139144162 Portugues Glaucia Lopes

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Ministrio da Educao Escola Tcnica Aberta do Brasil Escola Tcnica da Universidade Fede ral do Paran Portugus I Glaucia Lopes Cuiab, 2008Comisso Editorial Prof Dr Maria Lucia Cavalli Neder - UFMT Prof Dr Ana Arlinda de Oli veira - UFMT Prof Dr Lucia Helena Vendrusculo Possari - UFMT Prof Dr Gleyva Maria Si mes de Oliveira - UFMT Prof. M. Sc. Oreste Preti - UAB/UFMT Prof Esp. Mrcia Freire Rocha Cordeiro Machado - ET-UFPR Designer Educacional Ana Arlinda de Oliveira Ficha Catalogrfica L864p Lopes, Glaucia Portugus 1 /Glaucia Lopes. - Cuiab: EdUFMT; Curitiba: UFPR, 2008. 129p.: il. color Inclui bibliografia. ISBN 978-85-61819-2 5-5 1. Lngua Portuguesa - Estudo e ensino 2. Lngua portuguesa - Gramtica 3. Lngua Portug uesa Ortografia 1. 1. Ttulo. CDU - 811.134.3'36 Reviso Alice Maria Teixeira de Sabia Capa To de Miranda (Lay out) Hugo Leonardo Leo Oliveira (arte final) Ilustrao Quise Gonalves Brito Diagramao Terencio Francisco de O liveira Elizabeth Kock Carvalho Netto Cuiab, 2008PROGRAMA e-TEC BRASIL Amigo(a) estudante:O Ministrio da Educao vem desenvolvendo Polticas e Programas para expanso da Educao B a e do Ensino Superior no Pas. Um dos caminhos encontrados para que essa expanso s e efetive com maior rapidez e eficincia a modalidade a distncia. No mundo inteiro so milhes os estudantes que frequentam cursos a distncia. Aqui no Brasil, so mais de 300 mil os matriculados em cursos regulares de Ensino Mdio e Superior a distncia, oferecidos por instituies pblicas e privadas de ensino. Em 2005, o MEC implantou o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), hoje, consolidado como o maior pro grama nacional de formao de professores, em nvel superior. Para expanso e melhoria d a educao profissional e fortalecimento do Ensino Mdio, o MEC est implementando o Pro grama Escola Tcnica Aberta do Brasil (e-Tec Brasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das periferias dos grandes centros urbanos e dos municpios do interior do Pas oportunidades para maior escolaridade, melhores condies de insero no mundo do tra balho e, dessa forma, com elevado potencial para o desenvolvimento produtivo reg ional. O e-Tec resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica (SETEC), a Secretaria de Educao a Distncia (SEED) do Ministrio da Educao as universidades e escolas tcnicas estaduais e federais. O Programa apoia a ofer ta de cursos tcnicos de nvel mdio por parte das escolas pblicas de educao profissional federais, estaduais, municipais e, por outro lado, a adequao da infra-estrutura d e escolas pblicas estaduais e municipais. Do primeiro Edital do e-Tec Brasil part iciparam 430 proponentes de adequao de escolas e 74 instituies de ensino tcnico, as q uais propuseram 147 cursos tcnicos de nvel mdio, abrangendo 14 reas profissionais. O resultado deste Edital contemplou 193 escolas em 20 unidades federativas. A per spectiva do Programa que sejam ofertadas 10.000 vagas, em 250 plos, at 2010.Assim, a modalidade de Educao a Distncia oferece nova interface para a mais express iva expanso da rede federal de educao tecnolgica dos ltimos anos: a construo dos novos centros federais (CEFETs), a organizao dos Institutos Federais de Educao Tecnolgica ( IFETs) e de seus cmpus.O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construo coletiva e participao ativa nas aes de democratizao e expanso da educao profissional no Pas, valendo-se dos pilar da educao a distncia, sustentados pela formao continuada de professores e pela utiliz ao dos recursos tecnolgicos disponveis. A equipe que coordena o Programa e-Tec Brasi l lhe deseja sucesso na sua formao profissional e na sua caminhada no curso a distn cia em que est matriculado(a). Braslia, Ministrio da Educao setembro de 2008.CURSO TCNICO EM SECRETARIADO Caro(a) aluno(a):Quero cumpriment-lo(a) pela coragem e ousadia de querer crescer e superar mais es te desafio. A escolha do Curso Tcnico em Secretariado, na modalidade a distncia, c om certeza, no foi por acaso. A busca da continuidade e da qualificao o(a) trouxe p ara mais esta experincia. Parabns pela escolha. Acreditamos que o curso abrir novos caminhos e em vrias direes, pois, na rea secretarial, o profissional ser habilitado para prestar assistncia e assessoria em diferentes ramos administrativos. O profi ssional de secretariado tem a funo de integrar o sistema empresarial, agindo com l iderana e deciso, a fim de obter os resultados esperados. Poder tambm atuar em organ izaes nacionais e multinacionais, empresas pblicas e privadas e, ainda, como empree ndedor de seu prprio negcio. So muitas as possibilidades para este profissional que , na ltima dcada, teve seu campo de atuao ampliado no mbito das organizaes, o que resu tou numa maior demanda pelo curso. So atribuies do(a) secretrio(a): planejamento, or ganizao e assessoramento gerencial e gesto da comunicao entre clientes internos e ext ernos. Ao final, a qualificao ser meta atingida. Um abrao a todos(as). Marinz Menoncin Pacheco, Coordenadora do Curso Tcnico em Secretariado - e-Tec Bras il.SUMRIO CONVERSA INICIAL UNIDADE I A LINGUAGEM O processo de comunicao Natureza da Comunic ao Diferentes linguagens Funes da linguagem Denotao e conotao Figuras de linguagem Portugus I - Glaucia Lopes 9 11 13 15 16 22 24 32 37 39 42 46 53 55 57 61 62 64 69 71 76 81 83 85 89 91 95 98 102 105 114 119 121UNIDADE II O TEXTO Noes sobre o texto Elementos de coeso e coerncia textual Interpre tao de texto UNIDADE III MORFOLOGIA CLASSES DE PALAVRAS Emprego dos pronomes Forma s de tratamento mais usadas Colocao pronominal Colocao pronominal em locuo verbal e em perodo composto Conjugao dos verbos UNIDADE IV ESTRUTURA SINTTICA Termos da orao An e sinttica de perodos compostos Concordncia verbal Concordncia nominal Regncia verbonominal UNIDADE V ORTOGRAFIA Orientaes ortogrficas Uso do Hfen Uso da Crase Pontuao H mnimos e parnimos Os erros e as confuses mais comuns RETOMANDO A CONVERSA INICIAL R EFERNCIAS BIBLIOGRFICASCONVERSA INICIAL Caro(a) aluno(a): Nossa inteno, ao elaborarmos o livro da disciplina Portugus I do curso de Secretariado, oferecer a voc subsdio para dar continuidade ao desenvolvime nto da lngua, cujo uso se reverter para a apreenso de conhecimento das disciplinas do curso. Mas, mais do que isso possa tambm servir para voc ampliar seu nvel de let ramento, por meio das prticas sociais de leitura e escrita. Concebemos como letra mento o estado ou condio de quem interage com diferentes portadores de leitura e d e escrita, com diferentes gneros e tipos de leitura e de escrita, com as diferent es funes que estas desempenham em nossa vida. (Soares, 2000) Sendo a lngua portugue sa o principal elemento constitutivo da cultura do povo brasileiro, de suma impo rtncia que voc conhea sua representatividade no sistema de significao de uma sociedad e. Alguns podem enxerg-la como de estrutura complexa, de difcil compreenso, repetit iva ou mesmo desregrada, porm no se nega a necessidade da eficincia na comunicao soci al quando se quer atingir o domnio sobre a carreira profissional. A norma culta r ege o bem escrever e falar a lngua portuguesa, e a falta de interesse por ela tra nsforma a comunicao, muitas vezes, num bate-papo de grupos isolados ou em aes isolad as. A instrumentalizao dos alunos como conhecedores da estrutura da lngua materna, leitores e produtores de textos o alvo deste material, porque, apesar da importnc ia que se tem atribudo a esta matria, ela nem sempre de domnio de quem dela se util iza, nem mesmo daquele que se forma como bacharel em um dos diversos cursos ofer tados nas universidades. Este material foi elaborado, para que a leitura e escri ta de documentos possam parecer mais prximas e fceis em seu local de trabalho e pa ra que voc, um profissional da rea de Secretariado, possa ser ainda mais qualifica do. Oferecido para promover a formao de pessoas que visem leitura, compreenso grama tical escrita por excelncia e para isso conheam a lngua portuguesa e suas regras, p or meio de uma metodologia de trabalho prtica e criativa, o material deve atender s necessidades. O segredo ter sempre muita disciplina ao estudar. Nosso objetivo que voc desenvolva o uso da linguagem verbal e no-verbal como meio de comunicao, de modo que possa usar essas linguagens, de forma competente, tanto para o desempe nho profissional como pessoal. Dessa maneira, ser necessrio que voc adquira autonom ia de estudo e dedicao s temticas abordadas, fatores essenciais para sua formao profis sional. Glaucia Lopes Portugus I - Glaucia Lopes 9UNIDADE I A LINGUAGEMO PROCESSO DE COMUNICAO O processo comunicativo dialgico, ou seja, relativo ao dilogo, fala em que h interao entre dois ou mais indivduos; colquio, conversa, segundo o dicionrio Houaiss. Mas, por que isso lhe interessante? Da, saem os elementos de troca cultural entre indi vduos. Pressupe-se, ento, que esse processo depende da cultura daqueles que interag em, de forma direta ou no, na comunicao. Sim, porque h aqueles que observam, racioci nam e no emitem juzo diretamente, guardam para si o que acreditam ser resposta. O processo humano de questionamentos entre o homem e a mquina tambm se reconhece com o sendo de comunicao, assim como quando ns interagimos com o computador ou com a te leviso, por exemplo. Neste livro, foi escolhida uma das concepes que do sustentao ao p rocesso comunicativo, mas h que se ressaltar que h outras. Se concebermos o proces so de comunicao como sendo de interao, como, na realidade, o , ento precisamos entende r que o receptor e o emissor da mensagem no so estticos; ambos participam do proces so, reagindo ou no de forma concreta, ou seja, com respostas que possam ser anali sadas por um terceiro. Comunicar, segundo o dicionrio Houaiss, transmitir, passar conhecimento, informao, ordem, opinio ou mensagem a algum. Podemos inferir que comu nicar o primeiro passo para toda e qualquer atividade, a ao de transmitir uma mens agem e, eventualmente, receber outra mensagem como resposta. Vejamos: o signific ado da palavra comunicao vem do latim COMUNICATIVO, derivado de COMUNICARE, cujo s ignificado tornar comum, como partilhar, repartir. Comunicar implica participao, in troca de mensagens e de informaes.O que comunicao? Comunicao a transferncia de informaes e a compreenso de uma pess outra. uma ponte de significaes entre pessoas. O emissor desenvolve uma idia, codi fica-a e transmite-a. O receptor recebe a mensagem, decodifica-a e utiliza-a. Qu ando o receptor responde ao emissor, estabelece-se comunicao em dois sentidos. Portugus I - Glaucia Lopes 13Comunicao o primeiro passo para toda e qualquer atividade. (ao de transmitir uma men sagem e eventualmente receber outra mensagem como resposta) Emissor Meio Mensage m Receptor do emissor que se origina a comunicao o contedo daquilo que o emissor quer transmitir. o processo utilizado para transmisso da mensagem. aquele a quem se destina a mensagem Quando duas pessoas tm os mesmos interesses, h um ponto em comum. Ento, a mensagem flui entre ambas, pois os interesses so comuns. Isso significa ter afinidades, te r empatia, sentir junto, pensar junto. A comunicao humana s existe realmente quando