1.Caracterização Geral da UGRHI-10 Localização da UGRHI

CAPITULO I CONTEÚDO, TRATAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS��

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1.Caracterização Geral daUGRHI-10

Localização da UGRHI

A Lei nº 7.663/91, estabeleceu 22 Unidades de Gerenciamento de RecursosHídricos no Estado, com base nas bacias hidrográficas. Os municípios situadosnessas unidades foram agrupados segundo seus interesses comuns, dando origem aonze grupos. A UGRHI-10 – Sorocaba/Médio Tietê está inserida no quinto grupo. Écontígua à bacia do Alto Tietê, possui interface com a do Piracicaba - Capivari -Jundiaí e, através do sistema Tietê - Billings, interliga-se com a Baixada Santista.

A UGRHI-10 – Sorocaba/Médio Tietê abrange trinta e quatro municípios, dos quaisdezesseis estão situados na Bacia do Médio Tietê Superior e dezoito na Bacia do RioSorocaba (Desenho 01).

A Bacia do Médio Tietê compreende o trecho do Rio Tietê desde a saída doReservatório de Pirapora até a Barragem de Barra Bonita, com extensão de 367 Km,compreendendo uma área de drenagem de, aproximadamente, 6.830 Km². Seusprincipais afluentes são os rios Jundiaí, Capivari e Piracicaba (UGRHI-05), namargem direita, e o rio Sorocaba, na margem esquerda.

De Pirapora até a Usina Hidrelétrica de Porto Góes, o Rio Tietê e seus afluentesapresentam-se bastante aerados, por drenar, nesse trecho, parte do Planalto AtlânticoCristalino, que os condiciona a vencerem obstáculos de rochas mais resistentes, comgrandes turbilhonamentos em quedas d’água e corredeiras.

Daí para jusante, o rio percorre a Depressão Periférica, onde os afloramentos derochas mais resistentes são raros, alcançando finalmente a província geológica dasCuestas Basálticas onde, juntamente com o Rio Piracicaba, ele forma um boqueirão,para enfrentar, aí, novo trecho de quedas d’água e corredeiras, atualmente inundadopelo reservatório de Barra Bonita.

O Rio Sorocaba é o afluente mais importante da margem esquerda do Médio Tietê,drenando uma área de 5.269 Km², com o trecho superior no Planalto Atlântico e orestante na Depressão Periférica, nos afloramentos de terrenos do Grupo Tubarão. Éformado pelos rios Sorocabuçu e Sorocamirim, cujas cabeceiras se encontram nosmunicípios de Ibiúna, Cotia, Vargem Grande Paulista e São Roque.


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Uma barragem no Município de Votorantim, represando as águas do Rio Sorocaba,forma o reservatório de Itupararanga, importante manancial da região, banhandoterras dos municípios de Ibiúna, Mairinque, Alumínio, Piedade e Votorantim. Apóso barramento, o rio atravessa as cidades de Votorantim e Sorocaba, que possuemsignificativo parque industrial.

Percorre a seguir, 180 Km em zona rural, antes de desembocar no Rio Tietê, notrecho médio superior, já no Município de Laranjal Paulista.

UGRHI’s limítrofes

A UGRHI-10 - Sorocaba/Médio Tietê recebe as águas do Alto Tietê (UGRHI-06) etem a jusante a UGRHI-13 (Tietê/Jacaré). Os rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí sãoafluentes do Rio Tietê pela margem direita. A UGRHI-10 tem, ainda, interface comas bacias do Alto e Médio Paranapanema (UGRHIs 14 e 17, respectivamente), bemcomo com a bacia do Rio Ribeira de Iguape e Litoral Sul (UGRHI-11). As regrasoperacionais adotadas para o Sistema Tietê/Billings estabelecem a relação entre aUGRHI-10 e a Baixada Santista (UGRHI-07). O Quadro 1.1. apresenta as interfacesexistentes entre as UGRHIs, e aponta os eventuais conflitos existentes.

Em linhas gerais, pode-se afirmar que os conflitos identificados, relativos ao uso daságuas do Alto Tietê, são agravados pelo elevado déficit de tratamento de efluentesdomésticos gerados naquela bacia e pela deficiência de coleta e disposição adequadade resíduos sólidos na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). A regraoperacional adotada no Sistema Tietê/Billings pode agravar ou atenuar estesconflitos.

O Quadro 1.2. apresenta as regras operacionais adotadas no Sistema desde 1975.

Operação Energética: a Eletropaulo, em situação normal, mantém, a jusante dePirapora, uma descarga mínima de 1 m³/s, derivando até 270 m³/s para o reservatórioBillings, com o objetivo de produzir energia na Usina Hidrelétrica de Henry Borden.

Operação Saneamento: a totalidade das águas do Alto Tietê é enviada ao MédioTietê, sendo suspenso o bombeamento na Usina Elevatória de Pedreira.

Operação Balanceada: frações aproximadamente iguais das águas do Alto Tietêsão aduzidas ao Reservatório Billings e ao Médio Tietê.

Artigo 46 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), daConstituição do Estado de São Paulo: determina aos Poderes Públicos Estadual eMunicipal a adoção, até 5 de outubro de 1992, de medidas eficazes para impedir obombeamento de águas servidas, dejetos e outras substâncias poluentes para aRepresa Billings.

Quadro 1.1 Sub-bacias e municípios integrantes da UGRHI.


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Sub-bacia Área(Km²)

Municípios

Médio Tietê Superior 2.550 Araçariguama, Boituva, Cabreúva,Itu, Jumrim, Porto Feliz, São Roque,

Tietê, Salto (1)Médio Tietê Inferior 4.280 Anhembi (2), Bofete (2), Botucatu

(2), Conchas, Pereiras, Porangaba,Torre de Pedra

Sub-Total 6.830Alto Sorocaba 851 Ibiúna e Vargem Grande PaulistaSorocaba/Pirajibu 1.309 Alumínio, Araçoiaba da Serra, Iperó,

Mairinque, Sorocaba, VotorantimBaixo Sorocaba – Sarapuí /Pirapora - Tatuí

3.109 Alambari, Capela do Alto, Cerquilho,Cesário Lange, Laranjal Paulista,

Piedade (2), Salto de Pirapora,Sarapuí, Quadra Tatuí

Sub-Total 5.269Total 12.099

(1) com a sede do município parcialmente contida/(2) com a sede do município totalmente contidaFonte: Projeto de Lei do Plano Estadual de Recursos Hídricos 1996/1999Fonte: CETESB / Regional Sorocaba


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Quadro 1.2 UGRHHIs limítrofes e conflitos

UGRHI limítrofe Conflitos Identificados

6 -Alto Tietê

� ocorrência de inundações e en-chentes noMédio Tietê, quando a capacidade deamortecimento das ondas de cheia pelosreservatórios de montante e pelos canais dos rios ésuperada.

� veiculação de elevadas cargas poluidoras parao Médio Tietê prejudicando a qualidade das águas,a saúde das populações ribeirinhas e agravando ascondições de eutrofização do reservatório de BarraBonita;

� ocorrência de grande quantidade de "lixo" noMédio Tietê, oriunda da RMSP (Alto Tietê).

� formação de “espumas” no Médio Tietê.

5 -Piracicaba, Capivari e Jundiaí

� as cargas poluidoras do rio Piracicaba afluempara o reservatório de Barra Bonita;

� ocorrência de conflito de uso das águas do rioPiraí entre os municípios de Salto e Indaiatuba;

� as cargas poluidoras dos rios Jundiaí eCapivari afluem para o Médio Tietê.

13 - Tietê / Jacaré -------

14 - Alto Paranapanema

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17 - Médio Paranapanema-------

11 - Ribeira de Iguape/ LitoralSul

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12 - Baixada Santista� refere-se ao uso da água no Alto Tietê

(UGRHI-06). O grau de interferência na qualidadeda água, tanto no estuário de Santos, quanto noMédio Tietê, depende da regra operacional. Estaregra interfere ainda na intrusão da cunha salina norio Cubatão (Baixada Santista - UGRHI-06).

Fonte: CETESB / Regional Sorocaba


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Quadro 1.2 - UGRHIs limítrofes e conflitos.

UGRHIlimítrofe

Interface com a UGRHI-10 Conflitos Identificados

6 - Alto Tietê

a) drena para o Médio Tietê;b) regulariza vazões do Médio Tietê;c) a quantidade de água do rio Tietê,

direcionada para o Médio Tietê oubombeada para o reservatório Billings,depende da regra operacional adotada;

d) o município de Vargem GrandePaulista se abastece no rio Cotia(UGRHI-06);

e) o Distrito de Caucaia do Alto -município de Cotia (Alto Tietê), estáinserido na UGRHI-10.

� ocorrência de inundações een-chentes no Médio Tietê,quando a capacidade deamortecimento das ondas decheia pelos reservatórios demontante e pelos canais dos riosé superada.

� veiculação de elevadascargas poluidoras para o MédioTietê prejudicando a qualidadedas águas, a saúde daspopulações ribeirinhas eagravando as condições deeutrofização do reservatório deBarra Bonita;

� ocorrência de grandequantidade de "lixo" no MédioTietê, oriunda da RMSP (AltoTietê).

� formação de “espumas” noMédio Tietê.

5 -Piracicaba,Capivari eJundiaí

f) drena para o Médio Tietê;g)o município de Salto pertence às

UGRHIs 05 e 10, capta água paraabastecimento na bacia do rio Piraí(bacia do rio Jundiaí);

h) o distrito de Ibitiruna município dePiracicaba, está inserido na UGRHI-10;

i) os municípios de Anhembi eBotucatu (UGRHI-10) têm parte daárea rural na UGRHI-05;

j) fornece água para abastecimentopúblico à RMSP, cujos efluentes sãoveiculados ao Médio Tietê.

� as cargas poluidoras dorio Piracicaba afluem para oreservatório de Barra Bonita;

� ocorrência de conflito deuso das águas do rio Piraíentre os municípios de Salto eIndaiatuba;

� as cargas poluidoras dosrios Jundiaí e Capivari afluempara o Médio Tietê.

13 - Tietê / Jacaré k)recebe as águas efluentes daUGRHI-10.

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14 - AltoParanapanema

l) os municípios desta sub-bacia pos-suem estreita ligação sócio-econômica com a UGRHI-10;

m) os municípios de Bofete,Piedade e Sarapuí (UGRHI-10) têmparte da área rural na UGRHI-14.

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17 - MédioParanapanema

n) o município de Botucatu capta águapara abastecimento no rio Pardo(UGRHI-17) e tem parte da árearural nesta UGRHI.

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11 - Ribeira deIguape/Litoral Sul

o)os municípios de Ibiúna e Piedade(UGRHI-10) têm parte da área ruralna UGRHI-11;

p)reservatório de Jurupará, situado nascabeceiras do rio Juquiá (UGRHI-11), situa-se no município de Ibiúna.

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12 -BaixadaSantista

q) a quantidade de água do rio Tietê,direcionada para o Médio Tietê oubombeada para o reservatório Billings,depende da regra operacional adotada.

� refere-se ao uso da água noAlto Tietê (UGRHI-06). O graude interferência na qualidade daágua, tanto no estuário de Santos,quanto no Médio Tietê, dependeda regra operacional. Esta regrainterfere ainda na intrusão dacunha salina no rio Cubatão(Baixada Santista - UGRHI-06).


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Tabela I.3 - Regras Operacionais - Sistema Tietê / Billings

Período Operação PredominanteTietê / Billings

1975 a maio de 1983 Energética

maio de 1983 a janeiro de 1984 Saneamento

janeiro de 1984 a novembro de1985 Balanceada

novembro de 1985 a dezembro de 1986 Energética

janeiro de 1987 a outubro de 1992 Balanceada

a partir de outubro de 1992 Artigo 46

Fonte: Utilização da Billings - Documento para Discussão, Consórcio Hidroplan/DAEE (1995)

De fato, a Constituição Estadual de 1989, em seu artigo 46 das disposiçõestransitórias, estabelece: “No prazo de três anos, a contar da promulgação destaConstituição, ficam os Poderes Públicos Estadual e Municipal obrigados a tomarmedidas eficazes para impedir o bombeamento das águas servidas, dejetos e deoutras substâncias poluentes para a represa Billings. E, em seu parágrafo único, diz:“Qualquer que seja a solução a ser adotada, fica o Estado obrigado a consultarpermanentemente os Poderes Públicos dos Municípios afetados”.

Com base neste artigo, a Resolução Conjunta SMA/SES n 03/92 de 04/09/92,baixada pelas Secretarias do Meio Ambiente (SMA) e de Energia e Saneamento(SES), suspendeu, por tempo indeterminado, o bombeamento das águas do RioPinheiros para a Represa Billings, prevendo, ainda, que “para evitar danos a pessoase bens, decorrentes de excesso ou falta d’água no sistema hídrico da Bacia do AltoTietê e das bacias a ela interligadas, os Secretários de Estado do Meio Ambiente ede Energia e Saneamento poderão, conjuntamente, determinar a retomada dobombeamento, pelo tempo necessário a prevenir ou remediar os aludidos danos,máximo nas seguintes situações de emergência:• aumento de vazão do Rio Tietê, no ponto de sua confluência com o Pinheiros,

acima de 160 m3/s, ou previsão de precipitações pluviométricas capazes dedeterminar enchentes na Região Metropolitana;

• queda da cota na tomada d’água da Usina Henry Borden a níveis insuficientespara assegurar o fornecimento de energia elétrica em situações emergenciais;

• formação de espumas de surfactantes no Rio Tietê, a jusante de Edgard de Souza,que venham a extravasar o espelho d’água;

• formação de “bloom” de algas nos corpos hídricos da Região Metropolitana deSão Paulo e Médio Tietê, comprometendo sua qualidade para fins deabastecimento público;

• ocorrência de intrusão salina ou queda de nível na Bacia do Rio Cubatão, demodo a comprometer o funcionamento das indústrias que dela captam água para oprocesso produtivo.”

Em 13/03/96, a Resolução Conjunta SEE/SMA/SRHSO, baixada pelas Secretariasde Estado de Energia (SEE), Meio Ambiente (SMA) e Recursos Hídricos,Saneamento e Obras (SRHSO), ratifica os termos da Resolução Conjunta SMA/SES


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nº 03/92, estabelecendo novas diretrizes para a autorização do bombeamento daságuas do Rio Pinheiros para a Represa Billings nas situações de emergência:• previsão de vazão do Rio Tietê, no ponto de sua confluência com o Rio Pinheiros,

acima de 160 m3/s;• sobrelevação superior a 30 cm do nível d’água na confluência do Rio Tietê com o

Rio Pinheiros.

Ainda de acordo com esta Resolução, “os Secretários de Estado de Energia, do MeioAmbiente e de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras poderão, conjuntamente,determinar a retomada do bombeamento das águas do Rio Pinheiros para a RepresaBillings, nas seguintes situações:• queda da cota na tomada d’água da Usina Henry Borden a níveis insuficientes

para assegurar o fornecimento de energia elétrica em situações emergenciais;• formação de espumas de surfactantes no Rio Tietê, a jusante de Edgard de Souza,

que venham a extravasar o espelho d’água;• formação de “bloom” de algas nos corpos hídricos da Região Metropolitana de

São Paulo e Médio Tietê, comprometendo sua qualidade para fins deabastecimento público.”

O Estado, em cumprimento àqueles dispositivos, interrompeu, a partir de 1992, obombeamento das águas do Rio Pinheiros para a Represa Billings; tal medida, noentanto, atendeu apenas em parte os ditames legais, visto que a interrupção dobombeamento é uma medida extrema, mas de eficácia questionável, pois se de umlado salvaguarda as águas da represa, de outro compromete a qualidade das águas doMédio Tietê.

É evidente que qualquer decisão tomada quanto à utilização do reservatório poderáter reflexos diretos sobre o Médio Tietê. Por esta razão, faz-se necessária a aberturade um amplo debate sobre a questão, na busca de soluções satisfatórias e viáveispara todos os usos e regiões envolvidas, garantindo dessa forma o direito de todos aomeio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencialà vida, que deve ser preservado para as presentes e futuras gerações, como preconizaa Constituição Federal.

O Relatório "Utilização da Billings - Documento para Discussão", elaborado peloConsórcio Hidroplan, contratado pelo DAEE, apresenta sete alternativas deutilização da Represa Billings.

Esse documento foi analisado pela CT-PLAGRHI, verificando-se a necessidade dese realizar estudos mais consistentes sobre a qualidade das águas do Médio Tietê edo reservatório de Barra Bonita, para uma tomada de posição efetiva.


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Sub-Bacias

Devido à extensão da UGRHI-10 e às peculiaridades intra-regionais, optou-se pelasua divisão em cinco sub-bacias hidrográficas, a saber: Médio Tietê Superior, MédioTietê Inferior (situadas na Bacia do Médio Tietê), Alto Sorocaba, Sorocaba/Pirajibue Baixo Sorocaba - Sarapuí/Pirapora - Tatuí (situadas na Bacia do Rio Sorocaba). ODesenho 01 permite a visualização destas sub-bacias, enquanto a Quadro 1.3. mostrasuas respectivas áreas de drenagem e municípios integrantes da UGRHI.

Quadro 1.3. Sub-bacias e municípios integrantes da UGRHI

Sub-bacia Área (Km²) MunicípiosMédio Tietê Superior 2.550 Araçariguama, Boituva, Cabreúva, Itu, Jumrim, Porto

Feliz, São Roque, Tietê, SaltoMédio Tietê Inferior 4.280 Anhembi, Bofete, Botucatu, Conchas, Pereiras,

Porangaba, Torre de PedraSub-Total 6.830Alto Sorocaba 851 Ibiúna e Vargem Grande PaulistaSorocaba/Pirajibu 1.309 Alumínio, Araçoiaba da Serra, Iperó, Mairinque,

Sorocaba, VotorantimBaixo Sorocaba – Sarapuí /Pirapora – Tatuí

3.109 Alambari, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange,Laranjal Paulista, Piedade, Salto de Pirapora,

Sarapuí, Quadra TatuíSub-Total 5.269Total 12.099Fonte: Projeto de Lei do Plano Estadual de Recursos Hídricos 1996/1999 CETESB / Regional Sorocaba

O Quadro 1.4. a seguir, apresenta os municípios que integram cada sub-bacia.Considerando que os limites territoriais dos municípios não necessariamentecoincidem com os limites das Unidades de Gerenciamento estabelecidas pela Lei7.663/91, alguns municípios estão parcialmente contidos na UGRHI-10. Nestescasos, são indicadas as UGRHIs em que as demais áreas destes municípios estãocontidas.


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Quadro 1.4 - Distribuição dos Municípios por Sub-bacia

Sub-bacia Município TotalmenteContido

Parcialmente Contido

Araçariguama !

Boituva !

Cabreúva !

Itu !

Médio Tietê Superior Jumrim !

Porto Feliz !

São Roque !

Tietê !

Salto (1) !

Anhembi (2) UGRHI 05Bofete (2) UGRHI 14Botucatu (2) UGRHI 05, 17

Médio Tietê Inferior Conchas !

Pereiras !

Porangaba !

Torre de Pedra !

Ibiúna UGRHI 11Alto Sorocaba Vargem Grande Paulista !

Alumínio !

Araçoiaba da Serra !

Sorocaba/Pirajibu Iperó !

Mairinque !

Sorocaba !

Votorantim !

Alambari !

Capela do Alto !

Cerquilho !

Cesário Lange !

Baixo Sorocaba/ Laranjal Paulista !

Sarapuí /Tatuí / Pirapora Piedade (2) UGRHI 11, 14Salto de Pirapora !

Sarapuí (2) UGRHI 14Quadra !

Tatuí !

(1) com a sede do município parcialmente contida/(2) com a sede do município totalmente contida

Fonte: Projeto de Lei do Plano Estadual de Recursos Hídricos 1996/1999

Os municípios abaixo relacionados sem representação no CBH-SMT, têm parte daárea rural contida na UGRHI-10:1 - Elias Fausto (05) 10 - Barra Bonita (13)2 - Indaiatuba (05) 11 - Dois Córregos (05,13)


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3 - Jundiaí (05) 12 - Igaraçu do Tietê(13)4 - Piracicaba (05) 13 - Mineiros do Tietê (13)5 - Rafard (05) 14 - São Manuel (13,17)6 - Saltinho (05) 15 - Itapetininga (14)7 - Cotia (06) 16 - Pilar do Sul (14)8 - Pirapora do Bom Jesus (06) 17 - Pardinho (14,17)9 - Santana de Parnaíba (06)

Municípios

A partir da análise dos dados fornecidos pelos municípios e do diagnóstico realizadofoi possível identificar os principais problemas da região.

O Quadro 1.5. aponta os problemas identificados, sugerindo formas deencaminhamento e relaciona estes problemas aos Programas de Duração Continuada(PDCs) que constam do Anexo V, do Projeto de Lei do Plano Estadual de RecursosHídricos 1996/1999.

Quadro 1.5. Principais Problemas da UGRHI-10

Identificação Descrição/Encaminhamento PDC

a) Falta de dados e/ouestudos sobre aregião. Dados dispo-níveis nãosistematizados.

• Necessidade de levantamento e estudos específicos, de forma aorientar as ações na UGRHI-10.

1

b) Deficiência detratamento deesgotos dosmunicípios.

• 87% dos efluentes urbanos da UGRHI-10 não são tratados.Necessidade de projetos e obras de afastamento e tratamento dosesgotos. 3

c) Altos índices deperda nos sistemasde abastecimento deágua.

• Foram identificados índices de perda de até 60%. Necessidade deavaliação e desenvolvimento de ações, contribuindo para a conservaçãodos mananciais de abastecimento. 5

d) Falta de medidas deconservação,proteção demananciais.

• o reservatório de Itupararanga apresenta água de boa qualidade eresponde por 63% das demandas para abastecimento público na Baciado Rio Sorocaba. Identificou-se a existência de atividades agrícolas, demineração, loteamentos de chácaras na sua bacia de drenagem, queacabam pôr exercer pressão negativa sobre os fragmentos de coberturaflorestal desta sub-bacia. Necessidade de criação de uma unidade deconservação para proteção desta Represa.

5, 10


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Identificação Descrição/Encaminhamento PDC

e) Eutrofização demanancial

• o reservatório do Itaim abastece o Município de Itu. Encontra-seeutrofizado com presença de cianofíceas (algas potencialmentetóxicas). Necessidade de adoção de medidas de recuperação domanancial (controle das fontes de nutrientes - fertilizantes utilizados naagricultura, reflorestamento ciliar).

• as cargas de nutrientes observadas historicamente pela CETESB, noreservatório de Barra Bonita, vem demonstrando uma intensificação doprocesso de eutrofização.

5

f) Conflito de uso daágua em mananciaisde abastecimento

• verificou-se o lançamento de efluentes "in natura" em cursos d'águautilizados para abastecimento, podendo favorecer o agravamento dosconflitos quando a carga poluidora lançada for superior à capacidadeassimilativa do corpo d'água. A atual classificação destes mananciais(Decreto Estadual n 8468/76) mostrou-se, em alguns casos, total ouparcialmente inadequada. Necessidade de reenquadramento doscorpos d'água da UGRHI-10.

1, 3, 5

g) Deposiçãoinadequada de resí-duos sólidos domés-ticos/hospitalares

• 13 municípios dispõem resíduos em "lixões" e 08 em aterros"controlados" com riscos ao meio ambiente. Necessidade de deposiçãoadequada dos resíduos gerados. 3

h) Ocorrência deprocessos erosivos

• boçorocas (ou voçorocas) assumem alto grau de criticidade. Nosmunicípios de Bofete, Botucatu, Cerquilho, Itu, Salto de Pirapora,Sarapuí, Sorocaba e Votorantim identificaram-se os maiores problemas.Necessidade de estudos para adoção de medidas de controle deerosão.

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i) Comprometimentodos corpos d'água

• o total de cargas poluidoras de origem doméstica e industrial(DBO5,20/dia) lançadas nos cursos d'água ultrapassa a capacidadeassimilativa destes rios, em condições de vazão mínima. Diversosparâmetros estão desenquadrados. No Médio Tietê, no trecho inicial daUGRHI-10, a jusante da barragem de Pirapora, 85% da carga poluidoraé oriunda da RMSP e 14,8% da contribuição do rio Jundiaí.Necessidade de tratamento adequado dos efluentes líquidos urbanos eindustriais gerados na UGRHI-10, UGRHI-06 e UGRHI-05.

3

j) Inundações • no Médio Tietê as inundações ocorrem em função das parcelas dasondas de cheia que se formam no Alto Tietê, que não podem seramortecidas nos reservatórios atualmente existentes, devido àslimitações de suas capacidades de armazenamento, somadas às cheiasincrementais ao longo do trecho do Médio Tietê. Possibilidade deagravamento destas inundações quando da implantação do Projeto daCalha do Rio Tietê (RMSP). Necessidade de revisão dos critériosdefinidos para a regra operacional do sistema Tietê/Billings, com ênfaseao reservatório de Pirapora.

2 e 8

k) Presença de "lixo"nos rios

• destacam-se os volumes expressivos de lixo na calha do rio Tietê, notrecho correspondente à URGHI - 10, oriundos da RMSP. A regraoperacional adotada para o reservatório Billings tem influência nestaquestão. Necessidade de ações no sentido de minimizar e/ou evitar queo "lixo" urbano atinja os corpos d’água.

1

l) Mortandade depeixes

• ocorrência de episódios constantes de mortandade de peixes no MédioTietê, geralmente associados às manobras excepcionais nas estruturashidráulicas dos reservatórios de montante e ao comprometimento daqualidade dos corpos d'água. Necessidade de tratamento adequado dosefluentes líquidos e de se rever a realização de manobras especiais queresultem no rebaixamento do nível daqueles reservatórios, através dedescargas de fundo, de forma a garantir a manutenção dascomunidades aquáticas de jusante.

2

m) Formação deespumas na calha dorio Tietê

• observa-se, principalmente no período seco, um agravamento doprocesso de formação de espumas, com maior intensidade no trecho dorio Tietê compreendido ente Pirapora do Bom Jesus e Salto.Necessidade de tratamento dos efluentes gerados na UGRHI-06 e nabacia do Rio Jundiaí

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Fonte:


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2.Caracterização Física

A UGRHI 10 compreende 34 municípios, sendo que 16 deles encontram-seno Médio Tietê e 18 na bacia do Sorocaba. Denomina-se Médio Tietê o trecho do rioTietê a partir do Reservatório de Pirapora até as Berragem de Barra Bonita. Abarragem é um reservatório que encobriu um trecho de quedas d’água quecorrespondia à área em que o rio transpassa o relevo de Cuestas, constituindo umboqueirão m no ponto de encontro com o Piracicaba, o mais importante afluente damargem direita. O rio Sorocaba, é por sua vez, o mais importante afluente damargem esquerda do rio Tietê em seu curso médio. O conjunto de UGRHI drena umterritório de 12.099 Km², disposto no sentido geral sudoeste-noroeste, entre latitudes20°30” e 23°10” sul e longitudes de 47°e 48°30”oeste, com climas, conforme aclassificação de Köppen, Cwa, na área da Depressão Periférica, e Cwb, nas áreasmais elevadas, ou seja, com predomínio de chuvas de verão e estiagem de inverno.

A Tabela 2.1 a seguir apresenta a distribuição espacial dos municípios quecompreendem a UGRHI 10.

Tabela 2.1Distribuição espacial os municípios da UGRHI 10

1988 Área (emkm2)

Altitude Latitude Longitude

Estado de São Paulo 248600Vargem Grande Paulista 38 875 23°36'30" 47°10'40"Anhembi 728 480 22°47'25" 48°07'36"Bofete 645 570 23°06'05" 48°15'26"Botucatu 1496 840 22°52'20" 48°26'37"Conchas 465 500 23°00'47" 48°00'39"Laranjal Paulista 387 535 23°02'50" 47°50'10"Pereiras 236 495 23°04'25" 47°58'30"Porangaba 276 520 23°10'30" 48°07'20"Torre de Pedra 69 560 23°14'48" 48°11'41"Alambari 173 590 23°33'04" 47°54'03"Boituva 248 645 23°17'02" 47°40'25"Capela do Alto 143 620 23°28'15" 47°44'17"Cerquilho 126 595 23°09'38" 47°44'35"Cesário Lange 190 600 23°13'30" 47°57'12"Sarapuí 342 600 23°38'28" 47°49'38"Tatuí 521 620 23°21'03" 47°50'53"Quadra 194 622 23°17'55" 48°03'17"Alumínio 95 820 23°32'16" 47°15'29"Araçariguama 138 700 23°26'24" 47°03'51"Araçoiaba da Serra 283 630 23°30'14" 47°36'57"Ibiúna 1088 880 23°39'20" 47°13'30"


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Tabela 2.1Distribuição espacial os municípios da UGRHI 10 (continuação)

1988 Área (emkm2)

Altitude Latitude Longitude

Iperó 165 580 23°20'55" 47°41'15"Itu 642 580 23°15'34" 47°18'11"Mairinque 214 860 23°32'35" 47°11'02"Piedade 729 800 23°42'36" 47°25'12"Porto Feliz 569 554 23°13'02" 47°31'35"Salto de Pirapora 255 630 23°38'50" 47°34'28"São Roque 313 780 23°31'48" 47°08'04"Sorocaba 443 580 23°29'56" 47°27'30"Tietê 398 500 23°06'03" 47°42'55"Votorantim 177 560 23°32'30" 47°26'40"Jumirim 55 557 23°05'13" 47°47'02"Cabreúva 267 640 23°18'25" 47°07'55"UGRHI Sorocaba/MédioTiete

12108

Fonte: Perfil Ambiental,1999 (Fundação SEADE)

Acompanhando a diversidade do relevo, do clima e dos solos, a vegetaçãooriginal apresentava-se representada por matas, capoeiras, campos e cerrados, alémda vegetação de várzea. A maior parte das formações originais foi retirada, seja pelaocupação agrícola na Depressão Periférica, seja pelos processos de urbanização noconjunto do território. Em algumas áreas, já com o estatuto de áreas de preservaçãoem vigência, é possível encontrar percentuais mais expressivos da cobertura vegetaloriginal como ocorre em Ibiúna(47,5%), Piedade (31,9%), São Roque (31,7%) eCabreúva (28,1%),5 todos municípios no planalto com cobertura original de matas ecapoeiras.

2.1 Geologia

A geologia da área de estudo é constituída por rochas de idades variando desde oPré-Cambriano até o Cenozóico. A Bacia é composta pelas seguintes unidadesestratigráficas: Embasamento Cristalino, Grupo Tubarão (Formações Itararé eTatuí), Grupo Passa Dois (Formações lrati e Corumbataí), Grupo São Bento(Formações Pirambóia, Botucatu e Serra Geral), Grupo Bauru (Formação Marília) eSedimentos Cenozóicos.

Embasamento Cristalino

O Embasamento Cristalino ocupa a porção leste e sudeste da área de estudo. Naregião ocorrem três unidades principais cristalinas Pré- Cambrianas: 1 As informações estão disponíveis no Relatório do Comitê de Bacia Hidrográfica Sorocaba-Médio Tietê, queorganiza dados obtidos no Projeto Olho Verde do DEPRN/SMA para o ano de 1990.


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• Complexo metamórfico supracrustal de baixo grau metamórfico (facies xistoverde), constituído por metassedimentos (metarritmito, metassiltito, metarenito,metargilito e urna pequena ocorrência de mármore impuro) representados pelosGrupos Açungui e São Roque. Nos arredores de Alumínio, metavulcánicas básicaspodem ser de natureza infracrustal.• Complexo metamórfico supra e infracrustal de médio e alto graumetamórfico, constituído de xistos, gnaisses, anatexitos e migmatitos diversos,essencialmente das facies arifibólito. Essas rochas foram submetidas a diversoseventos deformacionais e metamórficos.• Complexos granitóides de extensão e composição diorítica e granítica cortamo complexo de baixo, como o de médio e alto grau metamórfico.

As estruturas tectônicas significativas na área de ocorrência do cristalino são asfalhas de Taxaquara e Pirapora, ambas de direção NE.

Grupo Tubarão

Também denominado Supergrupo Tubarão, subdivide-se em dois ciclos: o inferiorglacial representado pelo Subgrupo Itararé e o superior pós-glacial conhecido comoFormação Tatuí.

a) Subgrupo Itararé

Os sedimentos do Subgrupo Itararé, do Carbonífero Superior até o Permiano Médio,assentam-se em discordância sobre os arenitos Devonianos da Formação Fumas oudiretamente sobre o Embasamento Cristalino. É constituído predominantemente dearenitos finos a grosseiros, lamitos e diamictitos nas partes superior e inferior,enquanto a parte média é constituída por arenitos finos, siltitos e lamitos. Os arenitossão em geral feldspáticos ou arcosianos e formam corpos psamíticos com estruturassedimentares singenéticas como marcas onduladas, marcas de sola, estratificaçãocruzada, gradacional, além de estruturas devidas a deformações plásticaspenecontemporâneas á deposição.Representaria uma seqüência sedimentar depositada num ambiente marinho ouflúvio-lacustre durante um ciclo glacial. Litologicamente apresenta-se como ciclos emostra rápida mudança de fácies lateralmente; constitui boa parte da região deestudo.

b) Formação Tatuí

Assentada em discordância sobre o Itararé, marca o inicio do ciclo Pós-Glacial noPermiano Superior. Essa Formação corresponde a uma transgressão marinha, sendorepresentada no membro inferior por siltitos e arenitos muito finos de cor marromavermelhada e no membro superior por siltitos de cores claras, amarelas eesverdeadas, intercalando corpos acanalados de arenitos.Aflora numa faixa continua em arco desde Taguarituba até Laranjal Paulista.


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Grupo Passa Dois

• Grupo Passa Dois é representado no Estado de São Paulo pelas FormaçõesIrati na base e Corumbataí no topo. A formação Rio do Rastro pertence a este Grupomas não aflora no Estado.

a) Formação Irati

Subdivide-se em dois membros o membro inferior ou Taquaral, constituído porsiltitos e folhelhos com espessura da ordem de 10 metros e o membro superior ouAssistência, representado por folhelhos pretos, calcários dolomíticos e siltitos comespessura de cerca de 30 metros.A formação Irati aflora numa faixa sobre os sedimentos da Formado Tatuí, tendouma extensão de até 25 Km na região das cidades de Cesário Lange, Quadra e Tatuí;apresenta espessura média de 35 Km.

b ) Formação Corumbataí

É caracterizada por arenitos muito finos, siltitos, lamitos e folhelhos com níveis decalcário oolíticos. Os siltitos e os folhelhos apresentam laminação paralela,estruturas “flazer” e fendas de ressecamento, enquanto os arenitos apresentamestratificação cruzada de pequeno porte e marcas onduladas. Um afloramentoimportante, no meio da formação. Pirambóia, aparece na região de Anhembi, onde aFormação. fica exposta em conseqüência de um horst bem evidenciado pelasnumerosas falhas adjacentes.

Grupo São Bento

Iniciando o Mesozóico, o Grupo São Bento envolve a seqüência pré-vulcânicacaracterizada por um pacote de arenitos fluviais e eólicos correspondendo ásFormaçõesPirambóia e Botucatu, e urna seqüência vulcânica representada pelos derramesbasálticos daformação Serra Geral e diabásios intrusivos.

a) Formação Pirambóia

Em função das características texturais e estruturais, a formação Pirambóia foidividida em dois membros. O membro inferior, mais diferenciado do superior entreIpeúna e Bufete, apresenta facies mais argilosa com predominância de estratificaçãoplano-paralela e cruzada acanalada de pequeno porte. O membro superior écaracterizado pela disposição dos bancos de arenitos, pouco a muito argilosos, comestratificação plano paralela, lamitos, argilitos arenosos, numa clara repetiçãocíclica. Os arenitos apresentam granulação homogênea (variando entre muito fina amédia), predominando areia fina.Os sedimentos dessa formação assentam-se em discordância erosiva sobre os daformação Corumbatai e são capeados pelos arenitos eólicos da formação Botucatu


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ou os derrames basálticos da Formação Serra Geral, a oeste da região. Essessedimentos são de ambiente continental em planícies aluviais de rios meandrantes.Aflora no Estado de São Paulo numa faixa de até 50 Km, que vai da divisa doEstado do Paraná até o Estado de Minas Gerais, estreitando para 5 Km na área doMorro do Bufete - Torre de Pedra.

b) Formação Botucatu

É representada por um pacote de arenitos de granulação fina e muito fina, comestratificação cruzada de grande a médio porte, muito friáveis ou silicificados,apresentando na parte basal corpos de arenitos conglomeráticos e conglomerado. Notopo da Formação existe uma interdigitação dos sedimentos com os derramesbasálticos.Baseados na idade conhecida da formação Serra Geral, correspondente ao JurássicoSuperior e Cretáceo Inferior, admite-se urna idade entre o Jurássico Médio e oCretáceo Inferior para os arenitos Botucatu.Na área, os arenitos eólicos afloram numa faixa estreita e continua em forma deescarpa na Serra de Botucatu, sotoposto aos derrames basálticos. Nota-se, também, apresença de pequenos afloramentos isolados na região de Bufete e Angatuba,correspondendo a vestígios de arenitos silicificados preservados da erosão por urnacamada basáltica.

c) Formação Serra Geral (rochas extrusivas)

Caracteriza-se por espessos derrames de lava basáltica, toleítica, de textura afanítica,amigdaloidal no topo dos derrames e com desenvolvimento de juntas verticais ehorizontais.O contato inferior da Formação 6 discordante com os arenitos eólicos da FormaçãoBotucatu, os quais ás vezes encontram-se interdigitados nos primeiros derrames. Naregião, aflora nas escarpas da Serra de Botucatu.Os derrames basálticos são diretamente discordantes sobre os arenitos da FormaçãoBotucatu, exceto na parte do rio Paranapanema onde jazem em discordância sobre osarenitos da Forma9Ao Pirambóia. Na área, a formação encontra-se recobertaesporadicamente em discordância erosiva pelos arenitos da Formação Marília oupelos sedimentos Cenozóicos.

Grupo Bauru

Iniciando a seqüência pós-vulcânica, no Cretáceo, depositaram-se os arenitos doGrupo Bauru em discordância sobre os derrames basálticos.O Grupo é composto pelas Formações Caiuá, Santo Anastácio, Adamantina eMarília. Na área em estudo ocorre somente os sedimentos da Formação Marília, noextremo oeste da região. A Formação Marília. é composta por arenitos grosseirosconglomeráticos, com grãos ondulosos, seleção pobre, maciços ou imaturos,raramente com estratificação cruzada de médio porte, com seixos concentrados nosestratos cruzados.Na região, a Formação assenta-se em discordância erosiva sobre os derramesbasálticos da Formação Serra Geral e encontra-se capeada pelos sedimentos


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Cenozóicos. Correspondendo ao membro superior do Grupo Bauru, foi-lhe atribuídaurna idade Cretáceo Superior entre o Santoniano e o Maestrichtiano. As suascaraterísticas sugerem uma sedimentação em ambiente fluvial por correntes de altaenergia com deposição rápida sob um clima árido.Na área, a Formação aflora numa zona restrita entre as cidades de Pratânia, Botucatue Pardinho.

Sedimentos Cenozóicos

São geralmente constituídos por dois estágios o inferior, aluvial, arenoso com umconglomerado na base e espessura de 20 a 40 metros, com estratificação paralela oucruzada, estrutura de corte e preenchimento e lentes de argila ; o superior, coluvial,menos espesso, mais extenso e sem estrutura. Atribui-se uma idade Paleoceno eOligoceno a esses sedimentos.

Rochas Intrusivas

São representadas na região por sills e diques de diabásio de pequena extensão ecorpos de rochas intrusivas alcalinas. Dentro do Grupo Tubarão, existem algunsdiques de pequeno porte originados por falhas na região de Tietê, Cerquilho, PortoFeliz e Coronel Macedo. Na região de Capela do Alto - Boituva, aflora um corpo deintrusiva magmática circular de 9 Km2, conhecido como intrusiva alcalina deIpanema.

