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BENTO GONÇALVES Sábado 14 DE MARÇO DE 2015 ANO 48 N°3112 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Especial A sangue frio Assassinatos em série no bairro Glória Polícia investiga motivação para a morte de três homens, em nove dias, nas proximidades da rua Caxias do Sul FIMMA BRASIL Especial Feira para reverter cenário difícil Enquanto o país vive clima de incertezas, moveleiros têm oportunidade para buscar novas alternativas CRISTIANO MIGON

14/03/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.112

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14/03/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.112 - Bento Gonçalves/RS

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BENTO GONÇALVESSábado14 DE MARÇO DE 2015ANO 48 N°3112 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Especial

A sangue frio

Assassinatos em série no bairro GlóriaPolícia investiga motivação para a morte de três homens, em nove dias, nas proximidades da rua Caxias do Sul

FIMMA BRASIL

Especial

Feira para reverter cenário difícil

Enquanto o país vive clima de incertezas, moveleiros têm oportunidade para buscar novas alternativas

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Protesto e trabalhoEditorial

Os mais novos talvez nem saibam, mas não faz tanto tempo, talvez duas décadas, um pouco mais e o país viveu tempos difíceis. Semelhantes aos de agora, dirão alguns. Na verdade piores. A inflação era hiper, o desemprego gigante, o salário, mínimo. Voltando ainda mais um pouco no tem-po, até que viesse a lenta e gradual abertura política, nem sequer greves ou protestos eram permitidos.

Mesmo concedendo que o país já te-nha vivido tempos árduos, isto não serve para minorar o problema hoje enfrentado. Vive-se um clima de decepção generaliza-do. Há uma forte quebra de confiança por parte de um governo que fez promessas eleitorais inexequíveis. A realidade é que as tarifas públicas estão subindo, a inflação sentida é maior do que aquela oficialmente anunciada; benesses de outrora são retiradas sem a menor cerimônia. O escândalo da Pe-trobrás as milionárias propinas afrontam dos mais humil-des aos mais letrados brasileiros.

Enfim, há clima para toda esta manifestação programada para domingo. Há temor de que ela possa descambar para

As feiras sempre foram contraponto

às mazelas da política econômica

alguma violência, o que seria lamentável. O certo é que a in-dignação com o estado das coisas no Brasil é latente, está no trabalhador, no empresário, na dona de casa e no estudan-te. Um ano e nove meses depois das manifestações de junho de 2013, o Brasil volta às ruas. Quer e precisa se reinventar.

Em meio a este ambiente inóspito, a Fimma Brasil inicia na segunda-feira, 16. Há um clima em que normalmente

o capital se resguarda e os investimentos precisam ser bem pensados. Mas a verda-de é que as feiras do setor moveleiro, reali-zadas em março já há muitos anos, sempre serviram como contraponto às mazelas da política econômica.

Descortina-se a partir de segunda-feira nos pavilhões da Fundaparque um arsenal de inovações tecnológicas e um caudal de oportunidades que precisa ser saudado. Em que outro lugar a ressaca dos protestos de do-mingo poderá ser curada de forma tão promissora? Não há saída fora do trabalho e Bento Gonçalves oferece esta oportunidade única graças à iniciativa e capacidade de seus empresários. Que bons negócios sejam realizados.

Sábado, 14 de março de 2015 2 Opinião

Estive no Centro da Indústria e Comércio, nesta segunda, para ou-vir palestra do Prefeito. Confesso que, mais uma vez, compreendi por que os associados tem determinada resistência a participar dos almo-ços e/ou jantares. O protocolo às vezes é falho e, de vez em quando, toma posições inoportunas. E o regime é falho. Era para o Prefeito falar 25 minutos, ele falou 50. As perguntas foram feitas por presi-dentes de Entidades e/ou Diretoria do CIC. E foram enviadas, previa-mente, para conhecimento do Prefeito, tirando assim a autenticidade das respostas. Todos os presentes comentavam isso. E eu não entendi o processo. O que estávamos fazendo ali se só nos era dado ouvir o Prefeito sem podermos questioná-lo num debate aberto, franco, sau-dável. Não gostei, em parte, da postura do Prefeito. A “rádio orelha”, que se ouve por ai, dá conta de que o Prefeito seria autoritário, que “não ouve ninguém”, inclusive não teria aceitado disposição do CIC em conduzir os destinos do município. Ao dizer que a nova prefeitura vai ser construída no Estádio Municipal, ao lado do Fórum, porque ele entende que assim, e que o novo presídio vai ser lá no Salgado e pronto! Ele demonstrou certo autoritarismo e, perdeu uma chance de ser humilde e de conquistar, com isso, a plateia presente. Sobre a nova Prefeitura, diga-se, o Ex-Prefeito Darcy Pozza desapropriou o Estádio do Esportivo, a Montanha, causando a meu juízo, embo-ra julgasse, ser uma boa causa, enormes e irreparáveis prejuízos ao Clube. Pozza tinha por objetivo construir lá a nova Prefeitura, ideali-zava ter uma área verde, para cerimônias ao ar livre, a ideia era muito boa. O Estádio da Montanha está lá, abandonado. Ao lado do estado lastimável do Parque de Eventos, é uma de nossas vergonhas, coisas não vistas por aí. Quanto ao presídio, que também está entre nossas vergonhas, disse o Prefeito que ele é a prioridade número um do Go-verno Estadual, em termos de construção de presídios no Estado. O Presídio Central de Porto Alegre está interditado e, por causa disso, no final de semana que passou, 17 presos em flagrante ficam retidos numa delegacia de Porto Alegre porque não tinha Presídio para tran-cafiá-los. Se tivéssemos o presídio novo, certamente viriam a Bento. Assim, o bom senso indica que sejamos a prioridade número 2 e não a número um. Não gostei ainda, na fala do Prefeito, da demonstração explícita de menosprezo de Pasin a Lunelli. Falou das barbaridades de defeitos encontrados na construção da UPA e na dívida herdada do ex-prefeito, 80% já paga por Pasin. Vamos combinar o seguinte: pri-meiro, se a dívida fosse um monstro, Lunelli não teria sido candidato à reeleição; segundo, Lunelli já foi punido Prefeito, ele perdeu a elei-ção. Vamos adiante, nós estamos todos desejando o sucesso de sua gestão, queremos ajudar, Bento vive novos tempos, difíceis, cheios de

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O PREFEITO NO CIC

MELHORIAS NO AEROCLUBE

COISAS BOAS

Eu não sei por que o CIC aceitou a ideia e nem sei porque o Pre-feito assumiu esta postura de fazer, no CIC, a assinatura do contrato Prefeitura – Caixa Federal – Aeroclube – Concresul, para asfalta-mento da pista de pouso e melhorias no Aeroclube depois de déca-das naquela mesmice. O ato deveria ser realizado no Salão Nobre da Municipalidade, com a presença dos interessados na melhoria (ha-via quase ninguém no CIC das pessoas que utilizam ou militam no aeroclube), e comunidade. Do jeito que foi feito ecoou como um ato mais político do que representativo a um avanço, afinal temos que festejar, pois um município como o nosso ter uma pista de pouso em chão batido é dose. Vão pousar ali aviões de pequeno e médio porte (aviões grandes, nem pensar), mas numa pista asfaltada, remode-lada, e com melhorias determinadas em acordo com o Procurador da República, Dr. Alexandre. Vale lembrar que o ex-prefeito Lunelli também tem grande mérito na vinda desse dinheiro e é preciso “dar a César o que é de César”.

Afora estas particularidades, ouvi e presenciei coisas boas no CIC. Muito embora um ou dois Secretários não estivessem ligados ao que o Prefeito falava, ficaram olhando para o lado contrário, a grande maioria se fixou muito no que o Prefeito falou, eu fiquei muito sa-tisfeito, como cidadão, com o modelo de gestão, com as metas pro-postas, mesmo não tendo tido condições de suportar, até o final, a cansativa reunião-jantar.

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necessidades. O povo está oprimido, acantonado em bairros isolados, os empregos vão ficar escassos, há carências na saúde, na segurança, o estudo esta caríssimo, fora do alcance dos jovens, não temos um parque público, não temos uma Fenavinho, não temos mais o brilho intenso do Esportivo e do vôlei, temos lá um estádio que é um ele-fante branco, de sustentação caríssima, palco de pequenas ilusões, não temos estradas até Caxias, muito menos a São Vendelino, não temos turistas no centro, só no Vale dos Vinhedos, não temos poli-ciamento compatível com nossa grandeza e com nossa intensidade. Não temos muito Prefeito, vamos abraçar esta causa todos juntos, com firmeza. Evidenciar que as finanças estão sendo bem tratadas, que suas ações e objetivos são nobres, é dever de ofício, nós precisa-mos mais, muito mais, vamos colocar na rua o batalhão das ideias, da criatividade, da irmandade, da ação público-privada positiva e irmanada, não se pode conceber o isolamento político, é tempo de gestão pública compartilhada.

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Pedágio pela AIDD

Na contramão

Sábado, 14 de março de 2015 3

Painel

Domingo à tarde. Promoção de casa noturna local, realizada no Kartódromo do parque de eventos. Não somos contra eventos sociais, porém eles não podem infernizar a vida de famílias (especialmente jovens e crianças) da vizinhança, pela barulheira feita. Já que o parque, que é público, não se presta para o lazer em família e nem para a prática de esportes, dê-lhe pauleira? É mais uma “realização” da Fundaparque? E o sossego público, que deve ser assegurado pelas autoridades policiais, de acordo com a Lei, onde fica? Cerca de três mil pessoas presentes, ingresso mínimo a R$ 60. O que ficou para a Fundaparque pagar as contas? Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Deformidades na malha asfáltica, próximo ao aces-so de uma galeria subterrâ-nea, forçam os motoristas que trafegam pela rua José

Geovane Filho, no Licorsul, a invadirem a pista contrária. O afundamento das bordas é estrago remanescente das fortes chuvas que assolaram

a cidade no início do ano. A via é estreita e necessita de calma e atenção dobrada dos condutores que passarem pelo local.

