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Ciências – 6º ano
2º bimestre – Plano de desenvolvimento
O Plano de desenvolvimento apresentado neste bimestre tem o objetivo de explicitar os
objetos de conhecimento e as habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro
do Estudante, bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam para a aplicação da
metodologia adotada.
1. Objetos de conhecimento e habilidades
No quadro a seguir, dispomos os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados em
cada capítulo indicado para o estudo do 2º bimestre. No campo “Habilidades”, inserimos habilidades
da BNCC, habilidades complementares e habilidades complementares que foram contempladas no
Livro do Estudante. As habilidades destacadas em negrito são aquelas consideradas essenciais para a
continuidade das aprendizagens dos estudantes ao longo dos bimestres.
Referência no material didático
Objetos de conhecimento Habilidades
Capítulo 5 Fatores bióticos e abióticos nos ambientes
Fatores bióticos e abióticos
Ser vivo
Espécie biológica
População, comunidade e ecossistema
Graus de modificação no ambiente
Identificar fatores abióticos e bióticos em um ecossistema. Compreender o conceito de ambiente.
Relacionar fatos e fenômenos terrestres periódicos com a posição das constelações no céu noturno.
Compreender a interação e a interdependência entre fatores abióticos e bióticos em um ecossistema.
Conhecer o conceito de espécie biológica.
Conhecer e discriminar os conceitos de população, comunidade e ecossistema.
Conhecer as principais características de um ser vivo.
Capítulo 6 Cadeias, teias, equilíbrio e desequilíbrio
Cadeias e teias alimentares
Produtores, consumidores e decompositores
Equilíbrio e desequilíbrio em teias alimentares
Espécies introduzidas, exóticas e invasoras
Impacto e manejo de problemas socioambientais
Compreender os conceitos de cadeia alimentar e de teia alimentar. Identificar os seres produtores, consumidores e decompositores em um ecossistema.
Relacionar o processo de fotossíntese com a produção de alimento pelos produtores.
Reconhecer o papel ecológico dos seres decompositores.
Entender a decomposição como um processo que envolve não apenas certos fungos e bactérias, mas também outros organismos que se alimentam de seres mortos ou de suas partes.
Interpretar teias alimentares e identificar fatos que afetam o equilíbrio delas.
Identificar e reconhecer espécies introduzidas, exóticas e invasoras.
Refletir sobre ações e atitudes do ser humano que afetam o equilíbrio do meio ambiente e desenvolver consciência socioambiental.
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2º bimestre – Plano de desenvolvimento
Referência no material didático
Objetos de conhecimento Habilidades
Capítulo 7 Fotossíntese e respiração celular
Processos metabólicos: fotossíntese e respiração
Entender os processos de fotossíntese e de respiração celular por meio de suas equações básicas.
Saber qual é a origem da matéria-prima (reagentes) e possível utilização das substâncias formadas (produtos) nos processos de respiração celular e de fotossíntese.
Diferenciar o processo de combustão do processo de respiração celular.
Diferenciar respiração celular de ventilação pulmonar e relacionar cada um desses processos com a obtenção de energia e a troca de gases, respectivamente.
Relacionar fotossíntese, respiração celular e cadeias alimentares levando em conta a produção de alimento e o consumo de energia.
Interpretar modelos científicos para explicação de fenômenos naturais.
Capítulo 8 As células e os níveis de organização
Célula como unidade da vida
(EF06CI05) Explicar a organização básica das células e seu papel como unidade estrutural e funcional dos seres vivos.
(EF06CI06) Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou modelos (físicos ou digitais), que os organismos são um complexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de organização.
Listar as principais organelas e estruturas de uma célula e suas respectivas funções.
Discutir o papel da célula como unidade básica da vida existente na Terra.
Representar, por meio de imagens, modelos e/ou recursos eletrônicos, a estrutura e organização básica de uma célula.
Diferenciar a estrutura de uma célula vegetal da estrutura de uma célula animal.
Diferenciar uma célula procariótica de uma eucariótica.
2. Atividades recorrentes na sala de aula
As atividades propostas permitem que os estudantes aproveitem os conhecimentos prévios e
os conhecimentos desenvolvidos no âmbito escolar para resolver problemas, refletir e discutir com os
colegas a fim de, dependendo do contexto, propor soluções, desenvolver raciocínios e assumir uma
postura crítica frente a questões de importância social.
Ao mesmo tempo, a sala de aula pode servir como palco para construção e exibição de
modelos (maquetes, ilustrações, esquemas, etc.) que permitam aos estudantes observar, analisar e
compreender tanto conceitos relacionados ao ambiente microscópico quanto ao ambiente
macroambiental. Deve-se proporcionar ao estudante a possibilidade de observar concretamente esses
modelos na realidade natural. Isso pode ser feito, quando possível, por meio de experimentação ou de
trabalhos de campo, incentivando também a observação do ambiente extraclasse. Cabe ao professor
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2º bimestre – Plano de desenvolvimento
desenvolver nos estudantes a curiosidade de buscar interpretações para melhor compreender o
ambiente natural com um olhar científico, incentivando-os não somente a pesquisar respostas, mas a
desenvolver perguntas.
