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Ano II Número 119 Data 18 a 20/08/2012

18 a 20 Agosto 2012

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AnoII

Número119

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ESTADO DE MINAS - p. 22 - 18.08.2012

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hOjE EM DIA - MG - p. 27 - 18.08.2012

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MINAS GERAIS 4GERAL

Candidatos deverão observar as novas normas e procedimentos do edital

Podem apresentar projetos

artístico-culturais pessoas físicas ou

jurídicas com atuação na área

cultural

DIVULGAÇÃO

Um dos projetos será desenvolvido no reservatório de Volta Grande

Como parte dos programas de revitalização dos rios que pas-sam por Minas Gerais, o Governo do Estado, por meio da Secreta-ria de Estado de Ciência, Tecnolo-gia e Ensino Superior (Sectes), firmou parceria com a Compa-nhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para o desenvolvimento de projetos de pesquisas e con-trole da qualidade das águas dos rios Grande e São Francisco. A iniciativa inédita é executada pelo Unesco-Hidroex e vai permi-tir intervenções para a revitaliza-ção ambiental dos dois rios.

Segundo a assessora da pre-sidência do Unesco-Hidroex, Magda Greco, responsável pelo projeto do Rio São Francisco, o estudo que já foi iniciado vai durar três anos e possibilitar abordagem inovadora nas ativi-dades de monitoramento, pes-quisa, desenvolvimento e capaci-tação em qualidade das águas e comunidades hidrobiológicas.

O projeto é inovador pela criação do barco-pesquisa, que vai percorrer trechos importan-tes do Rio São Francisco para elaboração do índice biótico inte-grado. Este índice permitirá a avaliação da qualidade ambien-tal, baseada na hidrobiologia do curso d’água, traduzindo com fidelidade a qualidade do ecos-sistema aquático.

“A partir da unidade móvel, ações de pesquisa, educação e

capacitação se constituem no diferencial do modelo que o Governo de Minas vai implantar no rio São Francisco”, explicou a pesquisadora. De acordo com ela, o barco-pesquisa vai possibi-litar o desenvolvimento de pes-quisas in loco e dar respostas práticas aos desafios da gestão de recursos hídricos.

Para o Rio Grande, o proje-to de pesquisa será desenvolvi-do no reservatório de Volta Grande. Segundo o coordena-dor do trabalho, pesquisador do Unesco-Hidroex, Paulo Hen-rique Corgosinho, trata-se de um estudo da qualidade da água, baseado em parâmetros biológicos, físicos e químicos. O objetivo é caracterizar a quali-dade da água dentro do lago e nos seus tributários, rios que deságuam no reservatório.

Haverá também pesquisa sobre o balanço de fósforo e nitro-gênio no reservatório, elementos que, em excesso, desencadeiam a poluição orgânica dos corpos d’água, além de estudo detalhado da evolução do uso da bacia hidrográfica do reservatório.

Além de pesquisadores do Unesco-Hidroex e da Cemig, par-ticipa do projeto a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Serão oferecidas bolsas de iniciação científica, apoio técnico e bacharelado.

Revitalização dos rios Grande e São Franciscoé tema de pesquisa

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru) realizou na quinta-feira (16), na Cidade Administrativa, reuniões técni-cas com nove prefeituras do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha. Os encontros tiveram como objetivo a reali-zação de análise de projetos referentes à construção de sis-tema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em pequenas comunidades que, nos últimos anos, sofreram com a falta d’água e problemas sani-tários. Os recursos para as obras foram captados pelo Governo de Minas junto à Fundação Nacio-

nal de Saúde (Funasa). Participaram da reunião os

municípios de Berilo, Francisco Badaró, Francisco Sá, Luislândia, Mirabela, Águas Formosas, Del-finópolis, Itambacuri e Pesca-dor. A realização destas reuni-ões é fruto de parceria entre a Sedru e Copasa com os municí-pios mineiros, que visam auxiliar as prefeituras na captação de recursos para elaboração dos projetos e execução das obras.