Estruturas

A estrutura regional caracteriza-se por um homoclinal, mostrando uma deflexão nadireção aproximadamente leste-oeste, com mergulho suave de 1,5º para oParanapanema . Na região do Médio Tietê, o homoclinal encontra-se orientado,aproximadamente norte-sul com mergulhos inferiores a 2º para oeste-noroeste,atingindo, localmente, valores relativamente altos, em decorrência do tectonismoassociados aos derrames basálticos e a intrusão de sills de diabásio.De forma geral, o comportamento das camadas, tanto em espessura quanto emmergulho, apresenta-se bastante uniforme, quando não sofre perturbações teutônicasconseqüentes de intrusões do tipo sill ou dique. Verificou-se que a FormaçãoBotucatu tende a desaparecer sob os derrames basálticos na parte ocidental daregião, onde a Formação Pirambóia assenta discordantemente sob a Formação Serrageral.Na área do Médio Tietê, próximo as cidades de Salto e Itu, destaca-se um feixe defraturas coextensivo com os falhamentos transcorrentes de Jacutinga.A alcalina de Ipanema ocorre injetada nos sedimentos do Subgrupo Itararé quesofreram urna diminuição de espessura e ficaram marcados por urna série de falhasanelares.Na região de Anhembi, existe um alto estrutural delimitado por falhas de direçãoNW-SE e NE-SW. Na região de Porangaba, foi identificado um pequeno horseexpondo os folhelhos da formação Irati dentro dos sedimentos da FormaçãoCorumbataí.


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2.2 Hidrogeologia

Os reservatórios de água subterrânea que ocorrem na região foram caracterizados emfunção de sua distribuição espacial, parâmetros hidráulicos, modo de circulação daágua e condições de armazenamento.Foram identificados e considerados os seguintes aqüíferos :

Sistema Aqüífero CristalinoSistema Aqüífero TubarãoSistema Aqüífero BotucatuSistema Aqüífero BasaltoAqüitarde Passa DoisAqüífero Marília

Em cada um destes sistemas, o armazenamento e a circulação da água ocorrem demodo específico, sendo possível, no entanto, classificá-los de acordo com suascaracterísticas litológicas em três grupos distintos : meios de porosidadepredominante granular (Tubarão, Botucatu e Marília ), meios de porosidade defissuras (Cristalino e Basalto ) e porosidade mista, granular e por fissuras (PassaDois ).

O Grupo Passa Dois, devido a sua constituição litológica, assume regionalmente ocomportamento de um aqüiclude (armazena, porém sem capacidade de fornecerágua ) podendo, entretanto, apresentar localmente zonas aqüíferas (boa produção deágua ) representadas principalmente pelos bancos de bancos de calcário e por zonasde rochas lamíticas fissuradas.

Sistema Aqüífero Cristalino

O Aqüífero Cristalino corresponde às rochas ígneas e metamórficas doembasamento cristalino Pré-Cambriano encontradas na área (Complexo gnaíssicomigmatítico, Grupo Açungui e faixas cataclásticas). O meio Aqüífero Cristalino édesenvolvido nas descontinuidades provocadas pelo fraturamento das rochas(porosidade por fissura ), caracterizando desta forma zonas aqüíferas localizadas,com extensão e profundidades condicionadas pela intensidade dos esforços pré-existentes. Cabe ressaltar a existência de uma camada de alteração destas rochas queapresenta grande influência na recarga do aqüífero e, consequentemente noescoamento básico da rede de drenagem superficial.

Observa-se que o comportamento hidráulico de Cristalino está associado àscondições de ocorrência de zonas aqüíferas associadas ao fraturamento na rocha sã eao manto de rocha alterada, não dispondo de um aqüífero contínuo e homogêneo. Aheterogeneidade e anisotropia ocorrem, também, devido ao contraste litológico entrea camada de alteração e a rocha sã, na bacia o aqüífero é livre.


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Quando a camada de alteração é grande (20–40m ou mais ) desenvolve-se um meioaqüífero com maior capacidade de armazenamento e de circulação devido aointemperismo químico e físicos atuantes.

Na rocha sã, em geral, a água circula apenas pelas fraturas existentes, condicionadoa circulação pela freqüência de ocorrência das mesmas, pela sua abertura, extensãorugosidade e principalmente pelas direções predominantes de ocorrência.

Na análise da relação de profundidade dos poços com sua produtividade, observouque o intervalo de perfuração menor que 100m mostrou melhores valores decapacidade específica por metro perfurado do que os outros intervalos de 100 a150m e > 150m.Tal resultado indica que a probabilidade de melhora de vazão aprofundamento depoço, quando este é superior a 100m, é reduzida.

Assim, projetos de perfuração de poços no Aqüífero Cristalino devem levar emconta prioritariamente o conhecimento prévio da espessura de rocha alterada e semi-alterada, e do fraturamento (natureza, origem e traçado ), não se justificando aslocações aleatórias ou de conveniência, e tampouco aprofundamento excessivos embusca de vazão maior, a menos que fatores geológicos e estruturais o justifiquem.

Sistema Aqüífero Tubarão

Este Aqüífero situa-se no Grupo Tubarão, Subgrupo Itararé. Formação Tatuí eencontra-se cortado em diversos pontos por de intrusões de diabásio, que localmenteinterrompem sua continuidade, sendo ainda recoberto em áreas próximas aoslineamentos de drenagem por camadas de sedimentos Cenozóicos.O armazenamento e a circulação da água no Aqüífero Tubarão ocorre através dosinterstícios dos sedimentos clásticos grosseiros (arenitos, conglomerados,diamictitos), que estão intercalados com camadas de sedimentos finos (lamintos,siltitos, folhelhos ) dificultando o escoamento da água subterrânea no sentidovertical caracterizando uma situação de situação de anisotripia com permeabilidadeverticais inferiores às horizontais. Há alternância em superfície de sedimentosgrosseiros e finos com espessuras variadas, acentuando a heterogeneidade daspropriedades deste Sistema aqüífero.

Nesta bacia este aqüífero é livre (freático). O substrato do aqüífero tubarão éconstituído pela rochas Pré-Cambrianas do Aquüífero Cistalino e, a medida em queavança para noroeste, passa a ser confinado pela seqüência do Grupo Passa Dois,que por sua vez fica freático neste local.

Em âmbito regional, este aqüífero comporta-se como um reservatório subterrâneo deprodutividade bastante limitada, contendo áreas localizadas com potenciais maiselevados. A análises da produtividade de poços em relação a profundidade indicoumelhores valores de capacidade específica por metro perfurado no intervalo deprofundidade menor que 100m, comparativamente aos de 100-150m e > 150m.Assim, ao aprofundamento de poços no Tubarão, em relação a uma melhora de


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produtividade, é pouco efetiva quando estes já são superiores a 100m, o quecontraria a tradição de perfuradores da região.

Sistema Aqüífero Botucatu

O Sistema Aqüífero Botucatu é constituído pelos arenitos fluviais e eólicos,respectivamente das Formações Pirambóia e Botucatu, que afloram na parte norte daárea, recobrindo os sedimentos do grupo Passa Dois. Para oeste, é recoberto pelosbasaltos da Formação Serra Geral que passam a confiná-lo. De sua área total, noEstado de São Paulo, 90% apresenta-se confinada por esses derrames imprimindoum caráter de artesianismo em 80% do Sistema Aqüífero.

Os valores observados da capacidade específica evidenciam um contraste entre asduas unidades geológicas que compõe este Sistema. Isto é devido a maiorquantidade de matriz lamítica no Arenito Pirambóia em relação ao Botucatu, o queconfere maior condutividade hidráulica a este. Assim, o Botucatu deve apresentarmaior capacidade específica em relação ao Pirambóia.

De modo geral, este aqüífero possui caráter de permeabilidade granular, livre econfinado, homogêneo, contínuo, sendo que a noroeste desta bacia este aqüíferoapresenta-se livre (freático).


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Sistema Aqüífero Basalto

Este sistema é composto pela Formação Serra Geral do Grupo São Bento e estáencoberto em grande parte por sedimentos Cenozóicos e pela formação Marília,aflorando em algumas áreas localizadas e ao longo dos lineamentos de drenagem. Aszonas aqüíferas estão associadas principalmente aos sistemas de fraturamentoexistentes nos basaltos, portanto, sendo descontínuos e localizados, estandomascaradas nas áreas com cobertura sedimentar.

As propriedades hidráulicas dos basaltos estão relacionadas às condições dearmazenamento e circulação de água que ocorrem nestas rochas, isto é, nas zonas dedescontinuidade de origem primária (juntas do resfriamento), nos planos deseparação dos derrames superpostos e preferencialmente nos locais defraturamemento resultante de esforços secundários (tectônicos). Conseqüentemente,os basaltos apresentam-se como um meio aqüífero fortemente heterogêneo,anisotrópico e descontínuo, sendo freático no extremo sudoeste da bacia.

Aqüitarde Passa Dois

Este aqüífero corresponde ao Grupo Passa Dois, sendo constituído pelas FormaçõesIrati e Corumbataí, compondo-se essencialmente de folhelhos, siltitos, calcáreos ealguns bancos de arenitos finos fortemente cimentados por carbonatos. Oarmazenamento de água deve-se tanto a porosidade granular como fissuras. Aszonas aqüíferas são localizadas dependentes da litologia e da situação estruturallocal, apresentam caráter livre, heterogêneo, descontínuo, localizando-se a noroesteda bacia. Assenta-se sobre os sedimentos do grupo Tubarão e está recoberto emgrande parte (regionalmente) pelaFormação Pirambóia. Por estar interposto entre ossistemas Aqüíferos Botucatu e Tubarão, exerce regionalmente um papel passivoquanto à circulação das águas subterrâneas.

Aqüífero Marília

De pequena extensão dentro da área de estudo, faz parte do Sistema Aqüífero Bauru.De modo geral, apresenta-se livre e semi-confinado, heterogêneo, contínuo,anisotrópico, granular.O Desenho 2 e a tabela 2 mostram a distribuição, características e condições deocorrência dos sistemas aqüíferos na Bacia do Sorocaba-Tietê.

CAPITULO I CONTEÚDO, TRATAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS ��

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Tabela 2 – Distribuição, Características e Condições de Ocorrência dos Sistemas Aquíferos.SistemasAqüíferos

LitologiaPredominante

Características Hidrogeológicas ÁreaAfloram.km2

Espess.Médiam

ExtensãoSubsuperf.km2

Espess.Confin. m

Vazão porPoçom3/h

Profund.Poçosm

Capacid.Específ.m3/h/m

Produtiv.

Cristalino Granitos, gnaísses,migmatitos, filitos,xistos, quartizitos emetassedimentos

Extensão regional, fraturado,caráter eventual livre a semi-confinado, heterogêneodescontínuo

53,400 150 190,400 - 5 a 120 150 0,001 a 7 Baixa a média

Tubarão Arenitos finos agrosseiros com matrizlamítica, lamitosarenosos, lamitosritmitos e siltitos

Extensão regional, granular(local.fissurado), livre e semi-confinado descontínuo

20,700 1,000 165.00 1,600 3 a 150 100 a 350 0,005 a 8.5 Média

Botucatu Arenitos finos amédios, arenitoslamíticos e lamitosarenosos

Extensão regional, granularlivre e confinado, homogêneo econtínuo

16,000 250 136,800(confinado)

500 50 a 80010 a 250

200 a 17050 a 250

2 a 160,5 a 10

Média

Serra-Geral Basaltos Extensão regional, fraturado,caráter eventual livre e semi-confinado descontínuo

31,900 150 104,000 5 a 100 150 0,01 a 10 Média

Passa-Dois(aqüitardo)

Lamitos, siltitosarenosos, ritmitos.folhelhos e calcáreos

Extensão limitada, fissurado,caráter eventual livreheterogêneo, descontínuo

6,900 120 150,000 - 3 a 20 100 a 200 0,005 a 1 Baixa

Bauru Arenitos mal selecio-nados. Muitos finos aconglomeráticos.Bancos lamíticos,siltitos e finascamadas calcáreos

Extensão regional, granularlivre a semi-confinado.Heterogêneo contínuo

100,000

200 5 a 100 100 a 200 0,1 a 2 Média

Fonte : Compilado de Campos (1993)


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3. Caracterização Sócio-Econômica

Até a década de 60, a cidade de São Paulo representava o principal centrourbano do Estado, com taxas de crescimento sem paralelo. A partir desse período,com destaque para a década de 70, ocorreu um processo de industrialização em todoo país, impulsionado por políticas governamentais de estímulo a investimentos forados centros tradicionais, tendo como conseqüência a desconcentração das atividadesindustriais da Grande São Paulo para o interior. Neste período, a performance daeconomia brasileira e paulista apresentou as mais elevadas taxas de crescimento doproduto e da renda. Sorocaba foi uma das regiões impulsionadas por esta política.

A. Histórico e Desenvolvimento da Região

Processo de Ocupação da Bacia

Para analisar a situação dos recursos hídricos neste território, em articulação com asituação socioeconômica, faz-se necessário recuperar aspectos da história regional ede sua inserção no espaço paulista. Em função da disponibilidade de dados e daprópria dinâmica regional, optou-se por apresentá-la partindo de uma avaliação daRegião Administrativa de Sorocaba.

A região Administrativa de Sorocaba, ao longo das décadas em que os governos doEstado de São Paulo buscaram regionalização mais condizente com seus objetivospolíticos e administrativos, conheceu poucas alterações.1 Trata-se de uma regiãoadministrativa bastante extensa, em que o conjunto de sedes municipais nãoalcançou a dimensão de centralizar órgãos e ações, de modo que Sorocabapermanece como o grande centro regional. É interessante notar que, em formulaçõesanteriores relativamente à regionalização do estado de São Paulo, em sub-regiões,alguns municípios despontavam como suas sedes, como era o caso de Tatuí, Avaré eCapão Bonito, além das que passaram de sede sub-regional para regiões de governo,como Botucatu, Itapetininga e Itapeva. O desenvolvimento posterior não permitiu àsprimeiras permanecer nesta posição de destaque, sendo polarizadas por outrosmunicípios. Esta característica foi reconhecida por Cano (1992), quando destaca adinâmica do município de Sorocaba, o maior da região e o que grande parte daestrutura industrial, sendo considerado “a capital regional e o principal póloeconômico, demográfico e urbano da Região Administrativa” e, ao mesmo tempo, 1 Dado particularmente importante se comparado ao ocorrido em outras regiões administrativa em quehouve alterações quanto à composição das regiões de governo, criação de novas regiões de governo ou aindade novaregião administrativa, como é o caso, por exemplo, da criação de Região Central.


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“exercendo uma polarização sobre os outros municípios da RA)”.

O município de Sorocaba vem possuindo, ao longo do tempo, a maior concentraçãodemográfica da região administrativa. As origens do povoamento deste territóriodatam do século XVII, sendo um dos mais antigos do Estado de São Paulo. A baseeconômica deste primeiro povoado localiza-se na busca de minérios do Morro deAraçoiaba. Ainda no século XVII há o estabelecimento de famílias provenientes deSantana do Parnaíba, vila mais próxima, e em 1991 são estabelecidos os marcos queelevam o povoado à categoria de vila: a igreja e o pelourinho. Pode-se dizer,portanto, que a ocupação do território de Sorocaba está diretamente relacionada àsBandeiras, ganhando destaque no comércio de animais de carga como atividadesubsidiária à política de povoamento de São Paulo e articulada à mineração doséculo XVIII, quando se transforma em importante entreposto. Esta história écompartilhada por outros municípios que encontram-se na zona de contato doPlanalto com a Depressão Periférica, todos eles originados com “passagens eparagens”, em que se inclui, por exemplo, Campinas. A particularidade de Sorocabadeve-se às possibilidades de conexões com áreas do sul- zonas criatórias. Até hojetemos no município a permanência desta relação e os marcos simbólicos deste início,seja pela denominação do Paço Municipal- Palácio dos Tropeiros - seja na existênciade Núcleo de Estudos Tropeiros na Universidade de Sorocaba, ou ainda na presença,muito significativa da criação de animais- eqüinos particularmente- em haras naregião

De forma articulada a outras vilas da época, Sorocaba abrigou os primórdios daindústria de tecelagem de algodão(1857), o que também transformou-se em umamarca da industrialização do município. Para viabilizar sua produção ecomercialização foi implantada a Estrada de Ferro Sorocabana em um processo deindependência em relação à malha ferroviária que havia sido implantada pouco antescom a Ituana, viabilizando nova alternativa de acesso a São Paulo e ao Porto deSantos. A implantação desta ferrovia possibilitou a criação de outras vilas em seupercurso, como Mairinque. Ao final do século as empresas estavam unidas e emexpansão para a região denominada Alta Sorocabana. O território de Sorocabapermaneceu sediando importante indústria têxtil, enquanto a Sorocabanatransformou-se em via ferro-café. A expansão da atividade cafeeira e a criação dochamado “complexo cafeeiro paulista” criou condições para que novas áreasganhassem dinamismo e superassem Sorocaba no novo período econômico doEstado de São Paulo nos primeiros anos do século XX.

Ao longo da primeira metade do século XX os dados relativos à produção industrial,apresentados por Cano (1992), demonstram a perda contínua no valor da produçãoindustrial assim como no contingente de trabalhadores no setor. “A partir da décadade 30 (crise de 1929) e principalmente ao longo dos anos 40, com relativadecadência da indústria têxtil e a expansão da cultura de algodão para outras regiõesdo Estado, Sorocaba perdeu seu dinamismo econômico e cedeu posição relativa, noplano estadual, para regiões como Campinas e Ribeirão Preto, que conseguiramintegrar-se de forma mais adequada ao novo período que se abria para a economiapaulista”.

A “Manchester Paulista” perde seu lugar por não Ter condições naturais para abrigaras atividades dinâmicas da agricultura paulista – o cultivo de cana-de-açúcar ou decafé e da policultura que ocupou suas lavouras, atividades agrícola que geravam


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maiores possibilidades de integração na economia do Estado e de relação com outrosmercados e com as indústrias. Não compondo o eixo de comercialização ediversificação que atraía investimento em infra-estrutura, Sorocaba, “que haviaficado à margem da expansão cafeeira, teve agravado seu isolamento relativo dentrodo Estado por não expandir ao mesmo rítimo que o restante do interior a infra-estrutura energética, rodoviária e urbana”(Zimmermann, apud Cano, 1992:8).

Este deslocamento de posição é demonstrado pela queda da participação da regiãona produção industrial estadual dos 10,4% apresentados em 1928 para 3,0% em1960, o que refletiu na diminuição da participação da mão-de-obra local no total doEstado.

Os impulsos posteriores na industrialização e urbanização do território, quecorrespondem aos municípios de Sorocaba e Votorantim, estiveram relacionados àintervenção das políticas oficiais. Seja com a abertura da rodovia Raposo Tavares,nas políticas de implantação de indústrias de bens intermediários na década de 50 ouna descentralização econômico-industrial a partir dos anos 70.

A situação descrita para Sorocaba é diferente da encontrada nos outros municípiosque atualmente compõem a região administrativa, pois, estes, excetuando-seBotucatu, que integra a economia cafeeira, permanecem como espaçoscomplementares por não estarem compondo as áreas selecionadas para aimplantação de novos projetos de industrialização. A conurbação sorocabana e aarticulação com Salto-Itu, especialmente, tem se destacado como área urbano-industrial que receberá maiores investimentos.

Os dados até agora considerados não vêm incluindo todos os municípios já que háindisponibilidade de informações para alguns deles que foram recentementeemancipados. Esta situação, como contribui para a compreesão dinâmica regional, éapresentada no Quadro 3.1,a seguir, que se recupera os dados sobre os períodos deemancipação e os municípios de origem, permitindo uma visão mais completa doterritório em questão.

Os aspectos determinantes para os processos de emancipação de antigosdistritos relacionam à maior diversidade das alterações espaciais motivadas porinvestimentos seletivos de origem pública ou privada. Não se pode desconsiderar,todavia, as emancipações mais claramente vinculadas às questões da políticamunicipal.


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Quadro3.1Constituição Histórica dos Municípios da UGRHI 10 e Área Atual

1993

Municípios Ano de Emancipação Município de Origem Área (Km2)Alambari 1991 Itapetininga 173Alumínio 1991 Mairinque 95Anhembi 1948 Botucatu 728Araçariguama 1991 São Roque 138Araçoiaba da Serra 1944 Sorocaba 283Bofete 1921 Tatuí 645Boituva 1937 Porto Feliz 248Botucatu 1876 Itapetininga 1496Cabreúva 1859 Itu 267Capela do Alto 1964 Araçoiaba da Serra 143Cerquilho 1948 Tietê 126Cesário Lange 1959 Tietê 190Conhas 1916 Tatuí 465Ibiína 1944 São Roque 1088Iperó 1964 Porto Feliz 165Itu 1654 Santana de Parnaíba 642Jurumirim 1997 Tietê 54Laranjal Paulista 1944 Tietê 387Mairinque 1959 São Roque 214Pereiras 1889 Tatuí 236Piedade 1857 Sorocaba 729Porangaba 1927 Tatuí 276Porto Feliz 1797 Itu 569Quadra 1993 Tauí 206Salto 1889 Itu 160Salto de Pirapora 1953 Sorocaba 255São Roque 1864 Santana do Parnaíba 313Sorocaba 1661 Santana do Parnaíba 443Tatuí 1861 Itapetininga 715Tietê 1864 Porto Feliz 453Torre de Pedra 1991 Porangaba 69Vargem GrandePaulista

1981 Cotia

Votorantim 1964 Sorocaba 177Fonte : Instituto Geográfico e Cartográfico. 1993 (Projeto LUPA)Notas : (1) Foram distritos de diferentes municípios, sendo indicado o da época deemancipação,

(2) A data refere-se à elevação a vila


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B. Dados Demográficos

Dinâmica Populacional da UGRHI 10 Sorocaba-Médio Tietê

Neste tópico são apresentados os dados demográficos que atualizam as análises einformações até aqui apresentadas e buscam evidenciar como as dinâmicas políticas,econômicas e demográficas se desenvolvem e se articulam.

Os processos de interiorização e descentralização econômica grardam relação com oarcabouço urbano construído regionalmente e com condicionantes demográficos. Éimportante considerarmos os impactos destes processos na dinâmica demográficaque, por sua vez, conheceu no período entre as décadas de 70 a 90 sensíveistransformações no conjunto da sociedade brasileira, destacando-se o declínio da taxade crescimento demográfico – notadamente a partir dos anos 80 – relacionada àqueda da taxa de fecundidade total. A década de 90, em que se aceleram algumasdestas transformações, mereceu por parte da Fundação IBGE o estabelecimento daContagem Populacional em 1996.

Deste modo, os municípios da UGRHI-10 foram ser agrupados em três categoriasconforme a taxa de urbanização apresentada pelo Censo de 1991: Conforme pode servisto no Quadro 3.0.

Municípios com taxas de urbanização inferiores a 60%: Anhembi, Cesário Lange,Ibiúna, Piedade, Porangaba, Sarapuí, Alambari, Araçariguama, Quadra e Jumirim.

Municípios com taxas de urbanização entre 60 e 85%: Araçoiaba da Serra, Bofete,Boituva, Cabreúva, Capela do Alto, Conchas, Iperó, Laranjal Paulista, Pereiras,Porto Feliz, Salto de Pirapora, São Roque, Tietê e Alumínio.

Municípios com taxas de urbanização superiores a 85%: Botucatu, Cerquilho, Itu,Mairinque, Salto, Sorocaba, Tatuí, Vargem Grande Paulista, Votorantim e Cotia(Caucaia do Alto).


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Quadro 3.0

População na UGRHI-10

1970 1980 1991 1994

Município Total Urbana

% U

rban

a

Total Urbana

% U

rban

a

Total Urbana

% U

rban

a

Total Urbana

% U

rban

a

Araçariguama - - - - - - 6.793 3.556 52,34 7.265 3.803 52,34Boituva 8.976 5.676 63,24 12.577 10.110 80,38 23.111 19.320 8360 26.624 22.332 83,87Cabreúva 7.679 1.329 17,31 11.709 6.596 56,33 18.761 13.290 70,84 21.037 14.929 70,96Itu 49.091 36.041 73,42 74.204 63.174 85,14 107.076 96.600 90,22 116.470 105.070 90,21Porto Feliz 22.152 13.898 62,74 27.123 19.714 72,68 36.876 28.183 76,43 39.392 30.136 76,50Salto 21.772 19.058 87,53 42.376 42.376 100 72.076 72.076 100 81.578 81.578 100São Roque 37.049 19.131 51,64 49.539 31.373 63,33 56.627 44.421 78,44 59.834 46.935 78,44Tietê 17.283 11.041 63,88 20.033 15.541 77,58 26.458 22.163 83,77 28.043 23.461 83,66Sub-Total 164.002 106.174 64,74 237.561 188.884 79,51 347.778 299.609 86,15 380.243 328.244 86,32

Anhembi 3.517 1.306 37,13 3.445 1.713 49,72 3.514 2.105 59.90 3.496 2.139 61,18Bofete 5.327 1.666 31,27 4.410 2.117 48,00 5.665 3.644 64,32 5.991 3.853 64,31Botucatu 51.954 43.229 83,21 64.539 58.333 90,38 90.620 84.718 93,49 97.615 91.231 93,46Conchas 10.046 5.584 55,58 11.039 7.051 63,87 11.916 8.369 70,23 12.002 8.433 70,26Pereiras 4.838 1.466 30,33 3.762 1.583 42,08 4.433 2.682 60,50 4.581 2.776 60,59Porangaba 7.577 2.812 37,11 6.392 2.884 45,12 5.587 2.854 51,08 5.623 2.872 51,07Torre de Pedra - - - - - - 1.238 737 60,00 1.235 735 59,51Sub-Total 83.259 56.063 67,34 93.587 73.681 78,73 122.973 105.109 85,47 130.543 112.039 85,83

Ibiúna 24.391 6.506 26,67 31.829 19.026 59,78 49.080 17.674 36,01 54.155 19.401 36,69Paulista - - - 9.777 9.777 100 15.840 15.840 100 17.363 17.363 100Caucaia do Alto/Cotia - - - - - - 16.344 16.344 100 19.225 19.225 100

Sub-Total 24.391 6.506 26,67 41.606 28.803 69,23 81.264 49.858 61,35 90.743 55.989 61,70

Alumínio - - - - - - 13.694 10.936 79,85 14.765 11.791 79,85Araçoiaba da Serra 6.557 1.883 28,72 8.540 4.491 52,59 14.550 8.867 60,94 16.467 10.107 61,37Iperó 6.439 3.160 49,08 6.606 3.894 58,95 10.553 7.874 74,61 11.820 8.804 74,48Mairinque 18.858 5.722 30,34 30.831 23.770 77,01 29.284 24.876 84,94 31.823 27.033 84,94Sorocaba 175.677 169.599 96,54 269.830 265.956 98,56 378.366 373.457 98,70 406.415 401.119 98,69Votorantim 26.932 22.988 85,36 53.147 50.454 94,93 80.682 79.150 98,10 88.412 86.761 98,13Sub-Total 234.463 203.352 86,73 368.954 348.565 94,47 527.129 505.160 95,83 569.702 545.615 95,77

Alambari - - - - - - 3.283 604 18,39 3.412 628 18,40Capela do Alto 5.023 1.913 38,08 7.389 4.328 58,57 10.770 8.057 74,81 11.624 8.705 78,49Cerquilho 6.960 3.979 57,17 12.345 10.249 83,02 20.082 17.904 89,15 22.406 19.974 89,14Cesário Lange 5.755 1.684 29,26 7.859 4.138 52,65 11.159 6.476 58,03 12.089 7.650 63,28Laranjal Paulista 13.107 8.709 66,45 15.171 11.990 79,03 19.110 15.868 83,04 20.030 16.575 82,75Piedade 27.640 6.951 25,15 35.898 13.105 36,51 43.533 18.304 42,05 45.078 19.128 42,43Quadra - - - - - - 1.939 416 21,45 2.099 450 21,43Salto de Pirapora 9.001 4.275 47,49 14.686 9.506 64,73 25.340 19.120 75,45 28.848 22.912 79,42Sarapuí 5.013 1.389 27,71 5.175 1.740 33,62 6.502 3.226 49,62 6.771 3.326 49,12Tatuí 39.760 31.133 78,30 55.489 45.236 81,52 79.662 69.224 90,30 80.216 73.898 92,12Sub-Total 112.259 60.033 53,48 154.012 100.292 65,12 221.380 159.199 71,91 232.573 173.246 74,49Total UGRHI-10 618.374 432.128 69,88 895.720 740.225 82,64 1.300.524 1.118.935 86,04 1.403.804 1.215.133 86,56

Médio Tietê Superior

Médio Tietê Inferior

Alto Sorocaba

Sorocaba / Pirajibu

Baixo Sorocaba / Sarapuí / Tatuí / Pirapora

Fonte: Fundação SEADE

Os dados relativos ao crescimento demográfico dos municípios que estão inseridosna UGRHI 10 Sorocaba-Médio Tietê estão na Tabela 3.1, pemite-nos reconhecer aconstituição da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos da bacia do rioSorocaba e Médio Tietê quanto à população, à hierarquia urbana baseada nocontingente populacional de cada município e as taxas de crescimento populacionalde cada município e as taxas de crescimento anuais. Destaca-se neste conjunto o


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município de Sorocaba, que atinge mais de 400.000 habitantes em dados de 1996,seguido pelos municípios de Itu e Botucatu, na faixa de100.000. Entre 50.000 e100.000 habitantes estão Tatuíu, Votorantim, Salto, São Roque e Ibiúna. Destesmunicípios de grande e médios portes, para os padrões regionais, observamos queestão formando a conurbação de Sorocaba -como é o caso de Vototrantim ou no eixoSorocaba-Itu. Como municípios que tornam-se centros e, suas sub-regiões estãoBotucatu e Tatuí. Ibiúna e São Roque comporiam outro grupo pela situaçãogeográfica, ou seja, estão na área de articulação de articulação da região de Sorocabacom a região Metropolitana de São Paulo.

TABELA 3.1População a Taxa de crescimento Anual nos Municípios da UGRHI 10

1970-1996

Municípios População Taxa de crescimento Anual1970 1980 1991 1996 1970-1980 1980-1991 1991-1996

Alambari - - 3.291 3.441 - - 0,9Alumínio - - 13.783 13.268 - - -0,76Anhembi 3.157 3.445 3.517 4.164 -0,21 2,56 3,44Araçariguama - - 6.846 9.461 - - 3,38Araçoiaba da Serra 6.557 8.469 14.464 17.078 2,68 4,96 3,38Bofete 5.327 4.392 5.633 6.698 -1,87 2,3 3,52Boituva 8.976 12.459 22.976 28.458 3,43 5,69 4,37Botucatu 51.954 64.195 90.620 100.969 2,19 3,13 2,17Cabreúva 7.679 11.624 18.761 23.482 4,31 4,38 4,69Capela do Alto 5.023 7.345 10.770 12.569 3,94 3,48 3,25Cerquilho 6.990 12.251 20.082 24.884 5,9 4,52 4,57Cesário Lange 5.755 7.815 11.159 12.726 3,16 3,24 2,77Conchas 10.046 11.024 11.916 13.110 0,95 0,7 2,04Ibiúna 24.391 31.615 49.080 55.790 2,7 4,02 2,64Iperó 6.439 6.558 10.553 14.210 0,26 4,35 6,3Itu 49.091 73.778 107.076 122.253 4,22 3,39 2,73Jurumirim MI MI MI MI MI MI MILaranjal Paulista 13.107 15.115 19.110 20.690 1,47 2,12 1,62Mairinque 18.858 30.669 43.127 32.293 5,04 3,1 1,93Pereiras 3.101 3.752 4.433 5.246 -2,48 1,5 3,48Piedade 27.640 35.786 43.533 41.271 2,65 1,77 -1,12Porangaba 7.577 6.384 6.848 5.764 -1,69 0,63 0,6Quadra MI MI MI MI MI MI MISalto 21.772 42.027 72.076 86.658 6,89 4,95 3,81Salto de Pirapora 9.001 14.562 25.340 30.385 5,02 5,08 3,82São Roque 37.049 49.342 63.569 61.371 2,95 2,29 1,55Sarapuí 5.013 5.156 6.502 6.996 0,32 2,1 1,61Sorocaba 175.677 268.396 378.366 430.612 4,38 3,12 2,68Tatuí 39.760 55.207 76.662 86.686 3,39 2,98 2,53Tietê 17.283 19.945 26.458 29.617 1,49 2,56 2,37Torre de Pedra - - 1.241 1.571 - - 5Vargem GrandePaulista

- 9.704 15.840 26.455 - 4,48 11,15

Votorantim 26.932 52.801 80.682 87.077 7,03 3,87 1,58Total da UGRHI 10 594.155 863.816 1.264.314 1.415.253

Fontes: Fundação IBGE; Fundação SEADE


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Nota: Os dados referem-se aos Censos de 1970, 1908,e 1991 e à Contagem Populacional de 1996,. O cresciemto édado pela taxa anualConvenções Utilizadas: - Fenômeno Inexistente; MI – Município Inexistente (município não instalado na data dapesquisa

Analisando estes mesmos dados a partir das Regiões de Governo, na RGBotucatu encontram-se oito municípios dos quais, exceto Botucatu, somente osmunicípios de conchas e Laranjal Paulista atingem população superior a 10.000habitantes. Na RG Itapetininga, entre os nove municípios que a compõem e quepertencem à UGRHI 10, destacam-se Tatuí, já comentado, Boituva e Cerquilho, commais de 20.000 habitantes, Capela do Alto e Cesário Lange com mais de 10.000habitantes.

Na RG Sorocaba, que possui quase a totalidade de seus municípios integrando aUnidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos das bacias do rio Sorocaba eMédio Tietê, encontramos, além dos municípios da conurbação sorocabana e do eixoSorocaba-Itu, municípios que atingem amis de 20.000 habitantes,comoMairinqure,Piedade, Saltode Pirapora e Tietê. Somente o município recém-criado deJurumirim possui população menor que 2.000 habitantes.

Estas considerações preliminares sobre os dados relativos à população permitemreafirmar as características do conjunto da UGRHI , neste tópico, quanto à redeurbana que ganha contornos mais definidos somente na RG Sorocaba.

Em seu conjunto a Região Administrativa de Sorocaba, que alcançou em 1996 ocontingente de 2.224.772 habitantes, apresentou ao longo das décadas de 70 e 90taxas de crescimento semelhantes, mantendo-se no terceiro lugar no Estado de SãoPaulo. Avaliando o crescimento semelhantes, mantendo-se no terceiro lugar noEstado de São Paulo. Avaliando o último período, de 1991 a 1996, as Regiões deGoverno que a ela pertencem e não estão inseridas na Unidade de Gerenciamento deRecursos Hídricos das bacias dos rios Sorocaba e Médio Tietê - Avaré e Itapeva -foram as que apresentaram as menores taxas de crescimento no período entre oCenso de 1991 e a Contagem Populacional de 1996, sendo negativa na RG Avaré ede 0,59% na RG Itapeva. A RG de Botucatu apresentou a taxa de crescimento menorque 2% (1,88%), em queda, portanto, em relação aos períodos anteriores; as RGs deItapetininga , com taxa de 2,44% entre 1991 e 1996, mantiveram-se em situaçãosemelhante e a RG de Sorocaba, com a taxa de 2,54%, apresentou um decréscimo, secomparando ao período de 1980/1991 em que alcançou maisde 3%. Há que seconsiderar, todavia, que se está trabalhando com períodos diferenciados, emboracom taxas anuais.

A partir destas médias regionais, identificamos situações extremas. Osmunicípios de Conhas, Mairinque, Piedade, Porangaba e Votorantim apresentamtaxas de crescimento inferiores á média ou recuo destas taxas ao longo dos períodosconsidarados. O crescimento populacional de Conchas, no último período, estáprovavelmente relacionado às novas oportunidades abertas pela Hidrovia Tietê -Paraná. Em Mairinque é preciso que se registre o desmembramento do território.Votorantim, de origem industrial marcante, com população urbana que atinge maisde 98% da população total, pode ser exemplo da maior conexão entre municípios,das alterações na dinâmica demográfica causada pela expressiva urbanização emesmo pelas alterações econômicas.

De outro lado, encontramos municípios cujas taxas de crescimento estãomuito acima das médias regionais. Tal é o caso de Araçoiaba da Serra, Boituva,


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Cabreúva, Capela do Alto, Cerquilho, Ibiúna, Iperó, Itu, Pereiras, Salto de Pirapora,além de Sorocaba. Neste grupo há situações diferenciadas, pois alguns municípiosapresentaram movimento ascendente e decrescente, outros permanecem por todo operíodo de quase trinta anos com taxas muitoelevadas. Encontram-se neste últimocaso os municípios de Boituva, Cabreúva, Cerquilho, Salto, Salto de Pirapora.Temos de considerar, nestes casos, tanto as transformações no setor agrário -introdução da cultura de cana - de açúcar, por exemplo - como a maiorindustrialização ( especialmente no caso de Salto e em outros municípios citadosacima), e as áreas que passam a receber população proveniente da RegiãoMetropolitana de São Paulo, o que atinge Ibiúna e Cabreúva, por exemplo, No casodo município de Sorocaba, assim como no de Botucatu e ,com menor ênfase, emTatuí, tem-se que adicionar a ampliação do setor de serviços. É, porém, necessárioobservarmos os componentes do crescimento populacional, o que será feito atravésde duas tabelas. Na primeira são apresentados dados até o Censo de 1991 e nasegunda os dados entre o Censo e a Contagem Populacional de 1996.

A tabela 3.2 mostra os componentes de crescimento demográfico especificamentedos municípios que já existiam, ao menos a partir da década de 80. A opção pelarepresentação por Regiões de Governo deve-se ao interesse em verificar com maisclareza as possibilidade das dinâmicas intra-regionais.

Na Região de Governo de Botucatu, mesmo que consideremos apenas os municípiosque estão inseridos na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos das baciasdos rios Sorocaba e Médio Tietê, observamos uma alteração significativa entre osdois períodos, uma vez que os saldos migratórios passaram de negativos, em grandeparte, e para a RG, para positivos, o que indica que as iniciativas e diversificaçõeseconômicas dos anos 80 puderam alterar os rumos das migrações, o que é sensívelnos municípios de Botucatu, Pereiras e Bofete. Os três municípios encontram-se nasub-bacia denominada Médio Tietê Inferior.

A Região de Governo de Itapetininga, por sua vez, apresentava no período de 1970 a1980 alguns municípios que já possuíam saldos migratórios expressivos, comoCerquilho e Tatuí. No período seguinte, a região apresentará uma proporção menorde migrantes no interior, os municípios já citados permanecem com saldosmigratórios mais elevados que a média regional, surgindo como destaque Boituva eCesário Lange. Os municípios mencionados pertencem às sub-bacias do Médio TietêSuperior, no caso de Cerquilho e Boituva, e Baixo Sorocaba e outras sub-bacias nocaso de Tatuí e Cesário Lange.

Na região de Governo de Sorocaba, que apresenta os maiores saldos migratórios doconjunto no dois períodos, destacam-se os municípios de Itu, Mairinque, Salto,Sorocaba e Votorantim. Em Salto e Votorantim o saldo migratório atingia mais de70% do crescimento populacional do período. No período seguinte, de 1980 a 1991,os percentuais nestes municípios são inferiores, toda via expressivos, e novosmunicípios podem ser incorporados ao grupo dos que estão atraindo mais fortementea população, como é o caso de Iperó, Salto de Pirapora e Araçoiaba de Serra. Há,entretanto, municípios com saldo migratório negativo, como é o caso de Piedade. Osmunicípios de Itu e Salto pertencem à sub-bacia do Médio Tietê Superior; Sorocaba,Votorantim, Mairinque e Iperó, à sub-bacia do Sorocaba-Pirajibu; Salto de Piraporapertence à sub-bacia do Baixo Sorocaba, assim como o município de Piedade.


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O período em questão, de cinco anos, apresenta, necessariamente, para dadosabsolutos, uma diferença em relação aos dados da tabela anterior que tratavam dedez e onze anos; portanto, devemos nos ater à proporcionalidade dos dadosapresentados nos saldos vegetativo e migratório.