Nos capítulos 5 a 8 do Livro do Estudante, indicados para o estudo deste bimestre, trataremos
principalmente de conceitos relacionados à Ecologia e Citologia, por meio de habilidades da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) da unidade temática “Vida e evolução”, de Ciências. Ao final desse
estudo, é esperado que os estudantes sejam capazes de observar, analisar e extrapolar os conceitos
desenvolvidos na obra para outros ambientes que fazem parte de sua vivência. Espera-se também que
eles compreendam como as células funcionam, baseados no estudo de células animais, vegetais e
procarióticas; e, no caso de organismos pluricelulares, com o estudo do organismo humano, que
entendam como estes são estruturados em diversos níveis de organização tendo as células como
ponto de partida. Para tanto, habilidades como descrição de paisagens, interpretação de modelos e
observações metódicas sobre o tema serão essenciais para a construção do repertório dos estudantes.
Algumas atividades propostas, que focam na observação, análise e descrição, visam ampliar e
treinar o olhar dos estudantes sobre o mundo que os cerca. Ao ter estimulada sua capacidade
descritiva, os estudantes poderão analisar o ambiente, categorizando os elementos da paisagem e
construindo seu próprio léxico.
Os estudantes também serão instigados a refletir sobre seu papel no ambiente e a desenvolver
postura crítica ao analisar os impactos causados pela intervenção humana na natureza e propor
maneiras de mitigá-los. Assim, estimula-se a consciência sustentável e a construção de um ambiente
mais saudável.
Problematização e levantamento de conhecimentos prévios
Sugerimos que no início das aulas se trabalhem questões diagnósticas a fim de sondar os
conhecimentos prévios dos estudantes. O professor pode levantar essas questões para mapear o
conhecimento da turma. No entanto, é possível utilizar materiais de apoio para enriquecer a atividade.
Um exemplo seria utilizar imagens que mostrem diferentes interações entre seres vivos e relacioná-
las com questões que façam os estudantes levantar conhecimentos acerca das situações apresentadas.
A utilização de animais e plantas da flora local também auxilia a mapear os conceitos trazidos pelos
estudantes, por se tratar de algo próximo à sua realidade.
Filmes e vídeos
Existem diversos conteúdos na internet sobre relações alimentares entre seres vivos.
Adicionalmente, documentários de vida selvagem quase sempre mostram diversas relações
alimentares e níveis de organização. Cabe ao professor assistir a esses vídeos previamente e avaliar a
melhor maneira de trabalhá-los em sala de aula, chamando atenção para os conceitos apresentados,
como níveis de organização e tipos de relação alimentar.
Quanto aos níveis de organização do corpo humano, o professor pode buscar vídeos que
abordem o funcionamento de células, tecidos, órgãos e sistemas, tomando o cuidado de priorizar
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modelos, pois algumas estruturas reais podem causar choque ou outros sentimentos que afastem o
estudante do aprendizado, além de, muitas vezes, serem mais difíceis para os estudantes
interpretarem.
Leitura e compreensão de texto
Esta atividade é proposta em todos os capítulos da coleção, na medida em que os estudantes
farão uso de textos contidos no Livro do Estudante em diversos momentos, com a finalidade de
introduzir determinados assuntos, sistematizar a discussão realizada, basear conceitos e propor a
resolução de exercícios de retomada, desafio ou síntese.
A utilização de leitura em voz alta, pelos estudantes e pelo professor, pode continuar a ser
uma prática comum neste bimestre. Porém, para auxiliar a construção da autonomia dos estudantes,
é interessante que o professor comece a propor leituras em casa para debate posterior em sala de
aula. Isso auxiliará o professor a identificar estudantes com possíveis defasagens de leitura e
compreensão de texto a fim de propor intervenções, quando necessário, para auxiliar o
desenvolvimento deles.
Outra ferramenta importante presente nos capítulos sugeridos para este bimestre é a leitura
e interpretação de infográficos. A análise conjunta de imagens e texto auxilia os estudantes a
sistematizar e sedimentar a compreensão dos conceitos trabalhados e pode também se tornar uma
ferramenta importante para desenvolver nos estudantes a capacidade de interpretar modelos.
Discussão e correção das questões propostas no Livro do Estudante
A atenção à correção deve ser continuada neste bimestre. Para tanto, deve-se manter o
processo de correção das atividades a fim de garantir que todos os estudantes possam fazer
autocorreções e propor modificações nas próprias resoluções, quando necessário. A estratégia de
solicitar a alguns estudantes que coloquem suas respostas no quadro deve também ser mantida, de
maneira que os colegas possam debater sobre as respostas propostas.
É sugerido ainda que se permita aos estudantes responder às questões em duplas ou pequenos
grupos, antecipando correções entre eles. Dessa forma, mostra-se aos estudantes que a discussão
entre pares é inerente à cidadania e ao processo científico.