se estabelece, entre duas ou mais pessoas, um contato PSICOLGICO. E a, como isso acontece? No dia-a-dia, quando conversamos com aquelas pessoas que so do nosso convvio. Pens ando assim, se tentarmos estabelecer comunicao com algum com quem no temos afinidade , isso ser desastroso. Componentes bsicos da comunicao Todo o processo de comunicao envolve quatro componentes bsicos: O emissor a pessoa que emite a mensagem. A mensagem o contedo intelectual, social, afetivo, emociona l, do que transmitido. A mensagem pode ser aceita, rejeitada, ou interpretada de modo errado, ou, ainda, distorcida. A aceitao de uma mensagem depende muito da ma neira como o emissor e o receptor estejam em sintonia. O meio o processo utiliza do para a transmisso (ou emisso) da mensagem (carta, telefone, pessoalmente). O re ceptor a pessoa (ou grupo) que recebe a mensagem. Para que o processo de comunic ao se efetive, indispensvel a presena desses quatro componentes. Por um lado, sem qu alquer um deles a comunicao no existir. Por outro lado, qualquer irregularidade ou i mperfeio em um desses 14 Portugus I - Glaucia Lopesquatro elementos comprometer seriamente a qualidade e o objetivo da comunicao. Voc v ai compreender mais facilmente por meio do esquema que demonstra os quatro compo nentes da comunicao. Discurso Pessoa que fala Pessoa que fala ComunicaoAs distores em uma comunicao so chamadas de rudos. Sempre que ocorrer um rudo, pod a certeza de ter havido falha num dos quatro elementos bsicos da comunicao descrito s. Voc j ouviu falara em rudos durante a comunicao? Vejamos algumas recomendaes para e itar a ocorrncia de rudos quando nos comunicamos com algum: a) Planeje cuidadosamente sua comunicao. b) Antes de fazer uma comunicao, decida qual o meio mais adequado pa ra o caso. c) Se voc vai usar a voz, procure falar claro e pausadamente. d) Evite comunicar-se sob estados de tenso emocional. e) Quando possvel, use a linguagem d o receptor. f) Aborde um assunto de cada vez. g) Sempre que possvel, use exemplos prticos. De preferncia do mundo do receptor. h) No interrompa seu interlocutor. i) Ao concluir sua comunicao, verifique se voc foi compreendido. NATUREZA DA COMUNICAO Comunicao - o primeiro passo para toda e qualquer atividade. A ao de transmitir uma mensagem e eventualmente receber outra mensagem como resposta. Portugus I - Glaucia Lopes 15Barreiras na Comunicao toda forma de interferncia na mensagem, entre o emissor e o receptor, podem ser: Efeito do retorno A comunicao constitui um processo tanto de dar como de receber. Logo que um emisso r lana a sua mensagem, ela provocar uma reao por parte do receptor. Ento, o emissor r ecebe o efeito de sua mensagem. A esse fato chamamos AO ou EFEITO DE RETORNO. Essa ao de retorno tambm designada de feedback, ou seja, realimentao, ao de alimentar sso novamente. Depois de saber tudo isso, agora hora de comear a prestar ateno form a como voc se comunica. Pense sempre na compreenso daquele que recebe sua mensagem , no contedo do que quer comunicar. Isso valioso! Vimos que o processo comunicati vo diz respeito ao dilogo entre duas ou mais pessoas. Tambm interagimos com o comp utador e outros meios de comunicao. O processo de comunicao se d porque nele esto envo lvidos o emissor, o receptor, a mensagem e o canal utilizado para transmitir a m ensagem. SABER M Sugerimos que voc leia o livro O Processo de Comunicao - Introduo Teoria e Prtica, a autoria de David K. Berlo. Ed. Martins Fontes. DIFERENTES LINGUAGENS Ao comearmos nosso tema de hoje, vamos observar aqueles que nos rodeiam: o profes sor e os colegas de turma. Lembre-se tambm daqueles que fazem parte do seu crculo de amizade. Note que, para estabelecermos relao de comunicao, muitas vezes as palavr as no so necessrias; basta-nos um olhar, uma expresso facial, um sorriso de canto de boca. s vezes, at uma slaba ou 16 Portugus I - Glaucia Lopesuma interjeio resolve a dvida. Quem sabe um gesto feito com a mo no nos conduza direi ta, ou nos negue o direito de estacionar aqui ou ali. Isso tudo linguagem. O que nos diferencia dos animais irracionais? Se respondermos que a comunicao, talvez no estejamos corretos. Os animais irracionais tambm estabelecem comunicao, caracteris ticamente diferente diga-se, mas no se pode negar que eles se comuniquem. Ns nos u tilizamos de um recurso especial para nos comunicarmos: a linguagem desenvolvida pelos seres humanos, para ser usada por eles. Conceito O que linguagem? Linguagem um sistema de signos capaz de representao, por meio do som, letra, cor, imagem, gesto, etc., significados que resultam de uma interpret ao da realidade e da construo de categorias mentais que representam os resultados de ssa interpretao (ABAURRE et alli, 2003, p. 142). Ao tratar da linguagem, devemos p ensar que ela permite o dilogo entre os indivduos. importante pensar que qualquer manifestao de linguagem se d por meio de um determinado sistema de signos. Outras f ormas construdas de linguagem so: a msica, as artes cnicas, as artes grficas, as arte s plsticas, a fotografia, a escultura, a arquitetura, o sistema escrito, entre ou tros... Vejamos como funciona a linguagem. 1. Linguagem Verbal A mensagem constituda pela palavra. 1.1 Comunicaes Orais A fala o mais complexo, ap urado meio de comunicao caracteristicamente humano. usada para transmitir informaes a outrem, para responder a perguntas, relatar fatos, dar opinies, influir no comp ortamento alheio por meio de instrues, ordens, persuaso, propaganda. 1.2 Comunicaes E scritas A comunicao escrita toda forma de transmisso de informaes a outrem, para resp onder a perguntas, relatar fatos, dar opinies, influir no comportamento alheio po r meio de instrues, ordens, persuaso, propaganda, utilizando-se um cdigo, smbolos grfi cos de representao, que devem ser do conhecimento do receptor. Portugus I - Glaucia Lopes 172. Linguagem NoVerbal No comportamento social humano, se usa o canal verbal primariamente para transmi tir informaes, ao passo que se usa o canal noverbal para negociar atitudes interpes soais. Quando nos comunicamos por meio da linguagem no-verbal alguns atributos so importantes: convite participao; bom humor imprescindvel; domnio da movimentao cni ogo de cintura; praticar autodisciplina; auto-estima sempre elevada. Abordaremos algumas formas de comunicao no-verbal que, em nosso dia-adia, estabelecemos com as outras pessoas: 2.1 Mmica a linguagem constituda de so gestos das mos, do corpo, da face, as caretas. 2.2 Olhar (movimento dos olhos). Os movimentos dos olhos dese mpenham importante papel para manter o fluxo da interao. Enquanto A est falando, er gue os olhos para obter feedback sobre como B est reagindo sua fala, e termina uma longa fala com um olhar que diz a B que sua vez de falar. Alguns especialistas a firmam que arquear rapidamente as sobrancelhas durante a fala pode indicar que o emissor est mentindo. Ser? 2.3 Posturas. A postura corporal pode comunicar import antes sinais sociais. Existem posturas claramente dominadoras ou submissas, amis tosas ou hostis. Mediante a posio geral do corpo, pode uma pessoa revelar seu esta do emotivo, de tenso, por exemplo, ou de relax. As pessoas apresentam tambm estilos gerais do comportamento expressivo, como se evidencia pelo modo como andam, fica m em p, sentam-se, e assim por diante. A postura ou atitude fsica do corpo constit ui uma mensagem da qual somos pouco conscientes. 2.4 Conscientes e Inconscientes . Enquanto falamos, nossos gestos podem dizer exatamente o contrrio do que estamo s expressando. 2.5 Nutos. So atos de mover a cabea para frente e para trs, quando s e aprova. 2.6 Gestos. So os movimentos das mos, ps ou outras partes do corpo. Algun s so insinuaes sociais involuntrias que podem ser ou no interpretadas corretamente pe las outras pessoas. Emoes especficas produzem gestos particulares: 18 Portugus I - Glaucia Lopesagresso (cerrar os punhos); ansiedade (tocar o rosto, roer as unhas); autocensura (coar); cansao (limpar a testa). http://www.estacio.br/graduacao/pedagogia/literarte/Literarte04/img/art04_6.gif Podem tambm completar o significado da fala, quando a pessoa move as mos, o corpo e a cabea continuamente, e esses movimentos acham-se intimamente coordenados com a fala, fazendo parte da comunicao total. 2.7 Expresso Facial. A expresso facial pod e limitar-se mudana nos olhos, na fronte, na boca e assim por diante. As emoes, em categorias amplas (agradveis ou desagradveis) podem ser identificadas atravs da exp resso facial. Funciona como meio de propiciar realimentao, relativamente ao que alg um est dizendo. Por enquanto ainda podemos fazer caretas ao atender um telefonema indesejado, ma s logo isso tambm deixar de acontecer, por conta do desenvolvimento tecnolgico. O r osto mostra o que a gente quer esconder na alma. Continuando nosso tema sobre Comunicao, veremos alguns conceitos importantes: 3. Lngua um instrumento de comunicao, grfico ou sonoro que pertence a um grupo social. Da, po demos dizer que as modificaes que a lngua sofre so concretizadas por um grupo e no po r um indivduo. Podemos dizer que a sociedade, um grupo de indivduos, adota uma con veno de sinais sonoros ou escritos (letras) para que a comunicao acontea.4. Fala a maneira de cada componente da sociedade em particular empregar a lngua de forma particular, pessoal. Segundo o dicionrio Houaiss, fala a faculdade de algum de ex pressar suas idias, emoes e experincias. Segundo concebe Saussure (1917), a fala um ato individual, por oposio lngua que social em sua essncia e independente do indivdu . O espao geogrfico, os fatores sociais, profissionais e situacionais so determinan tes para o uso da lngua. Note que existem variantes de um lugar para o outro, de uma classe social para outra, de um profissional para outro e, ainda, utilizamos de forma diferente a lngua de acordo com o local em que estamos. Isso, h algum te mpo, era considerado erro; hoje, trabalhamos com a idia de variantes lingsticas. Portugus I - Glaucia Lopes 19Observe as pessoas que voc conhece falantes das variaes regionais. Reflita que essa s variedades do falar com caractersticas orais e vocabulrio singular, no so inferior es, mas apenas diferentes. Em nosso pas temos gachos, nordestinos, paulistas, mana uaras, mineiros... e nos entendemos muito bem. E voc, de onde vem? Liste palavras ou termos prprios do vocabulrio das pessoas dos diversos estados do Brasil. Voc ver que palavras diferentes denominam a mesma coisa. 