Os encontros com as prefei-turas são referentes à realização de obras na área de saneamento básico em 28 cidades do Norte de Minas e dos vales do Jequiti-nhonha e Mucuri, com o objeti-

vo de propiciar condições sanitá-rias adequadas e melhorar a qualidade de vida da população que vive em localidades que sofreram com a seca nos últi-mos anos e com problemas de infraestrutura. Ao todo, foram investidos R$ 15,8 milhões. Desse montante, a Sedru cap-tou junto à Funasa R$ 12,7 milhões e repassou R$ 3,1 milhões de contrapartida.

Para o subsecretário de Polí-ticas Urbanas, Renato Andrade, as conversas que aconteceram com os representantes das pre-feituras foram no sentido de adequar os projetos de acordo com os padrões da Funasa.

Sedru apoia municípios na captação de recursos para obras de saneamento

Prorrogadas até o dia 21 inscrições de projetos na Lei Estadual de Incentivo à Cultura

ASecretaria de Estado de Cul-tura (SEC), por meio da Supe-

rintendência de Fomento e Incentivo à Cultura (SFIC), infor-ma que as inscrições para o Edital 2012 da Lei Estadual de Incentivo à Cultura foram prorrogadas até terça-feira (21). Podem apresen-tar projetos artístico-culturais pessoas físicas ou jurídicas com atuação comprovadamente na área cultural. Para a inscrição, os proponentes deverão observar as exigências dispostas no Edital 01/2012 da Leic.

Desde que foi criada, a Lei Estadual de Incentivo à Cultura vem comprovando sua importân-cia para a viabilização de projetos culturais em Minas Gerais, seja na Capital ou no interior. No ano passado, dos 1.954 projetos ins-critos, 1.673 foram aprovados para captação, representando

aumento de 33,09% em relação ao número de projetos aprova-dos no edital anterior.

Este ano, a Lei 17.615/08, que estabelece as normas da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, determina que 44% dos recursos disponíveis para o programa deverão ser direcionados para projetos de empreendedores cul-turais residentes no interior.

MUDANÇAS - A Instrução Normativa 03/2012, que estabe-lece normas e procedimentos para a prestação de contas dos projetos aprovados, traz novida-des neste ano. A superintendente de Fomento e Incentivo à Cultura, Nora Vaz de Mello, explica que, ao contrário dos anos anteriores, a instrução normativa foi publica-da com as regras necessárias a todas as etapas de prestação de contas do projeto, desde a pré--produção até a pós-execução. “Antes, as normas ficavam espar-sas em vários instrumentos nor-mativos, exigindo que o propo-nente buscasse várias fontes de pesquisa para adequar seu proje-to. Agora, está tudo reunido na Instrução Normativa”, explica.

A superintendente ressalta a importância de que os proponen-tes atentem a todos os requisitos legais, tanto para a aprovação

quanto para a execução e presta-ção de contas.

BENEFÍCIOS - Pelo mecanis-mo da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, os empreendedores cul-turais que tiverem seus projetos aprovados poderão captar recur-sos junto a empresas privadas, oferecendo como contrapartida a possibilidade de descontar do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido ao Governo estadual um valor de até 80% sobre o total repassado ao projeto.

Para concorrer ao benefício, o proponente deverá apresentar o projeto artístico-cultural junto à Secretaria de Estado de Cultura, que o submeterá à Comissão Técni-ca de Análise de Projetos (CTAP), formada por 54 profissionais de notório saber em cada área, sendo 27 técnicos da Secretaria de Estado de Cultura e 27 representantes de entidades civis com atuação cultu-ral comprovada. Os projetos pode-rão ser inscritos em uma das nove áreas disponíveis no edital da Lei.

Empresas interessadas em incentivar projetos aprovados pela lei poderão fazer a dedução do ICMS em três patamares – 10%, 7% e 3% do imposto devido ao Estado, de acordo com o fatu-ramento total da empresa.

