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XXI 106 17/05/2013 Superintendência de Comunicação Integrada CLIPPING Nesta edição: Clipping Geral Meio Ambiente Infância e Juventude Procon-MG Saúde Destaques: Prefeitura será multada por irregularidade - p.01 Minas, Goiás e São Paulo terão uma força-tarefa para combater o crime - p. 14 Jornalista assassinado tinha proximidade com vereador - p. 16

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Clipping Geral e Espec. Eletrônico

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XXI

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17/05/2013

Superintendência de Comunicação Integrada

CLIPPINGNesta edição:

Clipping GeralMeio Ambiente

Infância e JuventudeProcon-MG

Saúde

Destaques:

Prefeitura será multada por irregularidade - p.01

Minas, Goiás e São Paulo terão uma força-tarefa para combater o crime - p. 14

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O EstADO DE s. pAulO pOlítIcA | Br - cOnAMp 17.05.2013

Grupo lança campanha

nacional contra PEC 37

MINISTÉRIO PÚBLICOO Movimento do Ministério Públi-

co Democrático lança hoje campanha nacional contra a Proposta de Emenda Constitucional 37, que retira poderes de investigação criminal de procuradores e promotores do País. A campanha terá apoio da Associação Brasileira de Im-prensa, da Associação dos Magistrados do Brasil e da Federação Nacional dos Policiais Federais.

O Ministério Público do Ceará reali-za hoje reunião com líderes evangélicos para discutir a Proposta de Emenda Constitucional, a PEC n°37. O encontro, que acontece às 9h no auditório da Procuradoria Geral de Justiça em Fortaleza, tem como objetivo formalizar o apoio da igreja contra a proposta que está em discussão no Congresso Nacional. A ideia é fortalecer a campanha contra a chamada “PEC da impunidade” que prevê a exclusividade de investigação criminal apenas às polícias civil e federal, retirando a função o poder de inves-tigação que o MP tem atualmente. A discussão da proposta acontece no auge das denúncias do órgão contra gestões governamentais e políti-cos acusados de corrupção.

Na avaliação de membros do MP, a apro-vação da proposta será um retrocesso insti-tucional. Na quarta-feira, o procurador geral

de justiça, Ricardo Machado, o presidente da Associação Cearense do Ministério Público, Plácido Rios e o promotor de Justiça, Marcus Renan Palácio estiveram com a bancada cea-rense da Câmara dos Deputados em Brasília. O encontro ocorreu durante reunião da Asso-ciação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp).

Na ocasião, o deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) disse que vai defender a legitimi-dade de investigação do MP. Já Antonio Balh-mann (PSB-CE), avaliou que a sociedade espe-ra pelo aperfeiçoamento do MP. Os deputados Mauro Benevides (MPDB-CE), Gorete Pereira (PR-CE), Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), Edson Silva (PSB-CE), Mário Feitoza (PMDB-CE), Eudes Xavier (PT-CE) e André Figueiredo (PDT-CE) participaram da reunião. (Sheila Rodrigues, especial para O POVO)

O pOVO - últIMAs - cE - cOnAMp - 17 DE MAIO DE 2013

Ministério Público do CE ganha apoio de evangélicos contra a PEC 37

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Guilherme Paranaiba

A Justiça da capital decidiu que a BHTrans deve en-tregar a um taxista uma das 432 permissões destinadas por edital para empresas. O condutor auxiliar Vicente de Paula do Nascimento, de 54 anos, participou recentemen-te outra licitação, ficou em 572º lugar e não conseguiu pôr um veículo na praça, já que eram apenas 490 vagas para pessoas físicas. Porém, com o lançamento, por determi-nação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), do edital apenas para empresas, com vagas concedidas antes da Constituição de 1988, o motorista entrou com mandado de segurança, com aval do Ministério Público, e pediu que as novas permissões fossem definidas confor-me a classificação da concorrência anterior, privilegiando os taxistas.

O juiz Renato Luís Dresch, da 4ª Vara da Fazenda Pú-blica Municipal, concordou com o argumento e ainda de-clarou ilegal o edital para empresas, suspendendo o pro-cesso, que já estava parado por decisão liminar anterior. A BHTrans informou ontem que vai aguardar a notificação judicial para decidir quais as providências vai tomar.

