR, QUE REQUER DEPOISDE OUVIDA A MESA, SEJAM SOLICITADAS AO DOUTORPATRUS ANANIAS, MINISTRO DE DESENVOLVIMENTOSOCIAL, AS SEGUINTES INFORMAÇÕES; CÓPIA DOCONVÊNIO FIRMADO ENTRE O MINISTÉRIO DEDESENVOLVIMENTO SOCIAL E O GOVERNO DO ESTADO;QUAL O VALOR REPASSADO AO GOVERNO DO ESTADO DOMARANHÃO; QUAL A QUANTIDADE DE LEITE DIÁRIO EMENSAL DISCRIMINADO POR MUNICÍPIO; QUAL ACONTRAPARTIDA DE RESPONSABILIDADE DO GOVERNODO ESTADO DO MARANHÃO E CÓPIA DA PRESTAÇÃO DECONTAS DO REFERIDO CONVÊNIO REFERENTE AOEXERCICÍO DE 2009.

4. REQUERIMENTO Nº 080/2010, DE AUTORIA DODEPUTADO EDIVALDO HOLANDA, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDA A MESA, SEJA REALIZADO NAS DEPEDÊNCIAS DOPLENÁRIO GERVÁSIO PROTÁSIO DOS SANTOS, EM DATA ASER DEFINIDA PELA MESA DIRETORA UM PAINEL, SOBRESEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO DO MARANHÃO, COMOBJETIVO DE DISCUTIR, DEBATER, REFLETIR E SUGERIRMUDANÇAS NA POLÍTICA DE SEGURANÇA PÚBLICAADOTADA PELO ATUAL GOVERNO DO ESTADO.

PAUTA DE PROPOSTA PARA RECEBIMENTO DE EMENDADATA: 23/03/10 - TERÇA-FEIRA:

PRIORIDADE 1ª SESSÃO:1. PROJETO DE LEI Nº 054/10, encaminhado pela Mensagem

Governamental nº 014, que institui o Programa Bolsa-Atleta e dá outrasprovidências.

ORDINÁRIA 1ª SESSÃO:1. PROJETO DE LEI Nº 055/10, de autoria do Senhor

Deputado Antonio Bacelar, que considera de Utilidade Pública, aCooperativa dos Empreendedores Rurais em Paço do Lumiar doMaranhão – COOPERMAR, com sede e foro em Paço do Lumiar-Ma.

2. PROJETO DE LEI Nº 056/10, de autoria do SenhorDeputado Carlos Alberto Milhomem, que considera de UtilidadePública, a Associação dos Criadores do Sertão Maranhense –ACRISMA, com sede e foro em São João dos Patos-MA.

3. PROJETO DE LEI Nº 057/10, de autoria do SenhorDeputado João Evangelista, que considera de Utilidade Pública, aAssocição Cultural Beneficente do Parque Tiago Aroso e Adjacências,com sede e foro em Paço do Lumiar-MA.

4. PROJETO DE LEI Nº 058/10, de autoria do SenhorDeputado João Evangelista, que considera de Utilidade Pública, aAssociação dos Agentes Ambientais Protetores da Natureza com sedee foro em Itapecuru-Mirim-MA.

5. PEROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA Nº 005/10, de autoria do Senhor Deputado Victor Mendes, que concede o

Título de Cidadão Maranhense ao Sr. Antonio Gentil Souza, natural deCampo Grande, Estado do Rio Grande do Norte.

6. PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA Nº 006/10,de autoria do Senhor Deputado Pavão Filho, que institui a FrenteParlamentar em Defesa da Aprovação do Projeto de Emenda àConstituição Federal nº 300/2008 (PEC 300) e o apoio à implantaçãodo Adicional Noturno aos Policiais Militares e Bombeiros Militaresdo Estado do Maranhão.

ORDINÁRIA 2ª SESSÃO:1. PROJETO DE LEI Nº 049/10, de autoria do Senhor

Deputado Marcos Caldas, que denomina de “Viva Lili de Sá”, oespaço público construído pelo Poder Executivo Estadual, localizadono Bairro Caratatiua.

2. PROJETO DE LEI Nº 050/10, de autoria do SenhorDeputado Victor Mendes, que considera de Utilidade Pública, oGrupo Folclórico Cultural Bumba-Meu-Boi de Orquestra Mocidadede Pinheiro, com sede e foro em Pinheiro-MA.

3. PROJETO DE LEI Nº 051/10, de autoria da SenhoraDeputada Fátima Vieira, que considera de Utilidade Pública, oInstituto Educacional Parceiro de Deus, com sede e foro em São Luis-Ma.

4. PROJETO DE LEI Nº 052/10, de autoria do SenhorDeputado Arnaldo Melo, que dispõe sobre a criação do Centro deEstudos Superiores na Cidade de Colinas-MA.

5. PROJETO DE LEI Nº 053/10, de autoria do SenhorDeputado Pavão Filho, que considera de Utilidade Pública, aAssociação Comunitária de Apoio à Capoeira, com sede e foro em SãoLuis-MA.

ORDINÁRIA 3ª SESSÃO:1. PROJETO DE LEI Nº 044/10, de autoria do Senhor

Deputado Jura Filho, que considera de Utilidade Pública, o InstitutoSócio Ambiental da Baixada Maranhense ONG, com sede e foro emViana-MA.

2. PROJETO DE LEI Nº 045/10, de autoria do SenhorDeputado Jura Filho, que considera de Utilidade Pública, a Associaçãoda Juventude Esportiva Amadora Vianense, com sede e foro em Viana-MA.

3. PROJETO DE LEI Nº 046/10, de autoria do SenhorDeputado Stênio Rezende, que considera de Utilidade Pública, oInstituto Educacional “Construindo o Saber”, com sede e foro em SãoLuois-MA.

4. PROJETO DE LEI Nº 047/10, de autoria do SenhorDeputado Valdinar Barros, que acrescenta o inciso XII ao artigo 9ºda Lei nº 5.594, de 24 de dezembro de 1992, que trata do impostosobre a propriedade de veículos automotores – IPVA.

5. PROJETO DE LEI Nº 048/10, de autoria do SenhorDeputado Manoel Ribeiro, que considera de Utilidade Pública, oInstituto de Solidariedade e Inclusão Social – SOLIS, com sede e foroem São Luis-MA.

ORDINÁRIA 4ª E ÚLTIMA SESSÃO:1. PROJETO DE LEI Nº 043/10, de autoria do Senhor

Deputado João Batista, que considera de Utilidade Pública, aAssociação de Defesa dos Direitos Humanos e Constitucional dasPraças da Polícia Militar e Bombeiros Militar do Estado do Maranhão.

SECRETARIA GERAL DA MESA DIRETORA DOPALÁCIO MANOEL BEQUIMÃO, em 22.03.10.

Sessão Ordinária da Quarta Sessão Legislativa da DécimaSexta Legislatura da Assembléia Legislativa do Estado doMaranhão, realizada no dia vinte e dois de março do ano de doismil e dez.

Presidente Senhor Deputado Marcelo Tavares.Primeiro Secretário, em exercício, Senhor Deputado Marcos

Caldas.Segundo Secretário, em exercício, Senhor Deputado Rubens

Pereira Júnior.

Page 6: 12345 1 ESTADO DO MARANHÃO 12345 ASSEMBLEIA … · Deputado João Batista Deputado Penaldon Jorge VIII - Comissão de Defesa do Consumidor Titulares Deputada Graça Paz Deputado

TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA6Às dezesseis horas, presentes os Senhores Deputados: Alberto

Franco, Antônio Pereira, Arnaldo Melo, Camilo Figueiredo, CarlosAlberto Milhomem, Carlos Braide, Cleide Coutinho, Edivaldo Holanda,Eliziane Gama, Fábio Braga, Francisco Gomes, Gardênia Castelo, GraçaPaz, Helena Barros Heluy, Irmão Carlos, João Batista, Jura Filho,Manoel Ribeiro, Marcelo Tavares, Marcos Caldas, Penaldon Jorge,Rigo Teles, Rubens Pereira Júnior, Valdevino Cabral e Victor Mendes.Ausentes: Afonso Manoel, Antônio Carlos Bacelar, Celso Santos,Domingos Paz, Fátima Vieira, Janice Braide, João Evangelista, JoséLima, Márcia Marinho, Nonato Aragão, Paulo Neto, Pavão Filho,Reinaldo Calvet, Ricardo Archer, Stênio Rezende e Valdinar Barros.

I – ABERTURA.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Em nome do povo e invocando a proteção de Deus,iniciamos os nossos trabalhos.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Com a palavra, o Senhor Segundo Secretário para fazer aleitura do texto bíblico e do resumo da Ata da Sessão anterior.

O SENHOR SEGUNDO SECRETÁRIO EM EXERCÍCIODEPUTADO RUBENS JÚNIOR (lê texto bíblico e Ata) - Ata lida,Senhor Presidente.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Ata lida e considerada aprovada.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Com a palavra, o Senhor Primeiro Secretário para fazer aleitura do Expediente.

O SENHOR PRIMEIRO SECRETÁRIO DEPUTADOMARCOS CALDAS - (lê Expediente).

II – EXPEDIENTE.

MENSAGEM Nº 014 /2010

São Luís, 18 de março de 2010.Senhor Presidente,

Submeto à apreciação dessa augusta Assembleia o inclusoprojeto de lei que institui o Programa Bolsa-Atleta.

O Programa propiciará a democratização do acesso à prática eà cultura de várias modalidades esportivas, que são poderososinstrumentos de desenvolvimento humano e social.

A Bolsa-Atleta, com critérios rigorosamente estabelecidos parasua concessão, como está no texto do projeto, contemplará, de formadisciplinada, estudantes-atletas das escolas das redes pública, privadae comunitária do ensino fundamental, médio e superior, mas tambématletas de rendimento filiados a federações ou ligas esportivas dasmodalidades olímpicas e paraolímpicas, reconhecidas e/ou vinculadasao Comitê Olímpico Brasileiro e ao Comitê Paraolímpico Internacional.

Com esse raio de abrangência, o Programa Bolsa-Atleta ensejaráa descoberta de novos talentos escolares, olímpicos e paraolímpicos,que terão a oportunidade de desenvolver suas potencialidades e atépleitear de forma efetiva a participação nas seletivas das Olimpíadasde 2016, no Rio de Janeiro.

Pela relevância do projeto e o alcance socioesportivo de que sereveste, minha expectativa é de que ele terá a boa acolhida e a necessáriaaprovação por parte do Parlamento Maranhense.

Valho-me do ensejo para renovar a Vossa Excelência e aos seusilustres pares os meus protestos de apreço e consideração.

ROSEANA SARNEYGovernadora do Estado

PROJETO DE LEI Nº 054 / 10

Institui o Programa Bolsa-Atleta e dá outrasprovidências.

Art. 1º Fica instituído, no âmbito do Estado do Maranhão, oPrograma Bolsa-Atleta, através de apoio pecuniário, visandodemocratizar o acesso à prática e à cultura físico-desportiva, valorizare beneficiar o esporte de rendimento e o esporte estudantil maranhensenas instituições de ensino fundamental, médio e superior das redespública, privada e comunitárias do Estado.

Art. 2º São condições essenciais para inscrição do atleta noPrograma:

I - ter idade mínima de dez anos completos, quando da inscrição;II - estar matriculado e cursando os níveis fundamental, médio

ou superior para alunos/atletas do esporte estudantil;III - apresentar currículo esportivo do ano anterior ao do pleito,

com histórico dos resultados da modalidade esportiva praticada nossegmentos do esporte de rendimento e estudantil, na qual pleiteiaingressar no Programa, devendo o currículo ser objeto de confirmaçãodo órgão gestor municipal de Esporte e/ou Juventude, em caso deatletas e alunos/atletas do interior do Estado, ou pela federação e/ouliga esportiva correspondente para atletas da capital;

IV - aquiescência dos responsáveis, no caso de menorescandidatos ao Programa.

Art. 3º São beneficiários do Programa Bolsa-Atleta osenquadrados nas categorias abaixo:

I - estudantil: estudantes/atletas das escolas da rede pública,privada e comunitária do ensino fundamental, médio ou superior, queapresentem índices nas suas categorias, ou resultados até o 3º lugar emcompetições estudantis (Jogos Escolares Maranhenses - JEMs,Olimpíadas Escolares - JEBs, Olimpíadas Universitárias, JogosEstudantis Sul-Americanos e Universíade);

II - federados:a) atletas de rendimento, filiados às federações ou ligas

esportivas das modalidades olímpicas, paraolímpicas, quandoreconhecidas e/ou vinculadas ao Comitê Olímpico Brasileiro -COB e/ou ao Comitê Paraolímpico Internacional,respectivamente, que apresentarem índices nas suas categorias,ou que obtiverem até o 3º lugar em competições municipal, estadual,regional, nacional e internacional;

b) estudantes/atletas que integrem seleções maranhensesou brasileiras em competições estudantis (olimpíadas escolares-JEBs, olimpíadas universitárias - JUBs, Jogos Estudantis Sul-Americanos e Universíade), que apresentarem índices nas suascategorias, ou que obtiverem até o 3º lugar em competições regional,nacional e internacional de suas respectivas ligas, federações econfederações.

Parágrafo único. Para estudantes/atletas portadores dedeficiências não se aplica o disposto no inciso I do art. 2º, sendolimitado o percentual de dez por cento do quantitativo de bolsasconcedidas para esta categoria.

Art. 4º - Serão observados os seguintes critérios para inclusãodos inscritos no Programa:

I - categoria estudantil:a) possuir a idade prevista em lei, no caso do atleta/estudante;b) estar matriculado e frequentar escolas da rede pública, privada

ou comunitária, nos níveis de ensinos fundamental, médio e superior;c) ter bom rendimento escolar e disciplinar, comprovado por

meio do boletim bimestral e declaração mensal de sua escola;d) análise do currículo esportivo com resultados obtidos até o

3º lugar pelos atletas nos JEMs (etapas municipal, regional e final);olimpíadas escolares ou em outras competições de nível municipal,estadual, nacional e internacional, anteriores ao ano do pleito, desdeque as informações contidas no mesmo estejam oficializadas pelosórgãos gestores de Esporte e/ou Juventude nos municípios, em caso deatletas do interior do Estado, e pelas federações e/ou ligas esportivas,para os atletas da capital;

Page 7: 12345 1 ESTADO DO MARANHÃO 12345 ASSEMBLEIA … · Deputado João Batista Deputado Penaldon Jorge VIII - Comissão de Defesa do Consumidor Titulares Deputada Graça Paz Deputado

DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 7e) a modalidade esportiva que possuir mais de uma federação

terá critérios analisados pela Comissão Bolsa-Atleta - CBE, responsávelpela seleção dos atletas do Programa, no que se refere ao nível dacompetição;

f) todo atleta beneficiado pelo Programa compromete-se arepresentar o Estado do Maranhão, em sua modalidade e categoria, emtoda competição, quando convocado;

g) é obrigatória a participação nos Jogos Escolares Maranhensese Jogos Universitários Maranhenses para todos os atletas destacategoria. Na impossibilidade de participação, o atleta deverá justificarsua ausência, por escrito, acompanhada de documento idôneo, entregueà Coordenação do Programa;

h) não estar cumprindo qualquer tipo de punição imposta porcomissão disciplinar, no caso dos JEM’s ou olimpíadas escolares,ligas esportivas, federações ou confederação da modalidadecorrespondente, salvo quando estiver competindo subjudice ou emprocesso não transitado e julgado, em que ainda caiba recurso;

II - categoria federados:a) ter a idade prevista em lei, no caso do atleta federado;b) estar registrado na liga esportiva ou federação esportiva,

portadora de Certificado de Registro de Entidade Desportiva;c) residir no Estado do Maranhão e estar em plena atividade

esportiva;d) não possuir contrato de trabalho com entidade de prática

desportiva;e) não possuir qualquer tipo de patrocínio, entendida como tal

a percepção de valor pecuniário, eventual ou permanente, resultantede contrapartida em publicidade;

f) estar em atividade esportiva e participando de competições,em âmbito municipal, estadual, nacional ou internacional;

g) não estar recebendo o benefício da Bolsa Atleta Nacional;h) ser vinculado a instituição (liga esportiva ou federação) que

se encontre em pleno desenvolvimento do seu calendário esportivo hápelo menos dois anos anteriores ao pleito e em situação regularizada(administrativo-financeira e jurídica) junto à Secretaria de Estado deEsporte e Juventude - SESPJUV;

i) apresentar currículo esportivo com histórico dos resultadosobtidos até o 3º lugar em competições no JEMs, (etapas municipal,regional e final), olimpíadas escolares, Jogos Estudantis Sul-Americanos,Jogos Escolares Maranhenses e Brasileiros, Jogos Universitários -Maranhenses e Brasileiros, campeonatos e torneios de níveis municipal,estadual, nacional e internacional anteriores ao ano do pleito, desdeque as informações contidas no mesmo estejam oficializadas pelosórgãos gestores de Esporte e Juventude nos municípios do interior, epelas federações ou ligas esportivas, para os atletas da capital;

j) à modalidade esportiva que possuir mais de uma federaçãose aplicarão critérios de avaliação analisados pela Comissão Bolsa-Atleta - CBE, responsável pela seleção dos atletas, no que diz respeitoao nível da competição (número de equipes representando estados, emcaso de competições interestaduais e o número de países, em caso decompetições internacionais);

k) todo atleta beneficiado pelo Programa nesta categoria deveráestar filiado à Federação Maranhense da modalidade correspondente,devendo apresentar declaração, comprometendo-se a representar oEstado do Maranhão em toda competição, quando convocado;

l) não estar cumprindo qualquer tipo de punição imposta porcomissão disciplinar, no caso dos JEMs ou olimpíadas escolares, ligasesportivas, federações, confederação da modalidade correspondente,salvo quando estiver competindo subjudice ou em processo nãoconcluído em que ainda caiba recurso;

m) todos os atletas beneficiados nesta categoria que possuamidade para competição nos Jogos Escolares Maranhenses e JogosUniversitários Maranhenses, terão obrigatoriedade de participaçãonesses eventos. Na impossibilidade de participar, o atleta deverájustificar sua ausência, por escrito, por meio de documento idôneo,entregue à coordenação do Programa Bolsa- Atleta.

Art. 5º A Secretaria de Estado de Esporte e Juventude -SESPJUV designará, por meio de portaria, a Comissão de Avaliação do

Programa Bolsa-Atleta, que terá a incumbência de analisar, avaliar eaprovar os currículos apresentados.

Art. 6º Após aprovação do currículo esportivo, o atleta deveráapresentar, além de laudo cardiológico, atestado médico que informeque o mesmo tem condições para a prática na modalidade esportivapara a qual foi selecionado, como condição para ser admitido noPrograma e formalizar a celebração do competente Termo de Adesão.

Art. 7º O atleta deverá comprometer-se a utilizar o valorpecuniário da Bolsa em benefício de seus treinamentos e participaçãoem competições, tais como: consultas médicas e medicação, passagensaéreas e/ou rodoviárias, hospedagem, alimentação, material esportivo,inscrição em eventos, cursos e transporte urbano, etc.

Art. 8º Serão desligados do Programa:I - atletas que assinarem o Termo de Adesão e descumprirem

suas cláusulas;II - atletas que não apresentarem rendimento, no decorrer do

processo, ou não comprovarem participação nos eventos relacionadosno calendário de suas confederações, federação ou liga esportiva, apósparecer da unidade administrativa da Secretaria de Estado de Esporte eJuventude, responsável pela coordenação e acompanhamento doPrograma;

III - atletas que se transferirem para localidade fora do Estadodo Maranhão;

IV - atletas cuja conduta moral ou ética autorize a coordenaçãodo Programa a afastá-lo ou venha a ter seu afastamento de seleçõesrepresentativas do Maranhão ou nacionais;

V - atletas que não apresentarem frequência e aprovação nasinstituições de ensino a que estiverem vinculadas, referentes aosperíodos cobertos pelo Termo de Adesão;

VI - atletas que não apresentarem seus relatórios de atividadescom assiduidade, salvo quando justificado por participação emcompetições;

VII - atletas que não utilizarem o uniforme do Programa paraentrevistas, fotos, cerimônias de premiação, como divulgação doPrograma Bolsa-Atleta, sempre que for permitido pelo regulamentoou norma da competição.

Parágrafo único. Em caso de desligamento de atleta doPrograma, a Secretaria de Estado de Esporte e Juventude, medianteindicação da Comissão de Avaliação do Programa Bolsa- Atleta,observando a ordem de classificação do processo seletivo, convocará opróximo atleta constante da lista, o qual será beneficiado pelo temporestante até a conclusão do período concedido ao excluído, ressaltandoo disposto no art. 10.

Art. 9º É vedada a concessão de mais de uma bolsa a ummesmo atleta.

Art. 10. A concessão da Bolsa-Atleta é eventual, temporária eperdurará enquanto o beneficiário estiver atendendo às condiçõesestabelecidas nesta Lei e no Termo de Adesão ao Programa.

Art. 11. A concessão da Bolsa-Atleta não gera qualquer vínculoentre os atletas beneficiados e a administração pública estadual.

Art. 12. O quantitativo das bolsas objeto do Programa e osvalores pecuniários correspondentes às categorias previstas no art. 3ºserão estabelecidos de acordo com a conveniência e a disponibilidadeorçamentária do Governo do Estado do Maranhão, sendo asseguradoum mínimo de cento e cinquenta bolsas.

Art. 13. As despesas decorrentes da presente Lei correrão porconta da dotação orçamentária: 2.697 - Promoção e Apoio às Federaçõese Ligas Esportivas - Desportos e Lazer - P.I. Bolsa Atleta - 36.099 -Outros Serviços pagos diretamente a pessoas físicas.

Art. 14. Os casos omissos serão resolvidos pela Secretaria deEstado de Esporte e Juventude, por meio da Comissão por elaconstituída.

Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 16. Revoga-se a Lei nº 7.749, de 10 de junho de 2002.

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TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA8PROJETO DE LEI N° 055 / 2010

CONSIDERA de Utilidade Pública a Cooperativados Empreendedores Rurais em Paço do Lumiardo Maranhão - COOPERMAR

Art. 1° - Fica considerada de Utilidade Pública a Cooperativados Empreendedores Rurais em Paço do Lumiar do Maranhão –COOPERMAR, com sede e foro no Município de Paço do Lumiar -MA.

Art. 2°- Esta Lei entrará em vigor na data de sua Publicação,revogadas as disposições em contrário.

PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS DOPALÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO “, em 18 de março de 2010.ANTÔNIO BACELAR - Deputado Estadual - PV.

PROJETO DE LEI Nº 056 / 10

Considera de Utilidade Pública a Associação dosCriadores do Sertão Maranhense - ACRISMA.

