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17 Maio 2011

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O TEMPO - 1ª P. E P. 24 - 17.05.2011

DESVIO DE DINHEIRO

Em meio a disputa de poder,

Fumec sofre rombo de até R$ 10 milhões

Uma das universida-des mais tradicionais do Estado, a Fumec é dispu-tada por dois grupos. Um deles, cuja continuidade no poder foi contestada pelo Ministério Público, contratou uma empresa para prestar seviços advo-catícios. Porém, a firma não tem qualificação para atuar em questões jurídi-cas. No endereço dela, existe uma casa abando-nada. O ex-presidente da universidade é suspeito de nepotismo e demissão irregular de 42 funcioná-rios. Página 24

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O TEMPO - P. 10 - 17.05.2011

NA FILA

Assinante reclama de concurso da PBH

Humberto Moraes São Domingos do Prata-MG “Minha filha foi aprovada num concurso da Prefei-

tura de BH, como procuradora, em segundo lugar, e o edital previa três vagas. A PBH só chamou a primeira colocada e já se passaram três anos. Por que no inte-

rior de Minas o Ministério Público obriga as prefeituras a darem posse a todos os aprovados dentro das vagas publicadas no edital e na capital vemos pela TV funcio-nária da prefeitura, sem concurso, praticando extorsão, enquanto os concursados aguardam a posse nos cargos conquistados legalmente? Os jovens brasileiros perdem o estímulo e a esperança nos concursos, principalmente aqueles como minha filha, que passam honestamente, sem falcatruas e ajuda política. São concursos assim que pretendem moralizar o serviço público no Brasil?”

ESTADO DE MINAS - P. 10 - 17.05.2011cARTAS à REDAçãO

A fundação Um escândalo ameaça abalar a Fumec. O atual grupo gestor da fundação contratou uma

empresa sediada no vizinho município de Rio Acima, paraíso das notas fiscais, para a prestação de serviços à instituição de ensino privado na área do Direito. Detalhe: a empresa não só não é escritório de advocacia, como em seu endereço não funciona nada, além de um carro velho na garagem. O MPE está com a palavra...

O caso Fumec caminha célere para o Conselho Nacional de Justiça. E pode até provocar a intervenção na faculdade, o que seria uma lástima.

HOJE EM DIA - P. 2 - 17.05.2011 - MáRcIO FAguNDES

Audiência. ALMG quer explicações de José Carlos Carvalho

Corrupção no IEF estã na mira de deputados

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DIáRIO DO AçO - ON LINE - 15.05.2011

Novo sistema de monitoramento funciona na sala da Promotoria de Meio Ambiente, ao lado do mecanismo que acompanha a qualidade do ar Equipamento já mede emissões das maiores fontes de poluentes na Usiminas

Moriá BenevidesMP conta com sistema automático de monitoramento de chaminésIPATINGA O titular da Promotoria de Defe-

sa do Meio Ambiente e Urbanismo em Ipatinga, Walter Freitas de Moraes Júnior, faz o acompanhamento do sis-tema de monitoramento automático dos emissores de poluentes nas fontes, no caso, as chaminés da Usiminas.

Em entrevista ao DIÁRIO DO AÇO, o representante do Ministério Pú-blico mostrou como se dá o funciona-mento do novo mecanismo eletrônico, que começou a funcionar parcialmen-te em seu gabinete há cerca e 30 dias. Atualmente, o controle é feito em seis chaminés da siderúrgica. Walter Freitas disse que a previsão é de que, em no má-ximo dois anos, todas as fontes da Usi-minas já estejam sendo monitoradas. “O projeto está em fase de implementação e funcionando parcialmente. Inicialmen-te, o monitoramento está sendo feito nas chaminés de maior volume.

Até 2013 a intenção é que todos já estejam em pleno funcionamento”, afir-mou. Os estudos para a implantação de um sistema para medir o nível de poluen-tes diretamente das fontes já vêm desde 2009 e foi desenvolvido em conjunto com a rede de monitoramento da qua-lidade do ar. Desde 2010, painéis com leituras de monitoramento instalados na Praça dos Três Poderes, Parque Ipane-ma e bairros Cariru e Horto (Shopping do Vale do Aço), informam, em tempo real, a qualidade do ar medida em quatro estações localizadas em pontos distintos da cidade: Cariru, Veneza, Bom Retiro e Cidade Nobre.

O novo sistema foi criado para que o Ministério Público pudesse acompanhar de perto a emissão de gases danosos ao meio ambiente pela Usiminas. “O prin-cipal objetivo do sistema de monitora-mento é medir a quantidade de SO2 (di-óxido de enxofre) emitidos pelas fontes da usina ligadas à área de coqueria. Esse gás é o causador direto de impactos am-bientais, como a chuva ácida”, explicou Walter Freitas. O objetivo é verificar se a Usiminas cumpre o acordo estabelecido junto à promotoria, no qual a empresa se comprometeu a controlar a quantidade de poluentes emitidos ao meio ambiente

respeitando as limitações estabeleci-das pela legislação. Numa avaliação do sistema desde que começou a ope-rar, Walter avalia que, “aparentemen-te, está funcionando bem”. Ou seja, os níveis alcançados até agora estão dentro da normalidade.