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HUMOR Moacir Arlan

Adiado pela segunda vez, a obrigatoriedade do uso de extin-tores automotivos de carga do tipo ABC só terá início a partir de 1° de julho. A nova prorrogação, segundo Conselho Nacio-nal de Trânsito (Contran), foi determinada em virtude da falta do produto no comércio.

Donos de carros fabricados até 2009 precisam adquirir o produto. Os modelos a partir de 2010 vêm com o extintor de fábrica. A multa para quem não legalizar a situação será de R$ 127,69, além da perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Mais 90 dias

Será realizado neste sábado o Pedágio Solidário da Associação Inte-grada ao Desenvolvimento Down (AIDD). O objetivo é angariar fun-dos para cobrir as despesas da entidade, que passa por situação finan-ceira difícil. Os voluntários estarão em três sinaleiras do Centro entre 9h30min e meio dia. O dia 21 março é dedicado à Síndrome de Down. A AIDD foi criada há sete anos e precisa de recursos na ordem de três mil reais mensais para se manter.

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Sábado, 14 de março de 20154 Geral

MP aponta ilegalidade em Decreto

“Além de atropelar a hie-rarquia, o Decreto Nº

8.747 fere a constitucionalida-de”, adverte o promotor Élcio Resmini Meneses, ao se referir ao documento assinado pelo prefeito Guilherme Pasin, em janeiro deste ano, que altera o Plano Diretor do município ao dar nova redação ao Decreto Nº 7.817, de 2012 que “Dispõe sobre os critérios para regula-rização de obras existentes ou em construção no município de Bento Gonçalves”. O promotor aguarda os documentos oficiais do procurador geral do municí-pio, Sidgrei Spassini, para dar prosseguimento a ação judicial que deverá, no mínimo, revogar o decreto. “Além do mais a Pre-feitura está usando do dinheiro público para pagar uma insti-tuição contratada para realizar o estudo do Plano Diretor, por isso não deveria fazer uma al-teração pontual” destaca Res-mini, acrescentando que a exe-cução de planejamento urbano, embora seja da responsabilida-de do Executivo, não pode ser por decreto. Lembrando que o espaço físico do município não pertence ao prefeito e é neces-

Pasin X Plano Diretor

Isentando o Atar para incentivar a regularização, prefeito deixará de arrecadar milhares de reais aos cofres públicos

Decreto de 2012 Decreto de 2015Art. 3° Para efeito de aplicação do presente Decreto, será aplicada a ATAR (Área de Terre-

no Adicional Referencial), prevista no art. 288, § 2°, da Lei Complementar n° 103, de 26 de outubro de 2006, que representa uma área de terreno adicional referencial necessária para sanar a irregularidade, com desconto de 50% (cinquenta) por cento do valor total, indepen-dente do zoneamento.§ 1°. O valor do metro quadrado da ATAR será aquele que é usada para estimativa fiscal de pa-gamento de ITBI no Município, para a zona onde o prédio se situa, quando da solicitação de Re-gularização da edificação.§ 2°. O pagamento dos valores poderá ser em dinheiro pelo valor apurado, ou por imóveis de in-teresse do município, de valor equivalente ao devido, por avaliação feita por técnico do IPURB, in-dependente de metragem quadrada.

Art. 6° Fica autorizada a regularização das obras que atendam aos itens constantes no art. 4° e não estejam previstas no art. 5°, executadas em desacordo com os limites dos ‘índices urbanísticos’, entendidos como IA (índice de aproveitamento), TO (taxa de ocupação), altura e recuos estabeleci-dos na Lei Complementar n° 103, de 26 de outubro de 2006, observadas as seguintes condições:I - altura e número de pavimentos: se a obras foi executada com altura e ou número de pavimen-tos superior ao previsto, o proprietário deverá adquirir ATAR necessária para atender ao exigido pela lei na respectiva zona, com as seguintes ressalvas:a) No caso de exceder 1 (um) pavimento acima dos 2 (dois) permitidos nas divisas.b) Será permitida regularização de somente um pavimento a mais que o determinado no zonea-mento onde se encontra a edificação.§ 1° No caso de fechamento total ou parcial de varandas, terraços ou áreas abertas, excetuando-se sacadas, soma-se a área excedente ao IA para cálculo do enquadramento na legislação ou da ATAR.§ 2° Se a obra estiver ocupando áreas além das previstas para a regularização, o excedente deve-rá ser demolido às custas do infrator.§ 3° Caso seja constatada mais de uma irregularidade, devem-se somar os valores de cada item para chegar ao valor a ser pago.§ 4° A regularização deverá ser feita de uma única vez, considerando todos os requisitos urbanís-ticos previstos no Plano Diretor.

“Art. 3° (...) §3º Na Área de Interesse Específico (AIE) da Zona de Proteção aos Mananciais II (ZPM2), para a regularização de residências que se enquadrem no Programa More Legal (Pro-vimento nº. 21/2011 - CGJ), não será aplicada ATAR, como forma de incentivo à regularização.”

“Art. 6º (...) § 5° Serão admitidas as regularizações de edificações cujas atividades configu-rem uso proibido em áreas de ocupação consolidada, a fim de possibilitar o seu uso sustentável, nas seguintes condições: I - Na Área de Interesse Específico da ZPM2, serão admitidos usos resi-denciais com mais de uma economia por lote, mediante projeto de tratamento de efluentes e lim-peza anual da fossa e do filtro anaeróbico, comprovada quando do pagamento do Imposto Pre-dial e Territorial Urbano- IPTU, além de outras compensações ambientais que porventura venham a se achar neces-sárias, respeitando cada caso específico. II - Usos comerciais, de serviços, industriais e recre-acionais construídos durante a vigência de leis anteriores, nas quais seu uso era permitido, mediante comprovação da data de instalação da atividade outrora regular, aprovação de Es-tudo de Impacto de Vizinhança e suas respectivas medidas neutralizadoras e/ou compensa-tórias, de acordo com o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município. III - No ato da regularização, serão admitidas pequenas adequações necessárias para garantir a se-gurança e salubridade de seu funcionamento e da vizinhança, mediante estudo caso a caso do Ipurb, comprovadas sua necessidade através de estudos técnicos, e submetidas à aprova-ção através de EIV prévio, deliberação do COMPLAN e aplicação da ATAR, permitida somen-te até que sejam atingidos a Taxa de Ocupação e o Índice de Aproveitamento máximos. Após atingidos os índices máximos para Aproveitamento e Taxa de Ocupação, não serão permitidas ampliações. §6º As compensações ambientais acordadas através de EIV e análise do COM-PLAN serão aplicadas de acordo com o impacto causado pela atividade, e estudados caso a caso. Quanto maior, o impacto, maiores as compensações ambientais necessárias. Além do tratamento de efluente e da limpeza anual da fossa e do filtro comprovada, de acordo com o número de unidades do empreendimento ou o potencial poluidor da atividade, poderão ser aplicadas outras compensações, como o aumento da área permeável mínima, a reutilização de águas cinzas, o aproveitamento da água da chuva, o plantio de árvores, a recuperação da mata ciliar, entre outros.” (NR)

Promotor Élcio Meneses aguarda documentos para seguir com ação

sária a aprovação legislativa.Esta é a segunda tentativa da

administração municipal em alterar o Plano Diretor, benefi-ciando indústrias e residências instaladas irregularmente. A primeira foi em setembro de 2013, onde o Conselho Muni-cipal de Planejamento, com o consentimento do Poder Pú-blico, aprovou a mudança de um artigo e já dispunha de uma Minuta de Lei para a alte-ração no Plano Diretor. O do-

cumento permitia a instalação de novas indústrias e empreen-dimentos na bacia de captação do Barracão, e regularizando as existentes, sem sequer pre-ver a realização de um estudo sobre o impacto ambiental. Mas a tentativa não teve êxito.

Conflitos nas alterações

Entre as alterações, o De-creto definiu que as residên-

cias que estão na Zona de Proteção aos Mananciais II (ZPM2) podem se regulari-zar, sem o pagamento de Área de Terreno Adicional Refe-rencial (ATAR), o que deixa de gerar recursos aos cofres públicos. Isso porque, num cálculo superficial, levando em conta valor do metro qua-drado cobrado pelo município para o Imposto de Transmis-são de Bens Imóveis (ITBI), a regularização das residências com o pagamento de Atar ul-trapassaria a casa dos milha-res de reais. Como na área a qual o decreto se refere é co-mum os lotes abrigarem mais de uma unidade - em média de duas a três residências - o valor a ser pago para regula-rizar seria calculado nas uni-dades excedentes, visto que é permitida, por lei, apenas uma em cada lote. Isso sem contar os casos em que não foi respeitado o recuo ou, ain-da, a construção com mais de dois pavimentos.

Para o advogado Darci Pe-reira Soares, é preciso ter mui-to cuidado com os decretos, pois, como neste caso, pode

incentivar uma desordem pública, estimulando novas irregularidades. “É preciso respeitar a legislação. E é pre-ciso que não se permita que o cidadão passe a entender que desrespeitar a lei não gera consequências. Caso contrá-rio estará se incentivando a irregularidade”, ressalta.

Além disso, a nova redação estipula para a regularização de residências o Programa More Legal, que é um projeto implantado pela Corregedoria do Tribunal de Justiça. Segun-do a assessoria da Corregedo-ria do Rio Grande do Sul, an-tes de determinar por decreto a regularização pelo Programa More Legal, é preciso contar com a anuência do Registra-dor de Imóveis, do Ministério Público, do Poder Judiciário e da Prefeitura.

