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5/25/2018 16. Pos metafisica
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Pensamento Ps Metafsico
Prof. (a) Viviane Fernandes
5/25/2018 16. Pos metafisica
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NIETZSCHE E A METAFSICA
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Nietzsche
Intempestivo crticoda metafsica;
Seu pensamento surge no cenrio filosfico ocidental como uminstrumento de desconstruodo soberbo edifcio
metafsico, pondo em questo os valores que assinalam osprodutos dessa determinao filosfica pela qual o Ocidenteracionalmente se desenvolveu.
Instaurador de uma compreenso de filosofiaenquanto umavisopotico/conceitualacerca do mundo.
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Nietzsche
A crtica nietzschiana se dirige concepotradicionaldepensamento que privilegiou o valor verdade segundo os
cnones estritamente racionais.
Essa racionalidade reconhecida como fundamento de toda afilosofia europia ocidental se expressa pelo anseio dedeterminao radical de uma verdade suprema que se oporiaa
uma mentiradomundosensvel, que por ser mutante,contingente, corruptvel, no teria o status de verdade.
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Nietzsche
Tal sentido de verdadeforjadopelaracionalidadeocidentalque a teve incio ser abordada no interior da crticanietzschiana como vontadedeverdade.
a vontadeou o desejoque no Ocidente atinge o mais altonvel de tornar apreensvelpelarazohumanatodoexistente em sua totalidade.
Designa um esfororacionalem que se afirma a crenanaverdadeenquanto reverncia ao sujeitocomo certeza e aoconhecimento objetivo.
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Vontade de Verdade
mpeto de coisificao ou vontadederepresentaoqueconstitui o projeto metafsico da filosofia moderna.
Tal vontade passa a ser o leitmotiv (motivo condutor) desvelado
por Nietzsche nos subterrneos da metafsica.Desde que essa verdade foi efetivadacomovalor, a metafsica,na forma do fazer cientfico, se empenhou na realizao do seu
projeto:
Tornarpensvel(representvel, calculvel, previsvel emanipulvel) todoente.
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A Metafsica
Para Nietzsche: A metafsica a histria de um erro.
Transformou o mundo verdadeiro em uma fbula.
Esse problema tem sua origem situada historicamente nopensamentogrego.
A origem do problema metafsico foi gerado pela ciso da
verdadedofenmenoem doismundos.
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A Metafsica
Para Nietzsche, o conceito de metafsica est ligado a idia deque h dois mundos:o inteligvel e o sensvel.
Metafsica tem a ver com a oposiodevalores.Com a dualidadedo mundo.
E com a superioridadedomundointeligvel, verdadeiro(relacionado idia de razo) sobre o mundo da aparncia.
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A Metafsica
Dualidade:geralmente atribuda a Plato e depois aocristianismo.
Para Nietzsche quem primeiro pensou essa dualidade foiAnaximandroao elaborar a oposio entre opeiron(ilimitado,infinito, indefinido) e o mundotemporal(mundo de todas as
coisas marcado pelo devir).
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A Metafsica
Ele seria oprimeirofilsofopessimista, pois para elemundodo devir marcado pela morte, pela decomposio.
O que caracteriza o devir o desaparecer.E se h a morte porque h a culpa.
Na leitura que Nietzsche faz de Anaximandro, segundo ele,haveria uma injustia, e se morremos porque somosculpados.
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A Metafsica
Scrates:reconhecido entre os sbios um emblema parafiguraressa dualidade.
Quando Scrates toma o venenoe pede que se oferea
sacrifcio a Asclpio (deus da medicina) um gesto decelebrao de quem est se curando de uma doena que aprpria vida.
Plato:afirmava que a filosofia era uma preparaopara amorte.
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A Metafsica
A filosofia, desde Scrates ou mesmo antes dele (comAnaximandro) a filosofiadadecadncia: tratou arealidade como dual (mundo inteligvel e mundo sensvel).
Ojuzo de que a vida no tem valorera um sintoma dessadecadncia.
Nietzsche se posiciona como uma espcie de psiclogo: quer
interpretar, captarosintoma.
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A Metafsica
Toda filosofia uma espcie de biografia.
Toda teoria filosfica mostraquem a elaborou.
Toma Scratese Platode perto, observa o aspecto fisiolgicodo pensamento deles para constatara sua fraqueza.
Nietzsche v em Scratesa nova forma de pensar que elege
a razo, exclusivamente a razo, comopossibilidadedeconhecer.
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A Metafsica
H um desprezopelo elemento msticoe estticoem nome deuma verdade exclusivamente racional.