Mapas conceituais e glossário
Neste bimestre, os estudantes do 6º ano terão contato com conteúdos da área de Ecologia. O
tema trabalha as relações entre os seres vivos e possui vocabulário específico, que pode se tornar uma
dificuldade para alguns estudantes.
As representações que normalmente são utilizadas para desenvolver os temas de níveis de
organização, cadeias e teias alimentares são muito semelhantes a mapas conceituais. Essa semelhança
pode ser explorada observando com os estudantes o raciocínio utilizado para interpretar essas
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representações, a fim de desenvolver a capacidade de sistematizar conceitos, processos e relações
entre conceitos por meio de mapas conceituais.
Dada a quantidade de novos termos e conceitos que são apresentados no decorrer dos
capítulos, sugerimos o desenvolvimento de um glossário construído colaborativamente pelos
estudantes, com orientação do professor, para servir de ferramenta de consulta de termos específicos.
A confecção de mapas conceituais e glossários pode também ser uma importante ferramenta
para a compreensão dos níveis de organização celular, no capítulo 8. O uso de mapas conceituais é
particularmente interessante ao aprofundar-se nas relações entre as diferentes organelas e suas
funções para a manutenção da célula. Outras ferramentas, como tabelas comparativas entre os tipos
celulares, também podem ser utilizadas para auxiliar sua compreensão.
Atividades práticas
De modo geral, as aulas de Ciências da Natureza que compõem o currículo dos estudantes
necessitam de planejamento prévio e do uso de ferramentas que viabilizam uma abordagem mais
investigativa. Nesses casos, é essencial que o professor se organize para selecionar e separar os
materiais necessários para o desenvolvimento dessas atividades, bem como escolher os locais onde
isso pode ser feito. Este procedimento didático está presente nos seguintes capítulos:
• Capítulo 6 – Esta atividade propõe observar o processo de decomposição em diferentes materiais, orgânicos e inorgânicos, e compará-los. Assim, conceitos trabalhados nos capítulos 5 e 6 são desenvolvidos com base na aplicação de metodologia científica. Sugerimos que os estudantes sejam estimulados nessa atividade a formular e testar hipóteses, discutindo-as com os resultados observados por meio das questões propostas na própria atividade.
• Capítulo 7 – A atividade prática, neste caso, prevê que os estudantes observem o fenômeno da fotossíntese e levantem hipóteses para explicar o que observarem. Dessa maneira, podem aplicar os conceitos do capítulo a uma situação real e compreender a importância da luz no processo.
• Capítulo 8 – A atividade prática consiste na observação e análise de material biológico vegetal (células de cebola) ao microscópio. Isso aproxima o mundo microscópico da realidade do estudante e auxilia a compreensão dos modelos apresentados no Livro do Estudante. Sugere-se também, ao professor, apresentar aos estudantes o processo de preparação do material, para que eles compreendam essa metodologia.
3. Relação entre a prática didático-pedagógica e o
desenvolvimento de habilidades
A proposta desta coleção está estruturada de forma a atender às três unidades temáticas
indicadas pela BNCC: Matéria e energia, Vida e evolução e Terra e Universo. Como mencionamos
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2º bimestre – Plano de desenvolvimento
anteriormente, neste bimestre trabalharemos de forma mais intensiva a unidade temática Vida e
evolução.
Nos capítulos sugeridos para o 2º bimestre, essa unidade temática fornece as diretrizes básicas
para que o estudante seja capaz de compreender o organismo dos seres vivos, funcional e
estruturalmente, por meio do estudo das células e dos níveis de organização biológica de um indivíduo.
O capítulo 5 é o pontapé inicial para a compreensão do conteúdo de Ecologia, apresentando
os conceitos de elementos bióticos e abióticos dos ambientes. Embora seja tentador ao professor
apresentar exemplos de exuberantes paisagens naturais, é essencial que o professor exiba também
ambientes de intensa modificação antrópica, disponíveis no Livro do Estudante, colocando o ser
humano como elemento biótico do ecossistema e capaz de alterá-lo. Procure utilizar exemplos locais
e/ou que fazem parte da vivência dos estudantes ao trabalhar ecossistemas. Dessa maneira, o
conteúdo se aproximará da realidade deles. É importante reforçar que mesmo as grandes cidades
compõem ambientes que podem ser estudados com base, por exemplo, na fauna sinantrópica.
Na apresentação dos fatores abióticos, como forma de apoio ao livro, o professor pode exibir
tabelas disponíveis em websites de previsão do tempo, mostrando algumas variações nas condições
abióticas, como temperatura, umidade, incidência luminosa e pluviosidade, facilitando ao estudante
compreender como esses fenômenos são fatores muito variáveis.
