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IRRADIAÇÃO de SANGUE

SANGUE14659 COLSAN - ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE COLETA DE SANGUE SAO PAULO SP 04/06/2022 13935 FUND CENTRO HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DE MINAS GERAIS BELO HORIZONTE MG 07/07/2021 15868

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  • IRRADIAÇÃO

    de

    SANGUE

  • APRESENTAÇÃO

    José Carlos BORGES

    METROBRAS METROLOGIA DAS RADIAÇÕES IONISANTES Ltda.

    FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE RIBEIRÃO PRETO

    [email protected]

  • Prevenção de uma Reação Transfusional

    DoençaEnxerto-Versus-HospedeiroAssociada à Transfusão - DEVH – AT

    TA-GVHDTransfusion Associated Graft-Versus-HostDisease

  • Histórico

    1955-Shimodadescreveu,pelaprimeiravez,aocorrênciade

    Eritrodermia pós-operatória (POE)

    12casos-Erupçõescutâneasseguidasdefebrealta. (Shimoda T. Geka, 1955).

    1984-POEeTA-GVHDpassaramaserreconhecidascomoamesmaentidade

    clínica.

  • Qualquer componente celular que contenha células T viáveis , incluindo :

    Concentrados de Hemácias

    Concentrados de Plaquetas

    Granulócitos

    Plasma fresco

    ComponentesSanguíneosAssociadosàTA-GVHD

    AABB, 2008.

  • TA - GVHD em Pacientes Imunocompetentes

    TransfusãodeumdoadorHLAhomozigotopara

    umreceptorHLA-heterozigotohaploidênticoaumentaoriscodeocorrênciadaTA-GVHD

    Japão:devidoàhomogeneidadedapopulação

    Líbano:devidoaograndenúmerode

    casamentosconsanguíneos

    Holland, Vox Sanguinis, 2008.

  • Grupos de Risco da TA - GVHD

    AltoRiscoImunodeficienciascongênitasTransplantedemedulaóssea

    Transfusõesentredoadoresrelacionados(paisefilhoseviceeversa)Transfusõesintrauterinas

    TransfusõesdeplaquetasHLAsemelhantesPacientescomDoençadeHodgkin

    Pacientestratadoscomanálogosdapurina

    BaixoRiscoLeucemiasagudasLinfomasnãoHodgkin

    TumoressólidostratadoscomradioterapiaouquimioterapiaPrematuros

    Transplantadosdeórgãosólidos

    ProvávelRiscoRecém-nascidosatermoPacientescomAIDSHolland,VoxSanguinis,2008.

  • CritériosdeBillinghamparaocorrênciadaDoença

    DiferençasHLAentredoadorereceptor

    Presençadecélulasimunocompetentes

    dodoador

    Incapacidadedohospedeiroderejeitarascélulasdodoador

    Rossi, 1991.

  • TA - GVHD - Ação da Radiação no DNA

  • EfeitosBiológicoseClínicos Manifestaçõescutâneas

    Grau1-ascélulasdacamadabasalapresentamvacuolização.

    Grau2-infiltraçãodecélulasmononuclearesnaepidermee

    degeneraçãodalâminabasal.

    Grau3-formaçõesbolhosas.Grau4-ulceração.

    Febre alta ( surge, em média, 10 dias após a transfusão)

    Fígado ( icterícia , elevação dos níveis de bilirrubinas e fosfatase alcalina )

    Medula óssea ( aplasia associada a uma infiltração linfocitária )

    Comprometimento gastrintestinal ( náuseas, vômitos, diarreia )

    Morte em poucos dias , em 90 % dos casos Holland, Vox Sanguinis, 2008.

  • GEROTA, 1987.