TABELA 3.2Componentes do Crescimento Demográfico por Regiões de Governo dos Municípios

Pertencentes à UGRHI 101970/1980 e 1980/1991

Regiões de GovernoCrescimento Saldo Saldo Crescimento Saldo SaldoPopulacional Vegetativo Migratório Populacional Vegetativo Migratório

RG Botucatu 12.931 24.423 -11.492 49.689 33.053 16.636Anhembi -72 486 -558 69 576 -507Bofete -917 696 -1.613 1255 876 379Botucatu 12.585 10.257 2.328 26.081 14.148 11.933Conchas 99 1.565 -572 877 1.882 -1.005Laranjal paulista 2.064 1.964 100 3.939 2.806 1.133Pereiras -1.072 421 -1.493 671 495 176Porangaba -1.185 965 -2.150 456 1.028 -572

RGItapetininga

54.699 38.867 15.832 82.099 56.192 25.907

Boituva 3.601 2.172 1.429 10.534 3.743 6.791Capela do Alto 2.366 1.482 884 3.381 2.204 1.177Cerquilho 5.385 1.249 4.136 7.737 3.342 4.395Sarapuí 162 1.055 -893 1.327 1.149 178Tatuí 15.729 8.418 7.311 21.173 12.753 8.420

RG Sorocaba 225.216 107.370 117.846 292.953 173.804 119.149Araçoiaba daSerra

1.983 1.816 167 6.010 2.352 3.658

Ibiúna 7.438 7.391 47 17.251 9.568 7.683Iperó 167 647 -480 3.947 1.092 2.855Itu 25.113 10.553 14.560 32.872 18.401 14.471Mairinque 11.973 4.824 7.149 12.296 8.320 3.976Piedade 8.258 7.604 654 7.635 9.165 -1.530Salto 20.604 5.174 15.430 29.700 13.435 16.265Salto de Pirapora 5.685 2.450 3.235 10.654 3.869 6.785São Roque 12.490 8.744 3.746 14.030 10.904 3.126Sorocaba 94.153 40.017 54.136 108.536 67.615 40.921Tietê 2.750 2.314 436 6.426 3.723 2.702Votorantim 26.215 7.548 18.667 27.535 14.031 13.504Cabreúva 4.030 1.964 2.066 7.052 3.669 3.383Vargem Grande 6.063 4.913 1.150Fonte: Fundação SEADE, 1999


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O Quadro 3.3 a seguir, apresenta os Componentes do Crescimento Populacional, porregiões de Governo, no período de 1991 a 1996

Quadro 3.3Componentes do Crescimento Populacional, por Regiões de Governo, dos

Municípios que Integram a UGRHI 101991 e 1996

Regiões de GovernoPopulação População Crescimento Saldo Saldo1991 1996 Populacional Vegetativo Migratório

RG BotucatuAnhembi 3.537 4.176 639 192 447Bofete 5.666 6.717 1.051 424 627Botucatu 90.761 100.876 10.115 5.661 4.454Conchas 11.890 13.132 1.242 653 589Laranjal paulista 19.144 20.718 1.574 1.001 573Pereiras 4.447 5.261 814 161 653Porangaba 5.600 5.767 167 249 -82Torre de Pedra 1.241 1.577 336 34 302

RG ItapetiningaAlambari 3.296 3.444 148 165 -17Boituva 23.140 28.500 5.360 1.826 3.594Capela do Alto 10.771 12.603 1.832 864 968Cerquilho 20.048 24.977 4.929 1.373 3.556QuadraSarapuí 6.477 7.005 528 405 123Tatuí 76.816 86.867 10.051 5.331 4.738

RG SorocabaAlumínio 13.766 13.260 -560 1.099 -1.605Araçariguama 6.920 9.512 2.592 617 1.975Araçoiaba da Serra 14.544 17.125 2.581 1.024 1.557Ibiúna 49.187 55.920 6.733 4.187 2.546Iperó 10.575 14.283 3.708 637 3.071Itu 107.314 122.528 15.214 8.383 6.831JurumirimMairinque 29.439 32.345 2.906 2.804 102Piedade 43.581 41.232 -2.349 3.416 -5.765Porto Feliz 36.936 42.727 5.791 2.407 3.384Salto 72.333 86.928 14.595 6.499 8.096Salto de Pirapora 25.344 30.480 5.136 2.032 3.104São Roque 56.980 61.450 4.470 4.205 265Sorocaba 379.006 431.561 52.555 27.267 25.288Tietê 26.446 29.675 3.229 1.377 1.852Votorantim 80.728 87.191 6.463 5.929 834Cabreúva 18.814 23.572 4.758 2.126 2.632Vargem Grande 15.870 26.689 10.819 1.983 8.836Total da UGRHI 10 1.270.617 1.448.098 177.427 94.331 83.528Fonte: Perfil Ambiental, 1999.


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Os municípios recentes em que já havíamos indicado taxas elevadas de crescimentoneste último período apresentam-se com forte presença de migrações, como é o casode Torre de Pedra, Vargem Grande Paulista e Araçariguama. Há, contudo, notávelpresença de municípios como Boituva, Cerquilho e Cesário Lange, Salto, Salto dePirapora e Porto Feliz que vêm atraindo população ao longo dos períodos analisadosnas duas tabelas. Outros municípios, notadamente os de maior porte, apresentamequilíbrio entre o saldo vegetativo e o saldo migratório, como ocorre em Tatuí,Sorocaba e Itu. Botucatu distingue-se deste grupo, pois apresenta ao longo dosperíodos analisados um saldo migratório sempre inferior ao saldo negativo.

Há, também, os municípios em que o crescimento demográfico, quando ocorre,deve-se majoritariamente aos saldos vegetativos, como ocorreu com Anhembi até adécada de 90, momento em que apresenta maiores taxas de crescimento relacionado,possivelmente, à dinamização desta parcela do interior paulista nas proximidades dorio Tietê. As maiores taxas de natalidade na Unidade de Gerenciamento de RecursosHídricos da bacias do rios Sorocaba e Médio Tietê são encontradas os municípios deAraçariguama (24,80%), Cabreúva (27,85%), Mairinque (26,84%) e Piedade(24,92%), superiores, em dados de 1996, às médias da Região Adinistrativa deSorocaba e de suas Regiões de Governo.

Os dados relativos às taxas de natalidade não estão diretamente relacionados aograus de urbanização que estão entre 42,50%, no caso de Piedade, e 82,28%, no casode Mairinque.

Os Quadros 3.4a 3.7 apresentam os valores relativos a demografia, na UGRHI 10 eno Estado de são Paulo.


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Quadro 3.4 DemografiaAno: 1980

Populaçãototal

Populaçãourbana

População rural

Taxa deurbanização

Densidadedemográfica (hab/km2)

Taxa demortalidadeinfantil (pormil)

1980 Estado de São Paulo 24953238 22118840 2834398 88,64 Reg. Gov. Botucatu 154337 114653 39684 74,29 Reg. Gov. Itapetininga 225250 155751 69499 69,15 Reg. Gov. Sorocaba 679802 568773 111029 83,67 UGRHI Sorocaba/Médio Tiete 848778 694098 154680 81,78Fonte: Perfil Ambiental, 1999 (Fundação SEADE)


Populaçãototal

Populaçãourbana

População rural


Densidadedemográfica(hab/km2)

Taxa demortalidadeinfantil (por mil)

1994 Estado de São Paulo 33042855 30716465 2326390 Reg. Gov. Botucatu 216224 184574 31650 Reg. Gov. Itapetininga 330997 267186 63811 Reg. Gov. Sorocaba 1051948 914205 137743 UGRHI Sorocaba/Médio Tiete 1303703 1120548 183155Fonte: Perfil Ambiental, 1999 (Fundação SEADE)


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Populaçãototal

Populaçãourbana

Populaçãorural




1996 Estado de São Paulo 34074644 31725505 2349139 93,11 22,74 Reg. Gov. Botucatu 224279 193839 30440 86,43 33,69 17,2 Reg. Gov. Itapetininga 346708 284348 62360 82,02 52,32 24,97 Reg. Gov. Sorocaba 1104244 963465 140779 87,26 150,41 33,81 UGRHI Sorocaba/Médio Tiete 1370953 1184521 186432 86,43 115,04 24,35Fonte: Perfil Ambiental, 1999 (Fundação SEADE)


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Quadro 3.7: Dados demográficos relativos à UGRHI 10 e o Estado de São PauloAno: 1970, 1980, 1991 e 1996

Populaçãototal

Populaçãourbana

Populaçãorural

Taxa decrescimentodapopulaçãototal (%)

Taxa decrescimento dapopulaçãourbana (%)

Taxa decrescimentoda populaçãorural (%)

Grau deurbanização

Taxa demortalidadeinfantil (pormil nascidosvivos)

UGRHISorocaba/Médio Tiete 1970 618374 432128 1980 848778 694098 154680 81,78 1970-1980 2,27 1970-1991 125 1980 – 1991 3,23 3,63 1,22 1991 1204330 1027612 176718 85,33 1991 – 1996 2,63 2,88 1,08 1996 1370953 1184521 186432 86,4 24,35Estado de São Paulo 1970 1980 24953238 22118840 2834398 88,64 1980 - 1991 2,12 2,55 - 2,02 1991 31509643 29240549 2269094 92,8 1991 - 1996 1,58 1,64 0,7 1996 34074644 31725505 2349139 93,11 22,74

Fonte: Perfil Ambiental 1999, Fundação SEADE


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Os aspectos determinantes para os processo de emancipação de antigos distritos relacionam-se à maior densidade das alterações espaciais motivadas por investimentos seletivos deorigem pública ou privada. Não se pode considerar, todavia, as emancipações maisclaramente vinculadas às questões da política municipal e ao possível isolamento de algunsdistritos do núcleo municipal central e dos serviços e ações que este põe em movimento.

Alguns dos municípios inseridos na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos dasbacias dos rios Sorocaba e Médio Tietê permanecem apresentando distritos, como é o casode Botucatu (Rubião Junior e Vitoriana), Sorocaba (Brigadeiro Tobias, Cajuru do Sul,Éden), São Roque (Canguera, Mailasqui e São João Novo).

Os graus de urbanização são pouco elevados no conjunto, com 18 municípios apresentandotaxas inferiores a 80% entre os 30 municípios considerados. Ganham destaque os municípiosde Ibiúna e Piedade, por possuírem graus de urbanização inferiores a 50%.

Os municípios com maiores graus de urbanização, próximos e superiores a 90%, coincidemcom as conurbações Sorocaba-Votorantim e Salto e Itu, além de municípios próximos e nomesmo sub-espaço socioeconômico como Alumínio, no primeiro caso, e Tietê, no segundo.Além destes, há os municípios de população maior : Botucatu e Tatuí.

As características demográficas correspondem aos processo econômico-espaciais daregião que, conforme já notado, incorpora-se de forma parcelada ao espaço maisdinâmico do Estado de São Paulo, mantendo áreas de pequena vinculação com ametrópole e os principais eixos de desenvolvimento do Estado.

O desenvolvimento da conurbação guarda relação com a proximidade da RegiãoMetropolitana de São Paulo e das vantagens locacionais que apresentou ao longo dotempo, condizentes com as exigências de cada período. A conurbação Itu-Salto,conectando-se por um lado de Sorocaba e por outro a Indaiatuba, Na Região deGoverno de Campinas, tem nos elementos da logística regional as bases de seudesenvolvimento aliado aos laços históricos. Botucatu apresenta-se como verdadeirasede e centro regional, uma vez que os municípios da Região de Governoapresentam população que somente no caso de São Manuel (38.271 habitantes )ultrapassa a marca dos 20.000 habitantes, sem contarmos Laranjal Paulista, com20.718 habitantes. A distância física em relação a Sorocaba traduzi-se á em umdistanciamento em relação à sede da Região Administrativa, com Botucatuestabelecendo outras conexões, especialmente com a Região Administrativa deBauru, em cujo território tem presença importante e , atualmente, ampliando suasconexões com a Região de Governo de Piracicaba, na Região Administrativa deCampinas.

Malha Viária

Entre Botucatu e Sorocaba, Tatuí apresenta-se como o quinto município maispopuloso da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos - UGRHI 10, posiçãoque lhe possibilita exercer uma função de centro local em razão dos eixos viários,permitindo o contato com o eixo Cerquilho, Tietê, Itu, por um lado, e em direção aItapetininga, por outro, além das características dos municípios que por meio dele aele têm acesso, em grande parte pequenos municípios como Boituva, Cesário Langee Quadra.


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As conexões regionais se dão por meio de algumas rodovias de importância estadual,como é o caso da rodovia Castelo Branco e da rodovia Raposo Tavares, articulandoa Região Administrativa de São Paulo ao interior do Estado, alcançando a Região deAvaré no primeiro caso e atingindo o oeste paulista e, por meio dele, o norteparanaense no segundo caso. Ganha como destaque como elemento da logísticaregional e nas conexões com a regiãode Campinas a rodovia Santos Dumont e, intra-regionalmente, um conjunto de rodovias pavimentadas que articulam as as diversasáreas (SP - 141, SP - 157 e SO - 147), com destaque para a rodovia MarechalRondon, que acessa Bauru

As transformações econômicas e políticas pelas quais o país passou nas últimas duasdécadas foram decisivas nas mudanças dos cenários urbano e demográfico. De umpaís essencialmente rural, o país passou a ser urbano.

A urbanização e o crescimento das áreas metropolitanas foi acompanhada por umatransição demográfica, caracterizada pela acentuada redução dos padrões defecundidade e queda no ritmo de crescimento da população.


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Projeção da População

No que se refere à população, os estudos da Fundação SEADE prevêem que 75 a77% da população do Estado estarão concentradas nas unidades hidrográficasindustriais (Alto Tietê, Paraíba do Sul, Baixada Santista, Piracicaba e Tietê-Sorocaba), entre os anos de 2000 e 2010. Essas áreas tendem a crescer num ritmopróximo ao do metropolitano, acentuando suas diferenças com o Oeste do Estado.

As projeções populacionais apontam para a Região de Sorocaba um crescimentosuperior ao do Estado e a taxa de crescimento, para a Região Administrativa, devepermanecer em torno de 2,47% a.a. no período 1990/2000.

As projeções da Fundação SEADE apontam para estas categorias a manutençãodessas taxas de urbanização, com ligeiro aumento percentual. Estas projeções podemser observadas nos Quadros 3.8 e 3.9, de Demografia.


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Projeçãopopulaçãototal

Projeçãopopulaçãourbana

Projeçãopopulaçãorural




2000 Estado de São Paulo 36211619 34065193 2146426 Reg. Gov. Botucatu 239242 211378 27864 Reg. Gov. Itapetininga 378759 322378 56381 Reg. Gov. Sorocaba 1211419 1069293 142126 UGRHI Sorocaba/Médio Tiete 1504236 1319114 185122Fonte: Perfil Ambiental, 1999 (Fundação SEADE)


Projeçãopopulaçãototal

Projeçãopopulaçãourbana

Projeçãopopulaçãorural




2010

Estado de São Paulo 41349781 39553016 1796765 Reg. Gov. Botucatu 275717 253420 22297 Reg. Gov. Itapetininga 462910 421109 41801 Reg. Gov. Sorocaba 1487316 1341400 145916 UGRHI Sorocaba/Médio Tiete 1853651 1671254 182397

Fonte: Perfil Ambiental, 1999 (Fundação SEADE)


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C. Economia

No período compreendido entre 1980 e 1988, que apresentou várias fases recessivas, aparticipação da indústria no PIB estadual paulista decresceu (50% em 1980 e 43% em1988), o que foi compensado em termos da economia total pelo crescimento do setoragrícola (2,1% ao ano) e do setor terciário (4,2% ao ano).

Neste mesmo período, o interior paulista continuou a se beneficiar do processo dedesconcentração da metrópole, ocorrendo um processo de diferenciação da indústria. Naregião de Campinas todos os ramos industriais apresentaram crescimento; no Vale doParaíba destacou-se a indústria química e na região de Sorocaba a metal-mecânica.

Vale observar que a performance geral da região de Sorocaba, no contexto estadual, foiprimordialmente influenciada pela sub-região que engloba sua sede (município de Sorocaba)e pelos municípios em seu entorno (Votorantim, Salto e Itu), pois foram os queapresentaram maior dinâmica no crescimento econômico impulsionando a região como umtodo. Na década de 70, 69% do pessoal ocupado na indústria estava na região quecompreende Sorocaba, Itu, Salto e Porto Feliz, enquanto que a região de Botucatu, Tatuí eadjacências respondia por apenas 13%. O parque industrial do município de Sorocabarepresentava 76% do valor da produção industrial regional, em 1980.

As vantagens existentes e as produzidas pela ações dos governos estadual emunicipais como elementos básicos para a descentralização e interiorização dodesenvolvimento urbano-industrial,trouxeram resultados importantes para as áreasde Sorocaba e Itu, ampliando o parque industrial e diversificando-o com oestabelecimento de novos ramos na metalurgia, mecânica, material elétrico equímica, ou seja, houve a criação de um novo parque industrial aproveitando asvantagens da mão-de-obra fabril.

Nos anos 80, o movimento iniciado anteriormente tem seqüência com atransferência de indústrias da Região Metropolitana de São Paulo e novosinvestimento, incluindo os estrangeiros. Este movimento envolveu novos municípiosno espaço urbano-industrial que está se consolidando regionalmente, como é o casode São Roque. Houve, na década, uma ampliação da participação do setor de bens decapital e de consumo duráveis, ocupando a Segunda posição no interior do Estado.Em termos do número de estabelecimento, a região de Sorocaba ficava atrás somentede Campinas e Ribeirão Preto em se tratando do interior, ocupando, portanto, aquarta posição no Estado de São Paulo, sendo superior ao Vale do Paraíba, quetambém havia recebido investimento de porte no mesmo período (TABELA 33)


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TABELA 3.3Distribuição do Valor Adicionado Total

1970-19891970 1975 1980 1985 1989

Estado de São Paulo 100 100 100 100 100Grande São Paulo 67,4 65,92 60,02 52,76 51,71Interior 32,6 34,08 39,97 47,23 48,29Litoral 3,66 4,69 4,82 4,05 5,02Vale do Paraíba 3,18 4,54 4,68 5,3 5,34Sorocaba 2,82 2,72 3,92 4,89 5,23Campinas 10,17 11,09 13,85 16,15 17,73Ribeirão Preto 4,52 4,21 5,68 7,9 7,52Bauru 1,56 1,39 1,69 2,32 1,98São José do Rio Preto 1,77 1,58 1,65 1,94 1,81Araçatuba 1,45 1,08 1,06 1,22 1,08Presidente Prudente 1,85 1,45 1,22 1,42 1,06Marília 1,62 1,34 1,4 2,04 1,52Fonte: Secretaria dos Negócios da Fazenda de São Paulo

O movimento de descontração e interiorização da indústria e a conseqüenteexpansão do espaço urbano-industrial paulista, que pode ser percebido pelos dadosdo Valor Adicionado, não obstante indiquem a continuidade da primazia da RegiãoMetropolitana de São Paulo, também demonstram que esta vem perdendo posiçãocom o crescimento da participação do interior, que atingiu ao final dos anos 80quase metade do Valor Adicionado, embora não havendo uma distribuição eqüitativaentre várias regiões que o compõem, dando o extremo destaque da região deCampinas. Todavia, Sorocaba colocava-se junto ao terceiro grupo do interior doEstado, alcançando o Vale do Paraíba e ultrapassando o litoral.12

O terciário da região de Sorocaba abrigava um contingente pequeno da PEA (35,1%em 1980), comparativamente às demais regiões do Estado, e abaixo da médiaestadual (49,5%). Com esta performence, Sorocaba permaneceu como a“Manchester Paulista”, ou seja, um território de industrialização. Esta característicadistingue o município e a áres hoje conurbadas dos demais municípios e regiões daRA de Sorocaba, pois os eixos de industrialização têm características culturais einserções diferenciadas no Estado de São Paulo.

“A industrialização regional concentrou-se na Região de Governo de Sorocaba e nãode forma homogênea pelo conjunto das demais Regiões de Governo quepermaneceram com sua base econômica fundamentalmente calcada na atividadeprimária(...) esse relativamente lento processo de estruturação da rede urbanaregional bem como suas características peculiares (...) foram o resultado

A relação do município de Sorocaba com a região dar-se-á de forma poucopolarizada, de maneira que há na rede urbana relações que se dão interna e

1 As denominações das regiões seguem o que era empregado na época, lembrando que há alterações inclusivena composição de cada região e na própria regionalização do Estado de São Paulo.


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externamente à região, com maior presença das conexões com a RegiãoMetropolitana de São Paulo, Região de Governo de Campinas e mais recentementecom outras regiões.

Com características diferenciadas em razão de sua situação geográfica, omunicípio de Botucatu, o quarto em população na Região Administrativa, seguindoItu e Itapetininga, merece registro por apresentar um setor terciário menos expressivoe abrangente do que o esperado, ,esmo tendo o destaque populacional e cultural quepossui na Região de Governo que sedia.

Dinâmicas Socioespaciais e as Conexões Regionais

Os aspectos da dinâmica socioeconômica espacial são representados através das sub – baciashidrográficas conforme regulamenta o Comitê de Bacias Hidrográficas dos rios Sorocaba eMédio Tietê – CBH – SMT, o que permite, além de dar destaque às questões ambientais,introduzir observações e informações obtidas em campo. A seguir são apresentados dadosdas sub-bacias relativos à socioeconomia e uso e ocupação do solo da UGRHI 10 Sorocaba-Médio Tietê.

Sub-bacia do Alto Sorocaba

Os municípios de Ibiúna, Vargem Grande Paulista e o distrito de Caucaia do Alto, pertenceao município de Cotia, que não será avaliado localizam-se no Planalto Atlântico, maisespecificamente nos setores de Serra de Paranapiacaba, com destaques para a Serra de SãoFrancisco, constituídas fundamentalmente de terrenos pré-cambriano, do grupo São Roque.Nascem na área os formadores do rio Sorocaba-Sorocabuçu e Sorocamirim – cuja junção éresultante da presença de falha geológicas que os direcionaram no mesmo sentido. Noconjunto, é uma área de conservação ambiental – Reserva da Biosfera do Cinturão Verde deSão Paulo – que se estende para áreas na sub-bacia do Tietê. Esta característica lhe conferepercentuais elevados quanto à presença de remanescentes de vegetação original,majoritariamente formadas por matas e capoeiras, com presença de 12,4% e 34,% da áreatotal de Ibiína e, seguindo-lhe com diferença percentual expressiva, 0,7% e 9,43%,respectivamente em Vargem Grande Paulista.

Destaca-se neste território a presença da represa de Itupararanga, formada na junção dosrios Sorocabuçu e Sorocamirim, portanto no rio Sorocaba, importante manancial regional eobjeto de projetos de preservação um dos projetos centrais do Comitê de Bacia Hidrográficados rios Sorocaba e Médio Tietê, seja visando ao equilíbrio ambiental da área. A represadata de 1912, construída pela Light, e hoje vem sendo estudada através de um convênioentre a Uniso e a Unesp-Rio Claro. Apesar de todo a movimentação política realizada, acriação da APA foi vetada pelo governo do Estado embora aprovada apela AssembléiaLegislativa, permanecendo despejo de esgotos, loteamentos clandestinos, mineração e outrasintervenções que deterioram a área e a qualidade dos corpos d’água.

A preservação da área têm relevância para os municípios do Alto Sorocaba que, comoIbiúna, possuem baixa de urbanização – cerca de 40% - e têm na produção agrícolaimportante suporte econômico. A significativa produção de batata e tomate da região


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encontra-se nesta área. A estrutura fundiária indica a predominância de propriedades de até200 hectares, com predomínio absoluto da propriedades de até 10 hectares, no caso deIbiúna. Neste município, 10,80% de sue território – ou 11.771,6 hectares, são ocupados poráreas cultivadas, das quais 13,5% constitui-se em culturas de repolho e brócolis. Omunicípio de Vargem Grande Paulista não possui população rural e sua área cultivadacorresponde a 10,3% do território, que é de 29Km2 .

A proximidade com a Região Metropolitana de São Paulo é, no entanto, um atrativopara contínuo parcelamento do solo e a criação de chácaras de recreio, muitas delasinvadindo áreas de vegetação nativa e preservação permanente, como são asnascentes e as margens dos cursos d’água, mesmo se considerando a existência dareserva natural, ou em função dela.

O município de Vargem Grande Paulista, com taxas extremamente elevadas decrescimento populacional, e taxa de urbanização de 100% merece destaque. Omunicípio é recente, desmembrado de Cotia e pertencente à RMSP. A partir dosdados da Rais, há possibilidade de identificarmos os setores que atraem migrantes,pois, de uma população empregada de 7.180 pessoas, a indústria têxtil e o setor deserviços atingem algo em torno de 40%, sendo os demais equilibrados. VargemGrande Paulista possui uma área de 29Km2, colocando-se como um dos menoresmunicípios de Estado de São Paulo, em notável diferença com Ibiína, bastanteextenso, com 1.088 Km2.

A Tabela 3.4 apresenta os dados referentes à participação dos municípios da sub –bacia do Alto – Sorocaba no Valor Adicionado do Estado de São Paulo.

Tabela 3.4Índices de Participação dos Municípios da Sub-bacia do Sorocab-Pirajibu o

Valora Adicionado do Estado de São Paulo1997

Em porcentagemMunicípios Valor Adicionado do Estado de São PauloTotal 0,13451Ibiúna 0,07572Vargem Grande Paulista 0,05879Fonte: Secretaria dos Negócios da Fazenda do Esatdo de São Paulo

Sub-bacia do Sorocaba - Pirajibu

Nesta sub-bacia estão inseridos os municípios de Sorocaba, Mairinque, Alumínio,Iperó e Araçoiaba de Serra. No conjunto da UGRHI, esta sub – bacia destaca-se não só porconter o município de maior população e destaque regional – Sorocaba- como também porTer as mais elevadas taxas de urbanização, em seu conjunto.

A dinâmica regional em sua interface com as dinâmicas políticas e econômicasestaduais e nacionais construíram a atual delimitação entre os municípios, lembrando que omunicípio de Mairinque foi desmembrado na década de 50, Iperó e Votorantim, entre osanos de 60 e 70. Fruto das últimas normas constitucionais, Alumínio emancipou-se deMairinque. Para o município de Sorocaba, tem-se a emancipação de Salto de Pirapora hámais de três décadas.


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Trate-se, no conjunto de UGRHI, de um território que apresenta atividadesindustriais de importância não apenas regional, abrangendo setores como o da metalurgia,mecânica, tecelagem e alimentício, o que forma um parque industrial diversificado, em queas empresas são atraídas pelas condições naturais e logístias, pela política decomplementariedade e, atualmente, pelos projetos de desenvolvimento que os municípiosbuscam formular. Analisando em conjunto os municípios de Sorocaba, Votorantim eAlumínio encontramos empresas como a CBA, Votorantim, Villares Alcoa Alumínio, J.I.Case, a IKK na área de mineração, metalurgia e mecânicas e empresas alimentícia como aQuaker, a Parmalat, entre outras. Comparando-se os índices de participação dos municípiosdesta sub-bacia no Valor Adicionado de Estado de São Paulo com os das demais sub –bacias, demonstram a concentração econômica – tanto de indústrias, como de comércio eserviços – na conurbação de Sorocaba

Tabela 3.5Índices de Participação dos Municípios da Sub-bacia do Sorocab-Pirajibu o

Valora Adicionado do Estado de São Paulo1997

Em porcentagemMunicípios Valor Adicionado do Estado de São PauloTotal 2,12237Alumínio 0,16892Araçoiaba da Serra 0,00714Iperó 0,01433Mairinque 0,14648Sorocaba 1,56262Votorantim 0,22288Fonte: Secretaria dos Negócios da Fazenda do Esatdo de São Paulo

Destaca-se na aglomeração urbana de Sorocaba o município de mesmo nome, queresponde por mais de 70% do Valor Adicionado. Somando-se os municípios deSorocaba, Votorantim, Alumínio e Mairinque, tem-se praticamente a totalidade doVA da sub – bacia.

Quanto as possibilidades econômicas para este território e as perspectivas de açãolocais, observa-se que a prefeitura de Sorocaba, através de Secretaria deDesenvolvimento Econômico, criada pela atual administração, tem construído umapolítica industrial que visa atrair empresas que possam aproveitar o que édenominado de “cultura industrial e negocial” que o município acumulou desde osprimórdios de sua industrialização e em sua história como entreposto comercial. ASecretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede) considera que a presença deempresas como a Yashica – de equipamentos eletroeletrônicos – deve-se a estacaracterística que permitiu à empresa ganhar produtividade desde a sua implantação.

Nos últimos anos, apesar dos impactos da abertura da economia brasileira àconcorrência internacional, várias empresas buscaram Sorocaba para instalar suasunidades e outras ampliaram sua presença, inclusive no setor têxtil, atingindo cercade 60 empresas, com destaque para a mecânica, metalurgia e autopeças.

O incremento do parque industrial não é a única linha de trabalho da Sede, mastambém a situação geográfica de Sorocaba, a logística regional e a “cultura industrial


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e negicial”, no projeto de renovar o parque industrial, com destaque para a instalaçãode empresas relacionadas à indústria aéronautica, em espacial com serviços demanutenção de peças e aeronaves e afins. Nesta direção já foram realizadas duasfeiras aéronauticas na área do aeroporto municipal.

Para sustentar esta política há interesse na formação contínua de mão-de-obra eestudos junto à Fiesp. A Sede prevê que os metalúrgicos estarão cedendo espaçoparra os trabalhadores especializados e versáteis em novas funções nas indústrias de

ponta nos setores especializados que as complementam. Segundo dados da Rais de1995, os trabalhadores das indústrias representavam mais de um terço do total, comdestaque, pela natureza do processo produtivo, para os trabalhadores das indústriastêxteis.

Quanto à qualidade de vida, em Sorocaba são também ressaltados os aspectosrelacionados ao saneamento, oferta de água, novas alternativas para o trânsito urbanocom a abertura de anéis rodoviários e uma renovação da paisagem da área centralexpandida com a implantação de shopping centers e novos hotéis.

Somam-se a estas iniciativas a presença das Universidades PUC – Sorocaba, Uniso,Fatec e Faculade de Ciências Médicas da PUC – SP. Entre os cursos oferecidos, degraduação e pós-graduação, há alguns que merecem destaque pela relação quemantêm com as características que o município possui: Comércio Exterior, Projetose Processos de Produção, Gestão de Produção, Economia Empresarial, além docurso de Turismo, e alguns núcleos que alimentam a produção científica relacionadaàs características regionais, como o núcleo de Estudos Ambientais da UNISO.

O setor de turismo vem sendo alavancado, aproveitando os registros de mais de 300anos de história, a presença de núcleos étnicos, além das paisagens naturaisdiferenciadas que a região possui.

Destaca-se, também, a política relacionada ao uso do solo. Embora seja ummunicípio de grande extensão na região, todo o território é considerado perímetrourbano, ou seja, há incidência de IPTU, de que podem estar isentas as unidades deprodução agropecuária. Neste setor, a principal ênfase da prefeitura é com relação aoestímulo à complementariedade, produção para o abastecimento urbano equalificação das áreas destinadas às chácaras de lazer.

O município de Votorantim, antigo distrito de Sorocaba, possui unidades industriaisde empresas de grande porte como a Villares e a Votorantim. Mesmo sendo distritoindustrial, com a presença das indústrias em sua área central, o município vemalterando seu perfil, sendo que seu parque ecológico atrai população de todas aregião e regiões vizinhas. Os setores industriais e têxtil, de papel e químico abrigama maior parte dos trabalhadores locais, representando cerca de um terço do total,conforme os dados de 1995.

Alumínio é o município mais recente – antigo distrito de Mairinque, nele se localizaa Companhia Brasileira de Alumínio. Que lhe conferiu o nome. Esta empresa émarcante não só na paisagem do núcleo urbano como na economia do município.Entre o Censo de 1991 e a recontagem de população feita em 1996, o municípioperdeu população, possivelmente por não ter criado novas alternativas para o


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desenvolvimento de sua economia. O núcleo urbano – lembrando que o município selocaliza no planalto – possui duas áreas, uma formada pela empresa CBA e as vilasde seus trabalhadores e outra que apresenta uma urbanização pouco consolidada,entremeada pelas elevações do terreno.

O município de Mairinque, após a emancipação de Alumínio, recuperou a populaçãoe mantém taxas positivas, embora ofereça poucos empregos em comparação com operíodo anterior. Não temos registro de novos investimentos em indústrias, assim

como o pessoal ocupado na agricultura representa um contingente pequeno noconjunto da população, dado que sua taxa de urbanização ultrapassa 84%.

Em Araçoiaba da Serra destacamos a baixa urbanização, o predomínio do setor deserviços, notadamente relacionados a alojamento e alimentação, permitindo-nosarticulá-la ao espaço sorocabano como área complementar pouco urbanizada.Acessada pela Raposo Tavares, é elo de ligação entre Sorocaba e Itepetininga.Encontra-se na área de Depressão Periférica Paulista, em que se destaca fortementeo Morro de Araçoiaba, no interior de Iperó, município formado por áreas deAraçoiaba da Serra e Sorocaba; é uma formação geológica complexa com intrusõesde rochas plutônicas que se erguem e nela encontramos a Floresta Nacional deIpanema.

O município de Iperó possui significativas marcas da ação dos governos estadual efederal na região. Nele encontramos o projeto Aramar (CMST), durante longo tempoobjeto de polêmica em razão de possíveis pesquisas nucleares não divulgadas, queocupa extensa área de acesso restrito. Próximas ao município tem-se as terras doIncra e do Itesp, que hoje abrigam assentamento de trabalhadores rurais. Destaca-se,também, na área do Ibama, a Floresta Nacional de Ipanema, em cujo território jáhouve problemas com ocupação de trabalhadores sem-terra. Ipanema é adenominação da primeira metalúrgica do país, cujos registros físicos estão presentesna região constituindo importante patrimônio cultural. Em sua área encontramos aRepresa Edberg, igualmente tombada pelo governo federal, por ser a primeira obrahidráulica da América de Sul. Além disso, em Iperó temos a constução de umpresídio regional de grande porte.

A cobertura vegetal remanescente nesta sub – bacia apresenta seus menores índicesem Sorocaba (4,63%), havendo tanto formações florestais como cerrados. Osmunicípios de Iperó, Mairinque, e Votorantim apresentam os maiores índices decobertura vegetal remanescente que estão por volta de 13%.

Observamos que, neste território do Sorocaba – Pirajibu, a forte presença deindústrias entre Sorocaba e Mairinque, ou seja, entre o Planalto e a DepressãoPeriférica, aproveitando a “fall line” tem origens remotas, em se tratando deindustrialização brasileira.

Observamos que, neste território do Sorocaba-Pirajibu, a forte presença de indústriasentre Sorocaba e Mairinque, ou seja, entre o Planalto e a Depressão Periférica,aproveitando a "fall line" tem origens remotas, em se tratando de industrializaçãobrasileira. As bases industriais lançadas favorecem posterior diversificação, apesardos períodos de declínio. Deve-se ressaltar, todavia, que a formação de novosmunicípios não apresentou resultados na dinamização da região que vem se dando


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particularmente em função das iniciativas criadas a partir de Sorocaba. Iperó podetornar-se, no trecho da antiga estrada, algo como bairro-dormitório para Sorocaba,ao passo que Araçoiaba pode ser a área rural para expansão das atividades maisrelacionadas ao lazer e à diversificação da produção, haja vista que a Catidesenvolve tantos projetos de fruticultura como de beneficiamento de leite. Estasfunções complementares não reduzem a importância histórico - cultural e ambientalque tais municípios possuem e que, em se tratando do planejamento com base nosrecursoso hídricos, ganhem posição de destaque.

As taxas de urbanização elevadas no conjunto apresentarão os maiores valores emSorocaba (99,14%) e Votorantim (98,69%). Estes municípios possuem áreascultivadas entre 33% e 39%, principalmente com o cultivo de eucalipto e de milhoem Sorocaba.

Os municípios com menores taxas de urbanização nesta sub-bacia são Araçariguamae Araçoiaba de Serra, respectivamente com 56,25% e 69,03%, em que se encontramáreas de pastagens cultivadas, correspondendo a 17% da área cultivada, compondosua maior parte que é de 49,5% do total do território. A estrutura fundiária municipalapresenta-se, em Araçariguama, com o predomínio de propriedades até 10 hectares,porém há propriedades em todos os estratos até 2.000 hectares. Em Araçoiaba daSerra também são encontradas propriedades nestes mesmos estratos, porém amaioria está entre 10 e 100 hectares.

Em Iperó temos a taxa de 75.69% de urbanização, Mairinque, 82,28% e Alumínio,86,35%. Deste grupo desca-se Mairinque, que possui significativa presença dacultura de milho; nos demais prevalece o uso do solo mediante o cultivo deeucalipto, braquiária e caapins variados. Em Alumínio regisramos a presença de áreainundada, que corresponde a 1,30 Km2 .

Para que as ações no campo da preservação das condições naturais e ambientais sefortaleçam, algumas medidas já são priorizadas pelo Comitê da Bacia Hidrogáficados rios Sorocaba e Médio Tietê, seja quanto ao tratamento de esgotos, seja nomonitoramento das atividades de mineração que são muito expressivos na área,notadamente a extração de areia que pode comprometer fortemente os cursos d’água.Em princípio, a presença de indústrias não é preocupante no que diz respeito aolançmento de efluentes dado que os tratamentos têm se mostrado eficazes, porém acaptação de água que realizam é de alta monta. Com a implantação da lei sobrecobrança pelo uso da água é possível que haja uma alteração no parque industrial, oque talvez explique as iniciarivas na área tomadas pela Prefeitura de Sorocaba.

Sub -bacia dos Rios Baixo Sorocaba, Pirajuí, Tatuí, Pirapora

Pertencem a esta sub - bacia os municípios de Alambari, Capela do Alto,Cerquilho, Cesário Lange, Laranjal Paulista, Piedade, Quadra, Salto de Pirapora,Sarapuí e Tatuí. Até os anos 50 existiam os municípios de Piedade, LaranjalPaulista, Tatuí e Sarapuí. Os demais foram sendo criados a partir de então : Capelado Alto desmembrou-se de Araçoiaba da Serra, Cerquilho e Cesário Lange de Tietê,mais recentemente, Quadra de Tatuí, Salto de Pirapora de Sorocaba e Alambari deItapetinnga. Trata-se de uma área que abriga vários territórios que se podemos


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dividir em função das sub-bacias que a denominam.Destacam-se neste território os municípios de Tatuí - ex-sede de sub-região

que se estendia na de direção Laranjal Paulista e Tietê, hoje parte de região degoverno de Itapetininga - pelo contingente populacional e atividades econômicas,seguido pelos municípios de Piedade e Salto de Pirapora, em razão do número dehabitantes e das atividades econômicas, todavia com dinâmicas diferenciadas.

As atividades agrícolas são desenvolvidas majoritariamente em pequenaspropriedades, com menos com menos de 10 ha, destacando-se as culturas decenoura, cebola, repolho e beterraba, permitindo que seja integrada ao cinturão verdepaulista, localizando-se na área de planalto, na sub-bacia do rio Pirapora .EmPiedade, do total de quase 2.500 propriedades registradas, 1.957 possuem menos de10 hectares, sendo que as culturas citadas anteriormente ocupam 55% da área totalcultivada, que é cerca de 40% da área total do município. Estas culturas empequenas propriedades apresentam o maior número de trabalhadores ocupados paratoda a UGRHI, que é de 8.846 pessoas, em dados de 1995, superior ao encontradoem Ibiúna, que possui perfil semelhante, com 7.700 pessoas.

Salto de Pirapora, por sua vez, encontra-se na zona de contato entre o planalto e aDepressão, o que lhe justifica o nome, e tem nas atividades urbanas o maiordinamismo, estando incluído entre os municípios que receberam novos investimentosem período recente e apresenta taxa de urbanização superior à média da sub-bacia,com cerca de 80%. Ressalta-se, porém, a participação da agricultura em que o feijãoe o milho representam grande área cultivada. Neste município há propriedades emtodos os estratos, com maior presença das propriedades entre 10 hectares e menos de100 hectares, 92 propriedades em um total de cerca de 160 propriedades.

No município de Piedade encontramos elevado índice de cobertura vegetalremanescente (31,9%) em que as capoeioras são a maioria (24,4%), sendo que oremanescente de matas é de 6,86% em Piedade e 4,67% em Salto de Pirapora.

