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Seagri expande cultivo de abacaxi na Chapada Diamantina Cacau e banana irrigados podem ser o novo boom do Oeste da Bahia Primeiro Centro Vocacional do Pescado da Bahia já está pronto 10 3 7 6 Novembro de 2015• Boletim Informativo da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura • SEAGRI • Ano I • nº 1 O Estado é um dos melhores lugares do Brasil e do mundo para investimentos agropecuários 13 Razões para Investir na Bahia com Segurança

13 Razões para Investir na Bahia com Segurança

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Seagri expande cultivo de abacaxi na Chapada Diamantina

Cacau e banana irrigados podem ser

o novo boom do Oeste da

Bahia

Primeiro Centro Vocacional do Pescado da Bahia

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Novembro de 2015• Boletim Informativo da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura • SEAGRI • Ano I • nº 1

O Estado é um dos melhores lugares do Brasil e do mundo para investimentos agropecuários

13 Razões para Investir na

Bahia com Segurança

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DestaquesEditorial

Governador do Estado da BahiaRUI COSTA

Secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura

PAULO CÂMERA

Chefi a de GabineteJOSÉ PIRAJÁ PINHEIRO FILHO

Diretoria GeralRAMON ANDRADE FERNANDES

Superintendência de Política do Agronegócio - SPAGUILHERME DE CASTRO LINO BONFIM

Superintendência de Desenvolvimento Agropecuário - SDAADRIANO BOUZAS DE SÁ

Agência Estadual de Defesa Agropecuária – ADABOZIEL OLIVEIRA

Bahia Pesca S.A.DERNIVAL OLIVEIRA

Folha da Agricultura é uma publicação bimestral da Assessoria de Comunicação da SEAGRI para divulgação das principais ações desenvolvidas pela Secretaria e seus órgãos vinculados no período.

Produção: Assessoria de Comunicação SEAGRI; colaboração: ASCOM/Bahia Pesca e ASCOM/ADAB.

Equipe de elaboração: SEAGRI - Josalto Alves, Manuela Soares, Rosangela Machado, Viviane Cruz, Daniela Silva, Diogo Cardoso,Geiziane Santos.

Fotos: Heckel Júnior (SEAGRI); Acervo Seagri e Sílvio Ávila (Editora Gazeta)

Edição, diagramação e Projeto gráfi co: Editora Dendê; Revisão: Rosangela Machado; Distribuição: Biblioteca Seagri; Impressão: PressColor Gráfi cos Especializados. Tiragem: 2.000 exemplares

Endereço: 4ª Avenida, 405 - Centro Administrativo da Bahia,CEP 41.745-002, Salvador -BA, www.seagri.ba.gov.br,[email protected], (71) 3115-2783 / 2737,facebook.com/seagri.bahia

Na contramão da crise, a agropecuária brasileira, responsá-vel por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, pelo me-nos um terço dos empregos e 42% das exportações, cresce no País, enquanto outros setores apresentam retração e projetam queda. A decolagem do setor nesse cenário de crise, deve-se entre outras razões à capacidade de inovação do agronegócio. Projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indicam novo recorde na safra 2015/2016.

Na Bahia o cenário não é diferente, mas os riscos existem. O governo investe no setor, focando a Secretaria da Agricultura (Seagri), em dois aspectos de fundamental importância.

Um deles é a defesa agropecuária, visando manter o Esta-do livre de quatro doenças na área animal (Infl uenza Aviaria e da Doença de Newcastle em criatórios industriais; Febre Aftosa, com vacinação, e da Peste Suína Clássica), e nove na área vegetal (Sigatoka Negra e Moko da Bananeira; HLB e Cancro Cítrico na Citricultura; Monilíase do Cacaueiro; Mosca da Carambola na fru-ticultura; Amarelecimento Letal do Coqueiro, Cochonilha do Car-mim na palma forrageira, e do Mofo Azul na cultura do tabaco).