    Manifestações Cutâneas

  • PLANO NACIONAL DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    PLANO APRESENTADO AO MINISTÉRIO DA SAÚDE

    PELO HEMOCENTRO DE RIBEIRÃO PRETO

    EM OUTUBRO DE 2015

    OBJETIVO INICIAL : ESTENDER A PRÁTICA DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE PARA

    TODOS OS ESTADOS DO PAÍS

  • PLANO NACIONAL DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    OBJETIVO COMPLEMENTAR :

    PROGRAMA NACIONAL

    DE CONTROLE DE QUALIDADE DOS PROCESSOS DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    HEMOCENTRO - RP METROBRAS CIDRA – USP UFRG

  • PLANO NACIONAL DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    OBJETIVOS GERAIS

    A - Propor, ao Ministério da Saúde, a criação de um Plano Nacional de Irradiação de Sangue e a implantação de um Programa Nacional de Controle de Qualidade da prática de irradiação de sangue.

    B - Realizar um mapeamento da realidade nacional sobre demanda-oferta de sangue irradiado, visando dimensionar e equalizar as atividades e um cronograma para a implementação do plano acima.

    C - Desenvolver, a nível nacional, um programa de formação de recursos humanos com competência na prática de irradiação de sangue.

    D - Conscientizar a comunidade médica da importância da técnica de irradiação de hemocomponentes na medicina transfusional.

    E - Propor a implantação de protocolos de controle de qualidade da dose aplicada ao sangue, abrangendo todos os serviços de irradiação, já existentes e a serem implantados.

  • PLANO NACIONAL DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    OBJETIVOS ESPECÍFICOS

    Serão abordadas as situações particulares de todas as localidades que, por suas condições médicas, sejam candidatas naturais à implantação de serviços de irradiação de sangue.

    A - Estabelecer, a nível dos estados da federação, parcerias com as Secretarias de Saúde, para a implantação ou adaptação da infraestrutura necessária para que instalações passem a oferecer os serviços de irradiação de sangue definidos no plano nacional.

    B - Assessorar os entes envolvidos na integração de hemocentros estaduais com entidades detentoras de equipamentos radioterápicos ( parcerias, convênios, etc. ), visando a disseminação da técnica de irradiação de sangue através da otimização de recursos já existentes;

    C - Implantar, nos serviços de irradiação de sangue já existentes, a metodologia de controle de qualidade desta prática.

  • Sistema Único de Saúde - SUS

    Sistema Nacional de Sangue - SINASAN

    Sistema Estadual de Sangue

    Sistema Estadual de Sangue

    Sistema Estadual de Sangue

    Hemocentros Públicos

    Núcleos e outros serviços

    Bancos de Sangue Privados

    ANVISA

    Hemorrede Brasileira

    PANORAMANACIONAL

  • Região N. de Serviços

    Norte 149(7%)

    NE 355(17%)

    CO 150(7%)

    SE 979(47%)

    S 433(22%)

    Brazil 2.066(100%)

    Hemorrede Brasileira

    26HemocentrosCoordenadores68HemocentrosRegionais244NúcleosdeHemoterapia116Unid.ColetaeTransfusão29Un.Coleta157AgênciasTransfusionais

    PANORAMANACIONAL

  • EstadosqueIrradiamSangueRegião Estado SUS Privado

    Contr.Privado Total %

    Centro-Oeste DF 636 0 0 636 2,84GO 20 8.312 2.127 10.459 6,30

    NE Ceará 1.683 5 1.487 3.175 2,45PE 216 0 27.233 27.449 12,65

    Norte Pará 1.180 7 0 1.187 1,77SE ES 1 2 793 796 0,98

    MG 8.368 8.786 5.618 22.772 5,85RJ 3.343 0 5.720 9.063 4,97SP 7.268 53.468 713 61.449 7,50

    SUL Paraná 10.297 7.314 5.107 22.718 6,35RGS 34 11.566 1.060 12.660 5,13SC 555 566 0 1.121 0,94

    TOTAL 33.601 90.026 49.858 173.485 100

    PANORAMANACIONAL

  • PANORAMANACIONAL

    IrradiaçãodeSangue-Posiçãoem24/09/2019AsinstalaçõesquenãoconstaremdarelaçãoabaixodeverãosolicitararenovaçãodesuasrespectivasautorizaçõesatravésdoformulárioSCRAeTLC.TotaldeInstalações:21