5. Lngua culta e lngua coloquial As estruturas gramaticais no so rigorosas quando conversamos com um amigo, um fami liar, enfim, enquanto falamos. A essa descontrao lingstica chamamos lngua coloquial, que varia bastante e no obedece s normas ditadas pela gramtica. Leia os textos abai xo como exemplo de utilizao da linguagem coloquial na forma escrita. (...) eu vinha pela rua, no sentido da BR 116, l pelas 8 horas da manh, do dia 12 de setembro de 2007, quando um caminho de placa AKZ XXXX raspou a lateral inteira do plio AMX XX XX, onde tive que jogar totalmente a direo do veculo plio para o acostamento tendo q ue subir no meio-fio. O caminho estava do lado esquerdo e o meu plio do lado direi to. J a lngua culta respeita o uso das normas gramaticais e notamos que dominar ess as regras tem, tambm, relao com o nvel de cultura e escolarizao do falante. Verifiquem os a transcrio do trecho anterior. ...dirigia-me ao trabalho pela BR 116, sentido P orto Alegre, aproximadamente s 8 horas do dia 12 de setembro de 2007, quando fui surpreendido pelo caminho (marca e modelo), placa AKZ XXX, que, trafegando no mes mo sentido, porm na pista da esquerda, abruptamente passou para a pista da direit a sem sinalizar, atingindo a lateral do veculo Plio, placa AMX XXXX, em que eu tra fegava. Fui obrigado a invadir o espao reservado aos pedestres, sem causar danos a transeuntes, somente tendo para mim danos materiais. H que se saber que a lingua gem pode ser profissional, tcnica-cientfica, burocrtica, publicitria ou, ainda, vulg ar. O sistema de signos organiza e d sustentao a todas as linguagens possveis: a ver bal (oral e escrita) e a no-verbal (msica, artes plsticas, cinema, dana, fotografia, arquitetura, entre outras). 20 Portugus I - Glaucia LopesAssim, preciso considerar a linguagem como produto da realidade, como prtica soci al produzida pelo ser humano, pessoas ou grupos. A linguagem um processo que per mite a interao entre os indivduos e se processa no s pelo meio verbal como o no-verbal . SABER M Para voc saber mais sobre linguagem e conhecer a lngua de sinais, consulte o stio w ww.appai.org.br/.../portugues/educacao.asp Responda s questes abaixo e confira as respostas no gabarito, ao final do livro. H avendo dvidas retome o contedo. 01) O processo de comunicao envolve quatro componentes bsicos que esto corretamente dispostos na alternativa: a) endereo, assunto, mensagem e receptor; b) rudos, assu nto, receptor e meio; c) emissor, mensagem, meio e receptor; d) resistncia, discr io, mensagem e receptor; e) discrio, meio, mensagem e receptor. 02) So encaradas como barreiras na comunicao: a) mensagem, tom de voz e receptor; b) indelicadeza, emis sor e impacincia; c) egocentrismo, distrao e grias; d) resistncia, emissor, endereo; e ) mensagem, texto e rudos. Portugus I - Glaucia Lopes 2103. A linguagem verbal caracterizada: a) somente pela escrita; b) somente pela f ala; c) somente pelos gestos; d) somente pelos desenhos; e) pela escrita e pela fala. 04. So exemplos de linguagem no-verbal: a) carta e bilhetes; b) mmicas e olha res; c) posturas e msicas; d) caretas e cartes; e) poemas e msicas. 05. Lngua culta a expresso da linguagem por meio de: a) grias; b) coloquialismos. c) normas gramat icais; d) expresses particulares de cada grupo; e) regionalismos.FUNES DE LINGUAGEM Quando escrevemos um texto, traduzimos, tambm, uma inteno comunicativa. Sabemos que os sentidos de um texto so sempre construdos na interao textosujeitos. Reforando ess e pensamento o texto lugar de interao de sujeitos sociais, os quais, por meio do d ilogo, nele se constituem e so constitudos; e que por meio de aes lingsticas e socioco nitivas, constroem objetos-de-discurso e propostas de sentido para o texto (Kock e Elias,2006, p. 7). Espera-se que o leitor processe, critique, contradiga ou a valie a informao que tem diante de si, que a desfrute ou rechace, que d sentido e s ignificado ao que l. (Sole, 2003, p. 21). Bem verdade que, na comunicao, sempre h um a inteno e, assim, podemos considerar algumas funes da linguagem de acordo com o que concebe Jakobson (1974, p. 123-129). 1. Funo referencial: tambm chamada de denotat iva ou informativa, acontece quando o objetivo passar uma informao impessoal no te xto. valorizado o objeto ou a situao de que trata a mensagem sem manifestaes pessoai s ou persuasivas. Leia o texto: Museu de Arte de So Paulo (Masp) foi assaltado na madrugada desta quinta- feira (20). A ao durou cerca de trs minutos e foi filmada p elo circuito interno, segundo a assessoria do museu. Os ladres levaram duas obras que esto entre as mais importantes do acervo: a tela Retrato de Suzanne Bloch, do espanhol Pablo Picasso, de 1904, e O lavrador de caf, pintado pelo brasileiro Cndido Portinari em 1939. De acordo com um marchand 22 Portugus I - Glaucia Lopes(especialista em mercado de artes) ouvido pelo G1, as telas poderiam atingir res pectivamente US$ 50 milhes e US$ 5,5 milhes caso fossem leiloadas hoje. A assessor ia de imprensa do Museu de Arte de So Paulo (Masp) informou que o circuito intern o de TV do museu filmou trs homens levando os quadros. O furto teria sido cometid o entre 5h09 e 5h12 desta quinta. No momento do assalto, os trs vigias de planto e stariam no subsolo. O acervo fica no segundo andar. A tela de Portinari ficava e m frente ao elevador, na entrada do segundo piso. A de Picasso estava exposta na regio central do salo. O Masp, localizado na Avenida Paulista, no abrir as portas p ara o pblico nesta quinta-feira. Na entrada, um cartaz avisa que o museu est fecha do por problemas tcnicos. 2. Funo expressiva ou emotiva: tambm chamada de emotiva, pas sa para o texto marcas de atitudes pessoais como emoes, opinies, avaliaes. Na funo exp essiva, o emissor ou destinador, o produtor da mensagem. O produtor mostra que e st presente no texto mostrando aos olhos de todos seus pensamentos. Leia os texto s, a seguir: Sentia um medo horrvel e ao mesmo tempo desejava que um grito me anun ciasse qualquer acontecimento extraordinrio. Aquele silncio, aqueles rumores comun s espantavam-me. Seria tudo iluso? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo iluso?... Estava doente, i a piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se long e daquelas porcarias. Senti uma sede horrvel... Quis ver-me no espelho. Tive preg uia, fiquei pregado janela, olhando as pernas dos transeuntes. (Graciliano Ramos) G astei trinta dias para ir do Rossio Grande ao corao de Marcela, no j cavalgando o co rcel do cego desejo, mas o asno da pacincia, a um tempo manhoso e teimoso. Que, e m verdade, h dois meios de granjear a vontade das mulheres: o violento, como o to uro da Europa, e o insinuativo, como o cisne de Leda e a chuva de ouro de Dnae, t rs inventos do padre Zeus, que, por estarem fora de moda, a ficam trocados no cava lo e no asno. (Machado de Assis) SABER M Pena o material no ter som! Mas voc pode acessar www.mpbnet.com.br/musicos/ vicent e.celestino e ouvir um belo exemplo de funo emotiva com O brio, de Vicente Celestino. Portugus I - Glaucia Lopes 233. Funo conativa ou apelativa: caracteriza-se quando a mensagem do texto busca sed uzir, envolver o leitor, levando-o a adotar um determinado comportamento. Na funo conativa a presena do receptor est marcada sempre por pronomes de tratamento ou da segunda pessoa e pelo uso do imperativo e do vocativo. Leia as propagandas: RESOLUO DE CINEMA EM SUA CASA! TV LCD 32 SAMSUNG. PREO ESPECIAL E COM FRETE GRTIS! www.colombo.com.br Assine J Sky - TV Isso A Sky quer voc. Ponto adicional, 100% digital sem custo de adeso www.sky.com.br Qu antas vezes somos levados a consumir produtos, a fazer e pensar de acordo com o que nos imposto pelos meios de comunicao, que se utilizam a funo conativa ou apelati va para nos convencer. Voc j percebeu que a moda nos imposta e que ela nos padroni za por meio da linguagem verbal e no verbal? D uma olhada nas revistas e depois ve ja nas ruas. O vesturio faz parte da linguagem corporal. com ele que mostramos no ssa filiao a determinados grupos. 4. Funo ftica: utiliza-se do canal por onde a mensagem caminha de quem a escreve pa ra quem a recebe. Tambm designa algumas formas que se usa para chamar ateno. Voc con hece essa msica cantada por Chico Buarque e Maria Betnia? Ol, como vai? Eu vou indo e voc, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar no futuro e voc? Tudo bem , eu vou indo em busca de um sono tranqilo... (Letra de Paulinho da Viola) 5. Funo m etalingstica: marcada pela linguagem que fala de si prpria. Predominam em anlises li terrias, interpretaes e crticas diversas. Leia texto: Com esta histria eu vou me sensi bilizar, e bem sei que cada dia um dia roubado da morte. Eu no sou um intelectual , escrevo com o corpo. E o que escrevo uma nvoa mida. As palavras so sons transfund idos de sombras 24 Portugus I - Glaucia Lopesque se entrecruzam desiguais, estalactites, renda, msica transfigurada de rgo. Mal ouso clamar palavras a essa rede vibrante e rica, mrbida e obscura tendo como con tratom o baixo grosso da dor. Alegro com brio. Tentarei tirar ouro do carvo. Sei que estou adiando a histria e que brinco de bola sem bola. O fato um ato? Juro qu e este livro feito sem palavras. uma fotografia muda. Este livro um silncio. Este livro uma pergunta. (Clarice Lispector) Nesse fragmento de Clarice Lispector, alm da preocupao introspectiva em fisgar elementos interiores, profundos, beirando um a revelao epifnica transcendental, h tambm a preocupao constante com a prpria escritu do texto literrio, usando-se a funo metalingstica. No contexto da funo metalingstica a tambm o comentrio de Dlson Catarino, especial para o Fuvest On-line. O homem, na c omunicao, utiliza-se de sinais devidamente organizados, emitindo-os a uma outra pe ssoa. A palavra falada, a palavra escrita, os desenhos, os sinais de trnsito so al guns exemplos de comunicao, em que algum transmite uma mensagem a outra pessoa. H, e nto, um emissor e um receptor da mensagem. A mensagem emitida a partir de diverso s cdigos de comunicao (palavras, gestos, desenhos, sinais de trnsito...). Qualquer m ensagem precisa de um meio transmissor, o qual chamamos de canal de comunicao e re fere-se a um contexto, a uma situao. 6. Funo potica: usada para despertar a surpresa prazer esttico. elaborada de forma imprevista e inovadora. Ser criado, gerar-se, transformar O amor em carne e a carne em amor; nascer Respirar, e chorar, e ador mecer E se nutrir para poder chorar Para poder nutrir-se; e despertar Um dia luz e ver, ao mundo e ouvir E comear a amar e ento ouvir E ento sorrir para poder chor ar. E crescer, e saber, e ser, e haver E perder, e sofrer, e ter horror De ser e amar, e se sentir maldito E esquecer tudo ao vir um novo amor E viver esse amor at morrer E ir conjugar o verbo no infinito... (Vincius de Morais) Procure mais poemas, identifique as imagens, a linguagem e a forma como o poeta coloca as palavras no papel. ANOTE. Quem sabe voc se descubra poeta! Portugus I - Glaucia Lopes 27Denotao e Conotao Agora que j entendemos como se d o processo de comunicao entre as pessoas, que j inic iamos a compreenso de como colocar esse processo no papel, em forma de texto, tem os que avanar mais alguns passos. O de hoje ser em relao ao uso de palavras em seu s entido real (denotativo) ou figurado (conotativo). Se voc se perguntou: Como assim iniciamos? isso a... Isso s o comeo, porque nas prximas aulas ainda h muito que se scutir e aprender. Voc se utiliza mais da linguagem denotativa ou conotativa no d ia-a-dia? Muitas vezes as palavras assumem nos textos, significados que no so prop riamente os seus. Para que entendamos essa explorao de significados, faz-se necessr ia a compreenso de todos aqueles conceitos que vimos anteriormente, inclusive, pr ecisamos entender o que vm a ser denotao e conotao. O que denotao? Denotao a exp ignificado literal da palavra, ou seja, o significado puro, primeiro e que no d ma rgens a outras interpretaes. A composio das unhas