No momento, dentre outras ações, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Seagri, envida esfor-ços para evitar a propagação da lagarta parda nas culturas de eucalipto, café e cacau no sul e extremo sul do Estado.

Outra foco é a atração de investimentos, visando a implan-tação de agroindústrias para agregar valor à produção, gerar empregos e renda e evitar o exôdo rural.

Para manter a sociedade informada quanto à ações de go-verno nesse segmento, estamos relançando a Folha da Agricul-tura, um periódico que trará a cada dois meses relatos das prin-cipais atividades da Seagri, instituição de grande importância na estrutura do governo do Estado, que está completando 120 anos de existência, sempre atuando voltada para o crescimen-to e fortalecimento da agropecuária.

Boa leitura!

Centro Tecnológico da

Agropecuária é instrumento de desenvolvimentodo setor

Seagri eAbaf agem

preventivamente para controlar praga da Lagarta Parda na Bahia

Bahia amplia rede de moni-toramento de dados agromete-orológicos

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O Estado é um dos melhores lugares do Brasil e do mundo para investimentos agropecuários

Além das excelentes condições de clima e solo, e da diversifi cada produ-ção agrícola que garante matéria-pri-ma de qualidade e com regularida-de, a Bahia apresenta 13 razões para atrair, com segurança, investidores nacionais e estrangeiros. Graças ao trabalho realizado pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), o Estado é livre de nove pragas que afetam a agricultura, e de quatro doenças na área animal, status conferido pelo Ministério da Agricultura (Mapa).

Os serviços ofi ciais de vigilância epidemiológica, fi scalização de trânsi-to de vegetais, levantamento da ocor-rência de pragas, certifi cação fi tossa-nitária, implementação de planos de contingenciamento, são de extrema relevância para a produção agrícola.

Cinco anos sem huanglongbing (HLB) dos Citros

O governo celebra cinco anos de enfrentamento a mais grave e destru-tiva praga da citricultura internacio-nal, HLB. O Estado detém o status de área livre de HLB, fato que representa

vantagem competitiva diante de es-tados como São Paulo, com ocorrên-cia da praga, considerado o primeiro no ranking nacional de produção. A Bahia é o segundo maior parque ci-trícola do País e possui um Plano de Contingenciamento do HLB, com es-tratégias interinstitucionais e multi-disciplinares para manter os pomares livres da praga.

Cancro CítricoUma das mais antigas doenças que

causa problemas à citricultura é o can-cro cítrico, também conhecido como

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o câncer dos citros. E dele também a Bahia está livre. O cancro causado pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. citri, provoca lesões nas folhas, ramos e frutos e, consequentemente, queda da produção.

Bahia Livre do Mofo Azul do Tabaco

A Bahia é Área Livre de Mofo Azul (fungo Peronospora Tabacina), praga que atinge a cultura do tabaco e impe-de as exportações do produto para ou-tras partes do mundo. O estado tam-bém é o primeiro produtor de tabaco para charuto do Brasil e tem o segundo maior parque fumícola do Nordeste. O tabaco produzido em mais de 36 mu-nicípios, já é exportado, comprovando a qualidade e a sanidade.

Estado livre da Moníliase, uma ameaça à cultura do cacau

A Monilíase, doença que ataca os frutos de mamão, cacau e cupua-çu, cujo agente causal é o fungoMoniliophthora roreri, é considerada a mais grave das doenças da cacaui-cultura mundial. Os sintomas são se-melhantes aos da vassoura-de-bruxa, danifi cando as sementes e causando perdas de até 100% dos frutos produ-zidos. O Estado é livre da Monilíase e

foi o primeiro a desenvolver um Plano de Contingência da Monilíase. A coor-denadora do Projeto de Prevenção à Monilíase do Cacaueiro, Catarina Mat-tos Sobrinho, explica que o homem é o principal agente disseminador des-ta praga. Por isso, os produtores de ca-cau da região não podem trazer para a Bahia nenhum material vegetal e só devem adquirir mudas garantidas.

