15-2 EM - Primeira Aula 10ago15

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  • 8/17/2019 15-2 EM - Primeira Aula 10ago15

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    ÉTIC MÉDIC

    Primeira aula

    Prof. Thales Gouveia Limeira

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    Código de 

    HamurabiColuna cilíndrica de pedraAltura: 2,25 mCircunferência: 1,5m no alto e 1,90 m na base282 leis em 3.600 linhas

    Inicialmente na

     Babilônia

     (~1.700

     a.C.)

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    215º ‐ Se um médico trata alguém de uma grave ferida com a lanceta de bronze e o cura ou se ele abre a alguém uma incisão com a lanceta de bronze e o olho é salvo, deverá receber dez siclos.

    216º ‐ Se é um liberto, ele receberá cinco siclos.

    217º ‐

     Se 

    é 

    escravo 

    de 

    alguém, 

    seu 

    proprietário 

    deverá 

    dar 

    ao 

    médico 

    dois 

    siclos.218º ‐ Se um médico trata alguém de uma grave ferida com a lanceta de bronze e o mata ou lhe abre uma incisão com a lanceta de bronze e o olho fica perdido, se lhe deverão cortar as mãos.

    219º ‐ Se o médico trata o escravo de um liberto de uma ferida grave com a lanceta de bronze e o mata, deverá dar escravo por escravo.

    220º ‐ Se ele abriu a sua incisão com a lanceta de bronze o olho fica perdido, deverá pagar metade de seu preço.

    221º ‐ Se um médico restabelece o osso quebrado de alguém ou as partes moles doentes, o doente deverá dar ao médico cinco siclos.

    222º ‐ Se é um liberto, deverá dar três siclos.

    223º ‐ Se é um escravo, o dono deverá dar ao médico dois siclos.

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    224º ‐ Se o médico dos bois e dos burros trata um boi ou um burro de uma grave ferida e o animal se restabelece, o proprietário deverá dar ao médico, em pagamento, um sexto de siclo.

    225º ‐ Se ele trata um boi ou burro de uma grave ferida e o mata, deverá dar um quarto 

    de seu

     preço

     ao

     proprietário.

    226º ‐ Se o tosquiador, sem ciência do senhor de um escravo, lhe imprime a marca de escravo inalienável, dever‐se‐á cortar as mãos desse tosquiador.

    227º ‐ Se alguém engana um tosquiador e o faz imprimir a marca de um escravo 

    inalienável, se

     deverá

     matá

    ‐lo

     e sepultá

    ‐lo

     em

     sua

     casa.

     O

     tosquiador

     deverá

      jurar

     : "eu

     não o assinalei de propósito", e irá livre.

    228º ‐ Se um arquiteto constrói uma casa para alguém e a leva a execução, deverá receber em paga dois siclos, por cada sar de superfície edificada.

    229º ‐

     Se um

     arquiteto

     constrói

     para

     alguém

     e não

     o faz

     solidamente

     e a casa

     que

     ele

     construiu cai e fere de morte o proprietário, esse arquiteto deverá ser morto.

    230º ‐ Se fere de morte o filho do proprietário, deverá ser morto o filho do arquiteto.

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    Ética e Moral

    A Ética é

     a parte

     da

     filosofia dedicada

     aos

     estudos

     dos

     valores

     morais

     e princípios ideais do comportamento humano perante a sociedade.

    A Moral se fundamenta na obediência a costumes e hábitos recebidos, e 

    a ética,

     ao

     contrário,

     busca

     fundamentar

     as

     ações

     morais

     

    exclusivamente pela razão.

    A Ética e a Moral não devem ser confundidas com a lei, ainda que a lei se

     baseie

     em

     princípios

     éticos

     e em

     princípios

     morais.

     Exceto,

     claro,

     a 

    “lei natural”.

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    Juramento

     

    de

     

    Hipócrates

    (simplificado)

    Prometo que, ao exercer  a arte de curar, mostrar ‐me‐ei  sempre  fiel  

    aos  preceitos da honestidade, da caridade e da ciência.