Este capítulo torna-se ainda mais central na apresentação do mundo biológico, uma vez que
explora o conceito de ser vivo e suas características. Sugere-se fortemente a utilização do glossário de
características dos seres vivos, apresentado na obra, como material de leitura. O conceito biológico de
espécie pode ser complexo para os estudantes compreenderem inicialmente. Sugerimos que dedique
maior tempo ao trabalho desse conceito, por ser um termo central e funcional para a compreensão da
Biologia. Os níveis de organização apresentados neste capítulo (do indivíduo ao ecossistema) são mais
bem compreendidos com o apoio de imagens. Por essa razão, foram disponibilizados ilustrações,
imagens e outros recursos de apoio no Livro do Estudante, a fim de auxiliar essa aprendizagem. Por
fim, as questões de apoio oferecidas permitirão ao estudante aplicar os conceitos apresentados.
Sugerimos ainda ao professor levar imagens recortadas de elementos de um ecossistema do qual o
estudante faça parte (ainda que urbano), para que possa, junto dos colegas – em duplas ou pequenos
grupos –, montar seus próprios esquemas de níveis de organização. Os estudantes podem ainda utilizar
o quadro para construir diagramas dos níveis de organização, sob orientação do professor.
Uma vez compreendida a organização básica de um ambiente, o capítulo 6 apresenta as
relações ecológicas entre os seres vivos, desafiando os estudantes a interpretar diagramas e
esquemas. Novamente, o capítulo é ricamente ilustrado, mas é facultado ao professor exibir ou
projetar imagens de outros organismos e seus diferentes hábitos alimentares, bem como seu papel no
ambiente natural em uma cadeia alimentar. O processo de fotossíntese é rapidamente introduzido
aqui e será mais bem desenvolvido no capítulo 7. Já o processo de decomposição, menos palpável ao
estudante, é observável na atividade prática proposta, que, preferencialmente, deve ser iniciada na
primeira aula, garantindo tempo adequado para realizá-la e para os estudantes acompanharem sua
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evolução. Para trabalhar os hábitos alimentares dos animais nas cadeias alimentares, pode-se solicitar
que os estudantes pesquisem e elaborem listas de animais quanto aos hábitos alimentares –
herbívoros, carnívoros e onívoros –, como forma de expansão ao conteúdo apresentado no Livro do
Estudante, permitindo a eles maior contato com a diversidade biológica. Com base nessa proposta,
sugerimos que se explorem estratégias alimentares (inclusive de caça e apreensão de presas) curiosas
e específicas de certos animais, como a aranha-estilingue (Naatlo splendida), que ocorre em florestas
tropicais do Peru e utiliza sua teia para se lançar na captura de insetos voadores.
No capítulo 7, tratamos das principais reações metabólicas dos seres vivos. É essencial que seja
feita que a correlação com o capítulo anterior, uma vez que a fotossíntese é um processo inerente à
maioria dos organismos produtores conhecidos. Já a respiração celular ocorre em todos os
componentes de uma cadeia alimentar (exceto pelos organismos que realizam apenas fermentação).
Junto com a apresentação inicial do processo de fotossíntese, é recomendado que os estudantes
realizem as atividades práticas sugeridas na obra, bem como outras que o professor julgar
interessante. Nesse caso, como em qualquer momento em que sejam realizadas atividades práticas
em sala de aula, sugerimos que o professor oriente os estudantes a produzir relatório científico, com
tópicos específicos de introdução, materiais, procedimentos, resultados, discussão e bibliografia. Essa
prática, se constantemente aplicada, desenvolverá no estudante a capacidade de organizar a
metodologia científica textualmente, além de proporcionar ao professor um excelente material de
avaliação. Este capítulo é responsável por fazer uma transição da realidade macroscópica para o
âmbito microscópico da Biologia, que será continuado no capítulo 8, com o estudo das células.
O conteúdo de Citologia desafia o estudante a se confrontar com o invisível. É esperado, em
um primeiro momento, que os conceitos e estruturas estudados pareçam muito distantes da realidade
dos estudantes. Sugerimos então o uso de recursos que permitam a imersão deles nessa realidade
microscópica. Para tanto, o uso de modelos gráficos ou tridimensionais se faz essencial, e, para esse
fim, modelos gráficos são oferecidos na obra. Além disso, é fornecido um guia para observação de
estruturas celulares utilizando microscópio. Recomenda-se ao professor, aliás, dedicar um tempo
razoável à apresentação do microscópio como tecnologia clássica e eficiente na investigação da vida
microscópica.
4. Gestão da sala de aula
Gestão de conflitos (relações interpessoais)
Procedimentos de experimentação e interpretação científica requerem o desenvolvimento da
discussão entre pares. A discordância entre os estudantes é um processo comum e saudável. Assim,
os professores devem sempre parabenizar a diversidade de opiniões, propondo que a refutação dos
conceitos menos adequados pode ser feita de forma profissional e construtiva. Durante trabalhos em
grupo, o professor deve acompanhar o desempenho individual de cada estudante, para considerar em
sua avaliação características socioemocionais, bem como a participação e o engajamento. Deve-se
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reprimir sempre a imposição de opiniões, durante os trabalhos em sala, apontando-a como antiética.