Mosca-da-Carambola não pou-sa na Bahia

Considerada a principal ameaça à exportação de frutas brasileiras, com perdas de até 70% da plantação, a mosca-da-carambola não está presen-te em território baiano, mas mesmo assim é tema de debates. Em 2008, a Seagri/Adab traçou um plano de con-tingência para prevenção que vem sendo adotado até então. Os métodos são de pulverização e aniquilação dos insetos machos, com uso de produto biológico de baixo impacto ambiental. A praga é originária da Malásia.

Cultura da banana é Livre de Sigatoka e Moko da Bananeira

A Bahia foi o primeiro estado a ser declarado como Área Livre da Sigatoka Negra, uma praga que pode causar prejuízos de até 100% da produção. O Estado é livre também do Moko da Bananeira ou murcha bacteriana da ba-naneira, doença causada pela bactéria Ralstonia solanacearum, presente nos estados do Amazonas, Pará e Amapá.

Amarelecimento Letal não afeta coqueiros na Bahia

O Amarelecimento Letal do co-queiro (Coconut Lethal Yellowing) é

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uma doença causada por um fi to-plasma, considerada uma das mais devastadoras, pois representa sério problema potencial para a produção mundial de coco em função da sua agressividade. A Bahia não registra ca-sos dessa praga, mas mesmo assim a Seagri/Adab se mantém atenta para qualquer eventualidade.

Área livre de Cochonilha do Carmim assegura alimentação animal e humana

A Cochonilha do Carmim é uma praga que ataca severamente a pal-ma forrageira, se reproduzindo rapi-damente e enfraquecendo a planta. As perdas associadas a esse patógeno

podem chegar a 100%. Visando asse-gurar a saúde da cadeia produtiva da palma forrageira no sertão baiano, o governo do Estado distribui mudas resistentes à praga para agricultores familiares.

Infl uenza Aviária e a Doença de Newscastle

O setor avícola da Bahia, livre da Influenza Aviária e da Doença de Newcastle, em criatórios industriais, atingiu nível de excelência no con-trole de zoonoses, o que atende as exigências da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para expor-tação de carne de aves. As normas elaboradas pela OIE são reconheci-

das pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Status de livre da Peste Suína viabiliza exportação

Detentora desde 2011 do status de livre da Peste Suína Clássica (PSC), conferido pelo Ministério da Agricul-tura (Mapa), a Bahia busca o reconhe-cimento internacional dessa condição junto à Organização Mundial de Saú-de Animal (OIE). O objetivo, conforme destaca o diretor de Defesa Animal da Adab, Rui Leal, é conquistar novos mercados para a exportação de carne suína. A Peste Suína Clássica é uma doença viral, altamente contagiosa, com alta taxa de mortalidade.

A Bahia ultrapassa meta e vacina mais de 94% do rebanho contra Aftosa

O índice da primeira etapa da campanha vacinação contra a febre aftosa, realizada durante o mês de maio deste ano, em toda a Bahia, foi 94,54%, ou seja, a meta de 90%, exigida pela OIE, foi ultrapassada. A Bahia possui certifi cação de Área Livre de Febre Aftosa com Vaci-nação, sendo um dos estados pioneiros no combate à enfermidade. São 18 anos sem registro da doença.

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A região de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, que já se destaca pela produção de uvas vi-nífereas, tomates grape sweet e morangos, pode se transformar também em grande produtora de abacaxi. Esse é o objetivo dos pro-jetos experimentais que estão sen-do fomentados pelo governo do Estado, através da Seagri, por meio de convênios com os municípios de Tapiramutá e Bonito, e com a Asso-ciação dos Criadores e Produtores de Morro do Chapéu.