Art. 1º - Fica Considerada de Utilidade Pública a Associaçãodos Criadores do Sertão Maranhense - ACRISMA, com sede e foro noMunicípio de São João dos Patos, Estado do Maranhão.

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.PLENÁRIO DEPUTADO “NAGIB HAICKEL” DO

PALÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 22 de março de 2010. -Carlos Alberto Milhomem - Deputado Estadual

PROJETO DE LEI N° 057 / 2010

Considera de Utilidade Pública a AssociaçãoCultura Beneficente do Parque Tiago Aroso eAdjacências.

Art. 1° - Fica considera de Utilidade Pública a AssociaçãoCultura Beneficente do Parque Tiago Aroso e Adjacências, com sede eforo no município de Paço do Lumiar.

Art. 2°- Esta Lei entrará em vigor na data de sua Publicação.Plenário Deputado Nagib Haickel, em 18 de março de 2010. –

João Evangelista - Deputado Estadual

PROJETO DE LEI N° 058 / 2010

Considera de Utilidade Pública a Associação dosAgentes Ambientais Protetorres da Naturreza doMunicípio de Itapecuru-Mirim e da outrasprovidências.

Art. 1° - Fica considerada de Utilidade Pública a Associaçãodos Agentes Ambientais Protetorres da Naturreza do Município deItapecuru-Mirim, com sede e foro no município de Itapecuru – Mirim.

Art. 2°- Esta Lei entrará em vigor na data de sua Publicação.Plenário Deputado Nagib Haickel, em 18 de março de 2010. –

João Evangelista - Deputado Estadual

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 005 / 10

CONCEDE O TÍTULO DE CIDADÃOMARANHENSE AO Sr. ANTONIO GENTILSOUZA.

Art. 1º - Fica concedido o título de Cidadão Maranhense ao Sr.ANTONIO GENTIL SOUZA, natural de Campo Grande, Estado doRio Grande do Norte.

Art. 2º - Esta Resolução Administrativa entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

SALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO MARANHÃO, 18 de março de 2010. - VICTORMENDES - Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

Antonio Gentil Souza, nasceu no dia 20 de outubro de 1947,na cidade Campo Grande, Estado do Rio Grande do Norte, casado há45 anos, com a Sra. Marluce Bezerra de Souza, com quem teve trêsfilhos Glícia Gentil (filha primogênita), Glênia Genti e Glauber Gentil,que lhes deram 6 (seis) netos, Filipi e Daniel Gentil (filhos de Glícia);Rafael e Gabriella Gentil (filhos de Glenia) e Giovanna e Gael Gentil(filhos de Glauber).

Antonio Gentil Souza, ainda jovem fugiu da seca castigante domédio oeste potiguar, migrou para a capital e mostrou como o trabalhoe a perseverança podem levar um auxiliar de serviços gerais a ocupar oposto de diretor de uma empresa e, posteriormente, a se tornar um dosmaiores empresários do setor varejista do Rio Grande do Norte e umdos grandes investidores e defensores do estado do Maranhão.

Temos em seu histórico profissional um início modesto comoauxiliar de serviços gerais, passando a vendedor, gerente e sócio-diretorda Camisaria União; diretor-presidente da Tony Modas(posteriormente, a empresa deu lugar à Botton, marca de vestuáriomasculino que abastece mais de cem (100) lojas multimarcas doNordeste); franqueado Boticário. A primeira loja foi aberta na décadade 80 e se multiplicou na grande Natal (atualmente, são 18 lojas no RNe 15 lojas na Grande São Luís); franqueado do Paraná Banco agenciaRN, Sócio da Corretora que vende seguros da JMBR, empresas dobraço financeiro do Grupo JMalucelli; diretor do Sindicato dosComerciários do Rio Grande do Norte (1966/1969) diretor da Sindicatodo Comércio Varejista do Rio Grande do Norte (1976/1979) presidenteda Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (1983/1985), realizandonos 2 mandatos a 1ª Convenção Estadual das CDL do NE; presidenteda Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande doNorte (1986/1988), realizando em sua gestão a 26ª Convenção Nacionalde Dirigentes Lojistas do Brasil com inauguração do Centro deConvenções de Natal, evento este que marcou o despontar do turismoPotiguar; presidente da Associação Comercial do Rio Grande do Norte(1997/1999), quando realizou o 9º Congresso Nacional das AssociaçõesComerciais Brasileiras e coordenou o fórum Empresarial do RNcongregando 22 entidades brasileiras; diretor da Confederação Nacionalde Dirigentes Lojistas no mandato do presidente nacional SamuelShubert.

Destacamos aqui algumas de suas filosofias empresariais, bemcomo algumas de suas obras literárias:

- “Tudo que se compra com dinheiro é barato. Caro érespeito, honra e dignidade, que não se encontram nasprateleiras dos supermercados”;- “A receita do sucesso é trabalhar muito, dormir tarde eacordar cedo”;- “Procure desenvolver a capacidade de se antecipar aosacontecimentos”;- “É melhor dormir com fome do que acordar devendo”; e- “A prosperidade nos negócios está em fazer mais commenos”.

EDIÇÕES LITERÁRIAS- O Rio Grande do Norte é um grande negócio- Monografia, histórica e geográfica do município de CampoGrande – RN;- Cleto Souza – Escrivão, Poeta e Boêmio;- DO RIO GRANDE DO NORTE PARA O MARANHÃO.

Antonio Gentil construiu, fundou e mantém o Espaço CulturalCleto Souza. A entidade possui biblioteca, pinacoteca, museu, escolasde informática, música e artesanato. Além disso, realiza seminários,palestras, treinamentos e encontros que alavancam o desenvolvimentode crianças e jovens. Fundada há 13 anos, o Espaço foi doado e hoje

Page 9: 12345 1 ESTADO DO MARANHÃO 12345 ASSEMBLEIA … · Deputado João Batista Deputado Penaldon Jorge VIII - Comissão de Defesa do Consumidor Titulares Deputada Graça Paz Deputado

DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 9integra a Casa de Cultura Popular de Campo Grande, projeto daFundação José Augusto.

Visionário e empreendedor, Antonio Gentil esteve em São Luís,pela primeira vez, em 2005. O propósito era analisar o potencialeconômico da capital maranhense com foco na expansão dos negóciosda família Gentil. Ao perceber as perspectivas positivas de retorno deinvestimento, Antonio Gentil aproveitou a oportunidade de aquisiçãodas oito lojas existentes do Boticário em São Luís, à época em fase detransição entre franqueado e franqueadora. Fundou-se, assim, a SAGECosméticos do Maranhão Ltda, hoje, responsável pela consolidaçãoda marca O Boticário na Grande São Luís com 15 lojas, abertura demais 2 (duas) até o final de 2010 e previsão de mais 3 (três) aberturasaté o final de 2011. Com o crescimento exponencial do Maranhão,Antonio Gentil é articulador da implementação de novos negócios noestado, é defensor de futuros investimentos em São Luís e cidadespólos do MA e incentivador de novas instalações estratégicas dedistribuição da franqueadora que é hoje a maior rede de perfumaria ecosméticos do mundo.

Destacamos alguns dados da SAGE Cosméticos do MaranhãoLtda., no quesito gerando emprego e renda:

- número de lojas: hoje 15. Até o final 2010 serão 17 e, em2011, 20 lojas.- empregos diretos: hoje 103. Até o final 2010 serão 120 e,até final 2011, serão 135.- empregos indiretos: hoje 309. Até o final 2010 serão 360 e,até final 2011, serão 390.- volume de investimento: R$ 20 milhões- volume de investimentos futuros: R$ 5 milhões até final de2011

Todos os investimentos pautados dizem respeito a aquisiçõesimobiliárias, instalações de lojas, equipamentos, estoques, fretes,treinamentos, ações de marketing e propaganda, benefícios, premiações,campanhas de vendas e contribuições fiscais de IPTU, ICMS, impostode renda e obrigações sociais.

Segue em anexo: Testemunhal do Antonio Gentil SouzaSALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO

ESTADO DO MARANHÃO, 18 de março de 2010. - Victor Mendes- Deputado Estadual

TESTEMUNHAL

“Desejamos ser para todos os envolvidos no sistema OBoticário - franqueadora, colaboradores da fábrica, demais franqueadosda rede, fornecedores e prestadores de serviços - uma REFERÊNCIAna gestão do negócio, objetivando crescimento e expansão dentro darede de franquias do Boticário. Desejamos manter esse nível de excelênciapara sermos lembrados sempre que as oportunidades surgirem noBoticário”.

Há alguns anos foram analisadas oportunidades no interior doRio de Janeiro e na capital de Sergipe, Aracajú. Foi pontuada tambéma possibilidade de investirmos em Manaus. Quando, enfim, surge apraça de São Luis. Por que? Porque intimamente buscamos a excelênciae vestimos a camisa da Marca. Na condição de franqueados o Boticário,potencializamos todas as iniciativas da franqueadora. Conheci ofundador dessa empresa na Saldanha Marinho, n. 77, centro de Curitiba/PR, no início da década de 80. Um visionário com desejo de expansão,um precursor, um empreendedor nato que transformou uma farmáciade manipulação na maior franquia de perfumes e cosméticos do mundo,hoje com mais de 3000 pontos de venda espalhadas nos 5 continentesdo planeta.

Em 2005 fui com meu filho Glauber a São Luis. Percorremosas lojas existentes, compramos um mapa da cidade, fotografamos cadaloja e as identificamos no mapa. Almoçamos e jantamos nos restaurantesda cidade. Fizemos um city tour na ilha, fomos a São José do Ribamar,Paço do Lumiar e Raposa. Detectei um Estado com muita água ( 6 riosperenes ) e muito verde, característica da Amazônia que sempre chama

minha atenção. Tive carência dessa natureza abundante no meu sertão.Eis um cenário distante do vivenciado na infância pelo sertanejo queencontra nas raízes as soluções para os desafios do a dia a dia. Vislumbreium mercado potencial e que tendia a se desenvolver cada vez mais,fato justificado nesses últimos 5 anos que rapidamente se passaram.Vi a força dos grupos locais, a exemplo da Franere, do Grupo Mateus,entre outros e, da constante chegada de grupos nacionais de todos ossegmentos. De São Luís ou de fora, uma certeza me movia: esse lugarmerece receber cada dia mais investimento. Dane-se o MOMA - termopejorativo e mentiroso sobre a mão de obra maranhense; dane-se oIDH mais baixo do país; dane-se o pessimismo que rodeia os que têmmedo de acreditar e trabalhar. Esse dane-se merece ser aliviado, mas émeu jeito disparado demais de ser. Decidi apostar na força do mercadoe do povo desse lugar, na inexplicável Rua Grande, nos shoppings enos equipamentos de varejo que estão se instalando, no turismo queparece desabrochar, nos Lençóis que estão entre as 7 maravilhas naturaisdo mundo, na cultura e na magia dessa terra. O Maranhão é um marcona minha trajetória empresarial. Esse lugar tem me ensinado a cada vezmais enfrentar os desafios.

Naquele momento o Boticário procurava investidores quetopassem investir na capital maranhense, estabelecer relações, apostarno mercado. Oito lojas, comparativamente às demais capitais doNordeste, era muito pouco para uma cidade com o potencial de SãoLuís. Glenia, minha filha do meio, comprou a idéia de fazer uma pesquisade mercado e de, inicialmente, mudar-se para Ilha. Minha filha maisvelha, Glicia, chegou um ano depois quando as negociações de aquisiçãoestavam mais avançadas e o contrato de compra e venda prestes a serassinado. Os netos acompanharam suas mães e metade da minha famíliase instalou na cidade. A saudade deu lugar ao trabalho. Em dezembrode 2006 não só adquirimos as 8 lojas pré-existentes, como no mêsseguinte, inauguramos a nona. De lá pra cá, outras 6 foram abertas e,até o final do ano de 2010, mais 2 lojas, perfazendo um total de 17 emSão Luís e 1 em São José de Ribamar. Mais que duplicamos nossacapilaridade. Os números falam por si só. Crescemos 54% em itensvendidos. De 42 funcionários passamos para 103. Os investimentosse estenderam à área imobiliária, nas ações de relacionamento, napresença constante como marca patrocinadora dos principais eventosda cidade - no entretenimento; na arte e na cultura do Maranhão; osprêmios conquistados; as metas alcançadas; os objetivos atingidos; dafábrica nacional do Boticário já vieram mais de dez executivosacompanhar de perto nosso trabalho. Amigos da classe empresarial ejornalística do Rio Grande do Norte me acompanharam em viagens apasseio e constataram as minhas palavras à respeito desse estado tãoquerido. Para nossa honra está confirmado para, em 29 de Abril de2010, receber a visita do fundador Miguel Krigsner e do presidente daempresa Artur Grymbaum. Uma rede de parceiros se formou em SãoLuís: A CORES Comunicação, A IDEA Propaganda , A WISEConsultoria, Grupo MIRANTE de comunicação, TV Difusora, TvRecord, SEBRAE, IMPARCIAL e tantas outras.... Aqui foramdepositados alguns milhões, parte de uma poupança adquirida com aforça da família em 45 anos de atuação no varejo e de total adimplênciajunto a toda cadeia produtiva que nos rodeia. Prometemosrelacionamento, expansão e lojas abastecidas.

Sobre relacionamento e treinamento de pessoas, minha Gliciapode falar melhor do que eu. Sobre expansão deixo a palavra comminha outra filha Glenia. Sobre abastecimento e investimento, sãomais de 800 itens distribuídos em 16 categorias de produtos, em todosos pontos de venda da rede que assumi. Não importa qualquer esforçopara alinhar as lojas de São Luís às melhores do país.

Cumprimos as promessas. Imagino termos superado asexpectativas e sei que junto das filhas - que abri mão do meu convíviopróximo e, ainda mais, sentido a saudade dos netos - podemos fazermais. Muito mais. Outros negócios podem vir, novas oportunidadespodem surgir.

O Maranhão, para mim, nunca foi dúvida. Sempre foi umaconstatação de que sempre há em algum lugar uma oportunidadedisfarçada. Basta que a olhemos com os olhos da vontade de realizar.”

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TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA10PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA Nº 006 / 10

Institui a Frente Parlamentar em Defesa daAprovação do Projeto de Emenda à ConstituiçãoFederal n.º 300/2008 (PEC 300) e o apoio àimplantação do Adicional Noturno aos PoliciaisMilitares e Bombeiros Militares do Estado doMaranhão.

Art. 1º - Fica instituída a Frente Parlamentar em Defesa daAprovação do Projeto de Emenda à Constituição Federal n.º 300/2008e o apoio à implantação do Adicional Noturno aos Policiais Militarese Bombeiros Militares do Estado do Maranhão, de carátersuprapartidária, a ser instalada com a participação e apoio dosDeputados Estaduais, atuando na amplitude de suas prerrogativaslegais.

§ 1º – Frente Parlamentar terá um Presidente escolhido pelamaioria dos seus membros, cujo mandato terá duração até aprovaçãodefinitiva da PEC 300 e sua efetivação e à implantação do AdicionalNoturno aos Policiais Militares e Bombeiros Militares do Estado doMaranhão.

§ 2º – Os Deputados que vierem a compor a Frente Parlamentarassinarão um termo de compromisso, manifestando apoio aos objetivosestabelecidos nesta Resolução. Assim como, a execução de políticaspúblicas que promovam dignidade aos servidores policiais do Estadodo Maranhão.

Art. 2º - A Frente Parlamentar ora instituída tem por finalidadeacompanhar e apoiar o processo legislativo para aprovação da PEC300 até sua conclusão, bem como, a implantação do adicional noturnoà remuneração dos Policiais Militares e Bombeiros Militares do Estadodo Maranhão.

Parágrafo único – As estratégias adotadas pela FrenteParlamentar, instituída no art. 1º, serão desenvolvidas através de Fórunsde Debates, Audiências Públicas, Panfletos, Outdoor, Folders, dentreoutros.

Art. 3º - A Frente Parlamentar em Defesa da Aprovação doProjeto de Emenda à Constituição Federal n.º 300/2008 e o apoio àimplantação do Adicional Noturno aos Policiais Militares e BombeirosMilitares do Estado do Maranhão, terá duração permanente e nortearáa definição de mecanismo capaz de integrar diversas políticas públicas,até que os objetivos pelos quais se propõe, sejam alcançados.

Art. 4º - Este Projeto de Resolução entra em vigor na data desua publicação.

Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário.Plenário “Gervásio Santos” do Palácio “Manoel Bequimão”.

São Luís, 18 demarço de 2010. - PAVÃO FILHO - Deputado Estadual- “A educação é o grito de liberdade de um povo”

Relação dos Deputados que aderiram à Frente Parlamentar emDefesa da Aprovação do Projeto de Emenda à Constituição Federal n.º300/2008 (PEC 300) e apoio à implantação do Adicional Noturno aosPoliciais Militares e Bombeiros Militares do Estado do Maranhão.

___________________________________Deputado Afonso Manoel

___________________________________Deputado Alberto Franco

___________________________________Deputado Antonio Bacelar

___________________________________Deputado Antônio Pereira

___________________________________Deputado Arnaldo Melo

___________________________________Deputado Camilo Figueiredo

___________________________________Deputado Carlos Braide

___________________________________Deputado Celso Santos

___________________________________Deputado Chico Gomes

___________________________________Deputado Chico Leitoa

___________________________________Deputado Cleide Coutinho

___________________________________Deputado Domingos Paz

___________________________________Deputado Edivaldo Holanda

___________________________________Deputado Eliziane Gama

___________________________________Deputado Fábio Braga

___________________________________Deputado Fátima Vieira

___________________________________Deputado Gardênia Castelo

___________________________________Deputado Graça Paz

___________________________________Deputado Helena Barros Heluy

___________________________________Deputado Irmão Carlos

___________________________________Deputado Janice Braide

___________________________________Deputado João Batista

___________________________________Deputado João Evangelista

___________________________________Deputado José Lima

___________________________________Deputado Jura Filho

___________________________________Deputado Manoel Ribeiro

___________________________________Deputado Marcelo Tavares

___________________________________Deputado Márcia Marinho

___________________________________Deputado Marcos Caldas

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 11

___________________________________Deputado Nonato Aragão

___________________________________Deputado Paulo Neto

___________________________________Deputado Penaldon Jorge

___________________________________Deputado Reinaldo Calvet

___________________________________Deputado Ricardo Archer

___________________________________Deputado Rigo Teles

___________________________________Deputado Rubens Pereira Junior

___________________________________Deputado Stênio Rezende

___________________________________Deputado Tatá Milhomem

___________________________________Deputado Valdevino Cabral

___________________________________Deputado Valdinar Barros

___________________________________Deputado Victor Mendes

REQUERIMENTO Nº 074 / 10

Senhor Presidente:Na forma do que dispõe o Regimento Interno desta Assembléia,

requeiro a Vossa Excelência, que após ouvido o Plenário, seja discutidoe votado em regime de urgência, em uma Sessão Extraordinária, logoapós a presente Sessão, o Projeto de Lei nº 241/2009, que dispõesobre a legitimação de terras dos remanescentes das Comunidades dosQuilombos e dá outras providências, de minha autoria.

PLENÁRIO DEPUTADO “GERVÁSIO SANTOS”, DOPALÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 18 de março de 2010. –DOMINGOS PAZ - Deputado Estadual

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRESIDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DOREQUERIMENTO NA ORDEM DO DIA. 23.03.10EM: 22.03.10

REQUERIMENTO N° 076/10

Senhor Presidente

Na forma regimental requeiro a V.Exa. que, depois de ouvida aMesa e na forma do que dispõe o § 2º do art. 33 da ConstituiçãoEstadual, sejam solicitadas ao Deputado Ricardo Murad, Secretáriode Estado da Saúde, as seguintes informações:

1. Cópia do Convênio firmado entre o Ministério deDesenvolvimento Social e o Governo do Estado com vistasdo Programa do Leite;2. Valor dos recursos financeiros repassados, mês a mês, aoEstado do Maranhão com vistas ao convênio acimamencionado;

3. Qual o valor aplicado pelo Governo do Estado, referenteà contrapartida do convênio em epígrafe;4. A quantidade de leite fornecido diariamente, discriminarpor município;5. Qual a modalidade de licitação adotada pelo Governo doEstado do Maranhão para compra do leite;6. Qual o valor pago por litro;7. Cópia dos contratos com os fornecedores;8. Qual o valor pago até a presente data aos fornecedores;9. Cópia do processo administrativo da Empresa LaticínioSão José;

SALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO MARANHÃO, 16 de março de 2010. - RUBENSPEREIRA JUNIOR - Deputado Estadual

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRESIDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DOREQUERIMENTO NA ORDEM DO DIA. 23.03.10EM: 22.03.10

REQUERIMENTO N° 077/10

Senhor Presidente

Na forma regimental requeiro a V.Exa. que, depois de ouvida aMesa sejam solicitadas ao Doutor Patrus Ananias, Ministro deDesenvolvimento Social, as seguintes informações:

1. Cópia do Convênio firmado entre o Ministério deDesenvolvimento Social e o Governo do Maranhão comvistas do Programa do Leite;2. Qual o valor repassado ao Governo do Maranhão;3. Qual a quantidade de leite diário e mensal discriminadopor município;4. Qual a contrapartida de responsabilidade do Governo doMa;5. Cópia da prestação de contas do referido convênioreferente ao exercício de 2009.

SALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO MARANHÃO, 16 de março de 2010. - RUBENSPEREIRA JUNIOR - Deputado Estadual

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRESIDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DOREQUERIMENTO NA ORDEM DO DIA. 23.03.10EM: 22.03.10

REQUERIMENTO N° 078/10

Senhor Presidente

Na forma regimental requeiro a V.Exa. que, depois de ouvido oPlenário seja constituída uma comissão tripartite com trêsparlamentares com assento nesta Casa, um representante do governodo estado e um representante do SINPROESEMMA para discutir oEstatuto do Magistério.

SALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO MARANHÃO, 16 de março de 2010. - RUBENSPEREIRA JUNIOR - Deputado EstadualNOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRESIDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DOREQUERIMENTO NA ORDEM DO DIA. 23.03.10EM: 22.03.10

REQUERIMENTO Nº 079 / 10

Senhor Presidente:

Na forma do que dispõe o Regimento Interno desta Assembléia,requeiro a Vossa Excelência, que após ouvido o Plenário, seja discutido

Page 12: 12345 1 ESTADO DO MARANHÃO 12345 ASSEMBLEIA … · Deputado João Batista Deputado Penaldon Jorge VIII - Comissão de Defesa do Consumidor Titulares Deputada Graça Paz Deputado

TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA12e votado em regime de urgência, em uma Sessão Extraordinária, logoapós a presente Sessão, o Projeto de Lei nº 049/2010, de minha autoria,que denomina “Viva Lili de Sá” o espaço público construído peloPoder Executivo Estadual, localizado no Bairro Caratatíua.