    Matrícula Instituição Cidade UF Autorização

    15276 CASA DE SAÚDE SANTA MARCELINA SAO PAULO SP 07/02/2020

    13366 CENTRO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DE SANTA CATARINA FLORIANOPOLIS SC 04/07/2021

    14946 CENTRO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO CEARÁ FORTALEZA CE 13/11/2020

    14180 CENTRO DE HEMOTERAPIA E HEMATOLOGIA DO PARA - HEMOPA BELEM PA 09/08/2021

    14659 COLSAN - ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE COLETA DE SANGUE SAO PAULO SP 04/06/2022

    13935 FUND CENTRO HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DE MINAS GERAIS BELO HORIZONTE MG 07/07/2021

    15868 FUNDAÇÃO ANTONIO PRUDENTE - A.C. CAMARGO CANCER CENTER SAO PAULO SP 18/11/2019

    14522 FUNDAÇÃO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO AMAZONAS MANAUS AM 28/05/2021

    14929 FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASILIA BRASILIA DF 07/01/2021

    13457 FUNDACAO PRO-SANGUE HEMOCENTRO DE SAO PAULO SAO PAULO SP 23/02/2020

    16546 HEMATOLOGISTAS ASSOCIADOS LTDA. RIO DE JANEIRO RJ 04/05/2020

    16825 HOSPITAL ARISTIDES MALTEZ SALVADOR BA 06/09/2021

    15155 HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE PORTO ALEGRE RS 18/11/2019

    15737 HOSPITAL SÃO PAULO - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - UNIFESP - IRRADIADOR SAO PAULO SP 09/08/2023

    15340 HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NORTE DO PARANÁ LONDRINA PR 20/10/2021

    15353 INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL IAMSPE-SP SAO PAULO SP 15/12/2020

    13452 INSTITUTO EST DE HEMATOLOGIA ARTHUR SIQUEIRA CAVALCANTI - HEMORIO RIO DE JANEIRO RJ 11/11/2020

    16901 INSTITUTO NACIONAL DE CANCER - INCA/RJ - BANCO DE SANGUE RIO DE JANEIRO RJ 29/06/2021

    15260 IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO SAO PAULO SP 05/12/2019

    15346 SBIB/HOSPITAL ALBERT EINSTEIN SAO PAULO SP 26/12/2019

    15498 SOCIEDADE BENEF DE SENHORAS - HOSP SIRIO LIBANES SAO PAULO SP 22/06/2021

  • PrevençãodaTA-GVHDatravésdeirradiação

    Irradiador Específico Gerador de R-X

  • PrevençãodaTA-GVHDatravésdairradiação

    IRRADIADORESPECÍFICOGAMMACELLELAN3000

  • DispositivoparaBolsasdeSangue(projetoHMCT–MRA-FAPESP)IrradiaçãoemEquipamentosdeTeleterapia

  • DispositivosParaBolsasdeSangue-ProjetoHMCT-FAPESP-MRA(a)irradiaçãoteleterápica(b)comsistemadosimétrico

    ( a )

    (b )

  • Questionamentos-editorialdaTransfusion

    Como identificar todos os grupos de risco que deveriam receber hemocomponentes irradiados ?

    E se mais casos de TA-GVHD , em pacientes portadores de lúpus ,

    fora do grupo de risco , forem identificados ?

    Irradiação Universal pode / deve ser adotada ?

    Controle de Qualidade DO PROCESSO de irradiação de sangue

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    CONTROLERADIOLÓGICODOSESAPLICADAS:Dosimetria

    HOMOGENEIDADE:mapeamento/isodoses

    Radioproteção

    CONTROLEHEMATOLÓGICOALTERAÇÕESBIOQUÍMICASECELULARES

  • CONTROLE HEMATOLÓGICO DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    CONTROLEHEMATOLÓGICO

    PROLIFERAÇÃODECÉLULASTAPÓSIRRADIAÇÃO

    ALTERAÇÕESBIOQUÍMICASNASHEMÁCIAS

    ALTERAÇÕESNAMEMBRANACELULAR

  • Proliferação Células T versus Dose Aplicada

    Redução da Proliferação dasCélulas T ( técnica LDA ) emFunçãodaDosedeRadiação.