“É a realização de um sonho. Os taxistas estão há 15 anos brigando dentro desse sistema equivocado. É a chan-ce de conquistar alguma coisa, com o dinheiro do trabalho revertido para nós”, diz Vicente do Nascimento. Há 18 anos como taxista auxiliar, atualmente ele paga diária de R$ 90 e trabalha todos os dias, sem folga. Para decidir a

favor do taxista, o juiz Renato Luís Dresch argumentou que o artigo 199 da Lei Orgânica do Município deve ser interpretado e aplicado levando-se em conta o seu fim so-cial.

A decisão judicial é restrita apenas a autor do man-dado, mas é uma demanda de dezenas de taxistas que se sentiram injustiçados. Inicialmente, no ano passado, a empresa abriu licitação para 605 novos táxis, sendo 60 veículos adaptados para portadores de deficiência, ope-rados por empresas. Das 545 permissões a taxistas, 55 se destinaram a motoristas com deficiência e 490 para outros condutores.

Ao mesmo tempo, o TJMG definiu que a BHTrans deveria licitar as novas placas concedidas antes da Cons-tituição de 1988 com base em ação do Ministério Público estadual 12 anos atrás. Para cumprir o prazo, a BHTrans abriu o novo edital, mas destinou 432 permissões apenas a pessoas jurídicas.

Para o coordenador das promotorias de Defesa do Pa-trimônio Público, Leonardo Barbabela, não há nenhuma necessidade as placas serem destinadas a empresas. “A Lei Orgânica diz que a prioridade é para pessoas físicas. Já está provado que a organização em cooperativas atende perfeitamente a demanda”, diz. O vice-presidente da As-sociação dos Taxistas do Brasil (Abratáxi), Eduardo Cal-deira, acredita que a decisão foi muito boa para a catego-ria e 60 consudotres já pretendem entrar com mandados de segurança.

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Justiça dá permissão a taxista

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Faz bem o governo mineiro em abrir espaço em seu Portal da Transparência do Estado para abrigar as páginas de todas as prefeituras que ainda não se enquadraram na Lei da Transparên-cia e na Lei de Acesso à Informação. Em vigor há um ano, essa legislação estabeleceu prazos para que os governos estaduais e as prefeituras criassem seus portais na internet especialmente dedi-cados à ampla divulgação de dados sobre a gestão dos recursos orçamentários, além de prestar informações solicitadas pelo pú-blico. Saudada como o início de uma revolução nas relações do serviço público com a cidadania, essa legislação está, contudo, muito longe de cumprir o que dela se esperava.

Muitos órgãos públicos, federais, estaduais e municipais, não se preparam para atender as demandas formalmente apresentadas por cidadãos, que, conforme a lei, ganharam o direito de acesso a informações sem necessidade de justificar o pedido.Prefeituras de pequenos municípios e mesmo as de algumas de cidades de médio porte em Minas estão entre os entes públicos atrasados no cumprimento da Lei da Transparência e correm o risco de san-ções, como a dificuldade de acesso a programas que dependem de verbas federais, se não lançarem seus portais na internet até o dia 27 de maio. Falta de recursos financeiros e de pessoal capacitado para executar a tarefa, além, é claro, da escassez de empenho dos administradores são a principais razões do atraso. Reportagem recente do Estado de Minas revelou (Política, 5/5) que a proxi-midade da data acabou gerando uma oportunidade de empresas especializadas ganharem dinheiro das prefeituras.

Elas têm assediado prefeitos com propostas oportunistas, com preços nem sempre encontráveis no mercado, o que chamou a atenção do Ministério Público de Minas para o perigo de que alguém caia na tentação de transformar essa obrigação legal em desvio do dinheiro público. Ao abrir espaço para as prefeituras em seu portal e oferecer apoio técnico a elas, o governo estadual aju-da não apenas a ampliar a transparência da gestão pública, como também fecha a porta para os aproveitadores.Mas não é só em Minas que a transparência enfrenta obstáculos. Um estudo reali-zado pela ONG Artigo 19 América do Sul, que atua em diversos países em defesa da liberdade de expressão, concluiu que, apesar de avanços, o acesso à informação pela cidadania no Brasil ainda é precário.

A entidade aponta “baixa qualidade das respostas aos pedi-dos” e “dificuldade de adaptação dos órgãos públicos para um acesso à informação eficiente”. Além disso, identificou “cons-trangimentos advindos da necessidade de identificação do reque-rente” das informações e a “complexidade dos procedimentos de recurso” quando o cidadão não se considera atendido.