prxima dos plos e cabelos, mas h vrias diferenas. Enquanto o passa por um ciclo evolutivo os fios crescem, perdem a cor e caem -, a unha est submetida a um montono crescimento. Seu surgimento se d ao final do quarto ms da vi da intra-uterina e, aps o nascimento, a unha da mo cresce cerca de 1mm a cada dez dias e a do p, a metade disso. (Adaptado de: Scientific American Brasil, ano 2, n. 17, out. 2003, p.34-35) O que conotao? Conotao registra, alm da palavra escrita, outros valores, que podem se r os sentimentais. Um termo pode apresentar vrios significados, que no os dicionar izados, variando at de acordo com o contexto, o que caracteriza a conotao. Pelas plantas dos ps subia um estremecimento de medo, o sussurro de que a terra po deria aprofundar-se. E de dentro erguiam-se certas borboletas batendo asas por t odo o corpo. Clarice Lispector Neste fragmento de texto, Clarice Lispector d-nos a imagem de borboletas batendo a sas por todo o corpo, expresso esta que no deve ser levada ao p-daletra, ou seja, po ssui outro significado que no o dicionarizado. A autora transmite a idia de ansied ade, volpia, desejo. Saudade um pouco Vejamos agora a idia de saudade expressa nas palavras de Clarice Lispector: como fome. S passa quando se come a presena. Mas s vezes a saudade to profunda que a presena pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de ser o outro para uma unificao inteira um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida. 26 Portugus I - Glaucia LopesNeste excerto, Clarice Lispector define saudade de forma subjetiva. Se utilizarm os a denotao teremos, inclusive, momentos de absoro de outra pessoa, o que no nos pos svel. preciso, ento, traduzir as idias que a autora nos quer transmitir. Vamos conver sar um pouco a respeito dos poemas, a seguir. Como caracterizar-lhes a linguagem ? Por que o autor utilizou determinada linguagem? Leia os textos: Vou-me embora pra Pasrgada Manuel Bandeira Vou-me embora de Pasrgada Millr Fernandes Vou-me embora pra Pasrgada L sou amigo do rei L tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasrgada Voume embora pra Pasrgada Aqui eu no sou feliz L a existncia uma aventura De tal modo inconseqente Que Joana a Louca de Esp anha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive E com o farei ginstica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-s ebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a me-d'gua Pra me contar as histrias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasrgada Em Pasrgada tem tudo outra civilizao Tem um proce sso seguro De impedir a concepo Tem telefone automtico Tem alcalide vontade Tem pros titutas bonitas Para a gente namorar E quando eu estiver mais triste Mas triste de no ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar - L sou amigo do rei Te rei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasrgada.Vou-me embora de Pasrgada Sou inimigo do rei No tenho nada que eu quero No tenho e nunca terei Vou-me embora de Pasrgada Aqui eu no sou feliz A existncia to dura As el ites to senis Que Joana, a louca da Espanha Ainda mais coerente Do que os donos d o pas. A gente s faz ginstica Nos velhos trens da central Se quer comer todo dia A polcia baixa o pau E como j estou cansado Sem esperana num pas Em que tudo nos revol ta J comprei ida sem volta Pra outro qualquer lugar Aqui no quero ficar, Vou-me em bora de Pasrgada. Pasrgada j no tem nada Nem mesmo recordao Nem a fome e doena Impedem a concepo Telefone no telefona A droga falsificada E prostitutas aidticas Se fingem de namoradas E se hoje acordei alegre No pensem que eu vou ficar Nosso presente j era Nosso passado j foi. Dou boiada pra ir embora Pra ficar s dou um boi Sou inimi go do rei No tenho nada na vida No tenho e nunca terei Vou-me embora de Pasrgada. Portugus I - Glaucia Lopes 27Responda s questes: a) Qual a diferena estabelecida logo nos ttulos dos poemas? b) O que se pode dizer das vontades de Manuel Bandeira e Millr Fernandes? c) A Pasrgada de Millr real? E a de Manuel? d) Por que as diferenas entre as Pasrgadas? No texto, a seguir, encontram-se algumas expresses em sentido conotativo. Convers emos sobre elas para saber-lhes o sentido real, ou seja, saber o que significam. Leia o texto: J dois anos se passaram longe da ptria. Dois anos! Diria dois sculos. E durante esse tempo tenho contado os dias e as horas pelas bagas de pranto que tenho chorado. Tenha embora Lisboa os seus mil e um atrativos, eu quero a minha terra; quero r espirar o ar natal (....)Nada h que valha a terra natal. Tirai o ndio do seu ninho e apresentai-o d'improviso em Paris: ser por um momento fascinado diante dessas ruas, desses templos, desses mrmores; mas depois falam-lhe ao corao as lembranas da ptria, trocar de bom grado ruas, praas, templos, mrmores, pelos campos de sua terra, pela sua choupana na encosta do monte, pelos murmrios das florestas, pelo correr de seus rios. Arrancai a planta dos climas tropicais e plantai-a na Europa: ela tentar reverdecer, mas cedo pende murcha, porque lhe falta o ar natal, o ar que lhe d vida e vigor. Como o ndio, prefiro a Portugal e ao mundo inteiro, o meu Bras il, rico, majestoso, potico, sublime. Como a planta dos trpicos, os climas da Euro pa enfezam-me a existncia, que sinto fugir no meio dos tormentos da saudade. (ABREU, Casimiro de. Obras de Casimiro de Abreu. Rio de Janeiro; MEC, 1955) 5 10 15 20 Por que as palavras no sentido conotativo foram assim usadas? O que aconteceria se essas expresses conotativas fossem todas substitudas por palavras no sentido de notativo? 28 Portugus I - Glaucia LopesResponda s questes seguintes e confira as respostas no gabarito, ao final do livro . Havendo dvidas retome o contedo. Leia os textos: Texto 1 1 Padre Anselmo olhou com tristeza as mulheres ajoelhadas sua frente. 2 Ia comear a missa e sentia-se extremamente cansado. Onde aquela 3 piedade com que celebrava nos seus tempos de jovem sacerdote, 4 preocupado com a salvao das almas? As coisas haviam mudado. 5 Discutiam-se os novos ritos, as nova s frmulas. (...) Sentia-se tmido, 6 vencido, olhando para os fiis, pronunciando pal avras na lngua que 7 falava em casa, na rua. A mesma lngua dos bbados, dos vagabund os, 8 das meretrizes. De todos. Benzeu-se instintivamente: 9 Em nome do Pai, do Filho, do Esprito Santo. Amm. (Extrado de BEZERRA, Joo Clmaco. A Vinha dos Esquecidos. Fortaleza: UFC, 2005. p. 3 2-33). Texto 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Dissertar sobre literatura estrangeira supes, e ntre muitas, o conhecimento de duas coisas primordiais: idias gerais sobre litera tura e compreenso fcil do idioma desse povo estrangeiro. Eu cheguei a entender per feitamente a lngua da Bruzundanga, isto , a lngua falada pela gente instruda e a esc rita por muitos escritores que julguei excelentes; mas aquela em que escreviam o s literatos importantes, solenes, respeitados, nunca consegui entender, porque r edigem eles as suas obras, ou antes, os seus livros, em outra muito diferente da usual, outra essa que consideram como sendo a verdadeira, ldima, justificando is so por ter feio antiga de dois sculos ou trs. Quanto mais incompreensvel ela, mais ad mirado o escritor que a escreve, por todos que no lhe entenderam o escrito. (BARRETO, Lima. Os Bruzundangas. Fortaleza: UFC, 2004, p. 7) Agora, responda as questes: 06) Tanto o protagonista do texto 1, quanto o cronist a do texto 2: a) formulam opinies; b) seguem o consenso; c) aceitam os costumes; d) contestam a oratria; e) dissertam sobre normas. Portugus I - Glaucia Lopes 297.Com base no poema de Fernando Pessoa, abaixo, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmaes que seguem: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Natal... Na provncia nev a. Nos lares aconchegados, Um sentimento conserva Os sentimentos passados. Corao o posto ao mundo Como a famlia verdade! Meu pensamento profundo, 'Stou s e sonho sau dade. E como branca de graa A paisagem que no sei, Vista de trs da vidraa Do lar que nunca terei. I. ( ) Na primeira estrofe, o poeta se reporta ao Natal em famlia como a rememorao de sentimentos. II. ( ) O verso 5 reflete o antagonismo entre o que o sujeito lri co sente e o real. III. ( ) Os versos 7 e 8 expressam uma saudade real do lar, a mparada pela solido do sujeito lrico. IV. ( ) Na ltima quadra, a viso da paisagem de neve transforma-se numa paisagem espiritual. V. ( ) A ltima quadra evidencia um estar no mundo dominado pela ausncia e pelo pesar. A seqncia correta de preenchimen to dos parnteses, de cima para baixo, : a) F F V V F b) V V F V V c) F F V V V F F e) F V F V V Poema de sete faces Quando nasci um anjo torto desses que vive na sombra disse: Vai Carlos, ser gauche na vida. (Alguma poesia. Carlos Drummond de Andrade) 30 Portugus I - Glaucia Lopes08) Sobre a relao entre o fragmento do poema e as tiras de Miguel Paiva, afirma-se que: I. Para a personagem Sandro, gauche apenas uma palavra de origem francesa, vinculada ao lado esquerdo. II. A relao entre o poema de Drummond e as tiras inter textual, sendo que o texto de Miguel Paiva assume a forma de pardia. III O gauchis mo em Drummond refere-se a um estar deslocado do mundo. So corretas as afirmaes: a) I, II e III. b) II e III apenas. c) I e III apenas. d) I e II apenas. Texto 1 A c ada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana e vinha; No sabem g overnar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um bem freqe nte olheiro, Que a vida do vizinho e da vizinha Pesquisa, escuta, espreita e esq uadrinha, Para levar praa e ao terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, Trazidos pelos ps os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia, Estupendas usuras n os mercados, Todos os que no furtam muito pobres: E eis aqui a cidade da Bahia. (GUERRA, Gregrio de Matos. Descreve o que era naquele tempo a cidade da Bahia. In : CANDIDO, Antonio el CASTELLO, Jos Aderaldo. Presena da literatura brasileira1. D as origens do Romantismo. So Paulo: DIFEL, 1982, p. 68.) Texto 2 Vs, diz Cristo Senhor nosso, falando com os Pregadores, sois o sal da terr a: e chama- lhes sal da terra, porque quer que faam na terra, o que faz o sal. O efeito do sal impedir a corrupo, mas quando a terra se v to corrupta como est a nossa , havendo tantos nela, que tm ofcio de sal, qual ser, ou qual pode ser a causa dest a corrupo? Ou porque o sal no salga, ou porque a terra se no deixa salgar. Ou porque o sal no salga, e os Pregadores no pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terr a se no deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina, que lhes do, no a querem recebe. (VIEIRA, Antnio. Sermo de S. Antnio. In: CANDIDO, Antonio. CASTELLO, JosAderaldo. Pr esena da literatura brasileira. 1. So Paulo: DIFEL, 1982, p. 45.) 