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1_Prop Sol Particulados
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O que é um sólido par1culado? ü Um material composto de materiais sólidos de tamanho reduzido (partículas). ü O tamanho reduzido das partículas pode ser uma característica natural ou pode ser devido a um processo prévio de fragmentação.
Importância
O conhecimento das propriedades dos sólidos
par4culados é fundamental para o estudo de muitas operações unitárias como:
Redução de tamanho
Fluidização
Transporte Pneumá4co
Centrifugação
Decantação Sedimentação
Filtração
Exemplos de tecnologias em que se encontram sólidos par4culados
Tipo Descrição Encontrado na fabricação de:
Adsorção Separação preferencial de molécula(s) presente(s) em um fluido (gás ou líquido) por meio de sua fixação em sólido adsorvente
Fármacos Resinas
Ciclones Separaçãp de sólidos de tamanhos distintos por meio da ação centrífuga
Fertilizantes Sabão
Elutriação Separação de partículas sólidas, tendo como base a diferença de diâmetro e de massa específica
Fertilizantes Extração de diamantes
Filtração Separação de particulados por diferença de tamanho entre a partícula e os poros ou interstícios do meio filtrante
Adesivos Fibras artificiais
Floculação Aglomeração de material coloidal e em suspensão, após coagulação
Inseticidas Tratamento de água
Secagem Remoção de um solvente volátil contido no meio sólido por meio da ação do calor
Adubos Papel
Sedimentação Processo de separação de particulados por meio da deposição de material
Papel Tinta
PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS PARTICULADOS
A) as que dependem da natureza das partículas: a forma, a dureza, a densidade, o calor específico e a condutividade.
B) as que dependem do sistema (leito poroso): a densidade aparente, a área específica, a permeabilidade, o ângulo de repouso natural, entre outras.
Neste caso, a propriedade passa a ser uma característica do conjunto de partículas e não mais do sólido em si.
Tamanho de ParMculas Granulometria é o termo usado para caracterizar o tamanho das par9culas de um material.
Abaixo de 0,5 mm
Sólidos Granulares 0,5 a 10 mm
Blocos Pequenos 1 a 5 cm
Blocos Médios 5 a 15 cm
Blocos Grandes > 15 cm
Pós
Dis4nguem-‐se pelo tamanho cinco 4pos de sólidos par4culados:
MATERIAIS COM PARTÍCULAS UNIFORMES Quando as par9culas sólidas são todas iguais, o problema da determinação do seu número, volume e superCcie externa é bastante simples. Consideramos uma par9cula isolada. Seu tamanho poderá ser definido pela dimensão linear de maior importância: v O diâmetro, no caso de uma superCcie esférica v Aresta, no caso de cubo
No caso de par9culas de outras formas geométricas ou irregulares, uma dimensão deverá ser arbitrariamente escolhida.
MATERIAIS COM PARTÍCULAS UNIFORMES
1. Com o auxílio de um microscópio
2. Por peneiramento: fazer passar por malhas progressivamente menores, até que fique re1da. O tamanho é a média das duas peneiras.
3. Decantação: o material é posto numa suspensão que se deixa em repouso durante um certo tempo. A par1r das frações de massa separadas (decantadas), calcula-‐se o tamanho da par9cula.
O tamanho da par9cula pode ser ob1do por diversos meios:
4. Elutriação: • O princípio empregado é o mesmo, porém a suspensão é man1da em escoamento ascendente através de um tubo.
• Variando-‐se a velocidade de escoamento, descobre-‐se o valor necessário para evitar a decantação das par9culas. Esta será a velocidade de decantação do material.
5. Centrifugação:
A força gravitacional é subs1tuída por uma força centrífuga cujo valor pode ser bastante grande, à conveniência do operador. É ú1l principalmente quando as par9culas são muito pequenas e, por conseqüência, têm uma decantação natural muito lenta.