    Dose ( Gy )

    Freqüência ( média )

    Redução( log10 )

    Média SD

    5 1 / 322 1,3 0,3

    10 1 / 2.372 2,3 0,4

    15 1 / 128.821 4,0 0,1

    20 1 / 587.991 5,0 0,2

    25 < 1 / 106 5,4 0,3 0 500 1000 1500 2000 2500

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    Log 1

    0 de

    Red

    ução

    de

    Cél

    ulas

    T

    Dose (cGy)

    DoseMínima=25Gy(?)Góes, Transfusion, 2006; Luban., Transfusion, 2000; Pelszinki , Transfusion, 1994.

  • Elevaçãodosníveisde:

    HblivrePotássio2,3–DPGSódio................................

    Quebradaassimetriadacamadafosfolipídica.

    EfeitosdaRadiaçãoemHemácias

    Góes,Transfusion,2008;Cid,Transfusion,2008;Janatpour,VoxSanguinis,2005;Davey,1992.

    Sãomenosevidentesemplaquetas,granulócitoseplasma.

  • EfeitosdaRadiaçãoemHemáciasAumentodoNíveldeHbLivre

    0 10 20 30 40 50 600

    50

    100

    150

    200

    250

    300 Controle 3.000 cGy 4.000 cGy

    Nív

    el d

    e he

    mog

    lobi

    na li

    vre

    (mg/

    dl)

    Tempo de armazenamento (dias)

    Góes, Transfusão, 2008.

  • Efeitos da Radiação em Hemácias Aumento do Nível de K +

    0 10 20 30 40 50

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    Controle 3.000 cGy 4.000 cGyNí

    vel d

    e po

    táss

    io (m

    eq/l)

    Tempo de armazenamento (dias)Góes, Transfusion, 2008

    0 10 20 30 40 50

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    Controle 3.000 cGy 4.000 cGyNí

    vel d

    e po

    táss

    io (m

    eq/l)

    Tempo de armazenamento (dias)

  • EfeitosdaRadiaçãoemHemáciasQuebradaAssimetriadaBicamadaFosfolipídica

    0 10 20 30 40 500

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    0 cGy3.000 cGy4.000 cGy

    Cél

    ulas

    com

    mem

    bran

    a al

    tera

    da (%

    )

    Tempo de armazenamento (dias)

    Góes,Transfusion,2008

  • Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos

    Portaria # 158 do Ministério da Saúde ( 2016 )

    Art. 114 - Os componentes sanguíneos irradiados são componentes celulares que devem ser produzidos utilizando-se procedimentos que garantam que a irradiação tenha ocorrido e que a dose mínima tenha sido de 25 Gy ( 2.500 cGy ) sobre o plano médio da unidade irradiada.

    § 1º A dose em qualquer ponto do componente, de que trata o “caput”, não deve ser inferior a 15 Gy ( 1.500 cGy ) e nem superior a 50 Gy ( 5.000 cGy ).

    § 2º O procedimento de que trata o § 1º tem como objetivo inativar funcionalmente linfócitos viáveis dos produtos sanguíneos.

    § 3º As unidades irradiadas devem ser adequadamente rotuladas e identificadas e o processo de irradiação deve ser validado periodicamente.

    § 4º A irradiação será feita em irradiador de células próprio para irradiação de sangue e componentes.

    § 5º Quando o aparelho de que trata o § 4º não estiver disponível, a irradiação poderá ser feita em acelerador linear usado para tratamento de radioterapia, sob supervisão de profissional qualificado.

    § 6º O controle de qualidade da fonte radioativa do equipamento de que trata o § 4º deve ser realizado

    e documentado, no mínimo, anualmente.

    § 7º A irradiação pode ser realizada no próprio serviço de hemoterapia ou em centros contratados.