A qualidade da transparência dos atos do poder público em todos os níveis depende muito da disposição da autoridade de praticá-la. Mas não só dela. O principal interessado, o cidadão, precisa fazer sua parte. Primeiro, conscientizando-se de que a transparência é uma conquista da sociedade contra a corrupção. Depois, exigindo mais eficiência e qualidade no atendimento a esse direito, que é de todos.

O direito à transparência Ferramenta de combate à corrupção ainda enfrenta obstáculos

Ajuda contra o crackO EstADO DE s.pAulO - sp - On lInE - 17.05.2013

Qualquer iniciativa bem fundamentada para auxiliar os vicia-dos em drogas - cujo número só faz crescer - a se recuperar é bem-vinda.

É o caso do programa lançado pelo governo do Estado de São Paulo para ajudar a custear o tratamento de viciados em crack e re-duzir o índice de recaída dos que aceitarem a ele se submeter - o chamado Cartão Recomeço. Mas não se pode perder de vista - in-clusive para não criar falsas esperanças para essas pessoas e suas famílias - que tudo indica ser o seu alcance bem menor do que faz supor a importância que lhe atribuíram as autoridades por ocasião de seu lançamento.

Cada família de usuário de crack selecionada para participar do programa receberá R$ 1.350 por mês, repassados diretamente à unidade de tratamento para onde ele será enviado. Numa primeira fase, serão escolhidas pessoas que já tenham passado por internação em instituições públicas para tratar do mesmo problema, segundo informa o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia. O período de internação vai variar de acordo com cada caso, mas deve ser, em média, de seis meses.

O programa beneficiará três mil pessoas nessa fase, durante a qual ele será aplicado em apenas 11 cidades - Diadema, Osasco, Mogi das Cruzes, Sorocaba, Campinas, Bauru, São José do Rio Pre-to, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos e San-tos. As prefeituras dessas cidades escolherão os dependentes, pois são elas que gerenciam os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), nos quais eles recebem atendimento ambulatorial. A exclusão da ca-pital, onde o problema é mais grave, se justifica, segundo o governo, porque ela já dispõe de uma rede de atendimento, da qual fazem parte 13 clínicas que recebem ajuda do Estado.

Cuidados foram tomados tanto para evitar desvio dos recursos como para fiscalizar o atendimento. Além de o valor de R$ 1.350 não passar pelas mãos dos dependentes e seus familiares, estes re-

ceberão um cartão magnético por meio do qual terão de comprovar diariamente que o tratamento está sendo feito. Quanto às unidades de tratamento, nos próximos dias será publicado edital com os crité-rios e exigências a serem observados para sua escolha.

Esse é um programa acanhado, como deixam claro esses nú-meros, ainda que se leve em conta estar ele apenas começando sua primeira fase. Mesmo quando entrar na segunda fase - sobre a qual o governo não deu até agora nenhuma indicação -, se forem mantidos o valor da ajuda (R$ 1.350) e a duração do tratamento (seis meses), não se poderá esperar muito dele. Salta aos olhos que nessas condi-ções é muito difícil conseguir grandes progressos na recuperação de um dependente de crack.Porque o valor da ajuda é pequeno, optou-se por unidades de atendimento simples. Sem médico, apenas com as-sistente social e pessoas que ministram oficinas para ajudar a inserir o paciente na sociedade e no mercado de trabalho, segundo Rodrigo Garcia. Assistência médica ele terá na rede pública e nos Caps.

As coisas não são tão simples assim. Ana Cecília Marques, professora de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), considera positiva a iniciativa do governo do Estado, mas critica a falta de médicos naquelas unidades, para fazer a avaliação da síndrome de abstinência: “Esse é um quadro grave e tem que ser tratado por um médico”.Outra questão importante que o governo deixou em aberto é o que fazer com o dependente se, depois de seis meses de internação, ele ainda precisar de cuidados, pois é sabido que esse tipo de tratamento costuma exigir muito mais tempo. Terá ele direito a nova internação, e por quantos meses mais?

Um programa semelhante já existe em Minas, com o nome Aliança Pela Vida, com ajuda de valor ainda menor, de R$ 900. O governo deveria aproveitar as lições já proporcionadas por essa ex-periência e as ponderações que especialistas estão fazendo a propó-sito do Cartão Recomeço para dar-lhe maior solidez e abrangência.