Segundo a procuradora Can-dida Silveira Saibert, que atua na área de urbanismo, meio ambiente e regularização fun-diária, o More Legal não pode ser aplicado em área de preser-vação ambiental e, muito me-nos, sem primeiro apresentar um estudo técnico.

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Confira a redação do Decreto 7.817 de 2012 e as alterações propostas pelo Decreto 8.747 de 2015

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Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.967

IGVariedades

FIMMA- ABERTURA OFICIAL

DEPOIS de um trabalho dos mais expressivos realizado pelos membros diretivos-aqui e no exterior- abre oficialmente nesta segunda feira 16 de março – às 14h- encerrando em 20 de março 2015 a 12ª FIMMA BRASIL – Feira Internacional de Máquinas, Matérias Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira tendo como palco a Fundaparque em Bento Gonçalves-RS.- Promovi-da pela MOVERGS seu presidente Ivo Cansan espera uma feira movimentada capaz de superar todas as expectativas, mesmo diante da instabilidade do panorama econômico em que atra-vessa o país. Assim as forças e criatividade devem ser redobra-das. O importante é vencer os obstáculos diz o presidente da entidade Ivo Cansan.

GERANDO NEGÓCIOSA FIMMA BRASIL 2015- com novidades e lançamentos- tem

na presidência o empresário Volmir Dias e equipe alinhada para receber 600 marcas expositoras , 40 mil visitantes ligados ao setor moveleiro e a presença de dezenas de países cujos impor-tadores e através do PROJETO COMPRADOR possam realizar importantes negócios gerando em torno de 350 milhões de dó-lares, Para o presidente da FIMMA BRASIL de 16 a 20 de março 2015 em Bento Gonçalves –RS- Volmir Dias e o Diretor de Co-mercialização e Divulgação empresário Juarez José Piva a feira é referência mundial –o requinte da tecnologia-. Sua primor-dial missão é manter-se na vanguarda e geradora de tendên-cias apontando aos participantes novos e importantes caminhos para o setor moveleiro. É olhar para frente! Sucesso!

MOVELSUL BRASIL 2016 A mais representativa feira internacional de móveis da Amé-

rica Latina e em sua 20ª edição já tem data definida e a mesma acontece no Parque de Eventos de Bento Gonçalves-RS- no pe-ríodo de 14 a 18 de março 2016.- É bom lembrar que a MOVEL-SUL BRASIL surgiu para atender interesses comerciais do setor moveleiro do município tornando-se a seguir ponto de referên-cia para empresários e lojistas nacionais e importadores de todo o mundo. Promovida pelo SINDMÓVEIS- Sindicato das Indús-trias do Mobiliário de Bento Gonçalves- entidade liderada pelo presidente Henrique Tecchio- Bentec- e equipe diretiva a MO-VELSUL BRASIL é uma feira de negócios e sua principal mis-são é promover o desenvolvimento do setor moveleiro nacional, estreitando relações e parcerias comerciais entre a indústria e seus clientes. Fique ligado!

LIDERANÇA E LEGADO DO BEM...HOMEM simples, humilde, caráter e atento aos problemas

comunitários. Representando seu Distrito – São Pedro-Cami-nhos de Pedra- na Câmara de Vereadores – 1948/1963 - exerceu o mandato também como presidente com uma linha de atuação destacada e voltada ao crescimento e conquistas da comunida-de a qual pertencia, sem contudo, esquecer a cidade de Bento Gonçalves por onde exerceu o cargo de prefeito interino. COM esta singela reflexão, queremos homenagear a figura simpáti-ca, exemplar chefe de família, liderança politica e comunitária de MÁRIO JOSÉ BERTARELLO que nos deixa aos 99 anos de idade. Ele nos deixa um legado de conduta e vida exemplar ali-nhada ao trabalho, à família, atividades desenvolvidas ao longo dos anos junto ao histórico Moinho Bertarello e Restaurante Rural Paradiso Del Mondo. Seguindo sua linha de ação Mário José Bertarello foi incansável colaborador, linha de frente de reivindicações e conquistas junto a comunidade de São Pedro, trajetória de realizações que engrandecem a todos os seus mo-radores. Na qualidade de benfeitor e liderança do interior sua história continuará registrada nos anais do Legislativo como prova e legado de um trabalho em beneficio do bem comum. Aos familiares de Mário José Bertarello o nosso fraternal abraço e admiração. Que Deus o guarde! E a certeza de que ele merece ainda mais homenagens!

A FRASELEMBRE-SE da sabedoria da Àgua:

ELA nunca discute com um obstáculo, simplesmente o contorna! (Augusto Cury)

RSC-470

Prefeitura reforça a sinalização no Km 216Medida é resultado do protesto dos moradores por mais segurança no local

Após o protesto realizado no dia 9 de março na RSC-

470, que pedia mais segurança na travessia do quilômetro 216, parte das reivindicações dos manifestantes foi atendidanes-ta semana. Na terça-feira, 10, representantes da Associação de Moradores do bairro Con-ceição se reuniu com engenhei-ros do Departamento Autôno-mo de Estradas de Rodagem e, em acordo com a Prefeitura, foram definidas algumas medi-das paliativas para o problema, intensificando a sinalização com placas e pinturas.

Com o reforço, a Associação de Moradores garante que não realizará novos protestos no local. “Melhorou, mas esta-mos aguardando pelo projeto de construção de uma pas-sarela, que nos prometeram para daqui a três meses. Por enquanto, não realizaremos

Silvia [email protected]

Prefeitura realizou as pinturas durante a quinta-feira, 12

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Nmais manifestações”, afirma o presidente, Luiz Antônio Oliveira. “Só estamos pedin-do que a comunidade se cons-cientize e atravesse apenas na faixa”, complementa.

As manifestações começaram depois da retirada dos contro-ladores de velocidade do quilô-metro 216 no dia 6 de março,

que deixou a travessia mais pe-rigosa para os moradores. As lombadas estavam desligadas desde janeiro, pois o contrato do Estado com a empresa que gerenciava o funcionamento não foi renovado. Mas, mesmo desligados, os equipamentos ajudavam a controlar a veloci-dade dos motoristas, afirmam os moradores.

De acordo com o Daer, já foram encaminhadas as li-citações para reposição dos controladores. Cinco proce-dimentos estão na Central de Licitações do Estado (Celic), em fase de aprovação do edital, e serão realizados através de Pregão Eletrônico. Um edital já está licitado para 18 faixas monitoradas, via Tomada de Preços, e aguarda apenas a ho-mologação. O órgão também garante que o policiamento será reforçado no local, espe-cialmente nas proximidades de escolas nos horários de entra-da e saída de estudantes.

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Sábado, 14 de março de 20158 Geral

Feira deixa Bento Gonçalves, onde teve quatro edições, para ser âncora do São Paulo Design Weeken e ganhar o mundo

Sindmóveis

Casa Brasil será em São Paulo

Agosto de 2016 é a data para que a feira Casa Brasil tenha

a sua quinta edição. Desta vez revitalizada e em novo espaço. Será em São Paulo em um novo pavilhão, ainda em construção. O presidente do Sindmóveis, Hen-rique Tecchio, fez o anúncio na noite de quinta-feira, 12, e apre-sentou os novos parceiros que elevarão o evento a um novo pa-tamar. Como definiu o diretor da Summit Promo, Lauro Andrade Filho, “a Casa Brasil não vai para São Paulo, ela vai para o mundo”.

A Summit Promo é respon-sável pela Expo Revestir e tem largo conhecimento no setor. A outra parceira é a BTS In-forma, uma subsidiária do gi-gante inglês do setor de pro-

moção de feiras Informa.“A Casa Brasil foi criada e de-

senvolvida em Bento Gonçalves pela força do polo moveleiro da região. Com a qualidade percebi-da em todas as edições, identifi-camos a necessidade de ampliar essa marca no Brasil e no exte-rior. Buscamos, então, caminhos viáveis e positivos, o que levou à parceria com grandes investi-dores”, aponta o presidente do Sindmóveis, Henrique Tecchio.

Iniciativa da entidade desde 2007, a Casa Brasil reúne gran-des nomes dos segmentos de móveis, iluminação, decoração e complementos de alto padrão. A partir de 2016, a Casa Brasil São Paulo será o evento âncora do DW! - São Paulo Design Wee-

kend - e de uma grande feira de produtos e soluções para arqui-tetura e decoração no São Paulo Expo Exhbition & Convention Center. O pavilhão está sendo construído no local do antigo Centro de Eventos Imigrantes. “Estamos muito entusiasmados com esta aliança estratégica, pois acreditamos que a sinergia entre a BTS Informa, o Sindmóveis Bento Gonçalves e a Summit vai criar um evento único, de muita repercussão e visibilidade, sen-do local de destaque no circuito mundial de eventos do setor”, afirma o presidente da BTS In-forma, Marco Basso.

O Salão Design permanecerá como um evento conjunto da Casa Brasil São Paulo, do DW! Basso, Tecchio e Andrade, parceria para fortalecer a Casa Brasil

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Sábado, 14 de março de 201510 Geral

Aeródromo pronto até novembro

Depois de enfrentar impasses desde junho do ano passado,

a primeira etapa de obras do ae-ródromo de Bento Gonçalves vai sair do papel. Após licitar a em-presa, nesta semana foi liberada a ordem de serviço para que o asfaltamento da pista possa ser realizado. As obras devem come-çar na próxima segunda-feira, 23 e a empresa vencedora da li-citação, Concresul, tem prazo de conclusão de sete meses. Além do asfaltamento da pista, no pro-jeto de quase R$ 4mi também está inclusa a complementação da zona neutra, assim como a pa-vimentação do local de estacio-namento das aeronaves.