Avanços Mais adiante, após o início das

atividades da já anunciada coqueria 3, o sistema também vai monitorar, além do SO2, a emissão de material particulado e de NOx(nitróxido de oxigênio). Com relação ao material particulado, o promotor disse que a promotoria já faz um acompanhamen-to das áreas de sinterização, um dos principais responsáveis pela produção desses resíduos. “Foi constatado que a Usiminas tem um problema com o sistema de despoeiramento na área de sinterização, mas já requisitei infor-mações mais atualizadas para buscar a melhor forma de solucionar essa questão”, adiantou.

O representante do MP contou que esse sistema é pioneiro no Brasil. “Esse sistema de monitoramento de empresas interligado com o Ministé-rio Público, eu, pelo menos, não co-nheço a existência em outro lugar.

A iniciativa é muito interessan-

te e acaba sendo mais uma garantia em prol da sociedade”, finalizou Walter Freitas.

Usiminas garante que emissões estão dentro

da normalidade Moradores de diversos bairros em

Ipatinga, entre eles o Bela Vista, Novo Cruzeiro, Caravelas e Centro, reclama-ram durante a semana que passou, do au-mento do material particulado (pó preto) nas casas, estabelecimentos comerciais e nas ruas. A poluição aumentou consi-deravelmente, segundo reclamaram os moradores. A origem da poluição é in-certa, mas a maior suspeita recai sobre as emissões de material particulado pela Usiminas, uma vez que o pó preto che-gou acompanhado de material brilhoso, semelhante a minério de ferro.

A assessoria de comunicação da empresa afirma que as emissões da Usi-na Intendente Câmara estão dentro dos padrões normais. No entanto, o setor ambiental da empresa admite que, no período frio, a inversão térmica permite uma maior percepção da poluição por-que a dispersão do material fica mais concentrada.

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HOJE EM DIA - P. 24 - MINAS -17.05.2011

Protesto tumultua trânsito em Brumadinho

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ESTADO DE MINAS - P. 06 - 17.05.2011

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HOJE EM DIA - P. 18 - 17.05.2011

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HOJE EM DIA - P. 18 - 17.05.2011

O TEMPO - 1ª P. 17.05.2011

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O TEMPO - P. 26 - 17.05.2011

MÁBILA SOARES Doze pessoas acusadas de aplicar golpes de empréstimo

pela internet começaram a ser julgadas ontem no fórum La-fayette, em Belo Horizonte. Em janeiro deste ano, o Minis-tério Público Estadual (MPE), em conjunto com a Polícia Militar, deflagrou a operação Mercúrio, destinada a desbara-tar a organização criminosa que lesava os internautas.

A audiência envolve uma grande mobilização e um es-

quema reforçado de segurança, em virtude da requisição dos suspeitos, dentre eles seis mulheres. Uma delas é ex-fun-cionária de um banco que facilitava o acesso da quadrilha a contas bancárias para os golpistas.

Foram cumpridos, além de mandados de busca e apre-ensão, seis mandados de prisão em Belo Horizonte, dois em Mateus Leme, dois em Santa Luzia, um em São José da Lapa, dois em Uberlândia e um em São Paulo, capital.

O TEMPO - P. 26 - 17.05.2011 Operação Mercúrio

Acusados de golpes na internet são julgados

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ESTADO DE MINAS - P. 24 - 17.05.2011 cASO RARO

Assistência garantida na Justiça

O TEMPO - P. 28 - 17.05.2011Itabira

MPE determina tratamento a criança com

doença visualMÁBILA SOARESA pedido do Ministério Público

Estadual (MPE), uma criança de 11 anos que sofre da síndrome de Irlen terá tratamento contínuo na rede pú-blica de saúde. O menino, que mora em Itabira (Vale do Aço), sofre de uma doença que ataca a percepção vi-sual, prejudicando a leitura e o apren-dizado.

Segundo o MPE, o acompanha-mento deverá consistir em óculos especiais, entre outras ações médicas específicas. Um relatório alertou que o menino precisa do uso constante do aparelho para frear o avanço da doen-ça.

HOJE EM DIA - P. 19 - 17.05.2011

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HOJE EM DIA - P. 19 - MINAS - 17.05.2011

Policiais ameaçados de morte estão sob risco de despejoServidores retirados de suas casas e levados para condomínio, de onde serão retirados

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Por Gabriela RochaEm artigo publicado nessa quinta-feira na ConJur, o professor

Luis Flávio Gomes criticou a atuação do Ministério de São Pau-lo depois de considerar dados do relatório divulgado pelo órgão, com a atuação entre 2004 a 2009. A divulgação é inédita e, segundo LFG, mostra que “a grande criminalidade não faz parte das preo-cupações dos MPs estaduais, que, servos do inquérito policial, não conseguem superar a seletividade da Polícia Civil e Militar contra os crimes dos miseráveis”.

No relatório consta que, no âmbito criminal, o MP-SP ofere-ceu 1.047.525 denúncias e arquivou 1.169.940 inquéritos policiais no período. “O número exagerado de arquivamentos mostra a bai-xa qualidade informativa e investigativa da Polícia, cuja crise se agrava a cada dia (por falta de estrutura, baixos salários, corrupção etc.)”, diz LFG.

No documento é informado que o delito mais denunciado foi o furto (177.454), seguido por roubo (113.413), tráfico de entorpe-centes (95.932), arma (57.417), estelionato (43.996), uso de entor-pecentes (38.636), homicídios dolosos (26.309), estupro (19.214) e outros (12.645).