O projeto de expansão da cultura de abacaxi tem grande importância econômica por ser uma atividade absorvedora de mão-de-obra, contri-buindo para a geração de emprego e fi xação do homem no campo. O expe-rimento iniciado nas três cidades indi-ca bons resultados. O passo seguinte será reivindicar ao Ministério da Agri-cultura a inclusão dos municípios no zoneamento do abacaxi, e discutir com os bancos ofi ciais a abertura de linhas de fi nanciamento para apoiar os produtores.

Diversifi caçãoLocalizada no centro norte baiano,

Tapiramutá investe na cultura do aba-caxi como alternativa de diversifi ca-ção. Foram distribuídas 100 mil mudas de abacaxi com dez produtores, que iniciaram o plantio numa área de cin-co hectares e esperam a primeira co-lheita para abril do próximo ano.

O município de Bonito também aposta no sucesso do projeto que con-ta com a participação de 20 produtores. O plantio de 200 mil mudas de abacaxi foi feito em abril deste ano e as plantas apresentam bom desenvolvimento.

Em Morro do Chapéu, 300 mil mu-das foram destinadas a 40 produtores, das quais 200 mil foram plantadas em várias áreas do município, conforme explica o técnico agrícola e gestor ambiental Samuel Ataíde Silveira. “É a primeira plantação de abacaxi que fi zemos. O sistema radicular está en-caixado e as plantas se desenvolvem bem”. A expectativa é que a região tenha o mesmo desenvolvimento de Itaberaba, onde o abacaxi é a mola propulsora da economia local.

O projeto de

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Seagri expande cultivo de abacaxi na Chapada Diamantina

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Conhecido internacionalmente como o celeiro de grãos da Bahia, o Oeste baiano destaca-se agora com outras culturas irrigadas, que despontam como o novo boom da região. Trata-se da banana e do cacau irrigados, cujas áreas começam a ser ampliadas e já estão presentes em Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, Riachão das Neves e Bom Jesus da Lapa, dentre outros municípios. O mamão também é uma cultura em alta na região.

No Projeto de Irrigação Barrei-ras Norte, localizado em Barreiras, o agricultor Antonio Veloso valeu-se de sua experiência e iniciou a plantação de cacau irrigado, numa área de qua-tro hectares. Ele colhe, hoje, os frutos de sua visão. “O cacau irrigado já é realidade aqui. Mas precisamos de as-sistência técnica e de linhas de fi nan-ciamentos que nos permitam novos investimentos”. Sua produção é da ordem de 90 arrobas/ha, consorciada com banana irrigada, cuja renda zera o custo de produção do cacau.

Sem vassoura-de-bruxaUma das importantes caracterís-

ticas do cacau irrigado do Oeste é que está livre da vassoura-de-bru-xa por causa do clima. “Este fator é

muito importante”, destaca o diretor geral do Instituto Biofábrica de Cacau (IBC), Henrique Almeida, comentando ainda que “o casamento cacau/bana-na é perfeito, especialmente nesse momento em que os preços desses produtos estão em alta no mercado”. Henrique Almeida afi rma não ter dú-vida do sucesso do cacau no Oeste, e coloca o Instituto Biofábrica de Cacau a disposição para fornecer mudas de qualidade. O IBC é a única instituição na Bahia licenciada pelo Ministério da Agricultura para produzir e fornecer mudas de cacau.

O agricultor Antonio Veloso tam-bém implanta em sua propriedade o sistema agrofl orestal, e faz crescer na região um pedaço da Mata Atlântica. Com mudas originárias do Sul e Baixo

Sul do Estado, ele já plantou em sua propriedade inúmeros exemplares de Aroeira, Cajá Mirim, Jacarandá, Sapu-caia, Ipê, Pau D´Arco e Pau Brasil.

Banana IrrigadaCultura já sedimentada em Bom

Jesus da Lapa, no Perímetro Irrigado de Formoso, onde gera cerca de cin-co mil empregos diretos e indiretos, a banana irrigada expande-se nos perí-metros de Nupeba e Riacho Grande, no município de Riachão das Neves, e avança no Barreiras Norte, onde a empresa Portal Oeste amplia sua pro-dução. A produção de banana, prata e nanica, chega a 40 t/ano/ha, toda ela comercializada em Barreiras, Correnti-na e Bom Jesus da Lapa, e ainda distri-buída para o estado do Piauí.