Scratespecava por sua excessivalucidez, pelo seu excesso
de perguntas.Responsabiliza Scrates por introduzirna filosofia anecessidade de provar com argumentoslgicoso que se est
afirmando.
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A Metafsica
Nietzsche se insurge contraoimpulso verdadedo filsofosocrtico/platnico/aristotlico.
Para ele, o homem desenvolveu seu intelecto no porque estetendesse naturalmente ao conhecimento como queria Aristtelesno livro I da Metafsica, mas por sua vulnerabilidadeeincapacidade de viver na natureza.
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A Metafsica
O intelecto, como um meio para a conservao do indivduo,desdobra suas foras mestras no disfarce; pois este o meiopelo qual os indivduos mais fracos, menosrobustosseconservam, aqueles aos quais est vedado travar uma luta pelaexistncia com os chifres ou presas aguadas.
(Nietzsche, 1983, pp. 4546)
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A Metafsica
O intelecto humano est a no para desenvolver a verdade, mas
para possibilitar a vida.
Todo intelectocria iluso, artifcio para tornar a vida possvel.
Portanto, todo homem profundo, reflexivo, ama a mscara, odisfarce.
Apesar de seu orgulho, este sabe pouca coisa sobre simesmo.
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A Metafsica
O homem no senhor na sua prpria casa (limites do
cogito cartesiano).
Este homem vive em sociedade por necessidadee tdio.
Necessita viverjuntopara criar iluses, estabeleceracordo.E esse acordose faz com e na linguagem.
A verdade e a falsidade dependem do acordo, uma regraquepossibilitaa existncia.
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A Metafsica
Nietzsche no est minimizando a importncia de se viver em
sociedade, mas quer chamar a ateno para o fato de que alinguagem uma inveno humana.
H uma distnciaentre as palavrase as coisas.
O conceito uma teoria discursiva.
Faz crticas filosofia como mumificaoatravsdosconceitos.
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A Metafsica
Acusa os filsofosde valorizaremtudoo que no temsangue, o que no tem vida.
Nietzschevaloriza o corpo, mas no o corpo como algo quedeve ser visto em detrimento da alma.
Para ele s existe o corpo.
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A Metafsica
No nega o inteligvel, apenas advoga que s existe o devir
histrico.
Da a acusao de Heideggerde que Nietzsche inverteuoplatonismo:negou o inteligvel e erigiu o mundo sensvel,valorizou o corpo e negou a alma.
Para Nietzsche, a filosofia ocidental tem uma visopessimista
docorpo: o corpo como no-ser, como um erro lgico.
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A Metafsica
O aparente em Nietzsche no algo que esconde uma
essncia. No h algo por trs dessa aparncia.
E o engodo da metafsica fazer acreditar que os sentidos nosenganam.
Por isso, toda a histria da filosofia privilegia o pensamento emdetrimento dos sentidos.
Acreditar que o mais elevado no pode vir do mais baixo
caracterstico da metafsica.
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A Metafsica
O corpoalm de imoral um erro lgico, uma vez que ametafsica estabeleceu a separao entre sere vir-a-ser (devir).
Pela lgica, refuta-se a percepo do corpo no pensamentoocidental. Mas s existe o corpo(devir).
Como haver verdade sem o corpo? O corpo que real.S h
o mundo da aparncia.
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A Metafsica
Nietzsche destaca que o que nos faz cairnoerrono so ossentidos, mas a linguagemque quer dar unidadeao mltiplo.
Ele liga a metafsica linguagem (razo).
H uma vontade de organizar, de definirterritrios, localizarascoisas.
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A Metafsica
Houve, na verdade, uma inverso tornada possvel por Plato
quando inventa o atemporal: uma realidade foradotempo, queno aphysis (natureza), j que para os pr-socrticosnada estava fora da natureza, inclusive opeiron de
Anaximandro (e nesse aspecto, este fato parece salvar, emparte, Anaximandro).
Platoexpulsaosartistasdacidade(A Repblica)
porque estes despertam a sensibilidade, que seria aresponsvel pela faltaderetido, deverdade.
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A Metafsica
Vingamo-nos da vida com a fantasmagoria de uma vida outra,melhor. (NIETZSCHE, 2006, p. 29).
Vingamo-nos da vida criando outra melhor, temos raivadesta vida porque ela mostra o transitrio.
Entretanto, como um artista necessrio verbelezanailusocriada pelo homem e essa iluso no est em contraposio a
uma verdade.
Ser artista criar sentidoparaa vida.
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O Pensamento Trgico
Dizer sim a tudo, inclusive, ao sofrimento.
No pessimismo, no niilismo, pensamentotrgico.
Nietzsche critica a noo de que o conhecimentospode serfundamentado pela razo.