O presidente do aeroclube de Bento Gonçalves, Flávio Savaris, comemora a chegada desta e eta-pa e diz que a cidade está cada vez mais perto de ver a obra concluí-da. Segundo ele, esta é uma das iniciativas que beneficiará o mu-nicípio como um todo. “Demo-rou, mas conseguimos. A batalha foi a cada dia para que o projeto

A Agência Nacional de Avia-ção Civil (Anac) ainda não classificou o aeródromo, tam-pouco foram determinados os modelos de aeronaves que po-dem pousar no local. Savaris explica que assim que as obras forem finalizadas, a Anac fará uma análise para identificar as medidas e condições da pista para dar o seu aval.

“Precisamos esperar a con-clusão da obra para poder di-zer quem pode ou não pousar aqui, contudo acredito que apenas aviões de pequeno e médio porte terão a autori-zação e a capacidade máxima deve ser de 40 passageiros. Isso tendo em vista a largu-ra da pista que não seria su-ficiente para as asas de uma aeronave grande”, palpita. A pista tem 23 metros de largu-ra e 1,4 mil de comprimento.

Enfim, as obras

Estimativa de conclusão da primeira etapa é de sete meses, enquanto a segunda deve ter licitação aberta em breve

Anac ainda não classificou a pista de pouso

Aeródromo terá terceira etapa de obra

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Investidor valorGoverno Federal R$ 2.116,00Prefeitura R$ 1.478,00Iniciativa privada R$ 400,00Total R$ 3.994,00

Valor da primeira etapa de obras

Vitória [email protected]

Os primeiros demarcadores de pista já foram colocados no local

Segundo o secretário de Go-verno, Enio de Paris, uma ter-ceira etapa para a instalação já está sendo estudada que é a construção do acesso ao ae-ródromo. De acordo com ele, não será utilizada a entrada existente, haverá a abertura de uma nova no lado oposto de onde é hoje.

Este projeto, no entanto ain-da não foi começado, mas não deve esperar a finalização das demais etapas para ser inicia-do. O secretário diz que ele será desenvolvido nos mes-mos moldes das outras duas etapas. “Ainda precisamos passar por todas as etapas bu-rocráticas de licitação, entre-tanto queremos desenvolver o projeto enquanto as outras duas etapas seguem, para que não demore muito e tudo fique pronto”, afirma.

estivesse dentro do que estipula a lei e para que a verba não fosse perdida. Parece que tivemos êxi-to, agora podemos trabalhar nas próximas etapas”, afirma.

Os impasses enfrentados nos últimos seis meses envolveram o procurador de justiça, Ale-xandre Schneider, que abriu um inquérito civil para investi-gar a aplicação da verba pública em uma área que era privada, pertencente ao aeroclube. “Para que o aeródromo pudesse fun-cionar, o local não poderia ter nenhum vínculo particular, fazendo com que o aeroclube tivesse que doar o terreno para a união que, por sua vez, repas-sou para o município”, esclare-ce Savaris.

A segunda etapa

Enquanto as obras da primei-ra etapa ocorrem, os trâmites burocráticos da segunda etapa são resolvidos. O próximo passo da instalação consiste na cons-trução do terminal de passagei-ros, cujo projeto para a licitação já está pronto, conforme Savaris.

“O projeto do terminal de passa-geiros já está pronto, no entanto ainda precisa de uma avaliação técnica para poder ser licitado. Enquanto a obra do aeródromo segue, a segunda etapa vai ser licitada e a empresa escolhida, as obras devem começar ainda antes de as outras acabarem”, estima.

Aeroclube

Em virtude das obras, o aero-clube, que tem suas atividades no local, não poderá funcionar pelos próximos sete meses. Nes-te período a escola de pilotos particulares paralisará suas ativi-dades, enquanto que a escola de planadores será transferida para Veranópolis. “Nós já emitimos os documentos necessários para que isso ocorra e também uma homologação para que aqueles que têm aeronaves particulares no local façam a retirada”, desta-ca. Caso a obra perdure por mais de sete meses, será necessário emitir uma prorrogação de inter-dição do aeroclube pelo tempo que ainda for necessário.

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O inquérito civil aberto no Ministério Público Federal pelo promotor Alexandre Sch-neider ainda não foi encerrado. A investigação sobre o inves-timento de verba pública em imóvel particular ainda corre, porém está em tramitação de encerramento, já que falta fa-zer apenas o Termo de Ajuste de Conduta (TAC).

Procurado pelo Semanário, o procurador Alexandre não quis dar entrevista e disse que não se manifestaria mais sobre o caso. Ele sugeriu que con-versássemos com o promotor Bruno Alexandre Gütschow, que também está cuidando do caso. Este, no entanto, não foi localizado. Porém, mesmo com as negativas dos procuradores, o secretário de Governo, Enio De Paris, garantiu que todas as tramitações legais para que a obra inicie estão dentro da legalidade. “Era necessária à licença e a liberação da verba da Caixa Econômica Fede-ral e isso nós temos. Não há nada que impeça o começo das obras”, garante.

“Se o aeródromo estivesse pron-to nesta semana, os empresários que estão vindo para a Fimma po-deriam utilizar. Isso sem falar da segurança e da economia de tem-po. Mas, paciência, o utilizaremos no próximo ano, em outras feiras. Alguns dizem que poucas pessoas serão beneficiadas, contudo estes poucos chegam à Bento com o ob-

jetivo de negociações, motivando crescimento econômico e, inclusive, turístico”. Ivo Cansan, presidente da Movergs.

“Se isto for trazer desenvolvimen-to econômico para a cidade, então acredito que todos serão be-neficiados, em seus devidos setores e em suas devidas proporções”. Marcos Car-bone, presi-dente do CDL.

“Agora que sabemos que as obras iniciarão, encaminharemos um pro-jeto para a construção de um hangar com capacida-de para três aeronaves, vamos fazer a empresa crescer. Além disso, pre-tendemos trazer uma filial da empresa de táxi aéreo, Bertax, que pode atuar juntamente ao aeródro-mo”. Paulo Caleffi, um dos diretores da Ber-tolini Transportes.

“Sempre que há um investimento em infraestrutu-ra é porque benefícios serão vistos logo adiante. Com certeza isso vai diferenciar a cidade das demais e pode ajudar a atrair mais empre-sas e negócios colocando a economia do município em ascensão. Isso sem contar os benefícios que as empre-sas já instaladas aqui terão para deslocamento”. Hen-rique Tecchio, presiden-te do Sindmóveis.

Promotoria ainda não concluiu inquérito civil “É o símbolo do desenvolvimento”

DIVU

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De Paris, secretário de Governo

Sábado, 14 de março de 2015 11Geral

De Paris ressalta que o pre-feito Guilherme Pasin partici-pou de reuniões e audiências públicas com os procuradores para acertar tudo o que fosse necessário para dar continui-dade e o projeto não ficasse parado ainda mais tempo. “Os procuradores têm sido coe-rentes e feito um trabalho em conjunto com o Poder Público Municipal. Agora estamos em uma fase final. Vamos realizar o TAC e aí o processo poderá ser encerrado”, completa.

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Sábado, 14 de março de 201512 Geral

Empresários inauguram Associação Pró-Autistas Conquistar

Após um ano sem atendi-mento especializado, os

autistas de Bento Gonçalves po-derão voltar a frequentar a Gota d’Água, que agora ganhou o nome de Associação Pró-Autis-tas Conquistar (Apac). A entida-de foi assumida pelos empresá-rios que compõem a diretoria da 24ª ExpoBento e vai retomar as atividades nesta segunda-feira, 16. No início, serão apenas nas segundas, quartas e sextas-fei-ras, no entanto a ideia é traba-lhar diariamente.

O ex-presidente da Feira e agora presidente da Apac, Ra-fael De Toni, diz que se sente muito gratificado em poder ajudar. Ele conta que não co-nhecia a realidade dos autis-tas da cidade e que a partir de agora vai batalhar pela causa. “Quando o Luiz Felipe Scolari esteve em Bento Gonçalves, na

Voltam os atendimentos

Diretoria da 24ª Expobento assumiu a antiga Gota d’Água e reabre o espaço nesta segunda-feira, 16, dando oportunidade para que os frequentadores voltem a ter assistência especial na casa

Vitória [email protected]

24ª ExpoBento, ele não cobrou o seu cachê e disse que a visita dele seria ainda mais importan-te se usássemos o dinheiro para fazer uma doação para alguma instituição. Tomamos conhe-cimento da situação da Gota d’Água, optamos por ajudá-la”, relata. O que De Toni não sabia, é que a ajuda que eles dariam para a entidade, seria mais do que apenas uma doação.

Em reunião com o Poder Pú-blico municipal, ele diz que sur-giu a ideia de os empresários as-sumirem o local, que estava sem atividade há um ano. Contudo, os pais dos alunos precisariam aceitar a mudança. “Nós aceita-mos o desafio e, com o auxílio da Prefeitura acreditamos que se-ria possível reerguer a institui-ção. O próximo passo foi fazer uma assembleia com os pais dos 20 alunos e saber qual era a sua opinião, felizmente eles concor-daram e então era só começar o trabalho”, conta.

Finanças

Após visitas no antigo prédio da Gota, os empresários opta-ram por fazer algumas refor-mas, para deixar o local ade-quado para receber os autistas. Outra preocupação seriam os profissionais. De Toni frisa a importância de ter pessoas qua-lificadas para trabalhar com au-tistas. “A solução se deu em uma parceria com o Poder Público. Eles nos cedem os profissionais para atender, pagam as contas básicas prediais, como água e luz e também nos disponibiliza-ram transporte para que os alu-nos não tenham problema com mobilidade”, aponta.