Renato Campos Pinto de Vitto, defensor público que atua no 1º Tribunal do Júri de São Paulo e é coordenador da comissão de Justiça e Segurança do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), concorda com LFG. “Os números não são motivos de orgulho ao MP-SP enquanto órgão acusatório.”

Apesar de reconhecer o valor da divulgação do relatório, na medida em que concretiza a transparência e publicidade das ins-tituições públicas, ele acredita que os dados mostram que há um foco na apuração dos delitos como roubo e furto “em detrimento de um trabalho mais abrangente de apuração de crimes contra a ordem econômica”. Estes tipos de crime, diz, não envolvem “o usuário do banco dos réus, que tem sido o pobre”.

Ele considera que o fato do percentual de inquéritos arquiva-dos quase alcançar o de denúncias “indica claramente a pouca valia da investigação feita pela Polícia”. Para ele, isso significa que o MP-SP deveria dar ênfase em sua atuação constitucional de controle externo daquele órgão. “Essa atribuição não é levada como prio-ridade da atuação, e tem efeito preventivo mais do que repressivo”.

Apesar de admitir não ter dados estatísticos, o defensor arris-cou que 70 a 80% das denúncias oferecidas se originam de autos de prisão em flagrante, nos quais a ocorrência cai no “colo” da Polícia. “Não há propriamente trabalho de inteligência e investigação.”

O defensor observa que mesmo os números relativos à atuação do órgão quanto aos crimes de roubo e furto são muito aquém da incidência penal. Segundo ele, em 2009 houve 529 mil ocorrências de furto e 257 mil de roubo, e o MP-SP denunciou, respectivamente, 28 e 21 mil casos.

Para ele, os dados reforçam a ideia de que a intervenção do MP na violência é simbólica. “A atuação não traz resposta ao fenômeno da criminalidade nem muda a segurança pública”, acredita.

culpaO promotor de Justiça em Minas Gerais, Andre Luis Melo,

chama atenção para a “iniciativa louvável” do órgão de mostrar dados. “É uma revolução e permite pensar estratégias”, considera. Quanto às soluções para a realidade apresentada, ele chama a aten-ção para o fato de que, no sistema brasileiro, ainda prevalece, embo-ra não na letra da lei, o mito da “obrigatoriedade da ação penal”.

“Se a sociedade procura a Polícia e registra boletins sobre o furto, o Ministério Público e os policiais irão, obrigatoriamente, atuar mais em furtos, os quais são mais simples de provar e geral-mente cometidos por pessoas com menos estudo”, constata.

Além de discutir a “obrigatoriedade da ação penal”, o promo-tor sugere que pequenos furtos passem a ser julgados em ação penal pública concidionada. Contudo, reconhece que a ideia tende a não ser bem aceita. “Para a sociedade, o patrimônio é mais sagrado que a integridade corporal, tanto que lesão corporal leve e estupro são ação penais condicionadas e não gera espanto social. Já falar em ação penal pública condicionada para pequenos furtos é considera-do um absurdo.”

O promotor também deixa claro que, se há culpa pelo que o re-latório aponta, ela não deve ser creditada apenas ao MP. “O próprio Judiciário dificulta o combate aos crimes mais complexos, pois exi-ge uma prova prévia para se justificar uma ação penal, por exemplo, em crime financeiro e eventual quebra de sigilo ou escuta”, diz.

Atuação diversificadaO procurador-geral de Justiça do MP-SP, Fernando Grella

Vieira, afirma que o órgão não está preocupado apenas em punir autores de furtos e roubos. Tanto que, para aumentar a efetividade no combate aos chamados crimes de colarinho branco, o MP-SP criou, em 2008, o Grupo Especial de Combate aos Delitos Econô-micos (Gedec).

“Além disso, nos últimos anos, reformou o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), instalou o Laboratório de Lavagem de Dinheiro e o Laboratório de Combate a Cartéis, me-diante convênio com o Ministério da Justiça, e neste semestre, pôs em operação o Sistema de Investigação de Movimentações Bancá-rias (SIMBA), que facilita e agiliza a obtenção e análise dos dados oriundos da quebra do sigilo bancário de suspeitos de envolvimento em crimes”, explicou.

Ele também apresentou dados: “entre 1992 e 2009, a Promo-toria de Justiça do Patrimônio Público e social ajuizou 764 ações de improbidade administrativa, nas quais questiona a recuperação de mais de R$ 34 bilhões. Os promotores que atuam nessa área já obtiveram o bloqueio judicial de quase R$ 6 bilhões para o ressarci-mento dos cofres públicos lesados”.

Nesse sentido, lembra, com base no Relatório do Cadastro Na-cional de Condenações Cíveis por Ato de Improbidade Administra-tiva do Conselho Nacional de Justiça, que o MP-SP é a instituição com maior número de condenações obtidas em ações por impro-bidade administrativa no Brasil na medida em que já obteve 1.301 condenações, ou seja, 42,3% das 3.075 condenações já transitadas em julgado no país.

O procurador informou que com a implantação do módulo cri-minal do sistema informatizado integrado (SIS MP Integrado), no futuro, o órgão “terá dados consolidados com o detalhamento do combate a todos os tipos de crime, o que certamente contribuirá para mudar a percepção equivocada do colunista”.

