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17 a 19/09/2011173XIX
* Violência está na mira do Ministério Público - p. 01
* Justiça diz que greve é ilegal - p. 04
* Contrabando de dinheiro público - p. 25
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Violência está na mira do Ministério Público
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o GLoBo - P. 15 - 18.09.2011
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.JOANA SUAREZO Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decretou on-
tem que a greve dos professores da rede estadual é ilegal. O de-sembargador Roney Oliveira, da 2ª Câmara Cível, considerou que a longa duração do movimento, que chega hoje ao 102º dia, pre-judica aos alunos com a possível perda do ano letivo. O sindicato da categoria informou que não pretende suspender a paralisação e que vai recorrer da decisão.
Em caráter liminar, o juiz determinou o retorno imediato das aulas sob pena de multa de R$ 20 mil na próxima segunda-feira, R$ 30 mil na terça, R$ 40 mil na quarta e R$ 50 mil por dia, a partir de quinta-feira, chegando ao valor máximo de R$ 600 mil. A ação civil pública do Ministério Público Estadual (MPE), que deu origem à decisão, pedia pena de multa diária de R$ 50 mil.
O mérito da ação ainda será julgado pelos demais desembar-gadores da 2ª Câmara Cível, mas, por hora, a decisão liminar está em vigor. A coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE), Beatriz Cerqueira, alega que a multa só poderá ser cobrada quando o mérito for julgado.
“O resultado é liminar e acreditamos que será mudado. O de-
sembargador que julgou essa ação é o mesmo que não promoveu a audiência que solicitamos no dia 5 de julho para a negociação com o Estado”, afirmou a coordenadora. Ainda não é possível saber se as contas bancárias do Sind-UTE serão bloqueadas ou se o dinhei-ro deverá ser depositado em juízo.
O advogado Éric Salgado, especialista em direito do traba-lho, explicou que, mesmo com a decisão ainda em caráter liminar, os professores assumem um risco ao optarem por não cumpri-la. “Ordem judicial se cumpre e depois se entra com recurso”, expli-cou o advogado. Ele afirmou que se a liminar não for revogada, o Sind-UTE terá que pagar a multa e os professores poderão ser demitidos.
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que 720 professores retornaram às salas de aula ontem, o que teria dimi-nuído o número de escolas afetadas pela greve. “O sindicato pode até não suspender (a greve), mas acreditamos que os professores não vão correr o risco de descumprir uma ordem judicial”, afirmou a secretária Ana Lúcia Gazzola. Histórico. Em 2010, a greve dos professores também foi considerada ilegal pela Justiça, mas o sin-dicato e o governo entraram em acordo após 47 dias de paralisa-
Professores
Justiça diz que greve é ilegalSindicato diz que segue a paralisação; Estado acredita em volta ao trabalho
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ção. A greve deste ano será a maior da história a partir de segunda, quando completa 104 dias, um a mais que a paralisação de 1987.
Intervenção
Dilma promete mediar acordoA presidente Dilma Rousseff fez ontem uma rápida visita a
Belo Horizonte, mas, antes de deixar a capital, recebeu represen-tantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) para uma reunião. Já no hangar do aeroporto da Pampulha, a presidente prometeu mediar as negociações entre o sindicato e o governo estadual. Nenhum representante do Estado quis falar sobre o assunto.
O encontro durou pouco mais de 15 minutos. Nele, a coor-denadora geral do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, entregou docu-mentos com informações sobre as condições de trabalho dos pro-fessores mineiros. Entre eles estava um estudo de auditores fiscais feito em 2002 relatando os investimentos do Estado na educação. Havia também o contracheque de um professor com o vencimento básico de R$ 369.
“Ela (Dilma) se comprometeu a realizar a mediação entre o governo e os professores. É sempre bom ter ajuda para que essa situação se resolva”, disse Beatriz. A coordenadora disse ainda que é preciso que o governo federal crie uma política para que os Esta-dos cumpram o que determina a lei do piso salarial.
maNIfesTação - Ontem, durante todo o dia, cerca de 30 professores ficaram acorrentados no canteiro central da praça da Liberdade, na região Centro-Sul da capital. O ato, que já havia sido realizado nessa semana na praça Sete e na praça da Assembleia, terminou em conflito com a Polícia Militar.De acordo com Beatriz Cerqueira, os militares chegaram a usar gás de pimenta contra os manifestantes. “O protesto foi encerrado assim que conseguimos uma reunião para terça-feira. Alguns professores que continuaram no local tentaram quebrar o cordão de isolamento e se envolveram em um confronto com a polícia”, explicou a coordenadora do Sind-UTE. (Gabriela Sales/JS)
saiba maisAssembleia. A próxima assembleia dos professores está mar-
cada para terça, 20, no mesmo dia em que o projeto de lei que institui o subsídio regime que incorpora os benefícios ao salário deverá ser votado pelos deputados no plenário da ALMG
Balanço. Segundo o governo, o número de escolas paradas caiu de 45 para 35 e o de instituições parcialmente afetadas caiu de 773 para 768ImPasse - O Estado oferece dois regimes aos professores: o subsídio e o piso nacional proporcional de R$ 712 para 24 horas. A categoria reclama que o Estado ignorou o tempo de serviço e o nível de escolaridade na aplicação do piso
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Justiça exige cronograma para desapropriação de torres
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Prefeitura é acusada de doação irregular
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Policiais acusados de corrupção
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dINheIro PÚBLICo
Da Mesa direto para o Rio
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Juízes, advogados, Ministério Público e jurisdicionados encontram-se hoje perante a maior revolução na história do processo judicial desde o advento da máquina de escrever, cuja utilização se tornou cada vez mais co-mum por volta dos anos 1940. Trata-se da substituição do papel datilografado pelo processo eletrônico. O bom datiló-grafo eliminou, gradativamente, o tex-to manuscrito, sendo frequente encon-trar alguém que escrevia cem palavras por minuto e acompanhava, sem errar, o magistrado na redução a termo de ex-tensos depoimentos.