Super_cie Externa da ParMcula (s)
O valor a depende da forma da par9cula. Para cubos é igual a 6 e, para esferas vale π
2aDs =
Volume da ParMcula (v) 3bDv =
O parâmetro b depende da forma da par9cula, sendo 1 para par9culas cúbicas e, π/6 para par9culas esféricas
Propriedade dos Sólidos Par4culados
Fator de Forma (λ)
λ é denominado fator de forma da partícula. É igual a 6 para cubos e esferas, sendo maior para
partículas irregulares.
ba
=λ
Número de ParMculas da Amostra (N)
M = massa da amostra e ρ = densidade do sólido
Super_cie Externa da ParMcula (S)
ρ3bDM
partículacadavolumeamostratotalvolumeN ==
ρλ
ρ DMaD
bDMNsS === 23
Exercícios: 1. Uma amostra de mica foi observada com uma lente e diversas plaquetas do material foram examinadas e medidas, verificando-‐se que elas eram pra1camente do mesmo tamanho. Suas dimensões médias resultaram as seguintes: espessura 0,5 mm, largura 8 mm, comprimento 14 mm. Calcular o fator de forma (λ).
Neste caso vamos admi1r que as par9culas são paralelepípedos
retângulos e neste caso D = 8mm.
2aDs = 3bDv =ba
=λ
Resposta:
s = 2 ( 0,5 x 8 + 14 x 8 + 0,5 x 14) = 246 = a 82 → a = 3,84
ν = 0,5 x 8 x 14 = b 83
→ b = 0,109
λ = 3,84 / 0,109 = 35,3
2. Calcule o fator de forma de um prisma retangular de base triangular equilátera e cuja altura é duas vezes a aresta da base. Resposta -‐-‐-‐-‐-‐ λ = 7,93 3. Calcule o fator de forma de par9culas paralelepipédicas cujas arestas guardam entre si relações de 1:2:5.
Resposta -‐-‐-‐-‐-‐ λ = 6,8
A) Esfericidade
B) Densidade
C) Dureza
D) Ductilidade e Fragilidade
E) Aspereza
F) Porosidade (ε)
G) Densidade Aparente
Os parâmetros de forma mais utilizados são os seguintes:
FORMA DAS PARTÍCULAS A forma das partículas é determinada pelo sistema cristalino dos sólidos naturais e no caso dos produtos industriais pelo processo de fabricação. A forma é uma variável importante.
A forma de uma partícula pode ser expressa pela esfericidade (φ), que mede o afastamento da forma esférica.
φ = Superfície da esfera de igual volume da partícula Superfície externa da partícula
Logo φ= 1 para uma partícula esférica φ< 1 para qualquer outra forma
0 ≤ φ ≤1
A) Esfericidade
Permite classificar os sólidos nos seguintes 1pos: -‐ Leves (ρ<500 kg/m3) = serragem, turfa, coque -‐ Muito Pesados (ρ > 2000 kg/m3) = minérios de ferro ou chumbo
-‐ Médios (1000 ≦ ρ ≦ 2000 kg/m3) = areia, minérios -‐ Intermédios (550< ρ <1000 kg/m3) = produtos agrícolas
B) Densidade
Medida da resistência de um material a uma deformação plás1ca localizada. No caso dos minerais é a resistência que eles oferecem ao serem riscados por outros sólidos. A escala de dureza que se emprega neste úl1mo caso é a de Mohr, os minerais representa1vos são:
C) Dureza
⇒ valor da propriedade varia com o método empregado
⇒ Metais: dureza medida pela resistência a indentação ou penetração por algum metal duro (ou indentador de diamante).
Dureza dos metais: Brinell Cerâmicos: Vickers
Vickers Knoop
Rockwell
Microdureza de Knoop Mede-‐se
Mede-‐se profundidade e largura microfissuras
da indentação no material
C) Dureza
Microestrutura de ferro dúc1l de um corpo-‐de-‐prova re1rado de um compressor. Na microestrutura salienta-‐se as marcas do indentador de diamante devido a medição de microdureza Knoop. (100X)
Frágil Dúctil
É uma propriedade mecânica importante que representa uma medida do grau de deformação plástica que foi suportado quando da fratura. Frágil: Material que experimenta uma deformação plástica muito pequena (< 5%) ou nenhuma deformação plástica quando da sua fratura.