MINAS GERAIS 4GERAL

Candidatos deverão observar as novas normas e procedimentos do edital

Podem apresentar projetos

artístico-culturais pessoas físicas ou

jurídicas com atuação na área

cultural

DIVULGAÇÃO

Um dos projetos será desenvolvido no reservatório de Volta Grande

Como parte dos programas de revitalização dos rios que pas-sam por Minas Gerais, o Governo do Estado, por meio da Secreta-ria de Estado de Ciência, Tecnolo-gia e Ensino Superior (Sectes), firmou parceria com a Compa-nhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para o desenvolvimento de projetos de pesquisas e con-trole da qualidade das águas dos rios Grande e São Francisco. A iniciativa inédita é executada pelo Unesco-Hidroex e vai permi-tir intervenções para a revitaliza-ção ambiental dos dois rios.

Segundo a assessora da pre-sidência do Unesco-Hidroex, Magda Greco, responsável pelo projeto do Rio São Francisco, o estudo que já foi iniciado vai durar três anos e possibilitar abordagem inovadora nas ativi-dades de monitoramento, pes-quisa, desenvolvimento e capaci-tação em qualidade das águas e comunidades hidrobiológicas.

O projeto é inovador pela criação do barco-pesquisa, que vai percorrer trechos importan-tes do Rio São Francisco para elaboração do índice biótico inte-grado. Este índice permitirá a avaliação da qualidade ambien-tal, baseada na hidrobiologia do curso d’água, traduzindo com fidelidade a qualidade do ecos-sistema aquático.

“A partir da unidade móvel, ações de pesquisa, educação e

capacitação se constituem no diferencial do modelo que o Governo de Minas vai implantar no rio São Francisco”, explicou a pesquisadora. De acordo com ela, o barco-pesquisa vai possibi-litar o desenvolvimento de pes-quisas in loco e dar respostas práticas aos desafios da gestão de recursos hídricos.

Para o Rio Grande, o proje-to de pesquisa será desenvolvi-do no reservatório de Volta Grande. Segundo o coordena-dor do trabalho, pesquisador do Unesco-Hidroex, Paulo Hen-rique Corgosinho, trata-se de um estudo da qualidade da água, baseado em parâmetros biológicos, físicos e químicos. O objetivo é caracterizar a quali-dade da água dentro do lago e nos seus tributários, rios que deságuam no reservatório.

Haverá também pesquisa sobre o balanço de fósforo e nitro-gênio no reservatório, elementos que, em excesso, desencadeiam a poluição orgânica dos corpos d’água, além de estudo detalhado da evolução do uso da bacia hidrográfica do reservatório.

Além de pesquisadores do Unesco-Hidroex e da Cemig, par-ticipa do projeto a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Serão oferecidas bolsas de iniciação científica, apoio técnico e bacharelado.

Revitalização dos rios Grande e São Franciscoé tema de pesquisa

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru) realizou na quinta-feira (16), na Cidade Administrativa, reuniões técni-cas com nove prefeituras do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha. Os encontros tiveram como objetivo a reali-zação de análise de projetos referentes à construção de sis-tema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em pequenas comunidades que, nos últimos anos, sofreram com a falta d’água e problemas sani-tários. Os recursos para as obras foram captados pelo Governo de Minas junto à Fundação Nacio-

nal de Saúde (Funasa). Participaram da reunião os

municípios de Berilo, Francisco Badaró, Francisco Sá, Luislândia, Mirabela, Águas Formosas, Del-finópolis, Itambacuri e Pesca-dor. A realização destas reuni-ões é fruto de parceria entre a Sedru e Copasa com os municí-pios mineiros, que visam auxiliar as prefeituras na captação de recursos para elaboração dos projetos e execução das obras.