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GRICacau e banana irrigados

podem ser o novoboom do Oesteda Bahia

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Fortalecer a agropecuária baiana com inova-ções tecnológicas e modernas técnicas de

análises laboratoriais e pesquisas avançadas. Essa é uma das prioridades da Seagri, através do Centro Tecnológico da Agropecuária da Bahia (Cetab), localizado no bairro da Ondina, em Salvador. O Cetab é referência na prestação de serviços especializados e pesquisa agrope-cuária que impactam signifi cativamente no controle de doenças e pragas nas áreas vege-tal e animal, além de análises de solo, controle de qualidade de alimentos e de classifi cação de produtos de origem vegetal.

O Cetab possui 12 laboratórios especializados: Análise de Pro-dutos das Abelhas, Análises de Agrotóxicos e Ecologia Química, Bacteriologia Animal, Biologia Mo-lecular, Classificação de Produtos de Origem Vegetal, Cultura de Te-cidos Vegetais, Entomologia, Fito-patologia, Parasitologia Animal, Sementes, Solos e Virologia Ani-mal. E, ainda, dois laboratórios em processo de reconhecimento junto ao INMETRO.

De acordo com a agrônoma Graciele Siering, coordenadora do Cetab, os laboratórios traba-lham em parceria com institui-ções como a Embrapa, Universida-des federais e estaduais (UFBA e UFRB), CNPq, Fapesb e órgãos do governo do Estado, como a Adab vinculada à Seagri. As pesquisas geraram nos últimos cinco anos um acervo de 243 trabalhos publi-cados em congressos, seminários e revistas científicas nacionais e internacionais.

Atividades exclusivas do CETABEntre as atividades exclusivas

desempenhadas pelo centro, des-tacam-se os serviços especializados e pesquisas em fi topatologia para diagnósticos de doenças das diversas culturas e recomendações de contro-le; em entomologia, diagnósticos de pragas das diversas culturas produzi-das no Estado e de jardinagem, com

recomendações de controle, além da criação da lagarta dos capinzais(Mocis latipes), para fi ns de testes bio-lógicos; na área de nutrição animal, análises físico-químicas para confi r-mação de informações nutricionais em rótulos de produtos para alimen-tação animal, e análises físico-quími-cas e orientações para complementa-ção mineral de rações animais.

Depois de concluída a implanta-ção e credenciamento junto ao

Mapa, o laboratório de se-mentes será o único ofi -

cial na Bahia a realizar avaliação da qualida-de física, fi siológica, genética e sanitária das sementes das principais lavouras

do Estado.O Laboratório de

Biologia Molecular é o único no Estado de

diagnose molecular do HLB e CVC dos citros. E tam-

bém o único a efetuar estudo

Centro Tecnológico da Agropecuária é instrumentode desenvolvimento do setor

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epidemiológico de doenças de gran-de impacto econômico como a melei-ra do mamoeiro, CVC e HLB dos citros.

No segmento de Ecologia Quími-ca e Agrotóxicos, o centro realiza de forma exclusiva no Estado, serviço de identifi cação de resíduos de agro-tóxicos em frutas, água e leite e é o único no mundo a desenvolver mé-todos alternativos de identifi cação da Leishmaniose canina.

O Cetab também garante serviços de análises de solos, sendo o único na Bahia a realizar análises físico-químicas de amostras acompanhadas de reco-mendação de corretivos e fertilizantes para as diversas culturas implantadas no Estado. O laboratório também é o único na Bahia a realizar pesquisas com o uso do calcário estipulando a saturação por bases ideal para a cultura da manga em solos do Cerrado e com fertilidade do solo com fulcro na cultura do café Coni-lon no Litoral Sul do Estado.