D) Ductilidade e Fragilidade
Diamante ?? Cobre??
Fratura Frágil vs Dúc1l
Muito Ductil
Moderado Dúctil Frágil Comportamento:
Grande Moderado %AR or %EL Pequeno
• Classificação:
Fratura tipo taça e cone no alumínio
Fratura frágil em um aço doce (baixo teor de C)
Fratura Frágil vs Dúc1l
Determina a maior ou menor dificuldade de escorregamento das par9culas.
É a propriedade que mais influencia as propriedades do conjunto (leito poroso)
v Quanto mais a par9cula se afasta da forma esférica, mais poroso será o leito.
E) Aspereza
F) Porosidade (ε)
F) Porosidade (ε)
ε = totalV −partículasV
totalV=1−
Vpartículas
totalV=1−
mρ
totalVComo medir a porosidade de forma simples?
Colocar areia em uma proveta de 100 ml até a marca de 100 ml. Acrescentar água até a marca de 100 ml. O volume de água adicionado é o volume de vazios. Ex: Qual a porosidade do leito se adicionarmos
30 ml de água??
É a densidade do leito poroso, ou seja, a massa total do leito poroso pelo volume total do leito poroso. Pode-‐se calcular por balanço de massa a partir das densidades do sólido e do fluido, que muitas vezes é o ar.
ρa = (1-‐ ε).ρp + ε.ρf
Proporção de Sólido
Densidade do Sólido Porosidade
Densidade do Fluido
G) Densidade Aparente (ρa)
MATERIAIS HETEROGÊNEOS Neste caso o material terá que ser separado em frações com par9culas uniformes por qualquer um dos métodos de decantação, elutriação ou centrifugação anteriormente citados.
O meio mais prá1co, no entanto, consiste em passar o material através de uma série de peneiras com malhas progressivamente menores, cada uma das quais retém uma parte da amostra.
Esta operação, conhecida como ANÁLISE GRANULOMÉTRICA,
é aplicável a par9culas de diâmetros compreendidos entre 7 cm e 40 µm.
MATERIAIS HETEROGÊNEOS A análise granulométrica é realizada com peneiras padronizadas quanto à abertura das malhas e à espessura dos fios de que são feitas.
Séries de Peneiras mais Importantes
Bri1sh Standard (Bs) Ins1tute Of Mining And Metallurgy (Imm) Na1onal Bureau Of Standards -‐ Washington Tyler (Série Tyler) – é a mais usada no Brasil
MATERIAIS HETEROGÊNEOS
É cons1tuída de quatorze peneiras e tem como base uma peneira de 200 malhas por polegada (200 mesh), feita com fios de 0,053 mm de espessura, o que dá uma abertura livre de 0,074 mm. As demais peneiras, apresentam 150, 100, 65, 48, 35, 28, 20, 14, 10, 8, 6, 4 e 3 mesh.
MATERIAIS HETEROGÊNEOS O ensaio consiste em colocar a amostra sobre a peneira mais grossa a ser u1lizada e agitar em ensaio padronizado o conjunto de peneiras colocadas umas sobre as outras na ordem decrescente da abertura das malhas.
Abaixo da úl1ma peneira há uma panela que recolhe a fração contendo as par9culas mais finas do material e que conseguem passar através de todas as peneiras da série.
MATERIAIS HETEROGÊNEOS
As quan1dades re1das nas peneiras e na panela são pesadas. A fração de cada tamanho se calcula dividindo a massa re1da (mi) pela massa total da amostra (M).
Δφi =mi
M
MATERIAIS HETEROGÊNEOS
Esta fração poderá ser caracterizada de dois modos: 1) Como a fração que passou pela peneira i-‐1 e ficou reJda na peneira i.