Os encontros com as prefei-turas são referentes à realização de obras na área de saneamento básico em 28 cidades do Norte de Minas e dos vales do Jequiti-nhonha e Mucuri, com o objeti-

vo de propiciar condições sanitá-rias adequadas e melhorar a qualidade de vida da população que vive em localidades que sofreram com a seca nos últi-mos anos e com problemas de infraestrutura. Ao todo, foram investidos R$ 15,8 milhões. Desse montante, a Sedru cap-tou junto à Funasa R$ 12,7 milhões e repassou R$ 3,1 milhões de contrapartida.

Para o subsecretário de Polí-ticas Urbanas, Renato Andrade, as conversas que aconteceram com os representantes das pre-feituras foram no sentido de adequar os projetos de acordo com os padrões da Funasa.

Sedru apoia municípios na captação de recursos para obras de saneamento

Prorrogadas até o dia 21 inscrições de projetos na Lei Estadual de Incentivo à Cultura

ASecretaria de Estado de Cul-tura (SEC), por meio da Supe-

rintendência de Fomento e Incentivo à Cultura (SFIC), infor-ma que as inscrições para o Edital 2012 da Lei Estadual de Incentivo à Cultura foram prorrogadas até terça-feira (21). Podem apresen-tar projetos artístico-culturais pessoas físicas ou jurídicas com atuação comprovadamente na área cultural. Para a inscrição, os proponentes deverão observar as exigências dispostas no Edital 01/2012 da Leic.

Desde que foi criada, a Lei Estadual de Incentivo à Cultura vem comprovando sua importân-cia para a viabilização de projetos culturais em Minas Gerais, seja na Capital ou no interior. No ano passado, dos 1.954 projetos ins-critos, 1.673 foram aprovados para captação, representando

aumento de 33,09% em relação ao número de projetos aprova-dos no edital anterior.

Este ano, a Lei 17.615/08, que estabelece as normas da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, determina que 44% dos recursos disponíveis para o programa deverão ser direcionados para projetos de empreendedores cul-turais residentes no interior.

MUDANÇAS - A Instrução Normativa 03/2012, que estabe-lece normas e procedimentos para a prestação de contas dos projetos aprovados, traz novida-des neste ano. A superintendente de Fomento e Incentivo à Cultura, Nora Vaz de Mello, explica que, ao contrário dos anos anteriores, a instrução normativa foi publica-da com as regras necessárias a todas as etapas de prestação de contas do projeto, desde a pré--produção até a pós-execução. “Antes, as normas ficavam espar-sas em vários instrumentos nor-mativos, exigindo que o propo-nente buscasse várias fontes de pesquisa para adequar seu proje-to. Agora, está tudo reunido na Instrução Normativa”, explica.

A superintendente ressalta a importância de que os proponen-tes atentem a todos os requisitos legais, tanto para a aprovação

quanto para a execução e presta-ção de contas.

BENEFÍCIOS - Pelo mecanis-mo da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, os empreendedores cul-turais que tiverem seus projetos aprovados poderão captar recur-sos junto a empresas privadas, oferecendo como contrapartida a possibilidade de descontar do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido ao Governo estadual um valor de até 80% sobre o total repassado ao projeto.

Para concorrer ao benefício, o proponente deverá apresentar o projeto artístico-cultural junto à Secretaria de Estado de Cultura, que o submeterá à Comissão Técni-ca de Análise de Projetos (CTAP), formada por 54 profissionais de notório saber em cada área, sendo 27 técnicos da Secretaria de Estado de Cultura e 27 representantes de entidades civis com atuação cultu-ral comprovada. Os projetos pode-rão ser inscritos em uma das nove áreas disponíveis no edital da Lei.

Empresas interessadas em incentivar projetos aprovados pela lei poderão fazer a dedução do ICMS em três patamares – 10%, 7% e 3% do imposto devido ao Estado, de acordo com o fatu-ramento total da empresa.