Caso ainda haja conflitos, o professor deve buscar ações para finalizá-las. Para esse fim, novamente
sugerimos, para a conclusão deste bimestre, as assembleias conciliatórias.
Gestão do tempo
Os capítulos do Livro do Estudante sugeridos para o trabalho com o 2º bimestre têm como
característica a conexão sequencial entre seus capítulos, e é facultado ao professor decidir quanto
tempo dedicará a cada um deles, considerando o aprendizado dos estudantes. Sugerimos ao professor
que divida o tempo destinado ao trabalho de cada capítulo não levando em consideração apenas a
aplicação integral do conteúdo conceitual, mas também outros fatores importantes, como a
quantidade de atividades que se pretende desenvolver com a turma, a facilidade ou dificuldade
demonstrada de compreender determinados conceitos, etc.
Tão importante quanto isso, o docente deve ter em mente que o tempo deve ser bem
distribuído no trabalho de competências, habilidades e procedimentos (como construção de modelos
e uso do microscópio) e considerar também o desenvolvimento de atitudes interpessoais entre os
estudantes (promoção de discussões, debates e assembleias). O professor pode, no lugar de priorizar
conteúdos conceituais, definir metas de conteúdos procedimentais e atitudinais a serem
desenvolvidas com metas de aulas e tempo.
Gestão do espaço
As atividades práticas propostas na obra, ou outras que o professor possa vir a propor,
inauguram nos Anos Finais do Ensino Fundamental a manipulação de material biológico. Embora sejam
normalmente procedimentos simples e seguros, este pode ser o momento ideal de demonstrar ao
estudante a organização do espaço para boas práticas científicas, sobretudo relacionadas à higiene e
à segurança. Qualquer atividade prática (como um experimento), por mais simples que seja, deve ser
iniciada com a aplicação de substância séptica sobre a bancada. Uma solução de álcool 70% ou de água
sanitária (uma colher de sopa para um litro de água) pode ser suficiente, embora outras soluções
também estejam disponíveis comercialmente. Por motivos de segurança, sugerimos que isso seja
desenvolvido como demonstração, a fim de evitar que os estudantes manipulem compostos químicos
ou biológicos que possam trazer risco a eles.
O professor deve pregar o respeito e a minimização de consumo de material biológico (ainda
que vegetal, bacteriano ou fúngico), bem como enfatizar o correto descarte e a limpeza final da
bancada. O respeito à vida, inerente ao investigador científico, deve ser estimulado independente
da inexistência de sofrimento animal. Os estudantes que manipularem material (ainda que uma
planta ou água de aquário), devem ser estimulados a lavar as mãos com sabonete, com o professor
demonstrando os corretos procedimentos, como lavagem de pulsos e unhas. Para tanto, o professor
deve tentar garantir, dentro de suas possibilidades, a presença da infraestrutura necessária para
esses procedimentos, como a disponibilidade de pias para lavagem e material de assepsia de
bancadas e de higiene.
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5. Acompanhamento da aprendizagem dos estudantes
Além das propostas para o acompanhamento da aprendizagem dos estudantes já sugeridas
para o bimestre anterior, o conteúdo de ciências biológicas introduz fortemente a apresentação de
modelos e atividades práticas, cujas construção e interpretação devem ser avaliadas pelo professor.
Construção e interpretação de modelos
Modelos são essenciais dentro do ensino de ciências biológicas. O professor pode, por
exemplo, exigir do estudante, com consulta à obra ou diferentes materiais apresentados, a construção
de uma cadeia ou teia alimentar diferente das apresentadas, permitindo a expansão do tema. No
entanto, a avaliação de qualquer modelo construído deve prever a correta descrição de seus
componentes, fazendo com que o estudante demonstre a compreensão dos conceitos, processos e/ou
fenômenos que são trabalhados pelo modelo. É facultado e sugerido ao professor que peça ao
estudante a exposição dessas explicações a seus pares. E cabe ao professor estimular a desinibição
quanto à exposição verbal, porém restringir a sua avaliação ao conhecimento e correta comunicação
científica.
Relatórios de atividades práticas
Como já visto, apresentamos atividades práticas no Livro do Estudante para a melhor
compreensão do estudo de organismos vivos. A confecção de relatórios é uma ferramenta para que o
estudante possa exercer, de maneira adequada, a comunicação científica de aspectos biológicos.
Sugere-se que o modelo siga, ainda que de forma elementar, o padrão usual de artigos científicos,
compostos por introdução, metodologia, resultados e uma discussão, além de devidas referências. O
professor deve orientar os estudantes na organização e apresentação de dados (em tabelas, gráficos,
diagramas, etc.), bem como na busca e citação adequada de referências bibliográficas.
6. Fontes de pesquisa para uso em sala de aula ou para
apresentar aos estudantes
Há diversas fontes de pesquisa confiáveis que podem ser utilizadas para trabalhar conteúdos
de Ciências com os estudantes de Ensino Fundamental – Anos Finais. Veja a seguir algumas indicações.