Se estas forem as peneiras 14 e 20, respecDvamente, será a fração 14/20 ou –14+20.
2) Como a fração representada pelas parMculas de diâmetro igual a média aritmé4ca das aberturas das malhas das peneiras i e i-‐1.
No caso que estamos exemplificando, será a fração com par9culas de tamanho:
Apresentação dos resultados Normalmente sob a forma de tabelas e gráficos. Análise granulométrica diferencial (AGD)
Análise granulométrica diferencial (AGD)
0,000,050,100,150,200,250,300,350,40
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
Δϕi
Di
Apresentação dos resultados Análise granulométrica acumulada de re1dos (AGAR) ou acumulada de finos (AGAF)
Cálculos baseados nas análises granulométricas
� Número de partículas da amostra:
Se b e ρ forem admitidos constantes para todas as frações temos:
A somatória terá que ser obtida somando as parcelas para todas as frações da amostra, inclusive a presente na panela.
∑Δ
=n
iii
i
DbMN
13ρϕ
∑Δ
=n
i
i
DbMN
13ϕ
ρ
� Superfície externa das partículas:
Para uma parte da amostra (para as frações retidas nas peneiras l e k):
∑Δ
=n
i
i
DMS
1
ϕρλ
∑Δ
=k
l i
i
klkl
kl
DMM
MS ϕ
ρλ
.,
,
� Diâmetro médio das partículas:
� Diâmetro médio aritmético( Da)
É o diâmetro da partícula de tamanho médio. Multiplicando o diâmetro desta partícula pelo número total de partículas obteremos a soma de todos os diâmetros da amostra.
∑
∑=
+++
+++= n
i
n
ii
n
nna
N
DN
NNNDNDNDND
1
1
21
2211
......
� Diâmetro médio das partículas:
� Diâmetro médio aritmético( Da)
É o diâmetro da partícula de tamanho médio. Multiplicando o diâmetro desta partícula pelo número total de partículas obteremos a soma de todos os diâmetros da amostra.
∑
∑=
+++
+++= n
i
n
ii
n
nna
N
DN
NNNDNDNDND
1
1
21
2211
......
� Diâmetro médio superficial (Ds)
É o diâmetro da partícula de superfície externa média, que é a partícula cuja superfície externa , ao ser multiplicada pelo número total de partículas da amostra, fornece a superfície externa total.
∑
∑
∑
∑Δ
Δ
=Δ
Δ
= n
i
i
n
i
i
n
i
i
n
ii
i
s
D
D
DbM
DDbM
D
13
1
13
1
23
ϕ
ϕ
ρϕρϕ
2
1
2i
n
is DaNDNaNsS ∑===
É o diâmetro da partícula de volume médio. Multiplicando o volume desta partícula pelo número de partículas da amostra, obtém-‐se o volume total do sólido. O volume desta partícula é a média aritmética dos volumes de todas as partículas da amostra. Admite-‐se uma densidade igual para todas as partículas:
� Diâmetro médio volumétrico(Dv)
DV =1ΔφiDi3
1
n
∑3
Exercícios: 4. Vinte gramas de uma amostra de café solúvel, com par9culas esféricas de densidade 1,5 g/ml apresentam a análise granulométrica da tabela abaixo:
Calcule o número de par9culas da amostra e seu diâmetro médio volumétrico.
Frações Δφi Di
35/48 0,00 0,356
48/65 0,56 0,252
65/100 0,30 0,178
100/200 0,10 0,111
200/panela 0,04 0,056
5. A Tabela abaixo apresenta o resultado de uma análise granulométrica de uma amostra de 25 g de um sólido granular com massa específica de 2,3 g/cm³ e par9culas cúbicas: a. Escreva uma nova tabela para a análise granulométrica diferencial
(AGD); b. Calcule o número de par9culas da amostra (onde b=1 para par9culas
cúbicas); c. Calcule o diâmetro médio volumétrico.