Esforço contínuoFoi adiado para o dia 31 de maio o prazo para os membros do

Ministério Público responderem aos questionários do II Diagnósti-co do órgão. O estudo, feito pela Secretaria de Reforma do Judiciá-rio do Ministério da Justiça, Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e outras entidades representativas do MP, vai colher informações sobre a estrutura organizacional, orça-mentária, financeira, material e de recursos humanos e sobre o perfil dos membros.

Além de mostrar a realidade nacional do órgão, o levantamento reunirá informações que serão essenciais para a construção de novas alternativas de atuação e fortalecimento do órgão. Os promotores e procuradores que quiserem participar do diagnóstico devem acessar o site https://www.inbrape.com.br/diagnosticomp/Inicial.aspx.

cONSuLTOR JuRíDIcO - SP - cONAMP - 16.05.2011

MP-SP deve usar dados para pensar estratégias

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Por Mirella D’EliaCarlos Velloso, ex-presidente do

Supremo Tribunal Federal: “Muitas vezes, se verifica que o CNJ invade a atribuição jurisdicional. Até com boas intenções. Mas de boas inten-ções o inferno está cheio”

No papel, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem a função de exercer o controle administrativo e financeiro dos tribunais e zelar pelo cumprimento dos deveres funcio-nais dos juízes, punindo-os, quan-do necessário. É o que determina a Emenda Constitucional 45, de 2004, que instituiu a chamada reforma do Judiciário.

O órgão já tomou decisões em-blemáticas: mandou acabar com o nepotismo e, mais recentemente, fixou em oito horas a jornada de tra-balho nos tribunais. Já as punições contra magistrados foram poucas até hoje – 45. Aplaudido por mui-tos, não virou unanimidade. Pelo contrário: é apedrejado por outros tantos – até mesmo por alguns mi-nistros do Supremo Tribunal Fede-ral (STF), a última instância da Jus-tiça brasileira. E acusado, não raras vezes, de extrapolar suas funções.

Em seis anos de existência, o CNJ, mais do que olho-vivo do Ju-diciário, se transformou em vitrine - alvo de cobiça para os que não estão lá e de status e prestígio para os que lá estão. Com a proximidade do fim dos mandatos de parte de seus com-ponentes, a guerra por algumas das quinze cadeiras do órgão está em plena efervescência. Dessa batalha ficam de fora a presidência, exerci-da pelo chefe do Supremo - atual-mente, o ministro Cezar Peluso -, e a corregedoria-nacional de Justiça, ocupada sempre por um integran-te do Superior Tribunal de Justiça

(STJ), que indicou a minsitra Eliana Calmon para o cargo. Peluso e Elia-na têm mandatos até 2012.

Os demais postos são distribu-ídos entre integrantes do STJ, do Ministério Público, das justiças fe-deral, estadual e do trabalho, além de duas vagas para advogados indi-cados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras duas para cidadãos de “notável saber jurídico e reputação ilibada”, indicados pela Câmara e pelo Senado.

Senado – É justamente pela vaga reservada ao Senado que se instalou o maior foco de disputa. Até julho, a cadeira será ocupada pelo profes-sor de direito Marcelo Neves, que teve o apoio de Gilmar Mendes para chegar ao cargo e agora tenta a re-condução por mais dois anos. Tem como principal adversário o consul-tor-geral do Senado Bruno Dantas, que, atualmente, integra o Conse-lho Nacional do Ministério Público (CNMP), instituição que conquis-tou bem menos visibilidade do que o CNJ diante da opinião pública e da comunidade jurídica. Os dois es-tão em plena campanha.

Dantas tem o nome frequente-mente vinculado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e ao ex-presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL) – principal-mente após ter elaborado nota téc-nica apontando irregularidades na tramitação de representação contra o senador alagoano no Conselho de Ética, em 2007. Alvo, ao todo, de cinco representações, o senador não foi punido à época e renunciou à presidência do Senado. Nesta le-gislatura, garantiu uma cadeira no Conselho de Ética que já o investi-gou.

A interlocutores, Dantas tacha

de reducionista o discurso de que teria como padrinhos apenas Sarney e Renan. Calcula ter apoio supra-partidário - de pelo menos 60 se-nadores de oito legendas. Prestes a tentar a recondução ao CNMP, onde tem mandato até agosto, foi con-vencido a tentar migrar para o CNJ. Há quem diga que ter um servidor do Senado para representar a Casa em um órgão de cúpula do Judiciá-rio não seria um bom exemplo para honrar o princípio constitucional da separação de poderes.

Do lado oposto do ringue, Neves evita contabilizar apoios, mas diz contar com nomes de peso, como os dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Humberto Costa (PT-PE). Para tentar convencer senadores, costuma comparar o currículo ao de Dantas. Caberá aos senadores bater o martelo. Na primeira vez em que concorreu ao cargo, Neves foi eleito com o mínimo de votos dos senado-res para ser o indicado – 41.

A vaga de juiz estadual, da cota do Supremo, também é alvo de co-biça. Há dois nomes no páreo. De um lado, o secretário-geral adjun-to do CNJ, o juiz José Guilherme Vasi Werner que, comenta-se, é o preferido de Peluso. Do outro, o ex-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares, que tem feito vá-rias incursões ao conselho e teria o apoio do ministro do STF Ricardo Lewandowski. Na corrida ao con-selho, Werner é apontado como o nome mais forte.cRISTIANO MARIz

O ministro do STF Marco Au-rélio Mello: “Não interessa ao juiz que o tribunal fique de joelhos”.