    Penetrando no interior  dos lares, meus olhos serão cegos, minha 

    língua calará

     os

     segredos

     que

     me

      forem

     revelados,

     o que

     terei 

     como

     

     preceito de honra.

    Nunca me servirei  da  profissão  para corromper  os costumes ou 

     favorecer  o crime.

    Se eu

     cumprir 

     este

      juramento

     com

      fidelidade,

     goze

     eu,

      para

     sempre,

     a minha vida e a minha arte, com boa reputação entre os homens.

    Se o infringir  ou dele me afastar, suceda‐me o contrário.

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     Juro  por   Apolo, médico, e por  Esculápio, Higeia, Panaceia, tendo todos os deuses e deusas como minhas testemunhas que, de acordo com minha habilidade e  julgamento, manterei  este  juramento e este contrato:

    Eu 

    vou 

    nutrir  

    mesma 

    afeição 

    que 

    tenho 

     para 

    com 

    meus 

     pais 

    àquele 

    indivíduo 

    que me ensinou esta arte, ser  dele um  parceiro na vida e  preencher  suas necessidades quando requisitado; considerar  os  filhos dele como iguais aos meus  próprios irmãos, e ensinar ‐lhes esta arte caso desejem aprendê‐la, sem  pagamento ou contrato, e que através das regras, aulas e todos os demais 

    métodos de

     instrução

      pré

    ‐estabelecidos,

     transmitirei 

     um

     conhecimento

     da

     arte

      para meus  próprios  filhos e  para os  filhos de meus  professores, e  para os estudantes  presos a este contrato e que  proferiram este  Juramento à lei  da medicina, mas não a outros.

    Também  prescreverei 

     regimes

     de

     estilo

     de

     vida

     que

     beneficiem

     meus

      pacientes,

     de

     acordo com minha melhor  capacidade e  julgamento, e eu não vou lhes causar  mal  ou dispensar ‐lhes maus tratos.

    (continua)

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    Não darei 

     droga

     letal 

      para

     ninguém,

     caso

     isso

     me

     seja

     solicitado,

     nem

     aconselharei  tal   procedimento; similarmente, não darei  a uma mulher  um  pessário que lhe  provoque um aborto.

    Na  pureza e de acordo com a lei  divina, cumprirei  minha vida e minha arte.

    Não 

    utilizarei  

     faca, 

    nem 

    mesmo 

    naqueles 

    que 

    sofrem 

    de 

    cálculos, 

    mas 

    deixarei  essa

     tarefa

      para

     aqueles

     que

      foram

     treinados

     nesta

     arte.

    Em qualquer  casa que eu vá, entrarei   pelo benefício do doente, evitando qualquer  ato voluntário de impropriedade ou corrupção, incluindo a sedução de mulheres ou homens, sejam eles livres ou escravos.

    Qualquer  coisa

     que

     eu

     veja

     ou

     escute

     nas

     vidas

     de

     meus

      pacientes,

     seja

     em

     

    relação à minha  prática  profissional  ou não, e que não convém que sejam comentadas do lado de  fora, eu manterei  em segredo, considerando todas essas coisas como  privativas.

    Se 

    eu 

    mantiver  

    este 

     Juramento 

     fielmente e 

    sem 

    corrupção, 

    que 

    me 

     possa 

    ser  

     permitido  partilhar 

      plenamente

     da

     vida

     e da

      prática

     de

     minha

     arte,

     ganhando

     

    o respeito de todos os homens  por  todos os tempos. No entanto, caso eu transgrida e viole este  Juramento, seja o contrário o meu destino.

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    Código 

    de 

    Ética 

    MédicaPREÂM ULO

    I  – O presente Código de Ética Médica contém as normas que devem ser seguidas pelos médicos no exercício de sua profissão, inclusive no exercício de atividades relativas ao ensino, à pesquisa e à administração

     de

     serviços

     de

     saúde,

     bem

     como

     no

     exercício

     de

     quaisquer

     outras

     atividades

     em

     que

     se

     utilize o conhecimento advindo do estudo da Medicina.

    II ‐ As organizações de prestação de serviços médicos estão sujeitas às normas deste Código.