Os municípios de Capela do Alto, Cerquilho, Laranjal Paulista e Tatuí possuemigualmente taxas de urbanização superiores à média, com mais de 80% da populaçãourbana. Estes municípios merecem destaque por questões diferentes. Cerquilho, porexemplo, a partir da maior presença da culura de cana - açúcar, integra-se a outrosubspaço econômico, mesmo apresenta proximidade com Tietê e Tatuí. EmCerquilho cerca de 80% do território municipal com áreas cultivadas e a estruturafundiária apresenta predomínio de Propriedades com menos de 10 hectares e entre10 menos de 100 hectares, havendo uma proproedade que possui mais de 2.000hectares. Os problemas relacionados à erosão já são objeto de preocupação eintegram planos especiais do CBH SMT.

Laranjal Paulista, com a presença marcante das indústrias cerâmicas, traz problemasrelacionados à mineração. O município encontra-se às margens do rio Sorocaba epossui um distrito com grande importância na preservação do patrimônio culturalque é Laras. É preciso registrar a presença das indústrias químicas do setor deplástico e, como atividades agropecuárias predominantes, a avicultura e a cultura decana - açúcar, todas com necessidade de acompanhamento próximo em razão daspossibilidades de comprometimento dos ecossistemas. Esta característica do uso daterra tem como correspondência na estrutura fundiária a presença da maioria depropriedades com até menos de 100hectares, embora com a presença de ao menosuma propriedade com 2.000 hectares.


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Capela do Alto, por sua localização e condições geográficas, apresenta com destaquea produção de laranjas; as mais de 130 propriedades rurais estão divididas entrepropriedades de até menos de 100 hectares (69), havendo quatro propriedades queestão no estrato de 500 a menos de 2000 hectares.

Em Tatuí, o maior município da sub-bacia, estão presentes cerca de um terço dasindústrias da sub-região, com destaque para indústrias alimentícias e têxteis. Aduplicação da via de acesso a partir da Castelo Branco pode fornecer as condiçõesde expansão de seu parque industrial, alterando a paisagem local e. possivelmente,com influência no que tradicionalmente caracteriza a cidade que é a presença dosconservatórios musicais.

O município apresenta uma estrutura fundiária que, à presença dos municípios jácitados, tem predomínio de propriedades de até menos de 100 hectares. A maiorparte da área cultivada á destinada a pastagens com o cultivo da braquiária (60%). Ocontingente de pessoal ocupado na agricultura é bastante reduzido (929 pessoas emdados de 1995).

O não tratamento dos esgotos urbanos e a carga remanescente dos esgotos industriaisvêm comprometendo a qualidade do rio Tatuí, que se encontra classificado na classeIV, o de piores condições no conjunto da bacia do Sorocaba, mesmo considerandoque há redução em cerca de 13% de matéria orgânica lançada, um índice elevadopara toda a UGRI, que se deve pela existência de quatro municípios realizandotratamento parcial de seus esgotos.

A presença econômica e cultural de Tatuí se reflete em índice de participação noValor Adicionado do Estado, o que equivale a cerca de um terço do ValorAdicionado da sub-bacia.

Cerquilho completa a sub-região, uma vez que Piedade e Salto de Pirapora, emboranesta sub-bacia, integram outra sub-região no conjunto analisado, não estando sobinfluência de Tietê, mas sim de Sorocaba e mais enfaticamente da RMSP.

A sub-bacia abarca igualmente um dos municípios que tem o menor índice departicipação no VA do Estado - Alambari, embora tenha dobrado, em reais, o ValorAdicionado entre os anos de 1996 e 1997 (de R$ 3.555.026,00 para R$6.386.428,00).

TABELA 3.6Índices de Participação dos Municípios da Sub-bacia do Baixo Sorocaba - Sarapuí -

Tatuí - Pirapora no Valor Adicionado do Estado de São Paulo1997

Em porcentagemMunicípios Valor Adicionado do Estado de São PauloTotal 0,45459Alambari 0,00359Capela do Alto 0,00914Cerquilho 0,08341Cesário Lange 0,0116


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Laranjal Paulista 0,04199Piedade 0,03692Salto de Pirapora 0,10595Sarapuí 0,00254Quadra 0,00481Tatuí 0,151Fonte: Secretaria dos Negócios da Fazenda do Esatdo de São Paulo

Na sub-bacia merece destaque de captação em aquífero subterrâneo que abastece100% de rede pública de Alambari, Cesário Lange, Capela do Alto e Sarapuí. pelaposição geográfica e condicionantes naturais há maior presença de vegetação decerrados, embora seus remanescentes atinjam menos de 1% da cobertura total. Osremanescentes atingem cerca de 11%, dos quais estão entre 4% e 5% osremanescentes de matas e entre 5% e 6% os remanescentes de capoeiras.

A área de pastagens com o cultivo de braquiária surge em todos estes municípios,possivelmente ocupando áreas de cerrados originais, sendo que Cesário Langeacompanha Capela do Alto no cultivo de cana. Embora em municípios de pequenoporte. que não ultrapassam 13.000 habitantes, há índices elevados de urbanização:78,4% em Capela do Alto, 63,28% em Cesário Lange, menos que 50% nos demais, enovos investimentos, expanção daCompanhia Suzano em Alambari, articulando-a aoeixo de Itapetininga em que as indústrias de papel e papelão têm destaque

Sub-bacia do Médio Tietê Superior

Pertencem a essa sub-bacia os municípios de Araçariguama, Boituva,Cabreúva, Itu, Porto Feliz, Salto, São Roque e Tietê. Parte da sub-bacia encontra-seno Planalto, ligando-se à RMSP em virtude de sua área de preservaçãoe destini lazer,como é o caso de São Roque, Araçariguama e Cabreúva, esta possuindo parte doterritório na APA que corresponde à Serra do Japi. Os demais são marcos da históriapaulista e todos têm outro tipo de ligação com a RMSP caracterizada pelascondições em que recebem águas do Tietê. Esta situação, em relação ao rio Tietê,tem levado o CBH-SMT a buscar formas de interferir no manejo das águas na altocurso.

Os municípios de São Roque e Cabreúva apresentam percentuais de coberturavegetal remanescente da ordem de 31,7% e 28,1%, respectivamente, nos quais asmatas e capoeiras são maioria, com pequena representação de vegetação de várzeano caso de São Roque.

As atividades de mineração são difundidas em todos os municípios desta área,mantendo-se a diversidade característica de cada condição geológica. São atividadesque necessitam permanentemente de monitoramento visto que a história localinforma que umas das formações rochosas mais raras- a varvito de Itu- serviu comopedra de calçamento antes que seu valor tivesse sido reconhecido.

As atividades agrícolas, tanto no Planalto como na Depressão, são importes,


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destacando-se a fruticultura, o que significa a manutenção de pequenas propriedades.Registre-se que esta predominância é mais evidente em São Roque em que não háregistro de pequenas propriedades. Registre-se que esta predominância é maisevidente em São Roque em que não há registro de propriedades com mais de 500hectares. Em Boituva, a presença do cultivo da cana-de açúcar se faz sentir napresença de propriedades maiores -de um total de 302 propriedades registradas, 281alcançam menos de 100 hectares e quatro entre 500 e menos de 2000 hectares,embora a maioria esteja na faixa de menos de 10 hectares (122 das 204 propriedadesregistradas). Porto Feliz, apresentando estrutura fundiária semelhante, tambémregistra uma propriedade com mais de 2000 hectares, o que merece destaque porqueé, efetivamente, uma dimensão pouco presente no conjunto da UGRI 10.

Os cultivos que ocupam as maiores áreas na sub-bacia são de braquiária, seguidapela cana-de-açúcar e do milho, no caso de são Roque.

Avança sobre esta forma de uso da terra a constituição de condomínios fechados,notadamente em Itu, Cabreúva e São Roque, transformando as propriedades emchácaras de lazer, o que não só altera a produção agrícola, como estabelece um novopatamar no setor de serviços e uma intensificação das relações coma RegiãoMetropolitana de São Paulo, orogem presumida da maioria dos proprietários.

As taxas de urbanização acompanham a média da UGRHI, excetuando-se os doisextremos : Araçariguama com 52,34% e Salto com 100%. Estes dados coincidemcom o perfil industrial que é marcante no território, especialmente na porção daDepressão Periférica e em razão das conexões que são criadas com Campinas,Sorocaba e também com Piracicaba, especialmente a partir de Tietê.

Itu e Salto são os municípios de maior porte, praticamente conurbados eapresentando um setor de serviços com diversidade superior à de outras áreas deigual população. Entre Itu e o conjunto Porto Feliz, Boituva e Tietê encontramosáreas de produção agrícola e criatória, com grande presença de haras e da avicultura,além dos atuais usos de chácaras de recreio. Cabreúva e São Roque vêm sedestacando como áreas turísticas que têm diversificando seus atrativos, com aintrodução de novos meios de hospedagem e empresas ligadas ao setor de parquestemáticos.

Em Itu e Salto temos um parque indusrial diversificado que vem recebendo novosinvestimentos em setores de ponta como o eletroeletrônico- como é o caso da CCEem Itu- ou a expansão de atividades já existentes como a presença de Eucatex emSalto. Poro Feliz, a cidade das Monções, não obstante sua situação geogáficaprivilegiada- sendo acessada tanto pela Castelo Branco como pela MarechalRondon- apresenta pouco dinamismo, o que deve ser alterado com a presença daindústria Bayer.


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TABELA 3.7Índices de Participação dos Municípios da Sub – Bacia do Médio Tietê Superior no

Valor Adicionado do Estado de São Paulo1997

Municípios Participação no Valor Adicionado do Estado de São PauloTotal 0,82903Araçariguama 0,03025Boituva 0,08855Cabreúva 0,09423Itu 0,44125Jurumirim 0,00306Porto Feliz 0,08085São Roque 0,12253Tietê 0,0855Salto 0,32406Fonte : Secretaria Negócios da Fazenda do Estado de São Paulo, 1998

A presença econômica de Itu é marcante conforme observado na tabela 10,respondendo por cerca de um terço do VA na sub-bacia. Observe-se o destaque seSalto, que com Itu compõe uma conurbação. A terceira maior participação regionalno VA estadual é de São Roque, seguida de Boituva e Porto Feliz. Itu e São Roquesão os municípios que oferecem maiores atrativos turísticos da região. Enretanto, oconjunto de atividades econômicas não têm alterado significadamente o perfilturístico da cidade. Ao contrário, é possível identificarmos subespaços industriaisque não interferem nos acessos ás áreas de patrimônio histórico e ambiental regionalé, em grande medida, expressa pelo rio Tietê. Porém, suas águas permanecemapresentando espumas, exalando mau cheiro e comprometendo a qualidade de vida.

A preocupação com as condições do rio Tietê à montante desta sub-bacia não sereverteu em medidas locais incisivas; ainda há falta de áreas para dstinação final decerca de 30% do total de lixo urbano produzido, percentual somente superado naárea de Sorocaba. O lançamento de esgotos urbanos possui pequena remoção e temcomo destino não só o rio Tietê como cursos dágua perencents a outras baciashidrográficas, como é o caso do rio Jundiaí. Esta situaçãoé agravada quando algumasatividades industriais - como a desenvolvida por cortumes e avículas e as indústriasde bebidas, com grande presença no território - não possuem tratamento de seusefluentes.

Ressalte-se, porém, que entre as atividades priorotárias do CSB-SMT estão osprojetos de tratamento de esgotos e várias ações relacionadas à educação ambientalque devem trazer resultados, conferindo ao rio Tietê e cursos dágua do territóriocondições adequedas.

Sub-bacia do Médio Tietê Inferior

Anhembi, Bofete, Botucatu, Conchas, Pereiras Porangaba e Torre de Pedra São osmunicípios que estão inseridos nesta sub-bacia.

Anhembi é uma antiga deniminação do rio Tietê e o município desenvolveu-se às


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suas margens, devendo incorporar-se aos projetos da Hidrovia Tietê-Paraná153.Conchas está plenamente inserida nestes projetos sendo a sede de um terminalintermodal que deverá atrair unidades de serviço e beneficiamento e produtos deorigem agropecuária. São municípios que viveram longos períodos deestagnaçoeconômica e que tem no aproveitamento do rio Tietê, tanto como hidrovia,como pelo potencial turístico, as bases para seu erguimento. O município deConchas tem produzido propostas para a atração de empresas com base emincentivos e divulgação do porto virtual (entreposto aduaneiro do interior) e do portofísico. Anhembi possui maior número de propriedades rurais de grande extensão(três), commais de 2.000 hectares, sendo que as pequenas propriedades, com menosde 10 hectares, normalmente maioria nas estruturas fundiárias apresentadas, nestecaso estão aquém das propriedades de até 100 hectares. Em Conchas, tem-se duaspropriedades com mais de 2.000 hectares, e igualmente um maior número depropriedades de até 100 hectares em relação às de menos de 10 hectares. Situaçãosemelhante, guardadas as devidas proporções, é encontrada em Botocatu, quepermite afirmar que nesta sub-bacia há uma estrutura fundiária diferente deencontrada em outras sub-bacias da Unidade de Gerenciamento de RecursosHídricos das baias dos rios Sorocaba e Médio Tietê. No conjunto da sub-baciaidentificamos percentuais sempre superiores a 70% de área cultivada em cadamunicípio, embora os cultivos de braquiária e outros capins dominem as paisagens,constituindo-se em cerca de 50% da áreas cultivadas no caso dos municípios deAnhembi e Bofete e aproximadamente 25% nos municípios de Porangaba e Torre dePedra.

Os cerrados compunham parte da paisagem original nesta sub-bacia, ocupando áreasda Depressão Periférica. Atualmente, em Botucatu, há os maiores percentuais deremanescentes dos cerrados, com 3,32%. No conjunto, a cobertura vegetalremanescente atinge deus maiores percentuais no município de Bofete e Botucati,com pouco mais de 10% para cada um deles.

Botucatu, município de maior população na sub-bacia, com cerca de 80% dototal, possui diversas atrações na área dos recursos turísticos naturais, destacando-sea província das Cuestas Basálticas, que lhe confere identidade na região e no Estadode São Paulo. Há também o interesse quanto ao rio Tietê e as possibilidades queapresenta, especialmente, na implantação de empresas turísticas junto à represa deBarra Bonita.

Apesar do expressivo contingente populacional, da presença da UNESP, com cursosda área de saúde, que atende a uma região que ultrapassa os limites do Estado de SãoPaulo, e ciências agrárias, além de instituição de ensino superior particular, Botucatunão se apresenta como pólo regional; seu comércio e o restante do setor se serviçosnão têm grande expressão. Além disso, possui laços bastante tênues com o conjuntoda UGHRI, dada a distância em relação a Sorocaba, e as conexões regionais que aaproximam de Bauru. A baixa polaridade decorre, possivelmente, das própriascaracterísticas dos demais municípios da sub-bacia, não só de pequena população,mas com pouco dinamismo econômico, com pequeno poder de compra por parte dapopulação. Os dados do Valor Adicionado (Tabela11), comparados aos demais sub-bacias, colocam essa área em quarto lugar entre as cinco sub-bacias considerandoque, a que figura em quinto, Alto Sorocaba, é composta apenas de dois municípios,

315. A Hidrovia Tietê-Paraná corta o interior do Estado de São Paulo e afigura-se como um dos principaisvetores de desenvolvimeto regional do Estado.


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sem destaque industrial, que individualmente estão na nona e na 16a posições entreos municípios que pertencem à Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos doSorocaba e médio Tietê. Individualmente, por sua vez, Botucatu encontra-se emterceiro lugar, o que lhe concede cerca de 70% do Valor Adicionado da Sub-bacia, oque é um índice semelhante ao obtido por Sorocaba, porém, as condições dos demaismunicípios retira-lhe parte do potencial que poderia ter desenvolvido e que deve vira desenvolver com a dinamização da Hidrovia Tietê-Paraná.

O maior dinamismo econômico é previsto, nas avaliações da Prefeitura Municipal deBotucatu, com a ampliação das atividades relacionadas com a aviação, que já contacom a empresa Neiva, ligada à Embraer, e o aeroporto municipal, que dispõe hoje deiluminação para pousos noturnos, além de previsão de ampliação da pista eimplantação de serviços que permitem a operação de empresas comerciais. Registra-se também, a presença da empresa de carrocerias de ônibus Caio.

TABELA 3.8Índices de Participação dos Municípios da Sub – Bacia do Médio Tietê Inferior no

Valor Adicionado do Estado de São Paulo1997

Municípios Valor Adicionado do Estado de São PauloTotal 0,23701Anhembi 0,00886Bofete 0,00738Botucatu 0,1994Conchas 0,01044Pereiras 0,00783Porangaba 0,0028Torre de Pedra 0,0003Fonte : Secretaria dos Negócios da Fazenda do Estado de São Paulo, 1998

As condições de vida no município são avaliadas como boas pela prefeitura,especialmente quanto ao acesso a moradias, dado que houve significativosinvestimento público, estadual e privado na área. O município conta, no distrito deRubião Júnior – onde está a Faculdade de Medicina da UNESP – com umcondomínio fechado e bairros novos. Há que ressaltar, entretanto, que o problema deerosão tem sido um obstáculo para a expansão da área urbana e para o manejo dosolo.

A atual administração aprovou o Plano Diretor do município e há novos projetos delei envolvendo parcelamento do solo, zoneamento e definição do distrito industrialque deve apresentar incentivos para a implantação de novas empresas.


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Atividade Industrial

Indústrias Instaladas na UGRHI-10

Com base no cadastro da CETESB, foi elaborado um quadro geral da atividadeindustrial na UGRHI-10. Estes dados subsidiaram a análise das cargas poluidorasindustriais.

Foi constatada a existência de 3.147 indústrias localizadas na UGRHI-10, sendo1.300 na bacia do Médio Tietê e 1.847 indústrias na bacia do rio Sorocaba (Quadro3.10.).

No Médio Tietê as indústrias mais expressivas são as têxteis, papel, bebidas,alimentícias, abatedouros, curtumes, engenhos de aguardentes. Há, ainda, duasusinas de açúcar e álcool.

Na bacia do Sorocaba destacam-se as indústrias têxteis, mecânicas, metalúrgicas,alimentícias, curtumes, engenhos de aguardente. Localizam-se também na bacia,uma usina de açúcar e álcool, e uma destilaria de álcool. No Médio Tietê, no trechosuperior, estão instaladas 1.080 indústrias que correspondem a 83% do total dosempreendimentos cadastrados na bacia.

Na segunda sub-bacia (Médio Tietê Inferior), que compreende o trecho do rio Tietêdesde a foz do rio Sorocaba até o reservatório de Barra Bonita, estão localizados seismunicípios, com 220 indústrias que representam 17% dos empreendimentoscadastrados na bacia.

A sub-bacia do Alto Sorocaba, compreendendo o trecho das cabeceiras do rioSorocaba até a represa de Itupararanga, drena as cidades de Ibiúna, Vargem GrandePaulista e Cotia (Caucaia do Alto), onde estão instaladas 182 indústrias, quecorrespondem a 10% do total dos empreendimentos cadastrados na bacia.

Na sub-bacia que engloba os rios Pirajibu e Sorocaba Médio, estão localizados seismunicípios, com 1.097 indústrias, que representam 59% dos empreendimentoscadastrados na bacia.

O último trecho, formado pelas sub-bacias dos rios Tatuí, Sarapuí, Pirapora-BaixoSorocaba, envolve oito municípios, com 568 empreendimentos que representam 31%do total cadastrado na bacia.


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Quadro 3.10. Indústrias Cadastradas na UGRHI-10

Municípios Nº de Indústrias Cadastradas na CETESB

Araçariguama 58Boituva 97Cabreúva(*) 35Itú 479Porto Feliz 105Salto(*) 19São Roque 166Tietê 121Sub-Total 1.080

Anhembi 10Bofete 13Botucatu 93Conchas 58Pereiras 30Porangaba 16Torre de Pedra zeroSub-Total 220

Ibiúna 75Vargem Grande Paulista 71Cotia (Caucaia do Alto) 36Sub-Total 182

Alumínio 11Araçoiaba da Serra 35Iperó 45Mairinque 66Sorocaba 889Votorantim 51Sub-Total 1.097

Alambari 4Capela do Alto 24Cerquilho 68Cesário Lange 34Laranjal Paulista 81Piedade 91Salto de Pirapora 51Sarapuí 17Tatuí 198Sub-Total 568Total 3.147



Alto Sorocaba

Sorocaba/Pirajibu

Baixo Sorocaba

(*) Não foram consideradas as indústrias localizadas nas áreas de drenagem dosrios Piraí, no município de Cabreúva e do Jundiaí, no município de Salto, porcontribuírem para a bacia do rio Jundiaí.Fonte: CETESB/Sorocaba,1996


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Licenças Concedidas

A emissão das licenças de instalação e funcionamento pela CETESB assume caráterpreventivo no controle da poluição. As ações preventivas tiveram início em setembrode 1976, com base no Regulamento da Lei nº. 997/76, que introduziu olicenciamento de fontes de poluição no Estado de São Paulo. Estas ações estãosendo quantificadas pelo número de licenciamentos efetuados.

O Quadro 3.11 mostra o número de licenças enviadas à CETESB, no período de1990 e 1991 an UGRHI 10 e no Estado de São Paulo.

O Quadro 3.12. mostra o número de licenças de instalação e funcionamentoemitidas na UGRHI-10 nos anos de 1994 e 1995.

Os dados do Quadro 3.12 mostram que entre os anos de 1994 e 1995, houve umequilíbrio, indicando crescimento, apesar da política econômica recessiva imposta aopaís.


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Quadro 3.11Pedidos de Licença Industrial enviados à CETESB

Pedidos delicenciamento defuncionamentoindustrial

Pedidosdelicenciamentode instalaçãoindustrial

Pedidos delicenciamentodefuncionamentoprecário

1990 Estado de São Paulo 2586 3693 187 UGRHI Sorocaba/MédioTiete

157 201 7

1991 Estado de São Paulo 2647 3755 184

UGRHI Sorocaba/MédioTiete

124 172 7


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Quadro 3.12. Licenças de Instalação e Funcionamento

LI = Licença de Instalação/ LF = Licença de Funcionamento

Fonte: CETESB /Regional Sorocaba,1996

1994 1995LI LF LI LF

Araçariguama 2 0 5 0Boituva 7 2 6 7Cabreúva(*) 2 3 5 1Itú 18 11 22 12Porto Feliz 9 5 4 1Salto(*) 14 8 9 4São Roque 5 11 7 4Tietê 2 1 2 1Sub-Total 59 41 60 30

Anhembi 0 0 2 0Bofete 0 0 2 0Botucatu 5 2 2 0Conchas 0 0 3 2Pereiras 2 0 0 0Sub-Total 7 2 9 2

Ibiúna 2 0 2 1Vargem Grande Paulista 3 3 3 3Cotia (Caucaia do Alto) 2 3 1 1Sub-Total 7 6 6 5

Alumínio 1 0 2 0Araçoiaba da Serra 1 1 3 2Iperó 4 0 7 4Mairinque 5 6 10 6Sorocaba 45 25 39 18Votorantim 4 1 3 2Sub-Total 60 33 64 32

Capela do Alto 2 0 1 0Cerquilho 2 1 3 1Cesário Lange 6 1 1 2Laranjal Paulista 4 4 7 1Piedade 3 4 4 1Salto de Pirapora 2 1 4 0Tatuí 13 14 12 9Sub-Total 32 25 32 14Total 165 107 171 83

Municípios

Baixo Sorocaba



Alto Sorocaba

Sorocaba/Pirajibu


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D. Uso e Ocupação do Solo

Cobertura Vegetal Nativa

Principais Formações Vegetais

A Bacia Hidrográfica do Sorocaba/Médio Tietê compreende formações florestais,como as florestas ombrófilas e estacionais e os cerrados, e regiões denominadas deTensão Ecológica, de contacto entre florestas ombrófilas e estacionais e de florestascom os cerrados.

Está inserida no domínio da Floresta Atlântica. Esse domínio é composto porcompartimentos de vegetação totalmente diferenciados, englobando vegetações dedunas e cordões arenosos, próximos ao mar, sucedidos por ecossistemas fluvio-lagunares e por ecossistemas que recobrem a cadeia montanhosa das Serras Geral, doMar e da Mantiqueira. Nesse trecho das Serras, a Floresta recebe o nome de FlorestaOmbrófila e distingue-se como o compartimento da Floresta Atlântica mais denso ecom numerosas plantas arborícolas de elevada altitude.

Na porção do Médio Tietê Superior, a Floresta Ombrófila é predominante, estendendo-se da Serra do Japi, Serra de São Roque, Serra de São Francisco até a Serra deParanapiacaba. Nos topos das cristas e picos montanhosos é possível distinguir outrocompartimento da Floresta Ombrófila, os Campos de Altitude, caracterizados por umavegetação mais baixa, ou mesmo rasteira, típica de solos rasos e rochosos.

Na bacia do Sorocaba, ocorre o Ecossistema de Florestas Estacionais Semideciduais.São ecossistemas eminentemente complexos por apresentarem característicasfitofisionômicas parecidas com a Floresta Ombrófila. Alguns autores a considerammesmo Floresta Ombrófila, outros distinguem diferentes tipos fitofisionômicos, que sedistribuem de forma variável, caracterizando estágios de transição entre FlorestaAtlântica, Floresta Decidual e Cerrado.

Os cerrados podem ser caracterizados como um complexo de vegetação referido comoSavana no Mapa de Vegetação do Brasil (IBGE, 1988), com fisionomias e composiçãoflorística variáveis, sistemas subterrâneos muito desenvolvidos e/ou profundos,geralmente ocorrendo sobre solos álicos, altamente intemperizados como latossolos eareias quartzosas, ou ainda em cambissolos em paisagens morfogeneticamenteenvelhecidas, sob climas estacionais. As fisionomias variam desde semelhantes aflorestas (Cerradão), até semelhantes à pradaria (Campo Limpo), de aspecto geralescleromorfo. As árvores e arbustos têm eixos aéreos retorcidos, casca grossa, folhasgrandes e pilosas, podendo ser decíduos na estação seca. As ervas, predominante


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graminóides caspitosas e subarbustos, geralmente perdem total ou parcialmente a parteaérea na estação seca.

Remanescentes de Vegetação na BaciaO Quadro 3.13. e o Desenho 03 (Cobertura Vegetal Remanescente) apresentam osremanescentes de vegetação na bacia, discriminando as respectivas formaçõesvegetais. Estes dados foram extraídos do Levantamento da Cobertura Vegetal doEstado de São Paulo, Projeto Olho Verde/DEPRN-SMA, publicado em 1990, com baseem imagens de satélite de 1988/1989. As considerações abaixo basearam-se nestelevantamento.

O relevo de colinas aplainadas do trecho Superior da Bacia do Médio Tietê, favoreceua ocupação do território por atividades agrícolas como cana, citrus, pastagens ereflorestamento. Nesta região, verifica-se que alguns municípios possuem, apenas1,43% de sua área total ocupada pelos ecossistemas das Florestas EstacionaisSemidecíduas. Alguns remanescentes dessa vegetação podem ser encontrados empontos isolados da Bacia, como na Serra de Botucatu.

A região serrana da Bacia do Sorocaba/Médio Tietê apresenta alguns municípios com50,21% de sua área total vegetada. Por se tratar de áreas com altitudes elevadas e altasdeclividades a ocupação por atividades agrícolas e pastoris não foi favorecida. Avegetação original (Floresta Atlântica) deu lugar, em alguns trechos, a extensas áreasde reflorestamento.

Dentre os munícipios com poucas porções de vegetação nativa, destacam-se Cerquilho,Tatuí, Cesário Lange, Laranjal Paulista, Tietê e Porto Feliz. Nessa região osremanescentes de vegetação são porções de mata ciliar e fragmentos florestaisisolados. Apenas o Morro de Araçoiaba se destaca como remanescente significativonessa região.

Os municípios com os maiores percentuais de remanescentes de vegetação nativa nabacia são: Cotia, que possui todo o trecho de Caucaia do Alto preservado; Cabreúva,que apresenta em seu território uma porção da Serra do Japi, com alto percentual deMata e Capoeira, remanescente; São Roque, Piedade e Ibiúna com muitosremanescentes de Capoeira; e Sorocaba, Votorantim e Araçoiaba da Serra queapresentam alguns remanescentes de Mata Ciliar significativos.

Merece destacar que na região das nascentes do Rio Sorocaba, onde está localizada aRepresa de Itupararanga, importante manancial da região, observa-se as maioresporcentagens de cobertura florestal da Bacia. A preservação destes fragmentosflorestais remanescentes constitui-se numa ação direta, de fundamental importância àproteção deste manancial. Caracteriza-se esta região pela intensa atividade agrícola,sendo um importante centro produtivo de hortifrutigranjeiros, apresentando tambémexploração minerária (areia para a construção civil, principalmente), loteamentos dechácaras de lazer, inclusive clandestinos, atividades que acabam por exercer pressãonegativa sobre esses fragmentos, ressaltando-se a necessidade de planejamento do uso


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e ocupação destas áreas, compatível com o desenvolvimento da região e com apreservação dos recursos naturais, matéria-prima para o sistema de produção.

Quadro 3.13. Remanescentes de Vegetação na Bacia

MunicípioÁrea

Terrestre (ha)

Mata (ha) %

Cap

oeira

(h

a) %

Cam

po (h

a)

%

Cer

radã

o (h

a)

%

Cer

rado

(ha)

%

Cam

po C

erra

do

(ha) %

Veg. Nativa

de Várzea

(ha)

%

Área

não

C

lass

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da (h

a)

%

Cob

ert.

Veg.

To

tal

(ha)

%

Boituva 24.800 227 0,92 999 4,03 0 0 0 0 2 0,01 0 0 38 0,15 89 0,36 1.355 5,46Cabreúva 26.100 826 3,16 6.518 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7.344 28,1Itu 64.000 1.124 1,76 5.994 9,37 0 0 0 0 182 0,28 0 0 0 0 63 0,10 7.363 11,5Porto Feliz 55.800 373 0,67 1.923 3,45 0 0 0 0 66 0,12 0 0 0 0 168 0,3 2.530 4,53São Roque 41.200 214 0,52 12.772 31 0 0 0 0 0 0 0 0 54 0,13 8 0,02 13.048 31,7Tietê 45.100 419 0,93 823 1,82 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0,02 184 1,41 1.436 3,18

Anhembi 70.800 2.556 3,61 1.955 2,76 0 0 0 0 441 0,62 0 0 663 0,94 105 0,15 5.720 8,08Bofete 65.600 2.352 3,59 3.827 5,83 0 0 0 0 392 0,6 0 0 122 0,19 258 0,39 6.951 10,6Botucatu 152.200 4.580 3,01 4.014 2,64 0 0 1.480 0,97 5.057 3,32 0 0 550 0,36 227 0,15 15.908 10,5Conchas 45.600 214 0,47 1.554 3,41 0 0 0 0 255 0,56 0 0 135 0,95 183 0,40 2.641 5,79Pereiras 26.100 278 1,07 321 1,23 0 0 0 0 6 0,02 0 0 0 0 155 0,59 760 2,91Porangaba 32.000 688 2,15 1.141 3,57 0 0 0 0 59 0,18 0 0 37 0,12 229 0,72 2.154 6,73

Ibiúna 108.800 12.462 12,4 35.058 34,8 0 0 0 0 0 0 0 0 295 0,29 151 0,15 47.966 47,5Vargem Grande Paulista 3.413 24 0,7 322 9,43 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0,09 349 10,2

Araçoiaba da Serra 31.500 1.294 4,12 934 2,97 0 0 0 0 7 0,02 0 0 0 0 155 0,49 2.395 7,6Iperó 17.000 1.122 6,6 1.108 6,52 0 0 0 0 54 0,32 0 0 28 0,16 47 0,28 2.359 13,9Mairinque 30.300 616 2,03 2.799 9,24 0 0 4 0,01 247 0,82 0 0 0 0 35 0,12 3.701 12,2Sorocaba 45.600 485 1,06 1.504 3,3 0 0 0 0 49 0,11 0 0 0 0 74 0,16 2.112 4,63Votorantim 15.900 407 2,56 1.705 10,7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 61 0,38 2.173 13,7

Capela do Alto 16.500 868 5,26 906 5,49 0 0 0 0 11 0,07 0 0 28 0,17 53 0,32 1.866 11,3Cerquilho 12.600 7 0,06 129 1,02 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 44 0,35 180 1,43Cesário Lange 20.700 69 0,33 559 2,7 0 0 0 0 11 0,05 0 0 0 0 46 0,22 685 3,31Laranjal Paulista 38.000 211 0,56 810 2,13 0 0 0 0 107 0,28 0 0 0 0 153 0,4 1.281 3,37Piedade 63.400 4.349 6,86 15.474 24,4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 411 0,65 20.234 31,9Salto de Pirapora 28.300 1.323 4,67 724 2,56 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 37 0,13 2.084 7,36Sarapuí 34.500 1.481 4,29 2.103 6,1 0 0 0 0 57 0,17 0 0 55 0,16 153 0,44 3.849 11,2Tatuí 73.200 1.093 1,49 2.271 3,1 0 0 0 0 17 0,02 0 0 16 0,02 170 0,23 3.567 4,87



Alto Sorocaba

Sorocaba / Pirajibu

Baixo Sorocaba / Sarapuí / Tatuí / Pirapora

Fonte: Projeto Olho Verde - DEPRN/SMA,1990


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Quadro 3.14

MUNICÍPIO ÁREATERRESTRE

MATA CAPOEIRA CAMPO CERRADAO

Anhembi 70.800 2.556 45% 1.955 34% 0 0% 0 0%Aracoiaba da Serra 31.500 1.299 54% 934 39% 0 0% 0 0%Bofete 65.600 2.352 34% 3.827 55% 0 0% 0 0%Boituva 24.800 227 17% 999 74% 0 0% 0 0%Botucatu 152.200 4.580 29% 4.014 25% 0 0% 1.480 9%Cabreuva 26.100 826 11% 6.518 89% 0 0% 0 0%Capela do Alto 16.500 868 47% 906 49% 0 0% 0 0%Cerquilho 12.600 7 4% 129 72% 0 0% 0 0%Cesario Lange 27.700 69 10% 559 82% 0 0% 0 0%Conchas 45.600 214 8% 1.554 59% 0 0% 0 0%Cotia 32.373 11.064 68% 5.169 32% 0 0% 0 0%Ibiuna 100.900 12.462 26% 35.058 73% 0 0% 0 0%Ipero 17.000 1.122 48% 1.108 47% 0 0% 0 0%Itu 64.000 1.124 15% 5.994 81% 0 0% 0 0%Laranjal Paulista 38.000 211 16% 810 63% 0 0% 0 0%Mairinqui 30.300 616 17% 2.799 76% 0 0% 4 0%Pereiras 26.100 278 37% 321 42% 0 0% 0 0%Piedade 63.400 4.349 21% 15.474 76% 0 0% 0 0%Porangaba 32.000 688 32% 1.141 53% 0 0% 0 0%Porto Feliz 55.800 373 15% 1.923 76% 0 0% 0 0%Salto 16.800 0 0% 480 97% 0 0% 0 0%Salto de Pirapora 28.300 1.323 63% 724 35% 0 0% 0 0%Sao Roque 41.200 214 2% 12.772 98% 0 0% 0 0%Sarapui 34.500 1.481 38% 2.103 55% 0 0% 0 0%Sorocaba 45.600 485 23% 1.504 71% 0 0% 0 0%Tatui 73.200 1.093 31% 2.271 64% 0 0% 0 0%Tiete 45.100 419 29% 823 57% 0 0% 0 0%Fonte: Projeto LUPA/DEPRN (1998)


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Quadro 3.15

MUNICÍPIO CERRADO CAMPO CERRADO VÁRZEA RESTINGAAnhembi 441 8% 0 0% 663 12% 0 0%Aracoiaba da Serra 7 0% 0 0% 0 0% 0 0%Bofete 392 6% 0 0% 122 2% 0 0%Boituva 2 0% 0 0% 38 3% 0 0%Botucatu 5.057 32% 0 0% 550 3% 0 0%Cabreuva 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%Capela do Alto 11 1% 0 0% 28 2% 0 0%Cerquilho 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%Cesario Lange 11 2% 0 0% 0 0% 0 0%Conchas 255 10% 0 0% 435 16% 0 0%Cotia 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%Ibiuna 0 0% 0 0% 295 1% 0 0%Ipero 54 2% 0 0% 28 1% 0 0%Itu 182 2% 0 0% 0 0% 0 0%Laranjal Paulista 107 8% 0 0% 0 0% 0 0%Mairinqui 247 7% 0 0% 0 0% 0 0%Pereiras 6 1% 0 0% 0 0% 0 0%Piedade 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%Porangaba 59 3% 0 0% 37 2% 0 0%Porto Feliz 66 3% 0 0% 0 0% 0 0%Salto 1 0% 0 0% 0 0% 0 0%Salto de Pirapora 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%Sao Roque 0 0% 0 0% 54 0% 0 0%Sarapui 57 1% 0 0% 55 1% 0 0%Sorocaba 49 2% 0 0% 0 0% 0 0%Tatui 17 0% 0 0% 16 0% 0 0%Tiete 0 0% 0 0% 10 1% 0 0%Fonte: Projeto LUPA/DEPRN (1998)


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Quadro 3.16

MUNICÍPIO MANGUE ÁREA NÃO CLASSIF. COBERT. VEG.NATIVA

Anhembi 0 0% 105 2% 5.720Aracoiaba da Serra 0 0% 155 6% 2.395Bofete 0 0% 258 4% 6.951Boituva 0 0% 89 7% 1.355Botucatu 0 0% 227 1% 15.908Cabreuva 0 0% 0 0% 7.344Capela do Alto 0 0% 53 3% 1.866Cerquilho 0 0% 44 24% 180Cesario Lange 0 0% 46 7% 685Conchas 0 0% 183 7% 2.641Cotia 0 0% 23 0% 16.256Ibiuna 0 0% 151 0% 47.966Ipero 0 0% 47 2% 2.359Itu 0 0% 63 1% 7.363Laranjal Paulista 0 0% 153 12% 1.281Mairinqui 0 0% 35 1% 3.701Pereiras 0 0% 155 20% 760Piedade 0 0% 411 2% 20.234Porangaba 0 0% 229 11% 2.154Porto Feliz 0 0% 168 7% 2.530Salto 0 0% 14 3% 495Salto de Pirapora 0 0% 37 2% 2.084Sao Roque 0 0% 8 0% 13.048Sarapui 0 0% 153 4% 3.849Sorocaba 0 0% 74 4% 2.112Tatui 0 0% 170 5% 3.567Tiete 0 0% 184 13% 1.436Fonte: Projeto LUPA/DEPRN (1998)


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Autorizações de Desmatamento

Os dados elencados no Quadro 3.17. referem-se às áreas e unidades autorizadas paracorte raso na UGRHI-10, computados a partir do ano de 1993, considerando-se oDecreto Federal n 750, de 10 de fevereiro de 1993, que regulamenta o corte, aexploração e a supressão de formações vegetais da Mata Atlântica, estandosignificativa porção da Bacia inserida em seus domínios. As maiores áreas autorizadasreferem-se à vegetação característica de Cerrado, excluída das restrições impostas peloDecreto e, a partir de maio de 1994, também à vegetação secundária de floresta emestágio inicial de regeneração, com base no que dispõe a Resolução CONAMA n.01/94 e a Resolução Conjunta IBAMA/SMA n 02/94 e obedecidas as determinaçõesdo Código Florestal (Lei Federal 4.771/65, já alterada pela Lei Federal 7.803/89). Paracada área autorizada faz-se necessária a averbação de, no mínimo, 20% da área total dapropriedade como Reserva Legal à margem da matrícula do imóvel no Cartório deRegistro de Imóveis, e para cada unidade autorizada a recomposição florestalcompromissada pelo interessado.