9) Considere as afirmaes sobre o Sermo de Santo Antnio, do Padre Antnio Vieira, I. Pe rcebe-se, de imediato, a intertextualidade com o texto bblico, haja vista a infor mao de que coube a Jesus Cristo o que se fala. Portugus I - Glaucia Lopes 31II. A temtica desenvolvida mantm-se atual, visto que j atesta a existncia da corrupo q ela poca. III. Na apresentao das causas para a corrupo, infere-se que ns no a impedimo ou nossa voz se faz mnima diante de seu alastramento. IV. Como soluo, o texto info rma caber aos Pregadores o sal da terra pregarem a verdadeira doutrina, mas que a terra s se deixar salgar se os ouvintes quiserem receb-la. Est(o) coerente(s) com o texto: a) todas as afirmaes; b) todas as afirmaes, exceto a I; c) todas as afirmaes, exceto a II d) todas as afirmaes, exceto a III; e) todas as afirmaes, exceto a IV. T exto 3 Fiquei meio deitado, de lado. Passou ainda uma borboleta de pginas ilustrad as, oscilando no vo puladinho e entrecortado das borboletas; mas se sumiu, logo, na orla das tarums prosternantes. Ento, eu s podia ver o cho, os tufos de grama e o sem-sol dos galhos. Mas a brisa arageava, movendo mesmo aqui em baixo as carapin has dos capins e as mos de sombra. E o mulungu rei derribava flres suas na relva, como se atiram fichas ao fltro numa mesa de jogo. 10) A elaborao da linguagem um dos diferenciais da fico de Guimares Rosa. A partir do trecho citado acima, pode-se af irmar: a) O uso excessivo da funo potica acaba por deixar em segundo plano, nos con tos do autor, a tarefa de narrar uma histria. b) A expresso borboleta de pginas ilus tradas demonstra a interferncia de imagens urbanas no universo rural do narrador. c) A forma verbal arageava um neologismo, recurso pouco usado pelo autor. d) A exp resso carapinhas dos capins uma prosopopia, j que carapinha designa o cabelo de uma p essoa negra. FIGURAS DE LINGUAGEM H diferentes formas de escrevermos, quanto a isso no existem dvidas. No entanto com o construir essa escrita diferenciada? Mesmo estando no escritrio, em uma grande empresa, muitas vezes, temos que nos diferenciar ao nos reportarmos ao destinatri o de nossas mensagens. Da vem a forma de expresso da linguagem que conhece somente aquele que se interessou pelas palavras. As figuras de linguagem so expresses por meio das quais aquele que escreve seduz o leitor. A partir das figuras de lingu agem, o leitor consegue explorar a forma de construo do texto e relacionar os aspe ctos semnticos que nele constam. A interpretao das informaes contidas numa obra potica muito mais fcil 32 Portugus I - Glaucia Lopesquando se compreende como se deu a construo das palavras. Quer saber por qu? Acompa nhe as explicaes. As figuras de linguagem so divididas em trs:1. Figuras de sintaxe ou construo a) elipse: consiste na omisso de um termo que fica subentendido no contexto, iden tificado facilmente. Veio triste, de cala rasgada, camiseta suja. b) zeugma: consis te na elipse de um termo que j apareceu antes. Ele degustou doces; eu, salgados. (o misso de degustar) c) pleonasmo: consiste numa redundncia cuja finalidade reforar a mensagem. As solues, preciso encontr-las. d) polissndeto: consiste na repetio de c ivos ligando termos da orao ou elementos do perodo. E nasce, e cresce, e reproduz-se e nunca morre esse amor aqui dentro de mim. e) assndeto: consiste na ausncia da co njuno entre duas oraes. Abriram-se as cortinas, observei a platia, ningum me observava sa sem que me aplaudissem. f) hiprbato ou inverso: consiste na inverso dos termos da orao. Ouviram do Ipiranga as margens plcidas / de um povo herico o brado retumbante. Voc j tentou analisar a letra do Hino Nacional? g) anacoluto: consiste no desligam ento sintticos da orao. O olhar do amigo, a observao parecia-me sem fim. h) repetio ora: consiste na repetio de uma mesma palavra no incio de versos ou frases. Os seus olhos me envolvem Os seus olhos me revolvem Os seus olhos me maltratam. i) onomat opia: consiste nos recursos de sons e vozes de seres. Batia em seu peito schlept! schlept! como se quisesse um castigo por amar aquela coisa. j) aliterao: consiste n a repetio de mesmos sons consonantais para conferir cadncia ao verso. Seguem, suam, e fazem soar as vozes... k) assonncia: consiste na repetio ordenada de sons voclicos idnticos. Alma alva, alma clara, alma amada... l) silepse: consiste na concordncia no com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que est implcito. A si lepse pode ser de: a) gnero: Vossa Senhoria me parece cansado. b) nmero: A crianada co rria por tudo, gritavam muito. c) pessoa: Os brasileiros somos um povo trabalhador . 2. Figuras de tropos ou palavras a) metfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relao de similaridade entre o sentido prprio e o sentido figurado. Sin to-me uma ilha, quando estou longe de voc. Portugus I - Glaucia Lopes 33b) metonmia: como a metfora, consiste numa transposio de significado, ou seja, uma p alavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significad o. Todavia, a transposio de significados no mais feita com base em traos de semelhana , como na metfora. A metonmia explora sempre alguma relao lgica entre os termos. Minha professora leu Clarice Lispector para ns. c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo especfico para designar um conceito, torna-se outro por emprstimo. Ent retanto, devido ao uso contnuo, no mais se percebe que ele est sendo empregado em s entido figurado. Enterrou os ps na areia. d) antonomsia ou perfrase: consiste em subs tituir um nome por uma expresso que o identifique com facilidade. Sempre admirei o Poeta dos Escravos. (Castro Alves) Sou da Cidade Maravilhosa. (Rio de Janeiro) e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expresso, sensaes percebidas por diferentes rgo s do sentido. Um vento frio me cortava os pensamentos como se me penetrasse a alm a. Estar apaixonado a melhor forma de colocar em prtica as figuras de palavras. Re leia aqueles bilhetes, cartas ou e-mails apaixonados e identifique as figuras de linguagem.3. Figuras de pensamentos a) anttese: consiste na aproximao de termos contrrios, de palavras que se opem pelo s entido. Quem o conhece superficialmente pode am-lo; basta sab-lo para no mais lhe ig norar a arrogncia. b) paradoxo: consiste na aproximao de termos contrrios, aparenteme nte inconciliveis. Morri para viver a minha liberdade. c) ironia: a figura que apre senta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crtico ou humorstico. Era uma excelente amiga, s a traio que rondava os pensamentos. d) eufemi mo: consiste em substituir uma expresso por outra menos brusca; em sntese, procura -se suavizar alguma afirmao desagradvel. Ele se pode ter entendido que era para faze r de outra forma. (para no dizer que o outro errou) e) hiprbole: trata-se de exager ar uma idia com finalidade enftica. Chorei at secar. (em vez de chorou muito) f) pros opopia ou personificao: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que so prprios de seres animados. As montanhas eram testemunhas do silncio do cu e da tagar elice das estrelas. g) gradao ou clmax: a apresentao de idias em progresso ascenden descendente. Chega de tentar dissimular e disfarar e esconder o que no d mais pra o cultar: explode corao. (L. Gonzaga Jr.) h) apstrofe ou vocativo: consiste na interpe lao enftica a algum (ou alguma coisa personificada). Meu Deus, por que me abandonaste , se sabias que eu no era deus? 34 Portugus I - Glaucia LopesQuantas vezes por dia usamos apstrofe? Meu Deus, nem sei responder! Para aprofundar seu conhecimento sobre Figuras de linguagem, consulte os stios: www.brasilescola .com/portugues/figuras-linguagem www.juliobattisti.com.br/tutoriais/josebferraz/ figuraslinguagem www.graudez.com.br/literatura SABER M Responda s questes seguintes e confira as respostas no gabarito, ao final do livro . Havendo dvidas retome o contedo. Metonmia uma figura em que se estabelece uma relao de pertinncia entre dois termos, usando-se um pelo outro, no caso, engenharia por engenheiros (a profisso pelo profi ssional). A norma gramatical no seguida com rigor em: gua Pura. Valorizando a vida . 11) Assinale a opo indicativa da transgresso: a) As frases incompletas no fazem se ntido. b) Na segunda frase no h orao principal. c) As frases esto fora de ordem. d) O tempo verbal est inadequado. e) No h sujeito na segunda frase. 12) Leia os textos: Texto 1 Texto 2 Observe que a palavra Chiclets (texto 1) marca de uma goma de mascar. Com o temp o, chiclets passou a designar qualquer goma de mascar, processo que ocorreu tambm com a marca Bom Bril. Esse recurso de alterao de sentido denomina-se: a) metfora; b) metonmia; c) anttese; d) eufemismo; e) ironia. Portugus I - Glaucia Lopes 35Leia o texto 3 1 A morte indolor. O que di nela o nada que a vida faz do amor. So pro a flauta encantada 5 e no d nenhum som. Levo uma pena leve de no ter sido bom. E no corao, neve (Tiago de Mello) 13)No ltimo verso do texto 3, ocorre uma figura de linguagem, mais precisamente u ma figura de sintaxe ou construo. Assinale a alternativa que traga sua correta cla ssificao: a) elipse; b) eufemismo; c) anfora; d) anttese; d) silepse. Leia o texto 4 : Simultaneidade Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver! Voc louco? No, sou poeta. ( Mrio Qunitana) 14) Explicitam-se no discurso do texto idias contrrias, marcadas por antteses. Assi nale a alternativa que denota a anttese expressa de forma clara no texto. a) Crer descrer. b) Amar detestar. c) Matar viver. d) Matar querer. e) Enlouquecer poet izar. 36 Portugus I - Glaucia LopesUNIDADE II NOES SOBRE O TEXTOUNIDADE II NOES SOBRE O TEXTOA comunicao, conforme j vimos nos encontros anteriores, pode se dar de variadas for mas. Hoje, nosso objetivo entender como um texto trabalhado na comunicao entre as pessoas. O que um texto? O que dizer sobre textos? Conceito O que texto? Texto qualquer trecho, falado ou escrito, que torna um todo unifica do, no importando a extenso do texto que pode ser uma palavra, uma frase ou um con junto de frases (Holliday e Hassan apud Possari e Neder, 1995). Na verdade, mais fcil dizermos o que no consideramos texto, j que temos idia de que, para nos comuni carmos, precisamos de uma boa expresso escrita ou oral. No se pode dizer que texto um escrito que faamos sobre determinado assunto, mas que no apresente qualquer co eso e coerncia entre as idias. Traduzindo: um conjunto de frases isoladas sobre um tema no um texto. Podemos comparar um texto a uma colcha de retalhos, daquelas fe itas pela vov, muito caprichada, muito bem costurada, que conhecemos como patchwo rk, hoje. So muitas idias afins colocadas de forma organizada, ligadas por element os de coeso, estruturadas para que se tenha comunicao completa. Talvez, nem todos t enhamos o dom de escrever, mas todos temos potencial para desenvolver a escrita. Ento, mos obra porque aqui comea uma nova etapa das nossas aulas, a prtica da comun icao. Veremos agora alguns conceitos primordiais para entender a estrutura de noss a lngua: FRASE - qualquer enunciado lingstico de sentido completo, com o qual ns tra nsmitimos nossas idias, sentimentos, comandos etc. Ela pode ou no conter um verbo em sua estrutura. Exemplos: Nossa! Quantas pessoas! (frase sem verbo) Todos feli zes. (sem verbo) Permaneam em silncio. (com verbo) ORAO - como chamamos a frase com verbo. , portanto, identificada pela presena do ver bo. Exemplos: O planeta ainda tem soluo. Voc acredita em qu?PERODO - uma frase formada por uma ou mais oraes. Inicia-se com letra maiscula e ter mina com um ponto que pode ser: final, de exclamao, de interrogao ou reticncias. Dep ndendo do nmero de oraes que o compem, pode