  • CONTROLE RADIOLÓGICO DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    PLANODEPROTEÇÃORADIOLÓGICATreinamentodosusuáriosdasfontesderadiaçãoManutençãodosequipamentosderadioproteção

    AferiçãoeCalibraçãodeInstrumentosMonitoração:RadiaçãodeFuga-ContaminaçãoControledaQualidadedeDosímetros(TLDs)

    Mapeamento/DosimetriadoCampodeRadiaçãoRelatóriosdeConformidadeAuditorias:InternaeExterna

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    MONITORAÇÃO:RADIAÇÃODEFUGA

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    MONITORAÇÃOdeCONTAMINAÇÃO

    TESTEDEESFREGAÇO:

    CANECO(container)dasBOLSAS

    CÂMARADEIRRADIAÇÃO

    Instrumento : Monitor de Contaminação de Superfície

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    COMPARATIVO - DISPOSITIVOS DE DOSIMETRIA E MAPEAMENTO

    T L D ( LiF )

    FRICK – GEL ( FXG )

    FILMES ( radiocrômicos ; com LiF )

    ETIQUETAS

    CÂMARAS DE IONIZAÇÃO

    DIODOS MOSFET

    EPR ( alanina ) etc...

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    MAPEAMENTOEDOSIMETRIADOCAMPODERADIAÇÃO

    OBJETOSIMULADORDEPOLIESTIRENOPURO

    AssetasindicamascavidadesondeosTLDssãoinseridos

  • Detalhes do Simulador e Curvas de Isodoses Geradas

  • MAPEAMENTODEDOSES(Gy)-IRRADIADORGAMMACELL3000ELAN

    DOSESPARATEMP0DEIRRADIAÇÃODE6mine25s-30DENOVEMBRODE2017

    PLACA#

    POSIÇÃO VERTICAL

    "y" (mm ) ↓

    BORDA POSIÇÃORADIAL"x"EMRELAÇÃOAOCENTRODOVASILHAME(mm) BORDA

    -61,3 -57,5 -43,4 -29,3 -15,2 -1,0 13,1 27,2 41,3 55,4 61,3

    TOPO 193,2 32 189,8 26,4 21,6 19,8 18,9 18,2 17,7 19,2 23,4 25,6 31 183,9 27,0 21,5 19,8 19,4 19,1 18,1 20,1 22,4 27,3 30 178,0 25,9 23,3 19,9 19,5 19,0 19,1 20,7 21,0 27,1 29 172,1 21,2 21,0 20,4 21,2 20,6 28 166,3 27 160,4 26 154,5 25 148,7 24 142,8 23 136,9 22 131,1 21 125,2 20 119,3 19 113,4 18 107,6 17 101,7 31,1 29,4 26,2 25,0 24,0 24,7 26,0 28,3 30,9 16 95,8 29,2 26,8 24,7 24,7 24,3 24,1 26,2 29,3 31,2 15 90,0 31,0 26,9 26,2 25,8 25,1 25,9 26,3 27,8 30,6 14 84,1 29,1 26,0 25,3 26,0 25,3 25,5 26,8 28,0 29,2 13 78,2 12 72,4 11 66,5 10 60,6 9 54,7 8 48,9 7 43,0 6 37,1 5 31,3 4 25,4 3 19,5 2 13,7 27,2 24,6 21,4 20,1 19,8 21,0 22,0 26,2 28,3 1 7,8 26,1 23,9 21,5 19,8 19,9 20,1 20,6 23,9 29,9 0 2,4 26,7 23,6 19,9 19,4 19,5 18,8 21,2 25,2 30,0

    FUNDO 0,0

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    MAPEAMENTOEDOSIMETRIADOCAMPODERADIAÇÃO

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    MAPEAMENTOEDOSIMETRIADOCAMPODERADIAÇÃO

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    MAPEAMENTO

    irradiadorGammacell3000

    ImagemscaneadadeumfilmeRadiocrômicocolocadoemumafendanosemi-planodiametral

    verticaldeumsimuladordebolsas(cilindroempoliestireno)

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    IRRADIADORESPECÍFICORAYCELL

    0 2 4 6 8 10 12 140

    2

    4

    6

    8

    Distan

    ce ab

    ove bo

    ttom

    (cm)

    Horizontal Distance (cm)