Quadro 3.17. Autorizações de Desmatamento na UGRHI-10Desmatamento/Recuperação de ÁreasCorte Raso Unidades Autorizadas

Sub-bacia Ano Área Autorizada

(ha)

Área Averbada de Reserva Legal

(ha)

Árvores Plantadas

Área Plantada

(ha)

Árvores Isoladas

(un)

Árvores Plantadas (un)

1993 0,48 - 230 - 301 15Médio Tietê Superior 1994 8,24 - 1000 0,64 60 330

1995 0,23 - 410 - 9 901993 188,59 106,35 - - 350 3.475

Médio Tietê Inferior 1994 46,68 11,86 - - 279 10.8711995 40,013 13,08 - - 243 6.4401993 18,08 4,53 - - - -

Alto Sorocaba 1994 - - - - 25 2841995 - - - - - -1993 - - - - 1 10

Sorocaba/Pirajibu 1994 4,06 - - 1,8 37 3701995 67,01 14,38 400 - 31 1801993 - - - - 17 -

Sarapuí/Pirapora/Tatuí 1994 1,082 1,35 - - 22 1001995 133,67 45,8 - 0,1 - -1993 207,15 110,88 230 - 669 3.500

Total 1994 60,064 13,21 1000 2,44 423 11.9551995 240,6 73,1 810 0,1 283 6.710

Fonte: DEPRN - Equipe Técnica Sorocaba,1996/ DEPRN - Equipe Técnica Botucatu, 1996

Desmatamentos não Autorizados

O licenciamento e a fiscalização relativos à flora são exercidos no Estado peloDepartamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais (DEPRN/SMA), e osrelativos à fauna exercidos pelo IBAMA, sendo a fiscalização ostensiva realizada pelaPolícia Florestal e de Mananciais, em ambos os casos.


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Os dados elencados no Quadro 3.16. referem-se aos Autos de Infração Ambientalaplicados pela Polícia Florestal e de Mananciais nas áreas desmatadas irregularmente(desprovidas de licença) e/ou ilegalmente (corte, exploração e supressão proibidos pelalegislação vigente), e de caça e pesca, igualmente irregulares e/ou ilegais. Verifica-seque os municípios com maior número de Autos de Infração Ambiental e com maiorárea desmatada, como Ibiúna, Piedade, São Roque, situam-se no domínio da MataAtlântica, onde o corte, a exploração e a supressão da vegetação primitiva e emestágios médio e avançado de regeneração estão proibidos (Decreto Federal 750/93).

Se se tomar por base as áreas das sub-bacias no Alto Sorocaba e no Sorocaba/Pirajibuverificaram-se os maiores percentuais de desmatamento. Esta situação assumecontornos mais preocupantes na sub-bacia do Alto Sorocaba por tratar-se de área dedrenagem do mais importante manancial da região, a represa de Itupararanga.

A atividade de fiscalização demanda as providências cabíveis na esfera administrativae também na esfera judicial, no âmbito do Ministério Público e do Poder Judiciário, napropositura e encaminhamentos de Ações Civis Públicas. Desta forma, o DEPRN,através de seu corpo técnico, elabora Laudos de Dano Ambiental consubstanciados,onde os danos são caracterizados, propostas medidas de recuperação e mitigação, e sãocalculadas as indenizações previstas para os mesmos. Da mesma forma, no decorrer doandamento da ação, o Departamento avalia projetos de recuperação e verifica suaimplantação, elaborando os respectivos Laudos Técnicos. Esta atividade consiste,atualmente, numa das maiores demandas atendidas pelo DEPRN.


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Quadro 3.16. Autos de Infração - UGRHI-10 Auto de Infração Auto de Infração Auto de Infração Ambiental (AIA) de Caça (AIC) de Pesca

Sub-bacias Ano Número de Autos Emitidos

Área Autuada (ha)

Número de Autos Emitidos

Número de Autos Emitidos

1993 143 68,85 8 10Médio Tietê Superior 1994 247 82,3 3 29

1995 319 70,53 6 61993 67 51,27 2 29

Médio Tietê Inferior 1994 106 137,78 3 751995 134 137,29 4 671993 119 52,82 --- 10

Alto Sorocaba 1994 153 65,26 --- 341995 200 57,15 --- 221993 123 121,62 12 119

Sorocaba/Pirajibu 1994 251 76,28 17 891995 251 57,35 12 561993 108 44,4 2 489

Sarapuí/Pirapora/Tatuí 1994 118 25,56 3 5441995 216 99,79 2 5671993 560 338,96 24 657

Total 1994 875 387,18 26024 7711995 1120 422,11 283 718

Fonte: Polícia Florestal e de Mananciais - PFM - Sorocaba - 3ª Cia,1996

Programas de Recomposição Vegetal

O Programa de Reflorestamento Ciliar e de Mananciais da Bacia do Rio Sorocaba foiestruturado e desenvolvido sob a coordenação do Consórcio de Estudos para aRecuperação e Desenvolvimento da Bacia do Rio Sorocaba-CERISO, conjuntamentecom o Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais-DEPRN (EquipeTécnica de Sorocaba), Universidade de Sorocaba-UNISO e Fundação para aConservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo.

Os trabalhos tiveram início em meados de 1994, com a formação deste grupo,definindo-se uma área piloto para início do Programa, situada na bacia do RibeirãoPirajibu-Mirim, manancial responsável pelo abastecimento de cerca de 30% doMunicípio de Sorocaba, entre as represas de acumulação e captação da ETA/Éden,perfazendo uma área de aproximadamente 40 ha, cuja ocupação predominante se dápor chácaras de lazer e indústrias (Distrito Industrial de Sorocaba).

Atividades já realizadas:• sobrevôo da bacia hidrográfica do ribeirão Pirajibu-Mirim para o levantamento

expedito por fotografia aérea;• atualização do levantamento planialtimétrico das represas de acumulação e captação

da ETA/Éden;• plantio de área de 3,0 ha às margens da represa de acumulação, através da adesão ao

programa pela Indústria Belmetal, responsável pelo plantio e manutenção. As mudas


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foram cedidas pela Associação Mata Ciliar, organização não-governamental, e ostrabalhos de preparo do terreno e coveamento realizados pela Prefeitura Municipalde Sorocaba.

Atividades em andamento:• gestões para instalação de viveiro de produção de mudas de essências arbóreas

nativas, através de parceria com a iniciativa privada e organizações não-governamentais;

• cadastramento dos proprietários das áreas de interesse para plantio;• contacto com os proprietários para convencimento da adesão ao Programa, tendo

como contrapartida dos mesmos o plantio e a manutenção da área reflorestada;• gestões visando a multiplicação do projeto nas demais regiões da bacia, junto às

Prefeituras, COMDEMAS E ONGs;• elaboração de vídeo sobre a bacia do Rio Sorocaba, destacando a importância das

matas ciliares para os recursos hídricos, com base em imagens aéreas e terrestrestomadas de vários pontos da bacia.

Atividades Agrícolas (temporária epermanente)

Os dados relativos às principais culturas e respectivas áreas ocupadas na UGRHI-10foram coletados junto à Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de SãoPaulo, através da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - Divisão RegionalAgrícola de Sorocaba (DIRA), e Departamento de Defesa Agropecuária (DDA).

São apresentados no volume de anexos, as Estatísticas Agrícolas, dos municípios daUGRHI 10, de 1995/1996. (Fonte: Secretaria da Agricultura e Abastecimento de SãoPaulo, Projeto LUPA (1998)

Em geral, os dados foram extraídos do “Levantamento Subjetivo de Safras Agrícolas -IEA- Ano Agrícola 1995/1996” referente às previsões e estimativas de SafrasAgrícolas de novembro de 1995, elaborado pela DIRA-Sorocaba. Os dados de áreasplantadas com as culturas de cana-de-açúcar, melancia, mandioca e olerícolas foramobtidos junto ao Departamento de Defesa Agropecuária. Para a cultura de batatatrabalhou-se com dados fornecidos pelas duas fontes.

O “Levantamento Subjetivo” fornece uma estimativa de área plantada, bem como umaprojeção de safra, orientando, dessa forma, os agricultores e os investimentos no setor.Os dados fornecidos pelo Departamento de Defesa Agropecuária constituem-se emvalores médios anuais e foram utilizados de forma complementar, uma vez que o mês


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de novembro, utilizado como base de dados no “Levantamento Subjetivo”, não seconfigura como época de safra para as cinco culturas citadas.

A análise dos dados coletados permitiu identificar que na UGRHI-10, as principaisculturas ocupam 110.207 ha. As culturas de cana-de-açúcar, milho e laranjarepresentam 68,5 % da área plantada. O Quadro 3.16. apresenta, para cada sub-baciaconsiderada, as áreas plantadas com as principais culturas e o Quadro 3.17. mostra ouso e ocupação do solo (em Km2) de cada sub-bacia.

A sub-bacia do Alto Sorocaba possui 13.438,8 ha ocupados, destacando-se a áreacultivada por olerícolas, seguida da batata e do tomate envarado. É significativa a áreacultivada nesta sub-bacia, considerando sua pequena extensão territorial em relação àsdemais e, de forma mais específica, sua condição de área de drenagem de manancial -Represa de Itupararanga.

Por sua vez, a sub-bacia do Sorocaba/Pirajibu é a que possui a menor área ocupada porestas culturas, reafirmando a vocação industrial desta sub-bacia.


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Quadro 3.16. Principais Culturas e Áreas Plantadas

Principais Culturas

MédioTietê

Superior(ha)

MédioTietê

Inferior(ha)

AltoSorocaba

(ha)

Sorocaba/Pirajibu

(ha)

Sarapuí/Pirapora-

Tatuí(ha)

Total(ha)

Café 1073,9 683,8 - - 682,7 2.440,4Laranja 2.677,4 6704,6 39,6 1060,1 8186,2 18.667,9Uva comum p/mesa 793,4 3,4 - 293,7 23,0 1.134,5Uva fina p/ mesa 5,1 7,3 - 4,2 20,4 37,0Limão 250,0 1.375,0 31,2 4,6 231,8 1.892,6Ponkan 44,6 168,5 - 58,4 658,3 929,8Tomate envarado 349,0 32,0 1.000,0 32,0 172,0 1.585,0Cebola de muda - - 400,0 - 2.040,0 2.440,0Milho 6.000,0 5.420,0 200,0 2.180,0 9.270,0 23.070,0Feijão das águas 730,0 328,0 - 505,0 1.930,0 3.493,0Batata - 12,0 3.000,0 * 15,0 780,0 3.807,0Batata-doce - - - - 250,0 250,0*Arroz de sequeiro 165,0 685,0 - 155,0 745,0 1.750,0Cana de açúcar 19.950,0 5.870,0 - 887,0 7.000,0 33.707,0*Melancia - - - - 1.320,0 1.320,0*Olerícolas 163,0 - 8.768,0 424,0 2.975,0 12.330,0*Mandioca - 254,0 - - 1.120,0 1374,0*Totais 35.201,4 21.543,6 13.438,8 5.619,0 37.404,4 110.207,2

(*) Departamento de Defesa Agropecuária

Atividades Agrícolas Irrigadas

Levantamentos efetuados junto às Delegacias Agrícolas de Botucatu, Itapetininga, Itu eSorocaba, vinculadas à Divisão Regional Agrícola de Sorocaba - DIRA, permitiramauferir que, na UGRHI-10, a área irrigada é de 38.301,26 ha. As sub-bacias do AltoSorocaba e Sarapuí/Pirapora-Tatuí são as que apresentam as maiores áreas irrigadas,tendo os municípios de Ibiúna (18420 ha) e Piedade (16000 ha) as áreas maissignificativas. Deve-se ressaltar que as áreas irrigadas nestes municípios, declaradaspela DIRA Sorocaba, não se referem às áreas físicas, uma vez que leva em conta arotatividade das culturas. O Quadro 3.19. apresenta a irrigação em Km2 por sub-bacia.

As áreas irrigadas por sub-bacia são:• Médio Tietê Superior - 605,00 hectares• Médio Tietê Inferior - 506,86 hectares• Alto Sorocaba - 18.420,00 hectares• Sorocaba/Pirajibu - 573,00 hectares


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• Baixo Sorocaba - 18.196,40 hectares

Quadro 3.18. Irrigação (Km2)

Sub-bacia Agriculturas/ irrigação c/ irrigação Total

Médio Tietê Superior 605,00 hectares

Médio Tietê Inferior 506,86 hectares

Alto Sorocaba 18.420,00 hectares

Sorocaba/Pirajibu 573,00 hectares

Baixo Sorocaba 18.196,40 hectares

Total da Bacia

Áreas de MineraçãoO comprometimento dos recursos hídricos pelo exercício da atividade minerária não seestabelece apenas pelo lançamento de cargas, mas também pela degradação associadaàs técnicas de explotação. Desta forma, esta atividade industrial mereceu tratamentoespecífico. O Desenho 04 (Atividade Minerária) aponta os bens minerais explotadosem cada sub-bacia, que são a seguir descritos.

Médio Tietê

O trecho superior apresenta uma grande concentração da atividade mineral. Dentre osbens minerais explotados destacam-se com importância econômica, em termosestadual: argila para a indústria cerâmica vermelha e revestimento, e areia paraconstrução civil, constituindo-se os municípios de Itu e Araçariguama respectivamente,como os principais pólos produtores. Vem em seguida a produção de brita em PortoFeliz, pedra ornamental em Salto, e calcário em Tietê, que alcançam importância local.

Do ponto de vista geológico, a matéria-prima da indústria ceramista e olaria na regiãode Itu são as rochas sedimentares da Bacia do Paraná, constituídas por argilitos,siltitos, folhelhos, etc., alteradas ou não, conhecidas genericamente como “taguá”. Alavra se processa a céu aberto, podendo ser manual ou mecânica, mediante uso deescarificadores e trator de lâmina.

Quanto aos aspectos geológicos referentes à extração de areia para construção civil nomunicípio de Araçariguama, o solo de alteração (saprolito), proveniente de rochascristalinas, é a fonte principal de materiais arenosos para fins de explotação. Rochasgraníticas e rochas metassedimentares quartzosas constituem-se como o substrato parao desenvolvimento do manto de alteração. A lavra se processa por desmontehidráulico.


77

A produção de brita no município de Porto Feliz se dá a partir de rochas basálticas comdesenvolvimento por bancadas, com uso de explosivos. No município de Salto, aextração de granito para fins ornamentais se processa em matacões e bancadas. Ocalcáreo proveniente de Tietê, é oriundo de rochas sedimentares, e com uso exclusivona agricultura como corretivo de solo.

A atividade mineral no Médio Tietê Inferior é bastante reduzida, destacando-se apenasa produção de brita nos municípios de Botucatu e Porangaba, a partir de rochasbasálticas, e a produção de areia em leito de rio, bem como argila para produção detijolos e telhas, nos municípios de Bofete e Conchas.

Bacia do Rio Sorocaba

Os municípios localizados nas áreas do trecho superior do rio Sorocaba (AltoSorocaba) apresentam baixa concentração de empreendimentos minerários,destacando-se, regionalmente, apenas o município de Ibiúna como pólo produtor deareia para construção civil. Os depósitos minerais estão associados ao manto dealteração de rochas graníticas, sendo explotados por desmonte hidráulico.

A atividade mineral nos municípios englobados na sub-bacia do Sorocaba/Pirajibu é omais importante da UGRHI em apreço, assumindo em determinadas localidades papelde vital importância econômica. No entanto, a explotação de bens minerais vive em umquadro de contraste tecnológico, sendo encontradas desde lavras manuais em leitos derio até desenvolvimento de jazida por lavra subterrânea, como é o caso do GrupoVotorantim, no muncípio homônimo.

O principal minério explotado é o calcáreo para o fabrico de cimento portland, nomunicípio de Votorantim. O jazimento pertence a terras metassedimentares, com odesenvolvimento da lavra se procedendo à céu aberto por bancadas e por lavrasubterrânea.

A extração de areia para construção civil ocupa posição de destaque regional,apresentado os municípios de Iperó, Araçoiaba da Serra e Sorocaba como principaispólos produtores. No entanto, há uma desestruturação institucional do setor,predominando empresas familiares, sem aplicação de procedimentos tecnológicosadequados. Os principais alvos de extração são os depósitos fluviais – várzea e leito –dos rios Sorocaba e Sarapuí, com o desenvolvimento da lavra em terrenos de várzeasendo realizadas pelo método da cava submersa e, em leitos, por "dragas" flutuantes.

A sub-bacia do Baixo Sorocaba, por sua vez, apresenta número razoável de bensminerais explotados, mas com volumes relativamente menores, quando comparadacom os principais pólos produtores já mencionados.

Destaca-se a produção de calcáreo a partir de rochas metassedimentares nosmunicípios de Salto de Pirapora e Piedade, sendo o primeiro destinado à indústria


78

cimenteira e o segundo, para utilização na agricultura como corretivo de solo. Odesenvolvimento da lavra nestes casos é a céu aberto, por bancadas.

A produção de argila para fins cerâmicos e de revestimento em Tatuí, Laranjal Paulistae Capela do Alto alcança importância regional, destacando-se estes municípios, comograndes produtores desta UGRHI. As áreas alvo de extração são os depósitos fluviais,referentes às várzeas dos rios Sorocaba, Sarapuí e tributários menores e,secundariamente, rochas sedimentares - argilitos, siltitos, folhelhos, etc. A lavra é a céuaberto com desenvolvimento por processos mecanizados.

Os municípios de Capela do Alto, Salto de Pirapora, Piedade, Tatuí e Sarapuíconstituem-se como produtores de areia para construção civil. Os depósitos explotadossão os mais variados do ponto de vista geológico. Em Salto de Pirapora e Piedade,municípios localizados em terrenos cristalinos, a lavra se processa por desmontehidráulico em solo de alteração de rochas graníticas, bem como em leito de rio.

Os depósitos de várzea e bancos arenosos de leito fluvial são as principais fontes deminério nos municípios de Capela do Alto, Tatuí e Sarapuí com a lavra se procedendopelos métodos já descritos para estas situações. No entanto, é digno de nota oaproveitamento de rochas arenosas friáveis por algumas empresas mineradoras que, emalguns casos, utilizam o desmonte hidráulico na lavra.


81

4. Situação dos Recursos Hídricos

A. Disponibilidade Hídrica

Com finalidade de quantificar a disponibilidade hídrica em termos de águassuperficiais na UGRHI-10 – Sorocaba/Médio Tietê, buscaram-se os dadosoperacionais das barragens controladas pela Eletropaulo e CESP, bem como depostos fluviométricos operados por CESP e CTH-DAEE. Além disso, foramestimadas vazões mínimas de sete dias consecutivos e período de retorno de dezanos (Q7,10), para diversos pontos da UGRHI-10, pela Metodologia daRegionalização Hidrológica, proposta pelo DAEE/CETESB.

A título de ilustração, a Figura 4.1 mostra um esquema unifilar das bacias dos RiosSorocaba e Médio Tietê, com a localização dos pontos da Rede de Monitoramentoda CETESB e os postos fluviométricos considerados no presente estudo. NoDesenho 05 é possível visualizar a localização destes pontos.


82

Figura 4 1. Esquema Unifilar – Bacia do Sorocaba/Médio Tietê


83

Pluviometria

Estações Pluviométricas

Foram levantados junto ao DAEE dados de 54 estações pluviométricas por eleoperadas na UGRHI-10, entre janeiro de 1985 e dezembro de 1995. Dessas, foramselecionadas, devido à sua distribuição espacial na área em estudo, oito estaçõescomo representativas das cinco sub-bacias consideradas. São essas estações:

Na Bacia do Rio Sorocaba:Estação E4-018 Bairro Iperó, em Araçoiaba da SerraEstação E4-023 Pirapitingui, em ItuEstação E4-036 Tatuí, em TatuíEstação E4-047 Ibiúna, em IbiúnaEstação E4-053 Bairro Represa, em Cerquilho

Na Bacia do Médio TietêEstação E4-030 Fazenda do Pinhal, em CabreúvaEstação D5-037 Anhembi, em AnhembiEstação D5-044 Fazenda do Barreiro Rico, em Anhembi

Os dados dessas oito estações, apresentados na forma de totais mensais precipitadosencontram-se no Quadro 4.5.

Quadro 4.5. Postos Pluviométricos-

Código do Posto Município Período de Dados EntidadeE4-018 Araçoiaba da Serra Jan/85 a Dez/95 DAEEE4-023 Itu Jan/85 a Dez/95 DAEEE4-036 Tatuí Jan/85 a Dez/95 DAEEE4-047 Ibiúna Jan/85 a Dez/95 DAEE


84

E4-053 Cerquilho Jan/85 a Dez/95 DAEEE4-030 Cabreúva Jan/85 a Dez/95 DAEED4-022 Laranjal Paulista 1956-1995

D5-009A Anhembi 1937-1949D5-010 Btucatu 1936-1955D5-012 Botucatu 1936-1947D5-019 Botucatu 1954-1997D5-029 Botucatu 1937-1997D5-032 Botucatu 1939-1951D5-037 Anhembi Jan/85 a Dez/95 DAEED5-044 Anhembi Jan/85 a Dez/95 DAEED5-056 Conchas 1966-1963D5-059 Botucatu 1966-1997D5-063 Botucotu 1970-1997D5-075 Botucatu 1970-1997D5-079 Botucatu 1972-1997D5-083 Anhembi 1973-1997D5-086 Anhembi 1984-1997E4-001 Piedade 1954-1997E4-002 Cabreúva 1936-1952E4-003 São Roque 1937-1950 DAEEE4-004 São Roque 1937-1950 DAEEE4-005 São Roque 1937-1955E4-006 São RoqueE4-008 Mairinque 1937-1949E4-009 São Roque 1938-1951 DAEEE4-010 Pereiras 1956-1997E4-012 Cotia 1936-1997 DAEEE4-016 Salto 1937-1952E4-017 Iperó 1937-1942 DAEEE4-019 Iperó 1957-1997

E4-019 A Iperó 1937-1942 DAEEE4-020 Tatuí 1954-1997 DAEEE4-022 Araçoiaba de Serra 1942-1963E4-023 Itu 1936-1997E4-024 Votorantim 1937-1971 DAEEE4-025 Salto de Pirapora 1937-1997E4-027 Piedade 1937-1972E4-030 Cabreúva 1964-1997E4-031 Alambari 1936-1997E4-034 Tatuí 1937-1970 DAEEE4-035 Itu 1936-1963E4-036 Tatuí 1939-1997 DAEEE4-040 Salto de Pirapora 1957-1964 DAEEE4-041 Mairinque 1940-1997 DAEEE4-043 Mairinque 1942-1997E4-045 Porto Feliz 1940-1961E4-046 Boituva 1941-1997E4-047 Ibiúna 1939-1997 DAEE


85

E4-048 Sorocaba 1944-1957 DAEEE4-049 Cesário Lange 1939-1997 DAEEE4-050 Laranjal Paulista 1943-1997 DAEEE4-051 Itu 1941-1952E4-053 Jurumirim 1941-1997 DAEEE4-054 Iperó 1942-1954 DAEEE4-056 Sorocaba 1961-1997 DAEEE4-057 Laranjal Paulista 1946-1969 DAEEE4-060 Piedade 1956-1968E4-061 Itu 1949-1964E4-064 Itu 1966-1973E4-101 Iperó 1966-1997 DAEEE4-116 Ibiúna 1969-1997E4-117 Capela do Alto 1970-1995E4-118 Porto Feliz 1970-1997E4-121 Boituva 1970-1997E4-122 Porto Feliz 1970-1997E4-125 Alumínio 1970-1997 DAEEE4-126 Araçoiaba da Serra 1970-1997E4-127 Salto 1971-1997E4-129 Araçariguama 1971-1997E4-130 Piedade 1971-1997E4-131 Ibiúna 1972-1997 DAEEE4-132 Piedade 1972-1997E4-138 Ibiúna 1972-1997 DAEEE5-001 Conchas 1956-1997E5-006 Porangaba 1941-1950E5-011 Itapetininga 1957-1966 DAEEE5-016 Bofete 1958-1997E5-023 Quadra 1939-1997 DAEEE5-062 Tatuí 1970-1997 DAEEE5-063 Porangaba 1970-1997E5-064 Bofete 1970-1997E5-069 Itapetininga 1945-1997 DAEE

Análise dos Dados Pluviométricos

Os dados das oito estações pluviométricas selecionadas foram representadosgraficamente. As precipitações médias de cada mês, para o período dos dadosfornecidos pelo DAEE (onze anos), foram comparadas às precipitações médiasmensais em 1995, para cada estação.


86

Sorocaba

A análise dos dados de precipitação de 1995 para o posto E4-047 (Município deIbiúna), representativo da sub-bacia do Alto Sorocaba, mostra que, em geral, oregime pluviométrico nesta região superou, mês a mês, a média dos últimos onzeanos, com exceções para os meses de maio, junho, agosto e setembro, períodoconvencionalmente chamado seco.Por sua vez, observa-se a partir dos dados coletados na estação pluviométrica E4-023 (sub-bacia do Sorocaba-Pirajibu), uma precipitação em janeiro/1995praticamente 100% superior à média de onze anos para aquele mês, com; valoressuperando as médias também nos demais meses do período chuvoso, exceto emmarço e outubro.

Em 1995, no período seco, os totais precipitados mensais foram superados, ouigualados, às médias de onze anos, exceto em abril e julho.

Na sub-bacia do Baixo Sorocaba foram analisados os dados pluviométricos dospostos E4-018, E4-036 e E4-053, localizados nos municípios de Araçoiaba da Serra,Tatuí e Cerquilho, respectivamente.

No posto E4-053 (Município de Cerquilho), os dados referentes às precipitaçõesmédias mensais, em 1995, revelam um ano chuvoso, em relação à média dos últimosonze anos.

Dos dados disponíveis no posto E4-018 (Araçoiaba da Serra), pode-se depreenderque, nos meses normalmente chuvosos, de novembro e dezembro, as médiasmensais de precipitação sequer foram atingidas. Tal diferença pode-se explicar pelagrande extensão da Bacia do Rio Sorocaba. De fato, neste posto ocorrem asmenores médias mensais de precipitação, entre as três estações pluviométricasanalisadas.

Também no posto E4-036 (Tatuí) as médias das precipitações mensais de novembroe dezembro dos últimos onze anos não foram excedidas em 1995. Em janeiro efevereiro, os totais mensais precipitados excederam em cerca de 40 e 50% as médiasde onze anos para estes meses. No período seco os totais precipitados mensaispraticamente acompanharam as médias históricas.Os gráficos a seguir mostram as precipitações médias nos postos E4-047 (AltoSorocaba), E4-023 (Sorocaba/Pirajibu), E4-053, E4-018 e E4-036 (BaixoSorocaba).


87

Gráfico 4.1. Precipitações Médias Mensais

Posto E4-047 - Alto Sorocaba (Município: Ibiúna)

0

50

100

150

200

250

300

350

mm

JAN FEV M AR ABR M AIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

m eses

1995

1985-1995


Posto E4-023 - Sorocaba - Parabiju (Município: Itu)

JAN

FEV

MAR

ABR

MAIO

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

m m

JAN

FEV

MAR

ABR

MAIO

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

meses

1995

1985-1995


88


Posto E4-053 - Baixo Sorocaba (Município: Cerquilho)

JAN

FEV

MAR

ABR

MAIO

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

0

50

100

150

200

250

300

m m

JAN

FEV

MAR

ABR

MAIO

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

meses

19951985-1995


Posto E4-018 - Baixo Sorocaba (Município: Araçoiaba da Serra)

JAN

FEV

MAR

ABR

MAIO

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

m m

JAN

FEV

MAR

ABR

MAIO

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

meses

1995

1985-1995


89


Posto E4-036 - Baixo Sorocaba (Município: Tatuí)

JAN

FEV

MAR

ABR

MAIO

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

0

50

100

150

200

250

300

350

m m

JAN

FEV

MAR

ABR

MAIO

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

meses

1995

1985-1995

Médio Tietê

Da observação dos dados da estação pluviométrica E4-030 (Cabreúva), eleita comorepresentativa das precipitações na bacia do Médio Tietê Superior, pode-sedepreender que os totais precipitados mensais em 1995, no período chuvoso,excederam as médias mensais dos últimos 11 anos, em até cerca de 60%, como nosmeses de fevereiro e março; no período de estiagem (abril e setembro) choveumenos que a média dos últimos onze anos, exceto em abril e julho.

Por sua vez, da análise dos dados de precipitação na bacia do Médio Tietê Inferior,representada pelas estações pluviométricas D5-037 e D5-044, ambas situadas noMunicípio de Anhembi, verifica-se notável precipitação no mês de fevereiro/1995,superando em cerca de 140 a 165% a média dos últimos onze anos para aquele mês;as precipitações mensais superam as médias de onze anos nos meses de janeiro,abril, julho e outubro e são superadas, ou no máximo igualadas, às médias mensaisde onze anos nos outros meses. Para o posto D5-044, só se dispõe dos dados deprecipitação entre janeiro e julho.

A partir do tratamento dos dados destas estações pluviométricas selecionadas, foramelaborados os gráficos das figuras a seguir.


90


Posto E4-030 - Médio Tietê Superior (Município: Cabreúva)

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

0

50

100

150

200

250

300

350

m m

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

meses

1995

1985-1995


Posto D5-044 - Médio Tietê Inferior (Município: Anhembi)

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

0

100

200

300

400

500

600

m m

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

meses

1995

1985-1995


91


Posto D5-037 - Médio Tietê Inferior (Município: Anhembi)

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

0

100

200

300

400

500

600

m m

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

meses

1995

1985-1995


92

Fluviometria

Estações Fluviométricas

Os dados de vazões dos rios Sorocaba e Tietê entre barramentos estão tabelados noQuadro 4.5., em valores médios mensais ocorridos nas respectivas estaçõesfluviométricas. Nos pontos de interesse intermediários entre as estações, as vazõesforam estimadas pela relação entre as áreas de drenagem do ponto e dos postosfluviométricos mais próximos, procedimento este aceitável tratando-se de valoresmédios mensais e áreas de drenagem da mesma ordem de grandeza. Os postosfluviométricos básicos utilizados nos estudos, foram os seguintes:

No Médio Tietê:Rio Tietê em TietêEntidade Operadora: CESPÁrea de drenagem: 9.390 km2

Rio Tietê em Laranjal PaulistaEntidade operadora: CESPÁrea de drenagem: 16500 km2

Na Bacia do Rio Sorocaba:Rio Sorocaba em Bairro Entre-RiosEntidade operadora: CESPÁrea de drenagem: 5.080 km2

Rio Sorocamirim em Paiol PequenoEntidade operadora: CTHÁrea de Drenagem: 324 km2

Quadro 4.5. Postos Fluviométricos

Código doPosto

Manancial Município A D.(Km2)

Período dedados

Entidade

4E-001 RioSorocaba

Laranjal Paulista 5531 1943-1979 IGG/DAEE

4E-004 Rio Sarapuí Tatuí 1542 1966-19974E-004 Rio

SorocabaTatuí 3942 1960-1997 DNAEE

4E-006 Rio Tatuí Tatuí 316 1972-19754E-016 Tatuí4E-018 Rio

SorocabaSorocaba

4E-019 RioSorocaba

Iperó 2018 1978-1997 DNAEE

5D-030 Rio Pardo Botucatu 128 1980-19845E-012 Rio do Peixe Conchas 548 1971-1997


93

Rio Tietê Tietê 9.390 CESPRio Tietê Laranjal Paulista 16.500 CESP

RioSorocaba

Bairro Entre-Rios

5.080 CESP

Sorocamirim Paiol Pequeno 324 CTH

Vazões Médias Observadas

Apresentam-se a seguir a análise das séries históricas de vazões registradas no RioSorocaba e no trecho do Rio Tietê correspondente à UGRHI-10.

Bacia do Rio Sorocaba

O regime hidráulico do Rio Sorocaba é caracterizado pela presença do Reservatóriode Itupararanga, que exerce um poder de regularização substancial na cabeceira dorio, controlando as vazões de cerca de 16% do total da bacia. Para a análise dasvazões foram tomados três pontos de medição que registram descargas de naturezasdiversas. São eles:

• Rio Sorocamirim em Paiol Pequeno, no município de Ibiúna, operado pelo CTH• Rio Sorocaba em Usina Itupararanga, no município de Votorantim, operado pela

CBA• Rio Sorocaba em Bairro Entre Rios, no município de Laranjal Paulista, operado

pela CESPO Posto Paiol Pequeno registra as vazões naturais das cabeceiras do Rio Sorocaba, amontante do Reservatório de Itupararanga. As vazões efluentes da RepresaItupararanga representam as vazões iniciais da porção regularizada do Rio Sorocaba.O Posto Bairro Entre Rios, já próximo à confluência com o Rio Tietê registra,praticamente, as vazões totais do Rio Sorocaba que podem ser consideradas cerca de85% naturais e 15% regularizadas.

O Posto Bairro Entre Rios e a Represa Itupararanga contam com histórico de dadosextensos e contínuos. O Posto Paiol Pequeno teve seu início de operação em 1980 eapresenta ao longo de seu histórico diversas falhas. Considerando-se o histórico dedados dos três pontos e a disponibilidade de dados consistidos junto às entidadesoperadoras, foi admitido como período comum na análise dos dados ocorrespondente a 1981-1992.

Nos Gráficos 4.11. e 4.12., observa-se nítida semelhança entre as evoluções dasvazões naturais do posto Paiol Pequeno e as vazões regularizadas do Posto EntreRios. Nesse caso, as médias e máximas vazões médias mensais do Posto BairroEntre Rios não são afetadas pelas descargas liberadas pela Usina Itupararangadevido à significativa contribuição natural da área compreendida entre o posto e abarragem. Já em relação à evolução mostrada no Gráfico 4.13., constata-se que asvazões mensais mínimas naturais de Paiol Pequeno são bem mais rigorosas que asde Entre Rios, demonstrando os efeitos da regularização nos meses mais secos.Observa-se que o ano de 1983, que pode ser considerado hidrologicamente atípico,


94

foi excluído dessas análises, principalmente em função dos elevados valores devazão verificados nos meses de junho, julho e agosto.

O Gráfico 4.14. apresenta a evolução das vazões médias anuais do Rio Sorocaba. Asemelhança entre as três curvas indica que a regularização do rio em termos anuais,pode ser considerada desprezível. As descargas liberadas pela Usina deItupararanga, que seguem a tendência dos postos fluviométricos de jusante emontante podem ser consideradas, praticamente, como as vazões naturais da áreadrenada no local da barragem.

O Quadro 4.3. a seguir apresenta as vazões específicas médias dos três pontosconsiderados no estudo no período 1981-1992:

Quadro 4.3. Vazões específicas (L/s/Km²) no Rio Sorocaba

Local Vazão Específica (L/s/km²)

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

Média

Paiol Pequeno(ad=324 km²)

9.6 17.0

32.8

12.6

7.1 11.7

17.4

15.4

17.3

13.4

21.7

12.5

15.7

RepresaItupararanga(ad=851 km²)

8.9 19.1

41.8

16.0

10.1

7.3 17.3

13.9

18.8

13.2

21.7

13.8

16.8

Laranjal Paulista(ad= 5.080 km²)

6.5 15.2

33.5

10.2

7.0 7.2 13.8

13.0

17.6

10.7

20.1

10.8

13.8

Gráfico 4.11. Evolução das máximas vazões médias mensais

(Rio Sorocaba - Período 1981-1992)

1

10

100

1000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

VAZÃ

O (m

³/s)

Paiol Pequeno Represa Itupararanga Entre Rios


95

Gráfico 4.12. Evolução das vazões médias

(Rio Sorocaba - Período 1981 a 1992)

1

10

100


VAZÃO(m³/s)


Gráfico 4.13. Evolução das mínimas vazões médias mensais

(Rio Sorocaba - Período 1981-1992)

0,1

1

10

100


VAZÃ

O (m

³/s)



96

Gráfico 4.14. Evolução das vazões médias anuais

(Bacia do Rio Sorocaba - Período 1981-1992)

1,00

10,00

100,00

1000,00

1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992

VAZÃ

O (m

³/s)

Paiol Pequeno Represa Itupararanga Entre Rios Médias

Bacia do Médio Tietê Superior

O regime de vazões do Rio Tietê, correspondente à UGRHI-10, é afetado por umasérie de interferências ocorridas a montante da Barragem de Pirapora, entre as quaisdestacam-se como mais significativas, as promovidas pelo Sistema Tietê-Billings eas reversões efetuadas pelos sistemas produtores da SABESP para o abastecimentoda Região Metropolitana da Grande São Paulo.

Para a análise das vazões do trecho em estudo foram considerados três pontos demedição, quais sejam:

• Reservatório de Pirapora• Posto fluviométrico Tietê, no município de Tietê, operado pela CESP• Posto fluviométrico Laranjal Paulista, em Laranjal Paulista, operado pela CESP

As vazões liberadas pelo Reservatório de Pirapora correspondem às afluentesiniciais do Rio Tietê no trecho em estudo. O posto fluviométrico Tietê registra asvazões do Rio Tietê a jusante da confluência com o Rio Jundiaí. As vazões do postoLaranjal Paulista, o mais a jusante, representam as vazões do Rio Tietêimediatamente antes do Reservatório de Barra Bonita, já acrescidas dascontribuições dos Rios Tietê, Sorocaba e Capivari.Todos esses pontos dispõem de períodos de observação extensos. Para o presenteestudo, adotou-se como representativo das condições hidráulicas mais recentes dabacia, o período 1985-1995.

Nos Gráficos 4.15., 4.16. e 4.17 estão ilustrados as evoluções sazonais das vazõesdo Rio Tietê para , respectivamente, as máximas, médias e mínimas médias mensais


97

observadas no período. Em todos esses histogramas pode-se observar bastantesemelhança nas curvas dos três pontos.

O Gráfico 4.18, por sua vez, compara em um fluviograma, as vazões médias diáriasafluentes e efluentes ao reservatório de Pirapora durante o período mais crítico decheias dos últimos dez anos, que corresponde aos meses de janeiro e fevereiro de1995.

Para a análise da influência das regras operacionais do Sistema Tietê-Billings sobreo regime hidráulico do Tietê Médio Superior, foi elaborado um histograma querepresenta a evolução sazonal das vazões médias mensais do rio, no município deTietê e em Laranjal Paulista, antes e após às Resoluções SMA-SES nº 03/92 e SEE-SMA-SRHSO-1. Como já foi abordado no Capítulo 1 desse relatório, essasResoluções implicaram em que, a partir de outubro de 1992, com exceção dealgumas situações específicas, toda a água disponível na Bacia do Alto Tietêseguisse seu curso natural, em direção ao interior do Estado, para impedir oagravamento das condições sanitárias da Represa Billings.O Gráfico 4.19. mostra que, durante a Operação Balanceada, quando quantidadessemelhantes de água eram conduzidas à Represa Billings e à Bacia do Médio Tietê,as vazões registradas em Tietê eram, durante os períodos mais secos do ano,consideravelmente menores que as atuais, indicando a influência da reversão departe das águas da bacia. Já em Laranjal Paulista, como a contribuição natural daárea drenada no trecho compreendido entre o posto fluviométrico e a Barragem dePirapora é bastante significativa, a influência das regras operacionais é bem menosevidente.

No Gráfico 4.20., as evoluções das vazões médias mensais efluentes de Pirapora eregistradas em Tietê e Laranjal Paulista caracterizam o ano de 1986 como o maisseco e o de 1995 como o mais chuvoso do período. Considerando-se a magnitudedas áreas drenadas naturais de Laranjal Paulista e Tietê, a semelhança verificadaentre as evoluções das vazões dos postos fluviométricos e das descargas dePirapora sugere que, apesar de todas as influências da RMSP, as vazões iniciais doMédio Tietê Superior obedecem, tanto em termos mensais como anuais, a umregime hidrológico semelhante ao restante da bacia.

No Quadro 4.4. apresentado a seguir, mostra-se as vazões específicas médias anuaisdos três pontos de medição. Considerando a natureza das vazões efluentes dePirapora, para eliminar os efeitos das interferências do Alto Tietê e ZonaMetropolitana, mostram-se também as contribuições específicas das baciasintermediárias entre os postos fluviométricos e o barramento, que representam asvazões naturais dos trechos.