• Aquário de Natal: <https://aquarionatal.com.br/> (acesso em: 18 set. 2018).
Site do Aquário de Natal (RN).
• Ciência Hoje das Crianças: <http://chc.org.br/> (acesso em: 18 set. 2018).
Este site apresenta inúmeras matérias relacionadas ao tema Ciências em linguagem apropriada
para crianças. Indicado para produzir atividades de investigação, leitura e pesquisa.
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• IBciência – Canal de Divulgação Científica da Biblioteca do Instituto de Biociências da USP: <http://www.sibi.usp.br/noticias/ibciencia-canal-divulgacao-cientifica-biblioteca-ibusp/> (acesso em: 18 set. 2018).
O site traz diversos vídeos para divulgar atividades científicas e acadêmicas do Instituto de
Biociências da Universidade de São Paulo (USP).
• Jardim Botânico de Brasília: <http://www.jardimbotanico.df.gov.br> (acesso em: 18 set. 2018).
Site do Jardim Botânico de Brasília (DF).
• Museu da Amazônia: <http://museudaamazonia.org.br/pt/>. Acesso em: 18 set. 2018.
Site do Museu da Amazônia, localizado na Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, em Manaus (AM).
• Oceanário de Aracaju: <http://www.tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=10> (acesso em: 18 set. 2018).
Além de divulgar os projetos da instituição, o site do Oceanário de Aracaju (SE) possui
informações sobre algumas espécies de tartarugas marinhas, como seus hábitos alimentares e
reprodução.
• Zoológico de São Paulo: <http://www.zoologico.com.br/> (acesso em: 18 set. 2018).
O site do Zoológico de São Paulo (SP), além de divulgar ações da instituição, apresenta
informações sobre algumas características de seus animais em exposição, como habitat, hábitos
alimentares, reprodução, etc.
7. Projeto integrador
A unidade da vida
Tema Modelagem de células.
Problema central enfrentado Representar por meio de um modelo tridimensional as estruturas e diferentes tipos de células, adotando materiais e técnicas diversos.
Produto final Exposição dos modelos tridimensionais de tipos celulares.
Justificativa
O conhecimento sobre diferentes tipos de células presentes nos seres vivos auxilia o estudante
a compreender melhor o funcionamento do corpo humano e de outros seres vivos. Reconhecer que
todo ser vivo tem como organização básica a célula e que essa, por sua vez, tem uma organização
interna característica que permite aos estudantes compreender a estrutura dos seres vivos e entender
o funcionamento de tecidos, órgãos e sistemas.
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A representação da célula por meio de um modelo tridimensional é uma forma de concretizar
algo, muitas vezes, abstrato para o estudante ― a célula. Além disso, a atividade de pesquisa estimula
o estudante a coletar, selecionar e refletir sobre a qualidade das informações apresentadas em livros
e sites, relacionando-as ao aprendido em sala de aula.
O planejamento, a construção dos modelos e a organização da exposição estimularão a
criatividade dos estudantes no uso de diferentes materiais, possibilitando a mobilização de
conhecimentos relacionados às disciplinas de Ciências e Língua Portuguesa.
Competências gerais desenvolvidas
• 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
• 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
• 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Objetivos
• Identificar diferentes tipos de células e seus componentes, reconhecendo suas funções;
• Pesquisar sobre diferentes tipos celulares em diversas fontes de informações, registrando de maneira adequada o resultado da pesquisa;
• Representar, por meio de modelo tridimensional, diferentes tipos de células eucariontes e procariontes, utilizando materiais e técnicas variadas para sua construção;
• Elaborar registros escritos e fotográficos das etapas de construção de modelos tridimensionais de células;
• Organizar uma exposição dos modelos construídos para a comunidade escolar.
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Habilidades em foco
Componente curricular
Objeto de conhecimento Habilidade
Ciências Célula como unidade da vida
(EF06CI05) Explicar a organização básica das células e seu papel como unidade estrutural e funcional dos seres vivos.
(EF06CI06) Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou modelos (físicos ou digitais), que os organismos são um complexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de organização.
Língua Portuguesa
Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição
(EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.
Duração
Cerca de dois meses, dependendo do tempo de preparação e desenvolvimento das atividades
no decorrer das semanas.
Material necessário
• Materiais para produzir os modelos tridimensionais (massa para modelar, papel machê, papelão, papéis diversos, tinta, cola, tesoura com pontas arredondadas, etc.)
• Papel sulfite ou caderno
• Canetas
• Lápis
• Câmeras fotográficas, telefones celulares ou tablets com câmera (se disponível)
Perfil do professor coordenador do projeto
Todas as atividades deverão ser coordenadas pelo professor de Ciências e acompanhadas,
quando possível, pelo professor do componente curricular de Língua Portuguesa.