De Toni diz que mesmo com o auxílio da Prefeitura, o obje-tivo é fazer com que a entidade se mantenha financeiramente sozinha e, para isso, eventos beneficentes serão realizados, assim como outras iniciativas. “Eu estou muito feliz em fa-

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Empresários inauguram Associação Pró-Autistas ConquistarDiretoria da 24ª Expobento assumiu a antiga Gota d’Água e reabre o espaço nesta segunda-feira, 16, dando oportunidade para que os frequentadores voltem a ter assistência especial na casa

CRISTIAN

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Anita tem na parede as duas pinturas que Luciano fez com os colegas

Sábado, 14 de março de 2015 13Geral

zer parte disso. Vamos fazer funcionar e se conseguirmos administrar a associação qua-se como uma empresa sei que dará certo”, finaliza.

Alegria e alívio pelo retorno

Uma das principais ativistas da causa autista em Bento Gonçal-ves e fundadora da Gota d’Água, Anita Smalti, conta que não sabe como expressar tanta felicidade em ver a associação voltar a abrir as portas. “Aceitar esse desafio foi um gesto muito nobre por parte dos empresários. Eles são pessoas que não precisariam se preocupar com isso, mas vesti-ram a camisa e tenho certeza de que vão usar seu conhecimento em empreender para adminis-trar a nova entidade da melhor forma possível”, afirma.

Segundo ela, depois de tantos impasses, será possível que seu filho Luciano volte a ter aten-

dimento especializado assim como todos os colegas, já que a parada de 2014 fez com que os autistas regredissem em seu tratamento. “As diferenças do Luciano são visíveis. Primeiro porque ele perde a noção de ro-tina que ele tinha adquirido an-tes, depois ele tem menos con-tatos com pessoas diferentes, está mais teimoso, não caminha tanto quanto precisava, não res-ponde aos estímulos como res-pondia antes”, explica.

A mãe diz que tentou prosse-guir com os trabalhos e ativida-des que antes ele aprendia na Gota, contudo, a realização em casa não apresenta os mesmo resultados. “Eu não sou uma profissional e, mesmo com tan-tos anos de experiência com pes-soas autistas, não é a mesma coi-sa do que ter o atendimento por alguém profissionalizado. Sem eles fica mais difícil”, destaca. Luciano, de 23 anos, é um autis-ta tranquilo. Segundo a mãe, ele

não é agressivo e pode sair para fazer passeios no Centro e em outros lugares, mas estes devem ser breves, pois ele não aguenta caminhar por muito tempo. “Eu tenho sorte, porque muitos ou-tros autistas que frequentavam a Gota tinham graus mais sérios da deficiência”, lembra.

A mãe conta enfrentar proble-mas de mobilidade, que devem diminuir com a volta às aulas. “Ele já foi classificado como obeso, eu controlo a sua alimen-tação, mas quando se fica quase o dia todo sentado, é mais difícil perder peso. Agora, quando re-tornarem as aulas ele vai se mo-vimentar mais, vai para lugares diferentes e, com certeza vai fi-car mais feliz”, finaliza.

Quanto ao fechamento da Gota, Anita diz estar decepcionada com as pessoas que administravam o local, e que não aceitaram ajuda no momento em que mais preci-savam. “Infelizmente, não eram as pessoas certas”, lamenta.

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Sábado, 14 de março de 201514 Geral

Trânsito pensado para os próximos 20 anos

Fazer previsões sobre o fu-turo não é uma ciência

exata, porém, não é necessá-rio possuir poderes de adivi-nhação para pressupor que o destino da mobilidade urbana em Bento Gonçalves não é o mais animador dos cenários. O número de habitantes, imó-veis e automóveis na cidade cresceu significativamente na última década, enquanto às mudanças que deveriam acompanhar esse desenvolvi-mento não passaram de alte-rações pontuais.

Na tentativa de reverter o quadro, na quinta-feira, 12, o Poder Público divulgou, em re-união com a comunidade, rea-lizada na Fundação Casa das Artes, as primeiras etapas do Plano de Mobilidade Urbana. O documento será responsável por todas as futuras alterações

na malha viária da cidade. Tendo prazo de 20 anos

para conclusão, o documento será o resultado de um con-junto de políticas que visam proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço ur-bano através da priorização dos transportes coletivos.

As fases do projeto foram apresentadas pelo arquiteto Marcelo Arioli Rech, repre-sentante da empresa Plural, vencedora do processo lici-tatório para criação do docu-mento. Durante a reunião, que foi repleta de duras críticas e questionamentos por parte dos cerca de 200 presentes, te-mas como vias problemáticas, situação das calçadas, cruza-mentos perigosos, iluminação, acostamento e sinalização fo-ram discutidos.

“Se não contemplarmos vias alternativas para desafogar o tráfego na área central e vol-tarmos a nos ater a alternativas

pontuais, estaremos andando em círculos. Nossa cidade se resume a quatro ruas, e se não descentralizarmos o tráfego, o plano será falho”, explica o motorista André Massuti.

O trabalho da empresa con-tratada pelo município come-çou em outubro de 2014 e tem previsão de ser concluído em um ano. Em cinco meses, foram concluídas as fases de levanta-mento e análise de dados refe-rente à mobilidade e circulação e ao transporte coletivo. A etapa atual é a Leitura Comunitária, onde são realizadas audiências públicas, e o recolhimento de dados em vias externas.

Durante a reunião, o prefei-to Guilherme Pasin destacou a importância do documento.

“Uma cidade precisa pas-sar por planejamento, não mudanças pontuais. O plano vem justamente para decidir-mos para aonde queremos ir, e onde podemos chegar”, diz.

Mobilidade urbana

Prefeitura realiza reunião pública para discutir principais problemas viários

Cristiano Migongeral [email protected]

[email protected]

DenisedaRé

A lista de Zavascki Está explicado! Todos são inocentes. A culpa é do

nome, que tem força, poder, vibração. Não é fácil fugir desta sina, afinal o DNA das letras é decisivo. Leiam a fábula a seguir e tirem suas próprias conclusões:

Era uma vez um LOBÃO que, enjoado da mesmice (mingau de vovó já era), estava a fim de papar Dona ANASTASIA, personagem da história do Picapau Amarelo. Enquanto esperava, resolveu tocar sua LIRA junto a um pé de NOGUEIRA, lá, na selva do MARA-NHÃO, onde prolifera muito piolho e SARNEY.

Aí apareceu um CAMELI louco de sede, que se deliciou na FONTE próxima, onde uma BEZERRA aguardava sua vez de ter a pata molhada. Mas a FONTE era só a ponta do iceberg. Embaixo do solo corria um lençol d’água, praticamente de seda pura, que desembocava num RIBEIRO. Todos os quadrú-pedes estavam de olho naquilo, inclusive o rei LEÃO, que almejava ser o deus do OLÍMPIO e que FARIA o impossível para consegui-lo. Mas não era MOLLING resistir ao assédio dos olheiros, interessados no pre-cioso líquido. Aí outro LEÃO meteu o BOTELHO:

-Quem é o morfético, o lazarento que manda aqui? És tu, PIZOLLATTI?

O cara que pisava e latia ao mesmo tempo fi-cou em dúvida... SESSIM ele dissesse, teria que lutar para disputar o território premiado e talvez MEURER de tanta mordida. Já não era o CARLOS MAGNO de outros tempos, capaz de conquistar novos impérios a cada dia. Sem contar que dois LAZZARO e um LOUBET estavam na parada. E havia também os coiotes à espreita, atrás de um NEGROMONTE, que logo, logo, poriam as man-guitas de fora. Melhor não cutucar a onça com vara da marMELLO colorida.

Assim, tudo CORRÊA na maior tranqüilidade até que um bicho de goiaba, preocupado com grande ameaça de agrotóxico, saiu de dentro e abanou com um lencinho branco. Para garantir sua sobrevivên-cia, foi citando um a um os envolvidos no RAUPP do aqueduto. Suuuurpresa! Apareceram vermes, traças, cupins, bichos-de-pé, além de um importante molus-co... O bicharedo havia ajudado a abrir as comportas, e a água, jorrado para dentro dos suas represas.

O resto dos habitantes daquela mata desencan-tada, que, na verdade, era a maioria, continuou a carregar o país nas COSTA... Mas “de tanto levar frechada no coração”, mandou seus representan-tes hierarquicamente constituídos e empossados tomar no CUNHA, com PALOCCI e tudo.

O trabalho de investigação anda com muita VAC-CAREZZA, ora enredado em LINHARES, ora preso em ARGÔLO de parentes, com uns dizendo “SPE-RAFICO”, outros declarando, “não espera que não fico, nem com banda do SANDES JÚNIOR”.

Até o presente momento não se sabe quem foi o MENTOR. Eu, particularmente, desconfio do Fa-brício Melgaço... O bom é que ainda vai render muitos cliques! Cruzes!

PS: Não houve espaço para mais Calheiros. Tive-ram muita sorte nesta sexta, treze.

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Sábado, 14 de março de 2015 15Geral

Caminhada contra a corrupção

Na tarde deste domingo, 15, o Centro da cidade deve

ser marcado pelas cores da bandeira do Brasil. O motivo é a organização de uma manifes-tação que faz parte da corrente de protestos que deve ocor-rer em todo País. O objetivo é marchar contra a corrupção na política, a impunidade, contra o controle da imprensa e, prin-cipalmente, contra o governo do Partido dos Trabalhadores.

Segundo Mare Saratt, uma das organizadoras, os manifestantes irão se encontrar na Osvaldo Aranha, próximo à rodoviária e se dirigirão à Via Del Vino conforme ficou acertado em reunião com os órgãos de segu-rança. Quase quatro mil pessoas já confirmaram presença em evento marcado no facebook.

Protesto em Bento

Ação contra a impunidade dos políticos e as medidas do Governo Federal será amanhã, com saída da rodoviária às 16h

Vitória [email protected] O posicionamento dos partidos

“Somos favoráveis às reivindicações da população, mas precisamos avaliar o que estamos solicitando, já que não existem motivações concre-tas para pedir um impeachment”. Carlos Perizzolo, presidente do PP.