Críticas – Uma das maiores crí-ticas à atuação do CNJ é quanto aos

VEJA - SP - cONAMP - 16.05.2011

CNJ: a fogueira das vaidadesCriado para exercer o controle externo da magistratura, órgão, que virou alvo de cobiça, puniu pouco e ainda divide opiniões - até mesmo no STF

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seus limites. Os ataques foram fre-quentes em 2010, em dois episódios marcantes. No primeiro, em agosto, o ministro do STF Celso de Mello concedeu liminar para suspender os efeitos de decisão do conselho que aposentara compulsoriamente, seis meses antes, dez juízes e desembar-gadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) por suspeita de desvio de dinheiro. A decisão foi tachada como um “balde de água fria” OAB.

O principal argumento de Cel-so de Mello foi o de que, apesar de ter legitimidade para punir juízes, o CNJ tem competência subsidiária à dos tribunais, que possuem órgãos correcionais. Em outras palavras: o conselho só pode atuar quando os tribunais não o fizerem. Peluso compartilha dessa opinião e deve seguir o entendimento de Celso de Mello quando o plenário do Supre-mo julgar o mérito da questão.

Disse o ministro: “O desem-penho da atividade fiscalizadora (e eventualmente punitiva) do Con-selho Nacional de Justiça deveria ocorrer somente nos casos em que os tribunais deixassem de fazê-lo ou pretextassem fazê-lo ou demons-trassem incapacidade de fazê-lo ou, ainda, protelassem, sem justa causa, o seu exercício”.

O segundo episódio ocorreu em dezembro, quando a corregedora

nacional de Justiça, Eliana Calmon, cassou decisão da Justiça do Pará, ao suspender bloqueio de 2,3 bi-lhões de reais no Banco do Brasil. Foi a primeira vez que se teve notí-cia de interferência do órgão numa decisão judicial.

Eliana Calmon baseou-se em documentos que apontavam indí-cios de que o possível saque ou transferência da quantia favorece-ria uma quadrilha especializada em golpes contra instituições bancárias. A Associação Nacional dos Magis-trados Estaduais (Anamages) reagiu de imediato. Acusou o conselho de ultrapassar os limites de suas atri-buições, usurpando função reserva-da, pela Constituição, aos tribunais, o que traria insegurança jurídica.

A tabelinha Peluso-Calmon, aliás, não repete nem de longe a an-terior, que tinha Gilmar Mendes na presidência do CNJ e Gilson Dipp à frente da corregedoria. Pelo contrá-rio. Há quem diga que ele e ela mal se falam.

Angústia - O decano do Supre-mo não é o único a questionar os limites do CNJ. Embora não tenha se pronunciado no caso julgado por Celso de Mello, Gilmar Mendes já declarou, durante sabatina no Sena-do, em 2008: “Não cabe ao conse-lho dar resposta para cada angústia tópica que mora em cada processo”. No mesmo dia, disse que o conselho

não pode ser um “muro das lamen-tações”, ressaltando que ele deve agir somente na ausência das corre-gedorias dos tribunais.

Há relatos velados de descon-tentamento por parte de outros mi-nistros. Outros não são nada discre-tos. Conhecido por não ter papas na língua, Marco Aurélio Mello é um crítico contumaz do CNJ. “Já disse, em uma verdadeira premonição, que estava surgindo um super órgão. E está. Não estão olhando para a cláu-sula da Constituição Federal que de-termina a autonomia dos tribunais”, disse ao site de VEJA, na semana passada, durante o julgamento sobre a união estável de casais do mesmo sexo. “Não interessa ao juiz que o tribunal fique de joelhos.”

Ex-presidente do Supremo, o ministro aposentado Carlos Vello-so aplaude a existência do órgão de controle externo para ajustar a conduta de juízes. Mas ressalta que o CNJ deve ter atuação meramen-te administrativa. “Interferir em decisões judiciais é grave e atenta contra o princípio da autonomia do Judiciário”, adverte. “Muitas vezes, se verifica que o CNJ invade a atri-buição jurisdicional. Até com boas intenções. Mas de boas intenções o inferno está cheio.”

cONT... VEJA - SP - cONAMP - 16.05.2011

Despacho do Ministério Público pedindo a abertura de inquérito policial que vai apurar denúncia do “caso Caresa-mi” já está na Delegacia Regional. Na próxima segunda-feira (16), o inquérito será designado a uma delegacia especializa-da após estudo do delegado regional Francisco Gouvêa, que vai investigar as denúncias de agressões e constrangimentos a menores internos.

Os promotores Eduardo Pimentel de Figueiredo, dos Direitos Humanos, e André Tuma, da Infância e Juventu-de, assinaram o pedido de investigação. Será apurado, como informou a coluna Umas & Outras de ontem, “supostos ilíci-tos penais perpetrados no interior do Caresami”.

O delegado regional Francisco Gouvêa Motta afirmou que o caso chegou ontem à delegacia regional. “Ele está na delegacia, vou examiná-lo e designar a uma delegacia para que possa ser apurado devidamente”, salientou Francisco, reforçando que até segunda-feira (16) a apuração terá um delegado titular.

As denúncias de agressões no Centro de Atendimento e Reeducação Social do Adolescente e Menor Infrator de Ube-raba (Caresami) foram encaminhadas por um e-mail. Fotos sem datas revelavam que “a sociedade não tem ideia do que os adolescentes passam para ter um bom comportamento”.