O professor coordenador deve ser responsável por planejar e organizar o cronograma e a
preparação do espaço e dos materiais utilizados para a realização das atividades. Além disso, o
coordenador deve organizar e promover encontros com o professor de Língua Portuguesa no projeto
e viabilizar a exposição, consultando a coordenação pedagógica da escola. Eles deverão estar juntos
sobretudo no planejamento da exposição, na execução dos painéis, na preparação dos estudantes para
a exposição e também na apresentação final para a comunidade.
Desenvolvimento
Etapa 1 – Apresentação do projeto e delimitação do problema
O projeto integrador deve ser iniciado com a preparação dos estudantes, o que pode incluir a
proposição de questões iniciais que permitam aos professores identificar os conhecimentos prévios
dos estudantes sobre o tema da atividade, bem como estimular o envolvimento dos estudantes no
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projeto. Algumas perguntas que podem ser feitas são: “Vocês sabem o que é uma célula?; Qual é a
função da célula?; Quais são as principais substâncias que compõem uma célula?; Quais são os
componentes de uma célula?; Como esses componentes celulares se relacionam?; Qual é o tamanho
de uma célula?; Todas as células são iguais?; Existem células de tamanhos muito diferentes entre si?;
Como podemos estudar as células?”.
As respostas e a troca de ideias são estimulantes para a reflexão sobre o desenvolvimento do
projeto. De acordo com os conhecimentos prévios dos estudantes, pode ser necessário algum
replanejamento das atividades.
A seguir, a proposta do projeto deve ser apresentada para que os estudantes tomem ciência
de como vão participar e quem serão os outros agentes da comunidade escolar envolvidos.
O projeto “A unidade da vida” resultará na produção de modelos de diferentes tipos celulares
que serão apresentados à comunidade em um evento na escola.
Durante a apresentação do projeto aos estudantes, descreva de forma sucinta e objetiva suas
etapas, os principais objetivos e as competências que estarão sendo trabalhadas. Se possível, organize
uma apresentação do projeto com etapas em slides e garanta que os estudantes façam o registro no
caderno. A apresentação e as perguntas iniciais devem instigar a curiosidade e promover o
envolvimento dos estudantes no projeto, principalmente por meio do estímulo ao uso da criatividade
na construção dos modelos.
Etapa 2 – Pesquisa e planejamento
Nesta etapa, o professor coordenador deverá dividir a turma em grupos de quatro integrantes
e solicitar a cada grupo que realize uma pesquisa com um tema específico a respeito de células
eucariontes (animais e vegetais) e procariontes.
Cada grupo deverá escolher um ou mais tipos de célula para construir modelos. Alguns
exemplos são: células animais (neurônio, célula epitelial, célula muscular estriada, célula epitelial,
etc.), células vegetais (célula foliar, célula de raiz, célula de tecido de preenchimento, etc.), célula
procarionte (bactérias de diferentes tipos e formatos) e organismos unicelulares (euglena, ameba,
etc.).
Oriente os estudantes a identificarem as principais estruturas celulares constituintes das
células e também seus tamanhos, fazendo registros cuidadosos no caderno, com desenhos, textos e
esquemas. Os estudantes deverão desenhar as estruturas a serem representadas no modelo.
Os estudantes deverão também pesquisar sobre as funções das principais estruturas e
organelas das células escolhidas.
Se necessário, a unidade de medida micrômetro deverá ser explicada aos estudantes.
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Ciências – 6º ano
2º bimestre – Plano de desenvolvimento
Etapa 3 – Montagem dos modelos
A escolha do que será usado para a construção dos modelos deve estimular os processos
criativos dos estudantes, bem como indicar possibilidades e alternativas no uso de materiais diversos.
Devem ser priorizados itens que seriam descartados ou os reutilizáveis.
Caso necessite cortar os materiais, os professores deverão recomendar a prevenção necessária
no uso de tesoura com pontas arredondadas, entre outros cuidados fundamentais para manter a
segurança da turma.
Esta etapa pode envolver algumas aulas, obrigando o professor a reservar um espaço a fim de
guardar os modelos em construção.
Recomenda-se que o registro do processo de montagem do modelo seja feito por meio de
fotografias (se dispuser dos recursos), além de registros (textos, desenhos e esquemas) dos estudantes
em seus cadernos. Todos esses registros poderão compor um portfólio individual ou do grupo que
narre a evolução do projeto. As fotografias e os registros serão usados para compor painéis que serão
expostos para a comunidade escolar.
Etapa 4 - Organização da exposição
Com os modelos prontos, a próxima etapa será da montagem, preparação individual e
divulgação da exposição. Na montagem, os estudantes disporão seus modelos em mesas de modo a
fixá-los bem.
O professor orientará os estudantes a criar identificações para os modelos, com o nome dos
integrantes do grupo e do tema desenvolvido. Além disso, os tipos celulares e suas estruturas
(membrana plasmática, citoplasma, núcleo, material genético, mitocôndria, cloroplasto, ribossomo,
etc.) devem estar identificados. Essa identificação pode, por exemplo, ser feita por alfinetes
numerados ou coloridos correspondentes às estruturas descritas em legendas fixadas ao lado do
modelo. É imprescindível que a célula esteja identificada.