“Não vamos assumir a frente de nenhuma manifestação em Bento. É po-sitivo quando alguém vai às ruas, mas estamos longe e somos pequenos, talvez os efeitos não surjam. Porém, de forma pessoal e sem partido algum, os filiados podem ir às ruas sim”. Orildes Lottici, presidente do PSDB.

“Podemos ir às ruas sim, mas como pessoas e não como um partido. É muito favorável ter atitudes como esta para que possamos pedir justiça em todas as esferas”. César Gabardo, presidente do PMDB.

“O Brasil está atravessando um momento difícil e é salutar que a população demonstre esta inconformidade. Sou inclusive a favor do impeachment, o problema é que se perdeu a confiança. Precisamos

“Estamos recebendo, inclusive, o apoio de pessoas de cidades vizinhas, onde não ocorrerá ma-nifestação, elas se deslocarão até aqui para protestar”, afirma

Outro organizador, Leonar-

do Caleffi, afirma ter convicção de que o protesto trará resulta-dos. “Nós discutimos bastante sobre o impeachment no gru-po. Primeiro batalharíamos por isso, mas depois mudamos

o nome do evento para ‘Chega de Corrupção’, talvez seja uma maneira melhor de mobilizar as pessoas”, destaca.

A Brigada Militar deve traba-lhar na segurança. No evento

da internet, Mare e Caleffi in-formam que nenhum tipo de medida violenta será aceita e su-gerem aos participantes que se vistam com as cores da bandeira do Brasil e que pintem os rostos.

de uma reforma com base em valores éticos”. Evandro Esperanza, presidente do PDT.

Os representantes do PT de Bento Gonçalves não atenderam os telefonemas da redação.

ROBSO

N B. O

LIVEIRA, A

RQU

IVO

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Sábado, 14 de março de 201516 Geral

CPI da Câmara

Objetivo é ampliar investigação sobre o concurso, mas, para ser instalada, precisa da assinatura de mais três vereadores

Para apurar as denúncias sobre o possível favo-recimento no concur-

so da Câmara, realizado em novembro do ano passado, o vereador Moacir Antônio Ca-merini (PT) encaminhou um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de In-quérito (CPI). Para ser proto-colada, porém, é necessária a assinatura de, pelo menos, um terço dos parlamentares. Ou seja, seis vereadores pre-cisam se posicionar a favor da abertura do inquérito – até o momento, três já assinaram.

O Ministério Público Esta-dual (MP) já está realizando uma investigação sobre o caso, mas, para Camerini, é funda-mental que a Câmara de Verea-dores também averigue as irre-gularidades. “São investigações paralelas, uma complementa a outra. Quem sabe, com a CPI, a gente descubra mais detalhes que podem ajudar o MP e na hora do julgamento, é uma base a mais”, comenta.

Camerini já iniciou a co-leta de assinaturas e, até o momento, os vereadores Val-demir Antônio Marini (PT) e Neilene Luneli Cristófoli (PT) se posicionaram a favor. Se outros três vereadores assi-narem o pedido, ele será pro-tocolado e o presidente Val-decir Rubbo (PDT) tem até cinco dias para dar abertura à CPI. Camerini afirma que re-forçará o pedido na sessão da câmara de segunda-feira, 16.

De acordo com o parlamen-tar, a investigação é impor-tante, pois o fato repercurte negativamente para a imagem da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves. “Sabemos que foi tudo terceirizado e é só a empresa que está sendo investigada, mas precisamos

Silvia [email protected]

Corrida para colher assinaturas

Parlamentar

Carlos Roberto Pozza (PP)

Gilmar Pessutto (PSDB)

Leopoldo Be-natti (PTB)

Marcos Rodri-gues Barbosa (PRB)

Valdemir Antô-nio Marini (PT)

Marlen Lucilene Pelicioli (PPS)

Neilene Lune-li Cristófoli (PT)

Moisés Scussel Neto (PMDB)

Jocelito Leo-nardo Tonietto (PDT)

Marcio Pilloti (PMDB)

Clemente Mie-znikowski (PDT)

Contraa CPI

Não definiu posição

Contra

Contra

A favor

Não definiu posição

A favor

Contra

Não definiu posição

Contra

Não definiu posição

“O MP já está apurando isso, não é da nossa competência e acredito que não devemos interferir.”

“Ainda não parei para pensar, te-rei que verificar melhor. Não é de uma hora para outra que se faz isso, precisamos analisar melhor o que é sugerido.”

“Não tenho a denúncia em mãos e acredito que o MP tem mais poder do que nós para trabalhar nisso.”

“Acho melhor esperar um pouco mais, pois os fatos precisam ser me-lhor esclarecidos. É muito cedo pa-ra pedir uma CPI, pois o MP ainda está investigando.”

“Precisamos averiguar isso, pois é um caso importante. Apesar de ser denúncia contra a empresa, suja o nome da câmara. Tem que haver uma CPI.”

“Como também fiz o concurso, es-tou analisando se posso intervir, pe-la questão da legalidade. E ainda não conversei com o partido sobre a nossa posição.”

“Se houve denúncia de irregularida-des, por que não investigar? É sem-pre válido, principalmente porque a empresa já esteve envolvida em ou-tras fraudes. Tem que ser revisto.”

“Sou contra, em virtude da manei-ra como tem se portado o vereador Camerini e porque, geralmente, suas ações viram autopromoção.”

“Como é um caso recente, quero me inteirar mais sobre o assunto e conversar com o partido para ver nossa posição.”

“Não há necessidade, pois foi tudo terceirizado e é a empresa que está sendo investigada. Não tem nada a ver com a Câmara.”

“Passei a semana acompanhando o Congresso da UVB. Vou analisar a solicitação na segunda-feira.”

nos envolver mesmo assim. Até porque, em virtude do que já foi divulgado na imprensa, estamos fazendo algumas ob-servações e em concursos rea-lizados em 2009 também há indícios de que houve favoreci-mento”, opina.

O presidente Rubbo afirma que não teve acesso ao pedido da CPI proposto por Camerini e aguarda mais informações para se manifestar contra ou a favor. “É preciso apresentar fatos concretos. Tenho pilhas de denúncias aqui, mas não temos como ir atrás de todas elas. Preciso de indícios con-cretos para analisar melhor a situação”, finaliza.

Denúncia feita antes das provas

A denúncia de favorecimen-to no concurso, realizado pela empresa IDRH Concursos, chegou ao MP em novembro de 2014, antes mesmo da rea-lização das provas. O docu-mento acusatório, enviado de forma anônima ao órgão, tra-zia informações de que have-ria candidatos que já tinham certeza da sua aprovação.

A denúncia foi feita por

*A reportagem do Semanário não conseguiu contato com os verea-dores Adelino Cainelli (PP), Adriano Souza Nunes (PPS), Paulo Rober-to Cavalli (PT) e Vanderlei Santos (PP)

Pedido para abertura do inquérito será reforçado na sessão do dia 16

uma pessoa que trabalhou na câmara, provavelmente como cargo de confiança de um dos parlamentares. No relato, o denunciante cita irregulari-dades ocorridas também no concurso feito em 2009.

No concurso realizado em novembro de 2014, o docu-mento cita três assessores do presidente Rubbo, que seriam os beneficiados no concurso. O denunciante alega que os assessores não teriam conhe-cimento suficiente para fica-rem em primeiro lugar nos cargos disputados. Entre os nomes citados, um foi o me-lhor colocado no cargo em que disputou, enquanto ou-tro ficou em segundo lugar. O terceiro assessor não aparece na lista de classificação ao cargo citado na denúncia.

O promotor Alécio Noguei-ra, que investiga o caso, afir-ma que a denúncia precisa ser averiguada, mesmo que não tivesse nenhum fundamento. O inquérito está na sua fase inicial, onde pedidos de infor-mações foram enviados para a Câmara de Vereadores, por isso ele afirma que ainda não é possível tomar qualquer po-sição em relação a tais fatos.

ARQ

UIVO

Posição Justificativa

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Sábado, 14 de março de 201518 Obituário/Publ. Legais

Falecimentos

HEITOR CARLOS BATISTI, no dia 04 de Março de 2015. Natural de Estrela, RS, era filho de Lodovico Batisti e Maria Batisti e tinha 86 anos.

DIONYSIO RIBEIRO DO SACRAMENTO, no dia 04 de Março de 2015. Natural de Campo do meio, RS, era filho de João Ribeiro do Sacramento e Cezira Poyer e tinha 89 anos.

GENARINO MECCA, no dia 05 de Março de 2015. Natural de Severiano de Almeira, RS, era filho de Eugenio Mecca e Leonor Brandão Mecca e tinha 75 anos.

ALENY ROSA DAL PONTE ROMAIS, no dia 07 de Março de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Ricardo Leone Dal Ponte e Elisa Dal Mas Dal Ponte e tinha 89 anos.

ELEI VALDUGA, no dia 07 de Março de 2015. Natural de Arroio do Meio, RS, era filho de Guilherme Valduga e Augusta Fraporti Valduga e tinha 74 anos.

JOÃO BATISTA MAZUI SALDANHA, no dia 08 de Março de 2015. Natural de Quaraá, RS, era filho de João Saldanha e Geni Mazui Saldanha e tinha 46 anos.

JOSÉ ANTÔNIO ROMAGNA, no dia 08 de Março de 2015. Natural de B en to Gonçalves, RS, era filho de Vittorino Romagna e Petronilda Guerra Romagna e tinha 57 anos.

PEDRO PAULO POMIECINSKI, no dia 08 de Março de 2015. Natural de Guaporé, RS, era filho de Antonio Pomiecinski e Thereza Smieski e tinha 74 anos.

JESSIE DE BITTENCOURT DA CRUZ, no dia 08 de Março de 2015. Natural de São Leopoldo, RS, era filha de Lydio Bittencourt e Paulina Eliza Emma Sthrez Bittencourt e tinha 96 anos.