98

Quadro 4.14. Vazões específicas (L/s/Km²) - Médio Tietê

Local Vazão Específica (L/s/km²)

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

Média

Pirapora (ad=5.773km²)

9.0 5.0 11.9

11.9

12.2

11.2

16.1

14.0

21.4

19.8

25.8

14.4

Tietê (ad= 9.390 km²) 7.8 5.4 12.1

10.6

12.4

10.1

15.3

11.4

17.2

15.2

21.1

12.6

Laranjal Paulista(ad=16.500 km²)

7.2 5.9 12.8

10.8

13.4

9.8 15.9

10.6

14.9

11.5

17.7

11.9

Tietê-Pirapora(ad= 3.617 km²)

5.9 6.1 12.4

8.7 12.7

8.4 14.2

7.4 10.7

7.9 13.6

9.8

Laranjal Paulista(ad=10.727 km²)

6.2 6.4 13.4

10.2

14.1

9.1 15.8

8.7 11.4

7.0 13.4

10.5

Gráfico 4.15. Máximas vazões médias mensais

(Médio Tietê Superior - Período 1985-1995)

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900


VAZÃ

O (m

³/s)

Pirapora Laranjal Paulista Tietê


99

Gráfico 4.16. Vazões médias mensais


0

50

100

150

200

250

300

350

400


VAZÃ

O (m

³/s)


Gráfico 4.17. Mínimas vazões mensais


0

20

40

60

80

100

120

140

160

180


VAZÃO(m³/s)



100

Gráfico 4.18. Vazões médias diárias em Pirapora

(Meses de janeiro e fevereiro de 1995)

0

100

200

300

400

500

600

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 janeiro < > fevereiro

VAZÃ

O (m

³/s)

VAZÃO AFLUENTE VAZÃO EFLUENTE

Gráfico 4.19. Evolução das vazões médias mensais do Rio Tietê

(durante as operações Balanceadas (jan/97 a set/92) e a imposta pelo Artigo 46(após set/92))

0

100

200

300

400

500

600

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV

VAZÃ

O (m

³/s)

Tietê (Op.Balanceada) Tietê (Artigo 46)Laranjal Paulista (Op.balanceada) Laranjal paulista (Artigo 46)Pirapora (Op.Balanceada) Pirapora (Artigo 46)


101

Gráfico 4.20. Evoluções das vazões médias anuais


10

60

110

160

210

260

310

1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995

VAZÕ

ES (m

³/s)

Pirapora Tietê Laranjal Paulista MÉDIAS

Estimativa de Vazões - Método da Regionalização Hidrológica

A existência de dados históricos de vazões é de inestimável valor nos estudos dequalidade de água e de estatísticas de vazões máximas, médias e mínimas. Contudo,nem sempre é possível dispor de dados coletados em campo, dada a dificuldade dese manter em operação uma razoável rede hidrométrica.

Para cursos d'água onde não há estações fluviométricas, vazões médias de longotermo (MLT) e vazões mínimas de sete dias consecutivos com período de retorno dedez anos (Q7,10), foram aqui estimadas conforme a Metodologia da RegionalizaçãoHidrológica, proposta pelo DAEE/CETESB.

Esta metodologia possibilita a estimativa da disponibilidade hídrica nas baciashidrográficas do Estado de São Paulo, com base em uma análise estatística eprobabilística de dados de águas subterrâneas, precipitações e deflúviosconvenientemente representada por vinte e uma regiões hidrologicamentehomogêneas. Assim, a partir do conhecimento da posição da bacia em estudo e suaárea de drenagem, podem-se estimar suas vazões características correspondentes, ouseja, médias de longo período e mínimas de sete dias consecutivos. Fruto daaplicação desta metodologia são as vazões apresentadas no Quadro 4.5.

A aplicação desta estimativa apresenta limitações quanto a área de drenagem deuma dada bacia em estudo (máxima recomendada em torno de 5.000 Km²),devendo-se também levar em conta que os dados assim gerados contêmaproximações, pois:• a precipitação considerada nos cálculos é obtida de uma carta de isoietas,

elaborada com dados de estações pluviométricas que procuram representar asprecipitações ocorridas naquela bacia;


102

• a bacia hidrográfica em estudo é inserida em uma das sub-regiões do Estado comcaracterísticas hidrologicamente semelhantes, às quais são atribuídos parâmetrosque modificam a vazão gerada por uma precipitação;

• a metodologia é baseada em estudos estatísticos e probabilísticos;• a planimetria das áreas de drenagem, bem como a delimitação de cada bacia em

estudo, são realizadas em cartas geográficas, onde a respectiva escala permitirámaior ou menor precisão nos resultados.

Além disso, devido ao regime de operação em cursos d'água com barramentos,como é o caso do Médio Tietê e do Sorocaba, as vazões mínimas de sete diasconsecutivos passam a ser função das vazões efetivamente descarregadas pelosbarramentos. Nesses casos, estimar a vazão pelo Método da RegionalizaçãoHidrológica sem considerar as descargas nos barramentos pode induzir a um erroimportante. Como procedimento correto, deve-se considerar como básica a vazãomínima liberada no barramento e acrescentar-se a vazão remanescente, estimada nospontos de interesse a partir da área de drenagem de cada ponto, descontada a área dedrenagem do reservatório contido pelo barramento.

Por essa razão, no corpo principal do Rio Tietê as vazões mínimas médias mensais emédias médias mensais de longo período consideradas foram aquelas obtidas dasséries referentes às estações fluviométricas, que representam mais fielmente asvazões de fato ocorridas. Nos seus afluentes, as vazões mínimas de sete diasconsecutivos foram estimadas segundo a Metodologia da RegionalizaçãoHidrológica.

No Rio Sorocaba (corpo principal) foi considerada a vazão básica liberada narepresa de Itupararanga (vazão média mínima ou média média efluente), fornecidapela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). A essa vazão básica foramacrescidas as vazões nos diversos pontos de interesse calculadas pelo Método daRegionalização Hidrológica, descontada a área de drenagem do Reservatório deItupararanga. Nos afluentes do Rio Sorocaba, aplicou-se o Método daRegionalização Hidrológica.

As considerações acima também são válidas no caso das vazões médias plurianuais(MLT), da mesma forma passíveis de determinação pela Metodologia daRegionalização Hidrológica, porém preteridas em se tratando do corpo principal doRio Tietê, em favor das médias obtidas das séries históricas das estaçõesfluviométricas em operação.

As vazões médias plurianuais e mínimas de sete dias consecutivos para os limitesdas sub-bacias definidas no presente estudo são apresentadas no Quadro 4.6., combase na relação entre as respectivas áreas de drenagem.

Cabe ressaltar que os dados de vazão média mensal mínima e média plurianual parao Alto Sorocaba, na tabela acima, foram obtidos de informações fornecidas pelaCompanhia Brasileira de Alumínio com base na operação da barragem deItupararanga.

Os dados de Q7,10 e vazão média plurianual para os limites das sub-baciasSorocaba/Pirajibu e Baixo Sorocaba foram obtidos por relação de áreas dedrenagem com pontos de vazões conhecidas constantes do Quadro 4.6.


103

Os dados de vazão média mensal mínima e média plurianual para o Médio Tietêforam obtidos através dos dados da estação fluviométrica Laranjal Paulista, porrelação entre áreas de drenagem, e dos dados operacionais da barragem de BarraBonita, ambos operados pela CESP.

Quadro 4.5. Vazões Mínimas de Sete Dias Consecutivas e Período de Retornode Dez Anos (Q7,10) e Médias de Longo Período estimadas pela Metodologia

de Regionalização Hidrológica

P o ntoÁ rea de D renagem

(Km ²)

Q 7,10

M étodo da R egiona- lização H idrológica

(m ³/s)

Vazão M édia de Longo P eríodo

(m ³/s)

Rib. Araçariguam a (Foz) 30 0,07 0,33

Rib. Guaiaú (Foz) 27 0,06 0,27

Rib. M om baça (Foz) 213 0,45 2,16

Córrego Taquaral (Foz) 17,1 0,03 0,12

Rib. Pirapitingui (Foz) 143 0,3 1,41

Rib. Pau D'A lho (Boituva-Foz) 54,2 0,08 0,39

Rib. da Serra (Foz) 25 0,04 0,18

Rio Quilom bo (Foz) 168 0,25 1,21

Rio de Conchas (Foz) 446 0,76 3,61

Rio Araquá (Foz) 326 0,73 3,51

Rio Cam apuã (Foz) 76 0,11 0,54

Rio Alam bari (Foz) 297 0,58 2,75

Rio do P eixe (Foz) 1.095 2,14 10,2

Rio Lavapés (Foz) 374 0,78 3,71

Rio Sorocabuçu (Foz) 203 0,63 2,99

Perfil Sanitário 5 1,041 5,21 14,39





Ribeirão Varjão (Foz) 108 0,25 1,21

Rib. da Tapera Grande (Foz) 37 0,08 0,37

Rio Pirajibu (Foz) 414 0,9 4,32

R. Sorocaba (Jus. Pirajibu) 1.519 6,39 20,03

Perfil Sanitário 10 4.295 11,82 45,93

Perfil Sanitário 11 5.080 13,44 53,68

Rio Tatuí (Foz) 346 0,55 2,63

Rio Pirapora (Foz) 476 1,01 4,8

Rio Sarapuí (Foz) 1.769 3,12 14,88

Rio Jundiaí (Foz) 1.106 2,12 10,1

M édio Tietê Superior

M édio Tietê Inferior

A lto Soro caba

Sorocaba/P irajibu

B aixo Sorocaba

Extra UG R H I-10

Fonte: DAEE/CETESB, 1996


104

B. Usos dos recursos hídricos e demandas

Demandas Públicas

As demandas para abastecimento público mediante a captação de águas superficiaisna UGRHI-10 totalizam 10.777,3 m³/h (vazão média de 24 horas). Observa-se aindaque o abastecimento público de 07 municípios se dá exclusivamente pelo uso deáguas subterrâneas, enquanto outros 14 municípios são abastecidos por captaçãomista. Segundo dados levantados junto aos municípios e à SABESP, que constam doSistema de Informações Municipais sobre Recursos Hídricos e SaneamentoAmbiental, a vazão total captada em poços é de 1.523,4 m³/h.

As vazões de lançamento público somam 8.190,0 m³/h. Da análise da Tabela V.8merece destaque o balanço das vazões captadas e lançadas nas sub-bacias do AltoSorocaba e Sorocaba/Pirajibu.

A sub-bacia do Alto Sorocaba fornece 5.625,0 m³/h (média diária) para oabastecimento urbano, revestindo-se de importância regional enquanto manancial deabastecimento. A represa de Itupararanga abastece os municípios de Ibiúna (AltoSorocaba), Sorocaba, Mairinque e Votorantim (Sorocaba/Pirajibu), enquanto que osrios Sorocamirim e Sorocabuçu, formadores desta represa, abastecem os municípiosde Ibiúna e São Roque, respectivamente, estando este último situado na sub-baciado Médio Tietê Superior. Observa-se que as vazões de lançamento (120 m³/h) sãomuito inferiores àquelas captadas, na medida que, os lançamentos se dão em outrassub-bacias.

Da sub-bacia do Sorocaba/Pirajibu são retirados 1.465,3 m³/h de água paraabastecimento público. Por concentrar o maior contingente populacional daUGRHI-10, apresenta a maior vazão de lançamento urbano (3.478,4 m³/h),correspondendo a 42,5 % do total. Deve-se observar que as vazões de captação sãoinferiores às de lançamento em virtude dos municípios de Sorocaba e Mairinquecaptarem água na Represa de Itupararanga (Alto Sorocaba). Situação análoga ocorrenas sub-bacias do Médio Tietê Superior e Inferior, tendo-se, naquele primeiro, que oMunicípio de São Roque capta no Alto Sorocaba, enquanto que no Médio TietêInferior, o Município de Botucatu importa água da UGRHI-17 (MédioParanapanema). Nesta análise deve-se considerar a utilização das águassubterrâneas para o abastecimento público, conforme já ressaltado anteriormente.

Cabe registrar que foram identificados, a partir das informações coletadas junto aosmunicípios e SABESP pontos de captação e lançamento que estão em fase deanálise para emissão de outorga pelo DAEE. Estes pontos estão indicados nosdiagramas unifilares. Volume I de Anexos


105

Demanda Industrial

A Tabela V.8 mostra que a demanda para abastecimento industrial na UGRHI-10 éde 14.715,06 m³/h. Na sub-bacia do Médio Tietê Superior esta demanda é de2.309,22 m³/h, sendo a Usina Santa Rosa (1.160 m³/h), produtora de açúcar e álcool,responsável por 50,2 % do consumo. No Sorocaba/Pirajibu destaca-se a vazãocaptada pela Companhia Brasileira de Alumínio (580 m³/h) que corresponde a 37,8% do total captado nesta sub-bacia. A Usina Santa Maria de Açúcar e Álcool (6.000m³/h) e a Oriento Indústria e Comércio (2.150 m³/h) respondem pelo consumo de95% do total da água consumida na sub-bacia do Baixo Sorocaba.

Os lançamentos industriais, por sua vez, totalizam 11.067,08 m³/h e são, em geral,compatíveis com os volumes de água captados.

Demandas para Irrigação

A quantidade de água que uma plantação consome varia, em geral, com o tipo decultura, seu estágio de desenvolvimento, clima da região e época de cultivo. Aságuas das chuvas podem atender total ou parcialmente essa demanda, tendo-se,neste último caso, a necessidade da irrigação. Na UGRHI-10 tem-se um total de38.301,26 ha de área irrigada, segundo dados fornecidos pela Secretaria daAgricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, através da DIRA - Sorocaba.

Constatou-se que é precário o conhecimento sobre o uso da irrigação na Bacia, nãoexistindo um cadastro de irrigantes. Os dados constantes do cadastro de outorgas doDAEE expressam, apenas, os usuários que individualmente legalizaram suascaptações.

A falta de informações mais precisas sobre as demandas neste segmento épreocupante , visto que o retorno para os cursos d'água, da água utilizada nairrigação é praticamente nulo. Existem casos isolados, mas expressivos na bacia,onde a demanda para irrigação já se conflita com a demanda urbana.

Tem-se ainda que, de acordo com os dados fornecidos pela Companhia Brasileira deAlumínio (CBA), são captados 468 m³/h de água para irrigação, na Represa deItupararanga, utilizando-se de 27 moto bombas, com tubulação de diâmetro de 5”em média.

Importação/Exportação de Água

As importações/exportações de água entre as sub-bacias que integram a UGRHI-10foram evidenciadas nos itens anteriores. Verifica-se, no entanto, a ocorrência deimportação de água de outras UGRHIs para a UGRHI-10, de acordo com dadosfornecidos pela SABESP.

O abastecimento público de Município de Botucatu é realizado através de captaçãode água no Rio Pardo, localizado na Bacia do Médio Paranapanema (UGRHI-17).Esta captação, segundo a SABESP, é da ordem de 1.134,04 m³/h, tendo-se que o


106

lançamento dos efluentes gerados neste município se dá na sub-bacia do MédioTietê Inferior.

Situação análoga ocorre no Município de Vargem Grande Paulista, que segundo amesma fonte, capta as águas para abastecimento público no rio Cotia (131,08 m³/h),situado na UGRHI-06-Alto Tietê, e lança seus efluentes “in natura” no córregoVargem Grande, afluente do rio Sorocamirim, na sub-bacia do Alto Sorocaba.

O Município de Salto, por sua vez, se abastece no rio Piraí e no ribeirão Conceição,ambos situados na Bacia do Rio Jundiaí-UGRHI-06. Os efluentes urbanos sãolançados no próprio rio Jundiaí, e ainda no rio Tietê.

Vale ressaltar que a coleta e tratamento dos esgotos deste Município têm sidolevado a efeito no âmbito do CERJU - Comitê Executivo de Recuperação do RioJundiaí, integrado ao Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Jundiaíe Capivari (CBH-PCJ).

Discriminação das Outorgas de Uso

Cabe ao DAEE emitir as outorgas para o uso dos recursos hídricos superficiais esubterrâneos no Estado de São Paulo. Estas outorgas são concedidas através deportarias de concessão para o caso de utilidade pública, com período de dez anos,ou portarias de autorização administrativa para usos privados, períodos de cincoanos.

Dados fornecidos pelo DAEE indicam a existência de 336 processos de solicitaçãode outorga de uso na UGRHI-10, distribuídos nas seguintes condições: outorgasconcedidas; aguardando publicação de portaria no Diário Oficial do Estado;aguardando inspeção do DAEE e aguardando documentação complementar. Sãodiscriminadas nas Tabelas V.10 e V.11 as outorgas de uso concedidas pelo DAEEnos anos de 1994 e 1995. Verifica-se que em 1995 houve um significativo aumentono número de outorgas concedidas, tanto sob o ponto de vista numérico, quanto dasvazões captadas e lançadas. Não estão inclusos os processos referentes ao uso daságuas subterrâneas.

Merece registrar que não foram concedidas outorgas para uso público, nos anos de1994 e 1995.


107

Tabela 4.1 - Outorgas Concedidas - 1994

Uso Público Uso Privado

Captação

Lança-mento

Captação Lança-mento

Barra- Outros

PoçoRaso

Sub-bacias Nº Q(m³/

h)

Nº Q(m³/h

)

Nº Qm³/h)

Nº Q(m³/

h)

mento

Nº Q(m³/

h)

Médio TietêSuperior

--- --- --- --- 2 121,3 2 142 1 --- 1 0,58

Médio TietêInferior

--- --- --- --- --- --- --- --- --- --- ---

Alto Sorocaba --- --- --- --- 1 1,88 --- --- 2 --- ---

Sorocaba/Pirajibu

--- --- --- --- 3 128,2 3 38 1 --- ---

Baixo Sorocaba --- --- --- --- --- --- --- --- 2 --- ---

Total --- --- --- --- 6 251,4 5 180 6 --- 1 0,58

Obs.: Q = VazãoFonte: DAEE,1996

Tabela 4.2 - Outorgas Concedidas - 1995

Uso Público Uso Privado

Captação

Lança-mento

Captação Lança-mento Bar

ra-

Outros

Poço Raso

Sub-bacias Nº Q(m³/

h)

Nº Q(m³/h

)

Nº Qm³/h)

Nº Q(m³/h)

mento

Nº Q(m³/h

)


--- --- --- --- 3 219,6 2 160 1 3 --- ---


--- --- --- --- --- --- --- --- --- --- ---

Alto Sorocaba --- --- --- --- 2 25,5 1 8,25 1 1 ---


108

Sorocaba/Pirajibu

--- --- --- --- 4 1.604 2 1.586 4 --- ---

Baixo Sorocaba --- --- --- --- 7 140 2 100,42 4 1 ---

Total --- --- --- --- 16 1.989,1 7 1.854,7 10 5 --- ---

Obs.: Q = Vazão

Fonte : DAEE, 1996


109

Usos Não Consuntivos

Geração de Energia Elétrica

Foram identificadas na Bacia sete aproveitamentos hidrelétricos, com potênciainstalada de 237,46 Mw. A Tabela V.11 apresenta estas usinas hidrelétricas, suasrespectivas potências instaladas e energia firme.

Tabela 4.3 - Usinas Hidrelétricas: Potências Instaladas e Energia Firme

Sub-bacia U H EMunicípios

atingidos peloReservatório

PotênciaInstalad

a(MW)

EnergiaFirme Média

(MW/H)

Rasgão (2) Pirapora do BomJesus

23,6 ----


Porto Góes (2) Salto 11,0 4.0

Usina SãoPedro(5)

Itu 1,2 1,0


B. Bonita (1)

BotucatuAnhembiConchas

L. Paulista140,76 32

Alto Sorocaba Itupararanga(4)

Ibiúna, Piedade,São Roque,Mairinque,

Votorantim eAlumínio

55,0 17,4

Sorocaba /Pirajibu

Sta. Helena(3)

Votorantim 2,3 1,3

Votorantim(3)

Votorantim 3,0 1,5

BaixoSorocaba

Piedade (3) Piedade 0,6 0,3

Total 237,46 57,5

Fonte: (1) CESP/ (2) ELETROPAULO/ (3) Núcleo Engenharia/ (4) CBA/ (5)Cia. de Fiação e Tecelagem São Pedro

Regularização de Vazões

Entre os diversos reservatórios instalados na Bacia do Rio Sorocaba, destaca-secomo o mais importante, pelo porte e pela capacidade de regularização, a


110

Reservatório de Itupararanga. Utilizado atualmente para gerar energia para a CBA -Companhia Brasileira de Alumínio, altera todo o comportamento hidráulico do RioSorocaba, principalmente em função de sua localização, nas cabeceiras do RioSorocaba, seu expressivo volume de armazenamento e sua área de drenagem, quechega a controlar cerca de 1/6 da bacia. Apesar da influência de suas descargas sermais intensa no trecho do Rio Sorocaba a montante da confluência do Rio Sarapuí,durante as épocas de estiagem, chega a influenciar até as vazões em LaranjalPaulista, onde a área drenada corresponde, na prática, á área total da Bacia do RioSorocaba.

No Rio Tietê, em seu trecho Médio Superior, o reservatório com maior capacidadede reservação é o de Pirapora que, concebido originalmente para funcionar emconjunto com a usina reversível de Edgard de Souza no reforço da vazão disponívelem Henry Borden, atualmente tem como finalidade principal, amortecer enchentesafluentes à Bacia do Médio Tietê.

Navegação Fluvial

A navegação no rio Tietê vem sendo objeto de investimentos pelo Governo doEstado de São Paulo desde 1950. No final de 1990, tornou-se possível a navegaçãono Tietê, desde o Município de Conchas (situado na sub-bacia do Médio TietêInferior) ao reservatório de Três Irmãos (Estado de São Paulo), e a São Simão, noRio Parnaíba.

De acordo com dados fornecidos pela CESP, o trecho do rio Tietê entre a sua foz,no Rio Paraná, até o reservatório de Barra Bonita possui 790 Km navegáveis,verificando-se uma carga transportada de 8,0 milhões de toneladas, em 1994. Abarragem deste reservatório é dotada de uma eclusa (12,5 m de largura e 148,0 m decomprimento), permitindo a navegação no seu corpo central, situado no Médio TietêInferior.

O Terminal Intermodal de Conchas, em fase de construção pela CompanhiaNacional de Armazéns Gerais Alfandegários, situado nas margens do rio Tietê, emseu trecho navegável, acarretará maior dinamismo à região, permitindo, inclusive,que seus produtos sejam exportados para os países integrantes do MERCOSUL. ODesenho 08 mostra o trecho navegável do rio Tietê.

Recreação e Lazer

A recreação e o lazer constituem-se em usos importantes das águas, emboraverifique-se uma escassez de áreas dotadas de infra-estrutura necessária paraproporcionar entretenimento e contato com a natureza. Os lagos constituem-se empotencial de lazer das comunidades locais.

Na UGRHI-10, a partir das informações levantadas junto aos municípios, constatou-se que o reservatório de Itupararanga constitui-se como área de recreação e lazerimportante para a população dos municípios da sua área de drenagem ecircunvizinhos (Ibiúna, São Roque, Alumínio, Mairinque, Sorocaba, Votorantim ePiedade). São comuns no entorno deste lago os loteamentos e chácaras de lazer,destinadas às estadias de final de semana. Identificaram-se, ainda, pequenos lagos


111

situados nos municípios de Araçoiaba da Serra e Sarapuí, como locais de lazer dapopulação local.

Existem ainda na região parques e outras áreas naturais relevantes que são utilizadascomo área de lazer, onde os corpos d’água disponíveis são utilizados para o lazercontemplativo. A título de exemplo pode-se citar o Parque dos Varvitos (Itu), e aFloresta Nacional de Ipanema (Iperó).

O reservatório de Barra Bonita constitui-se em alternativa importante de recreação elazer para a população dos municípios de Botucatu e Anhembi, além de outrosmunicípios da região.


112

C BALANÇO DE DEMANDA EDISPONIBILIDADECom o fito de avaliar quantitativamente a disponibilidade de água na UGRHI-10,foram contabilizadas as vazões captadas, lançadas e estimadas por sub-bacia e emalguns afluentes. As vazões captadas e lançadas são aquelas apresentadas peloDAEE, como médias de 24 h, e estão sendo comparadas com vazões médias delongo período e mínimas médias mensais, calculadas a partir de dados de estaçõesfluviométricas ou, na ausência de tais informações, com as vazões médiasplurianuais e mínimas de sete dias consecutivos com período de retorno de dez anos(Q7,10) estimadas pelo Método de Regionalização Hidrológica, proposto peloDAEE/CETESB. Os dados obtidos são apresentados na Tabela V.12 e Figura V.31.

As vazões excedentes se configuram como aquelas teoricamente disponíveis emcada sub-bacia e foram obtidas a partir dos resultados da equação matemáticaapresentada a seguir.

Qexc. = Qestim. - (Qcapt. - Qlanc.) onde:

Qexc. = vazão excedenteQestim. = vazão estimadaQcapt.= vazão captadaQlanc.= vazão lançada

Os dados que constam da Tabela 4.5 indicam que na Bacia do Rio Sorocaba, nostrês trechos analisados, a disponibilidade hídrica supera com boa margem as vazõesde captação. Estas representam até 12,0% da vazão estimada na região dascabeceiras (reservatório de Itupararanga), ao se considerar a vazão média plurianual,crescendo para aproximadamente 33,4% da vazão estimada, no caso de seconsiderar a vazão Q7,10.

Na sub-bacia do Sorocaba/Pirajibu as vazões de captação situam-se entre 3,0% e9,40% das vazões médias plurianuais e Q7,10 respectivamente, enquanto que noBaixo Sorocaba as captações respondem por 5,4% das vazões médias plurianuais e21,3% das vazões mínimas (Q7,10.).

No Médio Tietê Superior, as vazões captadas representam desde 0,6% da vazãomédia de longo termo (MLT), até 7,1 % da mínima média mensal. As captações nasub-bacia do Médio Tietê Inferior, respondem por 0,2% das vazões médias de longotermo, ou 0,6% das vazões mínimas. Deve-se observar que no cálculo das vazõesexcedentes no Médio Tietê Superior foram computadas as vazões lançadas nos riosCapivari e Jundiaí.


113

Tabela 4.5 - Balanço Demanda x Disponibilidade Hídrica - Rio Sorocaba

Sub-baciaQ

Captada (m³/h)

QLançada (m³/h)

QEstimada

Média(m³/h)

QExcedente

Média(m³/h)

QEstimada

(Q7,10)(m³/h)

QExcedente (Q7,10)

(m³/h)


3.675,44

3.591,47

577.728,00

577.644,03

51.840,00

51.756,03


2.507,30

2.937,37

1.568.711,70

1.569.141,77

429.840,00

430.270,07

Alto Sorocaba 5.651,50

496,40 45.452,50 40.297,40 16.920,00

11.764,90

Sorocaba/Pirajibu

3.001,26

5.105,53

100.870,00

102.974,27

31.896,00

34.000,27

Baixo Sorocaba 10.690,69

7.128,37

199.633,80

196.071,48

50.184,00

46.621,68

Fonte: DAEE/CETESB,1996


114

Figura 4.6- Vazões por Sub-Bacia


0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

Q C

apta

da(m

³/h)

Q L

ança

da(m

³/h)

Q E

stim

ada

Méd

ia (m

³/h)

Q E

xced

ente

Méd

ia (m

³/h)

Q E

stim

ada

(Q7,

10)

(m³/h

)

Q E

xced

ente

(Q7,

10)

(m³/h

)

Vazões

m³/h


0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

Q C

apta

da(m

³/h)

Q L

ança

da(m

³/h)

Q E

stim

ada

Méd

ia (m

³/h)

Q E

xced

ente

Méd

ia (m

³/h)

Q E

stim

ada

(Q7,

10)

(m³/h

)

Q E

xced

ente

(Q7,

10)

(m³/h

)

Vazões

m³/h

Alto Sorocaba

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

Q C

apta

da(m

³/h)

Q L

ança

da(m

³/h)

Q E

stim

ada

Méd

ia (m

³/h)

Q E

xced

ente

Méd

ia (m

³/h)

Q E

stim

ada

(Q7,

10)

(m³/h

)

Q E

xced

ente

(Q7,

10)

(m³/h

)

Vazões

m³/h

Sorocaba/Pirajibu

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

Q C

apta

da(m

³/h)

Q L

ança

da(m

³/h)

Q E

stim

ada

Méd

ia (m

³/h)

Q E

xced

ente

Méd

ia (m

³/h)

Q E

stim

ada

(Q7,

10)

(m³/h

)

Q E

xced

ente

(Q7,

10)

(m³/h

)

Vazões

m³/h

Baixo Sorocaba

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

Q C

apta

da(m

³/h)

Q L

ança

da(m

³/h)

Q E

stim

ada

Méd

ia (m

³/h)

Q E

xced

ente

Méd

ia (m

³/h)

Q E

stim

ada

(Q7,

10)

(m³/h

)

Q E

xced

ente

(Q7,

10)

(m³/h

)

Vazões

m³/h


115

Quadro 4.6. Vazões Estimadas

Sub-baciaÁrea de

Drenagem(km²)

Acumulada

Vazão MédiaMensal

Mínima ouQ7,10 (m³/s)

Vazão MédiaPlurianual

(m³/s)


16.488 14.40 160.48


32.330 119.40 435.74

Alto Sorocaba 851 4.70 11.94

Sorocaba/Pirajibu 2.160 8.86 28.18

Baixo Sorocaba 5.269 13.94 55.68

Fonte: DAEE/CETESB, 1996

Eventos Hidrológicos Críticos

Foram identificados nos municípios que integram a UGHRI-10 problemaslocalizados de inundação, onde as áreas baixas situadas junto às margens dos corposd’água são afetadas pela elevação do nível d’água quando da ocorrência de chuvastorrenciais ou chuvas com periodicidade anual, de grande intensidade e pequenaduração.

Estes eventos ocorrem em áreas de várzeas impropriamente ocupadas, e em locaisonde se verifica o transbordamento de rios e córregos, onde as suas calhas, apesarde bem encaixadas, apresentam insuficiência de escoamento por causa deassoreamentos, estrangulamentos de seções, declividades insuficientes e sinuosidadecom curvas de pequeno raio.

Situações mais críticas foram identificadas nos municípios de Salto e Tietê, naBacia do Médio Tietê, e em Sorocaba, na Bacia do Rio Sorocaba. Não se dispõe dosvalores de vazões de cheia na região, tendo-se como registro da ocorrência desteseventos dados levantados junto aos municípios atingidos e na imprensa local.

A ocorrência de inundações no Médio Tietê está vinculada, dentre outros fatores, àsparcelas das ondas de cheia que se formam no Alto Tietê que não podem seramortecidas nos reservatórios atualmente existentes, devido às limitações de suascapacidades de armazenamento, e que transitam naturalmente para jusante,acrescidas das contribuições ao longo do Médio Tietê.


116

Para atenuação das ondas de cheia no Alto Tietê são previstas obras de grande emédio porte, além de medidas não estruturais. Dentre as obras de grande porteprevistas merece destacar o projeto de ampliação da calha do rio Tietê entre asbarragens da Penha e Edgard de Souza. A efetiva implantação desta obra permitiráum aumento das vazões de escoamento superficial naquele trecho do rio, podendoagravar os episódios de enchentes/inundações no Médio Tietê, caso os reservatóriosde jusante (em particular o reservatório de Pirapora) não disponha de condiçõesfísicas e/ou operacionais para contenção das novas ondas de cheia.

Segundo a ELETROPAULO, o reservatório de Pirapora poderá ser operado emníveis mais baixos que os atuais, utilizando-se os descarregadores de fundoconstruídos exclusivamente para este fim e concluídos em 1993, aumentando-se,assim, a sua capacidade de armazenamento para amortização das ondas de cheia. Osimpactos ambientais decorrentes das obras de ampliação da calha do rio Tietêdeverão ser objeto de avaliação pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

O CBH-SMT aprovou, em reunião plenária, a solicitação de desenvolvimento deestudos de viabilidade de contenção das ondas de cheia pelos reservatórios demontante, frente a realização das obras em questão, solicitação esta que consta doPrograma de Duração Continuada nº 8 - Prevenção e Defesa contra Inundações, doProjeto de Lei do Plano Estadual de Recursos Hídricos 1996/99.

Aquíferos

Os reservatórios de água subterrânea que ocorrem na região foram caracterizadosem função de sua distribuição espacial, parâmetros hidráulicos, modo de circulaçãoda água e condições de armazenamento.

Foram identificados e considerados os seguintes aqüíferos (Desenho 5 – SistemaAquíferos de Localização de Poços):• Sistema Aqüífero Cristalino• Sistema Aqüífero Tubarão• Sistema Aqüífero Botucatu• Sistema Aqüífero Basalto• Aqüífero de Passa Dois• Aqüífero Marília.

Em cada um destes sistemas, o armazenamento e circulação da água ocorrem demodo específico, sendo possível, no entanto, classificá-los de acordo com suascaracterísticas litológicas em três grupos distintos: meios de porosidadepredominantemente granular (Tubarão, Botucatu e Marília), meios de porosidade defissuras (Cristalino e Basalto) e porosidade mista, granular e por fissuras (PassaDois).O Grupo Passa Dois, devido a sua constituição litológica, assume regionalmente ocomportamento de um aqüiclude (armazena, porém, sem capacidade de fornecerágua) podendo, entretanto, apresentar localmente zonas aqüíferas (boa produção de


117

água) representadas principalmente pelos bancos de calcário e por zonas de rochaslamíticas fissuradas.

O Quadro 4.7 mostra a distribuição, características e condições de ocorrência dossistemas aqüíferos na Bacia do Sorocaba-Tietê.

Quadro 4.7 - Sistemas Aqüíferos na UGRHI-10

A quífero sLitologia

P redom inante

C aracterísticas

H idrogeoló gicas

Á rea de

A floram .

Expess.

M áxim a

Extensão

Subsuperf.

Espess.

C onfin.

Vazão

po r

P oço

P rofund

. P o ços

C apacid.

Específ.

P rodu-

tivi-

dade

Km ² m Km ² m m ³/h m m ³/h/m

Cristalino Granitos, gnaísses

m igm atitos, filitos,

xistos quartizitos e

m etassedim entos

Extensão regional,

fraturado, caráter

eventual livre a

sem iconfinado,

heterogêneo

descontínuo

53.400 150 190.400 __ 5 a 120 150 0,001 a 7 baixa a

m édia

Tubarão Arenitos finos a

grosseiros com

m atriz lam ítica,

lam itos arenosos,

am itos ritm itos e

siltitos

Extensão regional,

granular (local

fissurado), livre a

sem iconfinado,

heterogêneo (local,

descontínuo)

20.700 1.000 165.000 1.600 3 a 150 100 a 350 0,005 a 8,5 m édia

Botucatu Arenitos finos a

m édios, arenitos

lam íticos e lam itos

arenosos

Extensão regional,

granular livre e

confinado,

hom ogêneo e

contínuo

16.000 250 136800

(confinado)

500 50 a 800

10 a 200

200 a 1700

50 a 250

2 a 16 0,5

a 10

m uito

alta

m édia a

alta

Serra Geral Basaltos Extensão regional,

fraturado, caráter

eventual livre a sem i-

confinado,

descontínuo

31.900 150 104.000 5 a 100 150 0,01 a 10 m édia

Passa-D ois

(aquitardo)

Lam itos, siltitos

arenosos, ritm itos,

folhelhos e

calcáreos

Extensão lim itada,

fissurado, caráter

eventual livre

heterogêneo,

descontínuo

6.900 120 150.000 __ 3 a 20 100 a 200 0,005 a 1 baixa

Bauru Arenitos m al

selecionados.

M uito finos a

conglom eráticos.

Bancoslam íticos

siltitos e finas

cam adas calcáreas

Extensão regional,

granular, livre a sem i-

confinado.

Heterogêneo

contínuo

100.000 200 __ __ 5 a 100 100 a 200 0,1 a 2 m édia

Fonte: Compilado de Campos (1993)


118

D. Fontes de Poluição

São apresentadas neste item as cargas poluidoras de origem doméstica eindustrial, que servirão de base à avaliação do nível de comprometimentoqualitativo dos corpos d'água, analisado no item seguinte. Complementarmentesão apontadas outras fontes potenciais de poluição, a exemplo das cargas difusas(escoamento agrícola e drenagem urbana), bem como a disposição inadequada deresíduos sólidos, e cemitérios.

Cargas Poluidoras de Origem DomésticaAs cargas poluidoras potenciais de origem doméstica foram calculadas com basenas populações urbanas e na contribuição de 54 g de DBO5,20/hab.dia, e asremanescentes, em função das populações com sistemas públicos de tratamentode esgotos, considerando-se que o diferencial da população que não conta comtais sistemas, lança seus esgotos diretamente nos cursos d’água.

Os dados populacionais aqui utilizados foram aqueles fornecidos pelosmunicípios, quando da aplicação dos questionários (Sistema de InformaçõesMunicipais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental), nem semprecompatíveis com os dados da Fundação SEADE, apresentados no Item 3 –Caracterização Sócio-Econômica.

O Quadro 4.30. mostra as cargas poluidoras de origem doméstica, bem como oscorpos d’água receptores e as informações básicas sobre o sistema de esgotossanitários, por sub-bacia.

Na sub-bacia do Médio Tietê Superior (375.937 hab.), praticamente todo oesgoto é lançado sem tratamento no Rio Tietê e seus tributários. São lançadosdiariamente 18.914 Kg de DBO5,20. Dos oito municípios que compõem a sub-bacia, apenas três possuem algum tipo de tratamento, removendo apenas 7,0% detoda a carga poluidora potencial desta sub-bacia.

A sub-bacia do Médio Tietê Inferior, composta por sete municípios, tem umapopulação urbana de 147.893 habitantes. Exceto Botucatu (115.698 hab.), osdemais municípios têm população igual ou inferior a dez mil habitantes, epraticamente todo esgoto é lançado sem tratamento nos corpos receptores.Apenas três municípios têm algum tipo de tratamento, correspondendo a um totalde 6,7% de redução de matéria orgânica. A carga orgânica lançada nos corposreceptores é de 7.448 Kg DBO5,20/dia.

CAPITULO I CONTEÚDO TRATAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS ��

119

Quadro 4.30. Informações básicas sobre os sistemas de esgotos sanitários – UGRHI 10 – 1995

MUNICÍPIO (por sub- bacia)POPULAÇÃO CARGA (Kg/DBO5/dia) SISTEMA DE TRATAMENTO

(Tipo)VAZÃO

LANÇADAL/s

EFICIÊNCIA DOTRATAMENTO (%)

CORPO RECEPTOR CAPTAÇÃOJUSANTE(distância)

Urbana Atendida(%)

Potencial Remanescente Nome Classe ESTACA


Araçariguana 3.767 94 203 203 Rib. Araçariguama 2

Boituva 29.091 55 1.570 471 DAFA / Valo Oxidação Rib. Jerivá/Rib. Pau D’Alho 2

Cabreúva (1) 3.297 77 653 455 Lagoa Facultativa(Estabilização)

Rib. Cabreúva/Rib. Piraí 2

Itu 130.893 98 7.068 7.068

Porto Feliz 40.000 98 2.160 2.073 Lagoa Facultativa(Estabilização)

Rio Tietê (vários pontos) 2

São Roque 47.083 69 2.542 2.542 Rio Carambeí / RioGuaçu / Rib. Araçaí

2

Tietê 23.000 1.242 1.242

Salto 90.000 98 4.860 4.860 Rio Tietê / Rio Jundiaí 2

TOTAL SUB-BACIA 20.298 18.914


Anhembi (2) 3.601 95 194 194 Rib. Água do Tanque/ Rib.Águas Claras

2

Bofete (3) 5.387 11 307 269 Fossa Filtro / Tanque Séptico Rio do Peixe 2

Batucatu (4)

108.087 87 6.247 5.995 Fossa Filtro / Fossas Negras

Rio Lavapés/Cór. Antártico/Cór. Tanquinho / Cór.Anhumas / Cór. Água Fria/Rib. Rubião Jr. / Cór. BoaVista / Cór. Camur

2

Conchas 10.836 89 585 585 Rib.Lopes/Rib. de Conchas 2

Pereiras 5.800 98 313 67 Lagoa Facultativa(Estabilização)

Rib. de Conchas 2


120


(Tipo)VAZÃO

LANÇADAL/s



Urbana Atendida(%)


Porangaba 4.984 64 269 269 Rio Feio 2

Torre de Pedra 1.284 47 69 69 Rib. Torre de Pedra 2


Alto Sorocaba

Ibiúna (5) 19.637 55 1.065 554 Sistema Australiano de Lagoas Rio Una 2

Cotia / Caucaia ND ND

Vargem Grande Paulista 21.000 25 1.134 1.134 Cór. Vargem Grande 2


Sorocaba/Pirajibu

Alumínio 20.000 90 1.080 1.071 Filtro com Sumidouro

Araçoiaba da Serra 11.908 68 643 250 Sistema Australiano Cór. Vacariú 2

Iperó (6) 9.126 43 652 652 Rio Sorocaba 2

Mairinque 31.716 85 1.712 1.705 Cór. Centaurus 2

Sorocaba (7) 453.000 96 25.417 23.876 Lodo Ativado Rio Pirajibu / Rio Sorocaba 2

Votorantim 90.000 80 4.860 4.860 Rio Sorocaba 2


Baixo Sorocaba / Sarapuí

Alambari 3.461 18 187 187 Rib. Fazendinha 2

Capela do Alto (8) 9.060 84 598 236 Sistema Australiano de Lagoas Córr. Olaria / Cór. doGino 2

Cerquilho 30.000 100 1.620 441 Valo de Oxidação / Sist.Australiano / Fossa-Filtro

Rio Tietê / rio sorocaba 2

Cesário Lange (9) 8.867 88 543 247 Dafa Cór. Monte Alegre 2

Laranjal Paulista 15.000 NC 810 810 NC Rio Sorocaba 2

Piedade (10) 24.255 70 1.395 1.395 Rio Pirapora/Rib. dosCotianos

2


121


(Tipo)VAZÃO

LANÇADAL/s



Urbana Atendida(%)


Salto de Pirapora (11) 25.088 90 1.487 1.487 NC Rio Pirapora / Cór. DosOurives/Cór. SantoAntoinio

2

Sarapuí 3.226 69 174 174 NC

Quadra 859 0 46 46 NC Rio Tatuí 2

Tatuí (12) 90.997 91 4.912 1.416 Lagoas Facultativas Rio Tatuí 2

TOTAL SUB-BAICA 11.772 6.439

TOTAL GERAL 76.617 66.903

(1) Cabreúva: Sede + Jacarí + Bananal (7) Sorocaba: Sede + Éden(2) Anhembi: Sede + Pirambóia (8) Capela do Alto: Sede + Iperozinho + Porto(3) Bofete: Sede + São Roque Novo (9) Cesário Lange: Sede + Faz. Velha + Bairro Torninhos(4) Botucatu: Sede + César Neto + Piapara + Rio Bonito + Rubião Jr. + Vitoriana (10) Piedade: Leite + Jurupará(5) Ibiúna: Sede + Piaí (11) Salto de Pirapora: Sede + Quintas(6) Iperó: Sede + Bacaetava + George Oeterer (12) Tatuí: Sede + Enxovia + Jd. Americano

DAFA - Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente e Manto de Lodo/ NC - Nada Consta

Fonte: Baseado no Sistema de Informações Municipais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, 1996


118

Na menor sub-bacia desta UGRHI, Alto Sorocaba, composta por dois municípios,o tratamento de esgotos de Ibiúna é responsável por, aproximadamente, 24% deremoção de matéria orgânica. Pode-se afirmar que a carga orgânica lançadadiariamente é, no mínimo, da ordem de 1.688 Kg de DBO5,20, nas cabeceiras dorio Sorocaba, uma vez que não se dispõe dos dados do Distrito de Caucaia doAlto - Município de Cotia.