Jornal da Manhã - Mg - conamp - 16.05.2011

Despacho do Ministério Público já está na Delegacia de Polícia

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O TEMPO - P. 25 - 17.05.2011

ONg

Só 13 Estados têm sala para criança depor

Rio de Janeiro. Seis meses depois de o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recomendar a todos os tribu-nais do país a instalação de salas especiais para coleta de depoimentos de crianças e adolescentes vítimas de violência, somente 13 Estados já contam com locais ade-quados.

São 40 no total, em geral frutos de iniciativas isola-das de juízes sensíveis às dificuldades enfrentadas pelos menores para relatar o trauma que viveram, especialmen-te os de origem sexual.

O número foi divulgado pela Childhood Brasil, bra-ço da World Child-hood Foundantion, ONG fundada há 12 anos pela rainha Silvia, da Suécia, para amparar as vítimas de exploração e abuso sexual mundo afora.

A rainha da Suécia está no Rio de Janeiro para divul-gar e participar de um show em benefício da entidade no Teatro Municipal do Rio, hoje, que mobilizará artistas como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Milton Nasci-mento.

O TEMPO - P. 14 - 17.05.2011Indenização

Restaurante paga por batida com manobrista

A seguradora de um médico que teve o carro ba-tido após ser deixado com um manobrista de um res-taurante conseguiu ser indenizada em Belo Horizonte. A 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) condenou o restaurante a pagar à segu-radora R$ 7.626,21.

O médico entregou seu veículo, um Peugeot 307, ano 2005, a um funcionário de um restaurante na re-gião Sul da capital que ofertava serviço de manobrista e, após uma hora, ele foi informado de que seu veículo havia sofrido uma colisão no local em que estava esta-cionado. Segundo o Boletim de Ocorrência, o veículo havia sido estacionado em local proibido, sobre a faixa de pedestres e a menos de três metros de uma esquina. Com a colisão, o veículo sofreu diversas avarias.

O médico já havia conseguido indenização corres-pondente às despesas com as quais teve de arcar, como a franquia do seguro e os gastos com aluguel de outro automóvel.

O TEMPO - P. 11 - 17.05.2011

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ESTADO DE MINAS - P. 26 - 17.05.2011gLObO ONLINE - RJ cONAMP - 17.05.2011

Carro de promotor é alvo de três tiros na

BahiaSÃO PAULO

O Ministério Público da Bahia aguarda o resultado das investigações da polícia sobre os tiros dados contra o veículo do promotor de Justiça Paulo Gomes Júnior, que integra o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco). O carro foi alvejado na noite do último sábado, na Avenida Tancredo Neves, nas proximidades do Hospital Sarah, quando Paulo Gomes retornava de um pas-seio com a mulher e o filho de três anos.

O atirador, que estava tam-bém em um veículo, efetuou quatro disparos, e três atingi-ram o carro. Um tiro acertou o porta-malas e se alojou no es-tepe; o segundo acertou o pneu traseiro do lado esquerdo; e o terceiro perfurou uma das por-tas do carona e fragmentou-se no tapete.

Antes de atirar, o agres-sor xingou o promotor quando os dois carros emparelharam num semáforo em frente a um posto de combustível na Ave-nida Professor Manoel Ribei-ro. Paulo Gomes abriu o vidro do seu carro para saber o que estava acontecendo. Pouco depois, o homem atirou. A in-vestigação está sendo mantida sob sigilo.

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Bertha Maakaroun A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen

Lúcia Antunes Rocha criticou ontem, durante a abertura da Semana do Defensor Público em Minas Gerais, o abuso de recursos processuais para adiar indefinidamente a execução da Justiça. “A quem interessa que os processos judiciais se eternizem?” A ministra considerou tão importante quanto o acesso à Justiça, o direito a uma prestação jurisdicional em tempo razoável. “É preciso repensar a quem interessa a morosidade da Justiça”, disse. “Ao Poder Judiciário não in-teressa absolutamente”, acrescentou ela. “A parte que perde e insiste em recursos protelatórios compromete inclusive a confiança na Justiça daqueles que têm o direito uma, duas, três vezes reconhecido”, afirmou.

Depois de citar em sua palestra um processo que anali-sou recentemente com oito embargos de declaração, Cármen Lúcia chamou a comunidade jurídica a repensar o papel do advogado, do juiz e do Ministério Público. “Quem tem o direito, vá a juízo. Mas o cidadão tem o direito de ter acesso e tem o dever de acatar o que a Justiça decide”, afirmou, considerando ainda que a Justiça célere depende de não de uma só parte, mas de todos. “Não existe democracia sem

confiança no poder público e não há como confiar em pro-cessos que ficam duas décadas sem uma solução”, acrescen-tou, lembrando que isso passa pela ética processual dos ad-vogados, de não ficarem protelando indefinidamente o curso do processo.