CLAUDINEI JOSÉ LEGRAMANTI, no dia 09 de Março de 2015. Natural de Pérola d’ Oeste, RS, era filho de Darci Legramanti e Tereza Fogliato Legramanti e tinha 43 anos.

IGNES SASSO, no dia 08 de Março de 2015. Natural de Veranópolis, RS, era filha de Darci Benatto e Francisca Lacerda e tinha 77 anos.

DÉLCI ORBACH, no dia 09 de Março de 2015. Natural de Encantado, RS, era filho de Bazilio Orbach e Olivia de Vargas Orbach e tinha 73 anos.

IDA PIERINA PERIOLO VIVAN, no dia 10 de Março de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Luiz Periolo e Maria de Bacco Periolo e tinha 86 anos.

NEDI SOARES, no dia 10 de Março de 2015. Natural de Barros Cassal, RS, era filho de Natalina Soares Maciel e tinha 63 anos.

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Sábado, 14 de março de 2015 19Obituário/Publicações Legais

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Sábado, 14 de março de 201520 Segurança

Violência doméstica

Mais proteção para as mulheresSemana teve a sanção da Lei do Feminicídio e debate municipal para reestruturação da Rede de Proteção às Mulheres

Leonardo [email protected]

Sétimo país onde mais se mata mulheres no mundo, o

Brasil passa a contar com uma legislação mais dura para punir esse tipo de crime. A presidente Dilma Rousseff sancionou na segunda-feira, 9 de março, a chamada “Lei do Feminicídio”, que transformou em crime he-diondo o assassinato de mu-lheres por razão de gênero. Em Bento Gonçalves, um encontro na Câmara de Vereadores dis-cutiu, na sexta-feira, formas de reestruturar e melhorar a Rede de Proteção à Mulher.

O termo femicídio represen-ta o homicídio de qualquer mulher em qualquer hipótese. O que a nova lei criou é a figura do feminicídio, que consiste no homicídio contra a mulher por razões da condição de sexo fe-minino, o que ocorrerá quando se tratar de violência domésti-ca e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher. “A lei transformou

Resposta rápida

BM captura assaltantes de joalheria

este tipo de crime em um ho-micídio qualificado e com uma pena mínima de 12 anos, o que é uma pena considerada ele-vada. Fora isso, também foi declarado como um crime he-diondo, que são crimes em que a pena precisa ser cumprida integralmente em regime fe-chado”, explicou a juíza Valé-ria Neves Wilhelm, da 2ª Vara Criminal de Bento Gonçalves.

A lei também aponta como agravante do crime, e assim podendo aumentar de um ter-ço até a metade, caso o femini-cídio seja praticado durante a gestação ou nos três meses pos-teriores ao parto; contra pes-soa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência; e na presença de descendente ou ascendente da vítima.

Apesar dos números de vio-lência contra a mulher na ci-dade serem considerados ele-vados, são aproximadamente três ocorrências registradas por dia, os feminicídios são raros. “Ao menos desde minha chegada à Comarca de Bento

Encontro na Câmara de Vereadores buscou melhora no atendimento

Gonçalves , o que se deu em março do ano passado, ainda não recebi nenhum inquéri-to policial referente à questão específica de feminicídio ou homicídio motivado por ques-tão de gênero. O que já houve, neste meio-tempo, foram ocor-rências de tentativa de homi-cídio no ambiente doméstico”, comentou o promotor criminal Eduardo Lumertz.

Encontro foca no acolhimento as vítimas

Na sexta-feira, 13, um encontro da Câmara de Vereadores deba-teu alternativas para a reestrutu-ração da Rede de Proteção à Mu-lher no município. Participaram representantes do Poder Munici-pal, do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Civil. “A nos-sa principal colaboração foi tra-

zer os números e mostrar que a violência doméstica está presen-te. Bento é apontada como uma das cidades gaúchas com maior índice de violência doméstica e familiar. Com o Policiamento Co-munitário atuamos na prevenção e buscamos uma solução ou, pelo menos, uma mudança no com-portamento dos homens, que são os principais agressores”, ressal-tou a delegada Deise Salton Bran-che, que assume interinamente a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM).

Apenas neste ano já foram registradas mais de 300 ocor-rências da Lei Maria da Penha. O debate buscava tornar o aten-dimento mais acolhedor e com-pleto para as vítimas, apesar da falta de recursos humanos. “Pro-tegendo a mulher estamos pro-tegendo a sociedade como um todo. Percebemos a educação de uma sociedade pela forma como ela trata as suas pessoas. Princi-palmente as mulheres, pois são elas que vão criar seus filhos e necessitam desse tratamento”, destacou a juíza Valéria.

LEON

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Uma rápida mobilização da Brigada Militar resultou na prisão de dois assaltantes na tarde de quinta-feira, 12. O cri-me ocorreu em uma joalheria de Garibaldi e a prisão em uma estrada vicinal na Linha Bura-ti, interior de Farroupilha.

Conforme as informações da Brigada Militar, uma fun-cionária abria a ótica e relo-joaria da avenida Rio Branco, centro de Garibaldi, por volta das 13h30min, quando foi sur-preendida por dois criminosos. A dupla saqueou a loja e fugiu em um veículo EcoSport, com placas de Farroupilha, que es-tava em situação de roubo.

Em um posto de combustí-vel da RSC-470, os criminosos teriam abandonado a caminho-nete e prosseguiram a fuga em um Golf prata. O veículo foi interceptado em uma estrada vicinal da RSC-453 na Linha Buratti. Houve confrontos e dois indivíduos foram presos.

Além do material roubado, um revólver calibre .38 foi apreendido

Outros dois suspeitos consegui-ram escapar e se refugiar nas matas da região. Foram apreen-didos um revólver calibre .38 e todo o material roubado.

O flagrante foi lavrado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Ben-to Gonçalves. Fabricio Paes de Matos, 26 anos, possui três

folhas de antecedentes crimi-nais, principalmente com fur-tos e roubos, e estava foragido da comarca de Novo Hambur-go. O outro indiciado, Marcelo Martins, 34, é natural de Ben-to Gonçalves e possui apenas uma passagem por estelionato. Ambos tiveram a prisão pre-ventiva decretada.

BRIGA

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Cinco homens armados com revólveres e facas assaltaram uma resi-dência às margens da RSC-453 em Garibaldi na noite de quarta-feira, 11. Conforme as informações da Brigada Militar, a guarnição foi aciona-da por volta das 20h30min. A vítima relatou que cinco homens, armados com pelo menos dois revólveres e duas facas, invadiram sua residência pedindo por armas e dinheiro. Eles usavam roupas escuras, luvas e ti-nham os rostos cobertos. Eles reviraram todos os cômodos da casa e fugiram levando uma espingarda calibre .12, um revólver calibre .38 e aproximadamente R$ 1,8 mil. Eles fugiram em um veículo Ka, com pla-cas de Bento Gonçalves, que pertence a vítima.

Quadrilha assalta residência em Garibaldi

O Corpo de Bombeiros de Bento Gonçalves combateu um incêndio a re-sidência no bairro Municipal na madrugada de quarta-feira, 11. Conforme o relato de atendimento, a guarnição foi acionada, por volta das 4h, na rua Balduíno Alegretti onde uma residência de aproximadamente 49m² estava em chamas. Foram utilizados 1,5 mil litros de água para evitar que as cha-mas se alastrassem para a vizinhança. A casa atingida teve queima total. A proprietária, uma idosa, estava dormindo na casa de uma filha. Não houve feridos no sinistro. A causa das chamas ainda precisa ser esclarecida.

Incêndio consome residência no Municipal

A Brigada Militar capturou um foragido do sistema prisional no final da manhã de sexta-feira, 13. O homem de 55 anos estaria perturbando a paz na Praça Walter Galassi. Durante a abordagem foi constatado que este esta-va em situação de foragido. Ele era apenado do regime aberto e deveria ter se apresentado no presídio no dia 25 de fevereiro, o que não foi feito. O ho-mem recebeu voz de prisão e foi conduzido para os devidos procedimentos.

Foragido é capturado em praça no Centro

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Sábado, 14 de março de 2015 21Segurança

11 de marçoPor volta das 17h50min, Dirceu da Sil-

va Porto, 65 anos, foi encontrado morto em sua residência na rua Fiorelo Bau, no final da rua Caxias do Sul. Ele foi assassi-nado com três disparos de arma de fogo e dois golpes de faca na região do tórax. A vítima não possuía antecedentes crimi-nais recentes. Porto era aposentado e mo-

rava sozinho. De acordo com os vizinhos, o idoso teria parentes em Farroupilha.

3 de março

12 de março

Adriano Cavalli, 38 anos, conhecido pelo apelido de Charolês, foi assassina-do em frente a sua residência na rua Ca-xias do Sul. Por volta das 20h50min, o carona de um Focus efetuou os disparos que atingiram a vítima na cabeça, pesco-ço e estômago. Charolês possuía antece-dentes criminais por estelionato, ameaça e lesão corporal. Conforme o depoimento de familiares, ele seria usuário de cocaína.

Durante a manhã, Tailon Nathan Côr-rea Pereira, 21 anos, foi baleado na ca-beça com dois tiros. Ele estaria dormindo quando foi chamado ao pátio de sua re-sidência, na rua Caxias do Sul, e baleado. Socorrido pelo Samu, ele faleceria 13 ho-ras mais tarde. Conhecido pelos apelidos de Quiquito e Santa Cruz, a vítima possuía uma extensa ficha criminal, com acusações e flagrantes por tráfi-co e posse de entorpecentes, furtos e receptação.