Defesa agropecuáriaO diagnóstico molecular de pragas

como o HBL e o CVC do Citrus, são alguns dos estudos produzidos pelo Centro. Também são desenvolvidas atividades de apoio à certifi cação fi -

tossanitária de citros, implementação e desenvolvimento de métodos de diagnose efi cientes para patógenos quarentenários para a fruticultura.

AbelhasO Laboratório de Abelhas é o úni-

co no mundo habilitado a desenvol-ver processos para o benefi ciamento por refrigeração, e com baixo custo, de pólen de abelha sem ferrão, além de realizar a caracterização físico-química e estudo de propriedades farmacológi-cas do pólen de abelhas nativas uruçu e mandaçaia. Na Bahia, esse labora-tório também é o único que oferece serviços de análises físico-químicas de amostras de méis e pólen de abelhas para todos os parâmetros estabeleci-dos pelo Mapa.

Classifi cação de produtosA Classifi cação tem signifi cativa

importância, tanto para produtores quanto consumidores. O laboratório de Classifi cação vegetal é o único no mundo a desenvolver material de re-ferência para óleos vegetais e farinha de mandioca. Na Bahia, o laboratório é o único a realizar Classifi cação físico-química de óleos vegetais, farinha de

mandioca e derivados amiláceos da raiz de mandioca e farinha de trigo, e Classifi cação física de produtos nacio-nais de origem vegetal.

Atendendo aos pré-requisitos exi-gidos pelo Programa de Incentivo à Cultura do Algodão da Bahia (Proalba), o Laboratório de Classifi cação de Pro-dutos de Origem Vegetal do Cetab é o único a realizar a Classifi cação do algodão, o que concede incentivo de 50% do Imposto sobre circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) devido, sobre a comercialização do algodão no mercado interno para os produtores baianos.

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O diagnóstico molecular de pragas como o HBL, doença que vem cau-sando grandes problemas às lavouras das regiões Sul e Sudeste do país, e o CVC do Citrus, são al-guns dos estu-dos produzidos pelo Cetab

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Os pescadores baianos receberão, até o fi nal de 2015, o primeiro Centro Vocacional Tec-nológico do Pescado (CVTT) do Estado. O espaço foi construído na fazenda experi-

mental Oruabo, de propriedade da Bahia Pesca, em Santo Amaro da Purifi cação, e está em fase de defi nição de gestão. “Os profi ssionais da pesca poderão contar com um centro que será referência no uso e desenvolvimento de tecnologias de baixo custo voltadas a pesca-dores e aquicultores”, afi rma o presidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira.

O pescado poderá ser fi letado, de-fumado, transformado em nuggets, embutido e até mesmo virar ham-búrgueres. Desta forma será possível aumentar a lucratividade com várias espécies que possuem baixo valor de mercado. Outra vantagem é o melhor aproveitamento dos subprodutos.

O local contará também com incu-

badora de empresas, restaurante-es-cola, laboratórios e, ainda, com um alojamento para mais de 100 pessoas. A proposta é formar novos empreen-dedores e técnicos que serão multi-plicadores do conhecimento, além de novos pescadores.

Entre os cursos e eventos que se-rão realizados no Centro, destacam-

se os de Habilitação em Condução de Embarcações de Pesca, Noções de Conservação dos Ecossistemas Marinhos e Povoamento dos Man-guezais com Caranguejo Nativo, Consultoria na Área de Alimentos de Pescado e Educação Ambiental, Tecnologia de Pescado e Gestão, entre outros.