Ele mostra a artetrgicacomo algo que desvela o mundo.
Na sua tica, Herclitovia o mundo de um modo esttico.
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A Morte de Deus
O caminho que leva o homem a ter contatocomo mais
fundamental a arte.
Se a filosofia tem um papel, este consiste em ensinar a ver omundocomo uma obradearte.
Se no h mais um Deus, no h mais uma transcendncia, sej acabou todo o resqucio de espiritualidade, o excesso de
niilismo tem que passar.
A ltima palavra de Nietzsche superaro niilismoe dizer sim avida.
O f
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O Fim da Dualidade Metafsica
Chegou o meio-dia (o momento da criana-inocncia), o
momento em que j no tem mais sombra, no h dualidade.
o apogeuda humanidade.
Comea a histria de Zaratustra: a fase da criana.
Para Nietzsche os pr-socrticos intuam (viam sem mediao)
as coisas. Volta-se ento para Herclito.
Para Nietzsche, Herclito v o mundo como uma brincadeirade criana (pr-moral).
H lit
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Herclito
Herclito negou a dualidade de dois mundos totalmente
diferentes, que Anaximandro se via obrigado a admitir; j nodistingue um mundo fsico e um mundo metafsico, um domniode qualidades definidas e um domnio da indeterminaoindefinvel (NIETZSCHE, 1973, p. 40).
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A M l
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A Moral
No h valor moral, no h um para qu. O jogo de criana
no tem finalidade.
Enquanto adultotem que saber a finalidade das coisas, acriana no.
Para esta s h o momento, o instante(Eo).
A criana aquela que no est na moral.
No existe no jogo dos contrrios ganhador nem perdedor.
A A t
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A Arte
A arte deve ser pensada como um modo de perceber o mundo.
Perceb-lo como criana, sem os culos morais.
No de modo racional: no existe erro nem acerto; no de modomoral, no h pecado, nem no-pecado.
necessrio acordar dessa tradio moralista e racionalista
de querer ver finalidade, utilidade, racionalidade em tudo.
A C i
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A Criana
A forma de fugir da moral no entrar nela: construir castelos na
areia para nada.
No precisa haver um para qu.
Nietzsche relaciona o artista criana.
O artistano o que produz, mas o que percebe o mundo como
umjogo, no sentido de brincar, nonecessariamente nosentido de ganharouperder.
O H E tti
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O Homem Esttico
Nietzsche contrape o homem estticoao homem
racional/moral.
O homem moralv o mundo a partir da perspectiva do certo edo errado, do bem e do mal.
O esttico v o mundo como umjogo.
No quer demonstrao lgica, intuitivo.
O H E tti
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O Homem Esttico
Enquanto o homem racional cheio de estratgias de
preservao, o estticono tem medo de se expandir:de viver ou de morrer.
O racionalse preocupa com o futuro, o estticose ocupa comagora, s olha o instanteque inocente, no pergunta paraqu.
Nessa perspectiva, o intil superior ao til.
O intil o melhor, o que est a serviodenada.
O P l d Fil fi
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O Papel da Filosofia
Ela noest a para suprir uma necessidadetcnica.
No est a para coisa alguma.
Enquanto que as tecnologias esto a para suprir umanecessidade, ou seja, no so boas nelas mesmas, a filosofiano precisa ter uma finalidade:seja poltica ou de outranatureza.
Se ela serveou deveservir para avida.
R f i Bibli fi
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Referncias Bibliogrficas
FILHO, Benjamim Julio de Gis. NIETZSCHE: DA
METAFSICA UMA FILOSOFIA ESTTICAOU DASERIEDADE DOS FILSOFOS INOCNCIA DO ARTISTA-CRIANAPPGFILUFRN.
GONALVES, Alexander. Transformaes dalinguagem: crtica e afirmao no discurso de Nietzsche.2010. 163 p. Dissertao (Mestrado em Filosofia)Universidade
Estadual do Oeste do Paran, Toledo, 2010.
Referncias Bibliogrficas
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Referncias Bibliogrficas
NIETZSCHE, Friedrich.A Filosofia na poca trgica
dos gregos(1873). Traduo:Rbens Torres Filho. In: OsPensadores. Volume: Os prsocrticos. So Paulo: Ed. Abril,1973.
_____. Crepsculo dos dolos, ou, como se filosofacom o martelo. Traduo: Paulo Csar de Souza. So Paulo:Companhia das Letras, 2006.
_____. Sobre verdade e mentira no sentido extramoral.In: Obras incompletas. Traduo: Rbens Rodrigues Torres.So Paulo: Abril Cultural, 1983.