PLENÁRIO DEPUTADO “NAGIB HAICKEL”, DOPALÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 18 de março de 2010. –MARCOS CALDAS - Deputado Estadual – IV Secretário PRB

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRESIDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DOREQUERIMENTO NA ORDEM DO DIA. 23.03.10EM: 22.03.10

REQUERIMENTO Nº 080 / 10

Senhor Presidente,

Na forma regimental, requeiro a Vossa Excelência que depoisde ouvido o Plenário, seja realizado, nas dependências do PlenárioGervásio Protásio dos Santos, em data a ser definida pela Mesa Diretora,um Painel sobre Segurança Pública no Estado do Maranhão com oobjetivo de discutir, debater, refletir e sugerir mudanças na política deSegurança Pública adotada pelo atual governo do estado.

É de notório conhecimento de toda a população, a caóticasituação em que se encontra o Sistema de Segurança do Estado. Acriminalidade cada vez mais em alta com o numero de assaltos e dehomicídios crescendo de forma como nunca visto neste estado. Asestatísticas estão ai para confirmar essa assertiva. Somente neste fimde semana, do dia 12 ao dia 14, do corrente, foram 7 (sete) homicídiosna Capital. Os próprios membros do corpo policial tem sido vitimasdessa sanha criminosa. Já são 3 (três) os policiais mortos em serviço,somente neste começo de ano. De fato, a criminalidade está mesmosem controle.

É preciso dar um paradeiro nisso. A sociedade não suportamais essa situação. O medo está disseminado em toda a população.Até a Igreja Católica se acha atingida por essa onda de insegurança,tanto que o pároco da Igreja de São João, no centro da cidade, suspendeua tradicional missa das cinco horas da tarde, como medida radical, comvista a proteger seus fiéis. Já a tradicional Igreja do Carmo, foi maislonge, instalou circuito interno de tevê com câmaras nos pontosestratégicos do templo e contratou vigilância privada. Esse é o cenárioque vivemos e que a todos preocupa e assusta.

O Estado do Maranhão, dispõe, faça-se justiça, de um corpofuncional de policia, tanta civil como militar, de excelência. Graças asações do Governo Jackson Lago, a policia do Maranhão é bem treinadae dispõe de uma razoável estrutura e de equipamentos adequadospara de prestar excelentes serviços a população.

Ocorre que o caos, presentemente vivenciada na segurançapublica do Maranhão, decorre da

falta de planejamento; de comando nas ações e de uma políticade segurança firme, onde não comporte interesses particulares epartidários, se não a segurança do cidadão.

Por tudo isso é necessário a realização de um amplo debateenvolvendo policiais, especialistas em segurança publica, políticos,membros da OAB, do Ministério Publico e da Magistratura e deoutros segmentos da sociedade civil. São essas, pois, as razões quejustificam a realização do Painel que ora submeto a deliberação daMesa desta Casa.

Requeiro por fim que sejam efetuados convites a diversaspersonalidades que posteriormente nominarei a Mesa Diretora.

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRESIDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DOREQUERIMENTO NA ORDEM DO DIA. 23.03.10EM: 22.03.10

INDICAÇÃO Nº 139/10

Senhor Presidente,

Requeiro na forma regimental a Vossa Excelência que, depoisde ouvida a mesa, seja encaminhado ofício ao Sr. José Jorge LeiteSoares, Diretor de Relações Institucionais e Planejamento (CEMAR),que seja concluída a implantação da rede elétrica na Av.Profª. Gaioso,no Loteamento Maracujá São José de Ribamar, pois encontra-seincompleto deixando assim os moradores apreensivos.

A presente solicitação é de grande valia para os moradores doloteamento acima referido.

Plenário “Deputado Nagib Haickel”, do Palácio ManoelBequimão, em São Luís, 18 de março de 2010. - Manoel Ribeiro -Deputado Estadual

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 140 / 10

Senhor Presidente,

Requeiro na forma regimental a Vossa Excelência que, depoisde ouvida a mesa, seja encaminhado ofício a Senhora GovernadoraRoseana Sarney Murad, no sentido de determinar junto ao órgãocompetente, Secretaria do Trabalho e Economia Solidaria, que sejaimplantado o Programa Primeiro Emprego - PNPE e respectivamentea criação de 25 vagas para a cidade de Candido Mendes.

A presente solicitação prende-se ao fato da qualificação dejovens para o mercado de trabalho e inclusão social.

Plenário “Deputado Nagib Haickel”, do Palácio ManoelBequimão, em São Luís, 18 de março de 2010. - Manoel Ribeiro -Deputado Estadual

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 141 / 10

Senhor Presidente,

Requeiro na forma regimental a Vossa Excelência que, depoisde ouvida a mesa, seja encaminhado ofício a Senhora GovernadoraRoseana Sarney Murad, no sentido de determinar junto ao órgãocompetente, Secretaria do Trabalho e Economia Solidaria, que sejaimplantado o Programa Primeiro Emprego - PNPE e respectivamentea criação de 100 vagas para a cidade de Buriti Bravo .

A presente solicitação prende-se ao fato da qualificação dejovens para o mercado de trabalho e inclusão social.

Plenário “Deputado Nagib Haickel”, do Palácio ManoelBequimão, em São Luís, 18 de março de 2010. - Manoel Ribeiro -Deputado Estadual

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 142 / 10

Senhor Presidente,

Na forma do que dispõe o Regimento Interno deste Parlamento,requeiro a Vossa Excelência que, após ouvida a Mesa, seja encaminhadoexpediente ao Ilustríssimo Diretor Presidente da Companhia de Águase Esgotos do Maranhão – CAEMA, o Senhor João Moreira Lima,solicitando a recuperação do poço que abastece com água, o BairroSanto Antonio, Município de Mirinzal (MA). Trata-se de umacomunidade com 450 residências que vem sofrendo com a escassez de

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 13água por falta de manutenção adequada no sistema de abastecimentodaquela localidade.

Por se tratar de uma necessidade básica de uma parcelaimportante da população do Município, que com certeza vem sofrendotranstornos devido a essa situação, requeremos que o presente pleitoseja acatado por V. Exa. a fim de que seja recuperado com “urgência” oreferido sistema para abastecimento de água, promovendo assim amelhoria na qualidade de vida de mais de 1.000 (mil) pessoas daquelacidade.

Plenário “Nagib Haickel” do Palácio “Manoel Bequimão”, emSão Luís, 17 de março de 2010. - GRAÇA PAZ - Deputada Estadual– PDT

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 143 / 10

Senhor Presidente,

Na forma regimental requeiro a Vossa Excelência que, apósouvida a Mesa, seja encaminhado ofício ao Senhor José Soares Júnior,Gerente - Executivo de Relações Institucionais da TELEMAR/OI,solicitando providências no sentido de autorizar a instalação de telefonepúblico no Povoado Centro das Curicas, Município de GonçalvesDias (MA), com 20 famílias, distante 4 (quatro) quilômetros do telefonemais próximo

A presente Indicação fundamenta-se no Plano Geral de Metasde Universalização para o exercício de 2010. Referida comunidadenecessita dos serviços de telefonia rural como instrumentoindispensável à melhoria das condições de vida de seus habitantes e aodesenvolvimento sustentável do Município.

Plenário Deputado Gervásio Santos do Palácio ManoelBequimão, em 17 de março de 2010. - GRAÇA PAZ - DeputadoEstadual - PDT

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO N.º 144 / 10

Senhor Presidente,

Na forma regimental, requeiro a Vossa Excelência que, apósdeliberação da Mesa, seja encaminhado oficio ao Excelentíssimo SenhorMinistro do Estado da Saúde, Doutor José Gomes Temporão, nosentido de que Sua Excelência faça intensificar, através da Secretaria deEstado da Saúde e das Secretarias Municipais, a Vacinação, emmassa, de toda a população do Estado Maranhão, contra o Vírus daGripe A – o H1N1, programa do Governo Federal, através daqueleministério.

Pretende-se que a vigorosa campanha de vacinação que oMinistério da Saúde vem encetando em todo o pais, contra o H1N1,contemple a toda a população do estado que vivencia, neste momento,um grande surto do vírus, com ocorrência em todo o seu território.

Conforme dados das autoridades da saúde, no Estado do oMaranhão foram constatados, no período de junho a dezembro de2009, 42 casos suspeitos de contaminação. Só este ano já foramregistrados cerca de 13 (treze) casos fatais, com óbitos.

Ocorre que o cronograma de vacinação estabelecida peloMinistério da Saúde e adotado no Estado do Maranhão, prevê oatendimento da população de forma escalonada, só contemplando asua totalidade, por volta do final de maio do corrente ano. Ora se oestado vive um grande surto do vírus com sérios riscos de se transformarem epidemia, é prudente que a vacinação seja aplicada em massa,indiscriminadamente, a todas as camadas da população maranhense.

Diante disso, faz-se necessário que o Ministério da Saúdeestenda a campanha de vacinação contra o vírus da Gripe A, com vista

a atender, no menor espaço de tempo possível, toda a população doEstado do Maranhão que está submetida a riscos reais de ser afetadapor esse terrível vírus.

SALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO MARANHÃO, em São Luís, 22 março de 2010. -Edivaldo Holanda - Deputado Estadual – PTC

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 145 / 10

Senhor Presidente,

Na forma do que dispõe o Regimento Interno deste Parlamento,requeiro a Vossa Excelência que, após ouvida a Mesa, seja encaminhadoexpediente ao Excelentíssimo Secretário de Estado da Infraestrutura -SINFRA, o Senhor José Max Pereira Barros, solicitando ações nosentido de providenciar a pavimentação da Estrada, que liga osPovoados de Goiabal e Gapó da Poeira, no Município de SãoBento-MA.

A citada estrada é o principal acesso dos referidos povoados,localizados no município de São Bento. O maior trecho dela é situadoem área rural, servindo de acesso a aproximadamente mil pessoas(estudantes, trabalhadores e produtores agrícolas). São sete Km deestradas e uma via muito importante para população daquela região,com destaque para a melhoria das condições de escoamento da produçãorural.

Infelizmente, a referida estrada se encontra em péssimascondições de trafegabilidade. Atualmente, os motoristas precisam fazerverdadeiros malabarismos, para não caírem nos buracos, que vêmaumentando com as chuvas. Isto pode causar sérios danos materiais,sem se falar do constante risco de acidentes com vítimas, principalmentedurante a noite. Por tal razão, fica comprometido o trânsito de pessoase cargas.

Por tais razões, pugnamos que o presente pleito seja acatadopor V. Exa. a fim de que a Secretaria de Estado da Infraestrutura –SINFRA possa realizar ações no sentido de pavimentar a Estradaque liga o Pov. de Goiabal e Gapó da Poeira, melhorando a vida demilhares de maranhenses daquela região.

Plenário “Gervásio Santos” do Palácio “Manoel Bequimão”.São Luís, 18 de março de 2010. - Jura Filho - DEPUTADO ESTADUAL– PMDB

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

O SENHOR PRIMEIRO SECRETÁRIO DEPUTADOMARCOS CALDAS - Expediente lido, Senhor Presidente.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Expediente lido à publicação.

III - PEQUENO EXPEDIENTE.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Deputada Cleide Coutinho, por cinco minutos, sem direitoa apartes.

A SENHORA DEPUTADA CLEIDE COUTINHO (semrevisão da oradora) - Senhor Presidente, membros da Mesa, colegaDeputada Helena, deputados, imprensa, estou aqui hoje para por emprática um princípio que tem norteado a minha vida não só quandoexerci minha profissão de médica, de diretora hospitalar, mas tambéme, principalmente, quando ocupei cargos públicos, na cidade de Caxias,porque ocupei o cargo de vice-prefeita, já ocupei cargo de Secretária deSaúde e já ocupei cargo de Secretária de Assistência Social. É claro queeste princípio se faz muito mais presente agora que exerço com muita

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TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA14honra, ao lado dos colegas deputados, este mandato que é tãoimportante, o de Deputada Estadual. E esta norma que norteia a minhavida é sempre ter documentos que comprovem qualquer ato que eupossa realizar desde denúncias, solicitações ou pedidos de benefíciospara a minha população. E é por isso, colegas, imprensa, que estouaqui para, mais uma vez, reiterar o pedido que fiz, desta tribuna, no dia16 do mês em curso, ao Excelentíssimo Senhor Deputado Max Barros,meu amigo, secretário de Infraestrutura para que tome as providênciasnecessárias, a fim de que a estrada MA-127, que liga Caxias a São Joãodo Soter, seja efetivamente restaurada podendo assim ser utilizadapela população em geral. Trago neste momento, senhoras e senhores,uma resposta para a Deputada Márcia Marinho, que fez um aparte aoDeputado Estadual Edivaldo Holanda, do corrente mês, que questionoua data das fotos que demonstravam o estado caótico das estradas, queeu recebi. Respondo, portanto, neste momento e faço até questão deler a declaração que recebi, no dia 15 de março, que me foi entreguepelo Senhor José Wilson da Silva, Secretário de AdministraçãoFinanceira do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caxias. E adeclaração diz o seguinte: Eu, José Wilson da Silva, brasileiro, maior,casado, portador do Registro Geral n.º tal, SSP-PI, CPF n.º tal,secretário de Administração Financeira do Sindicato dosTrabalhadores e Trabalhadores Rurais de Caxias, residente nopovoado Chapada, do 3º Distrito de Caxias, declaro, para fins deprova e a quem possa interessar, que fui eu que participei da coleta deassinaturas de residentes nos povoados situados à margem da rodoviaMA-127, com o objetivo de reivindicar melhorias na mencionadarodovia, que se encontra, até hoje, dia 15, intrafegável. Declaro tambémque pessoalmente registrei em fotos, no dia 4 do corrente mês, o efetivoe precário estado da mencionada rodovia, tanto as assinaturascoletadas como as fotos por mim registradas, foram encaminhadaspara a Senhora Deputada Cleide Coutinho para que tomasse asprovidências cabíveis, ou seja, para a reivindicação de reparos emelhorias na rodovia em questão, inclusive com a construção daspontes situadas no município de Caxias, que pelo que se sabe foramcontratadas com empresas que até o momento não realizaram nadado contratado. Diferentemente do que ocorreu no trecho do municípiode São João do Soter que já recuperou a estrada, inclusive com aconstrução das pontes situadas no trecho desse município. É bommencionar que a precariedade da estrada sem pontes causa, nomunicípio de Caxias, graves danos ao meio ambiente ao obrigar, osveículos que circulam na rodovia, a trafegarem sobre o leito do riachoIamun, manancial abastecedor de água para a população caxiense,localizado à margem esquerda do Rio Itapecuru. Caxias, 15 de marçode 2010. Assinado por José Wilson da Silva. Bom, dito isto ficademonstrado que as fotos que apresentei naquele dia foram do dia 4 demarço, tenho em mãos fotos tiradas no dia 6, mas tenho aqui fotosmais recentes que foram tiradas no dia 17 deste mês, na própria quinta-feira à tarde, todas datadas e que retratam ainda a maneira caótica dareferida rodovia. Por isso, faço questão de passar essas fotos às mãosde quem possa interessar, até para que envidem também esforços que,certamente, somados aos meus e as do Deputado Rubens Júnior, quefizemos emendas ao Projeto de Lei n.º 124/2009, publicado no DiárioOficial da Assembleia Legislativa e através das Emendas solicitamos arestauração dessas rodovias, eu espero e tenho certeza de que oDeputado Max Barros mande uma comissão para saber o que foi quehouve, porque é importante, senhores e senhoras, ressaltar queenquanto o trecho da estrada dentro do município de Caxias não foiconcluído e que é responsabilidade do Estado o trecho corresponde aomunicípio de São João do Sóter já está concluído, e eu quero parabenizaraqui a Prefeita, a dona Luiza Rocha que fez o convênio, recebeu aquantia determinada e já fez a obra, enquanto isso a parte de Caxiascujo o recurso foi passado para uma empresa foi licitado essa empresanão fez ainda, então a minha queixa aqui não contra o Secretário, sópeço ao Max Barros nosso colega, nosso amigo que mande uma comissãolá investigar, porque não adianta, Deputado Carlos Alberto Milhomem,licitar, querer fazer, aprovar a Emenda, repassar o recurso e não sair aestrada e eu tenho aqui as fotos se alguém quiser ver, está em minhasmãos e fiquem à vontade, obrigada.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES – Deputado Victor Mendes, cinco minutos, sem direito aapartes.

O SENHOR DEPUTADO VICTOR MENDES (sem revisãodo orador) - Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados,imprensa. Boa tarde a todos. Senhor Presidente, eu faço um registro,nesta tarde de hoje, nessa segunda-feira, me reportando aopronunciamento que fiz, na semana passada, a respeito da CaixaEconômica de Pinheiro onde eu aproveitei do ensejo para mostraralgumas fotografias e até por coincidência no Dia do Consumidortambém falei desse descaso da Caixa para com os seus consumidoresda nossa região, por lapso de memória acabei me furtando de ressaltara lei das filas dos bancos de autoria da Deputada Helena Barros Heluy,ela me lembrou desse detalhe, mas eu falei para ela, deputada, osclientes não conseguem nem entrar na agência e a sua lei é para quemestá dentro da agência, eles ficam do lado de fora pegando sol e chuva.Mas feito este registro, essa explanação após esse discurso da semanapassada dois servidores da Superintendência da Caixa Econômica doMaranhão me procuraram para me dar as devidas explicações desseprocesso de que está acontecendo não só na cidade de Pinheiro, mastambém na de Viana. Tentaram justificar, agradeço muito o José Carlospela preocupação e pelo respeito com que ele teve com a Assembleia,com o deputado, de mandar dois servidores do Estado, daSuperintendência para prestar as informações devidas pessoalmente.Podia ter feito disso de outra maneira, mas pela sua gentileza, pela suaeducação achou por bom tom mandar aqui dois servidores da Caixapara explicar o que pode ser feito para melhorar a situação da CaixaEconômica de Pinheiro e, ao mesmo tempo, dando a informação daCaixa Econômica de Viana, e ele, nessa reunião, eles falaram que estáprogramado para o segundo semestre de 2010 a inauguração da CaixaEconômica de Viana, que já é um fato muito bom porque vai desafogara demanda de Pinheiro, vai dividir com Viana a demanda de Pinheiro, etambém essa reforma da cidade de Pinheiro que está incomodandotodos os habitantes daquela região, também está com data previstapara acabar. Já era para ter acabado, mas pelo impasse com a construtorae com a licitação atrapalhou um pouco o término dessa obra, mas agoraele garante também aqui, a partir do segundo semestre de 2010, tantoa Caixa Econômica de Viana e a Caixa Econômica de Pinheiro estarãoreformadas para melhor atenderem as pessoas, os clientes da CaixaEconômica daquela região, eu faço este registro, por dever, por obrigaçãopor aqui assim como subir à Tribuna para cobrar da Caixa Econômicaessas explicações, fui de pronto atendido pelos seus servidores dandoessa satisfação por isso que venho, vamos ver se esses dois pontos sevão amenizar ou se vão diminuir a questão das filas, da falta deatendimento, eu sei que os funcionários, servidores de Pinheiro, ou atémesmo os diretores da Caixa aqui em São Luis têm suas limitações nãopodem fazer tudo, por isso que sempre a gente se reporta a Brasíliaporque lá que está o controle orçamentário, financeiro, é lá que sedecide onde tem que ser reformado, onde tem que ser ampliado, e porconta disse a gente sabe que a boa vontade do Zé Carlos e dos servidoresde Pinheiro, mas que precisava alguma coisa a ser feito, alguma coisatinha que ser mostrada para a sociedade essa preocupação, e o queimporta é que essa Tribuna, mais uma vez, cumpriu o seu papel, queao denunciar, ao alertar, ao cobrar da Caixa Econômica de pronto veioessa solução desse problema, espero seja uma solução não paliativa,mas, uma soluça definitiva que, a partir do segundo semestre, asprestações de serviços da Caixa Econômica serão bem melhores paranossa região, através de Viana e também através da reforma da CaixaEconômica de Pinheiro, eu também gostaria de solicitar logo ao líderTatá Milhomem, Deputado Milhomem só porque eu estou aqui nomeu discurso, eu queria contar com mais 10 minutos porque o meutempo vai acabar no Tempo dos Blocos para abordar o caso doMunicípio de Serrano e dividir com a imprensa do Maranhão e com apopulação do Maranhão, o caos administrativo que se encontra oMunicípio de Serrano, tendo o prefeito eleito cassado, o atual prefeitopreso e o Presidente da Câmara respondendo processo de improbidade,

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 15o prefeito está despachando da cadeia no Município de Serrano. Entãoeu volto no tempo dos blocos para discorrer melhor sob esse problemano município pobre, talvez um com o menor IDH do nosso Maranhão,que é o Município de Serrano. Muito obrigado pela atenção.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES – Deputado Rigo Teles, cinco minutos sem direito a apartes.