ser simples ou composto. Portugus I - Glaucia Lopes 39a) Perodo Simples. Constitui-se de apenas uma orao, portanto possui um s verbo. Exem plos: Ele corre muito. Os sabores doces so percebidos pelas papilas gustativas. b ) Perodo Composto. constitudo de mais de uma orao, portanto, de mais de um verbo e t er tantas oraes quantos forem os verbos assinalados. Exemplos: Vim, vi, venci (Jlio Cs r) Perodo composto por trs oraes. Os sistemas de tratamento de esgoto no so projetado para cuidar do leo de cozinha que l est. PARGRAFO - um conjunto de idias afins, agru padas em perodos, que podem ser simples ou compostos. Eles desenvolvem uma idia ou argumento central e compem um texto. Para que essas idias estejam bem unidas, porm , os perodos devem vir ligados por elementos coesivos, que os encaixam como se fo ssem as peas de um quebra-cabeas. Faamos a leitura do texto, a seguir: O seqestro de carbono a absoro de grandes quantidades de gs carbnico (CO2) presentes na atmosfera. A forma mais comum de seqestro de carbono naturalmente realizada pelas florestas. Na fase de crescimento, as rvores demandam uma quantidade muito grande de carbon o para se desenvolver e acabam tirando esse elemento do ar. Esse processo natura l ajuda a diminuir consideravelmente a quantidade de CO2 na atmosfera: cada hect are de floresta em desenvolvimento capaz de absorver nada menos do que 150 a 200 toneladas de carbono. (Revista SUPERINTERESSANTE, ED. 247/DEZ.2007 p. 38) Elementos Coesivos So os vrios elementos que remetem a idias j expostas, substituem palavras j escritas, orientam a seqncia do pensamento, aproximando, afastando conceitos ou estabelecen do relaes de causa e conseqncia, entre outras. Os principais elementos coesivos so as conjunes, os pronomes e os advrbios. Procure observ-los no pargrafo a seguir. Maria j amais tivera receio de voltar para casa a altas horas. Para ela, esse papo de vi olncia era conversa para mant-la em casa, perto dos pais, que eram caretas no seu conceito. Naquela noite, porm, iria enfrentar umas das experincias mais marcantes de sua vida... Observe que os termos destacados fazem o papel de aglutinadores do s perodos, compondo um pargrafo breve e coeso. A coeso deve existir no texto como u m todo tambm, girando sempre em torno do tema abordado, evitando a contradio e torn ando o texto fluente e agradvel de ler. Podemos, ainda, relacionar outros fatores que interferem no texto, tais como: 40 Portugus I - Glaucia LopesINTERTEXTUALIDADE: a relao que se estabelece entre o texto que est sendo lido e out ros textos que se j leu. , tambm, a experincia compartilhada entre o autor do texto e o leitor. INFORMATIVIDADE: so as informaes veiculadas pelo texto. s vezes, o texto denota maior ou menor esforo do leitor devido ao grau de informatividade veicula do. CONECTIVIDADE: a relao de dependncia semntica que se estabelece no texto, a part ir dos mecanismos de coerncia e coeso. SITUACIONALIDADE: a contextualizao da situao t xtual, ou seja, a insero do texto numa globalidade vocabular, de tempos verbais, c ontedos. INTENCIONALIDADE: a determinao da inteno do texto, da sua linguagem, do que se quer transmitir. ACEITABILIDADE: a aceitao do texto depender, tambm, da experincia de vida do leitor, da sua intertextualidade, informatividade, situacionalidade.H quanto tempo voc no escreve um texto? esta uma boa oportunidade para comear... Sug iro que voc escreva uma histria inventada. Imagine um personagem, um local, um enr edo. Voc deve estar perguntando: Mas eu estou no curso de Secretariado, para que i sso ser til? A resposta : Para voc desenvolver a comunicao falada e escrita em sua vid pessoal e na sua vida profissional. O exerccio proposto s o comeo... s para desenfe rrujar.? Pense que escrever no o mesmo que falar. Os perodos devem ser claros, coe rentes e, principalmente, devem estar ligados entre si pelas idias que expressam. Portugus I - Glaucia Lopes 41ELEMENTOS DE COESO E COERNCIA TEXTUAL Se no h coeso, as idias parecem ou realmente esto soltas, sem ligao. Da, o texto pass ser somente um amontoado de frases, idias ou itens sobre o mesmo assunto. Um exe mplo a lista de compras que fazemos em casa. Se a coerncia faltar, no se pode comp reender o texto porque no se consegue estabelecer relao lgica entre os perodos. como se sassemos para comprar verduras e voltssemos com laranjas e tomates. Isto , no h lgi ca nas idias expressas. Por exemplo: Sou totalmente contra a pena de morte, s a con sigo conceber em dois casos: assassinato de crianas indefesas e ... como algum que se declara totalmente contra a pena de morte pode conceb-la em dois casos? Isso i ncoerncia. A coeso pode ser estabelecida por retomada do referente: remisso. A remi sso pode se estabelecer de duas formas : a) anafrica (para trs): retomada de termos j citados, por meio de pronomes, advrbios, numerais. Ela sempre quis uma mudana rad ical, isso a faria diferente. b) catafrica (para frente): anncio, por meio de prono mes, advrbios, numerais, do que ainda vai ser dito. Para dizer isto se deve ter e xperincia: a calma nos vai dar a vitria. A coerncia textual a relao que se estabelec ntre as diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido. Est, pois, liga da ao entendimento, possibilidade de interpretao daquilo que se ouve ou l. Leia o t exto 1: A Invaso Brasileira do Orkut [...] Boa parte da literatura em cincias sociais sobre comunidades virtuais se ocu pa da etnografia desses ambientes de interao mediada por computador, buscando desv endar as particularidades de interao social quando ela ocorre em um espao em que os atores se comunicam sem copresena fsica. Mas alguns autores se dedicam a questes h istricas e sociolgicas, tentando ver como essa inovao nos modos de interao humana est elacionada com outras transformaes na mediao tcnica da sociabilidade. Nesse sentido, possivelmente a carta como meio de comunicao a distncia na Antigidade inaugurou o pr ocesso tecnolgico de mudana nas formas de interao mediadas entre os humanos. Assim, a escrita de uma missiva diplomtica na Renascena, a carta de um viajante ao Novo M undo, um jornal distribudo pelos cafs de cidades europias do sculo 18, ou mesmo o en vio de um telegrama ou uma chamada telefnica mostram como as inovaes na comunicao tec nicamente mediada se deram de modo acelerado na era moderna, permitindo que, a c ustos cada vez menores, mais pessoas produzissem mensagens destinadas a audincias cada vez maiores. 42 Portugus I - Glaucia LopesDe uma perspectiva filosfica, possvel afirmar que a rpida e bem-sucedida disseminao d a internet no substituiu, como tantas vezes se disse, o real pelo virtual. Ao con trrio, o mundo contemporneo cada vez mais objeto de uma constante virtualizao do real Essa tendncia resulta de um processo de sofisticao acelerada das novas tecnologias de informao e comunicao, acompanhado do crescimento em grande escala das redes soci ais e interativas, formais e informais, dos habitantes do planeta. Esse moviment o, que envolve simultaneamente sofisticao de tecnologias e ampliao de contatos virtu ais entre pessoas de todas as partes do mundo, tem levado alguns autores a ver n ele um efeito revolucionrio a at a preconizar a superao da modernidade. Tal moviment o no pode, entretanto, ser confundido com uma verdadeira mudana qualitativa. A des peito desse novo tipo de mediao, os processos de interao social estabelecidos em esp aos virtuais como o do Orkut parecem superar a suposta impessoalidade que os cara cteriza. As modulaes sofridas por esse espao revelam, sobretudo, que a virtualizao do real um processo social ligado s especificidades culturais de seus usurios. O Ork ut comporta membros de diferentes credos e condutas morais, orientados por regra s de convivncia que visam construo de uma civilidade entre eles. Uma vez que esses padres de civilidade obedecem (ou no) diversidade cultural do grupo, o Orkut acaba de se tornar uma cidade virtual moldada imagem do espao urbano de seus usurios. [. ..] (Jos Eisenberg & Diogo Lyra. Cincia Hoje, maio 2006.) Leia o texto 2:F Cega e Cincia Amolada Outro dia, um caro leitor me enviou uma mensagem com uma pergunta que deve ter oc orrido a muitos outros. Ele disse algo como (aqui parafraseio, mantendo o signif icado, mas no o contedo original): Voc escreveu que nossos corpos so atravessados a c ada segundo por bilhes de neutrinos e outras partculas invisveis, sem que possamos perceb-lo. Para aqueles que no tm acesso a qualquer comprovao concreta dessa afirmati va em um laboratrio, ela pode parecer to fantstica quanto se algum disser que v Jesus em seu espelho quando se barbeia todas as manh. Minha reao imediata foi escrever d e volta dizendo: Mas que bobagem. claro que no se pode comparar uma afirmao cientfica com uma baseada na palavra de um indivduo, especialmente sobre um fenmeno sobrena tural, como uma apario. Afinal, a cincia no se baseia na aceitao cega de afirmativas, mas em testes concretos, quantitativos, aplicados por cientistas escrupulosos. Po rm, ao refletir um pouco mais, percebi que a minha afirmao sobre neutrinos bombarde ando os nossos corpos no tem a priori mais valor do que qualquer outra afirmao, fei ta por qualquer outra pessoa sobre qualquer assunto. Afinal, para algum fora da c incia, dar legitimidade de graa palavra de um cientista no assim to automtico quanto os cientistas acreditam. (...) Portugus I - Glaucia Lopes 43Aqui o cientista encontra o desafio de tentar ultrapassar barreiras criadas por sua linguagem especializada e seu treinamento tcnico. Para um cientista, a discus so absurda, uma perda de tempo. claro que suas afirmaes devem ser levadas a srio: as sim a cincia, construda justamente para evitar a aceitao de informaes baseadas em esp culaes e crenas individuais. Em cincia, qualquer hiptese, antes de ser aceita, deve s er averiguada atravs de testes experimentais, seja em laboratrio ou por meio de ob servaes, como no caso da astronomia. (...) Essa a faca amolada da cincia, que respe ita apenas os resultados comprovados por grupos independentes de cientistas. (Folha de S. Paulo, 18/05/03 Caderno Mais, p. 18, de autoria de Marcelo Gleiser) Responda s questes seguintes e confira as respostas no gabarito, ao final do livro . Havendo dvidas retome o contedo. Leia o texto: Um galo sozinho no tece uma manh ele precisar sempre de outros galos. De um que apa nhe esse grito que ele e o lance a outro de um outro galo que apanhe o grito que um galo antes e o lance a outro e de outros galos que com muitos outros galos s e cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manh, desde uma teia tn ue, se v tecendo, entre todos os galos. E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendo para todos, no toldo (a manh) qu e plana livre de armao. A manh, toldo de um tecido to areo que, tecido, se eleva por si: luz balo . (Joo Cabral de Melo Neto) 15) O sentido do poema sugere a idia de: a) egosmo. b) solidariedade. c) arrogncia. d) frustrao. e) ecologia. 