Com a informatização, em vez de folhas, datilografadas ou digitalizadas, encartadas em autos, teremos petições, procurações, documentos, defesas, despachos, depoimentos, perícias, sen-tenças, recursos, razões e contrarrazões e acórdãos lançados em memória digi-tal, autenticados por assinatura virtual, palavra que, segundo os dicionários, expressa algo que “não existe como realidade, mas sim como potência ou faculdade”.
Curiosamente, a revolucionária tecnologia ingressou no processo pela porta de saída, ou seja, no momento da execução, quando se passou a fazer uso generalizado da penhora eletrônica, ou online. O sistema viu-se inicialmente adotado em reclamações individuais na Justiça do Trabalho, graças ao convê-nio de cooperação técnico-institucio-nal por mim assinado em 5 de março de 2002, como presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao lado do dr. Armínio Fraga, presidente do Ban-co Central. Os resultados revelaram-se imediatos e fulminantes, pois tornaram viáveis execuções de milhares de sen-tenças com trânsito em julgado enca-lhadas nos cartórios pela dificuldade de localização do executado ou de identi-ficação de bens passíveis de penhora.
A informatização total exige, en-tretanto, pessoal qualificado para ope-rar computadores. Sabemos, todavia, que existem magistrados incapazes de abandonar a máquina datilográfica e al-guns outros que insistem em manuscre-ver despachos e sentenças, repassados
a servidores incumbidos de digitá-los. Por outro lado, se aos grandes tribu-nais não escasseiam recursos finan-ceiros que lhes permitem a compra de equipamentos de última geração, nas comarcas isoladas no sertão remoto ju-ízes trabalham mal assistidos e quase esquecidos.
Nessa linha de pensamento, não podemos ignorar a situação dos advo-gados. São muitos com três ou quatro décadas de bons serviços cuja vida profissional principiou com as máqui-nas de escrever mecânicas, redigindo petições cujas cópias eram tiradas com papel carbono. Imagino como lhes será difícil prosseguir na profissão, mesmo porque nem sempre dispõem de meios para a transição da velha para a moder-na tecnologia. E aqueles que prestam assistência judiciária, ganhando pouco mais que o salário mínimo? O que será deles?
O que dizer, então, dos cartórios? Conseguirão aprimorar-se e aparelhar-se com a velocidade desejada pelo Conselho Nacional de Justiça?
A demanda reproduzida em folhas de papel tem aspectos positivos e nega-tivos. O positivo reside na confiabilida-de, por ser quase impossível rasurar o que se acha escrito com tinta indelével, numerado, rubricado, carimbado e au-tografado. O preço da segurança con-siste, todavia, na burocrática tendência à morosidade, essa praga nossa velha conhecida. As páginas virtuais, em contrapartida, trarão enorme diminui-ção de consumo de papel, redução de espaços e menor necessidade de pesso-al de apoio.
Para se consolidar o processo ele-trônico deverá vencer diversas modali-dades de resistência e garantir seguran-ça semelhante à encontrada no sistema tradicional. Não poderá, também, res-sentir-se da menor falha, quanto à qua-lidade e confiabilidade dos julgados. O vício do “recorta e cola”, difundido em escritórios de advocacia em massa, poderá contaminar magistrados, com imensos prejuízos para a Justiça e os jurisdicionados.
É bom que se cuide da informa-
tização do processo. Como presidente do TST, procurei incrementar o uso do computador como eficiente auxiliar dos srs. ministros. Não concordo, contudo, que a tecnologia da informação seja imposta de maneira radical e abrup-ta, vedando-se a juízes e advogados o direito de escolha entre o método que conhecem e dominam e a tecnologia da informática, que terão necessidade ur-gente de aprender.
Há poucos dias, em rumorosa dis-puta intersindical, o emprego negligen-te do sistema informatizado na divul-gação de julgados produziu autêntica teratologia judicial. Em determinado Tribunal Regional do Trabalho, a mes-ma causa, entre as mesmas partes, re-cebeu, em rápida sequência, duas deci-sões contraditórias. O acórdão publica-do em primeiro lugar negou e o segun-do deu provimento a recurso ordinário ajuizado pelo autor. Alegou o relator e subscritor de ambos os julgados que a culpa teria sido de servidor, o qual teria expedido, para publicação pelo Boletim Eletrônico do TRT, o julgado equivocado. Como explicar, entretanto, a existência de dois elaborados em sen-tido diametralmente oposto, ambos se-gundo as exigências formais do Código de Processo? O enigma permanece - e jamais será explicado.
A celeridade é necessidade im-posta pela Constituição no artigo 5º, LXXVIII. Não deve, contudo, ser pro-movida a qualquer custo e preço. Pela própria natureza revestida de formali-dades, o “devido processo legal” exige direção cercada de cuidados.
A tecnologia da informatização é inevitável e se encontra em fase de desenvolvimento e implantação. Deve-mos acolhê-la com otimismo prudente e contido, sem prejuízo do direito de defesa, da confiabilidade do processo, de segurança para as partes, os advoga-dos e da majestade do Judiciário, cuja atuação é essencial ao Estado de Direi-to democrático.
ADVOGADO, FOI MINISTRO DO TRABALHO E PRESIDENTE DO TST
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A Justiça e a nova tecnologia
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