Primeiro Centro Vocacional do

Pescado da Bahia já está pronto

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Bahia amplia rede de monitoramento de dados

agrometeorológicosA Bahia deve atingir o número de

213 estações meteorológicas implan-tadas no Estado até o fi nal de 2015. A rede de monitoramento visa obter dados pluviométricos, hidrológicos, agrometeorológicos, agronômicos, umidade e temperatura do solo, e ge-otécnicos, dentre outras informações. Os dados são destinados a orientar os pequenos, médios e agricultores familiares da região semiárida, na to-mada de decisões com relação ao desenvolvimento das etapas da ativi-dade agrícola, compreendida desde a preparação do solo para a semeadura, até a colheita, o armazenamento e o transporte de produtos. Essa ação é fruto da parceria fi rmada entre gover-no da Bahia, através da Secretaria da Agricultura do Estado e governo Fe-deral, por meio do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Os dados coletados ne s s e s e q u i p a m e n tos serão enviados ao Cema-den, destinados ao mo-nitoramento e alerta de risco de colapso de safras para agricultura familiar do semiárido.

As estações automá-ticas, também denomi-nadas de Plataformas de Coleta de Dados (PCD’s), serão instala-das em municípios do semiárido baiano. Des-se total, 34 são do tipo PCDAgros (que fazem medições de precipi-tação pluviométrica, temperatura e umidade do ar, temperatura e umidade do solo, velo-cidade e direção dos ventos, radiação solar global e saldo de radiação) e 179

do tipo PCDAqua (que fazem medições de precipitação pluviomé-trica e umidade do solo).

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Seagri e Abaf agem preventivamente para

controlar praga da Lagarta Parda na Bahia

A Bahia está atenta para controlar e evitar a proliferação da praga da La-garta Parda no sul e extremo sul do Es-tado, onde já atacou os cultivos de eu-caliptos e café, ameaçando também a cacauicultura. O Programa Fitossa-nitário de Controle da Lagarta Parda no Estado da Bahia foi lançado pela Seagri, em Teixeira de Freitas, através de sua Agência de Defesa Agropecu-ária da Bahia (Adab), em parceria com a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf ) e entidades par-ceiras, em seminário que reuniu quase 200 produtores. Durante o evento foi instalada a Comissão Técnica Regional (CTR), liderada pela Adab, responsável pela aplicação do plano de manejo para o controle da Lagarta Parda, com a participação das prefeituras, das em-presas e das entidades ambientais.

O controle da Lagarta Parda está sendo realizado com o inseticida bio-lógico à base de Bacillus thuringiensis, produto biológico, de ocorrência na-tural, que controla de maneira efi caz as lagartas desfolhadoras. O produto é específi co para lagartas, ou seja, não oferece risco à saúde do homem e ani-

mais. O mecanismo de ação doB. thuringiensisse libera toxina no sis-tema digestivo alcalino das lagartas e, por isso, é inofensivo a todos os demais organismos, inclusive aos pássaros que se alimentam das lagartas mortas.

Além disso, 10 milhões de ves-pas, predadoras naturais da Lagarta Parda, estão sendo soltas na região, reforço importante para combater a praga. O programa lançado visa esta-belecer um método de controle pre-ventivo, para que não aconteça, por exemplo, o que aconteceu no Oeste do estado com a Helicoverpa Armige-ra que causou prejuízos superiores aR$ 2 bilhões na Bahia e mais de R$ 10 bilhões no Brasil. A Lagarta Parda é uma praga que está impactando mui-to a região, podendo causar efeitos negativos signifi cativos na pauta de exportação que tem grande participa-ção de celulose e papel. “As empresas de base flo-

restal estão unindo esforços a outras instituições de pesquisa, extensão e de produtores rurais para buscar solu-ções coletivas que possam fazer frente ao risco de aumento desta ameaça à produtividade da agricultura na re-gião”, informa Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF.

A Lagarta Parda ataca o euca-lipto, café e cacau, dentre outras culturas, desfolhando as plantas. Este inseto é nativo, com presença já registrada ao longo dos anos em 14 estados brasileiros. Especialistas acreditam que mudanças no clima e desaparecimento de inimigos na-turais podem estar favorecendo o aumento momentâneo da popula-ção deste inseto.

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