Na mesma linha de raciocínio, a defensora pública-ge-ral Andréa Abritta Garzon Tonet assinalou: “Uma questão é garantir a ampla defesa e o contraditório pleno. A outra é usar dos recursos que a lei oferece para protelar a decisão”. Considerando que quem está perdendo nunca quer o fim do jogo, Andrea observou ser necessária a conscientização dos operadores do direito para o uso ético dos recursos. A defen-sora pública-geral considerou ser necessária uma discussão sobre tema, para evitar abusos no uso dos mecanismos legais instituídos para garantir direitos, não para postergar a exe-cução da Justiça. LAçO bRANcO

A abertura da Semana do Defensor Público foi mar-cada pela Campanha do laço branco – homens pelo fim da violência contra as mulheres. Representantes do Conselho Estadual da Mulher distribuíram laços brancos a todos os participantes das palestras.

BrasíliaO ministro do Supremo

Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes negou pedido de soltu-ra do terrorista italiano Cesare Battisti.

No sábado, o ministro Jo-aquim Barbosa, não analisou, como esperado, o pedido de re-laxamento de prisão do italiano e mandou os autos do processo de volta ao relator do caso. O pedido de relaxamento foi fei-to pelos advogados do italiano, Luis Roberto Barroso e Renata Saraiva.

Barbosa recebeu o pedido dos advogados na noite de sex-ta-feira porque Mendes estava em viagem oficial aos Estados Unidos. Como havia informação nos autos de que ele retornaria ainda no final de semana ao Bra-sil, Barbosa não tomou nenhuma decisão.

O regimento determina que,

em caso de pedidos urgentes (como relaxamento de prisão), esses devem ser analisados pelo “ministro imediato de antigui-dade”. Seria a ministra Ellen Gracie, mas ela também está nos Estados Unidos, com o colega. O caso, então, acabou com Joa-quim Barbosa no final da noite de domingo.

O caso. Cesare Battisti está preso desde 2007 por consequên-cia de um pedido de extradição do governo italiano. No final de 2010, o ex-presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva negou o envio do italiano ao seu país de origem no que parecia ser o fim de uma longa batalha jurídica. Mesmo assim, ele continuou preso.

Battisti foi condenado à pri-são perpétua pela Justiça italiana por crimes cometidos durante os anos 70 - quatro assassinatos cometidos como integrante da organização esquerdista radical

Proletários Armados pelo Co-munismo (PAC).

Depois de anos fugindo, ele foi preso no Brasil, mas recebeu do então ministro da Justiça, Tarso Genro, refúgio político em 2009.

Naquele mesmo ano, o STF anulou o ato de Genro. Depois, autorizou sua extradição à Itália, mas afirmou que a última pala-vra seria do presidente da Repú-blica, que aconteceu em 2010. A Procuradoria Geral da República sempre se posicionou pela per-manência de Battisti no Brasil.

Segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o STF não deve sequer reconhecer um pedido do governo da Itália contra a decisão de Lula.

O ex-presidente manteve Cesare Battisti no Brasil, afir-mando que ele poderia sofrer perseguição política se fosse en-viado à Itália.

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Em belo Horizonte

Ministra condena excesso de recursosCármen Lúcia critica os embargos que adiam indefinidamente a execução da Justiça e questiona a quem interessa a lentidão

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Recurso

Ministro nega pedido de soltura de Cesare Battisti Desde sexta-feira, defesa do italiano esperava por uma resposta do STF

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BRASÍLIAA pessoa que tiver seu talão de

cheque roubado ou extraviado, e não tenha percebido o problema, está mais protegido a partir de agora. O Banco Central (BC) publicou ontem circular que obriga os bancos a verificar outros motivos que possam justificar a devo-lução, antes de “devolverem” o cheque alegando falta de fundos ou conta cor-rente encerrada.

Ou seja, terão de averigar eventuais erros de preenchimento ou assinatura incorreta, por exemplo. Assim, acredi-ta o BC, ficam menores as chances de o dono do cheque ter seu nome incluído no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundo (CCF) injustamente.

Caso o cheque tenha a assinatura e os outros dados corretos, mas mesmo assim não tiver fundos, ou a conta cor-rente já tiver sido encerrada, o titular do documento terá seu nome adiciona-do ao CCF. A circular 3.535 publica-da ontem regulamenta a resolução de abril, definida pelo Conselho Monetá-rio Nacional (CMN) e que criou novas regras para os cheques. Entre elas, a que obriga a apresentação de um Bo-letim de Ocorrência (BO) para sustar

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Banco Central dificulta devolução de cheque sem fundo

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um cheque. A Febraban informou que esses procedimentos já são adotados na

prática e, por isso, não haverá dificuldades para que as novas regras sejam implementadas.

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Lázaro Pontes - Advogado, mestre em direito educacional e empre-sarial

Será que vale mais a pena investir em punição que em educação? Quando falamos de políticas públicas não temos noção de que a base de um país é a educação de que sem ela apenas correremos atrás dos preju-ízos. Em outras palavras, as medidas punitivas, as prisões, sempre ga-nharão o espaço da cidadania e das escolas, simplesmente porque não temos capacidade de enxergar que educar é mais que ensinar. Indo além: aprender não é apenas saber ler ou escrever.

Os casos de violência são noticiados diariamente nos telejornais: estudantes assassinados ou vítimas de bullying. E o pior é que tudo isso ocorre nas próprias instituições de ensino, públicas ou particulares, locais que deveriam oferecer segurança, educação e civilidade.

Não raras são as notícias sobre os descasos com as escolas públicas: desvio de merenda, má conservação dos alimentos ou até mesmo falta deles. E se formos considerar que muitas crianças frequentam esses esta-belecimentos mais por causa da merenda que pela vontade de aprender, veremos que, muitas vezes, a população encara as instituições de ensino como meros lugares que garantem parte da alimentação diária necessária às crianças. Não é à toa que o poder público investe mais em cadeias que em escolas.