O SENHOR DEPUTADO RIGO TELES (sem revisão doorador) – Senhor Presidente, senhores membros da Mesa, Senhoras eSenhores Deputados, Imprensa, galeria, internautas. Senhor Presidente,usei a tribuna aqui semana passada por duas vezes, dois dias na semanapassada e um dos assuntos que me levou a usar a tribuna foi exatamenteum dos assuntos aqui já falado pelo Deputado Victor Mendes agora,que acabou de usar a tribuna, ele aqui esclarecendo que a solução estásendo tomada. Eu também queria relatar aqui que um dospronunciamentos nossos aqui na tribuna semana passada foi em relaçãoàs operadoras de telefonia celular. E na quinta-feira, e hoje agora já porvolta das quinze horas, recebi a visita da Doutora Cristina AméliaSantos Gonçalves analista de relações institucionais da OI, e também oDoutor José Soares Júnior executivo de relações institucionais tambémda OI, vieram trazer alguns documentos e nos informar que a audiênciapública que aconteceu em meados de outubro do ano passado, já foramsolucionados praticamente 90% dos problemas, Deputado ChicoGomes, e a OI no Maranhão é a maior operadora, eles detém ummilhão e duzentos e oitenta mil assinaturas de telefone celular noMaranhão, dentre as outras operadoras, se chegar é esse número ou umpouco mais, somado as três juntas equiparando com a OI aqui noMaranhão. E nos informaram também que o serviço está sendo prestado,que a qualquer momento se precisar vem realmente aqui prestaresclarecimento a esta Casa, para que leve ao conhecimento ao povo doMaranhão, e também informar que a OI foi a primeira em nível nacionaldeterminada pela Anatel para que colocasse internet banda larga nasescolas da rede Municipal da Zona Urbana dos municípios, e aqui noMaranhão a iniciativa foi tomada, nós tomamos conhecimento emOutubro quando eles estiveram conosco, já falaram dessa iniciativa doconvênio com os municípios, senhores deputados, onde os municípiosnão têm custo nenhum, não tem ônus nenhum para o município, porquetodo custo e todo ônus fica para a operadora OI, a internet banda larganas escolas, Deputado Arnaldo Melo, da Zona Urbana dos municípiosdo Estado do Maranhão, então aqueles prefeitos que ainda não vieramfazer o convênio, assinar o convênio com a OI, eles estão se colocandoà disposição para quem quiser colocar Internet banda larga nas escolasda rede municipal dos respectivos municípios que ainda não vieramassinar os convênios. Eu já entrei em contato com alguns prefeitos queainda não tinham assinado estes convênios, que vinham assinar, é maisum serviço prestado pela operadora OI, estamos aqui para cobrar equando tem solução também estamos aqui para dizer que está havendoa solução. Essa documentação que estão nos trazendo vai ser distribuída,vai ser dada entrada na Mesa e a OI está se colocando à disposição, oDeputado Penaldon Jorge que é o Presidente da comissão deconsumidores aqui da Assembléia Legislativa também está à disposiçãodele, e com certeza para qualquer esclarecimento, à disposição dopovo do Maranhão através dos seus representantes legais, que são osdeputados estaduais aqui do Maranhão. Então eu estou aqui tambémesclarecendo que a cobrança foi feita e uma das operadoras, a OI, játrouxe o resultado, tem solução dos problemas, em quase toda totalidadeainda não porque o Estado do Maranhão ainda tem dificuldade, aindatem município pequeno que ainda não foi colocando, não tem ainda aexpansão da rede de telefonia móvel, mas estão fazendo estudo, elesme informaram que num prazo de 40 a 60 dias estão inaugurando atelefonia celular em mais de 20 municípios do estado do Maranhão.Muito obrigado senhor Presidente.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES – Com a palavra o Deputado Rubens Júnior por cincominutos.

O SENHOR DEPUTADO RUBENS PEREIRA JÚNIOR (semrevisão do orador) - Senhor Presidente, membros da Mesa, nobrescolegas Deputados, imprensa, galeria, funcionários da Casa, internautas.Senhor Presidente, aconteceu na sexta-feira no município de Timon, oprimeiro encontro encabeçado pela UNIPAV, União dos Parlamentarese Vereadores do Estado do Maranhão, presidida pelo o Chaguinha,vereador de São Luís, justamente tentando criar um mecanismo e uminstrumento de integração, entre os Poderes Legislativos e Municipais.E durante boa parte do encontro foi extremamente proveitoso, aRegional de Timon recebendo mais de 50 vereadores de mais de 50municípios, e tudo corria bem até que um fato lamentável aconteceu eportanto merece ser denunciada da tribuna desta Augusta CasaLegislativa, senão vejamos, um dos palestrantes, o senhor SecretárioLuciano Moreira, para tratar do tema Transparência na AdministraçãoPública, que já me causa muita estranheza porque o atual governo nãoé extremamente, é um tanto quanto avesso a sua transparência, vide oPortal da Transparência que não informa de forma clara, não traztransparência, claridade aos gastos do governo. Tanto quanto umasimples Indicação nossa requerendo que fosse instituído um mecanismode busca no site até hoje não foi definitivamente concretizado. E aí eunão consigo imaginar Deputada Helena, um site, um portal para facilitara fiscalização, controle, e não consta um simples buscador para vocêprocurar, cada ato você tem que procurar um por um gasto, por gasto,você não tem como colocar lá, “Mirante” e vê quanto a Mirante járecebeu do atual governo, mas isso não é o nosso pronunciamento. Oque me chamou a atenção para o meu desprazer Deputado IrmãoCarlos, em determinado momento o vereador Elinaldo Colaço, do PSBde Matões, perguntou ao senhor secretário: Senhor secretário, maspor qual motivo os convênios de Matões foram sequestrados? Todosos senhores lembram-se desse fatídico episódio, e disse mais: “porqueisso prejudica muito a atividade parlamentar”. Palavra do senhorVereador Elinaldo: “prejudica muito a atividade parlamentar de nósvereadores”. palavras dele, porque, por exemplo: “todos nos tiramoscópias das contas dos convênios”. Está lá o saldo Deputado ArnaldoMelo, e levaram até as comunidades e informavam: “olha, aqui vai serconstruída uma escola, aqui vai ser construído um bueiro, aqui vai serconstruída uma estrada vicinal”. E levava cópia com os valores nascontas, para serem efetivamente realizados. Entretanto DeputadoCabral, logo após a posse do governo, houve um sequestro de todosesses recursos, e isso é fato que todos os senhores conhecem. E oponto mais lamentável foi à resposta do senhor Secretario LucianoMoreira, e a resposta dele foi: “os convênios foram seqüestrados porqueera irregular, a culpa era da prefeita”. Em uma clara afronta política,por ser uma das poucas prefeitas que ainda faz oposição no Estado doMaranhão. Senhores, esse será o discurso da campanha de agora dizerque aqueles sequestros, que São Luis é vitima, que Caxias é vítima, quePinheiro foi vitima, e tantas outras cidades maranhenses, dizer agoraque a culpa era dos prefeitos, que não havia projetos técnicos, e aindamais sendo uma mentira, porque todos esses aqui que eu citei, haviaprojetos técnicos sim, aprovado, por todas as secretarias, e tem mais,ainda houve mais a primeira mentira do governo, a época que foi,inclusive de uma reunião com o Deputado Carlos Alberto Milhomem,Líder do Bloco Parlamentar Democrático o que ele disse: “Adeterminação da Governadora é que as emendas parlamentares sejamestornadas, devolvidas imediatamente”. E aí nós perguntamos. O queé imediatamente? Ele disse: “imediatamente, se não for agora é noprazo de dez dias”. O ano acabou, os convênios foram definitivamentesequestrados, as populações prejudicadas, e essa justificativa nós nãoaceitamos. Quem é o culpado pelo sequestro dos convênios todo oMaranhão sabe. É o atual governo, que foi quem? O senhor SecretárioRicardo Murad. Quem foi quem impetrou? Foi o PMDB que foi quemimpetrou. E nós não aceitaremos esse tipo de mentira nesse tipo dereunião de querer desvirtuar o problema, transmitir a culpa para outrose de que nada tiveram com isso. Lá em Matões nós fizemos mais,quando o dinheiro estava efetivamente na conta Deputada GardêniaCastelo, nós fizemos uma audiência pública com os 09 vereadores domunicípio, convidamos o Juiz, o Promotor e toda a população paraacompanhar de perto todos aqueles convênios, mas de forma sumária

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TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA16eles foram sequestrados, insisto, disseram que foi um seqüestrorelâmpago, não foi, seqüestro relâmpago é aquele que é rapidinho,depois você devolve, não foi. Disseram então que depois devolveriamque fosse Emenda Parlamentar, não devolveram, e agora querertransferir a culpa, isso nós não aceitaríamos.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES – Deputada Helena, cinco minutos sem direito a apartes.

A SENHORA DEPUTADA HELENA BARROS HELUY(sem revisão da oradora) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas,Senhores Deputados, companheiros jornalista, senhores que estão nagaleria, funcionários da Casa, internautas. 22 de março é uma data aexemplo de muitas que se merece uma reflexão, e merece uma reflexãopor parte de todos nós que integramos a classe política do Estado doMaranhão, tenho certeza que outros parlamentos dão destaque ao dia22 de março, Dia Mundial da Água. A importância da água; como é quepoliticamente o nosso país e o nosso Estado enfrentam a questão daágua em todas as suas dimensões; mas também o dia 22 de março aquipara o Estado do Maranhão é outra data emblemática por que, DeputadoValdivino, é o Dia Estadual de Combate à Tortura. Faz três anos queum artista, um poeta, um compositor negro, após sair da AssembleiaLegislativa do Estado do Maranhão, após assistir da galeria a SessãoEspecial dedicada à Campanha da Fraternidade daquele ano, que tratavaexatamente da Amazônia, foi bárbara e cruelmente assassinado numasessão pública de tortura, praticada por Policiais Militares. Descendoa Rua do Egito, chegando à Beira Mar, dando segmento até as imediaçõesdo Terminal Rodoviário; era o conhecido Gerô, Geremias. Gerô foitorturado brutalmente à vista de todos e de todas. E tivemos a iniciativaou apresentamos uma iniciativa para que fosse instituído o Dia Estadualde Combate a Tortura a ser celebrado anualmente no dia 22 de março,é o registro que eu faço para que não passe desapercebidamente estadata na consciência de todos e todas que vivem nas terras do Maranhão,tortura, uma brutalidade que é rechaçada ao longo da história pelosorganismos comprometidos com a Defesa dos Direitos Humanos e oque é mais grave, e lamentável é que o Gerô não foi a última vítima detortura aqui em nosso Estado, aquele tempo, há três anos exatos e jáera a presente legislatura, não faz muitos anos, não é algo distante,somos contemporâneos desta brutalidade pública, apresentamos oProjeto de Lei que tomou o nº 51/07 este Projeto de Lei foi aprovado,aquele conteúdo do Projeto de Lei é Lei Estadual, é Lei Estadual, maisintegra Deputado Victor Mendes, o elenco das leis desobedecidas ounão levadas na devida conta em nosso Estado, é a Lei nº 8.641 de 12 dejulho de 2007, mas o sentido desta Lei é deixar na memória de todos ede todas o repúdio da sociedade maranhense as práticas da tortura,infelizmente para muitos e, sobretudo, os setores institucionais aindanão se aperceberam da brutalidade da tortura, sobretudo, nosorganismos ou nos espaços ou nos porões da segurança pública. E hojecomo eu queria deixar bem claro na consciência do povo o Comitê deCombate a Tortura aqui do Estado do Maranhão formado por váriossetores da nossa sociedade e do poder público também se incluindo aprópria ouvidoria de segurança pública deflagrou uma semana deativismo de combate a tortura em nosso Estado. Meio minuto SenhorPresidente. É a Semana de Combate a Tortura de 22 a 30 de março de2010. Hoje já tem havido algumas atividades, pela manhã váriasinstituições reunidas em frente à Defensoria Pública de lá seguirampara fazer visita a um dos cárceres aqui de São Luís do Maranhão. Eposso a dizer e afirmar com muita convicção do acerto uma visita desurpresa e ali constatado a situação que é de permanente tortura, nãoé um ato isolado de permanente tortura. Agora a tarde está havendo umpainel de combate a tortura sobre vários olhares, tendo comoexpositores Dr. Magno Cruz, o jornalista Walter Rodrigues e o advogadoe Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Luiz AntônioPedrosa sobre a coordenação do Comitê de Combate a Tortura, estásendo realizada agora a tarde na Defensoria Pública, de 23 a 28 demarço várias visitas a órgãos públicos, e no dia 29, uma audiênciapública com as Ouvidorias da Secretaria Especial de Direitos Humanos,do Departamento Penitenciário Nacional, aqui na Assembleia Legislativado Estado do Maranhão. E mais, dia 30, como última data desta semana,

teremos visitas a unidades prisionais e encerramento da Semana deCombate à Tortura. Gostaria de convidar ou transmitir o convite doComitê de Combate à Tortura, a todos os Senhores e as Senhoras quefazem este Parlamento, para se integrarem, na medida de suasdisponibilidades, às atividades da Semana de Combate à Tortura aquino Maranhão. Obrigada, Presidente.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Convido o Deputado Victor Mendes para compor a Mesa.

IV - ORDEM DO DIA.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Não há quorum para deliberação do Plenário. Passaremosentão às deliberações da Mesa. Requerimento de deliberação da Mesa:Requerimento n.º 065/2010, de autoria do Deputado Penaldon Jorge.Ausente. Requerimento nº 071/2010, de autoria do Deputado JoãoBatista. (lê). Deferido. Encerrada a Ordem do Dia.

V - GRANDE EXPEDIENTE.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Não há orador inscrito. Tempo dos Partidos: BlocoParlamentar de Oposição. Deputada Gardênia, V. Ex.ª vai usar o tempo?Deputado Rubens?

A SENHORA DEPUTADA GARDÊNIA CASTELO – Não,Presidente, o tempo está liberado.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - A oposição declina. Bloco Parlamentar Democrático, por35 minutos. Deputado Carlos Alberto Milhomem?

O SENHOR DEPUTADO CARLOS ALBERTOMILHOMEM – O Deputado Victor Mendes, por 35 minutos.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Deputado Victor Mendes, V. Ex.ª tem 35 minutos, comdireito a apartes.

O SENHOR DEPUTADO VICTOR MENDES (sem revisãodo orador) – Obrigado, Senhor Presidente e agradeço muito ao nossolíder, democrático e bondoso, de coração, pelo tempo, DeputadoMilhomem, mas não farei os 35 minutos, deputado. Talvez cincominutos, no máximo. E está suficiente para mim, Senhor DeputadoMilhomem. Mas agradeço a sua benevolência. O assunto que eu querotrazer, Senhoras e Senhores Deputados, como falei no PequenoExpediente, diz respeito ao município de Serrano. Serrano do Maranhão,município de mais ou menos 10.000 habitantes, um dos menores IDHdo nosso Estado, talvez seja o quinto menor IDH do nosso Estado, umdos municípios mais pobres do nosso País e também do nosso Estadodo Maranhão. O município de Serrano está passando por uma crisepolítica, pois como é um município pobre que não tem muitavisibilidade, como a gente fala, pode estar passando batido das grandesdiscussões da Assembleia e também do Poder Judiciário e da visão,principalmente jurídica, desse assunto. Mais o enfoque que eu querodar ao município de Serrano é o outro lado da questão de Serrano,porque foi publicado recentemente a prisão do atual prefeito, o SenhorVagner Pereira, conhecido como Banga, ele foi preso pela Polícia Federalquando tirava da boca do caixa o dinheiro do Fundo Nacional de Saúde,em uma agência do Banco do Brasil na cidade de Cururupu. Deixa euexplicar, o Banga é do PSB, é vice-prefeito eleito do Senhor Leocádio,que era prefeito de Serrano e que foi cassado pela Justiça Comum, láem Cururupu, e ratificado pelo Tribunal de Justiça. Então, o prefeitofoi cassado e assumiu automaticamente, naturalmente, o seu vice-prefeito, o Senhor Vagner Pereira, conhecido como Banga, que hoje seencontra preso. Então é o vice-prefeito, que assumiu no lugar de umprefeito cassado, está preso e o município de Serrano está despachando

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 17com o prefeito na cadeia. Então, o prefeito de Serrano está despachandona cadeia, que é o vice-prefeito de um prefeito cassado. Então, começao primeiro nível de preocupação do município, tanto o prefeito comoo vice-prefeito hoje estão com problemas jurídicos, sem poderrepresentar na sua totalidade o município de Serrano com os princípiosconstitucionais básicos, quer dizer, principalmente da transparênciaque eles não têm e do poder de representatividade, que a partir domomento que um prefeito é preso e outro é cassado, eles perdemtotalmente a sua legitimidade perante a população do município. Então,o prefeito de Serrano foi cassado por crime eleitoral, assumiu o seuvice, que foi preso por crime comum, foi preso pela Polícia Federal,estava sendo investigado, há seis meses, no município de Serrano.Mas como eu falei anteriormente, é um município pobre, pequeno quenão sai na televisão, não sai na grande mídia do Maranhão e nem nagrande mídia do Brasil, porque um prefeito que saca dinheiro na bocado caixa e é preso pela Polícia Federal com a mão no dinheiro, realmentetinha que ser transformado público em todo País, mas como se trata deum município pobre não teve essa repercussão. O senhor Vagno portavaum cheque avulso no valor de dez mil reais, referentes aos recursos doprograma do Piso de Atenção Básica - PAB, destinado a investimentode procedimentos e de ações de assistência básica tipicamentemunicipal, os municípios recebem pelo PAB entre dez e dezoito reaispor habitante, além do prefeito, os policiais federais prenderam oirmão Elton Pereira, outras duas pessoas que o acompanhavam nobanco, Vagno foi transferido para São Luís e está na sede da PolíciaFederal, aqui na Cohama. A operação que resultou na prisão de Vagnofoi feita por agentes da Unidade de Combate de Desvios de VerbasPúblicas comandada pelo delegado da PF, Pedro Meireles e tambémcom a CGU, a pedido da CGU que estava investigando esses saques naprefeitura de Serrano do Maranhão. O eleito vice-prefeito Vagnoassumiu o cargo de prefeito em decorrência da decisão da justiça deCururupu, que afastou o titular Leocádio Olímpio Rodrigues deirregularidades e também além de desvios de três milhões de reais naprefeitura de Serrano. Agora, imagine, Deputado Cabral, um municípiopobre onde o prefeito foi cassado por desvios de três milhões, o vice-prefeito está preso por desvio não sei de qual monta, ainda está sendolevantado, um município que não tem condições de sustentar esseprejuízo ao erário público, já vem de uma deficiência administrativados últimos quatros anos onde o prefeito Leocádio se reelegeu e tambémse reelegeu a custa da exploração do município e agora está nesse caoso município de Serrano. Aí vocês me perguntam: masconstitucionalmente vem o Presidente da Câmara? Aí, Deputado Cabral,que vem o fato mais curioso, o Presidente da Câmara, o atual Presidenteda Câmara vai quarta-feira para uma audiência na justiça comum deCururupu, porque está com indícios de funcionários fantasmas na suaadministração e corre o risco de ser cassado, então eu vou revisar: oprefeito está cassado, o vice está preso e o Presidente da Câmara estárespondendo processo em um dos municípios mais pobres do nossoEstado. Então, essa narração que eu faço de um município pobre,talvez só mais um município, mas que há pessoas de bem, pessoas queestão sofrendo há muito tempo no município de Serrano, inclusive eume lembro bem que três anos atrás, eu milito politicamente no municípiode Serrano, tenho muitos amigos no município de Serrano, e esse prefeitoLeocádio que foi cassado, ele simplesmente anulou um concursopúblico e botou quase 200 pais de famílias para fora da prefeitura trêsanos atrás, foram 200 pais de famílias que não conseguiram pagar a suaprestação do seu imóvel, do seu eletrodoméstico, não conseguirampagar a sua mercearia, e ficaram esse tempo todo sofrendo, mas, Graçasa Deus, a Justiça do Trabalho reincorporou, reintegrou essesfuncionários a custa de muita luta judicial, no município de Serrano.Então, é um município que historicamente está sendo devassado, estásendo mal administrado pelas suas gestões. A prova disso é que ajustiça está comprovando e mostrando que todos os entes, prefeito,vice-prefeito, e agora o Presidente da Câmara, embora o Presidente daCâmara não tenha nenhuma condenação contra ele, mas os indíciosestão muito fortes, vai a uma audiência quarta-feira, e probabilidade deacontecer alguma coisa com o Presidente da Câmara é muito grande.Então, eu vou entrar com uma representação ao Ministério Público,

uma provocação formal ao Ministério Público do Maranhão, na figurada sua Procuradora Geral, para começar a se estudar a intervençãoestadual no município de Serrano, é a via mais eficaz e urgente enecessária, para minimizar o problema do município de Serrano, oGoverno do Estado tem que intervir urgentemente, porque senão aspessoas pobres e humildes de Serrano, do município pobre que foidesmembrado de Cururupu, vão sofrer ainda mais por conta de atos deprefeitos, de políticos que não têm compromisso com a gestãomunicipal, não tem compromisso com o povo de Serrano. E, por setratar de um município pequeno, por se tratar de um município pobre,é que eu venho à tribuna para passar essa informação desse momento,nos últimos quatro anos, eu confesso que eu não vi um momento bomem Serrano, mas esse é o pior da sua história política, é de crise total,o prefeito, vice-prefeito, Presidente da Câmara, todos cassados, presos,e outro respondendo processos por irregularidades. Então, comunicoisso aqui a Casa, aos nobres colegas deputados e deputadas, dessaproblemática no município de Serrano e que também irei arguir juntoao Ministério Público, que é o órgão competente, a possibilidade dediscutir se uma intervenção na cidade de Serrano, avalizado pelo Governodo Estado, que se não foi feito alguma coisa, todos os poderes pelomenos os poderes, pelo menos o Poder Executivo e o Legislativo estãocontaminados, estão podres, já é o primeiro pressuposto para aintervenção. E a gente pede é que seja feito alguma coisa porque nãopode o município de Serrano, está com o seu prefeito e despachandoda delegacia da Polícia Federal, e o seu prefeito cassado por desvio deR$ 3 milhões, e também por crime eleitoral. Então, é difícil a situação,é um município que merece atenção do Ministério Público, que peçoaqui a Doutora Fátima Travassos, que encaminhe ao município umaequipe de Promotores para que investigue in loco, para que se conversecom a CGU, que se converse com todos os órgãos, para poder seconstatar esse caos no município de Serrano, que é aquele povo pobre,sofredor não pode ficar pagando por incompetência, por insensibilidadedos seus governantes. Então, faço esse alerta e também vou representar,vou procurar, vou provocar formalmente a Procuradora para que secomece a discutir o processo de intervenção no município, porquetodos os elementos já estão aí constituídos, estão aí configurados e omunicípio de Serrano, precisa ter uma estabilidade, a população temque parar com esse processo emocional desgastante, porque quem écontratado não sabe se fica no emprego, quem é concursado não sabese recebe salário, não se sabe quem é o prefeito da cidade, não se sabeonde se despacha. Então o clima de caos está instalado, faltam agora àsautoridades, aqui eu peço a sensibilidade da Procuradora, também doTribunal de Justiça, para que olhe o município de Serrano, como casoprioritário no Maranhão, para que minimize o sofrimento das pessoas.Então, comunico aos deputados, à imprensa também, desse fato quetem que ser visto com muita urgência no município de Serrano, ondehoje, para concluir e sendo um pouco redundante, mas é porque é tãoatípico e tão forte isso que está acontecendo, o Prefeito cassado, o vicepreso e o Presidente da Câmara respondendo processo. E está dessejeito o município de Serrano, é cômico, mas a gente ri agora, porque étrágica a situação Deputado Arnaldo, porque realmente todos lá estãoenvolvidos em alguma situação que compromete a administração domunicípio quem está pagando o preço é um pobre coitado que recebeum salário mínimo por mês, que não tem a segurança, não tem atranquilidade de ter uma vida pacata, simples, mas com direito a respeito,não só ao povo de Serrano, mas à moralidade do país. Não se podeadmitir isso no Brasil, que passa por um processo de moralizaçãoonde o Governador de um Distrito Federal está há 30 dias na cadeia,onde se está cassando políticos que exageram a lei, se encontra umprefeito cassado, um vice, preso e nada é feito. Então, eu defendo essatese de que seja visto o município de Serrano, pelo Ministério Públicoe pelas autoridades do Governo do Estado e também do Tribunal deJustiça, uma intervenção dentro dos parâmetros da lei, baseado na leivigente do nosso Estado, e também do nosso país, mas que algumacoisa tem que ser feita, para levar a tranquilidade ao povo de Serrano,e da minha parte enquanto deputado estadual da região da Baixada elitoral maranhense, de tirar essa preocupação dos cidadãos que láresidem, porque lá agora, atos de baderna e atos de desmandos irão

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TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA18começar a acontecer no município de Serrano. Eu já tenho notícia quepessoas vão começar a querer invadir a Prefeitura, a invadir a Câmara,porque é a forma que eles têm de ser protestar e de ser ouvido, talveznão seja a forma correto, mas é a forma que eles têm de serem ouvidospelas autoridades do Governo do Estado, e para evitar um clima aindamaior, é que eu estou me antecipando e fazendo esse requerimentoverbal hoje para a Procuradora, mas irei fazer formalmente tambémpara ela para que alguma seja feita no município de Serrano. Eu agradeçoa atenção dos senhores deputados.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Com a palavra pelo tempo restante o Deputado AlbertoFranco.