A sub-bacia do Sorocaba-Pirajibu com uma população urbana aproximada de636.368 habitantes, é composta por seis municípios, dentre eles o maior e o maisindustrializado de toda a bacia - o município de Sorocaba. Apenas trêsmunicípios contam com algum tipo de tratamento de esgotos correspondendo auma redução de matéria orgânica de tão somente 5,7%, sendo lançadasdiariamente no rio Sorocaba e seus tributários cerca de 32.414 Kg de DBO5,20.

Dez municípios compõem a sub-bacia do Baixo Sorocaba, com aproximadamente218.008 habitantes, tendo-se que apenas quatro têm algum tratamento de esgotose são responsáveis por uma redução de 45% de matéria orgânica, sendo lançadasdiariamente nos corpos d’água cerca de 6.439 Kg de DBO5,20.

No cômputo final verifica-se que na sub-bacia do Médio Tietê são lançadasdiariamente 26,3 t de matéria orgânica, referente a esgotos domésticos, enquantoque na sub-bacia do rio Sorocaba são lançadas aproximadamente 40,5 t/d.

Cargas Poluidoras de Origem IndustrialPara melhor direcionamento das ações de controle de poluição pela CETESB foiadotado um critério de prioridades. Esse critério visa evidenciar as cargas maissignificativas da bacia, representadas pela faixa “A” de uma curva denominada“ABC”, responsáveis por 85% da carga remanescente acumulada. Esteprocedimento permite a adoção de medidas de ação de controle eficazes nasindústrias que apresentam maior potencial poluidor. Esse critério foi tambémutilizado neste relatório.

Observe-se que as cargas poluidoras foram calculadas com base em fatores deemissão, considerando-se as características e quantidades dos produtos obtidos e,ainda, através dos resultados de análises laboratoriais de amostras pontuais.

Para identificação da sub-bacia onde está inserida cada unidade industrialconsiderada na análise, tomou-se por base o corpo receptor.

Conforme já indicado, na bacia do Médio Tietê Superior existemaproximadamente 1.300 indústrias cadastradas na CETESB, das quais cerca de80 são consideradas mais significativas com relação à poluição das águas erepresentam carga poluidora orgânica potencial em torno de 136 t DBO5,20/dia e

CAPITULO I CONTEÚDO TRATAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS��

119

carga remanescente de 4,6 t DBO5,20/dia. Os sistemas de controle instaladosnessas fontes poluidoras proporcionam uma redução de 96,6% da cargapoluidora.

A indústria sucroalcooleira está aqui representada pela Usina Santa Rosa S/A eUsina Açucareira São Manuel S/A, que produzem açúcar e álcool nos municípiosde Boituva e São Manuel, respectivamente. A produção de aguardente é obtidapor diversos engenhos instalados nos municípios da região que integram a Bacia.Essas atividades apresentam carga orgânica potencial de 115 t DBO5,20/dia eremanescente igual a zero, uma vez que não ocorrem lançamentos de efluentesnos corpos d’água. Os principais efluentes líquidos industriais gerados nestaatividade são reciclados no processo industrial ou dispostos nas áreas de culturade cana-de-açúcar, com objetivo de fertirrigação.

Concluís-se, do quadro apresentado abaixo, que onze indústrias do Tietê Superiorsão responsáveis pelo lançamento de 85,5% da carga remanescente, enquantocinco indústrias situadas no Médio Tietê Inferior, são responsáveis por 86,4% dacarga remanescente lançada.

As cargas poluidoras afluentes ao Médio Tietê, através dos rios Jundiaí, Capivarie Piracicaba serão consideradas no item 1.4 deste capítulo.

Na bacia do Rio Sorocaba, por sua vez, existem 1813 indústrias cadastradas naCETESB, das quais cerca de 100 são consideradas mais significativas comrelação a poluição das águas e representam carga poluidora orgânica potencial daordem de 165 t DBO5,20/dia e carga remanescente de 8,2 t DBO5,20/dia. Ossistemas de controle instalados, nestas fontes poluidoras, proporcionam umaredução de 95% da carga poluidora.

A indústria sucroalcooleira está aqui representada pela Usina Santa Maria (J.Pilon S/A - Açúcar e Álcool) que produz açúcar e álcool no município deCerquilho e a Destilaria São Francisco que produz álcool no município deCesário Lange. A produção de aguardente é obtida por diversos engenhosinstalados nos municípios da região que integram a Bacia. Essas atividadescontribuem com uma carga orgânica potencial de 107,6 t DBO5,20/dia eremanescente de 0,4 t DBO5,20/dia, uma vez que os efluentes líquidos geradossão, em sua maioria, recirculados ou utilizados para fertirrigação.

Concluí-se, do quadro apresentado abaixo, que duas indústrias do Alto Sorocaba,são responsáveis por 89,3% da carga remanescente no trecho, correspondendo aapenas 2,9% do total da carga lançada na bacia. Merecem atenção especial, porestarem localizadas nas cabeceiras do rio Sorocaba, a montante do reservatório deItupararanga.


120

Onze indústrias do trecho Pirajibu/Sorocaba são responsáveis por 87,5% da cargaremanescente nesse trecho, correspondendo a aproximadamente 68% do total dacarga lançada na bacia.

Na sub-bacia do Baixo Sorocaba, quatro indústrias são responsáveis por 85% dacarga remanescente, correspondendo a aproximadamente 15,7% do total da cargalançada na bacia.

O Quadro 4.31. apresenta em ordem decrescente as cargas poluidorasremanescentes por sub-bacia, das indústrias prioritárias, pertencentes a faixa “A”.


119

Quadro 4.31. Carga Orgânica Industrial – 1995

Fonte Poluidora

(Razão Social) Município

Carga Orgânica Kg DBO5/dia Vazão (1)Efluentem3/dia

Lançamento Final Descrição

da

Atividade

Potencial Remanescente % de Remoção Corpo D’Água Classe ESTACA

Teórica Medida Teórica Medida Fonte Acumulada


Ind. Papel e Celulose de Salto Salto 535 535 14,1 Rio Tietê

Frangoeste Avicultura Ltda Tietê 600 495 27,2 Rio Tietê

Primo Schincariol Ind. de Cerveja eRefrigerantes

Iu 10.310 480 39,9 Rio Itaim

Ind. de Bebidas e Conexos BoituvaLtda

Boituva 412 412 50,7 Rede coletora de esgoto

Ditin Ind. Textil Ltda Araçariguama

385 385 60,9 Rib. Araçariguama

Curtume Kiriazi Itu 330 300 68,9 Rib Guaraú

Vetran S/A Ind. e Com. Porto Feliz 246 246 75,3 Rio Tietê

Avícola Dacar Tietê 288 144 79,1 Rio Tietê

Pepsico e Cia Lda Itu 1.534 107 81,9 Rede Coletora

Ind. Têxtil Carambeí São Roque 720 70 83,8 Rio Carambeí

Refrigerantes Xereta Tietê 560 65 85,5 Rib. da Serra



Ind. e Com. Pioneiro Botucatu 261 234 28,6 Rib. Lavapés

Pedro Losi Curtume Paulista Botucatu 253 230 56,7 Rib. lavapés

Laticínio Perambóia Anhembi 480 138 73,6 Rib. Águas Claras


120

Staroup S/A Ind. de Roupas Botucatu 520 55 80,4 Rede coletora de esgoro

Botucouros Undl. Coml. de Couros Botucatu 72 49 86,4 Rib. Lavapés

TOTAL SUB-BACIA 1.586 706

Fonte Poluidora




da

Atividade



Alto Sorocaba

Produtora de Charque RosarialLtda

Ibiúna 325 172 63,7 Rio do Una

Fecularia Ibiúna Ibiúna 69,1 69,1 89,3 Rede Pública

TOTAL SUB-BACIA 394,1 241,1

Sorocaba/Pirajibu

Ind. Texteis Barbero S/A Sorocaba 1.698 1.698 26,3 Rio Sorocaba

Tecido Votex Votoratim 1.440 1.440 48,6 Rio Cubatão

Cargill Agrícola S/A Mairinque 1.450 968 63,7 Ribeirão do Varjão

Cia. Nacional de Estamparia Sorocaba 1.764 357 69,2 Rio Sorocaba

Quaker do Brasil – Div. Gatorade Sorocaba 1.248 250 73,1 Rio Pirajibu

Seiren do Brasil Ind. Textil Ltda Sorocaba 948 195 76,1 Rio Sorocaba

Linharil Linhas para Coser Sorocaba 252 126 78,1 Rio Sorocaba

Avícola Céu Azul Sorocaba 310 114 79,9 Córrego Ipaneminha

Sorocaba Refresco S/A Sorocaba 562 113 81,6 Córrego Itanguá

Coop de Laticínios de Sorocaba Sorocaba 130 130 83,6 Rede coletora deesgotos

Refrigerantes Vedete Ltda Sorocaba 600 120 85,5 Rede coletora deesgotos


Baixo Sorocaba


121

Ind. de Sub Produtos de Origemaninal Lopesco Ltda

Tatuí 2.200 600 39,9 Rio Tatuí

J. Pilon S/A Açúcar e Álcool Cerquilho 45.000 384 65,5 Rio Sorocaba

Alpargatas Santista Textil S/A Tatuí 1.963 195 78,5 Cór. Matadouro Velho

Fonte Poluidora




da

Atividade



Oriento Ind. e Com. LaranjalPaulista

30.100 100 85,2 Rio Sorocaba


TOTAL GERAL 106.359,1 10.976,1

FONTE : CETESB/Regional Sorocaba, 1995(*) Vazões Medidas (1) Identificar com “*” as Vazões Medidas

DADOS EM FASE DE AQUISIÇÃO


122

Quadro 4.32. Carga Inorgânica Industrial - ANO-BASE

Fonte Poluidora




da

Atividade




Ind. Papel e Celulose de Salto Salto

Frangoeste Avicultura Ltda Tietê

Primo Schincariol Ind. de Cerveja eRefrigerantes

Iu

Ind. de Bebidas e Conexos BoituvaLtda

Boituva

Ditin Ind. Textil Ltda Araçariguama

Curtume Kiriazi Itu

Vetran S/A Ind. e Com. Porto Feliz


123

Avícola Dacar Tietê

Pepsico e Cia Lda Itu

Ind. Têxtil Carambeí São Roque

Refrigerantes Xereta Tietê

TOTAL SUB-BACIA


Ind. e Com. Pioneiro Botucatu

Pedro Losi Curtume Paulista Botucatu

Laticínio Perambóia Anhembi

Staroup S/A Ind. de Roupas Botucatu

Botucouros Undl. Coml. de Couros Botucatu

TOTAL SUB-BACIA

Fonte Poluidora




da

Atividade



Alto Sorocaba

Produtora de Charque RosarialLtda

Ibiúna

Fecularia Ibiúna Ibiúna

TOTAL SUB-BACIA

Sorocaba/Pirajibu

Ind. Texteis Barbero S/A Sorocaba

Tecido Votex Votoratim

Cargill Agrícola S/A Mairinque

Cia. Nacional de Estamparia Sorocaba

Quaker do Brasil – Div. Gatorade Sorocaba


124

Seiren do Brasil Ind. Textil Ltda Sorocaba

Linharil Linhas para Coser Sorocaba

Avícola Céu Azul Sorocaba

Sorocaba Refresco S/A Sorocaba

Coop de Laticínios de Sorocaba Sorocaba

Refrigerantes Vedete Ltda Sorocaba

TOTAL SUB-BACIA

Baixo Sorocaba

Ind. de Sub Produtos de Origemaninal Lopesco Ltda

Tatuí

J. Pilon S/A Açúcar e Álcool Cerquilho

Alpargatas Santista Textil S/A Tatuí

Oriento Ind. e Com. LaranjalPaulista

Fonte Poluidora




da

Atividade



TOTAL SUB-BACIA

TOTAL GERALFONTE :(*) Vazões Medidas (1) Identificar com “*” as Vazões Medidas



125


118

Cargas Orgânicas Remanescentes -Doméstica e IndustrialPor fim, o Quadro 4.33. apresenta o resumo de cargas por sub-bacia. Em toda aUGRHI-10 são lançadas diariamente 79.723 kg DBO5,20/dia. O Médio Tietêrecebe uma contribuição de 30.967 kg DBO5,20/dia, onde 85% (Figura 4.14) sãoprovenientes do lançamento de esgotos domésticos não tratados. A situação nasub-bacia do Sorocaba não é muito diferente. Embora receba uma carga orgânicatotal maior, de 48.757 kg DBO5,20/dia, 83% são de origem doméstica, conformeindicado no gráfico citado.

Conclui-se que o maior problema em termos de poluição hídrica na bacia doSorocaba/Médio Tietê é o lançamento de esgotos domésticos sem tratamento. Osdespejos industriais representam uma carga remanescente de 15 a 17% emrelação à carga total lançada nos corpos hídricos.

Figura 4.14. Cargas Orgânicas Industriais e Domésticas

��

��

��

��

��

Doméstica85%

Industrial15%

Identificação das cargas orgânicas remanescentes na sub-bacia do Médio Tietê

��

��

��

��

��

Doméstica83%

Industrial17%

Identificação das cargas orgânicas remanescentes na sub-bacia do Sorocaba


119

Quadro 4.33. Resumo de cargas por sub-bacia - 1995

SUB-BACIA INORGÂNICA ORGÂNICA INDUSTRIAL ORGÂNICA DOMÉSTICA SUCROALCOOLEIRA

Potencial Remanescente Potencial Remanescente Potencial Remanescente Potencial Remanescente

Médio Tietê Superir 16.010 2.939 20.298 18.914

Médio Tietê Inferior 1.586 706 7.984 7.448

Total Sub-Bacia 21.286 3.645 28.282 26.362

Alto Sorocaba 394,1 241,1 2.199 1.688

Sorocaba/Pirajibu 9.106 5.511 34.364 32.414

Baixo Sorocaca 79.263 1.279 11.772 6.439

Total Sub-Bacia 88.763,1 7.031,1 48.335 40.541

TOTAL GERAL 106.359,1 10.976,1 76.617 66.903



118

Disposição dos Resíduos Sólidos

Os dados apresentados foram obtidos junto à CETESB - Regional de Sorocaba,através do Inventário de Resíduos Industriais realizado em dezembro/1993 (nãopublicado). A CETESB adota normas para a destinação final de resíduosindustriais perigosos.

O Quadro 4.34. mostra as quantidades de resíduos industriais gerados por classee por município, bem como os seus totais. Observa-se que foram gerados 16.143t/ano de resíduos perigosos (Classe I) e 3.137.279 t/ano de resíduos inertes e nãoinertes (Classes II e III, respectivamente).

No Quadro 4.35. estão consubstanciados os dados referentes à geração deresíduos sólidos perigosos (classe I), comparados ao total de resíduos sólidosindustriais gerados por sub-bacia. A Figura 4.15. apresenta, em termospercentuais, a participação das indústrias localizadas em cada sub-bacia nageração de resíduos Classe I. Observa-se que a maior participação se dá na sub-bacia do Sorocaba/Pirajibu, a mais industrializada da Região, seguida da sub-bacia do Médio Tietê Superior. No Quadro 4.36. estão reunídos por sub-bacia osresíduos sólidos industriais da UGRHI-10.


119

Quadro 4.34. Resíduos Sólidos Industriais Gerados por Classe (t/ano)

Municípios Classe I Classe II Classe III Sub-Total

Médio Tietê SuperiroAraçariguama ----- 22.533 ----- 22.533Boituva 46 327.434 6.803 334.283Cabreúva ----- 19 ----- 19Itú 815 21.708 1.527 24.050Porto Feliz 2 770 29 801São Roque 88 1.081 30 1.199Tietê 4 205 ----- 209Sub-Total 955 373.750 8.389 383.094

Médio Tietê InferiorBotucatu 261 50.964 340 51.565Sub-Total 261 50.964 340 51.565

Alto SorocabaIbiúna ----- 42 ----- 42Sub-Total 0 42 0 42

Sorocaba/PirajibuAlumínio 10.947 569.383 ----- 580.330Iperó 12 61.134 ----- 61.146Mairinque 21 7.076 6 7.103Sorocaba 3.676 66.865 7.341 77.882Votorantim 71 5.806 1.000.546 1.006.423Sub-Total 14.727 710.264 1.007.893 1.732.884

Baixo SorocabaCapela do Alto 45 49 ----- 94Cerquilho 110 622.065 2 622.177Cesário Lange 35 1 ----- 36Laranjal Paulista 2 112.538 ----- 112.540Salto de Pirapora 4 186 250.074 250.264Tatuí 4 722 ----- 726Sub-Total 200 735.561 250.076 985.837Total 16.143 1.870.581 1.266.698 3.153.422

Fonte : Inventário de Resíduos Industriais, 1993 (não publicado) - CETESB/Regional Sorocaba

Quadro 4.35. Resíduos Sólidos Industriais Perigosos gerados na UGRHI-10

Sub-bacias Classe I % Total %

Médio Tietê Superior 955 5,92 383.094 12,15Médio Tietê Inferior 261 1,62 51.565 1,64Alto Sorocaba --- --- 42 0,001Sorocaba/Pirajibu 14.727 91,22 1.732.884 54.95Sorocaba/Sarapuí/Tatuí-Pirapora 200 1,24 985.837 31,26Total 16.143 100 3.153.422 100

Fonte: Inventário de Resíduos Sólidos Industriais, 1993 (não publicado) - CETESB/ Sorocaba


120

Figura 4.15. Percentual de Geração de Resíduos Sólidos Perigosos porSub-Bacias

São apresentadas no Quadro 4.37. as quantidades de resíduos industriaisperigosos gerados por ramo industrial, observando-se que o setor metalúrgico éresponsável pela geração de 78 % destes resíduos, na UGRHI-10.

Os resíduos gerados nesta bacia, geralmente, são exportados para outras baciaspara disposição final.

Os sistemas de destinação final de resíduos sólidos localizados na BaciaHidrográfica do Sorocaba e Médio Tietê são: o Aterro Industrial Palmital,localizado em Mairinque e gerenciado pela Companhia Brasileira de Alumínio(CBA), que não recebe resíduos de terceiros; e o Aterro Industrial de Sorocaba,localizado em Sorocaba e gerenciado pela Empresa de Desenvolvimento Social eUrbano de Sorocaba (URBES), que só recebe resíduos gerados no Município. OQuadro 4.38. apresenta informações básicas sobre os Sistemas de ResíduosSólidos Domiciliares e de Serviços de Saúde na UGRHI-10.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100


119

Quadro 4.36. Resíduos Sólidos Industriais – ANO BASE

SUB-BACIA / Atividade

Classe (t/ano) Classe II(t/ano) Classe III (t/ano)

Estocado

Tipo

Tratado

Tipo

Destino

Final

Tipo

Estocado

Tipo

Tratado

Tipo

Destino

Final

Tipo

Estocado

Tratado

Destino

Final


TOTAL SUB-BACIA


TOTAL SUB-BACIA

Alto Sorocaba

TOTAL SUB-BACIA

Sorocaba-Pirajibu


120

TOTAL SUB-BACIA

SUB-BACIA / Atividade

Classe (t/ano) Classe II(t/ano) Classe III (t/ano)

Estocado

Tipo

Tratado

Tipo

Destino

Final

Tipo

Estocado

Tipo

Tratado

Tipo

Destino

Final

Tipo

Estocado

Tratado

Destino

Final

Baixo Sorocaba

TOTAL SUB-BACIATOTAL GERAL

Tipo:

1 – Disp. inadequado2 – Disp. adequada/provisória3 – Disp. adequada4 – Reciclado



118

Na Bacia Hidrográfica dos rios Sorocaba e Médio Tietê existem as seguintesindústrias de reprocessamento de resíduos:• Dgol Indústria e Comércio de Lubrificantes, localizada em Capela do Alto,

que faz o re-refino de óleos lubrificantes;• Adesol Produtos Químicos Ltda., localizada em Boituva, que promove a

recuperação de solventes clorados e não clorados;• Resicontrol, em processo de instalação (LI em Dezembro/95), localizada em

Sorocaba, que fará o condicionamento de resíduos industriais para usocombustível em fornos industriais.

Quadro 4.37. Resíduos Perigosos Gerados por Atividade

Atividade Quantidade (t/ano)

Indústria de Produtos Minerais não Metálicos 22Indústria Metalúrgica 12.586Indústria Mecânica 335Indústria de Material Elétrico, Eletrônico e deComunicação 1.413

Indústria de Material de Transporte 1.108Indústria de Papel e Celulose 48Indústria de Borracha 12Indústria Química 330Indústria de Produtos de Matérias Plásticas 2Indústria Têxtil 50Indústria de Produtos Alimentares 4Indústria de Bebidas 9Indústria Editorial e Gráfica 6Outras 218Total 16.143

Fonte: Inventário de Resíduos Industriais, 1993 (não publicado) - CETESB/ Sorocaba


119

Quadro 4.38. Informações básicas sobre os Sistemas de Resíduos Sólidos Domiciliares e de Serviços de Saúde –UGRHI 10 – 1996.

Município

População Resíduos Sólidos Domésticos Resíduos deServiços de

SaúdeKg/semana

DESTINO Risco de Contaminação deManancial de Abastecimento(indicar o curso d’água / poço)

Produção percapta

Kg/hab/dia

Quantidadetotal

produzidat/dia

Urbana % Atendida Tipo Local

Médio Tietê SuperiorAraçariguama 3.767 100 1,33 5,0 2 Fazenda Butantã.

Boituva 29.091 100 0,31 9,0 3 Estrada Boituva/Cerquilho

Cabreúva 12.103 100 0,58 7,0 1 Fazenda Itanguá

Itu 130.893 100 0,61 80,0 4 Estrada. Mun. Pinheirinho

Porto Feliz 40.000 100 0,43 17,0 1 Bairro Vila Nova

São Roque 47.083 80 0,85 40,0 2 Av. Tranquilo Giovanini

Tietê 23.000 100 0,87 20,0 2 Fazenda Roma/S.J.Novo

Salto 90.000 100 0,45 40,0 1 Bairros Alto e São José

SUB-TOTAL 375.937 218,0

Médio Tietê InferiorAnhembi 3.601 100 0,67 2,4 1 Voçorócas

Bofete 5.690 100 0,5 2,8 1 Man. Abastecimento

Botucatu 115.698 100 0,52 59,8 4 Vila Real / Rod. EduardoZukari


120

Conchas 10.836 100 0,51 5,5 1 Rod. Mal. Rondon

Pereiras 5.800 100 0,52 3,0 1 Laranjal Paulista

Município


SaúdeKg/semana


Produção percapta

Kg/hab/dia

Quantidadetotal

produzidat/dia


Porangaba 4.984 100 0,60 3,0

Torre de Pedra 1.284 100 0,93 1,5 1 Estrada da Cidade

SUB-TOTAL 40.717 78,0

Alto SorocabaIbiúna 19.717 100 1,55 30,6 1 Bairro do Curral

Cotia/Caucaia - - - - - -

Vargem Grande Paulista 21.000 100 1,2 25,0

SUB-TOTAL 40.717 55,6

Sorocaba/PirajibuAlumínio 20.000 100 0,51 10,3 2 Aterro Moreira

Araçoiaba da Serra 11.908 100 0,50 6,0 3 Bairro do Morro

Iperó 12.084 80 0,83 10,0 3 Avenida Ursula Wika

Mairinque 31.716 100 0,54 17,1 2 Aterro Moreira

Sorocaba 470.680 100 0,73 353,0 4 Retiro São João


121

Votorantim 90.000 100 0,66 60,0 2 Santa Helena / SP79

SUB-TOTAL 636.638 456,4

Baixo SorocabaAlambari 3.461 100 1,01 3,5 2 Bairro Cercadinho

Capela do Alto 11.077 100 0,72 8,0 1 Zona Rural

Município


SaúdeKg/semana


Produção percapta

Kg/hab/dia

Quantidadetotal

produzidat/dia


Cerquilho 30.000 100 0,94 28,2 3 Bairro Barreiro Rico /SP127

Cesário Lange 10.089 3

Laranjal Paulista 15.000 100 0,81 12,1 3 Bairro Olegarinho – Dist.Maristela

Piedade 25.816 95 1,15 37,6 2 Bairro Barreiro

Salto de Pirapora 27.533 100 0,91 25,1 1 Bairro Capão Redondo

Sarapuí 3.226 100 0,93 3,0 1 Bairro Várzea de Baixo

Quadra 859

Tatuí 90.967 100 0,55 50,2 1 Bairro Bem Fica – Próx.Ind. de Piso Tatuí

SUB-TOTAL 218.008 167,6


122

TOTAL 1.418.923 975,6

Fonte: Sistema de Informações Municipais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, 1996

Tipo1 – Lixão2 – Aterro Controlado3 – Aterro em Valas4 – Aterro Sanitário5 – Usina de Compostagem6 – Incineração7 – Reciclagem



118

Utilização de Agrotóxicos na Agricultura

Foram identificados 26 agrotóxicos de uso corrente na região, a partir dos dadosfornecidos pelo Departamento de Defesa Agropecuária, que indica a aplicaçãodos inseticidas organofosforados e carbamatos na maioria das culturas. O Quadro4.39. aponta os produtos utilizados, grupo químico a que pertencem, bem comoas culturas tratadas.

Cabe destacar que 15 diferentes produtos foram apontados como de utilização nocultivo de olerícolas, verificando-se, por sua vez, que a maior parte da áreaocupada por esta cultura situa-se na sub-bacia do Alto Sorocaba, onde seencontra a represa de Itupararanga.

Em geral, as culturas de arroz, milho, melancia, citrus, café, tomate, batata, uva,cana-de-açúcar e olerícolas são as que utilizam maior variedade de agrotóxicos.

Quadro 4.39. Agrotóxicos Utilizados na UGRHI-10

Produtos/Discriminação Princípio Ativo Culturas Tratadas

InseticidasPropanil Carbamato ArrozCarbofuran Carbamato ArrozDeltametrina Piretróide Arroz, melancia, tomate, batata, cana, olerícolasMalathion Organofosforado ArrozCarbaryl Carbamato Arroz, canaTriciclazol Benzotiazóis ArrozBenomyl Benzotiazóis Arroz, citrus, café, olerícolasMancozeb Ditiofosforado Arroz, melancia, citrus, tomate, batata, uva, olerícolasTriclorfon Organofosforado Melancia, olerícolasManeb Ditiofosforado Melancia, batata, uvaPirimicarb Carbamato MelanciaDimetoato Organofosforado Citrus, café, uva, olerícolasAlbicarb Carbamato Citrus, café, batataDicofol Organofosforado CitrusDiazinon Organofosforado Citrus, café, olerícolasTriclorfon Organofosforado CitrusEthion Organofosforado Citrus, uvaParathion Organofosforado Citrus, café, batata, uva, olerícolasPermetrina Piretróide CaféMetamidophos Organofosforado Tomate, batataBenomyl Benzotiazóis CanaAcefato Organofosforado CanaHerbicidasAtrazine Triazina Milho2,4 D Fenoxiácido MilhoParaquat Bentazóis BatataFungicidasOxicloreto de cobre Cobre Olerícolas, café


119

Fonte: Departamento de Defesa Agropecuária, 1996

Outras Fontes Potenciais de PoluiçãoNa análise das cargas poluidoras especial destaque é dado aos efluentesdomésticos e industriais, fontes monitoradas e quantificadas com determinadafreqüência. Porém, há que se considerar outros elementos também causadores depoluição dos cursos d'água, mas de difícil mensuração, a exemplo das cargasdifusas oriundas das áreas agrícolas e urbanas, bem como daquelas originadas dadisposição inadequada de resíduos sólidos e cemitérios. O Quadro 4.40. da umanoção sobre poluição em atividade minerária.


119

Quadro 4.40. Atividade Estrativa – Mineração – ANO BASE

(Por sub-bacia, em ordem decrescente de Área de Lavra)

Empreendimento Município Área de Lavra(Km2)

MineralExtraído

Processo deExtração

Sistemas deControle

Corpo D’água Classe

Médio Tietê SuperiorAraçariguama Areia Desmonte hidráulicoBoituva AreiaItu ArgilaPorto Feliz Brita Uso de explosivosSão Roque AreiaSalto GranitoTietê Areia e argila

TOTAL SUB-BACIAMédio Tietê Inferior

Bofete Areia e argilaConchas Areia e argilaPereiras Calcáreo e argilaPorangaba BritaBotucatu Brita

TOTAL SUB-BACIAAlto Sorocaba

Ibiína AreiaTOTAL SUB-BACIA

Sorocaba PirajibuAlumínio Areia e argilaAraçoiaba deSerra

Areia Cava submersa edragas flutuantes

Iperó Areia Cava submersa edragas flutuantes

Votorantim CalcáreoTOTAL SUB-BACIA

Baixo SorocabaCapela do Alto Argila e areia Desmonte hidráuicoLaranjal Paulista Argila


120

Piedade Calcáreo e areia Bancadas e desmontehidráulico

Salto de Pirapora Calcáreo e areia Bancadas e desmontehidráulico

Sarapuí Areia Desmonte hidráulicoTatuí Argila e areia Desmonte hidráulico

TOTAL SUB-BACIATOTAL GERAL


118

Cargas DifusasOs fatores citados no sub-item anterior, afetam a bacia do Sorocaba e MédioTietê como um todo, embora não se disponha de quantificação de todas as fontes.Com relação à aplicação de agroquímicos na agricultura, merece destaque a sub-bacia do Alto Sorocaba, que possui significativa área plantada, cuja drenagem édirecionada para o reservatório de Itupararanga. O Quadro 4.41. resume asconsequências da poluição por estas fontes

Quadro 4.41. Cargas Difusas

Fonte Conseqüências

Aplicação de nutrientes no solo Fertilização dos corpos d'água. Pode acelerarprocessos de eutrofização de lagos e reservatórios

Aplicação de agrotóxicos nas lavouras Inseticidas fosforados e carbamatos podembloquear a placa neuro-muscular de peixes pelaaplicação contínua próximo aos corpos d'água.Mais tóxicos para zooplâncton que para macrófitasaquáticas e fitoplâncton.Inseticidas à base de benzotazóis são tóxicos parapeixes. Têm efeito cumulativo.Herbicidas podem se configurar comobloqueadores da fotossíntese. A aplicação emlocais próximos a lagos e reservatórios podeprovocar desequilíbrios na base alimentar doecossistema e na entrada de oxigênio produzidopelo fitoplâncton.Fungicidas à base de sais de cobre têm toxicidademais elevada em águas com pouca matériaorgânica, ou com valores de dureza abaixo de 6,0.Compostos à base de cobre possuempropriedades cumulativas.

Lavagem de embalagens de agrotóxicos noscorpos d'água

Toxicidade aguda. Função do tipo de produtoconforme descrito acima.

Armazenamento inadequado de agrotóxicos(embalagens e/ou produtos)

Função do produto, conforme descrito acima.

Drenagem pluvial urbana Pode se constituir em fonte de poluiçãointermitente dos corpos d'água pela presença deagentes tóxicos, tais como metais pesados,hidrocarbonetos clorados ou não, pesticidas,materiais consumidores de oxigênio e matériasorgânicas outras, bioestimulantes, patogênicos emgeral e diversos tipos de sólidos dissolvidos eflutuantes.

Deposição inadequada de resíduos sólidos Poluição dos corpos d'água superficiais esubterrâneos pelo "Chorume" (líquido de alta cargaorgânica produzido pela decomposição da massade "lixo") e pela deposição clandestina de resíduosindustriais.

Cemitérios Contaminação das águas superficiais esubterrâneas e constituição de focos latentes dedoenças infecciosas.O mecanismo predominante da contaminação é ainfiltração do "necro-chorume" (líquido resultanteda decomposição de cadáveres) que possui altaconcentração de microorganismos, muitos dosquais patógenos.


119


5. Saneamento Básico e SaúdePública

Os dados aqui apresentados e plotados no Desenho 07, do item Qualidade dasÁguas, resultam de levantamentos específicos para obtenção de informações arespeito de recursos hídricos e saneamento ambiental, realizados junto aosmunicípios, através das autarquias municipais de água e esgoto e à SABESP.Encontram-se no Volume I de anexos as “fichas”, por município, onde apresenta-se um resumo das condições de saneamento, dos principais problemasambientais, bem como, dos planos e projetos existentes nas áreas doabastecimento público, do esgotamento sanitário e da deposição de resíduossólidos urbanos.

Cabe ressaltar que os dados populacionais aqui utilizados foram aquelesfornecidos pelos municípios, uma vez que estes guardam estreita correlação comos demais dados declarados. Dessa forma, observam-se valores diferenciadosdaqueles levantados pela Fundação SEADE (Quadro 3.2.).

Abastecimento PúblicoO Quadro 5.1. apresenta as principais características dos sistemas deabastecimento de água da região, contendo informações relativas à populaçãoatendida, vazão tratada, índice de perdas.

Verifica-se que a grande maioria dos municípios que compõem a bacia doSorocaba e Médio Tietê apresenta elevados índices de fornecimento de águatratada à população urbana, em torno de 100%. Esta situação reveste-se deimportância fundamental no que diz respeito à saúde pública, uma vez queminimiza a transmissão de doenças através do consumo da água. Emcontrapartida observam-se altos índices de perda e coeficientes per capita deconsumo.

Os índices de perda (A) computados através da relação entre as vazões macro emicromedidas foram superiores a 40% em São Roque, Anhembi, Conchas,


Porangaba, Alambari, bem como nos Distritos de Bananal (Cabreúva), CesarNeto e Vitoriana (Botucatu) e Leites (Piedade).

Analisando-se dados referentes ao consumo "per capita" relativo à vazão tratada,verifica-se que Jacaré (413 L/hab.dia) e Bananal (661 L/hab.dia) - distritos deCabreúva; Rubião Jr. (652 L/hab.dia) - distrito de Botucatu; Leites (547L/hab.dia) - distrito de Piedade; e os municípios de Itu (310 L/hab.dia); SãoRoque (290 L/hab.dia); Tietê (505 L/hab.dia); Anhembi (357 L/hab.dia); Pereiras(290 L/hab.dia); Votorantim (383 L/hab.dia); Alambari (353 L/hab.dia) e Sarapuí(379 L/hab.dia), apresentam valores elevados.

Os valores "per capita" referentes à vazão micromedida, para esses mesmosmunicípios e distritos, indicam que as maiores perdas ocorrem nos sistemas dedistribuição final de água, ou seja, entre a ETA e o consumidor. Tais sistemasnecessitam ser revistos, uma vez que estas perdas significam grande prejuízo paraos municípios, cujo gasto atual, não fossem as perdas, seria suficiente para ofornecimento de água para uma população até três vezes maior.

Valores “per capita” de vazão micromedida elevados indicam alto consumo deágua tratada, com prejuízos financeiros ao consumidor e à conservação dosrecursos hídricos. É NECESSÁRIO COLOCAR OS VALORES“PER CAPITA” NO NOVO QUADRO? OU COLOCA OSQUADRO ANTIGOS NOVAMENTE?

Nestes casos é importante que se faça um programa de controle de perdas, alémde programas de redução sistemática do consumo de água, ou seja, deracionalização do consumo de água no sistema de abastecimento.

Valores entre 150 e 250 L/hab.dia são considerados normais, uma vez que este éum valor que sofre a influência de vários fatores, entre eles, do nível social dapopulação.

Quotas inferiores a 150 L/hab.dia, em geral, indicam restrição de oferta de água;verifica-se que existem nove localidades nesta situação, com destaque para RioBonito (distrito de Botucatu) e Enxovia (distrito de Tatuí), cujas quotas estãorealmente baixas, indicando necessidade de ampliação de seus sistemas deprodução de água.


Quadro 5.1. Informações básicas sobre os sistemas de abastecimento de água – UGRHI 10 – 1996

Município POPULAÇÃO CAPTAÇÃO Vazãotratada(m3/dia)

SISTEMA DETRATAMENTO

SISTEMA DEDISTRIBUIÇÃO

Urbana(SEADE

96)

Atendida(%)

Manancial Classe Tipo Tipo Capacidade(L/s)

Perdas(%)

Medição(%)

Médio Tietê SuperiorAraçariguama 3.767 100 Rib. do Colégio 2 Superficial 841 25Boituva 29.091 86 Rio Sarapuí 2 Superficial 4.900 23Cabreúva 12.103 96 Rib. Cabreúva 2 Superficial 2.656 10Itu 130.893 100 Cór. Varejão S. Miguel, Rio

Itaim, Rio Pirapitingui, RioBraiaiá, Cór. S. José, Cór.Dos Gomes, Cór. DoBatateiro, Cór. Santa Inês.

2 Superficial 40.555 NC

Porto Feliz 40.000 100 Rib. Avecuia 2 Superficial 8.280 NCSão Roque 47.083 97 Rio Sorocamirim, Rib. da

Ponte Lavrada, RioCarambeí

2 Superficial 13.235 43

Tietê 23.000 100 Subterrâneo 11.620 43Salto 90.000 100 Rio Piraí, Rib. Conceição 2 Superficial ND NCSUB –TOTAL 375.937 82.087

Médio Tietê InferiorAnhembi 3.601 100 Rib. Água Clara 2 Superficial 1.142 64Bofete 5.690 100 Cór. Do Tanque 2 Superficial 922 20Botucatu 115.698 100 Rio Pardo 2 Superficial 24.856 24Conchas 10.836 100 Rib. dos Lopes / Rio do Peixe 2 Superficial 2.198 39Pereiras 5.800 100 Rib. das Conchas 2 Superficial 1.680 61Porangaba 4.984 75 Rio Feio 2 Superficial 1.025 46Torre de Pedra 1.284 69 Rob. Das Palmeiras 2 Superficial 233 33SUB-TOTAL 147.893 32.056

Alto SorocabaIbiúna 19.717 90 Rio Sorocabuçu 2 Superficial 3.906 27Cotia/Caucaia - - ND ND





Urbana(SEADE

96)

Atendida(%)


Perdas(%)

Medição(%)

Vargem GrandePaulista

21.000 85 Rio Cotia 2 Superficial 3.751 36

SUB-TOTAL 40.717 7.657Sorocaba/Pirajibu

Alumínio 20.000 90 Cor. Dos Pintos, OrlandoMaia


Araçoiaba da Serra 11.908 99 Subterrânea 2.096 28Iperó 12.064 97 Subterrânea 1.760 9Mairinque 31.716 100 Itupararanga, Setubal, Jd.