Vejamos os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009. Eles mostraram que 9,6% da população era analfabeta, totalizando 14,1 milhões de pessoas. Essa estatística é referente às pesso-as que não sabem ler nem escrever. Já em relação ao analfabetismo fun-cional, a situação é mais grave ainda. As pessoas que escrevem o nome, mas que não entendem o que leem, representam 20,3% da população. Em outras palavras, um a cada cinco brasileiros de 15 anos ou mais é analfa-beto funcional.

Mas, apesar do sofrível desempenho na área de educação, nos últi-mos 15 anos o Brasil investiu mais em presídios que em escolas. Esses nú-meros são comprovados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que realizou um estudo entre 1994 e 2009, revelando uma queda de 19,3% no número de escolas no Brasil. Em 1994 havia 200.549 escolas públicas, e em 2009, 161.783.

O estudo demonstra, também, que no mesmo período o número de presídios quase triplicou, aumentando 253%. Em 1994 havia 511 estabe-lecimentos prisionais, ao passo que em 2009 eles somavam 1.806. Mas por que há mais necessidade de presídios que de escolas?

Infelizmente a construção de novos presídios reflete o aumento da criminalidade (criminalipunida com violência e não tratada com educa-ção). Parece mesmo que o conselho sábio dos nossos ancestrais, de que a prevenção é o melhor remédio, não vale nos dias de hoje. A educação, principal remédio para curar a ignorância, a violência, a criminalidade, está sendo deixada em segundo plano. Não seria melhor utilizar a expres-são “renegada”, ou então “deixada de escanteio”, ou até mesmo “aban-donada”?

Iniciativas isoladas, leis e projetos de lei tentam inibir o bullying, incentivam o implemento de matérias como educação moral e cívica e versam sobre a educação em prol dos direitos dos negros, das mulheres, das crianças, adolescentes, idosos. Às vezes, órgãos públicos promovem atividades voltadas à integração de pessoas de faixas etárias e cores di-versas. Mas será difícil enxergarmos que nada disso, absolutamente nada disso seria necessário, se soubéssemos atacar o mal pela raiz, ou seja, se lutássemos para que fosse instaurada a verdadeira educação? Poderíamos fazer isso de forma rápida e simples: cobrando qualidade e não quantidade de escolas, cobrando o ensino que vai além do alfabeto e que forma os cidadãos do futuro, preparados para o mercado de trabalho e para a vida.

Presídios ou escolas? A educação, principal remédio para curar a ignorância,

a violência e a criminalidade, está ficando em segundo plano

Vaticano, Itália. O Vaticano ordenou ontem aos bispos

que entreguem à Justiça civil os casos de membros do clero suspeitos de pedofilia, além de impedir que os suspeitos exerçam cargos nocivos aos menores, após os últi-mos escândalos sexuais que abalaram a Igreja Católica.

Em uma carta enviada a todos os bis-pos do mundo, o cardeal norte-americano William Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, apela às conferên-cias episcopais de cada país para que pre-parem até 2012 um documento com “a lista de orientações” que servirão como modelo para os “procedimentos” em casos de abu-sos sexuais de crianças cometidos por pa-dres.

“Entre as importantes responsabilida-des do bispo está o dever de dar uma res-posta adequada à possibilidade de casos de abusos sexuais cometidos em sua diocese

por parte do clero”, salienta o cardeal, que impõe ao bispo um papel central na luta contra a pedofilia.

Os superiores de congregações religio-sas, como jesuítas e dominicanos, adquirem uma “responsabilidade jurídica fundamen-tal”, reconheceram as fontes vaticanas.

No documento, o cardeal destaca a ne-cessidade de “decisões claras e coordena-das contra os abusos sexuais de menores”.

A carta lembra que o papa Bento XVI emitiu, em maio de 2010, um “motu pró-prio”, documento de normas que aplica penas mais duras contra os acusados de pe-dofilia e aumenta o prazo de prescrição dos delitos de dez para 20 anos.

Um dos principais pontos levantados pelo cardeal Levada é exigir que os mem-bros do clero suspeitos de pedofilia compa-reçam às autoridades competentes, seguin-do sempre as exigências do direito civil.

O TEMPO - P. 16 - 17.05.2011

BULLYING PUNIDO

A direção da Escola Esta-dual Professor Daniel Verano, de Votorantim (SP), decidiu punir com expulsão 11 alunos acusados de bullying. Os ado-lescentes, de 14 a 16 anos, são acusados de ter agredido e hu-milhado alunos do 6º ano do ensino fundamental, na faixa etária de 11 anos. As agressões ocorreram dia 5, mas a punição foi confirmada ontem. Na sexta-feira, pais dos alunos agredidos foram à escola para pressionar a direção a tomar providên-cias. De acordo com os pais, os agressores cercaram as crianças no recreio. Meninos e meninas levaram socos e pontapés. Um dos agressores chegou a empu-nhar uma faca. Uma professora que tentou intervir foi agredida com uma pedrada.

ESTADO DE MINAS - P. 12 - gIRO PELO PAíS - 17.05.2011

Abusos

Vaticano exige que suspeitos de pedofilia sejam entregues

De acordo com o cardeal Levada, os bispos têm papel central na ação

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