    RadSource RS3000

    Vertical Dose Distribution in Polystyrene Phantom

    GafChromic HD-810 Film

    Minimum Dose = 25 Gy Maximum Dose = 33.8 Gy Max/Min = 1.35

    Dose Variation in Vertical Plane

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE IRRADIAÇÃO DE SANGUE

    MAPEAMENTOEDOSIMETRIADOCAMPODERADIAÇÃO

  • SIMULAÇÕES TEÓRICAS

    XXXVIII Encontro Nacional de Física da Matéria Condensada / ID: 342-1 [06.4/16.2] 1 Transfusion-associated graft-versus-host disease: quality control of blood irradiation using

    Monte Carlo-PENELOPE method

    H. Trombini(1), E.G. Góes(1), C.Q.M. Reis(2), A. Quevedo(2), P. Nicolucci(2)

    !1)Inst. Matemática, Estatística e Física, UFRG . (2) Depto. de Física, FFCL-RP – USP

    This study investigated the spatial distribution of the absorbed dose in blood volume as a function of the geometry used to perform the irradiation. Monte Carlo-PENELOPE method was used to determine the absorbed dose considering gamma and X-rays originated from a cobalt-teletherapy and linear accelerator, respectively.

    Whole blood volume was represented by a cylindrical high impact polystyrene phantom ( 40cm x 40 cm ).

    Doses were determined considering photons with energy of 1.25 MeV (gamma ray) for distance source-surface distance (SSD) of 80 cm, and photons of 6.0 MeV (X-ray), for SSD of 100 cm. Simulations were performed considering a single irradiation field, and two parallel-opposite pairs. Multiple fields were accomplished through implementation in penmain.f file PENELOPE.

  • IRRADIAÇÃO DE SANGUE - ACREDITAÇÃO DA FONTE DE RADIAÇÃO

    Atualmente, os dois principais sistemas utilizados para se irradiar sangue ou hemocomponentes, são: 1 - fontes radioisotópicas emissoras de radiação gama: Cobalto-60 ou Cs-137; 2 - aceleradores de elétrons: que podem produzir raios-X de altas energias. Esses dois tipos de fontes costumam ser as existentes em serviços de radioterapia mas existem, também, irradiadores específicos para sangue (com fontes de Cs-137) utilizados em instalações onde uma grande demanda, como nos hemocentros regionais, justifica o alto valor do equipamento. Para que qualquer uma dessas fontes possa ser utilizada na rotina de um serviço de irradiação de sangue, elas devem satisfazer a um programa de controle de qualidade periódico ( no mínimo anual ) dos valores de dose aplicados no interior dos receptáculos que contenham as bolsas durante o procedimento de irradiação. Esses programas se iniciam com o primeiro mapeamento de doses no interior dos receptáculos, necessário para se acreditar o procedimento junto aos órgãos reguladores dos serviços de hemoterapia.

  • IRRADIAÇÃO DE SANGUE - ACREDITAÇÃO DA FONTE DE RADIAÇÃO

    Para tanto, cada sistema de irradiação deve ser testado nas mesmas condições em que será utilizado nas operações de rotina. O que se busca determinar são: 1 - as taxas de dose produzidas pelo feixe de radiação, da fonte utilizada, em cada local do receptáculo de bolsas, considerando: a - a data da irradiação ; b - o posicionamento do receptáculo ( distância em relação à origem do feixe ); c - o tempo de irradiação utilizado; 2 - em decorrência, obtém-se um mapeamento geográfico do campo de doses - curvas de isodoses - que garante que foram atingidos os valores de dose: mínimo ( 15 Gy ) , médio ( 25 Gy ) e máximo ( 50 Gy ), prescritos por organismos nacionais e internacionais.

  • IRRADIAÇÃO DE SANGUE - ACREDITAÇÃO DA FONTE DE RADIAÇÃO

    No caso particular de se utilizar um acelerador de um serviço de radioterapia, já em operação, serão necessárias apenas algumas irradiações que simulem as condições específicas de rotina. A partir dos valores de dose no simulador de água ( Dw ) já utilizado no serviço, serão escolhidos os valores dos três parâmetros ( voltagem, amperagem e tempo de irradiação ) que poderiam otimizar as condições de irradiação das bolsas de sangue. Com esses parâmetros, serão feitas irradiações-testes para se comprovar que as doses desejadas estão sendo atingidas. Os receptáculos, que poderão ser de diferentes formas e tamanhos, deverão ser os mesmos que serão utilizados na rotina. Nesses testes, não será necessária a utilização de bolsas de sangue, que poderão ser simuladas por bolsas com água (de mesmo peso).