Violência no Glória

Três assassinatos em nove diasProximidades da rua Caxias do Sul foram palco de três homicídios com características de execução. Ninguém foi preso

Leonardo [email protected]

O bairro Glória virou o cen-tro da segurança públi-

ca em Bento Gonçalves. Três homicídios foram registrados em um período de nove dias, elevando para cinco o número de assassinatos na cidade em 2015. No ano passado, apenas um crime deste tipo havia sido registrado no bairro. Cabe aos órgãos de segurança pública explicar: O que está acontecen-do no Glória?

O temor se alastrou pela região com os ataques a Dir-ceu da Silva Porto, 65 anos, na quarta-feira, 11, e de Tai-lon Nathan Côrrea Pereira, 21 anos, na manhã de quinta, 12. Como semelhanças, os três homicídios foram praticados com armas de fogo e próxi-mos das residências das víti-mas, o que seriam caracterís-ticas de execuções.

A Brigada Militar, respon-sável pelo policiamento osten-sivo e a repressão dos crimes, procura entender a motivação dos homicídios para tentar evitar novos assassinatos. “Es-tamos fazendo um levanta-mento e procurando a relação existente. O crime de tráfico de drogas parece ser o fator pro-pulsor. Em um dos casos há uma informação concreta de que seria uma retaliação. Em outro há suspeita de um desen-tendimento a partir do tráfico. O terceiro teria relação com es-

Tailon N. C. Pereira chegou a ser socorrido com vida, porém não resistiu

CRISTIAN

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IGO

N

telionato”, comentou o capitão Diego Caetano de Souza, co-mandante da 1ª Companhia do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT).

Outro fato lembrado é que duas destas vítimas possuíam extensas fichas criminais. Po-rém, os esforços da Brigada são para devolver a sensação de segurança a comunidade. “Os olhos da segurança estão voltados para esta localidade, com o mapeamento e reforço do policiamento. Fazemos en-contros diários para analisar a criminalidade e estarmos sem-pre prontos para reagir. Obvia-mente o Glória nos chamou a atenção e o nosso serviço de inteligência está trabalhando”, garantiu o capitão Caetano.

Delegado não fala sobre as mortes

De acordo com uma divisão pré-estabelecida do município, a responsabilidade de investi-gação e esclarecimento das au-torias de crimes no bairro Gló-ria é da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP). Após a morte de Perei-ra, o setor de investigação teria identificado um suspeito e rea-lizado buscas, porém sem êxito.

Titular da 2ª DP, o delegado Álvaro Pacheco Becker foi pro-curado em quatro oportunida-des para falar sobre esta série de mortes, tanto pessoalmente como por telefone, porém se recusou a prestar qualquer co-mentário sobre o trabalho rea-lizado pela Polícia Civil.

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Sábado, 14 de março de 201522 Esporte

O ano de 2015 promete for-tes emoções para a equipe do Bento Gonçalves Futsal (BGF). A equipe, que começou sua preparação no início dde março, segue em ritmo forte de treinamentos. Tudo para chegar na Série Ouro do Futsal Gaúcho com uma equipe encai-xada e brigar pela classificação.

Na primeira semana do mês, foram dois turnos de treinos físicos, comandados pelo pre-parador Kelmo Bonatto. Na atual semana, os trabalhos se dividiram em físicos e táticos, conforme o técnico Vaner Flo-res, que já está na sua quinta temporada com a equipe. “A expectativa para essa tempora-da é colher ótimos resultados, até porque temos um grupo com vários jogadores daqui de Bento Gonçalves, e já estamos trabalhando juntos faz algum tempo, e com os reforços que chegaram, o grupo tem se mos-trado forte”, avalia.

Grupo pequeno, mas de qua-lidade. O entrosamento tem se mostrado bom, apesar do está-gio inicial da preparação. “Os

Rumo a Série Ouro

BGF segue preparação intensa e realiza amistoso

Vaner Flores comanda a equipe

O Alviazul depende de uma boa atuação do time diante da torcida

Divisão de Acesso

Esportivo precisa se recuperarTime enfrenta o Brasil-FA na segunda-feira, 16, às 20h, e depende da vitória para sair da situação incômoda da tabela

Geremias [email protected]

O Esportivo ainda não con-seguiu sua primeira vitó-

ria na Divisão de Acesso 2015, mas não foi por falta de esfor-ço em campo no último jogo. Na noite de quarta-feira, 11 de março, ficou no empate em 1 x 1 contra o valente time do Nova Prata. Continua na par-te debaixo da tabela de classi-ficação do grupo B, com dois pontos conquistados em três jogos. Mesmo assim, o Espor-tivo não pode se dar por ven-cido, palavras do presidente Luis Ozelame, após o jogo. “Temos que achar forças, es-tamos buscando mais atletas para reforçar o grupo. Quem somos nós para desanimar aqui no Esportivo?”, decla-rou. O treinador Rodrigo Car-

pegiani seguiu o discurso de que é preciso reforçar o grupo de jogadores. “Eu respondo pelos resultados, sou o trei-nador, eu que escalo o time, mas estamos trabalhando para melhorar isso”, enfati-zou Carpegiani.

A torcida começa a mostrar preocupação com a situação,

mas deve comparecer ao es-tádio do Parque da Montanha dos Vinhedos para apoiar o time. Ingressos de arquiban-cada para o jogo estarão à venda por R$ 20. Para estu-dantes, idosos e torcedor com a camisa do Esportivo estão à venda por R$ 10. Ingressos para cadeira custam R$ 30.

jogadores são inteligentes, têm sido fácil para eles assimilarem o nosso sistema de jogo, em média se leva uns dois meses para o grupo encaixar, vamos estar prontos para quando o campeonato começar, em 11 de abril”, projeta o treinador.

A estreia na Série Ouro está prevista para o dia 11 de abril. Nesta sexta-feira, 13, no pri-meiro de uma série de pelo menos quatro amistosos, a BGF venceu a equipe sub-20 da ACBF por 6 a 3, com gols de Silon, Paulo Renato, Piolho, Foppa e Kevin (2).

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Divisão de Acesso - Grupo A

1º Glória2º Nova Prata3º Panambi4º São Luiz5º Santo Ângelo6º Tupi7º Esportivo8º Brasil de Farroupilha

Ptos65544222

V 21111000

SG3310-1-1-2-3

GP 66651432

D02211222

E 22101111

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Sábado, 14 de março de 2015 23Esporte

Bento Vôlei joga pela liderança

Uma campanha impecável. Foram seis vitórias em seis

jogos. Para coroar isso e con-firmar de fato o primeiro lugar geral na fase de classificação da Superliga B, o Bento Vôlei/Isabela conta com o apoio da torcida no confronto contra o Sesi-SP, neste sábado, 14.

Esse é o pensamento de to-dos no clube, principalmente do técnico Fernando Rabelo, que fala sobre a representati-vidade da torcida. “A presença da torcida é muito importan-te, a nossa sempre nos apoiou muito, isso nos torna fortes, agradecemos o apoio e conta-mos ainda mais de agora em diante”, reconhece o treinador.

A equipe gaúcha, que tem o objetivo de retornar ao prin-cipal campeonato de Vôlei do Brasil, a Superliga, quer ga-rantir sua sétima vitória, e com isso a vantagem de ter os con-frontos decisivos dos playoffs em Bento Gonçalves. Os adver-sários da próxima fase serão

Superliga B

Equipe busca manter primeira colocação na fase de classificação para ter vantagem de decidir em casa nos playoffs

Com apoio da torcida, o time pretende manter sua invencibilidade

Geremias [email protected]

definidos após os resultados do cruzamento desta última rodada. Nos playoffs, todos se enfrentam: primeiro contra oi-tavo, segundo contra sétimo, e assim por diante. As quartas--de-final serão realizadas em 17 e 20 de março. Se cada uma das equipes vencer uma par-tida, haverá um terceiro jogo no domingo, 22 de março. As semifinais serão em 24 e 27 de março. Havendo necessidade, terceira partida no domingo, 29/3. A final será em jogo úni-co, dia 4 de abril, na casa do time com melhor campanha.

Para o jogo contra o Sesi--SP, o líbero Daniel pode ser a grande novidade, retornando depois de se recuperar de uma lesão no joelho. “O Daniel é muito importante para o gru-po, o retorno dele é fundamen-tal”, avalia Rabelo.

O capitão do time, Rafael Fantin, Dentinho, prega res-peito ao adversário e cuidado com o excesso de confiança. “Eu acho que tem que ser um fator decisivo, no entanto não podemos confundir confiança

Tabela Superliga B

1º Bento Vôlei/Isabela2º Sesi-SP 3º Santo André4º Sada Cruzeiro5º Barão/Blumenau 6º Três Corações7º Foz do Iguaçu8º UPIS/Brasília

Ptos 1513131110532

V 64434210

Sets Perd.88

101112141718

Sets Venc. 18151414131077

D02232456

com salto alto. A equipe está bem consciente dessa dife-rença, mas temos que apro-veitar a confiança dos jogado-res para estarmos ainda mais em alta. O clima está bom, de equipe serena e ciente dos ob-jetivos que ainda precisa con-quistar”, comenta.

Independente do placar con-tra o Sesi-SP, o Bento Vôlei deve jogar as primeiras parti-das da fase final fora e a segun-da em Bento Gonçalves, pois pela sua quantidade de pontos (15), não ficará abaixo da quar-ta colocação, por pior que seja o resultado do jogo.

O Bento Vôlei/Isabela está mais do que preparado para conquistar seu objetivo e che-gar com muita força aos pla-yoffs. A torcida, que sempre é lembrada, deve comparecer e apoiar a equipe. O jogo acon-tece no Ginásio Municipal de Bento Gonçalves. Os ingressos, à venda no local, custam R$ 10. Menores de 12 anos, maiores de 60 anos e alunos das categorias de base e do projeto social uni-formizados têm entrada franca.

CRISTIAN

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IGO

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Sábado, 14 de março de 201524