O SENHOR DEPUTADO ALBERTO FRANCO (sem revisãodo orador) - Senhor Presidente, Senhores Deputados, distinta galeria.Perguntei aqui em off para o meu colega Victor, quem seria o interventor,essa também é uma preocupação, a gente precisa saber logo de antemão,para ver se o interventor também não vai ingressar na quadrilha, queestá instalada lá no município de Serrano, para destruir a cidade e aesperança do povo. É preciso saber logo quem será o indicado parasaber se também não será nem mais um quadrilheiro desses que a genteestá acostumado a ver por aqui travestido de autoridade. Mas eu querofazer Deputado Victor Mendes, alguns esclarecimentos importantessobre esse fato de Serrano e eu concordo com V. Ex.ª, o peso recaisobre os ombros já calejados do povo pobre e humilde daquela região,infelizmente essa é a verdade. Eu estou aqui com o Termo de Prisão emflagrante da Polícia Federal, que prendeu o Prefeito Banga, está aqui,eu cheguei de viagem de madrugada tive a preocupação de ter em mãoso Termo de Prisão, em flagrante para poderem pronunciar, e vou voltaramanhã e talvez durante a semana para falar deste assunto que é grave,concordo com V. Ex.ª isso deve percorrer o caminho de Brasília paraque se tenha uma solução imediata para que o povo se sinta protegidodesses bandidos, que essa quadrilha que começa lá em Serrano, masque tem a sua ramificação aqui em São Luís, e a proteção é algumasautoridades aqui inclusive do Governo do Estado do Maranhão, pessoastravestidas de autoridades que estão a proteger a quadrilha que seinstalou lá em Serrano do Maranhão que deu motivo da perda domandato do então prefeito Leocádio por crime de improbabilidade,por desvio de dinheiro de função. V. Ex.ª talvez não tivesse aoportunidade de ouvir o meu pronunciamento aqui semanas atrás...

O SENHOR DEPUTADO ARNALDO MELO – DeputadoAlberto, me permite um aparte por gentileza?

O SENHOR DEPUTADO ALBERTO FRANCO – Pois não,eu concedo o aparte a V. Ex. ª.

O SENHOR DEPUTADO ARNALDO MELO (aparte) - Éque na vossa colocação ficou compreendido não sei se de forma dúbiaque é uma quadrilha instalada em Serrano com a cobertura do Governodo Estado...

O SENHOR DEPUTADO ALBERTO FRANCO – Não.

O SENHOR DEPUTADO ARNALDO MELO – Ou de algummembro do Governo do Estado.

O SENHOR DEPUTADO ALBERTO FRANCO –Perfeitamente.

O SENHOR DEPUTADO ARNALDO MELO – V. Ex.ª nãopoderia declinar sobre isso?

O SENHOR DEPUTADO ALBERTO FRANCO – Não, nomomento oportuno poderei declinar com maior prazer e com adeterminação e a coragem que Deus me deu. Mas acho que no momentonão é oportuno declinar nomes, mas nós vamos aos fatos, vamos aos

fatos que são importantes, porque eu quero aqui dizer que quando oprefeito assumiu o mandato o Prefeito Banga assumiu o mandato lá emSerrano foi pelo fato dele ser o vice-prefeito deputado Vítor e a açãopromovida pelo Promotor de Cururupu de improbidade que culminoucom a perda de mandato, e essa ação que foi promovida pelo Promotorde Cururupu, Deputada Gardênia, foi por recomendação daControladoria Geral da União que constatou além de uma sangriamilionária nos recursos federais, também dos recursos estaduais, entãoa Controladoria, os auditores recomendaram que o Promotor deCururupu fizesse uma investigação com relação aos recursos no Estadodo Maranhão, nos convênios e tomasse as medidas cabíveis. Então oPromotor fez a investigação e fez a denúncia, e a juíza então depois dainstrução processual Deputado Victor, acabou cassando Leocádio.Prefeito cassado, perdeu o mandato. Começa Deputado Victor umadesesperada tentativa de retornar o Leocádio a Prefeitura de Serranodaí começam mais diversas manobras, por último toda Imprensa sabepor que isso foi divulgado no Brasil inteiro, por último o Tribunal deJustiça dá uma liminar para o Leocádio retornar a função de prefeito.Senhores Deputados, senhores da Imprensa, senhores cidadãos queestão aqui, o prefeito ficou 24 horas no cargo e sacou do cofre noBanco do Brasil de Cururupu e aqui de São Luís R$ 309 mil, 24 horasdepois o STJ devolve o Banga para o cargo e esse prefeito com a suaquadrilha desaparecem com o dinheiro. Agora vamos aos fatos recentes,muito bem a Polícia Federal através do Dr. Meireles está investigandoas prefeituras que estão malversando ou desviando o dinheiro públicoque é da União que é da saúde, que é da educação. Todos os senhoressabem aqui que eu fiz um projeto de indicação que foi encaminhadopara Brasília, onde eu denunciei a facilidade que os prefeitos têm emfazer saque em espécie na boca do caixa e que muitas das vezes issoocorre com aquiescência e a participação e cumplicidade dos gerentesdos bancos. Quem não se lembra que eu denunciei aqui, pedi até umaCPI para investigar os prefeitos que estavam saindo e no apagar dasluzes eles chegavam ao caixa metiam a mão no dinheiro e desapareciamda cidade com tamanha facilidade. Isso aí foi a defesa Deputado ArnaldoMelo, que nós fizemos aqui, foi proposto, a CPI não foi para frente,porque se essa CPI fosse para frente e não passou, faltarão dois votos,Deputado Victor, estou fazendo aqui um comentário para V. Ex.ª pegaro fio da meada.

A SENHORA DEPUTADA GRAÇA PAZ – Me conceda umaparte, deputado?

O SENHOR DEPUTADO ALBERTO FRANCO – Concedojá. Nesta operação da Policia Federal e aqui eu vou fazer a defesa doBanga, porque eu conheço o Banga desde garoto, o Banga é um cidadãopacato que começou a trabalhar com 14 anos de idade, que sustenta afamília trabalhando, o pequeno e médio comerciante daquela região, opovo conhece o Banga e quando o Banga recebeu a prefeitura a prefeituratinha 118 cheques sem fundo, devolvidos, sem que o município pudesseter cheques para movimentar a conta. Deputada Gardênia, ele no altoda sua ingenuidade e da sua simplicidade não procurou se consultarcom o técnico para dizer: ‘Você não pode sacar com cheque avulso’.Então, ele começou, na impossibilidade de tirar um cheque no Bancodo Brasil da Agência de Cururupu... que é bom que a imprensa saibaque Serrano não tem agência bancária, toda operação é feita, DeputadaGraça, lá na agência de Cururupu, Deputado Victor, V.Ex.ª sabe, entãoele precisava movimentar a conta para sacar o dinheiro e administrar omunicípio, pagar os agentes de saúde, os médicos, os enfermeiros, osservidores públicos, pagar os compromissos do município e ele, noalto da sua ingenuidade, começou a fazer os saques com os chequesavulsos, porque ele não podia tirar cheque no banco, tinha 116 chequesdevolvidos pelo seu Leocádio. Agora, vejam os senhores, a PolíciaFederal consegue chegar, no município de Cururupu, no momento emque o prefeito Banga e o seu irmão estão transferindo... vejam bem,porque o que foi dito na imprensa que tomei conhecimento, que ele foipego com a mão na botica. Ele pediu para o gerente, ele assinou ochegue avulso, o gerente tirou o dinheiro da conta que era do recurso doSUS e colocou na conta da Câmara Municipal de Serrano, senhores. Aí

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 19depois ele tirou mil reais da conta do Fundo de Participação e colocouna conta de um fornecedor da Prefeitura. Está provado, pelosdocumentos, que ele não se locupletou do dinheiro, ele fez transferênciaporque os vereadores estavam exigindo que ele pagasse logo, porqueos vereadores não podiam esperar, então ele, numa emergência, ele seutilizou do dinheiro da Saúde, mandou para a Câmara para, na segunda-feira, hoje, ele repor o dinheiro e pagar os compromissos da Saúde.Muito bem. Prestem atenção, nisso que ele faz essa operação a PolíciaFederal chega e o prende em flagrante delito. Como é que a PolíciaFederal prende o Banga em flagrante delito sacando e transferindo R$10 mil para a conta da Câmara, como está aqui no documento, e nãoconsegue pegar o bandido do Leocádio e sua quadrilha sacando R$ 309mil nos mesmos moldes, nos mesmos procedimentos? Deputado Victor,como pode? Como é que um delegado austero, eficiente, inteligentecomo é o Doutor Meireles e sua equipe, consegue botar a mão noBanga que está transferindo R$ 10 mil para a conta da Câmara e quetransferiu mil reais do Fundo de Participação para uma conta de umfornecedor do município e não consegue botar a mão no bandido doLeocádio e sua quadrilha que tiraram R$ 309 mil em 24 horas e, à noite,no Banco do Brasil de Cururupu: R$ 100 mil sacado, no Banco doBrasil de Cururupu, e o restante sacado aqui em são Luís numa agência,que não sei qual é, vou inteirar. Sabeis por quê? Porque lá tem umcidadão chamado Ronaldo que foi gerente do Banco do Brasil deCururupu, há algum tempo, que já participava dessa quadrilha, que foiexpulso do Banco do Brasil por roubo e que quando ele foi expulso doBanco do Brasil por roubo, ele começou a dar assessoria para osprefeitos da região, Deputada Eliziane Gama. E hoje ele estava naMirante, no Programa do Roberto, dando um nome falso, dizendoassim: “Olha, neste episódio pegaram o prefeito, mas ainda vão pegarum vice-prefeito e um deputado estadual”. Eu não vou declinar o nomeda autoridade que está por trás de tudo isso, no momento oportunoirei declinar, o que eu quero é que toda a imprensa saiba que a polícia,essa operação da polícia deve prosseguir, porque ela prosseguindo elaestará protegendo o bem público e o interesse coletivo. Dr. Meireles,eu vou fazer um convite a V. Ex.ª para vir a esta Casa, para esclareceraos deputados e a imprensa e aos cidadãos como transcorrem as suasinvestigações, por que pega uns e outros não! Por que pegou o Bangatransferindo de uma conta pra outra e não pega o Leocádio que rouboutrezentos... ele tem que dizer para quem ele deu o dinheiro, porque foiem curto tempo, gente. O Leocádio sacou R$ 309 mil, DeputadaGardênia, em 24 horas e desapareceu com o dinheiro e não aconteceuabsolutamente nada com ele. Ninguém investigou, nada. Assim não dá,assim não produz o resultado e o efeito que o povo quer. O Bangaerrou? Errou, porque ele não devia ter feito os saques avulsos e ele temque explicar para a justiça que ele se locupletou desse dinheiro, que eleusou o dinheiro para mandar para a Câmara, para pagar fornecedor,para pagar funcionários, ele tem oportunidade, e vai ter o foro parafazer isso. Mas e o outro que sacou R$ 300 mil só na primeira liminarque ele teve, isso aqui nós vamos trazer à tona, porque foram trêsliminares e aí V. Ex.ª tem razão, estão sangrando o município, acabandocom aquela gente, porque são várias liminares que foram dadas e cadaliminar volta, e volta de novo por decisão do STJ, mas quando elevolta, Deputada Helena, ele não deixa o dinheiro, ele volta só pararoubar. Ele volta, pega o dinheiro e vai embora, assume o vice, mas elenão deixa o dinheiro, não devolve mais o dinheiro. É o que aconteceuagora, em Lago Verde, salvo engano, alguém pode me ajudar, essa trocade prefeito, entrando e saindo com liminares só para roubar, porque odinheiro não volta, o dinheiro não é devolvido, como aconteceu nesteepisódio, eu estou falando da história da vida, da reputação do Banga,mas estou dizendo que ele errou, estou dizendo que ele errou porqueele não deveria ter feito saque com cheque avulso, mas ele não roubouo dinheiro, os documentos aqui provam que ele não roubou o dinheiro,que ele colocou na conta do vereador, que passou a semana todapressionando o Hermilinho que apóia um colega nosso aqui que ésecretário, passou a semana toda ligando: prefeito não atrase o nossodinheiro, não atrase o nosso dinheiro. E ele na maior ingenuidade foi aobanco, chamou o gerente e disse: me dê um cheque avulso. E o gerentesabe, é por isso que eu estou dizendo, Deputado Victor, que isso tem

que botar muita gente na cadeia, e tem muito gerente do Banco doBrasil que é cúmplice dessas ladroagens, porque o gerente do Banco doBrasil sabe que esses recursos federais não podem ser sacados comcheques avulsos, e porque que ele não disse para o prefeito: você nãopode sacar, é crime? Por que ele também ganha dinheiro com isso. Láem Cururupu tem esse histórico, os gerentes de bancos, senhores, elesse envolvem na quadrilha, e começa a ganhar, tirar vantagem, lá temdois já aposentados, um expulso por roubo, que é o Ronaldo, e o outrosenhor branco que foi aposentado e ficou lá mesmo prestandoassessoria, porque eles sabem como funciona isso, então eu queroesclarecer que eu acho que o bom seria se houvesse uma intervenção, oproblema é saber quem será o interventor também, para não correr omesmo risco, pode ser um interventor com influência política, comindicação política, de políticos da região, então isso também preocupa,então nós estamos vivendo uma crise, terrível, mas os fatos tem queser esclarecidos, por exemplo, a Imprensa diz: o Vagno desviou doismilhões e pouco. Não é verdade. O Vagno foi preso em flagrante coma mão na botija. Não é verdade, ele fez a transferência no banco, foipara sua cidade trabalhar, quando ele voltava de Serrano, com sua filhae seu irmão a polícia o prendeu, porque estava tudo marcado, o próprioPresidente da Câmara que estava pressionando o Banga para transferiro dinheiro ligou para a polícia, a polícia já estava lá, no mesmo instantea mirante já estava publicando aqui, na mesma hora. Então, foi umacoisa toda planejada, a operação é eficiente e deve continuar, mas comisenção, e eu tenho uma admiração, um respeito muito grande pelotrabalho do Doutor Meireles, sei que a equipe dele é excelente, mas eletem que ir a fundo para demonstrar para a sociedade que o seu trabalhoé isento, é imparcial, e é isso que eu vou fazer amanhã numa vista aoseu gabinete, para que ele prossiga com mais rigor, inclusive essatrabalho que ele está realizando no Maranhão, porque a sociedade temque apoiar, o parlamento tem que apoiar, nós temos que apoiar otrabalho desse homem, mas ele não pode deixar pairar qualquer dúvidacomo no caso de Serrano, Deputado Victor, como é que ele conseguepegar o Banga porque transferiu dez mil reais para conta da Câmara?Nem pegou no dinheiro, senhores da Imprensa, o Banga não pegou emdinheiro, ele chegou ao Banco e pediu para o gerente transferir, e comoé que ele não consegue pegar o Leocádio já denunciado pelo MinistérioPúblico Federal, Estadual, cassado, que voltou por conta de umaLiminar e tira o trezentos e nove, e não conseguem pegar o cidadão?

A SENHORA DEPUTADA GRAÇA PAZ – DeputadoAlberto, me dá um aparte, por favor?

O SENHOR DEPUTADO ALBERTO FRANCO - Concedoo aparte a V. Ex.ª.

A SENHORA DEPUTADA GRAÇA PAZ (aparte) –Deputado, quero parabenizar V. Ex.ª pela vossa coragem, porque aíforam citadas Polícia Federal, funcionários do Banco do Brasil,participantes do Governo Estadual, Vereadores, Prefeitos, e eu lamentoprofundamente esta CPI que V. Ex.ª pediu e não ter sido dadoencaminhamento como deveria ter sido dado por esta Casa, porquetalvez se esta CPI tivesse sido aprovada essas coisas não estivessemacontecendo neste momento. Alguma coisa já estaria barrando paraque esses prefeitos, esses vereadores e todos esses implicados emtodas essas denúncias que V. Ex.ª está falando aí, talvez eles já estariampreocupados e não estariam prejudicando a população dos municípios,a população do nosso Estado. O que eu lamento profundamente, comoV. Ex.ª mesmo já disse, que o maior sofredor, a maior vítima em tudoisso é o povo, o povo não sabe mais em quem confiar, o povo não sabemais em quem votar, o povo não sabe mais a quem escolher para serseu representante, porque coloca um prefeito e age dessa forma, colocaum vereador, coloca o deputado e todas as pessoas em que ele votapara que possa representá-lo e termina acontecendo isso. É lamentável,deputado, e eu quero parabenizá-lo pela sua coragem e dizer que,precisando aqui do apoio desta Casa, e eu falo particularmente, o meuapoio V. Ex.ª terá.

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TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA20O SENHOR DEPUTADO ALBERTO FRANCO - Muito

obrigado, Deputada Graça Paz, eu sei, conheço bem o seu caráter, suareputação e V. Ex.ª foi uma das primeiras pessoas a assinar o meuRequerimento de CPI àquela época, porque nós precisamosdefinitivamente acabar com essa sangria de dinheiro público no Estadodo Maranhão, mas tem que ser uma medida linear. Então, o que euestou dizendo aqui e vou repetir, a Polícia Federal deve prosseguircom essas investigações, e até com mais rigor, sob o comando dodoutor Meireles, muito mais rigor, inclusive, mas não pode ainvestigação ter nenhum ânimo de interesse político ou de insatisfaçãopessoal. Portanto, eu quero aqui dizer que muita gente envolvida nisso,o Banga que assumiu a prefeitura por força da circunstância do prefeitoter sido cassado, ele assumiu com um propósito e arrumar a Casa, omunicípio, e se deparou com as dificuldades muito diversas, a principalfoi essa, cento e poucos cheques devolvidos, onde ele estava impedidode usar talão de cheque, e aí ele foi obrigado a fazer saques com chequesavulsos para administrar e até para pagar, fazer a transferência para aCâmara o que ensejou o seu flagrante, ou seja, nós temos um prefeitoDeputado Victor Mendes, preso porque chegou ao banco utilizou-sede um cheque avulso e transferiu para a conta da Câmara R$ 10 mil,sequer o Presidente da Câmara foi ouvido pela Polícia Federal, ébeneficiário de uma irregularidade, de uma ilegalidade. O gerente doBanco do Brasil também pode ser responsabilizado, porque ele comoautoridade do banco ele sabe que o prefeito não pode fazer saque comcheque avulso, e por que ele dá? Se nós não conseguirmos botar a mãoem toda essa quadrilha em suas ramificações, vai ficar o Banga aí, comobode expiatório para servir de manchete na imprensa, nos jornais, nonoticiário. É as notícias de forma equivocada e os outros que estãoroubando milhões vão ficar ilesos e sorrindo, é o que está acontecendo.O Banga está preso e está servindo de noticiário para satisfazer ego demuita gente, porque tirou R$ 10 mil, Deputado Celso, porque tirou R$10 mil, da conta, e botou na conta da Câmara, e os ladrões de milhõese milhões estão sorrindo, porque precisa de um bode expiatório, esta aío bode expiatório, é o prefeito de Serrano que tirou R$ 10 mil. Agora,Habeas Corpus está em Brasília, esse fato vai chegar a Brasília também,todos sabem o que acontece aqui com liminar de prefeito que é cassado,liminar que é dado para titular voltar, ele pega o dinheiro, sai nãovoltam mais com o dinheiro, isso tudo tem que ter o fim. A políciaFederal tem que continuar a investigar. Eu estou indo amanhã ao gabinetedo Dr. Meireles dar o meu apoio, hipotecar o meu apoio restrito assuas investigações, ao seu trabalho, mas vou pedir que ele faça deforma isenta, para que o povo possa aplaudir o seu resultado, nãopode é, prender o Banga, porque pegou R$ 10 mil, e nem pegou nodinheiro e deixou o bandido do Leocádio, que sacou R$ 309 mil, ànoite, ileso, aí paira a dúvida, e paira muita dúvida, não ao trabalho doDelegado, mas é bom que ele perceba quem está por trás o auxiliandonessas manifestações. Mas, amanhã, após uma audiência com o delegadoMeireles, eu volto à tribuna desta Casa para falar deste assunto. Muitoobrigado, Senhor Presidente.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES – Expediente Final. Deputado Victor Mendes, por 10minutos.