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Por Adriana Aguiar De São Pau-lo

Flávia Lefèvre: empresa pode elaborar manual de conduta para co-branças

Uma cliente inadimplente da Lo-jas Lebes, rede varejista do Rio Gran-de do Sul, recebeu um surpreendente “poema” em uma das 11 mensagens de cobrança enviadas pela empresa ao seu celular. “Lojas Lebes informa: Re-gularize seu crédito. Dúvidas, procure uma de nossas Lojas Lebes. Poema do gato. Este gato, e gato, o gato, melhor gato, meio gato de gato, manter gato, um gato, idiota gato, distraído gato, por 20 gatos, segundos gato”.

Ao suprimir a palavra “gato”, a mensagem lida ficava assim: “Este é o melhor meio de manter um idiota distraído por 20 segundos”. Em con-sequência da ofensa, a 2ª Turma Re-cursal Cível dos Juizados Especiais do Rio Grande do Sul condenou a com-panhia a indenizar a consumidora em R$ 1 mil por danos morais. Não cabe recurso.

Em vigor há mais de 22 anos, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) proíbe empresas de exporem clientes inadimplentes a constrangi-mentos. Apesar disso, ainda hoje, há companhias que são condenadas pela Justiça pela forma abusiva e um tanto criativa com que abordam clientes.

O número de reclamações de con-sumidores paulistanos no Procon-SP mostra que as cobranças vexatórias ou difamatórias são ainda comuns. No ano passado, o órgão registrou 642 queixas. Em 2011, foram 560 recla-mações, segundo o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consu-midor (Sindec). No caso do poema enviado por mensagem de texto, a de-cisão, confirmada pelo Juizado Recur-sal, destaca que o cliente inadimplen-te não poderá ser exposto “a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça”, confor-me o artigo 42 do Código do Consu-midor.

Apesar de a Loja Lebes ter ale-gado no processo que as cobranças enviadas são encaminhadas por men-sagem padronizada e que por isso que não conteria o texto referido pela consumidora, o Juizado condenou a loja ao pagamento de indenização por danos morais. Isso porque a inspeção judicial constatou que a mensagem com o poema teria sido enviada por funcionário da loja.

A Mobiliari, loja de móveis em Porto Alegre (RS), também foi conde-nada a indenizar um cliente em R$ 1 mil por ter postado em seu Orkut uma mensagem que atribuiu a ele fama de mau pagador. No processo consta que o sócio da empresa teria escrito para o cliente só entrar em contato após pagar os cheques devidos. A decisão é da 3ª Turma Recursal Cível do TRIBUNAL DE JUSTIÇA do Rio Grande do Sul, que reduziu à metade o valor da inde-nização fixado em primeira instância.

O cliente alegou que adquiriu móveis à prestação e não conseguiu pagar as parcelas. Em um primeiro momento, a empresa teria efetuado li-gações para cobrá-lo e posteriormente mandado mensagem ao Orkut. Fato que teria causado constrangimentos ao consumidor.

Em sua defesa, a loja alegou que a suposta ofensa teria partido de pessoa física e não da pessoa jurídica. Porém, o relator, juiz Jerson Moacir Gubert, entendeu que a empresa deveria ser responsabilizada pela atitude do refe-rido sócio. “É claro que a empresa, fi-gura imaterial, não envia mensagens. Quem o faz é sempre uma pessoa físi-ca, vinculada ou não a ela”, observa na decisão. “Mas estando provado que a mensagem faz referência à dívida para com a empresa, ela é colocada tanto no polo passivo da demanda quanto pode sofrer condenação por reparação moral”.

Segundo a advogada Flávia Le-fèvre, do Lescher e Lefèvre Advoga-dos Associados e consultora jurídica da Associação Brasileira de Defesa do

Consumidor (Proteste), cobranças que constrangem o cliente inadimplente continuam ainda a ocorrer, principal-mente de empresas que terceirizam esse serviço. Para evitar a prática, Flávia recomenda que haja uma coor-denação maior entre as empresas e as tercerizadas. “A companhia pode, por exemplo, elaborar um manual de con-duta para estabelecer regras sobre a forma como se dará a cobrança”, diz. Além de reduzir o passivo de reclama-ções e condenações judiciais sobre o tema, a empresa poderá pedir ressar-cimento para a terceirizada, caso des-cumpra as regras do manual, avalia a advogada.

O diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, afirma que há diversas reclamações sobre o tema, principalmente no âmbito do projeto de tratamento dos superendividados, desenvolvido pelo órgão. “Ainda iden-tificamos muitas situações desrespei-tosas e humilhantes. Principalmente nos setores bancários e de cobrança”, afirma. Entre as situações estão os ca-sos clássicos nos quais empresas fa-zem cobranças no local do trabalho do endividado ou que efetuam ligações para parentes ou vizinhos do devedor relatando detalhes sobre a dívida.

Com o objetivo de evitar novas reclamações e proteger os consumido-res, Góes lembra que a Lei do Esta-do de São Paulo nº 14.953, publicada em fevereiro e já em vigor, obriga as empresas a gravarem todas as ligações de cobrança e fornecerem um número de protocolo ao consumidor. A norma estabelece ainda que o cliente poderá ter acesso à gravação em um prazo de sete dias úteis. “Mesmo inadimplente, o consumidor tem que ser tratado de forma digna. Já cobramos em reuni-ões com empresas recuperadoras de crédito o cumprimento imediato da lei”, diz.Procurada pelo Valor, a Lojas Lebes não deu retorno até o fecha-mento da edição. A Loja Mobiliari e as advogadas do processo não foram localizadas.

VAlOr EcOnôMIcO - sp - EDItOrIA - lEgIslAÇãO & trIButOs - 17/05/2013

Cobrança inusitada gera danos morais

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Landercy Hemerson e Júlia Chalib

O tratamento de pacientes com câncer pelo Sistema Único de Saú-de (SUS) terá de começar em 60 dias a partir do prontuário médico. O Ministério da Saúde publica hoje portaria, regulamentando a Lei 12.732/12, com um conjunto de medidas, que começam a vigorar na próxima quinta-feira, para pre-venção, diagnóstico e atendimento de doentes. A descentralização dos serviços de oncologia, estabelecida na nova legislação, determina que os governos estaduais criem planos regionais de instalação de unida-des. Outra medida de apoio à lei é a criação do Sistema de Informa-ção do Câncer (Siscan), software disponível para as secretarias de Saúde, para registro do histórico dos pacientes e do tratamento.

Segundo o secretário de Aten-ção à Saúde do ministério, Hel-vécio Magalhães, as novas regras vão balizar o serviço a pacientes com câncer na rede pública e criar uma mobilização para prevenção e tratamento da doença em todo o país. Ele explica que, como há 40 anos o foco foi o combate às do-enças infecciosas, a saúde pública entra numa nova era para superar os desafios em relação a principal doença crônica que aflige o povo brasileiro, com a redução do tempo de espera.

O secretário destaca que na Re-gião Sudeste e no Sul do Nordeste, o serviço especializado em onco-logia conta com boa estrutura, que tende a melhorar com investimen-tos de R$ 500 milhões para garantir o cumprimento da lei. Parte dos re-cursos é para instalação de 41 ser-

viços de radioterapia e ampliação 39 centros de procedimentos no país. Em Minas, a descentralização já faz parte de convênio para im-plantação de unidades especializa-das em polos como Uberaba, Mon-tes Claros, Ponte Nova, Barbacena e Governador Valadares.

Na avaliação de especialistas, a lei é difícil de ser cumprida a cur-to prazo. Estimativa do ministério aponta que 78% dos doentes com câncer em estágio inicial já iniciam o tratamento em no máximo dois meses. Nos casos de câncer avan-çado, a taxa é praticamente a mes-ma: 79%. Em relação às crianças, o percentual chega a 95%.

Para o presidente da Socieda-de Brasileira de Oncologia Clínica, Anderson Silvestrini, os números não representam a realidade. O mé-dico cita documento do Tribunal de Contas da União que estima o tem-po de espera em 70 dias para cirur-gias e em 115 dias para o início da radioterapia. “Acho a lei um grande avanço, mas agora o problema está na falta de estrutura dos hospitais, como salas e médicos, para atender a demanda.”

Presidente da Confederação das Santas Casas, que fazem par-te do grupo de hospitais filantró-picos do país que respondem por 63% de internações oncológicas do SUS, Sérgio Spigolon também crê que será difícil cumprir o prazo estabelecido. “Algumas unidades da Federação terão menos dificul-dades para cumprir a lei, mas no Norte e no Nordeste não deve ser assim. Como cria obrigações, mas não oferece estrutura, acredito que o número de ações na Justiça au-mentará”, avalia.

E AInDA... gErAIs - Tratamento em 60 dias CÂNCER Portaria obriga SUS a apressar assistência a doentes. Oncologistas acham difícil cumprir normas

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