16) O significado do poema acima sugere o provrbio: a) M ais vale um pssaro na mo do que dois voando. b) Quem tudo quer, tudo perde. c) As aparncias enganam. d) Nem tudo que reluz ouro. e) Uma andorinha s no faz vero. 44 Portugus I - Glaucia LopesLeia com ateno o trecho abaixo. Os governantes passaram a dizer que a culpa no era d eles, era da taxa de juros, de alguma crise no exterior, da falta de investiment os externos, das dvidas financeiras, ou qualquer outra circunstncia administrativa , porque no sentiam a obrigao de cuidar do povo. (BUARQUE, Cristovam. O tamanho do corao. In: O GLOBO. 16 de dezembro de 2002. p. 7 .) 17) Agora, indique a palavra ou expresso que sintetize o trecho lido acima: a) in dividualismo afetivo; b) rostos famintos; c) o lucro e a produtividade; d) prejuz o das pessoas; e) lgica do mercado. 18) No texto abaixo predomina a seguinte funo d e linguagem: O risco maior que as instituies republicanas hoje correm no o de se rom perem, ou serem rompidas, mas o de no funcionarem e de desmoralizarem de vez, par alisadas pela sem-vergonhice, pelo hbito covarde de acomodao e da complacncia. Diant e do povo, diante do mundo e diante de ns mesmos, o que preciso agora fazer funci onar corajosamente as instituies para lhes devolver a credibilidade desgastada. O que preciso (e j no h como voltar atrs sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conc eito que o Brasil faz de si mesmo) apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer. (O Estado de So Paulo) a) emotiva b) referencial c) apelativa d) metalingstica e referencial e) conativa 19) No texto abaixo predomina a seguinte funo de linguagem: Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pr-histricos, de sons a que se d o nome genri co de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmes no fenmeno vital d a respirao, quando, de uma ou outra maneira, modificada no seu trajeto at a parte e xterior da boca. (Matoso Cmara Jr.) a) emotiva b) referencial c) apelativa d) metalingstica e referencial e) conativa Portugus I - Glaucia Lopes 45Agora hora de procurar coerncia e coeso nos seus textos, em seu discurso. Quantas foram as vezes que tivemos vontade de atirar longe o livro, a revista ou a apost ila por no entender o que lamos? Agora voc j conhece um pouco mais sobre como lidar com a linguagem. Coloque esse conhecimento em prtica no seu cotidiano de leitor e escritor de textos. Interpretao de textos Interpretar textos , antes de tudo, compreender o que se leu. Para que haja essa compreenso necessria uma leitura muita atenta e algumas tcnicas que veremos no deco rrer dos textos. Uma dica importante fazer o resumo do texto por pargrafos. Mos ob ra! Responda s questes seguintes e confira as respostas no gabarito, ao final do livro . Havendo dvidas retome o contedo. Leia o texto 1: Auto-ajuda Quem? So 200 mil visitantes estimados s no fim de semana, 320 expositores, 10 mil ttulos d iferentes, 3.000 lanamentos. Entre as obras mais procuradas esto as de autoajuda, denominao que parece mais destinada aos autores do gnero que a seus leitores. No "s alo de idias", Roberto Shinyashiki fala a uma platia de cerca de 400 pessoas sobre o relanamento de seu best-seller "Ser que Amar ainda Pode Dar Certo?", que em 18 a nos vendeu 1,5 milhes de cpias. Na primeira fileira, a maioria de mulheres. Elas s orriem toa, assentindo com a cabea para o palavrrio sem rumo, pontos ou vrgulas, de Shinyashiki. "(...) tenho visto muitas pessoas (ele balana afirmativamente a cab ea, com os olhos muito abertos) e a de novo falo com as mulheres (aponta indefinid amente para a platia) que jogam suas carncias em cima de um parceiro (arqueia as s obrancelhas) carncia de pai; a elas encontram um pobre coitado no qual jogam todas essas carncias (imita com os braos uma caamba de caminho virando); ele vai morrer s em oxignio (risos); os homens esto interessados SIM (ele grita) em amar (pausa lon ga); se os homens me procuram e dizem, "Roberto, qual o segredo de um amor legal (lbios comprimidos, indicando situao delicada)?", eu respondo (de chofre): o tudo o u o nada. (Folha de S. Paulo on-line mar.2006.) 46 Portugus I - Glaucia Lopes20) O texto deixa transparecer uma avaliao dos livros de auto-ajuda que pode ser a ssim resumida: a) So obras sem profundidade, que tm mais serventia a quem escreve (pelo lucro que trazem) do que a quem l. b) O sucesso da obra diretamente proporc ional boa formao de seus leitores. c) So obras que atraem as mulheres, pois defende m um ponto de vista feminino sobre o relacionamento. d) So obras que do respostas objetivas a questionamentos tanto masculinos quanto femininos. e) So obras que pr omovem a emancipao dos leitores. 21) Considere as seguintes afirmativas: 1) A citao do ltimo pargrafo, bem como a descrio dos trejeitos de Shinyashiki, tem por meta res saltar a autenticidade do interesse do escritor pelos problemas de seus leitores . 2) O texto sugere que as mulheres constituem um pblico mais enredvel, mais susce tvel s tramas usadas pelos livros de auto-ajuda. 3) A resposta de Shinyashiki perg unta feita no final do texto confirma a afirmao feita no segundo pargrafo de que o autor proferia um discurso que carecia de nexo. 4) O objetivo do texto ressaltar um paradoxo: apesar de os livros de auto-ajuda venderem muito, o pblico interess ado em ouvir os seus autores proporcionalmente muito pequeno. Assinale a alterna tiva correta. a) Somente as afirmativas 1 e 4 so verdadeiras. b) Somente as afirm ativas 1 e 3 so verdadeiras. c) Somente as afirmativas 3 e 4 so verdadeiras. d) So mente as afirmativas 1 e 2 so verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2 e 3 so verd adeiras. Leia o texto 2:Estigma Os gregos, que tinham bastante conhecimento de recursos visuais, criaram o termo estigma para se referirem a sinais corporais com os quais se procurava evidenci ar alguma coisa de extraordinrio ou mau sobre o status moral de quem os apresenta va. Os sinais eram feitos com cortes ou fogo no corpo e avisavam que o portador era um escravo, um criminoso ou traidor uma pessoa marcada, ritualmente poluda, q ue devia ser evitada, especialmente em lugares pblicos. Mais tarde, na Era Crist, dois nveis de metfora foram acrescentados ao termo: o primeiro deles referia-se a sinais corporais de graa divina que tomavam a forma de flores em erupo sobre a pele ; o segundo, uma aluso mdica a essa aluso religiosa, referia-se a sinais corporais de distrbio fsico. Atualmente, o termo amplamente usado de maneira um tanto semelh ante ao sentido literal original, porm mais aplicado prpria desgraa do que sua evid cia corporal. Alm disso, houve alteraes nos tipos de desgraas que causam preocupao. (. ..) Portugus I - Glaucia Lopes 47Podem-se mencionar trs tipos de estigma nitidamente diferentes. Em primeiro lugar , h as abominaes do corpo as vrias deformidades fsicas. Em segundo, as culpas de cart r individual, percebidas como vontade fraca, paixes tirnicas ou no naturais, crenas falsas e rgidas, desonestidade, sendo essas inferidas a partir de relatos conheci dos de, por exemplo, distrbio mental, priso, vcio, alcoolismo, homossexualismo, des emprego, tentativas de suicdio e comportamento poltico radical. Finalmente, h os es tigmas tribais de raa, nao e religio, que podem ser transmitidos atravs de linhagem e contaminar por igual todos os membros de uma famlia. Em todos esses exemplos de estigma, entretanto, inclusive aqueles que os gregos tinham em mente, encontramse as mesmas caractersticas sociolgicas: um indivduo que poderia ter sido facilment e recebido na relao social quotidiana possui um trao que pode-se impor ateno e afasta r aqueles que ele encontra, destruindo a possibilidade de ateno para outros atribu tos seus. Ele possui um estigma, uma caracterstica diferente da que havamos previs to. Ns e os que no se afastam negativamente das expectativas particulares em questo sero por mim chamados de normais. As atitudes que ns, normais, temos com uma pess oa com um estigma, e os atos que empreendemos em relao a ela so bem conhecidos na m edida em que so as respostas que a ao social benevolente tenta suavizar e melhorar. Por definio, claro, acreditamos que algum com um estigma no seja completamente huma no. Com base nisso, fazemos vrios tipos de discriminaes, atravs das quais, efetivame nte, e muitas vezes sem pensar, reduzimos suas chances de vida. (GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulao da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: LTC, 1988. p. 11-15.) 22) Segundo o texto, correto afirmar: a) Embora diferentes, os trs tipos de estig ma levam rejeio do indivduo pelo grupo social. b) Os estigmas fsicos e os ligados pe rsonalidade atingem todos os membros de uma famlia. c) As pessoas normais devem evi tar a convivncia com as estigmatizadas, para evitar a contaminao. d) Os portadores de caractersticas estigmatizantes no tm qualidades que possibilitem sua integrao soci al e) As trs formas de estigma so transmitidas hereditariamente de uma gerao a outra . 23) Entre os diversos conceitos de estigma apresentados no texto, assinale a alt ernativa que sintetiza o uso mais amplo que o termo adquiriu na atualidade. a) S inais produzidos no corpo das pessoas para restringir sua circulao em espaos pblicos . b) Marcas corporais ocasionadas intencionalmente para indicar caractersticas mo rais do portador. c) Caractersticas pessoais usadas socialmente como critrios para a discriminao de alguns indivduos. d) Marcas observadas na pele de alguns indivduos , atribudas ao dom divino. 48 Portugus I - Glaucia Lopese) Indcios fsicos que levam ao julgamento de que certos indivduos seriam seres impe rfeitos. 24) A partir do texto, INCORRETO afirmar: a) Um nico estigma basta para obscurecer as qualidades de um indivduo. b) O conceito de estigma e o conceito de pessoas normais so construdos por oposio um ao outro. c) Polticas de ao afirmativa m aumentar a integrao social de pessoas a que se atribuem diversos tipos de estigm a. d) Caractersticas inerentes ao indivduo do origem a estigmas diversos e facilita m a aceitao dele pelos demais. e) Obras sociais de atendimento a grupos estigmatiz ados no eliminam o estigma, mas procuram reduzir seus efeitos. Leia o texto 3:25) O efeito de sentido criado pela charge faz aluso: a) ao descumprimento das pr omessas polticas relativas diminuio do desemprego; b) valorizao do jornalismo sensac onalista pelos meios de comunicao; c) ocupao de funes pblicas por parentes de polti d) fantasia das pessoas comuns em relao s obrigaes da vida parlamentar; e) ao papel f iscalizador da imprensa no combate ao trabalho infantil. Portugus I - Glaucia Lopes 49Leia o texto 4: 26) Como marcada, no depoimento, a subjetividade de seu produtor, o aluno Marcel o? a) O aluno se diz participante do Programa de Valorizao do Jovem. 