O SENHOR DEPUTADO VICTOR MENDES (sem revisãodo orador) - Senhoras e Senhores Deputados, eu acho que hoje estoudando uma overdose de pronunciamento Deputado Cabral, é a terceiravez, mas é porque geralmente esse depoimento do Deputado AlbertoFranco, me estimulou a retornar, e primeiro parabenizar pela formabem pontual que ele discorreu a sua interpretação dos fatos, lá emSerrano, foi bem, realmente traz um pouco da realidade do município,mas, o que importa é que um foi com R$ 3 milhões, foi cassado, ooutro foi que R$ 10 mil, realmente a gente não tem acesso aos autos,deputado, V. Exª está certo, mas, o que importa é que os dois cometeramilícitos, se nós formos ver os processos, os autos, pode ser que estejaalguma coisa ainda a ser apresentado pelo... o que importa são os fatosestão expostos sobre a mesa para a gente analisar, um prefeito cassado,que eu tenho certeza de que um dia ainda irá ser preso, porque são

muito fortes os indícios contra ele, não tenho a menor dúvida disso,um que estar preso, e que no decorrer de um e outro, o município vaiperdendo, essa guerra jurídica de bastidores, movimenta dezena e dezenade interesse de um para outro. Então, quando entra um, aí vem custode advogado para se manter, vem custo de contador para se manter,vem custo de um monte de vertentes, de uma porção de variantes queacrescentam o desmando no município. Aí vem esse prefeito, ele cai,vem outro prefeito, e o prefeito para se manter faz isso que o DeputadoAlberto Franco falou, em apenas um dia com uma liminar sacou R$300 mil, o que importa deputado é que V. Exª concorda comigo, nósestamos juntos, acho com o apoio da Deputada Graça e com asensibilidade de vários deputados aqui, que o município de Serranotem que ser visto e revisto urgentemente pelas autoridades doMaranhão. Nós estamos fazendo a nossa parte, trazendo o fato,expondo as versões, sabendo que um está cassado por trezentos milhões,o outro está preso por dez mil reais, mas perante a Constituição ninguémpode dizer que não conhece a lei, isso não é argumento de defesa, V.Ex.ª sabe disso, o que importa é que houve uma prisão e que o municípiode Serrano está com um prefeito preso e o outro cassado por desvio dedinheiro e que precisa ser colocado, exposto e ter uma solução paraesse problema. Porque em todas idas e vindas de prefeitos existemvárias e várias possibilidades que aumentam... e os deputados sabemdaquilo que a gente fala, o custo com advogado, vocês sabem que oprefeito se mobiliza, que ele procura se organizar, enfim, e cada ida deum prefeito desse à cadeia, Deputado Cabral, como se fala, é feito umdesmando, é feito um saque no município até pela instabilidade. Umprefeito não pode governar, com instabilidade política, com instabilidadeadministrativa, ele não pensa numa seriedade, ele pensa até quando elevai ficar no mandato. Eu só sei que parabenizo o Deputado AlbertoFranco, subi apenas para ratificar o seu pronunciamento, deputado,porque o tempo de aparte já estava terminando e eu quis tambémdeixar V. Ex.ª discorrer bem esse assunto, para que juntos unamosforças para que haja... não sei se é intervenção, concordo com V.Ex.ª. Aintervenção, quem for tem que vir melhor do que quem está lá, se forpara vir e ser pior também não presta. Assim como V. Ex.ª, compartilhodo interesse, do bem-estar de Serrano, V. Ex.ª é filho de Cururupu, é daregião, a Deputada Graça é de Porto Rico, também conhece bem anossa região e sabe que o povo está sofrendo com isso, quem estáperdendo com toda essa briga é o povo, um com menos e outro commais, mas os dois estão no mesmo parâmetro, na mesma linealidade dalei, não pode ser de mil e nem de trezentos, eles erraram do mesmojeito, e o que importa é que tem que ser feito alguma coisa, e me somoa V. Ex.ª para que a gente possa se não for a intervenção, claro que issonão convém aos deputados dizerem, apenas uma sugestão, apenasuma opinião pessoal porque eu não vejo outra saída, já que todos ospoderes o Executivo e o Legislativo, principalmente estão contaminadose estão inadequados para assumir o exercício de prefeito do municípiode Serrano, e enquanto isso cabe ao Secretário vir aqui na sede dadelegacia para despachar com o prefeito, o que não pode acontecer.Então eu me uno a V. Ex.ª, mas sabendo de que alguma coisa tem queser feita de forma linear para que seja apurado não só o caso do Banga,mas também do prefeito cassado Leocádio.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presenteSessão Ordinária.

SESSÃO ESPECIAL DA CAMPANHA DA FRATERNIDADEDO DIA 11 DE MARÇO DE 2010.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES – Em nome do povo e invocando a proteção de Deus,declaro aberta a Sessão Especial convocada através do Requerimenton.º 019/2010, de autoria da Deputada Helena Barros Heluy, para olançamento da Campanha da Fraternidade de 2010, promovida pela

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 21CNBB e CONIC, que tem como tema Economia e Vida, e como lemaVocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro. Peço a todos que estãopresentes que tomem os seus lugares, fiquem sentados para quepossamos iniciar a presente sessão especial. Convido para compor aMesa Dom José Belizário da Silva, Arcebispo Metropolitano de SãoLuís; Padre Flávio Lazarini, Secretário Executivo da CNBB NE V;Padre Cláudio Bombiere, missionário comboniano, Presidente doInstituto Ecos; Pastora Franciele Sander, da Igreja Confissão Luteranado Brasil; Reverendo Fabiano Góes, Bispo da Igreja Anglicana. Concedoa palavra ao Arcebispo Metropolitano de São Luís, Dom Belizário,que fará uma abordagem inicial, pelo prazo de 10 minutos, sobre otema objeto da sessão especial.

O SENHOR ARCEBISPO METROPOLITANO DOMBELIZÁRIO – Inicialmente, quero saudar a todas as pessoas presentes,começando pelo Senhor Deputado Excelentíssimo Marcelo Tavares,Presidente da Assembleia Legislativa. Também a Senhora ExcelentíssimaDeputada Doutora Helena Heluy, autora do requerimento desta sessãoda nossa Assembleia. Saúdo o Reverendíssimo Padre Flávio Lazarini,Secretário Executivo da CNBB NE V. Também ao Padre CláudioBombiere, missionário comboniano, Presidente do Instituto Ecos. AReverenda Pastora Franciele Sander, Pastora da Igreja Luterana doBrasil, e o Reverendo Fabiano Góes, da Igreja Anglicana. Aos senhorese senhoras deputados, aos presentes nesta nossa reunião, pessoasconvidadas, pessoal da imprensa, também o pessoal que nos prestaserviço nesta Assembleia. Senhores e senhoras, o tema da Campanhada Fraternidade deste ano de 2010, como eu tenho impressão tambémnas campanhas anteriores, refere-se sempre à nossa vida cotidiana.Afinal o Evangelho, a vida religiosa só tem sentido se nos trouxer maisfelicidade, nos ajudar a viver melhor. O tema deste ano é Economia eVida. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro, o que nos lembra Jesusno Sermão da Montanha. O que a gente observa na sociedade brasileira?A sociedade brasileira tem evoluído e se transformado. O País tem sedesenvolvido e produzido mais riqueza e isso é bom, mas o flagelo dapobreza, da exclusão, da miséria continua. Vários brasis coexistem nomesmo país. Os contrastes entre uns e outros aumentam, asdesigualdades alcançam níveis escandalosos. Para os discípulos ediscípulas de Cristo, essa situação se apresenta como desumana eintolerável. Certamente que o fenômeno da exclusão da pobreza écomplexo, reveste-se de muitas dimensões e formas, as causas tambémsão diversas: causas econômicas, políticas, culturais e éticas. Muitaspessoas e grupos já atuam com generosidade para vencer asdesigualdades existentes no nosso meio. É claro que a luta pela justiçaé uma causa comum de toda sociedade. As igrejas cristãs, no entanto,podem e devem oferecer a sua contribuição. Nesta oportunidade,inspirando-me na palavra de Deus, mas também no ensinamento datradição das nossas igrejas, eu quero lembrar alguns princípiosorientadores da nossa ação. Primeiro: a dignidade essencial e inalienávelde toda e qualquer pessoa humana. Essa dignidade independe dosnossos méritos, de tal maneira que pode até acontecer como acontecenas nossas famílias, isto é, o filho ou a filha mais difícil, que dá maistrabalho, às vezes é quem merece mais atenção. Uma pessoa por maisque esteja errada, essa pessoa não perde nunca a sua dignidade essencial.Um segundo princípio da nossa tradição, também inspirando-nos naPalavra de Deus, é a destinação universal dos bens. Desde o início, nóspodemos ver que Deus criou todas as coisas e as confiou à humanidade.Todos os outros direitos, isso aqui eu estou citando Paulo VI na“populorum progressio”, seja incluindo propriedade do comércio livre,estão subordinados a esse primeiro princípio, a destinação universaldos bens. Outro principio é o princípio da solidariedade. O primeiromandamento que resume todos os outros é o mandamento do amor aopróximo, todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos.Finalmente, em quarto princípio, chamado da subsidiariedade. Deusnão é um Deus ex-máquina para resolver miraculosamente as nossasquestões, nossos problemas. Jesus nunca quis fazer milagres como sefosse uma mágica, significa isso que nós temos que resolver as nossasquestões, os nossos problemas. Os pobres, porque eu estou citandoJoão Paulo II, não são um problema para nós. Nós não podemos vê-los

como um grupo que nos atrapalhe, mas como possíveis sujeitos eprotagonistas de um futuro novo e mais humano para o mundo. Temáticada Campanha da Fraternidade deste ano: Economia e Vida. Queadiantaria ganharmos o mundo inteiro, diz Jesus, se viéssemos a perdera nossa própria vida? Aquilo que mais precioso nós temos, a economia,o nosso trabalho, o nosso suor, as nossas preocupações, só tem sentidose realmente estiverem a serviço da vida. Concluindo essas minhaspalavras, agradeço de coração a esta Casa por mais uma vez nos convidarpor ocasião da Campanha da Fraternidade. De uma maneira muitoespecial, agradeço à Deputada Helena Heluy e obrigado a todos vocêspresentes nesta nossa reunião. Obrigado.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES - Concedo a palavra ao Padre Flávio Lazarinni, SecretárioExecutivo da CNBB Nordeste V, que falará sobre o tema abordado daCampanha da Fraternidade pelo tempo de 10 minutos.

O SENHOR PADRE FLÁVIO LAZARINHO – Inicialmente,quero saudar o Senhor Presidente desta Casa, o Deputado MarceloTavares, de uma forma carinhosa e especial. Também a Deputada HelenaHeluy, os membros desta Mesa, nosso Arcebispo, Reverendo Fabiano,Reverenda Pastora Franciele, querido amigo Cláudio, senhorasdeputadas, senhores deputados presentes, as senhoras e os senhoresconvidados a participar deste evento. O assunto desta minha locuçãoé o tema do economismo na Campanha da Fraternidade deste ano. Odesafio ecumênico sempre deveria estar presente na caminhada dasigrejas como um horizonte nunca alcançado do jeito que sonhamos,sobretudo como uma exigência do próprio Jesus de Nazaré. Somoschamados a ser ecumênicos para amenizar o escândalo e a tragédia dadivisão dos discípulos de Jesus de Nazaré, o único corpo de Cristodestinado a servir as dinâmicas eminentemente políticas da fraternidadede todos os seres humanos. Neste ano, o CONIC propõe uma Campanhada Fraternidade Ecumênica que se apresenta como tal, não só animadapor cinco igrejas cristãs, mas também, sobretudo, pelo tema propostoEconomia e Vida. Com o texto, um processo que, a partir dos êxitosdesastrosos do atual modelo de desenvolvimento, aposta em umafraternidade que se alimenta e se constrói a partir das fronteiras, dasperiferias deste País e deste Maranhão, a partir das galiléias que estãolonge dos templos e dos palácios, onde vivem e labutam os pobres e ospovos excluídos. É uma fraternidade, por isso que vem lá de fora, dogrito dos pobres, e não de dentro, das preocupações excessivas comoortodoxias e sacristias. É uma fraternidade ortoprática, concreta,histórica, cuja semente é a esperança. Os teólogos e os católicos, olhandoas igrejas que promovem esta campanha, retomariam satisfeita adistinção do Conselho Ecumênico Vaticano II. Eu diria que estamos nocampo ecumenismo propriamente dito, segundo a definição católica,que é o diálogo entre cristãos de confissões diferentes. Seguindo adistinção do Conselho, no caso de outras religiões, estaríamos em umdiálogo no campo inter-religioso. A Mensagem do Conselho EcumênicoVaticano II foi o início de fato de uma evolução teológica, de umamudança de mentalidade que evolveu as consciências de muitos cristãos,mas, na América Latina e no Brasil, o aprofundamento prático e teológicodesta renovada atenção ao diálogo, à austeridade e à reciprocidade seexpressou como um conceito novo, eu diria revolucionário, houvemacroecumenismo. Uma palavra nova que nasce do encontro com ospovos de Deus que carregam culturas, tradições, visões do mundo e daterra, religiões e religiosidades diferentes. Macroecumenismo é adescoberta de religiosidades outras ocultadas e conculcadas peloprocesso secular na questão da cristandade colonial que pode nosconduzir a repensar em reviver de outro jeito a relação com os indígenas,com os negros, quilombolas, com os camponeses, com os ribeirinhos,com a chamada religiosidade popular. É a escuta dos camponeses e dascamponesas de que acompanhamos as lutas e as resistências que nosconduzem a atitudes e autocrítica da dimensão eurocêntrica aindacolonial de certo cristianismo. São os rostos dos pobres e dos indígenasque nos despertam não só para o desafio da igualdade, mas tambémpara o direito à diversidade. A abordagem macroecumênica nasce docontexto da América Latina marcada pela violência exploradora dos

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TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA22países do norte e de suas elites nacionais e se traduz na consciência dahumanidade dos povos da terra frente às ameaças cada vez maisdevastadoras contra a vida. A urgência das inadiáveis questões climáticase ambientais sugere, de forma imperativa, a construção de processos eredes de alianças entre cristãos dentro de um caminho de conversãoconstante, entre os povos originário da AbiAyala, como os Kate, oZanira da Bolívia, as práticas ancestrais do bem viver que se opõem aoviver melhor que escraviza a civilização ocidental com a idolatria domercado do progresso e do equivocado e falacioso desenvolvimentoentre todas as pessoas que a partir do discernimento ético e políticoquerem se unir para salvar a vida. Esta sensibilidade macroecumênicadeveria inspirar cada vez mais a nossa espiritualidade e as nossaspráticas na estação da história do planeta em que a possibilidade demorrer também de morte matada é mais do que hipótese remota ealarmista. Deveria repensar e tentar viver o ecumenismo a partir damensagem de Francisco de Assis, que anunciou e viveu a fraternidadee a solidariedade de todos os seres vivos, não só da humanidade, masda vida como um todo. Ampliaríamos, assim, os horizontes do diálogoe da reciprocidade, recuperando as lutas pela terra, pela água, pelosdireitos no sentido originário da palavra ecumenismo ou ecumene,terra habitada, casa da gente. Isso, tenho certeza, favoreceria o diálogoe a aliança com os povos tradicionais que pensam e veem a terra comomãe, como abrigo sagrado, como culto e não como um misto. Obrigadopela atenção.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO MARCELOTAVARES – Registro a presença do Secretário de Trabalho e EconomiaSolidária do Estado do Maranhão, José Antônio Heluy, e convido oDeputado Francisco Gomes a assumir a Presidência para darcontinuidade à sessão especial.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Bom dia a todos e a todas. Dandoprosseguimento à sessão, concedo a palavra ao Reverendo FabianoCaldas Góes, Bispo da Igreja Anglicana, pelo prazo de 15 minutos,que falará sobre o tema abordado.

O SENHOR BISPO FABIANO CALDAS GÓES – Eu gostariade proferir meus cumprimentos a todas as pessoas aqui presentes egostaria também de dirigir um agradecimento especial à DeputadaHelena Heluy, de quem partiu o convite que nos trouxe até aqui. Otema da Campanha da Fraternidade deste ano, pelo fato de serecumênica, pôs ainda mais em evidência a palavra ecumenismo, porémeu acho que há um aspecto do ecumenismo, uma dimensão desta palavra,que ainda não foi bem capitado pelas pessoas. Ecumenismo é muitomais do que o bom relacionamento entre denominações religiosas. Oecumênico, me lembrou o Padre Fábio, significa Casa de Todos. Estacasa é o próprio planeta, esta casa de todos é o planeta terra,consequentemente ecumenismo é uma compreensão profunda de queas maravilhas da criação foram destinadas a todos. Neste sentido,ecumenismo e economia estão intrinsecamente relacionados. Economiaé a compreensão de que tudo é de todo mundo. Ecumenismo e economiasão aqueles dispositivos que vão bem gestar e bem distribuir aquiloque é de todos. O problema, e aí se mostra bastante propício o temadesta campanha da fraternidade ecumênica, é que a economia sedeformou em um esquema perverso, em algo propenso à destruição,em um sistema que não subsidia a vida, pelo contrário, e ascaracterísticas deste esquema são alienação, exclusão, exploração,violência, destruição e muitas outras coisas. Alienação porque os sereshumanos são convertidos em criaturas acéfalas programadas paraconsumir. A lógica capitalista que rege diz que quanto mais as pessoastiverem, mais valor elas terão. Acúmulo muito mais, cede bastante àsnecessidades de cada indivíduo, apesar... e disso no meio cristão, émuito pior, porque Cristo várias vezes nos advertiu, e é uma advertênciamuito clara que ele traz através de São Lucas: Cuidado, guardai-vos detoda a ganância. Não é pelo fato de um homem ser rico que tem a vidagarantida pelos seus bens. A vida não está necessariamente aí e aeconomia deveria se voltar para a vida. E é uma reação em cadeia, da

alienação vem a exclusão. Quantos estão incapacitados para o consumoe ficam à beira da sociedade completamente invisíveis? O número já égigantesco. Chico Buarque disse que em cada ribanceira há uma naçãoe os invisíveis só são vistos quando a força de seu protesto é incrível.Há um famoso episódio onde pessoas pobres entraram num Shopping,não com a intenção de invadir, não para fazer baderna, apenas paravisitá-lo coletivamente e os donos de lojas se assustaram, fecharam osseus estabelecimentos, a polícia foi chamada para fazer a vigilância e asegurança do local, mas aquelas pessoas apenas visitavam. E nos disse,nesse dia, Arnaldo Jabor: “Os invisíveis da sociedade juntos ficaramvisíveis perante ela”. Há um quadro de exploração que se sustentadesses dois outros, um quadro de exploração de onde provém umaescravidão quase que legitimada. Escravidão, por definição, é ausênciade direitos. Escravo é aquele que nenhum direito possui, é assim quedevemos compreender juridicamente. Se há por aí milhões de irmãos eirmãs pobres, desguarnecidos de direitos tidos como fundamentais,habitação, lazer, moradia, é uma situação de escravidão. Os Titãs cantam:A gente não quer só comida. E nós bem sabemos que se houvesse pelomenos comida já seria uma coisa boa. Há um quadro de violênciatambém e digo que violência não é um problema de segurança, é umproblema de insegurança. São fatores psicológicos e de ordemprofundamente vinculada com a questão econômica e que geram aviolência e não podemos deixar que se ressoe aquela frase do Cazuza:“Meu cartão de crédito é uma navalha”. E há, por fim, um quadro dedestruição sistêmica. Os textos escriturísticos nos falam de Adão comomolde de criação da humanidade. A palavra Adão vem do hebraicoAdamá que significa nascido da terra. Mas este nascimento da terranão faz referência a apenas ao nascimento individual de Adão, mas simà construção de toda a humanidade que foi gestada e teve na terra o seuútero. Consequentemente entre nós e a terra há uma relação umbilical,somos filhos da terra e podemos dizer isso legitimamente. Porémtambém temos que admitir que somos filhos poucos zelosos, quesomos péssimos guardiões da criação e que nos convertemospaulatinamente em uma raça ecocida, que pode causar morte e ser letalà vida em todo o planeta. Em nome do lucro muito se destrói. Em nomedo lucro coisas abomináveis são realizadas e se faz qualquer tipo depacto. Essa lógica merece uma conversão profunda. Converter significa,radicalmente, transformar nossos hábitos em nossa mentalidade. NaBíblia a conversão está ligada à palavra salute, salvação, trazer saúde,um comportamento mais sadio, um comportamento que aponte para avida e não para a morte. O tema desta campanha, tendo haver todo estequadro, nos conclama a um ofício profético. Somos convidados adenunciar, mas denunciar não significa apenas dizer, apenas falar.Denunciar, o grego nos explica bem, martíria significa dar o testemunhovivo, dispor a nossa própria vida, ser capacitados inclusive a sofrer emprol daquilo que acreditamos. Temos que revitalizar a dimensãoSamaritana do mundo, isto é, temos que estar dispostos a estender amão para aqueles que estão caídos à beira do caminho. E nós bemsabemos que são muitos os que estão caídos à beira do caminho. E nós,como cristãos, sabemos que Cristo está ali em cada um desses queestão caídos e conclamando o nosso socorro. Por fim estamos naAssembleia Legislativa, e gostaria de lembrar que a palavra Assembleiavem da mesma palavra que origina a palavra Igreja, Eclésia, significaque estamos juntos, que devemos nos associar em prol e em torno dealgo que é muito mais do que a nossa existência individual. Contra adivisão se impõe o Diabo, não aquele Diabo figurístico, metafísico,mas o próprio significado da palavra quer dizer divisão, diabolos, nosenfraquece, nos tira as forças. Nesse sentido vejo de modo muitopositivo as igrejas se reunindo, esta Casa abrindo as suas portas paraque possamos falar, discutir, expor, contestar e protestar as mazelasque afligem a humanidade. Muitíssimo obrigado.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Agradecemos as palavras do ReverendoFabiano Caldas Góes, bispo da Igreja Anglicana. Concedo a palavra àPastora Franciele Sander, da Igreja Luterana do Brasil, pelo prazo de15 minutos, que falará sobre o tema abordado.