    III ‐ Para o exercício da Medicina impõe‐se a inscrição no Conselho Regional do respectivo Estado, Território ou Distrito Federal.

    IV ‐ A fim de garantir o acatamento e a cabal execução deste Código, o médico comunicará ao Conselho Regional de Medicina, com discrição e fundamento, fatos de que tenha conhecimento e que caracterizem possível infração do presente Código e das demais normas que regulam o exercício da Medicina.

    V ‐ A fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas neste Código é atribuição dos Conselhos de Medicina, das comissões de ética e dos médicos em geral.

    VI ‐ Este Código de Ética Médica é composto de 25 princípios fundamentais do exercício da Medicina, 10 normas diceológicas, 118 normas deontológicas e quatro disposições gerais. A transgressão das normas deontológicas sujeitará os infratores às penas disciplinares previstas em lei.

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    FONTE RECOMENDADA: site do Conselho Federal de Medicina

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    LEITURA RECOMENDADA:

    Legislação/Processo

    Outras legislações

     e decisões

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    LEITURA RECOMENDADA:

    Legislação/Processo

    Outras legislações

     e decisões

    ResoluçõesPareceres

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    CASO 

    CLÍNICOPaciente chega ao pronto socorro, sendo‐lhe feito o diagnóstico de hemoperitôneoconsequente a ruptura traumática da cápsula esplênica. Encontra‐se consciente, 

    porém 

    com 

    hipotensão 

    arterial 

    anemia. 

    Decide‐

    se 

    proceder 

    à 

    esplenectomia e 

    tomar demais cuidados que se façam necessários, porém realizando antes a suficiente reposição com componentes hemoterápicos a fim de propiciar condições para a anestesia (e também para a posterior cicatrização).

    Então o(a)

     paciente

     informa

     não

     querer

     submeter

    ‐se

     a transfusões

     sanguíneas,

     

    pois os preceitos morais de sua crença vedam a recepção de sangue e de seus componentes.

    Sendo‐lhe prestados esclarecimentos técnicos em nível compreensivo sobre sua 

    grave situação

     e a necessidade

     imperiosa

     da

     reposição

     sanguínea,

     o(a)

     paciente

     diz

     

    preferir seguir sua consciência, e declara autorizar os médicos a tratarem‐no sem que sejam feitas as transfusões, ainda que com grande probabilidade de fracasso.

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    CASO 

    CLÍNICOPaciente chega ao pronto socorro, sendo‐lhe feito o diagnóstico de hemoperitôneo consequente a ruptura traumática da cápsula esplênica. Encontra‐se consciente, porém com hipotensão arterial e anemia. Decide‐se proceder à esplenectomia e tomar demais cuidados que se façam necessários, porém realizando antes a suficiente reposição com componentes hemoterápicos a fim de propiciar condições para a anestesia (e também para a posterior cicatrização).

    Então o(a)

     paciente

     informa

     não

     querer

     submeter

    ‐se

     a transfusões

     sanguíneas,

     pois

     os

     preceitos

     morais

     de

     sua

     crença

     vedam

     a recepção

     de

     

    sangue e de seus componentes.

    Sendo‐lhe prestados esclarecimentos técnicos em nível compreensivo sobre sua grave situação e a necessidade imperiosa da reposição sanguínea, o(a) paciente diz preferir seguir sua consciência, e declara autorizar os médicos a tratarem‐no sem que sejam feitas as transfusões, ainda que com grande probabilidade de fracasso.

    Variações:

    •   Criança de dez anos acidentada, pais alegam o pátrio poder

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    CASO 

    CLÍNICOPaciente chega ao pronto socorro, sendo‐lhe feito o diagnóstico de hemoperitôneo consequente a ruptura traumática da cápsula esplênica. Encontra‐se consciente, porém com hipotensão arterial e anemia. Decide‐se proceder à esplenectomia e tomar demais cuidados que se façam necessários, porém realizando antes a suficiente reposição com componentes hemoterápicos a fim de propiciar condições para a anestesia (e também para a posterior cicatrização).