Vitória, Carvalhal2 Superficial 8.736 NC

Sorocaba 470.680 100 Canal Represa Itupararanga,Rio Sorocaba, RepresaIpaneminha


Votorantim 90.000 90 Rio Sorocaba, Rib.Ipaneminha


SUB-TOTAL 182.898Baixo Sorocaba

Alambari 3.461 42 - Subterrânea 513 64Capela do Alto 11.077 99 Subterrânea 1.642 27Cerquilho 30.000 100 Rio Sorocaba 2 Superficial 7.000 NCCesário Lange 10.069 100 Subterrânea 1.756 34Laranjal Paulista 15.000 100 Rio Sorocaba 2 Superficial - NCPiedade 25.816 95 Rio Pirapora 2 Superficial 5.231 27Salto de Pirapora 27.533 99 Cór. Lavras Velhas, Cór.

Santo Antônio, Rio Pirapora2 Superficial 5.030 28

Sarapuí 3.226 96 Subterrâea 1.174 24Quadra 859 100 NC NC 98 49





Urbana(SEADE

96)

Atendida(%)


Perdas(%)

Medição(%)

Tatuí 90.967 96 Rio Tatuí, Rio Sarapuí 2 Superficial 20.793 6SUB-TOTAL 218.008 43.237 43TOTAL 1.418.923 347.945


O RESTANTE DOS DADOS ESTÃO EM FASE DE AQUISIÇÃO


No que se refere ao tipo de captação, onze municípios são abastecidos porcaptação superficial, quatorze por captação mista (superficial e subterrânea) eoutros sete por captação subterrânea.

Esgotamento SanitárioEnquanto que a quase totalidade dos 34 municípios tem elevado índice deabastecimento de água (próximo de 100 %), em relação ao esgotamento sanitárioa situação mostra-se mais precária.

De uma população de 1.418.923 habitantes que compõem a bacia,aproximadamente 69% tem seus esgotos coletados e, destes, apenas 13% sãotratados, o que significa que os corpos d’água recebem praticamente "in natura"todo o esgoto gerado por essa população. Nos municípios operados pela SABESPse tem melhores resultados em termos de sistemas de tratamento de esgotosimplantados, mas em termos gerais, representa um número ainda insuficiente.Dos 34 municípios de toda a bacia do Sorocaba e Médio Tietê, onze não sãooperados pela SABESP que, por sua vez, representam a maior parte dapopulação - 947.089 habitantes, ou seja, aproximadamente 67% da população.

A Figura 5.1. permite uma visão comparativa da situação do esgotamentosanitário dos municípios operados pela SABESP e pelos Serviços Autônomos dosMunicípios. O Quadro 4.30., do ítem Fontes de Poluição, nos mostra asinofrmações básicas sobre os esgotos sanitários por sub-bacia.

Figura 5.1. Situação do Esgotamento Sanitário por Operador

Percentual de municípios por operador

SAEE / PM32%

SABESP68%

População atendida por operador

SAEE/PM67%

SABESP33%

Carga Potencial (kg DBO5/dia) por operador

SAEE/PM67%

SABESP33%

Carga remanescente (kg DBO5/dia) por operador

SAEE/PM72%

SABESP28%


Porcentagem de perdas na rede públicaQuadro 5.1. acima

NÃO HÁ DADOS ESCRITOS

Índice de Atendimento da distribuição de água e derede de esgotosQuadro 5.1. e Quadro 4.30 (ítem Fontes de Poluição)

NÃO HÁ DADOS ESCRITOS

Coleta e Deposição de Resíduos Sólidos DomésticosO Quadro 4.38.(item Disposição de Resíduos Sólidos). mostra resumidamente asinformações relativas à população atendida por coleta, quantidade de resíduosproduzida , tipo de destino e local de deposição, por sub-bacia. Os dados queconstam desta Tabela foram fornecidos pelas prefeituras municipais, observando-se, em alguns casos, valores médios de produção “per capita” superiores àquelesusualmente adotados (500 g/hab.dia). E o Quadro 4.36. (item Disposição deResíduos Sólidos), nos mostras informações sobre os resíduos sólidos industriais.

Do total de resíduos domésticos gerados, 975,6 t/dia em toda a bacia, a populaçãoda sub-bacia do Médio Tietê tem uma contribuição de, aproximadamente, 30%(296 t/dia), enquanto que os 70% restantes são gerados na sub-bacia do rioSorocaba, (679,60 t/dia). Verifica-se que praticamente a quase totalidade dapopulação que integra a UGRHI-10 tem serviços diários de coleta nas áreas maisadensadas e, em dias alternados, nos bairros mais distantes do centro.

Quanto à deposição final destes resíduos, a situação é diferente. Dos 34municípios que compõem a UGRHI-10, apenas três contam com aterrossanitários licenciados pela CETESB (Itu, Sorocaba, Botucatu), que emborarepresentem um número reduzido de municípios, são responsáveis por 50% dototal de resíduos gerados em toda a bacia. Treze municípios dispõem o "lixo" semqualquer controle ou medida de proteção ao meio ambiente e à saúde pública, noschamados "lixões". Oito outros municípios dispõem de aterros controlados, queesporadicamente sofrem compactação e cobertura dos resíduos, mas que têm,proporcionalmente, os mesmos problemas que o “lixão”: catadores, mau cheiro,urubus, etc. Os seis municípios restantes contam com aterros em valas, que é


adequado para pequenas cidades e que consiste no preenchimento de valasescavadas no solo, onde os resíduos, em pequenas quantidades, são depositados erecebem cobertura de terra. Estes aterros quando bem operados são bastanteeficientes. Cabe também citar o caso de alguns municípios que dispõem seusresíduos em "lixões" localizados em boçorocas, o que traduz uma situação aindamais precária. O Quadro 5.2. e a Figura 5.2. subsequente permitem visualizar asituação da deposição de resíduos sólidos domésticos na UGRHI-10.

A decomposição deste resíduo tem como produto o chorume, líquido de elevadacarga orgânica que pode vir a comprometer os cursos d'água. É bastante difícilavaliar a quantidade de chorume gerado, uma vez que somente os aterrossanitários têm este controle.

No Aterro Sanitário de Sorocaba o monitoramento realizado pela CETESB, temmostrado a produção de chorume apenas em épocas de chuva, quando é entãorecirculado e novamente aspergido sobre as camadas de lixo. No que diz respeitoaos resíduos sólidos oriundos dos serviços de saúde pode-se afirmar, com basenas informações coligidas, que todos os municípios promovem a sua coletaseletiva. A maioria dos municípios procede a queima destes resíduos em fornosdos mais variados tipos, cinco municípios utilizam aterros em valas, e seisdispõem seus resíduos de serviços de saúde em aterros controlados e lixões,portanto, sem nenhum controle.

Tabela 5.2. Tipos de Deposição de Resíduos Sólidos Urbanos, por Sub-Bacia

Aterro LixãoSub-bacia Sanitário Controlado Valas

n unid. % n unid. % n unid. % n unid. %

Médio Tietê Superior 1 37 3 30 1 4 3 29

Médio Tietê Inferior 1 77 0 0 0 0 5 19

Alto Sorocaba (*) 0 0 0 0 0 0 1 55

Sorocaba-Pirajibu 1 77 3 19 2 4 0 0

Baixo Sorocaba 0 0 2 25 3 24 4 51

Total 3 51 8 20 6 7 13 20

(*) Apenas Ibiúna forneceu esta informação, portanto faltam dados para contabilizar adequadamente os tipos dedeposição de resíduos sólidos urbanos para a sub-bacia do Alto Sorocaba.



Figura 5.2. Deposição de Resíduos Sólidos por Sub-Bacia

AterroSanitário

AterroControlado

Aterro emValas

Lixão0

10

20

30

40

%

AterroSanitário

AterroControlado

Aterro emValas

Lixão

Percentual por tipo de deposição no M édio Tietê SuperiorPercentual por tipo de deposição no M édio Tietê SuperiorPercentual por tipo de deposição no M édio Tietê SuperiorPercentual por tipo de deposição no M édio Tietê Superior

AterroSanitário

AterroControlado

Aterro emValas

Lixão0

20

40

60

80

%

AterroSanitário

AterroControlado

Aterro emValas

Lixão

Percentual por tipo de deposição no M édio Tietê InferiorPercentual por tipo de deposição no M édio Tietê InferiorPercentual por tipo de deposição no M édio Tietê InferiorPercentual por tipo de deposição no M édio Tietê Inferior

AterroSanitário

AterroControlado

Aterro emValas

Lixão0

20

40

60

80

100

%

AterroSanitário

AterroControlado

Aterro emValas

Lixão

Percentual por tipo de deposição no Alto SorocabaPercentual por tipo de deposição no Alto SorocabaPercentual por tipo de deposição no Alto SorocabaPercentual por tipo de deposição no Alto Sorocaba

AterroSanitário

AterroControlado

Aterro emValas

Lixão0

20

40

60

80

%

AterroSanitário

AterroControlado

Aterro emValas

Lixão

Percentual por tipo de deposição no Sorocaba - PirajibúPercentual por tipo de deposição no Sorocaba - PirajibúPercentual por tipo de deposição no Sorocaba - PirajibúPercentual por tipo de deposição no Sorocaba - Pirajibú

AterroSanitário

AterroControlado

Aterro emValas

Lixão0

10

203040

5060

%

AterroSanitário

AterroControlado

Aterro emValas

Lixão

Percentual por tipo de deposição noPercentual por tipo de deposição noPercentual por tipo de deposição noPercentual por tipo de deposição noBaixo SorocabaBaixo SorocabaBaixo SorocabaBaixo Sorocaba

��

��

��

M édia percentual por tipo de deposiçãoM édia percentual por tipo de deposiçãoM édia percentual por tipo de deposiçãoM édia percentual por tipo de deposiçãona UGRHI-10na UGRHI-10na UGRHI-10na UGRHI-10

AterroControlado20%

Aterro em Valas7%

Lixão20%

Aterro Sanitário51


Doenças de Veiculação HídricaAs carências públicas na área dos serviços de saúde conflitam com a definiçãoclássica de saúde - um estado de completo bem estar físico, mental e social, e nãoapenas a ausência de doenças.

A água pode servir como disseminador de bom número de doenças, chamadas de"doenças de veiculação hídrica", em que serve como meio de transporte eintrodução de agentes infecciosos, eliminados pelo homem através dos dejetos oude poluentes presentes no esgoto industrial, ao ser utilizada para as suas múltiplasaplicações, tais como: abastecimento doméstico, abastecimento industrial,irrigação, dessedentação de animais, recreação, lazer.

Para análise da situação de saúde dos municípios que integram a UGRHI-10,utilizaram-se as informações do sistema de vigilância epidemiológica, cedidaspelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado daSaúde de São Paulo)- Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica, através danotificação compulsória, que trabalha somente com algumas doenças que podemser consideradas potencialmente de veiculação hídrica. As Tabelas IV.5 e IV.6quantificam as doenças notificadas, devendo-se registrar, ainda, a ocorrência de02 (dois) casos de febre tifóide, sendo 01 (um) no Município de Boituva, em1994, e 01 (um) no Município de Salto, em 1995 (caso importado).

Os dados disponíveis no Sistema de Saúde permitem constatar que não houveramcasos de poliomielite no País nos anos de 1994 e 1995. Nos municípios queintegram a UGRHI-10 não foram registrados casos de cólera.

Uma análise profunda dos dados, no entanto, seria um verdadeiro desafio, umavez que as doenças aqui apresentadas são “potencialmente” de veiculação hídrica(ingestão de água contaminada por microorganismos), mas também estãofreqüentemente relacionadas a questões de manipulação, preparo earmazenamento de alimentos, ou de pessoa à pessoa (transmissão fecal-oral).


Quadro 5.3. Surtos de Doença Diarréica e Hepatite

(Registrados Durante os Anos de 1994 e 1995*)

Surtos de Doença Diarréica Surtos de HepatiteMunicípio 1994 1995 1994 1995

Araçariguama 0 1 --- ---Itu 0 2 --- ---

Botucatu 0 1 --- ---Conchas --- --- 0 1

Ibiúna --- --- 0 1Vargem Grande Paulista --- --- 0 1

Araçoiaba da Serra 0 2 0 1Iperó 0 1 --- ---Sorocaba 3 6 0 1Votorantim 0 1 0 1

Cerquilho --- --- 1 0Laranjal Paulista 0 1 --- ---Piedade --- --- 0 1Salto de Pirapora 0 2 0 1Total 3 17 1 8



Alto Sorocaba

Sorocaba/Pirajibu

Baixo Sorocaba

* Dados provisóriosFonte: CVE - DDTH / GVE DIR XXIII

Quadro 5.4. Casos Confirmados de Leptospirose

(ocorridos nos Municípios da DIR XXIII - Sorocaba, nos anos de 1990 a 1995)

ANOMunicípio 1990 1991 1992 1993 1994 1995*

Itu - - 1 - 1 1Porto Feliz - - - - 1 -Salto - 1 - - - 1São Roque - - - - - 2

Ibiúna - - - - - 1

A. da Serra - - - - - 2Mairinque 1 - - - 1 -Sorocaba 4 6 6 6 12 9Votorantim 1 - 3 1 2 3

Piedade - 1 - - - 1Salto de Pirapora 1 - - - 1 1Total 7 8 10 7 18 21


Alto Sorocaba

Baixo Sorocaba

Sorocaba/Pirajibu

*Dados Provisórios


Fonte: GVE - DIR XXIII/ Sorocaba

A leptospirose é uma zoonose de transmissão para o homem que ocorregeralmente por meio de contato com água e solos lamacentos, contaminados comurina de animais infectados. É também descrita a transmissão pela ingestão deágua ou alimentos contaminados. Em nosso meio, a leptospirose refleteprincipalmente a baixa qualidade de vida, apresentando nítida variação sazonal.Acomete principalmente a população residente em áreas de risco, onde há faltade saneamento básico, precárias condições de habitação, córregos assoreados epresença de lixo, propiciando o aumento da população murina.

Conforme descrito anteriormente a grande maioria da população residente nosmunicípios que integram a UGRHI-10 é servida de água encanada e tratada,deixando a água de ser um veículo potencial de transmissão de doenças.

Lembrando que os organismos patogênicos não fazem parte natural do meioaquático, sua presença na água indica a da UGRHI-10 tem potencial detransmissão de Esquistossomose devido a presença de uma das três espécies decaramujos comprovados como hospedeiro intermediário da esquistossomose, eem quase todos estes municípios existe a circulação de casos importados dadoenças (Quadros 5.5. e 5.6.).

Dados desta mesma fonte indicam que na Região não têm ocorrido casosautóctones de esquistossomose com potencial de transmissão, por que o grau depoluição orgânica das coleções hídricas inviabiliza seu uso para consumo,recreação ou lazer o que afasta a possibilidade de transmissão, somado com ofornecimento de água tratada para o abastecimento doméstico.


Quadro 5.5 - Número de Casos Importados de Esquistossomose por ano,nos municípios que integram a UGRHI-10 e a Classificação

Epidemiológica

C lassificação T o tal de C aso s im po rtado sM unicípio E pidem io ló gica 1994 1995

A raçariguam a - 1 0B oituva C P T 9 5

C abreuva - - -Itu C P T 39 37

P orto Feliz C P T 0 2

Salto C P T 7 8São R oque C P T 5 9

Tietê C P T 14* 16

A nhem bi C P T 1 1

B ofete SP T 0 0B otucatu SP T 10 6

C onchas C P T 1 0P ereiras C P T 0 2

P orangaba SP T 4 5Torre de P edra SP T 0 0

Ibiuna C P T 4 6Vargem G rande P aulista - - -

A lum ínio - 0 1A raçoiaba da Serra C P T 0 0

Ipero SP T 0 1M airinque - 3 3

Sorocaba C P T 91 93Votorantim C P T 0 0

A lam bari - 0 0C apela do A lto SP T 0 0

C erquilho SP T 3 2C esario Lange C P T 0 1

Laranjal P aulista C P T 12 4P iedade - 0 1

Salto de P irapora - 0 0Sarapui SP T 0 6

Tatui C P T 0 1T o tal 209 210

Médio Tie tê Superior

Médio Tie tê Infe r ior

Alto Sorocaba

Sorocaba/Pirajibu

Baixo Sorocaba

*1 caso de esquistossomose importado de Angola/ CPT - Municípios com potencial de transmissão/ SPT - Municípios sempotencial de transmissão

Fonte: SUCEN - Serviço Regional de Sorocaba


Quadro 5.6. – Casos Importados de Esquistossomose, segundo Estadode Origem nos anos de 1994 e 1995, para os municípios que Integram a

UGRHI-10

Número de CasosEstado de Origem 1994 1995

Bahia 49 55Espírito Santo 02 02Alagoas 11 21Minas Gerais 80 67Paraná 27 19Pernambuco 33 33Outros Estados 07 13Total 209 210

Fonte: SUCEN - Serviço Regional de Sorocaba

AS TABELAS QUE APRESENTAM MORTALIDADE INFANTILESTÃO NO ITEM DEMOGRAFIA NAS TABELAS 3.3. À 3.8 (SÃOESTAS TABELAS QUE SERÃO UTILIZADAS, OU TERÁ QUESER FEITA OUTRA SÓ COM ESTE ASSUNTO?). TABELA COMÍNDICE DE MORBIDADE DEVERÁ SER LEVANTADA.

Qualidade da água distribuída

ITEM EM FASE DE AQUISIÇÃO


151

6. Áreas Protegidas por Lei

O interesse da coletividade ou o reconhecimento por parte dos PoderesExecutivos Federal, Estadual e Municipal, da importância de determinado bempoderá dar início a um processo de tombamento, assegurando sua preservaçãopara as futuras gerações, ou de criação de áreas de proteção ambiental, através denormas limitando ou proibindo determinadas atividades degradadoras; ou mesmocriação de parques, reservas e estações ecológicas para proteger porçõessignificativas de vegetação e espécies da biota com ocorrência endêmica ouameaçadas de extinção.

Na região da Bacia do Médio Tietê e Sorocaba, nas últimas duas décadas foramcriados diferentes tipos de Unidades de Conservação por iniciativa dos PoderesPúblicos Municipal, Estadual e Federal, com as mais diversas razões. Estasunidades, listadas e descritas a seguir podem ser visualizadas no Desenho 10(Unidades de Conservação).

Unidades de Conservação da Bacia do Sorocaba e Médio Tietê

A - APAs Estaduais1. APA Cabreúva - Lei Estadual n 4.023/842. APA Tietê (Estadual/ Municipal) - Decreto Estadual n 20.959/833. APA Corumbataí, Botucatu, Tejupá - Decreto Estadual n 20.960/834. APA Serra do Mar (Ibiúna) - Decreto Estadual n 22.717/84

B - APAs Municipais1. Botuxim (Itu) - Lei Municipal 3.268/912. Rio Tietê (Itu) - Lei Municipal 3.275/913. Bosque Alceu Geribello (Itu) - Lei Municipal 3264/914. Cidade Nova I (Itu)- Lei Municipal 3265/915. Represa Braiaiá (Itu) - Lei Municipal 2792/916. Fazenda Vassoural (Itu) - Lei Municipal 2787/917. Ribeirão Varejão / Taquaral (Itu) - Lei Municipal 2918/87

C - Áreas Naturais Tombadas1. Morro de Araçoiaba - Floresta Nacional de Ipanema2. Represa Edberg - em estudo3. Pedreira de Varvitos - Resolução Estadual de 18/03/744. Reserva Florestal do Morro Grande - Resolução Estadual n 21 de 20/06/81


152

5. Bairro do Cafundó (Salto de Pirapora) - Resolução Estadual de 24/03/906. Floresta Nacional de Ipanema (Iperó) - Decreto Lei da Presidência da

República, 530/92 de 20/05/927. Reserva da Biosfera - UNESCO/ONU 08/10/83

Áreas de Proteção Ambiental - APA'sAs diversas APAs da UGRHI-10 foram criadas obedecendo diferentes critérios.As APAs regionais, APA Corumbataí - perímetro Corumbataí e APACorumbataí - perímetro Botucatu, possuem parte de seus perímetros no interiorda bacia. Foram criadas por Decreto Estadual para a proteção do relevo decuestas e morros testemunhos, pois são formações geomorfológicas singulares noEstado, e das áreas de recarga do aqüífero Botucatu-Pirambóia, importanterecurso hídrico para abastecimento do Centro-Oeste Paulista.

No decreto de criação de uma APA, a Zona de Vida Silvestre fica estabelecida econdicionada à própria existência da APA primária. A ZVS abrange todos osremanescentes de vegetação primária e áreas definidas pelo Código Florestal.Nessas áreas são proibidas atividades degradadoras ou potencialmentecausadoras de degradação ambiental, inclusive porte de armas de fogo einstrumentos de destruição dos recursos naturais.

O disciplinamento do uso e da ocupação do solo é efetivado através dozoneamento ambiental. Após estudos e diagnósticos da área são definidas zonasambientais. O zoneamento, aliado a procedimentos de controle, fiscalização eprogramas de educação ambiental, dará forma aos programas de gestão da APAque serão efetivados por instrumentos de articulação entre órgãos do poderexecutivo, municípios, entidades não-governamentais e universidades.

Os dois perímetros da APA Corumbataí e da APA Cabreúva, essa última comperímetro municipal, estão em processo de discussão para regulamentaçãoatravés de decretos.

A APA Cabreúva foi criada em 1984 para preservação de um trecho da Serra doJapi que cobre cerca de 30% do território de Cabreúva e foi tombado peloConselho de Defesa do Patrimônio Histórico, em 1983.

O Município de Itu também dispõe de diversas APAS municipais:• APA Botuxim; APA Rio Tietê; APA Bosque Alceu Geribello; APA Cidade

Nova I; APA Represa Braiaiá; APA Fazenda Vassoural e APA RibeirãoVarejão / Taquaral.


153

Existe, ainda, na Bacia do Sorocaba/Médio Tietê, a APA Tietê, que é municipal eestadual, e protege áreas urbanas e rurais de importância histórica ligada ao ciclobandeirante paulista.

Áreas IndígenasTEXTO A SER ELABORADO

Parques Estaduais e MunicipaisTEXTO A SER ELABORADO

ReservasAinda no interior da bacia, foi criada em 1983, pela UNESCO-ONU, a Reservada Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo – Parte da Mata Atlântica,abrangendo nascentes do rio Sorocamirim e seus afluentes. Sendo uma Unidadede Conservação Internacional, o manejo é definido em três níveis de restrição:área núcleo, área de restrição tampão e área de transição. Os municípiosenvolvidos são Cotia, Vargem Grande Paulista, São Roque, Ibiúna, Piedade,Mairinque, Alumínio e Itu.

Estações EcológicasTEXTO A SER ELABORADO

OS SUB-ITENS ABAIXO SERÃO INCLUÍDOS NESTE ITEM OU SERÃODESPRESADOS?

Áreas Naturais Tombadas - ANTsForam criadas Áreas Naturais Tombadas nos Municípios de Cotia (Caucaia doAlto), Iperó, Itu, Salto de Pirapora e Sorocaba.


154

O Município de Cotia tem hoje, quase metade de sua área ocupada por vegetaçãoprimária, devido ao tombamento da Reserva Florestal do Morro Grande (Caucaiado Alto), que abriga em seu perímetro as represas de Cachoeira das Graças ePedro Beicht. O tombamento se deu no nível estadual, na década de 80.

Morro de Araçoiaba e a represa Edberg, ambos tombados pelo governo federal,localizam-se no município de Iperó e preservam um acervo histórico datado de1585 e a represa, que pode ter sido a primeira construída na América do Sul.

Localizada no município de Itu, a Pedreira de Varvitos é um patrimônio estadual,explorado há mais de 100 anos e reconhecida internacionalmente por suascaracterísticas geológicas singulares e riqueza de informações científicas.

Às margens do rio Sarapuí, no município de Salto do Pirapora, tombado pelogoverno estadual na década de 90, o Bairro do Cafundó é um pequeno povoadoque abriga uma comunidade de negros descendentes de escravos alforriados.

Floresta Nacional

A Floresta Nacional de Ipanema localiza-se no município de Iperó e foi criadapelo Governo Federal em 1992. No seu projeto de reestruração está prevista aadoção do turismo ecológico como proposta de educação ambiental. O rioIpanema, bem como seus afluentes, atravessam a floresta.


7. Áreas degradadas

ErosãoOs processos erosivos podem ser desencadeados a partir de desmatamentos, demanejo incorreto dos solos agrícolas ou, como é mais freqüente, de lançamentosconcentrados de águas superficiais, quando feitos sem obras de controleadequadas. Esses processos estão quase sempre associados à construção deestradas e à ocupação urbana (loteamentos e conjuntos habitacionais).

Nesta análise foram consideradas apenas as erosões críticas - as boçorocas (ouvoçorocas). O termo é usado normalmente para designar uma ravina de grandeporte e de rápida evolução, resultante da ação das águas de escoamentosuperficial. Este fenômeno representa a última fase de evolução de um processoerosivo, que tem início com a erosão laminar passando, em geral, pela formaçãode sulcos e ravinas até atingir o lençol freático local, dando início à erosãointerna, com a formação de dutos e ramificações. É um processo que secaracteriza por possuir um forte poder destrutivo, visto que engloba diversosfenômenos erosivos associados, tais como erosão superficial, erosão interna,solapamentos, descalçamentos, desabamentos e escorregamentos, que atuamconjuntamente.

As causas e condicionantes da formação das boçorocas estão relacionadas aosfatores naturais (chuvas, cobertura vegetal, topografia e tipos de solos) e podemser aceleradas pela ocupação humana, quando realizada de forma inadequada.

Áreas de Ocorrência de ErosãoEm 1991 foi publicado o relatório "Orientações para combate à erosão no Estadode São Paulo - Bacia do Médio Tietê", realizado pelo IPT – Instituto de PesquisasTecnológicas do Estado de São Paulo, objetivando o mapeamento e acaracterização das principais boçorocas que ocorrem nas áreas urbanas da regiãode estudo e a correlação dos fatores do meio físico (geologia, geomorfologia,pedologia), além dos níveis de criticidade.


Dos resultados apresentados no referido relatório, foram selecionados os dadosreferentes aos municípios que pertencem à UGHRI-10: Bofete, Botucatu,Cerquilho, Cesário Lange, Itu, Salto de Pirapora, Sarapuí, Sorocaba eVotorantim, para análise dos problemas relacionados à ocorrência de erosão(Quadro 7.1.). A localização das boçorocas em cada município analisado estáapresentada nas Figuras 7.1. a 7.8, no final deste item.

Quadro 7.1. Ocorrência de Boçorocas na UGRHI - 10 – Situação em 1991

Municípios Localidade Pontos mais Críticos(vol. - m³)

Bofete Rua João MartinelliErosão do Agripino

4.20017.640

Botucatu*

Jd. Vista LindaBarrocaJd. PeabiruParque MunicipalJd. ParaísoNova BotucatuR. Silvestre BartolliAv. Dep. Dante DelmantoVila FerroviáriaCaioCEAGESPAABBRubião JuniorFEPASABons AresLixão I - Jd. RivieraVila RealVila AssunçãoTanoquinhoMotel RomaCOHAB IPalos VerdesPq. dos Pinheiros

15.00032.00038.0009.0009.0003.000

44.0003.000

112.000103.00074.00062.000

320.000

22.00020.00061.000

11.000Cabreuva Bairro do Pinhal

Cerquilho

Aterro Rodov. NovaPontilhão FEPASAR. TamandaréR. BahiaFEPASAAv. Dr. ViníciusRibeirão PimentaBairro Estiva

8.00031.00017.500

Cesário Lange Praça Adolfo PrestR. Aristides Vasconcelos

--

ItúRua dos ExpedicionáriosChácara Pq. IndustrialJardim das RosasMatadouro

600

Salto de Pirapora Jardim Avenida 1200

SarapuíEstrada SA-31Vila São JoãoBaiano do Sul

1700

Sorocaba Rua Alfeu Castro SantosRua Benedito Ferreira Telles

182.00016.000


Municípios Localidade Pontos mais Críticos(vol. - m³)

Votorantim

Pró-Morar I (Rua 2)Pró-Morar I (Rua 6 e 16)Pró-Morar I (Rua 11)Jd. PaulistaJd. PaulistaVila DominguinhoB Monte Alegre

3.000

10.500

(*) Dados de 1995

Fonte: IPT, 1991-1995

Município de BotucatuNa área de abrangência da UGHRI, verifica-se que o município de Botucatu seencontra em situação mais crítica, seguido de Cerquilho e os demais municípios.

De acordo com o relatório do IPT de 1991 existiam em Botucatu dezesseiscicatrizes de erosão de grande porte, sendo que em estudo elaborado em 1995,também pelo IPT, foram cadastrados 23 pontos de erosão considerados críticos, oque significa que houve surgimento de novos processos (Figura 7.1.).

A maioria dos novos pontos estão localizados nas áreas de expansão urbana naperiferia da cidade. A causa principal é a deficiência ou ausência de obras deinfra-estrutura, no sistema viário e drenagem superficial, provocando aconcentração do escoamento superficial aliada à inexistência de estruturaadequada de adução e lançamento das águas.

As erosões de maior porte estão localizadas nas imediações de Rubião Junior,região caracterizada por espesso pacote de arenitos muito suscetíveis a essesprocessos. Esta situação tende a se agravar rapidamente devido às característicasfísicas e à ocupação recente.

Da análise do Quadro 7.2., verifica-se que, além dos novos pontos de boçorocas,houve aumento no porte das cadastradas em 1991, em torno de 21%. Algunspontos mais críticos relacionados naquele estudo não receberam nenhumtratamento para contenção das boçorocas, como é o caso do Jardim Riviera, queapresentava um volume de 266.000 m³ em 1991 e, em 1995, passou para320.000 m³.

Além das boçorocas pontuais, nas escarpas íngremes da serra de Botucatu,também são muito freqüentes a ocorrência de ravinamento, em geral de pequenoporte, e processos de movimentação de massa, tipo escorregamento, rastejo equeda de blocos.

Nas áreas onde afloram os arenitos, a rede de drenagem natural sofrefrequentemente o solapamento e o desmoronamento das margens, provocando o


alargamento e assoreamento dos canais. Nas áreas urbanizadas esses processos,aliados à impermeabilização das margens, são responsáveis pelas enchentes.

Neste município, que apresenta características físicas favoráveis aos processos deerosão, todas as ações de planejamento devem levar em consideração os níveis desusceptibilidade das diversas unidades de risco, conforme proposto no relatóriodo IPT.

Quadro 7.2. Evolução do Porte das Boçorocas Cadastradas em Botucatu

LocaisDimensões - 1991

(m)Dimensões – 1995

(m)Comp. Prof. Larg. Comp. Prof. Larg.

Volume1991(m³)

Volume1995(m³)

Silvestre Bartolo 100 3 4 215 3 4 800 3.000Nova Botucatu 200 4 8 290 4 8 5.000 9.000Jd. Paraíso 100 8 12 280 8 17 7.000 38.000Jd. Cristina 60 7 10 180 7 12 3.000 15.000COHAB 2 500 12 10 330 8 12 42.000 32.000CEAGESP 80 4,5 8 140 2,5 8 2.000 3.000Vila São José 180 9 15 195 9 15 24.000 20.000Rubião Junior 350 14 30 260 12 36 103.000 112.000Jardim Bons Ares 450 8 20 390 8 20 50.400 62.000Jardim Riviera 360 10 50 320 20 50 266.000 320.000Parque Pinheiros 300 4 10 270 4 10 8.400 7.560Volumes Totais 511.600 621.560

Fonte: IPT, 1995

Município de CerquilhoO IPT mapeou na área urbana oito boçorocas, das quais três foram cadastradas econsideradas de grande porte (Quadro 7.1.). As causas que desencadearam osprocessos erosivos foram o desmatamento e a ocupação das cabeceiras dedrenagem, que são muito profundas e suscetíveis à erosão (Figura 7.2.).

Município de BofeteO município está localizado sobre relevo de morrotes e espigões alongados, comsolos muito suscetíveis à erosão. Os pontos mais críticos estão localizados nascabeceiras de drenagem, onde se situa a área urbana de Bofete (Figura 7.3.).

Além da posição inadequada, outra causa importante é a falta de infra-estruturaurbana para escoamento das águas superficiais.

Foram observadas em 1991 duas boçorocas, sendo a "do Agripino" de maiorporte e mais crítica.


Município de ItuNa área urbana são poucos os pontos críticos de erosão, embora algunsnecessitem de obras de captação de água pluvial, construção de galerias, bocas-de-lobo, aterros corretivos, etc. para escoamento da água pluvial, além deserviços de manutenção e proteção de encostas.Entre os pontos de erosão, o de maior criticidade está localizado na rua doExpedicionário (Vila Leise), formado a partir da concentração e lançamento deáguas superficiais da bacia de drenagem, provocando alagamentos nas margensdo Rio Tubarão (Ponto 1 - Figura 7.4.).

Município de SorocabaAs boçorocas estão localizadas em cabeceiras de drenagem de 1ª ordem e emlocais que tiveram a camada de solo removida. São dois os pontos de erosão maiscríticos na área urbana (Figura 7.5.).

Município de VotorantimA ocorrência dos pontos de erosão está relacionada às condições naturais dossolos; tipo de relevo e também à concentração das águas pluviais, devido àocupação inadequada, à ausência de obras de drenagem e canalização das águas.Na área urbana foram mapeadas sete boçorocas, das quais duas apresentam graucrítico (Figura 7.5.).

Município de PiedadeEste município não apresenta problemas pontuais de erosão; porém alguns locaissão suscetíveis a estes processos, como as encostas de alta declividade e osistema viário de loteamentos recentes e conjuntos habitacionais.A área mais crítica é a Vila Manso, onde vários lotes têm cortes de alturassuperiores a 3 metros, colocando em risco as construções a montante.

Municípios de Salto de Pirapora e SarapuíNa área urbana de Salto de Pirapora foi encontrada uma boçoroca, provocadapela concentração de águas pluviais (Figura 7.6.). Em Sarapuí, os pontos deerosão estão localizados em sua maioria, no Bairro São João e são formados emleitos de ruas, devido à concentração de águas pluviais não captadas pela rede dedrenagem (Figura 7.7.).

Cesário LangeNeste município não foram encontrados problemas graves de erosão, apenas doispontos que necessitam obras simples de drenagem das águas superficiais (Figura7.8.).


ConclusãoOs dados utilizados para a análise dos problemas de erosão são de 1991 (IPT),com exceção de Botucatu, atualizados em 1995. Neste município surgirammuitos pontos novos de boçorocas, além do aumento do porte das cadastradas em1991.

Foi possível verificar, também, que as causas e condicionantes não diferem muitoentre os municípios; de um lado as características naturais de suscetibilidade e,de outro, a ocupação inadequada e a falta de obras de infra-estrutura urbana sãoos principais responsáveis pelos problemas erosivos.

Provavelmente esta situação se repete também nos demais municípios quepossuem as mesmas características físicas e de urbanização. O Quadro 7.3. nosmostra a porcentagem de áreas suscetíveis a erosão por sub-bacia nos anos de1996 e 1997.

Quadro 7.3. Erosão

% de área suscetível a erosão em relação a área total1996 1997 Sub-Bacia

Laminar Voçoroca Laminar VoçorocaMédio Tietê Superior


Alto Sorocaba

Sorocaba / Pirajibu

Baixo Sorocaba

TOTAL

DADOS A SEREM LEVANTADOS


Figura 7.1. BOTUCATU/Localização das Boçorocas


Figura 7.2. CERQUILHO/Localização das Boçorocas


Figura 7.3. BOFETE/Localização das Boçorocas


Figura 7.4. ITU/Localização das Boçorocas


Figura 7.5. SOROCABA/VOTORANTIM/Localização das Boçorocas


Figura 7.6. SALTO DE PIRAPORA/Localização das Boçorocas


Figura 7.7. SARAPUÍ/Localização das Boçorocas


Figura 7.8. CESÁRIO LANGE/Localização das Boçorocas


Áreas suscetíveis a inundações

Foram identificados nos municípios que integram a UGHRI-10 problemaslocalizados de inundação, onde as áreas baixas situadas junto às margens doscorpos d’água são afetadas pela elevação do nível d’água quando da ocorrênciade chuvas torrenciais ou chuvas com periodicidade anual, de grande intensidade epequena duração.

Estes eventos ocorrem em áreas de várzeas impropriamente ocupadas, e emlocais onde se verifica o transbordamento de rios e córregos, onde as suas calhas,apesar de bem encaixadas, apresentam insuficiência de escoamento por causa deassoreamentos, estrangulamentos de seções, declividades insuficientes esinuosidade com curvas de pequeno raio.

Situações mais críticas foram identificadas nos municípios de Salto e Tietê, naBacia do Médio Tietê, e em Sorocaba, na Bacia do Rio Sorocaba. Não se dispõedos valores de vazões de cheia na região, tendo-se como registro da ocorrênciadestes eventos dados levantados junto aos municípios atingidos e na imprensalocal.

A ocorrência de inundações no Médio Tietê está vinculada, dentre outros fatores,às parcelas das ondas de cheia que se formam no Alto Tietê que não podem seramortecidas nos reservatórios atualmente existentes, devido às limitações de suascapacidades de armazenamento, e que transitam naturalmente para jusante,acrescidas das contribuições ao longo do Médio Tietê.

Para atenuação das ondas de cheia no Alto Tietê são previstas obras de grande emédio porte, além de medidas não estruturais. Dentre as obras de grande porteprevistas merece destacar o projeto de ampliação da calha do rio Tietê entre asbarragens da Penha e Edgard de Souza. A efetiva implantação desta obrapermitirá um aumento das vazões de escoamento superficial naquele trecho dorio, podendo agravar os episódios de enchentes/inundações no Médio Tietê, casoos reservatórios de jusante (em particular o reservatório de Pirapora) nãodisponha de condições físicas e/ou operacionais para contenção das novas ondasde cheia.

Segundo a ELETROPAULO, o reservatório de Pirapora poderá ser operado emníveis mais baixos que os atuais, utilizando-se os descarregadores de fundoconstruídos exclusivamente para este fim e concluídos em 1993, aumentando-se,assim, a sua capacidade de armazenamento para amortização das ondas de cheia.Os impactos ambientais decorrentes das obras de ampliação da calha do rio Tietêdeverão ser objeto de avaliação pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.


O CBH-SMT aprovou, em reunião plenária, a solicitação de desenvolvimento deestudos de viabilidade de contenção das ondas de cheia pelos reservatórios demontante, frente a realização das obras em questão, solicitação esta que consta doPrograma de Duração Continuada n 8 - Prevenção e Defesa contra Inundações,do Projeto de Lei do Plano Estadual de Recursos Hídricos 1996/99.

O Quadro a seguir apresenta as principais inundações que ocorreram nas cidadespertencentes a UGRHI-10 e suas conseqüências.

Quadro 7.3. Inundações

Data Precipitação de24 hs (mm)

Tr Descrição das conseqüências

AssoreamentoTEXTO A SER ELABORADO

Quadro 7.4 Estiagem

% da precipitação média histórica no período seco (abril/set)Sub-Bacia96 97

Médio Tietê SuperiorMédio Tietê InferiorAlto SorocabaSorocaba / PirajibuBaixo SorocabaTOTAL

MineraçãoDesenho 4 – Atividade Minerária

No item Uso e Ocupação do Solo

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1.Caracterização Geral da UGRHI-10 Localização da UGRHI