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 23A SENHORA PASTORA FRANCIELE SANDER – Um bom

dia cordial a todas as autoridades já aqui mencionadas e de formaespecial a cada um e a cada uma de vocês que se faz presente aqui nestamanhã de hoje e de forma bem especial à Deputada Helena que deuinício a este momento tão especial. Que o Espírito de Deus esteja aquiconosco, nos alimentando com a sua palavra e os seus dons. O textolema da Campanha da Fraternidade Ecumênica, é como o Dom Belizáriojá mencionou, foi tirado do Sermão do Monte, Sermão da Montanha.Neste Jesus faz diversas recomendações ao povo que está lhe ouvindo.Neste bloco de temas encontramos dois que são especialmenteconhecidos: o Pai Nosso, orado por todas as pessoas cristãs em todoo mundo, e as Bem Aventuranças, textos que são motivação para muitaspessoas em diversas situações. E ali encontramos também o texto lemada Campanha da Fraternidade deste ano. Vocês não podem servir aDeus e ao dinheiro. O texto segue falando sobre Jesus falando que nãohá necessidade de nos preocuparmos com roupa ou com alimento queiremos vestir e o comer, necessitar no dia de amanhã. Deus, selembrarmos do Gênesis, criou todas as coisas em perfeita ordem.Lembremos que depois de criar cada elemento, o texto diz que Deusviu que tudo que ele fez era muito bom. Estava tudo muito bom, estavatudo em perfeita ordem. E aí vem aquela pergunta: se Deus criou tudode forma tão perfeita, tudo tão organizado, com alimento pra todos osseres vivos, por que é que encontramos o mundo em tamanha desordem?Quando viemos pra cá hoje de manhã no carro, meu esposo e mais duaspessoas da minha comunidade de onde sou pastora, conversávamos:‘Ah, você viu, terremoto em Pernambuco, Furacão nos Estados Unidos,Tsunami no Chile’. O mundo está em desordem. Como é que podemosver hoje, com tanto alimento na terra, pessoas passando fome, nãotendo água encanada em suas casas pessoas? Quando Deus criou todasas coisas, ele nos deu, a cada um e cada uma de nós, pessoas humanasdotadas de conhecimento e discernimento, a responsabilidade de cuidarde toda a sua criação. E o que é que nós fazemos? Como bem disseFabiano, eu percebo que vou repetir aqui as falas de nossos colegas,como bem disse que ao invés de cuidarmos daquilo que Deus nos dá,nós vamos lá e nos aproveitamos da terra, nós nos aproveitamos daáguas e daquilo tudo que Deus nos deu. Nós tiramos tudo o queconseguimos para o nosso benefício próprio, visando o lucro. E aíentra o dinheiro. Eu não quero aqui colocar o dedo no nariz de ninguém,dizendo: ‘Ah, você é culpado’. Por quê? Porque sou uma pessoa quegosto de dinheiro. Como é bom ter dinheiro, não é? A gente poderentrar em um Shopping bem vestidos, não ser observados pelosguardas, como a gente poder entrar em uma loja e comprar aquilo quea gente gostaria de comprar, é bom ter dinheiro. O dinheiro traz podere quem não gosta de poder? Ter poder é tão bom. A pergunta é o que agente faz com esse poder que o dinheiro nos dá. O que a gente faz comesse poder que nos vem através do dinheiro? E pergunto mais, em meioa tanto poder, a tanta força que o dinheiro dos dá, que espaço sobrapara Deus na vida das pessoas? E se saíssemos por aí hoje e fizéssemosuma enquete para as pessoas andando nas ruas e perguntássemos aelas: ‘Oi, me diz aí, pra ti, na tua vida, o que é mais importante, a fé emDeus ou o dinheiro’? E se as pessoas fossem sinceras em suas respostase deveriam ser sinceras, não só para aparecer bonito para entrevista. Agrande maioria diria: O dinheiro. E aí estamos vendo o que Jesus disse,nós não podemos servir a Deus e ao dinheiro. O dinheiro tem secolocado como um Deus na vida de muitas pessoas. Outro dia naminha comunidade onde eu sou pastora, conversando num grupo dereflexão eu perguntei: Você, se você tivesse a oportunidade de estarjustamente aqui hoje, na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão,o que vocês diriam? E as pessoas começaram a falar, falar... sabe, “euqueria ter um espaço, gostaria que todas as pessoas tivessem umpedacinho de terra para plantar o seu alimento”. Outras disseram, “eugostaria que meus filhos tivessem uma escola descente para estudar”.Outros disseram, “ah, como seria bom ter água na torneira todos osdias, 24 horas por dia”. Outros: “Ah, como seria bom se pudéssemosandar sem medo nas ruas ou então ser atendido num hospital públicoe não correr risco de morrer numa fila ou numa maca de hospital”.Queridos e queridas, eu tenho a liberdade de chamá-los e chamá-lasassim, porque somos irmãos e irmãs, criados e criadas pelo mesmo

Deus, o poder está nas nossas mãos. O poder está nas suas mãos,deputados e deputadas desta Casa. Nós como igreja, como bemlembraram os colegas, temos a obrigação de conclamar, de mostrarpara esta sociedade o que há de errado, mas não temos um grandepoder de mudar essa situação. Nós nos unindo chamamos, lutamos,gritamos muitas vezes para sermos ouvidos, mas o poder está aquinesta Casa, por mais que vocês não tenham todo o poder que vocêsgostariam de ter, tenho certeza que muitas vezes saem desta Casa como coração apertado, porque gostariam de fazer mais e não podem. Masaqui é o espaço, espaço de decisões para o povo do Maranhão seremtomadas, em favor do povo. Nós dessas três igrejas aqui representadas,em todas as nossas celebrações, eu falo isso porque sei que acontecetanto na Igreja Anglicana como na Igreja Católica assim como na IgrejaLuterana, nós oramos por cada um, cada uma de vocês em todas asnossas celebrações. Nós pedimos que vocês sejam iluminados porDeus, nas suas vidas, especialmente no seu trabalho. Porque seutrabalho, assim como o nosso, é um trabalho difícil, vocês têm umaresponsabilidade enorme nas costas e pedimos que Deus esteja comvocês, iluminando seus caminhos e ajudando nas suas decisões e queassim seja. Que Deus ilumine todos os dias, que Deus ilumine durantetodos os dias esta Casa para que as decisões, que aqui sejam tomadas,venham a beneficiar, verdadeiramente, o povo, todo o povo doMaranhão, todo o povo deste Estado tão cheio de riquezas e depobrezas. E que essa oração continue sendo feita em nossas igrejas enossas celebrações e em nossas casas. Essa oração de nosso povocristão e é o nosso desejo aqui nesta manhã de hoje. Muito obrigada.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Agradecemos as palavras da Pastora FrancieleSander, da Igreja Luterana do Brasil. E concedo a palavra ao PadreCláudio Bombiere, missionário comboniano e presidente do InstitutoEcos, pelo prazo de 20 minutos.

O SENHOR PADRE CLÁUDIO BOMBIERE - Um bom diapara todos e obrigado pelo convite. Estou percebendo que cabe a mimdar alguns nomes aos bois. Entretanto gostaria de fazer algunsesclarecimentos iniciais até para contextualizar um pouquinho aCampanha da Fraternidade deste ano e a Campanha da Fraternidadenão quer atacar a economia em si evidentemente, a economia faz parteda vida, é essencial para a sobrevivência dos seres vivos. No caso sequer analisar e denunciar as contradições, as formas desumanas queum determinado modelo econômico está praticando hojeprevalentemente. Quer denunciar a perversidade, sim, de um modeloeconômico que está visando em primeiro lugar ao lucro, à acumulação,desperdício sem se importar com a desigualdade e a miséria, a fome e amorte que, aliás, é aquele que está produzindo. E tem outro aspectoque acho que é importante, que é ser também positivamente ummomento para educar para a verdadeira prática de uma economia desolidariedade, para a sobriedade, para a reciprocidade e para ahonestidade. Tampouco o objetivo da Campanha da Fraternidadeapresentar tecnicamente um modelo alternativo, fazer um julgamentoético e humano, propondo horizontes novos e reafirmar valores éticospara superarmos as atuais contradições do atual modelo econômico.Acredito que nada mais oportuno e conveniente do que hoje abordaressa temática diante das numerosas crises econômicas e financeirasque coloquem em xeque a validade desse modelo e a competência doshumanos se administrarem e administrarem os bens da natureza.Principalmente agora, numa hora em que parece consolidada a ideia deque, apesar da crise mundial, nós aqui no Brasil estaríamos inaugurandouma inédita etapa histórica de autêntico desenvolvimento entendidounicamente, como já foi dito aqui, como crescimento econômico etambém como crescimento humano de uma verdadeira consciênciaambiental, de responsabilidade social e de consumo, de novas formasde sociabilidade voltadas para a sobriedade e reciprocidade. O atualmodelo econômico, que nós chamamos de livre mercado, genericamente,mas é isso, não tem a ver somente com o modo de produção, decomprar e vender com transações comerciais, investimentos financeirosetc., mas tem a ver com a totalidade da vida. É um modelo que mexe

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TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA24com o todo, interfere no todo. É um sistema, nós poderíamos dizer,totalizante. Ele é portador, sim, de uma espiritualidade, de uma mística,de um modo de ser cidadão hoje. O importante para o atual modelo éconseguir que os seus adeptos incorporem sua lógica, a lógica do modelo,e moldem seus comportamentos a partir dessa lógica, e se tornem seusdependentes, os novos consumidores dependentes. Segundo essemodelo, hoje, para sermos reconhecidos como cidadãos, é preciso entrarna lógica do mercado, ou seja, aceitar que tudo pode ser comprado evendido, que tudo (sonhos, sentimentos, emoções, bens e materiais)pode e deve ter valor pecuniário. Quem não consome na prática não éum verdadeiro cidadão. A própria palavra inclusão, que nós tantoutilizamos nessas décadas, na prática é sempre mais identificada comoum movimento para incluir, no mercado e não necessariamente na vidasocial, na vida política e cultural, o maior número de pessoas em si,incluir no mercado o maior número de consumidores, de gastadores,por isso que eles iriam, esses novos adeptos, manter o sistemafuncionando, e de consequência, eles acham que iriam manter aestabilidade, o emprego, o salário, ou seja, aquilo que nos é vendidocomo bem-estar. Muitas coisas foram ditas, muitos dados podem seroferecidos, e eu não vou ser enfadonho, eu já o sou, mas não quero serenfadonho listando dados, mas eu acredito que os dados podem serelucidadores, podem elucidar algumas situações paradoxais.Poderíamos, por exemplo, repetir, mas acho que é de conhecimentopúblico, que hoje no Brasil, pelo menos em 2007 existiam, melhoroumuito pouco, dez milhões de indigentes, ou seja, aquilo que nóschamamos de famintos, e que havia 46 milhões de pobres semalimentação, habitação, dignidade. Nós poderemos dizer que em nossoMaranhão temos hoje 3,5 milhões de pobres, segundo a FundaçãoGetúlio Vargas, ou seja, 63,7% da população do nosso Estado.Poderíamos, por exemplo, dizer que esse mesmo Estado está ocupandonos índices de exclusão social de pobreza, de desigualdade, de empregoformal, o 27º lugar. Poderemos dizer que faz anos que o Maranhão nãoestá tendo superávit na sua balança comercial, isso é notório. Entretanto,eu acho que a concentração de terra e de renda e outras coisas passamem noção devidamente analisadas. Tenho plena convicção também deque não são os dados por si só, que na maioria das vezes aparecemfrios, que nos ajudam a perceber que por trás deles há relações humanasassimétricas, desiguais, injustas, trágicas. Ao mesmo tempo, esses dadosestatísticos pouco contribuem em nos convencer da necessidade deintervir estruturalmente, entretanto, eles podem revelar alguma coisa.Então, nesse sentido, eu gostaria de falar só três exemplos: exemplosparadigmáticos em nível nacional, em nível de macroeconomia, outromais nosso aqui do Maranhão, mas que envolve uma grande empresa.Um terceiro exemplo que reflete determinados comportamentos sociaisnossos como cidadãos aqui, que eu acho que revela aquilo que asigrejas estão dizendo hoje, a nossa dependência de consumo, da nossavontade, da nossa pulsão de acumular, de lucrar, de exigir sempre omáximo. Primeiro dado: exemplo pragmático. Eu acho que em nívelnacional, em dados recentes, o Brasil hoje é a grande estrela de atualsaldo de balanço das multinacionais referente ao ano 2009, ano decrise. Com a estagnação, a retração das economias da Europa, dosEstados Unidos, a força do mercado interno brasileiro, sobretudo apartir do segundo semestre, contribuiu para melhorar o desempenhodas companhias nos mais diversos setores, graças ao desempenho desuas filiais no Brasil: 11,5% bilhões no ano passado da UNILEVERBrasil, que subiu no ranking da multinacional e alcançou a segundaposição mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Orgulho para nós.Nestlé Brasil, em 2009, se transformou no segundo principal mercadopara a multinacional suíça, com vendas de 15,5 bilhões. O País galgouduas posições no ranking do faturamento, superando Alemanha e França,e ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Na AMBEV, que é aquelaque produz a Skol e a Brahma, maior cervejaria do mundo, a contribuiçãodo Brasil foi ainda mais crucial. Enquanto no mundo todo a venda dacerveja caía 1%, no ano passado, no Brasil, a empresa vendeu 10% amais. E pela primeira vez na história, as venda da FIAT no Brasilsuperaram o da matriz italiana, meu país de origem, foram 737 milunidades contra 722 mil na Itália. Muito bem, esses dados podem seranalisados de diferentes formas a depender do ângulo, do lugar social,

dos interesses de cada de um nós, entretanto, podem significar que nonosso País, em que pesem as explicações oficiais, aqui no País nóstemos setores sociais, evidentemente, que possuem grande esignificativo poder aquisitivo e que não inibem sua pulsão ao consumotambém em época de crise. É minha reflexão. Segundo exemplo que eugostaria de colocar é um exemplo ilustrativo de concentração, demaximização dos lucros em detrimento do desenvolvimento socialhumano e ambiental oferecido pela segunda maior empresa mineradorado mundo, a Vale. O lucro líquido da empresa, desde a privatização em97, cresceu uma média anual de 40%. Os compradores da Vale retiraramtodo o lucro líquido praticamente investindo na empresa até 2002. Apartir de 2003, o volume dos lucros foi tão alto que compensou umadiminuição percentual do lucro entregue como dividendos aos donosda Vale. A Vale, ano passado, dispunha de caixa no valor de 13 bilhõesem setembro de 2009, levando em conta que a folha de pagamento em2008 foi de 2,1 bilhões de dólares, caixa que seria suficiente para pagaros funcionários de todo o mundo por mais seis anos. Somente osgastos com aquisições de novas minas, usinas e fábricas somaram trêsbilhões nos nove primeiros meses de 2009, época de crise. Quantiasuficiente para pagar todos os funcionários por um ano em todo omundo. A empresa quer se tornar hoje a primeira mineradora no mundoem detrimento de seus funcionários e do meio ambiente. A Vale demitiu15 mil pais de famílias sem nenhuma necessidade, inclusive, atuandode forma discriminatória onde o grosso dos demitidos se concentrounos trabalhadores terceirizados que sofrem uma dupla exploração,exploração e discriminação. Nós sabemos aqui em São Luís, para quemacompanha minimamente a vida econômica ampla, macro, que a Valeexporta do nosso Porto, que está bem aqui em São Luís, cem milhõesde toneladas de minérios de ferro, sete milhões de toneladas de pelotasde minério de ferro e assim por diante. O que não sabemos, o quepoucos sabem é que as consequências dessas operações da Vale geramuma poluição que é desconhecida pelo grande público. Hoje a Vale éresponsável pela emissão de 15.509 toneladas anuais de poluentesdiversos em São Luís. São os dados de 2005, mas que estão aumentando,dados que nós pudemos encontrar inclusive no próprio relatório daVale. A Vale tem uma média de oito acidentes por dia, quase um mortopor minuto. Não estou falando da Vale no mundo todo, estou falandoda Vale no nosso Estado. Quando estou falando em um morto por mês,significa que o trem da Vale está matando todo mês uma pessoa emmédia, 12 pessoas por ano. Nós temos hoje cadastradas, com nome esobrenome, mais de 125 pessoas que foram mortas pelo trem da Vale,atropeladas, esmagadas pelo trem da Vale. A última notícia que saiuontem na Vara do Trabalho, para ilustrar um pouquinho essa grandeempresa que tem bandeira brasileira, que é orgulho nacional, a Vara doTrabalho de Paraopeba, no Pará, condenou a Vale a pagar 100 milhõespor danos morais coletivos e mais 200 milhões por dumping social, ouseja, o juiz considerou que a gigante mineração estava lucrandoindevidamente sobre a exploração indevida dos seus empregados eprestadores de serviços na região da província mineral de Carajás. Nãose trata de fazer guerras pessoais ou de grupo a uma ou outra empresa,tão pouco se quer condenar atividades econômicas assim genericamente,em geral. Trata-se de encontrar, acredito eu, alguns denominadoreséticos comuns, dos quais o respeito pelo direito dos trabalhadorespara com o ambiente, para com a população em geral, que o digam ascidades e os povoados maranhenses, os municípios que os senhores eas senhoras conhecem muito bem, situados ao longo da ferrovia e quepouco se beneficiaram com os lucros da VALE até hoje, que sofrem asconsequências de pulsões irrefreáveis por lucros sempre maiores ejustificando como um mal necessário na guerra planetária da competiçãoeconômica. O último exemplo, estou terminando, que para mim éparadigmático, infelizmente não posso determinar se foi 2004 ou 2005,mas são dados que vocês podem verificar. O DETRAN, e aqui é maisnosso aqui da cidade de São Luís, o DETRAN, cerca de quatro oucinco anos atrás, publicou alguns dados extremamente significativosque me chamaram a atenção. Informava que a primeira cidade no Brasil,em termos proporcionais, que mais trocava carros, a sua frota de carro,era Curitiba; a segunda era São Luís do Maranhão, mas mudou tudo. Lávem outro dado associado a isso. A primeira cidade em absoluto que

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 25não conseguia resgatar o carro pagando até o final, pagando as parcelase tudo mais e, portanto, exigindo intervenção da Justiça para requererde volta o carro era São Luís do Maranhão. Isso não deve ter mudadomuito nesses poucos anos, ao contrário, observamos o aumentoexcessivo de carros na cidade ocupados por uma só pessoa, o queaumento o desperdiço, ameaçando a cidade de entrar em completocolapso nos próximos anos. Todos nós podemos perceber, bom eu soumotoqueiro, mas quem anda de carro tem que ter muita paciência paraaguentar engarrafamento pela manhã e à noite. Observa-se, a partirdesse dado, o que as igrejas vêm alertando sobre a dependência, oídolo, dinheiro, mercadorias, status social, e o carro representasimbolicamente tudo isso, extremamente pertinente. Para vários setoresda nossa sociedade, em que para todos, mas principalmente para essessetores da sociedade e da nossa cidade, em que a ganância e a fome depossuir parece ter muito mais poder do que a real capacidade decomprar, de adquirir. Conclusão, eu se vocês me permitem eu gostariade dar somente duas pistas e duas propostas para essa Casa, sendoque a nossa Eclésia, como dizia o pastor, e os senhores e as senhorassão representantes do povo, portanto eu acredito que atentos aosclamores, aos gritos, as necessidades do povo maranhense, duaspropostas diretas. Eu gostaria que essa Casa se fizesse promotorapara favorecer tudo aquilo que venha fortalecer a agricultura familiarnesse Estado, seja ampliando, fortalecendo as casas familiares rurais,cooperativas e outras associações produtivas, bem como garantirmosmediante mecanismos governamentais a divulgação, a qualidade deseus produtos, afinal nem o ferro da Vale, nem o ferro Gusa e oseucaliptos da siderúrgicas de Açailândia e Piquiá, e tão pouco a soja, opapel da Suzano, nos garantem alimentação e desenvolvimento sociale humano, para o nosso Estado. A segunda é exigir da vigilância sanitáriaou da Secretaria Estadual da Saúde, o monitoramento sistemático dosimpactos produzidos por todas essas grandes empresas sobre a saúdeda população do Maranhão. Sabemos que elas matam, matam atravésde esses poluentes que são jogados na nossa atmosfera, Piquiá e SãoLuís que o digam, nós não temos dados concretos, porque não hánenhum grupo interdisciplinar que possa verificar e quantificar asconsequências concretas da poluição aqui em São Luís. Vimos quetambém a atuação do Ministério Público e do Meio Ambiente, éinsuficiente. Eu acho que é preciso que essa Casa marque posiçãofirme, e elabore leis que venham por limites, a responsabilidade socialambiental dessas grandes empresas, não se trata de boicotá-las, e simexigir a instalação de filtros industriais, por exemplo, respeitar outrosprocedimentos que já estão contemplados em lei. Mas que não sãorespeitados. Obrigado.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES - Agradecemos as palavras do Padre CláudioBombiere. Concedo a palavra a Deputada Helena Barros Heluy. Autorado requerimento que convocou esta Sessão especial, pelo prazo de 20minutos.