    Então o(a)

     paciente

     informa

     não

     querer

     submeter

    ‐se

     a transfusões

     sanguíneas,

     pois

     os

     preceitos

     morais

     de

     sua

     crença

     vedam

     a recepção

     de

     

    sangue e de seus componentes.

    Sendo‐lhe prestados esclarecimentos técnicos em nível compreensivo sobre sua grave situação e a necessidade imperiosa da reposição sanguínea, o(a) paciente diz preferir seguir sua consciência, e declara autorizar os médicos a tratarem‐no sem que sejam feitas as transfusões, ainda que com grande probabilidade de fracasso.

    Variações:

    •   Criança de dez anos acidentada, pais alegam o pátrio poder

    •   Recém‐nascido com incompatibilidade sanguínea materno‐fetal que precisa de 

    transfusão de

     substituição

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    CASO 

    CLÍNICOPaciente chega ao pronto socorro, sendo‐lhe feito o diagnóstico de hemoperitôneo consequente a ruptura traumática da cápsula esplênica. Encontra‐se consciente, porém com hipotensão arterial e anemia. Decide‐se proceder à esplenectomia e tomar demais cuidados que se façam necessários, porém realizando antes a suficiente reposição com componentes hemoterápicos a fim de propiciar condições para a anestesia (e também para a posterior cicatrização).

    Então o(a)

     paciente

     informa

     não

     querer

     submeter

    ‐se

     a transfusões

     sanguíneas,

     pois

     os

     preceitos

     morais

     de

     sua

     crença

     vedam

     a recepção

     de

     

    sangue e de seus componentes.

    Sendo‐lhe prestados esclarecimentos técnicos em nível compreensivo sobre sua grave situação e a necessidade imperiosa da reposição sanguínea, o(a) paciente diz preferir seguir sua consciência, e declara autorizar os médicos a tratarem‐no sem que sejam feitas as transfusões, ainda que com grande probabilidade de fracasso.

    Variações:

    •   Criança de dez anos acidentada, pais alegam o pátrio poder

    •   Recém‐nascido com incompatibilidade sanguínea materno‐fetal que precisa de transfusão de substituição

    •   Esposa com

     grande

     hemorragia

     no

     parto

     cujo

     marido

     a considerará

     tão

     impura

     

    como uma prostituta caso ela receba sangue em transfusão

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    CASO 

    CLÍNICOPaciente chega ao pronto socorro, sendo‐lhe feito o diagnóstico de hemoperitôneo consequente a ruptura traumática da cápsula esplênica. Encontra‐se consciente, porém com hipotensão arterial e anemia. Decide‐se proceder à esplenectomia e tomar demais cuidados que se façam necessários, porém realizando antes a suficiente reposição com componentes hemoterápicos a fim de propiciar condições para a anestesia (e também para a posterior cicatrização).

    Então o(a)

     paciente

     informa

     não

     querer

     submeter

    ‐se

     a transfusões

     sanguíneas,

     pois

     os

     preceitos

     morais

     de

     sua

     crença

     vedam

     a recepção

     de

     sangue e de seus componentes.

    Sendo‐lhe prestados esclarecimentos técnicos em nível compreensivo sobre sua grave situação e a necessidade imperiosa da reposição sanguínea, o(a) paciente diz preferir seguir sua consciência, e declara autorizar os médicos a tratarem‐no sem que sejam feitas as transfusões, ainda que com grande probabilidade de fracasso.

    Variações:•   Criança de dez anos acidentada, pais alegam o pátrio poder

    •   Recém‐nascido com incompatibilidade sanguínea materno‐fetal que precisa de transfusão de substituição

    •   Esposa com grande hemorragia no parto cujo marido a considerará tão impura como uma prostituta caso ela receba sangue em 

    transfusão

    •   Idoso acidentado cuja única filha, sua cuidadora, converteu‐se a uma religião que proíbe o uso do sangue

  • 8/17/2019 15-2 EM - Primeira Aula 10ago15

    18/18

    FIM

     

    (porhoje)

    Pensem nessas situações apresentadas, para discussão na próxima aula