Para complementar e documentar o projeto, sugerimos que cada grupo elabore um painel em
formato A3 contendo os itens indicados a seguir.
• Título do projeto (tipo celular pesquisado).
• Introdução: texto síntese da pesquisa realizada pelo grupo com informações gerais sobre o tipo celular pesquisado.
• Montagem do modelo: texto síntese com o descritivo dos materiais utilizados e fotos da montagem do modelo pelo grupo.
• Nome dos integrantes do grupo.
O professor de Língua Portuguesa auxiliará os estudantes na elaboração dos textos síntese,
ajudando-os a selecionar o que é essencial em relação à pesquisa realizada e a confeccionar os painéis,
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envolvendo a discussão sobre possibilidades de diagramação, tamanho dos textos, fotos e outras
variáveis envolvidas na sua elaboração.
Também com a ajuda do professor de Língua Portuguesa, os estudantes devem se preparar
para se apresentar oralmente na exposição, de modo que estejam aptos a responder perguntas dos
visitantes sobre as células, suas estruturas e funções (levantadas na pesquisa inicial), bem como sobre
todo o processo de construção do modelo, incluindo a seleção de materiais e as técnicas apropriadas.
Eles também devem estar prontos para responder a questionamentos sobre a escolha dos materiais.
Os professores deverão orientar os estudantes a refletir sobre o público (idade, sexo,
formação, etc.) que visitará a exposição e a identificar possíveis questionamentos desse público.
Os estudantes poderão produzir textos que descrevam o objetivo, as etapas, os aspectos
positivos, as principais dificuldades e a conclusão do projeto. Eles deverão ser orientados a atentar
também para aspectos como: postura, adequação da fala ao público, tom de voz, clareza, respeito com
os visitantes, etc.
Esse preparo auxiliará os estudantes a apresentar oralmente esses aspectos de forma
espontânea no dia da exposição.
A escolha do local da exposição deve considerar a circulação das pessoas e a disposição de
mesas e/ou bancadas.
Etapa 5 – A exposição do projeto “A unidade da vida”
No dia da exposição, cada grupo ficará responsável pela explicação do seu modelo e deverá
estar próximo a ele para responder às perguntas dos visitantes. Poderá ser feito um revezamento entre
os componentes dos grupos.
Para a exposição, podem ser convidados os responsáveis e/ou outros membros da
comunidade escolar.
É importante disponibilizar na saída da exposição um livro de registros para que os visitantes
deixem suas impressões. Ele poderá ser muito útil para uma avaliação do produto final deste projeto
integrador.
Proposta de avaliação das aprendizagens
A avaliação deve ter caráter formativo e ser realizada ao longo do projeto, considerando cada
estudante individualmente dentro do seu próprio processo de aprendizagem. Durante a aferição, o
professor deve levar em conta tanto a participação dos estudantes e suas habilidades socioemocionais
quanto a realização e apresentação das tarefas e compreensão dos conceitos, conforme o que foi
requisitado durante as aulas e a exposição final.
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Para aferir a participação dos estudantes, o professor deve observar o empenho de cada um
durante as etapas do projeto e fazer anotações periódicas sobre esse envolvimento. Com relação às
tarefas realizadas, o professor pode utilizar:
• os resultados da pesquisa inicial realizada;
• o registro dos estudantes realizado durante o projeto;
• o modelo tridimensional das células;
• a exposição e a apresentação dos estudantes feita aos visitantes;
• a elaboração do painel de acordo com os critérios e orientações estipulados pelos professores;
• o comprometimento com os colegas de grupo;
• o domínio dos conceitos e das etapas de todo o projeto.
Na avaliação da exposição oral dos estudantes, é necessário analisar a participação dos
estudantes, a clareza ao descrever o projeto e a fluência da fala.
De forma complementar, o professor ainda pode solicitar que cada estudante faça uma
autoavaliação escrita, considerando seu empenho, envolvimento, interesse e compreensão sobre os
temas trabalhados.
Para saber mais – aprofundamento para o professor
CONHECENDO as células. Centro de Biotecnologia Molecular Estrutural (CBME) da
Universidade de São Paulo. Disponível em:
<http://cbme.usp.br/playercbme/celulasvirtuais/know/select.html> (acesso em: 21
set. 2018).
LINHARES, I.; MARIA, O. A citologia no ensino fundamental. Disponível em:
<www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1899-8.pdf> (acesso em: 3
out. 2018).
MACEDO, C. E.; SILVA, N. B.; LICHSTON, J. E. Organização e diferenciação celular.
Disponível em:
<http://sedis.ufrn.br/bibliotecadigital/site/pdf/biologia/Org_Di_Ce_Livro_WEB_2107
11.pdf> (acesso em: 21 set. 2018).
MILANI, O. M. W. A comunicação oral na apresentação de atividades escolares.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED). Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE). Disponível em:
<www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1893-8.pdf> (acesso em: 21
set. 2018).