A SENHORA DEPUTADA HELENA BARROS HELUY –Deputado Francisco Gomes preside esta Sessão especial. Cumprimentotambém Dom José Belizário da Silva, nosso caríssimo ArcebispoMetropolitano de São Luís. Meus cumprimentos também ao PadreFlávio Lazarine Secretário Executivo da CNBB Nordeste V, PadreCláudio Bombiere, Missionário Comboniano Presidente do InstitutoEcos, meus cumprimentos também a Pastora Franciele Sander da IgrejaConfissão Luterana Brasil, Reverendo Fabiano Caldas Goés, Bispo daIgreja Anglicana, não posso deixar de saudar os colegas deputados, e acolega deputada que está aqui, não sei se acertei no cálculo, mas nóstemos um quinto do Parlamento aqui presente. E faço questão deregistrar essas presenças nominando-os, Deputado Francisco que orapresente substituindo o Deputado Marcelo, que iniciou os trabalhos,Deputado Edivaldo Holanda, Deputado Afonso Manoel, DeputadoReinaldo Calvet, que estava aqui há pouco, está ali, espero que nãoesteja se despedindo, Deputado Celso Santos, Gardênia, Arnaldo Meloe Ricardo Archer. Espero não haver cometido nenhuma injustiça. Querosaudar também aqueles e aquelas que aceitaram o nosso convite e

vieram ate aqui demonstrando interesse no tema, e na iniciativa destaCasa, Maria Luíza Mendes, do Fórum Maranhense de EconomiaSolidária, Secretário José Antonio da Secretaria de Trabalho e EconomiaSolidária, os representantes da Igreja Luterana do Brasil além do Pastor,Cidalina Suely Vasconcelos da Silva, João Gualberto Lima e Cristian,os representantes da Igreja Anglicana, Hilda Costa, José Humberto daFonseca Resplandes, o Padre Carlos Bian da Pastoral Carcerária, PadreRoberto Minhora da Comissão Justiça e Paz, o Coordenador dasPastorais Sociais, Padre Daniel Soardo, Frei Henrique Ribeiro, Párocoda Igreja de São Francisco meu pároco, Frei Francisco Ribeiro tambémda paróquia de São Francisco, o Padre. Inaldo Serejo, bravo, corajosoPadre Inaldo Serejo da Comissão Pastoral da Terra, os seminaristas doSeminário de Filosofia do Cohatrac, Padre Davi Thomas, MissionáriosRenato Fontoura Nogueira da Cruz, da paróquia do São Francisco, aartista Maria Mustafá Alves Pereira, representando o Instituto MariaAragão membro do Instituto Maria Aragão, Lucidalva Leite Reis, daParóquia do Monte Castelo, Flávio da Silva Barbosa Presidente doPSB, de São João dos Patos, que está aqui também acompanhando estaSessão especial, a Senhora Paula Francinete da Silva Nascimento, daIgreja Católica e Prefeita de Monção que vem acompanhada demunícipes também, José Domingos Maia, das sedes de Monção, façoquestão de registrar também, cumprimentar os funcionários da Casa,os internautas que nos acompanham, os companheiros da imprensa. Edizer a todos os senhores, que temos pouco a acrescentar tudo o quefoi colocado, foi dito e muito bem dito, os expositores todospreencheram as nossas expectativas, mas eu quero dizer aos senhorese as senhoras que a Campanha da Fraternidade, esta louvável iniciativada CNBB, e agora, pela terceira vez, num caráter ecumênico, com oCONIC, é aquele momento de reflexão, no período da Quaresma, queé tempo de conversão, ou é para ser tempo de conversão, tempo demudança, e ela diz exatamente em todo o seu conteúdo, sacudir asociedade brasileira, não apenas de uma maneira só entre Igrejas, masa sociedade no seu conjunto, e eu sempre, Dom Belisário, faço umcomercial, mesmo sem que as livrarias especializadas me tenham dadoesta autorização, os documentos da Campanha da Fraternidade queanualmente são colocados a nossa disposição, eles devem fazer partede toda a biblioteca, não apenas de católicos, de cristãos, às pessoas deboa vontade, pelo o seu conteúdo, conteúdo de denúncia, conteúdoporque suscita uma reflexão, conteúdo também porque não seapresentam, mas apresentam também possibilidades de termosiniciativa para o enfrentamento das questões que são suscitadasanualmente. Mas eu também tenho dito que o tema da Campanha daFraternidade deste ano Economia e Vida, e parece que poderá vir a ser,e eu gostaria que estivesse equivocada, um de menos eco em termos atéde possibilidade práticas, e digo por que, o próprio modelo que temosde sociedade faz com que este enfrentamento da CNBB e CONIC, esteano, se tornem como algo que exige de cada um, e de cada uma, mais doque coragem ou extrema ousadia, porque se contrapõe aos modelostodos que estão aí, até no suposto modelo de felicidade, associada aodinheiro ao ter, ao ter mais e muito mais, é a questão de denúncia PadreCláudio, que é apresentada. Quais são os modelos que estão norteandoa vida, sobretudo, da moçada e da juventude, e isso já vem de algumtempo e há muito, e em nome desse dinheiro ou desse lucro quegeralmente é a peça motriz, ou motora tudo vai acontecendo, a violência,a corrupção desenfreada, a poluição como foi muito bem lembradapelo Padre Cláudio também, a poluição em nosso Maranhão e emnossa São Luís, e que despercebida, ou querem que seja despercebida,com implicações profundas na nossa vida, na minha vida, dos meusamigos, dos meus familiares, dos meus conhecidos, e a Campanha daFraternidade é este desafio, a Campanha da Fraternidade DeputadoChico Gomes Presidente desta Sessão, continuou sendo centradanaquele tripé fantástico que V. Ex.ª conhece, porque conheceu muitobem na sua juventude, da Ação Católica, eu vejo o galo agir, em primeiromomento, ver esta realidade, já muito bem colocada pelos que meantecederam, não vou tomar o tempo de V. Ex.ªs deputados quedesejarem também fazer suas colocações, como também dos expositoresque estão aqui já algum tempo, vejo o galo agir, essa realidade brutal,estúpida, um modelo econômico que está aí, precisamos ter a coragemde dizer e não apenas dizer, mas de encontrarmos possibilidades de

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TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA26enfrentamento dele, é perverso e é brutal. Nós sabemos que esta é umaCasa política. E eu faço questão e tenho dito sempre, eu não tenhomesmo nenhuma dúvida de que aqui, tudo que se trata aqui tem umavertente e um viés político e deve ter mesmo, afinal de contas sempredisseram que os seres humanos são eminentemente políticos, não tenhonenhum receio, isso não é politiquice, não é politicagem, nem coisasemelhante. Então, nós temos uma oportunidade como essa não apenasde ouvir para nos deliciarmos com os expositores, mas que issoprovoque em cada um de nós uma ação, enquanto agentes políticos quesomos esta Casa têm esta obrigação, tem este dever. Gostaria decomplementando um pouco aquilo que eu colocava sobre os conteúdosdos documentos referentes à Campanha da Fraternidade, não é apenasa deste ano, outras já se preocuparam com o bem comum, não comoum chavão ou uma palavra de ordem, mas como algo inerente mesmoas possibilidades de construirmos a sociedade nova, um mundo novo,que, muitas das vezes, não dizemos, e, às vezes, dizemos até emcomícios, o bem comum e eu faço questão de retirar do texto comoconjunto de condições sociais que permitem e favorece as pessoas, odesenvolvimento integral da sua personalidade. Quando eu penso sóem mim, no meu grupo, no meu partido, ou até mesmo no nome domeu partido, na minha tendência aqueles que a tem, eu já não estoucolocando no devido lugar o bem comum. Bem comum tem tudo a vercom os bens necessários para desenvolvimento da pessoa, e apossibilidade real de todas as pessoas terem acesso a tais bens. Épreciso que tenhamos isto, é preciso que tenhamos cuidado depensarmos e refletirmos sobre isso, inclusive politicamente, será queisto é possível? O objetivo geral desata campanha, nós já podemosdeduzir e o livrinho me ensinou, e eu fiz questão de brindar os colegasque estiveram aqui hoje e os que permanecem ainda com o texto base.O objetivo geral é por isto que nós estamos aqui, é por isso que nósestamos empenhados na Campanha da Fraternidade. Sempre tenhopena, Dom Belizário, porque é campanha, e campanha tem um tempolimitado. Essa temática tinha que ser algo para se pensarpermanentemente, pelo menos durante o ano todo, e tomarmos atitudescom relação a esse tema, colaborar na promoção de uma economia aserviço da vida. Será que nós vamos ter condições de pensar nestaeconomia a serviço da vida? Mas, da vida de todos, da vida pelosmenos daqueles que nos colocaram aqui nesta Casa fundamentada numideal da cultura de paz, a partir do esforço conjunto das igrejas cristãse de pessoas de boa vontade para que todos contribuam na construçãodo bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão. Padre Cláudio,a questão da inclusão é interessante até quando saem os dados, asestatísticas sobre a inclusão. Ela vem baseada nas geladeiras compradas,nos carros comprados associada ultimamente à compra, compra,compra, e como isto é terrível, Deputado Edivaldo. As pessoas quevivem totalmente escravizadas pela compra. Tem que comprar! E aínós vamos enveredar naquela prática com aquela palavra deconsumismo: é preciso consumir, parece até que os economistastrabalham nisso de uma forma até muito inteligente. E como é que nósvamos construir essa sociedade sem exclusão? O livrinho nos provoca.Para isso, há uma exigência muito grande de que haja justiça social.Haver justiça social neste Brasil e neste Maranhão. Temos umaconsciência ambiental e aí é uma angústia, é uma inquietação profundaque alguns estão tendo e estão enfrentando. Esta consciência ambiental,para nós ribeirinhos do Rio Parnaíba, eu peço permissão aos senhorespara não acharem enjoativo, mas eu tenho falado sobre todos quefazem este Parlamento que constantemente ameaça-se serem construídascinco barragens no meu querido Velho Monge, barragens para construircinco hidrelétricas. Essas hidroelétricas poderão ser usadas depoispara o bem comum, não sei, não sei, mas a partir da hidrelétrica, nós játemos lá 40 anos, mais de 40 anos que é da Barragem da Boa Esperança.As populações cada vez mais pobres, dois leitos de hospital para cadamil habitantes, na minha querida Barão de Grajaú, que vai sofrer, PadreFlávio, com duas hidrelétricas, uma na frente e outra atrás. Vai alagarpovoados, vai alagar, Dom Belizário, aquele sacrário inclusive dareligiosidade do povo daquela região, que é o Povoado da Manga,construído com a igreja que ainda está lá enfrentando o tempo ainda noséculo XVIII pelos Jesuítas. E aí dizem: ‘Não, mas a igreja vai ser

poupada’, e eu tenho que dizer que aprendi: será que existe igreja sempovo? E quando, se participando de audiência, se vê certa inquietação,ela não vai além. Eu não sou contra que haja essa inquietação, você temque saber como enfrentar a agressão sofrida inclusive no seu patrimônio,na sua casa, na sua casinha, a única preocupação é como vai ser aindenização e quando vai ser. Não se coloca na Mesa a destruiçãoambiental, não se coloca que restituição, que indenização vai sersuficiente diante do desequilíbrio ecológico que já existe e que vaiaumentar mais e mais e muito mais. Ninguém se preocupa na práticapara associar nada disto com as mudanças climáticas, com adesertificação que está sendo imposta. E aqui no Maranhão tambémisso tudo cabe reflexão na economia e vida: vocês não podem servir aDeus e ao diabo. Há uma exigência também para que se construa ou sepense nesse bem comum de sustentabilidade, mas que dificuldade paracolocarmos na nossa consciência isto, no empenho da superação damiséria e da fome e que se considere, em primeiro plano,prioritariamente, a dignidade da pessoa e o respeito aos direitoshumanos. Quantos minimizam ou banalizam a simples referência adireitos humanos, inclusive no mundo da economia. A Campanha daFraternidade deste ano, como todas as outras, é um momento dedenúncia, denúncia da perversidade de todo um modelo econômico quevise em primeiro lugar o lucro, que já foi colocado muito bem, sem seimportar com a miséria, a fome e a morte. Fizeram a fome e a morte,sobretudo, parece que só interessam as estatísticas ou mais do queisso. Só um minuto, Senhor Presidente.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Deputada, a senhora tem o tempo que fornecessário e eu concedo o tempo necessário para concluir o seupensamento.

A SENHORA DEPUTADA HELENA BARROS HELUY –Eu vou concluir. Nós temos que encontrar estratégias, inclusive nascasas políticas, estratégia na polícia, estratégia no educar para umaprática de uma economia de solidariedade. A prática da solidariedadenão pode se restringir apenas em referências, em leis ou em decretos.Tem que ser realmente uma prática de cuidado com a criação evalorização da vida como um bem mais precioso. E, por último,conclamar toda a sociedade para ações sociais e políticas que levem àimplantação do modelo econômico de solidariedade e justiça para todasas pessoas. O texto também no seu agir é muito claro nesta conclamação:como contribuir para fortalecer uma economia a serviço da vida? E aíeu convido os colegas deputados, as colegas deputadas presentes paraque, em tendo um tempo, que busquemos nestas eleições talvez umrumo, um caminho a mais com repercussão no nosso agir parlamentar.O texto sugere inclusive, Deputado Calvet, consumir responsavelmente,pois uma prática de consumismo que é para esnobar vira até umanecessidade endocrinológica das pessoas no consumo. Montar umempreendimento de economia solidária. Vamos trabalhar a questão daeconomia solidária, o que é que é? E já existem muitas experiências,inclusive aqui no Maranhão. Participar dos fóruns locais de economiasolidária. Temos o fórum estadual de economia solidária. Participar ouse juntar a outros movimentos e campanhas, pressionar o PoderPúblico, vereadores e deputados, para usar dos instrumentos legislativospara trazer para as suas comunidades, as suas cidades e seus municípiosesta experiência corajosa, talvez até audaciosa, que muitos que trabalhamno mundo da economia já abraçaram, ajudaram a construir, aprovaramuma lei de iniciativa popular para a economia solidária. Vamos pensarnisso, numa prática, vamos trabalhar essas possibilidades ou essashipóteses. Agradeço a todos os expositores que vieram até aqui comoagradeço a todos os convidados. Agradeço àqueles que permaneceramaté agora e dizer que esta iniciativa já vem acontecendo anualmenteaqui nesta Casa. Digo sempre que isso não foi inventado por Helena.Em 1996, fé e política já foram discutidas na Assembleia Legislativa doEstado do Maranhão. Em 97, me parece, a educação também foidiscutida numa perspectiva de Campanha da Fraternidade, e tem nesseum instante em que pelo menos se para e alguns acompanham aquilo

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 27que é apresentado pelos expositores. Agradeço a todos. Muito obrigada,Presidente.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Vou encerrar esta sessão. Eu agradeço aparticipação e a presença dos senhores deputados, das senhorasdeputadas e de todos aqui que se fizeram presentes. Agradecer tambémas palavras dos expositores, dessas três igrejas inspiradas no Evangelhode Cristo, e à Deputada Helena Heluy que traz todos os anos, atravésde requerimentos aprovados por esta Casa, a realização de sessõesespeciais para discutir os temas da Campanha da Fraternidade. OPadre Cláudio Bombiere fez duas recomendações a esta Casa. A primeiradelas é com relação à agricultura familiar, com relação aos mais pobres,mais desassistidos, excluídos de um processo de desenvolvimento etecnológico que está ao nosso alcance, mas ainda não chegou até eles.E quero dizer, Padre, que efetivamente o Maranhão, para sair destaposição em que se encontra de níveis de pobreza, tem que fazer umaprofunda transformação na sua agricultura familiar com o apoiodecisivo, com a vontade política de transformar isto, que só dessaforma nós estaremos superando a pobreza em nosso Estado. Eu tenhoa coragem de dizer que esses grandes empreendimentos que estãovindo para o Maranhão vão trazer desenvolvimento, sim, vão trazerprogresso sim, mas não vão eliminar a pobreza do nosso Estado, comtoda certeza não. Então nós temos 40% da população vivendo nocampo, mas muito mais de 50% da população do Maranhão trabalhaainda na agricultura. Então eu viajo às pequenas cidades até as grandescidades do interior e aquele pessoal todo, que é considerado urbano,mas a sua atividade principal é a agricultura. Nós temos que fazer estagrande transformação, esta grande mudança para que, dessa forma, oMaranhão saia deste patamar em que se encontra atualmente. A segundarecomendação é quanto à questão de monitorar tudo que está se fazendode empresas, de empreendimento que está sendo feito no Estado paraque nós possamos cuidar do nosso meio ambiente. Nós temos doisórgãos de meio ambiente atuando no Estado: uma Secretaria de MeioAmbiente e o IBAMA, que é federal. A Secretaria do Meio Ambientee o IBAMA não estão aí só para dar licenças para que osempreendimentos sejam instalados de acordo com as normasambientais, não é só para isso. Eles têm que efetivamente monitorar,acompanhar para que nós possamos corrigir a poluição que acontece,as mazelas que acontecem com nosso meio ambiente e com a nossapopulação mais pobre deste Estado. Quero lhe dizer, Padre, aquifazendo uma denúncia, que o IBAMA hoje, em vez de fiscalizar, que éum órgão federal, em vez de fiscalizar as grandes empresas, os grandesdesflorestamentos que estão acontecendo no Estado, está perseguindoo pequeno catador de caranguejo que tem o seu transporte, o seubarco, que é um barco que é ambulância, que é tudo, apreendido ejogado aí num porto, ficando uma população de povos de extrativistassem o seu meio de transporte, pois aquele é o meio de transporte deles.Eu me refiro aqui a São João Batista, ao povoado de Beira da Baixa,que fica na beira do mangue. Lá eles vivem de catar caranguejo, do melde abelhas, de catar mariscos, e chegaram aqui uma vez na véspera determinar o defeso do caranguejo, pois o seu barco havia sido preso,preso todo mundo, com multas, que aqueles pobres coitados não têmda onde tirar de jeito nenhum. No entanto, para os ricos, para asgrandes empresas, os olhos estão fechados e isto é uma discriminação,uma discriminação inadmissível com a qual nós não podemos concordar.Aqui nesta Casa, como representante do povo que estamos aqui, estaé a indignação que a gente tem com este preconceito, é o preconceitocom o negro, é o preconceito com o índio, é o preconceito com amarisqueira, é o preconceito com o pobre que existe na nossa sociedade,então nós temos que dar um basta nisso para que este tema de Deus eo capital, enquanto o capital estiver sendo empregado, trazendo adesarmonia, beneficiando o preconceito. Então o capital é o preconceito,o capital é a poluição, o capital é tudo isto em contraposição a Deus,que é o amor, foi ele que nos pregou o amor, uma convivência solidária,pacífica, harmônica, de iguais, todos são iguais, nós somos iguais,todos os filhos de Deus. Então, assim nós deveremos ser e é por issoque nós devemos lutar, isto é, para eliminar tudo isso. A nossa combativa

Deputada Helena Heluy, que nos traz esse tema tão importante quenos empolgou neste momento aqui, nós agradecemos. Todos os anosque ela traz isto nos chama a atenção sobre a nossa caminhada, osrumos que nós temos a seguir. Nós agradecemos a presença de todos.Eu gostaria apenas de saudar a nossa Prefeita de Monção, PaulaFrancinete, e o seu esposo, Mário Cardoso. Obrigado. Nada maishavendo a tratar, declaro encerrada a presente Sessão.

Resumo da Ata da Vigésima Terceira Sessão Ordináriada Quarta Sessão Legislativa da Décima Sexta Legislatura daAssembléia Legislativa do Estado do Maranhão, realizada no diadezessete de março do ano de dois mil e dez.

Presidente, em exercício, Senhor Deputado Victor Mendes.Primeiro Secretário, em exercício, Senhor Deputado Marcos

Caldas.Segundo Secretário Senhor Deputado Antônio Pereira.

Às nove horas e trinta minutos, presentes os SenhoresDeputados: Alberto Franco, Antônio Pereira, Arnaldo Melo, CarlosAlberto Milhomem, Celso Santos, Cleide Coutinho, Domingos Paz,Edivaldo Holanda, Eliziane Gama, Fábio Braga, Fátima Vieira, GardêniaCastelo, Graça Paz, Helena Barros Heluy, Janice Braide, João Batista,José Lima, Manoel Ribeiro, Márcia Marinho, Marcos Caldas, NonatoAragão, Paulo Neto, Pavão Filho, Rigo Teles, Rubens Pereira Júnior,Stênio Rezende, Valdevino Cabral, Valdinar Barros e Victor Mendes.O Senhor Presidente declarou aberta a Sessão determinando a leiturado texto bíblico, do resumo da Ata da Sessão anterior, que foi consideradaaprovada, do expediente que foi encaminhado à publicação e concedeua palavra aos Senhores Deputados: Domingos Paz, Edivaldo Holanda,Valdinar Barros, Pavão Filho e Gardênia Castelo. Não houve “Quorum”regimental para aprecisar a matéria constante da Ordem do Dia queficou transferida para próxima Sessão Ordinária. Nos termos do art.107 do Regimento Interno foram incluídos na Ordem do Dia da próximaSessão Ordinária os Requerimentos nºs. 069, 070, 071 e 072/10. Noprimeiro horário do Grande Expediente ouve-se a Deputada HelenaBarros Heluy. No tempo destinado ao Bloco Parlamentar Democráticonão houve indicação por parte da Liderança e pelo Bloco Parlamentarde Oposição falaram os Deputados Rubens Pereira Júnior e EdivaldoHolanda. Não houve orador inscrito no Expediente Final. Nada maishavendo a tratar o Senhor Presidente encerrou a Sessão determinandoque fosse lavrada a presente ata, que lida e considerada aprovada, serádevidamente assinada. Plenário Deputado Nagib Haickel, do PalácioManoel Bequimão em São Luís, 22 de março de 2010.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO,JUSTIÇA E REDAÇÃO FINAL

P A R E C E R Nº 054/2010.

RELATÓRIO:Trata-se de Projeto de Resolução Legislativa nº 004/2010, de

autoria do Senhor Deputado Carlos Alberto Milhomem, subscrito pelaterça parte dos Membros da Assembléia Legislativa, que modifica osdispositivos da Resolução Legislativa nº 449 de 24 de junho de 2004,que dispõe sobre o Regimento Interno da Assembléia Legislativa doEstado do Maranhão.

Nos termos do Presente Projeto de Resolução o inciso III, oArt.75 do Regimento Interno passa a vigorar com a seguinte redação:“III – licença por prazo superior a cento e vinte dias, estendendo-se aconvocação por todo o período de licença e de suas prorrogações”.

Verifica-se, por oportuno, que é tema que depende unicamenteda deliberação de seus membros, pois se trata de matéria estritamenteinterna corporis desta Casa Legislativa. É que a ordem jurídico-constitucional assegurou a cada poder, dentro do sistema da divisãoharmônica de funções, a exclusiva competência para dispor sobre suaorganização e seus serviços internos.

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TERÇA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2010 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA28Vejamos então a valiosa lição de José Afonso da Silva, segundo

o qual:

A independência dos poderes significa: (a) que a investidurae a permanência das pessoas num dos órgãos do governo nãodependem da confiança nem da vontade dos outros; (b) que,no exercício das atribuições que lhes sejam próprias, nãoprecisam os titulares consultar os outros nem necessitam desua autorização; (c) que, na organização dos respectivosserviços, cada um é livre, observadas apenas as disposiçõesconstitucionais e legais.

Assim, cada Casa Legislativa, tanto quanto qualquer Tribunalou Chefia do Executivo, é competente para decidir suas questõesadministrativas internas, sem a necessária participação de outro Poder.Nesse sentido, a Constituição Estadual estabelece em seu art. 31:

Art. 31. É da competência exclusiva da AssembléiaLegislativa:I – eleger sua Mesa Diretora e constituir suas comissões;II – elaborar seu Regimento Interno;III – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos efunções de seus servidores e fixação da respectivaremuneração, observados os parâmetros estabelecidos na leide diretrizes orçamentárias [...]

Ressalte-se que a espécie normativa escolhida pelo autor daproposição também é a adequada, nos termos do art. 132, IV, doRegimento Interno desta Casa:

Art. 132. Os projetos compreendem:[...]IV – os projetos de resolução destinados a regular comeficácia de lei ordinária matéria de competênciaprivativa da Assembléia Legislativa e os de caráterpolítico-processual legislativo ou administrativo, ouquando a Assembléia deva-se pronunciar em casosconcretos [...]

Ademais, o Regimento Interno em seu Art.265 dispõe in verbis:

“Art. 265. O Regimento Interno poderá ser modificadoou reformado por meio de projeto de resolução deiniciativa da Mesa, de Comissão Permanente ou Especialpara esse fim criada, também por um terço dos membrosda Assembléia”.

Observa-se que, sob tais parâmetros constitucionais eregimentais o Projeto de Resolução Legislativa sob exame se encontraconsoante o direito, estando o mesmo redigido em boa técnica legislativa.

VOTO DO RELATOR:Em face do exposto, concluímos pela juridicidade,

constitucionalidade e legalidade do Projeto de Resolução Legislativa nº004/2010. Assim sendo, opinamos favoravelmente pela sua aprovação.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Redação

Final votam pela Aprovação do Projeto de Resolução Legislativa nº004/2010, nos termos do voto do relator.

É o parecer. SALA DAS COMISSÕES DEPUTADO “LÉO

FRANKLIM” em 22 de março de 2010.

Deputado Carlos Alberto Milhomem - PRESIDENTEDeputado Manoel Ribeiro - RELATORDeputado Rubens Pereira Júnior