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ESTADO DE MINAS - MG - p. 10 - 19.08.2012

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Ricardo Valente

Chega de descaso. Agora, as cidades são obrigadas a dar um desti-no adequado ao lixo que produzem. Venceu em 2 de agosto o prazo para que os municípios desenvolvam um Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, ou seja, apresentem um projeto mostrando como preten-dem acabar com os lixões e aterros sanitários ina-dequados até 2014. Esse prazo, porém, também se mostra insuficiente para compensar anos de falta de interesse político para o tema. Dificilmente todas as cidades darão fim em seus lixões em dois anos.

O Brasil vive uma si-tuação alarmante: cerca de 60% do resíduo sólido não é destinado corretamente. Os lixões são espaços com inúmeros riscos do ponto de vista social, ambiental, econômico e de saúde. Há a possibilidade eminente de contaminação do solo, lençóis freáticos, rios e córregos com o chorume – líquido resultante do apodrecimento da matéria orgânica. Sem falar na pre-sença de catadores, geral-mente sem proteção, ma-nuseando o lixo em busca de produtos recicláveis e se expondo ao risco de infecções e outros sérios problemas de saúde.

Considerando que os brasileiros gastam aproxi-madamente R$ 21 bilhões

por ano com coleta e des-tinação dos resíduos, esse cenário não pode mais ser admissível.

As alternativas exis-tem e são várias. Não dá para generalizar a realida-de do país inteiro, ainda mais considerando as di-ferenças sociais existentes no Brasil. Estima-se que na cidade de São Paulo,por exemplo, onde há a maior concentração populacio-nal, sejam geradas 10 mil toneladas de lixo todos os dias.

Ou seja: as necessida-des da capital paulista di-ferem muito das de outros municípios, com menos moradores, onde o volu-me de resíduos por dia é muito inferior. Cuidar dos resíduos é ter aterros sa-nitários adequados, com tratamento do chorume e cuidado no manuseio dos materiais.

Há ainda que destinar corretamente o biogás ge-rado pela decomposição do lixo, que pode ser vendido como combustível, usado para a produção de ener-gia elétrica ou queimado. A ação pode se reverter na geração de crédito de car-bono. Opções como essas devem ser consideradas pelo Plano de Gestão de Resíduos, que também deve incluir alternativas para reduzir o volume de lixo gerado pelo municí-pio, a reutilização e a reci-clagem dos materiais. Vale

lembrar que cerca de 30% do que se joga fora hoje poderia ter novos usos e formas. Porém, só 60% das cidades brasileiras contam com ações de coleta sele-tiva. A própria população pode integrar essas inicia-tivas, tornando-se peça-chave na política ambien-tal do município.

Não se acaba com um lixão da noite para o dia. O exemplo mais recente é o aterro de Gramacho, o maior da América La-tina, desativado no mês passado no Rio de Janeiro. Segundo o governo flumi-nense, a área de 1,3 milhão de metros quadrados e 60 milhões de toneladas de lixo deve levar ao menos 15 anos para se recuperar do período de atividade do lixão. Além disso, todo o resíduo da cidade de Du-que de Caxias está sendo levado para um galpão até ser encaminhado ao seu destino final.

Se por um lado os nú-meros ainda não são os mais satisfatórios, o fato desse tema ter sido coloca-do em discussão obrigato-riamente – as cidades que não apresentaram o plano de gestão de resíduos não podem receber recursos do governo federal para a limpeza urbana – já pode ser considerado um gran-de avanço. Ninguém quer ver o lixo. Mas não dá para continuar escondendo-o embaixo do tapete.

ESTADO DE MINAS - MG - ON lINE - 20.08.2012

O destino correto do lixo Municípios terão de fazer a gestão dos resíduos sólidos

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ESTADO DE MINAS - p.02 - 20.08.2012

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Cobrindo uma área superior a dois milhões de quilômetros quadrados do território brasilei-ro, o cerrado é um dos mais im-portantes biomas do mundo, mas também um dos mais ameaçados por desmatamentos, queimadas e o avanço do agronegócio. Essa paisagem natural foi o tema da última mesa do evento “O Poder Judiciário e o Meio Ambiente”, promovido nesta quinta e sexta-feira (16 e 17) pelo Superior Tri-bunal de Justiça.