50 Portugus I - Glaucia Lopesb) A idia do sucesso do aluno na vida escolar est claramente explicitada. c) O alu no se utiliza da primeira pessoa do singular para expor seu ponto de vista. d) O s professores passam a ver o aluno de forma diferente, aps seu ingresso no Progra ma. e) O tempo verbal predominantemente usado pelo aluno o pretrito perfeito do i ndicativo. Leia o texto 5: Ecologia Interior Por um minuto, esquece a poluio, a qumica que contamina a terra, e medita: como anda teu equilbrio ecobiolgico? Examina a mente. Est despoluda de ambies desmedidas, pregu ia intelectual e intenes inconfessveis? Teu humor intoxica-se de raiva e arrogncia? O nde as flores do bem-querer, os pssaros pousados no olhar, as guas cristalinas das palavras? Graas ao Esprito que molda e anima o ser, o copo partido se reconstitui , inteiro, se fores capaz de amar. Primeiro, a ti mesmo, impedindo que tua subje tividade se afogue nas mars negativas. Depois, aos semelhantes, exercendo a tolern cia e o perdo, sem sacrificar o respeito e a justia. Pratica a difcil arte do silnci o. Desliga-te das preocupaes inteis. Recolhe-te ao mais ntimo de ti mesmo e descobre , l no fundo, o Ser Vivo que funda a tua identidade. Acolhe tua vida como : ddiva i nvoluntria. Trata a todos como igual, ainda que estejam revestidos ilusoriamente de nobreza ou se mostrem como seres carcomidos pela misria. Faze da justia o teu m odo de ser e jamais te envergonhes da pobreza, da falta de conhecimentos ou pode r. Tua riqueza e teu poder residem em tua moral e dignidade, que no tm preo e traze m apreo. Porm, arma-te de indignao e esperana. Luta para que todos os caminhos sejam aplainados, at que a espcie humana se descubra como uma s famlia, na qual todos, mal grado as diferenas, tenham iguais direitos e oportunidades. Ainda que cercado de adversidades, se preservares tua ecobiologia interior, sers feliz, porque trars em teu corao tesouros indevassveis. (Frei Beto. Jornal O dia. 30/05/2004).27) A leitura atenta do texto permite depreender que o pressuposto defendido pel o autor que: a) a luta pelo equilbrio ecolgico do planeta suprflua e intil; b) o ser humano tambm deve buscar equilbrio existencial; c) o ser humano deve lutar pela j ustia e pelo equilbrio ecolgico; d) a luta por uma vida melhor v, pois ela ddiva inv luntria. e) a luta mais importante a ser travada no mundo a poltica. Portugus I - Glaucia Lopes 51Leia o texto 6: Receita de Olhar Nas primeiras horas da manh desamarre o olhar deixe que se derrame sobre todas as coisas belas o mundo sempre novo e a terra dana e acorda em acordes de sol faa do seu olhar imensa caravela. (MURRAY, Roseana. Receita de olhar. So Paulo: FTD, 1997. p. 44) 28) O poema preserva caractersticas de um texto-receita: a) na construo lingstica do segundo, do terceiro e do oitavo versos; b) na composio do ttulo e da introduo do poe ma; c) na forma de composio e no contedo; d) nos usos lingsticos de todo o poema; e) na forma de estruturao das estrofes. 52 Portugus I - Glaucia LopesUNIDADE III MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRASEMPREGO DE PRONOMES Estudaremos nesta unidade o uso dos Pronomes. Usamos os pronomes para identifica r os sujeitos na situao de interlocuo o que denominamos de primeira e segunda pessoa . Tambm fazemos uso do pronome para identificar os seres, eventos ou situaes aos qu ais o discurso faz referncia terceira pessoa discursiva (Abaurre, 2003, p. 199). Conceito O que so pronomes? Pronomes so palavras que substituem ou acompanham os nomes (sub stantivos e adjetivos). Os pronomes desempenham papis sintticos dentro das frases, ou seja, so sujeitos, objetos diretos, objetos indiretos, complementos nominais, agente da passiva, predicativo, adjunto adnominal, ou, ainda, aposto. Observe n o quadro a distribuio dos pronomes pessoais: No se pode esquecer de que os pronomes pessoais do caso oblquo tono esto sempre liga dos aos verbos e h diferenciao quanto ao uso dos pronomes em terceira pessoa. Veja: O(s) / a(s) = ele(s) / ela(s) so usados para referirem-se a objetos ou pessoas d esempenham o papel de objeto direto dos verbos transitivos diretos. Lhe a (s) = a ele(s) / a ela(s) so usados somente para objetos. O lhe usado somente para pessoa s. Esses pronomes desempenham o papel de objeto indireto dos verbos transitivos indiretos, ou dos bitransitivos. Observe que os pronomes sofrem pequenas alteraes ao se unirem com os verbos. Comprei a casa. Portugus I - Glaucia Lopes Comprei-a. 55Compram a casa. Pem a mo na massa. Pes a mo no bolso. Compram-na Pe-na na massa. Pe-la no bolso.Comprar o material. Compr-lo. Fazer a tarefa. Faz-la. Fazes a tarefa. Faz-la. Ateno! Usamos a 2 pessoa do singular!) Ento, conclui-se que, se a terminao do verbo for: Na sal - acrescenta-se um n aos pronomes o(s) e a(s). R, S ou Z - corta-se a terminao R, ou Z e acrescenta-se um l aos pronomes o(s) e a(s). Observe no quadro os exemplos sobr e o uso dos Pronomes X Preposies:Muito Importante para a prtica! Ateno! Veja nos exemplos o uso de para eu e para mim: ra eu fazer os exerccios da aula. fcil para mim fazer os exerccios da aula. O pronome u faz papel de sujeito do verbo fazer, enquanto a expresso para mim pode ser deslocada na frase. Observe no quadro exemplos de pronomes possessivos: No utilize os pronomes possessivos de segunda pessoa para dirigir-se a terceira. Tu teu, tua, teus, tuas. Voc / ele/ ela seu, sua, seus, suas. 56 Portugus I - Glaucia LopesObserve no quadro exemplos de pronomes indefinidos: Pronomes Indefinidos Variveis Invariveis Observe no quadro exemplos de pronomes interrogativos: Temos ainda os Pronomes Relativos que estabelecem relao com um termo anteriormente citado. Que / o qual / a qual/ os quais/ as quais Quem Quanto (tanto), quantos Onde Cujo (possuidor e possudo), cuja, cujos, cujas. FORMAS DE TRATAMENTO MAIS USADAS Pronomes de Tratamento No se esquea de que os pronomes de tratamento representam a terceira pessoa do sin gular ou do plural, sendo assim, a concordncia verbal e nominal (assunto de que j tratamos em encontros anteriores) deve seguir todas as regras relativas terceira pessoa. Apresentaremos alguns pronomes de tratamento para que j nos acostumemos forma correta de nos dirigirmos s pessoas. Portugus I - Glaucia Lopes 57Responda s questes seguintes e confira as respostas no gabarito, ao final do livro . Havendo dvidas retome o contedo. A verdadeira arte de viajar A gente sempre deve sair rua como quem foge de casa, Como se estivessem abertos diante de ns todos os caminhos do mundo ... No importa que os compromissos, as obrigaes estejam logo ali... Chegamos de muito longe, de a lma aberta e o corao cantando (QUINTANA, Mrio. A cor invisvel. So Paulo: Globo, 1994) 29) Em qual alternativa a preposio indica posse? a) Foge de casa. b) Caminhos do m undo. c) Chegamos de longe. d) Diante de ns. e) Chegamos de alma. 58 Portugus I - Glaucia LopesLeia o texto: O Sol muda de cor por causa da Atmosfera ?Por que o sol muda de cor durante o dia? trombam espalhando-se. Com isso, tinge m o cu de azul e o Sol fica amarelo, que a soma das cores restantes: o verde, o a marelo, o laranja eo vermelho. medida que o Sol vai-se pondo, seus raios tm que a travessar um pedao maior da atmosfera, colidindo com os obstculos. Afinal, no creps culo, at as ondas longas, laranja e vermelho, acabam trombando e se desviando, a gradativamente avermelhando o horizonte (embora o resto do cu continue azul) A ve rmelha a ltima onda de luz que consegue cruzar a atmosfera e nos atingir, por iss o o astro-rei fica vermelho no pr-do-sol. Por fim, o cu fica preto com ausncia de l uz; no chega mais nenhuma cor e nem se v mais nenhum espalhamento, pois o Sol est a baixo do horizonte. Super Interessante - 1977. 5 10 15 20 25A luz solar no amarela nem vermelha, branca. O branco resulta da soma das sete co res do arco-ris - o violeta, o azul, o anil, o verde, o amarelo, o laranja e o ve rmelho. Ns enxergamos o Sol com tonalidades diferentes, ao longo de um dia, porqu e a atmosfera filtra seus raios, separando as cores. A nossa percepo do Sol muda po r causa das irregularidades na camada de ar que envolve a terra e pela distncia q ue a luz percorre na atmosfera, explica o fsico Henrique Fleming, da Universidade de So Paulo. Existem partculas de poeira, poluio e gotculas dgua infiltradas entre mol las de gs que compe a atmosfera. Quando o Sol est alto, as cores formadas por ondas de maior amplitude contornam essas partculas e as molculas. Mas as menores (o vio leta, o azul e o anil) no conseguem se desviar e 30 35 40 45 30) Em que passagem o que apresenta uma categoria gramatical diferente da dos dema is? a) A vermelha a ltima onda de luz que consegue cruzar a atmosfera... (l. 40-41) b) ...seus raios tm que atravessar um pedao maior da atmosfera. (l 31-32) c) ... o S ol fica amarelo, que a soma das cores restantes. (l 27-28) d) ... infiltradas entr e as molculas de gs que compem a atmosfera. (l 17-18) e) ............. e pela distncia que a luz percorre na atmosfera. (l. 13-14) 31) Preencha o espao das frases abaix o com os pronomes EU ou MIM: I. Minha irm trouxe um livro para __________ ler II. Ningum ir a So Paulo sem __________. III. Meus pais fizeram tudo para __________ e ntrar na UDESC. IV. Para __________resolver esses problemas uma questo de tempo. A alternativa que representa seqncia CORRETA : a) eu, eu, mim, eu; Portugus I - Glaucia Lopes 59b) eu, mim, mim, eu; c) mim, eu, eu, mim; d) mim, eu, mim, eu; e) eu, mim, eu, m im. 28) Que frases tero suas lacunas corretamente preenchidas com as formas entre parnteses, obedecida a seqncia destas? a) Vossa Excelncia __________ confiou o povo . (TEM, SUAS, LHE). em __________ mos o poder que __________ . b) Senhor Diretor! Passo s mos de __________ o pedido de aposentadoria do Sr. J. Silva e de D. M. Fe rreira, sendo __________ funcionria estatutria e __________ funcionrio contratado p ela CLT. (V.S, ESTA, AQUELE). c) Vossa Excelncia, Senhor Presidente, __________ es tar __________ do apoio de todo __________ Ministrio. (DEVEIS, SEGURO, VOSSO). d) Excelncia! Ns gostaramos de falar __________ exatamente sobre __________ documento que acabamos de __________ entregar. (CONSIGO, ESSE, LHE). 33) Complete com est e(a), esse(a), aquele(a), conforme convenha: I. Vs ____________ livro a? o meu. O teu ____________ que aqui est. II. Meu caro amigo: fiquei muito feliz em saber qu e ests em outra cidade, e que ____________ Toulouse. Quanto a mim, tambm mudei de ares e ____________ cidade me muito mais simptica que ____________ onde me conhec este e onde vivi at dois meses atrs. Alis, ____________ dia ficar para sempre em ns m arcado, e com ele ____________ cidade, pois foi l que comeou ____________ amizade que nos une. A seqncia correta : a) este, esse, esta, essa, aquela, aquele, aquela, essa; b) esse, este, essa, esta, aquela, aquele, aquela, esta; c) aquele, este, aquela, essa, aquela, aquele, aquela, esta; d) aquele, este, aquela, essa, aque la, esse, essa, essa; e) aquela, esse, esta, essa, aquela, esse, essa, essa. Nesta aula vimos que os pronomes de tratamento so usados em situaes formais, e de a cordo com a posio social das pessoas. Se voc tiver dvidas ao redigir correspondncias, pesquise. 60 Portugus I - Glaucia LopesCOLOCAO PRONOMINAL Agora que j sabemos os pronomes oblquos tonos, hora de aprendermos a coloc- los nas frases. Na oralidade a colocao pronominal no respeitada, como tantos outros pontos gramaticais, mas, na escrita, h que se respeitar a prclise, a mesclise e a nclise. C omo escrever: Me chame amanh bem cedo, ou Chame-me amanh bem cedo? Quem sabe: Eu no e u te vendo, ou Eu no te estou vendo, ou ainda, Eu no estou vendo-te? Os pronomes oblq tonos (ME, TE, SE, NOS, VOS, O, A, LHE, OS, AS, LHES) so colocados de trs formas n as oraes: PRCLISE colocao do pronome oblquo tono antes do verbo. Ocorre quando h um