  • IRRADIAÇÃO DE SANGUE - CONTROLE DE QUALIDADE

    A - o controle de qualidade anual, obrigatório, dos irradiadores de sangue foi estipulado pelo Min. Saude ( Portaria 158 de 2016 ); B - a prestadora realiza este controle efetuando um mapeamento da distribuição de doses no interior do cilindro metálico ( canister ) , onde são posicionadas as bolsas de sangue ( hemocomponentes ), nas irradiações de rotina. C - para medir essas doses, são utilizados 200 detectores termoluminescentes (TLD ) de Fluoreto de Lítio ( LiF ), distribuídos em 39 placas de poliestireno. Essas placas contem rebaixos posicionadores onde as pastilhas de LiF são posicionadas; D - essas placas são montadas formando um conjunto que simula as bolsas de sangue. Este conjunto é enviado, pela prestadora, às instituições que solicitam o serviço. Ao solicitante, cabe apenas as tarefas de : D.1 - retirar o conjunto de placas da embalagem de transporte; D.2 - posicionar o conjunto dentro do cilindro metálico e irradia-lo, durante 90 ( noventa ) segundos; D.3 - retirar o conjunto do cilindro, recoloca-lo na embalagem de transporte e devolvê-lo, à prestadora, por correio ou transportadora; E - ao receber o conjunto, a prestadora realiza o procedimento de leitura das doses armazenadas nas pastilhas de LiF, bem como da imagem de uma lâmina de filme radiocrômico. Os dados obtidos são avaliados por um programa computacional, que elabora as curvas de isodoses ( mapeamento ) dentro do cilindro metálico ( curvas semelhantes às que, geralmente, constam no manual do irradiador).

    IRRADIAÇÃODESANGUE-CONTROLEDEQUALIDADE

    A - o controle de qualidade anual, obrigatório, dos irradiadores de sangue foi estipulado pelo Ministério da Saude ( Portaria 158 de 2016 ). B - a prestadora realiza este controle efetuando um mapeamento da distribuição de doses no interior do cilindro metálico ( canister ) , onde são posicionadas as bolsas de sangue ( hemocomponentes ), nas irradiações de rotina. C - para medir essas doses, são utilizados 200 detectores termoluminescentes (TLD ) de Fluoreto de Lítio ( LiF ), distribuídos em 39 placas de poliestireno. Essas placas contem rebaixos onde as pastilhas de LiF são posicionadas; D - essas placas são montadas formando um conjunto que simula as bolsas de sangue. Este conjunto é enviado, pela prestadora, às instituições que solicitam o serviço. Ao solicitante, cabe apenas as tarefas de : D.1 - retirar o conjunto de placas da embalagem de transporte; D.2 - posicionar o conjunto dentro do cilindro metálico e irradia-lo, durante 90 ( noventa ) segundos; D.3 - retirar o conjunto do cilindro, recoloca-lo na embalagem de transporte e devolvê-lo, à prestadora, por correio ou transportadora; E - ao receber o conjunto, a prestadora realiza o procedimento de leitura das doses armazenadas nas pastilhas de LiF . Os dados obtidos são avaliados por um programa computacional, que elabora as curvas de isodoses ( mapeamento ) dentro do cilindro metálico ( curvas semelhantes às que, geralmente, constam no manual do irradiador). F - As curvas de isodoses demonstram se a distribuição de doses obtida está conforme o esperado. Para garantir valores máximo e mínimo de doses dentro da faixa de 15 a 50 Gy, as pastilhas detectoras de LiF devem ser calibradas, o que é feito no Laboratório de Calibração da METROBRAS que possui fontes de Césio-137 rastreadas pelo LNMRI - IRD - CNEN, reconhecido pelo INMETRO. G - O valor cobrado pela prestadora pelo serviço NÃO engloba a despesa de devolução do dispositivo simulador, a ser efetuada pelo cliente, via correios ou transportadora ( a seu critério ), com a obrigação de contratar um seguro de R$ 10.000,00 ( dez mil reais ). H - Após a aprovação do orçamento para a realização do serviço: H.1 - no prazo de 10 dias, a prestadora enviará o dispositivo simulador para o cliente, com instruções detalhadas sobre o procedimento a ser realizado; H.2 - após o recebimento do dispositivo, o cliente deverá, no prazo de 10 dias, efetuar a irradiação do dispositivo simulador e devolve-lo à prestadora; K - após a recepção do dispositivo, no prazo de 20 dias, a prestadora realizará os procedimentos de avaliação e mapeamento de doses, enviando um relatório ao cliente com uma cópia da respectiva nota fiscal.