A mesa de debates “Gestão sustentável e o bioma cerrado” reuniu três palestrantes: o pro-fessor-doutor Donald Sawyer, da Universidade de Brasília; o diretor do programa de mestrado e doutorado em Planejamento e Gestão Ambiental da Universi-dade Católica de Brasília, Ge-nebaldo Freire Dias, e o diretor do Parque Nacional de Brasília, Amauri de Sena Motta. A pre-sidência da mesa esteve a cargo de Roberto Brandão Cavalcanti, secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente.

Ao proferir sua palestra, o professor Sawyer alertou que o cerrado brasileiro hoje está sob uma ameaça maior do que a flo-resta tropical amazônica. Para o professor, o cerrado é pouco conhecido e respeitado, mas tem enorme importância. “No con-texto do aquecimento global, ele tem recursos genéticos únicos, com vegetação resistente à seca e ao calor. Também é um grande acumulador de gás carbônico”, ressaltou. O cerrado, acrescen-

tou, é um tipo muito particular de savana, com quase 5% da bio-diversidade mundial.

O palestrante apontou que as maiores áreas de desmatamento estão nos estados da Bahia, Piauí, Maranhão e Tocantins, especial-mente nas fronteiras agrícolas. “Hoje o agronegócio no cerra-do é global, com adubos vindos da Rússia e Noruega e produtos vendidos em todo o mundo. Isso também colabora para aumentar as emissões de gás carbônico”, esclareceu. Outra importância do cerrado está na regulação do regime de águas, com os “rios voadores” ou “aéreos” – grandes massas de ar úmido que alimen-tam as chuvas.

SociodiversidadeO professor Sawyer desta-

cou que a proteção do cerrado passa pela valorização do que chamou “sociodiversidade”: os grupos humanos tradicionais que ocupam o cerrado, como os qui-lombolas, indígenas e quebrado-res de coco. Esses grupos têm dificuldade de acesso a recursos, tecnologia e crédito.

Outro fator destacado como importante é o diálogo com o po-der público, especialmente o Ju-diciário e o Ministério Público. O palestrante disse que a atuação dessas entidades pode encontrar soluções comuns para todo o país. Declarou-se feliz pelo fato de hoje o STJ estar “enxergando o cerrado” e apoiando a aplica-ção da legislação ambiental.

Já o palestrante Amauri de Sena Motta destacou a importân-cia do Parque Nacional de Brasí-lia na preservação do bioma. Ele salientou que o parque é aberto ao público e as pessoas intera-gem com a flora e fauna nativa. “A reserva também tem grande importância para a pesquisa e a preservação da água na região”, declarou. Motta, entretanto, re-conheceu que o cerrado ainda é muito pouco protegido. Hoje as reservas desse ecossistema na-tural cobrem apenas 5% da área total.

O último a proferir a pa-lestra, Genebaldo Freire Dias, alertou que hoje todos os habi-tantes da Terra vivem um risco ambiental. “Estamos confinados à superfície de uma esfera que não pode ser expandida, e a tec-nologia não pode resolver tudo”, afirmou. Para ele, os projetos de ocupação do cerrado ainda são irresponsáveis e a proteção desse e de outros ecossistemas passa pela diminuição do consumismo e pela adoção de um estilo de vida menos autodestrutivo.

Genebaldo disse que quase dois bilhões de pessoas já vivem sob a ameaça de falta de comida e água. Opinou que a educação ambiental falhou ao não levar em conta as peculiaridades de cada população, e que é neces-sário sensibilizar as pessoas para adotar novos valores. Concluiu ressaltando a grande importância da atuação do Judiciário, da Ad-vocacia Geral da União, do Mi-nistério Público e outros órgãos para a mudança de paradigmas.

SupErIOr TrIbuNAl DE juSTIçA - DF - cONAMp - 20.08.2012

Palestrantes destacam importância do Judiciário e das instituições públicas na proteção do cerrado