  • F - as curvas de isodoses demonstram se a distribuição de doses obtida está conforme o esperado. Para garantir valores máximo e mínimo de doses dentro da faixa de 15 a 50 Gy, as pastilhas detectoras de LiF devem ser calibradas, o que é feito no Laboratório de Calibração da METROBRAS que possui fontes de Césio-137 rastreadas pelo LNMRI - IRD - CNEN, reconhecido pelo INMETRO. G - o valor cobrado pela prestadora pelo serviço NÃO engloba a despesa de devolução do dispositivo simulador, a ser efetuada pelo cliente, via correios ou transportadora ( a seu critério ), com a obrigação de se contratar um seguro de transporte. H - após a aprovação do orçamento para a realização do serviço: H.1 - no prazo de 10 dias, a prestadora enviará o dispositivo simulador para o cliente, com instruções detalhadas sobre o procedimento a ser realizado; H.2 - após o recebimento do dispositivo, o cliente deverá, no prazo de 10 dias, efetuar a irradiação do dispositivo simulador e devolve-lo à prestadora; I - após a recepção do dispositivo, no prazo de 20 dias, a prestadora realizará os procedimentos de avaliação e mapeamento de doses, enviando um relatório detalhado ao cliente com uma cópia da respectiva nota fiscal.

    IRRADIAÇÃO DE SANGUE - CONTROLE DE QUALIDADE

  • NORMAS - Referências

    International Standard Organization ; American Society of Testing Materials, Standard Practice for Blood Irradiation Dosimetry,

    ISO/ASTM 51.939 , 2017.

    Ministério da Saúde , Portaria # 158 , 2016

    Proposta de Protocolo ?

  • FUTURE ALTERNATIVES

    Burak Bahar, Christofer A. Torney, Prevention of TA-GVHD with Blood Product Irradiation, Arch Pathol Lab Med - vol 142, 662-667, May 2018.

    Psoralen-based method

    150 lM amotosalen and 3 J/cm2 UVA treatment

    applied to platelet concentrates : more than 105 ( log/mL ) viable lymphocyte reduction , the same provided by routine irradiation

    In January 2016, the US-FDA approved the use of the INTERCEPT Blood System ( Cerus Corp, Concord, California ) for apheresis platelets

    in order to reduce the risk of TA-GVHD.

  • ALTERNATIVES METHODS

    Riboflavin plus UVA/UVB treatment of whole blood

    ( by the Mirasol System - Terumo BCT Inc., Lakewood, Colorado, USA )

    Show to be effective in both in vitro and in vivo studies ( 4.7-log ) reduction providing an alternative modality for the irradiation procedure for platelet and red blood cell products mutually.

    Both the Mirasol and INTERCEPT pathogen reduction systems have received CE Mark approvals and are being used in lieu of

    irradiation in some European countries. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Other chemical compounds, such as S-303, are under investigation for pathogen reduction and prevention of TAGVHD.

  • Obrigado

    José Carlos BORGES FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE RIBEIRÃO PRETO

    METROBRAS METROLOGIA DAS RADIAÇÕES IONISANTES Ltda.

    ( 16 ) 99.187.56.58 [email protected]